Losing Memories


Escrita por: Lu
Betada por: Abby




CAPÍTULOS: [1] [2] [3] [4] [5] [6]



OBS: Por favor, finjam que McFly faz sucesso desde 2002... ou por aí!

Capítulo 1


acordou sentindo dores em todo o corpo. A cabeça doía e pesava muito... Era como se ela estivesse carregando um elefante dentro da cabeça! Foi abrindo os olhos aos poucos. Tentava reconhecer o ambiente, mas estava muito confusa. Entrou em desespero quando finalmente percebeu que estava em um hospital! Começou a gritar e se debater na maca feito louca!
- AAH! - gritava.
Duas enfermeiras entraram, na tentativa de fazê-la se acalmar...
- Calma, menina! Calma - uma enfermeira jovem de cabelos ruivos dizia com a voz suave.
- AAH! Me soltem! Onde é que eu estou?!
- Se você se acalmar, nós lhe explicaremos tudo direitinho. Gritando desse jeito você só vai conseguir ficar mais nervosa... e vai sentir dores fortes! - Dessa vez foi a enfermeira de cabelos grisalhos que tentou fazer com que a garota se acalmasse.
- Eu já estou sentindo dores fortes! Minha cabeça está a ponto de explodir! O que são essas manchar roxas nos meus braços? Eu estou em um hospital? O que aconteceu comigo? - disparou perguntas.
- Bom, nós vamos lhe explicar. Sim, você está em um hospital. Ontem pela manhã você sofreu um acidente de carro...
- Acidente? Eu não me lembro... Oh, meu Deus! O que houve? Eu estava com alguém no carro?
- Calma! Você estava em um táxi... e era a única passageira...
- E o motorista?
- Bom... ele faleceu!
- Meu Deus! Eu estive envolvida em um acidente de carro onde uma pessoa morreu? - disse , começando a chorar.
Nesse exato momento, Dr. Cloney ia entrando no quarto, trazendo com ele , e , as três amigas e e companheiras de banda da .
- Boa noite! Eu sou o Dr. Cloney! Trouxe suas amigas comigo porque achei que ficaria mais calma!
não dizia nada... apenas chorava de cabeça baixa.
- , você quase nos matou de tanta preocupação! - disse.
- Tá querendo que eu infarte, criatura? Sofre um acidente e demora tanto tempo para acordar... Que susto que nos deu!- disse , abraçando a amiga.
- Calma, amiga! Não chora, não! Nós estamos aqui com você! - falou.
- E agora que você acordou, vai ficar tudo bem! Não é mesmo, doutor? - disse , olhando de para o médico com olhos de quem pede apoio.
- Claro! Ontem você realmente deixou todos muito preocupados, mocinha! Mas desde hoje de manhã foi possível notar melhoras no seu quadro. Você é muito forte e tenho certeza de que logo poderei lhe dar alta! - disse Dr. Cloney, enquanto recolocava o soro em , que havia arracado sem querer quando acordou desesperada.
- Obrigada pelo apoio, meninas! Eu sei que, agora que estou consciente, as coisas estão melhores! Mas fiquei triste em saber que o táxista morreu! Mesmo não o conhecendo... sei lá... Eu estava dentro daquele carro! Mas não me lembro de nada... Nem de ter entrado em um táxi! Estou bastante confusa!
- Tudo bem! Isso é comum quando se sofre um trauma desse tipo! Eu vou precisa lhe fazer umas perguntas, ok? - disse Dr.Cloney.
- Ok!
- Qual a sua idade?
- 17 anos.
As três amigas, sentadas em um sofá no canto do quarto, se entreolharam com cara de espanto.
- Qual a sua nacionalidade?
- Eu sou brasileira.
- O nome dos seus pais?
- Elisa e Henrique Sampaio. Eles moram no Brasil.
- Ok! Aqui em Londres, você mora sozinha?
- Não! Moro na mesma casa que essas minhas três amigas! , e !
- Você trabalha? Em quê?
- Trabalho. Nós quatro temos uma banda chamada Without Notion.
- Tem namorado?
- Não!
As três amigas se olharam de novo com cara assustadora.
- Qual a última lembrança que você tem antes de acordar aqui no hospital?
- Er... Não sei! Tô confusa!
- Faça um esforcinho pra lembrar!
- Bom... lembro de ter ido em um show do Busted há uns 4 ou 5 dias... Não sei bem! Estou um pouco sem noção do tempo! - disse meio confusa.

[Enquanto o médico continuava fazendo perguntas "bobas" a a fim de que ela trabalhasse a memória, as meninas conversavam baixinho no sofá.]
- Busted? - disse espantada bem baixinho, de forma que só ela e as duas amigas ouvissem.
- Meu Deus! O que tá acontecendo com a ? - perguntou.
-Ela disse quem tem 17 anos? Ou eu tô surda? - disse.
-E que não tem namorado? - falou.

[Voltando a atenção para e o médico...]
- Ok! E você sabe me dizer qual a data de hoje? Dia, mês e ano...
- Bom, quanto ao dia não sei.Como já disse estou confusa... - dizia com uma cara que provava o quanto estava confusa. - Mas sei que estamos no mês de março do ano de 2004.
Dessa vez, todos os presentes no quarto, as amigas, as duas enfermeiras e o médico demonstraram espanto.
- Dr. Cloney, com licença... - começou.
- Você poderia vir aqui fora rapidinho? - disse , levantando e caminhando em direção a porta.
Dr. Cloney balançou afirmativamente a cabeça, pediu licença e saiu.

[Lá fora...]
- Doutor, o que há com ela? - perguntava.
Nesse exato momento, , , e se aproximavam dos dois.
- , ela acordou mesmo? - perguntou.
afirmou com a cabeça.
- Tão vendo? Não sei como deixei vocês me convencerem a ir em casa tomar banho e trocar de roupa. Ela acordou e eu não tava aqui... , ela está bem? - dizia desesperado.
- Amor, cadê ela? Nós podemos vê-la? - disse .
- O que está havendo? Por que essa cara, ? - falou.
- , ela está bem? - perguntou.
permanecia em silêncio e de cabeça baixa.
- Olha, rapazes! Ela está bem! Está apenas um pouco confusa! Um minuto e vocês já poderão ver a amiga de vocês! - Dr. Cloney falou.
Os meninos pararam de falar e olharam para , que resolveu seguir a conversa com o médico.
- O que há com ela, doutor? As respostas para as perguntas que você fez... Ela disse que não tem namorado... Ela namora o ! - exclamou .
olhou espantado, mas permaneceu em silêncio.
- Ela disse que tem 17 anos, mas ela tem 20. Disse que há poucos dias foi no show do Busted... O Busted acabou há alguns anos já! E por fim, disse que nós estamos em março de 2004... Mas nós estamos em NOVEMBRO DE 2007 - encerrou , caindo no choro e abraçando .
- Como assim? Ela perdeu a memória? Ela não se lembra da gente? Não se lembra de mim? - perguntou .
- Calma! Isso pode acontecer em casos de acidentes como o dela. Ela bateu forte com a cabeça! Levou 8 pontos naquele corte no alto da testa, próximo ao cabelo. Eu vou encaminhar ela para alguns exames, mas pelo que eu pude perceber... acredito que ela não tem lesão alguma, afinal ela lembra de tudo até o mês de março de 2004. A partir daí ela não lembra mais de nada... Das pessoas e lugares que ela conheceu, do que ela fez... Ela parou no tempo!
Todos olharam desesperados para o médico.
- Mas calma! O fato dela não ter perdido totalmente a memória pode indicar que ela não tem nenhuma lesão grave na cabeça. E que a perda parcial de memória pode ter sido ocasionada mais por uma questão pisicológica, por causa do trauma do acidente. Ou seja, se isso for realmente verdade, logo com tratamento e com ajuda de vocês ela recuperará a memória!
- Nós podemos vê-la agora? - perguntou com a voz embargada.
- Podem! Logo depois que eu entrar e contar pra ela a situação toda! Esperem 10 minutos aqui fora!
- Amorzinho, tá aqui a mala com as roupas da que você pediu pra gente pegar na casa de vocês! - disse , entregando a mala para .
Dr. Cloney e entraram no quarto.


****


[Os meninos...Do lado de fora!]

- Para de chorar, ! Antes que eu te dê um murro! Você só vai deixar todos aqui, principalmente o , mais desesperados! - disse bravo.
- , até parece que você não ouviu o que o médico e a disseram. A não lembra da gente, dude! - disse.
- , calma! Vai ficar tudo bem! - disse , tentando confortar o amigo, que estava sentado no chão com as costas na parede, de cabeça baixa chorando. - O médico mesmo disse que esse quadro pode se reverter!
-É, dudes! Isso é temporário! A não vai conseguir esquecer a gente por muito tempo! - falou.
- Dudes, eu sei que vocês estão tentando pensar positivo, mas pense bem, ... Já pensou se a perdesse a memória e esquecesse de você? E a , ? E a , ? Já pensaram se as suas namoradas se esquecessem de vocês?
Todos se calaram depois do que o disse.
Depois de uns dois minutos em silêncio...
- Eu tenho medo! Eu tenho medo de que ela não goste mais de mim! Afinal, ela não se lembra de nada... De nada do que sente, do que eu sinto... do que vivemos...
Dessa vez, os amigos acharam melhor permanecer em silêncio... apenas passou o braço esquerdo pelo ombro do amigo em sinal de apoio.


****


O médico explicou para a situação dela. A princípio, ela ficou desesperada. Chorou, recebeu o apoio das amigas, mas Dr. Cloney soube ser bastante seguro do que afirmava. Explicou que aquilo não era definitivo, foi bem esperançoso, deixando e as amigas mais confortáveis quanto a situação.
Enquanto as enfermeiras ajudavam a tomar um banho e trocar de roupa, as meninas conversaram com os meninos do lado de fora. E todos decidiram não entrar de vez no quarto, afinal, ela não se lembrava que conhecia aqueles que eram seus ídolos, e poderia se assustar com todos eles lá de repente! Acharam, então, que seria melhor contar aos poucos.
- , terminou o banho? - perguntou.
- Hummm... e tá toda cheirosa! Isso é hospital, guria! Não é balada, não! - comentou.
- Vocês estavam onde?
- Estavámos lá fora... dando noticías suas pra nossos amigos que estão mais do que preocupados com você! - falou.
- Amigos, ? Quem são?
-Bom, ... Nós conhecemos eles no fim de 2004. Logo, sabemos que você não vai lembrar... - disse.
- Mas eles querem te ver... e se você não se importar... - falou .
-Bom, eu fico um pouco tímida... sei lá... Vou ver amigos dos quais não lembro! Eles podem se chatear!
- Eles são loucos por você, ! Te consideram uma irmã! Não vão ficar chateados - disse.
-Ok, então!
-Então, primeiro vou chamar o namorado da ! - avisou .
-Hummmmmmmmm! Namorado da ? - dizia rindo.
- Pisiuuuu! - brincou, fazendo todos rirem.
entrou no quarto.
- Oláááá! - falou.
- OH, MY GOD! GOD! - exclamou.
- Pare com issoo! - disse brincando.
- ? do McFly? Ele é seu namorado? - perguntou pra .
- Aham!
- Jesus, Maria, José! - falou.
- ! Você quase me matou de preocupação! Foi um baita susto! - disse, dando um abraço carinhoso na amiga.
- Okay, agora eu não saio mais desse hospital... Porque eu juro que estou infartando! - disse em português, fazendo as meninas rirem e fazer cara de desentendido!
- Oi, ! Me desculpa os gritos, mas é porque eu podia esperar até que Elvis Presley entrasse por aquela porta de mãos dadas com o John Lennon dizendo que somos amigos... mas você... Hahaha! Parece maluquice!
- Okay! Você não ia preferir o Elvis e o John, né?
-Hummmm - faz cara de pensativa.
- ! - falou, fingindo que acreditava que ela estava realmente pensando em quem prefere.
-Humm! Bobo, sou mais você! - disse sorrindo. - Você e a tão mesmo namorando?
- Aahaammm! Eu sou louquinho por ela - diz, puxando e dando um beijo estalado no alto da cabeça da namorada.
-Ooooooh! Não dá para acreditar mesmo! Mas vocês dois ficam lindo juntos! - disse.
- Agora me diz, ... Tá se sentindo bem? - perguntou.
- Tô, sim, !
- Tá com dores? Você está toda roxa! - comentou.
- Eu estava morrendo de dor de cabeça logo quando acordei, mas Dr. Cloney me deu uma injeção e a dor passou! As manchas roxas foram das pancadas!
Alguém foi batendo na porta e entrando...
- ! - exclamou.
- Pare de gritar assim... Hospital! Lembra? - disse , zoando ela, e, logo em seguida, gritando mais alto que a . - ! Amooor, eu tava com saudades! Gatão! - dizia isso de um modo bem gay, agarrado ao pescoço deHarry , fazendo com que a e as meninas rissem muito!
- Oi, ! Você está se sentindo melhor, trocinho da minha vida? Que susto que você nos deu! - disse.
- Isso do susto que eu dei tá virando discurso hoje! - disse , zoando.
- Pela zuação, já vi que você está bem melhor, né, chatinha? - disse, abraçando ela.
Com o abraço, gemeu de dor. Afinal, tinha hematomas por todo o corpo. deu um pedala em .
-Heyyy, Dudeee! - disse , esfregando o local do pedala.
- Ela está com dor e você a aperta assim?! - falou.
- Ele não fez por mal, - disse , ainda não acreditando que eles estavam ali.
- , o e eu somos namorados. Er... é que tinha esquecido de contar! - disse.
-Aaaaaaaa! Sua gnoma... Como esquece de me contar isso?
Todos riram.
havia perdido uns três anos e alguma coisa de memória, mas ela sempre agia do mesmo modo. Sempre alegre e brincalhona, mesmo em momentos dificeis como aquele. Até parecia que ela não tinha perdido a memória, porque ela continuava a brincar e sorrir do mesmo jeito!
- E você, ? Também tá namorando algum McFly? - dizia rindo, lembrando que era vidrada no .
- Não, não! Imagina! - disse meio sem graça. Todos tinham combinado de esconder o namoro da e do . Afinal, a não era tão boba. Se soubesse, podia desconfiar que entre ela e tinha algo, e não seria nada legal chegar para uma pessoa que está sem memória e dizer na lata "Toma aí seu namorado! Você nem lembra da cara dele, mas ele é seu!"
entrou no quarto junto com o . Eles pareciam preocupados, mas tentavam esboçar um sorriso tranqüilo. Quando viu , sentiu o estômago encher de borboletas que batiam as asas bem fortes chegando a deixá-la sem ar!
- Olá, Little ! Você está se sentindo melhor, minha irmãzinha linda?! - disse , do modo mais carinhoso possível e beijando-a na testa.
- Hello, ! - disse , totalmente sorridente.
-Como você está? Você nos deu um b... - começou.
- BAITA SUSTO! - , , , , e gritaram completando.
- Nós ainda estamos em um hospital? - disse, zoando pelo grito.
- É porque disse que hoje isso é nosso discurso - falou.
- "Você nos deu um baita susto!", "Você quase nos mata de tanta preocupação!" - imitou as frases dos amigos no mesmo tom desesperado em que eles falavam isso.
Todos riram.
estava de certa forma feliz. A presença dos amigos e dos meninos do McFly amenizava os problemas naquele momento.
- ! - se aproximou dela e todos ficaram meio silenciosos, com cara de piedade. Afinal, aquela situação não estava sendo nada fácil para o . A namorada dele nem lembrava de sequer tê-lo conhecido... Para os outros meninos era mais fácil, pois estavam se aproximando como amigos,o que sempre foram, e não como namorado.
- Olá, ! - retribuiu sorrindo, e sentiu as borboletas voarem por todo o corpo.
sempre fora seu McGuy favorito. Estar ali em frente a ela parecia sonho!
- Bom, sei que as únicas lembranças que você tem de nós quatro são aquelas de shows, revistas, programas de TV... Você não se lembra de ter nos conhecido ou coisa assim, mas eu só queria dizer que nós somos seus amigos e que estamos com você pro que der e vier... Para te apoiar, agora que você tanto precisa! - disse aquilo evidentemente emocionado, e se sentiu melhor depois de tudo aquilo.


Capítulo 2




"...Yes, you made my life worthwhile..."
("...Sim, você fez minha vida valer a pena...")


passou mais uns quatro dias no hospital, fez uma bateria de exames que comprovaram aquilo que Dr. Clooney havia quase afirmado. Não havia lesões sérias e a perda parcial de memória era mesmo algo psicológico; consequência do trauma do acidente. Ninguém poderia afirmar quando a memória dela voltaria, e se realmente voltaria, o que deixou todos, principalmente , meio desanimados. As chances da memória dela voltar de repente eram grandes, mas poderia não voltar.
Os meninos que moravam na casa ao lado da das meninas. Entraram na sala, onde , e estavam assistindo clipes.
- Oi, amor! - entrou na sala, dando um selinho em . - Oopa! Esqueci! Cadê a ?
- Tem perigo, não! Ela está no quarto dela trancada!
- Ela tem estado tão triste! Não sabemos mais o que fazer! - disse.
- Tem muito tempo que ela está no quarto? - perguntou.
- Não! Estava aqui com a gente, mas tem uns 30 minutinhos que subiu... - respondeu.
- Disse que queria ficar sozinha! - completou.
- Eu tô sem saber como agir! Minha vontade é de abraçá-la e dizer tanta coisa, mas...
- Calma, ! Logo você vai poder fazer isso! - disse.
- É, dude! Só achamos que ela pode ficar ainda mais triste se descobrir que tem um namorado e não lembrar dele - falou .
- Eu sei! Eu sei! Só estou aceitando não contar sobre nosso namoro porque sei que por enquanto é o melhor pra ela! - disse.

****

estava largada na cama com uma vontade enorme de chorar. Logo quando soube da perda de memória, não ficou tão preocupada. Estava esperançosa, e também a euforia de conhecer os meninos do McFly a tinha feito esquecer que perder a memória era algo ruim. Já tinha saído há seis dias do hospital e ainda estranhava muitas coisas, e achava muito chato não reconhecer as pessoas. Recebia telefonemas e visitas de apoio de amigos dos quais nem lembrava. Os pais dela eram médicos e moravam no Brasil. Logo que a filha sofreu o acidente, foram correndo (leia-se voando) pra Londres, e todo o tempo em que eles estiveram lá, ela fez questão de fingir que estava feliz, que aquela situação não era importante. "Afinal, são só três anos de memória! SÓ 3 anos!". Ela repetia isso o tempo todo para todos, mas a intenção verdadeira era a de se convencer que aquilo não era lá um grande problema. Já tinha dois dias que seus pais tinham voltado para o Brasil, tinham muitos pacientes esperando e não podiam demorar. Voltaram um pouco mais tranquilos, porque soubera fingir de maneira convincente que estava bem.
Depois de algum tempo deitada na cama, esforçando-se de toda maneira para achar alguma recordação desses três anos, desistiu, por não obter sucesso. Resolveu ligar o computador. Desde que tinha saído do hospital, ainda não tinha o ligado. Pensou que lá devia haver alguma pasta de fotos... ou alguma coisa que pudesse ajudá-la a recordar algo. Logo que iniciou o computador, sorriu ao ver que o fundo de tela era uma foto dela com as amigas e os amigos (McFly) sentados em baixo de uma árvore. Todos faziam careta na foto. Clicou numa pastinha com o título "fotos" e foi olhando uma por uma. Ela não sabia se sentia triste ou feliz. Eram fotos de momentos alegres, mas ela não se lembrava de nenhum desses momentos. Ela com o fazendo careta, ela e dando um beijo sanduíche no , todos os oito correndo no meio da rua, ela eClara dentro de um carro, ela e puxando o cabelo do , ela com Neil, e Fletch... milhares de fotos... a maioria dela com os 7 amigos. Até que ela clicou em uma pastinha que tinha dentro da pasta fotos onde tinha escrito e . Milhares de fotos dela com . Fotos deles abraçados, sempre juntos em todas as fotos e de um jeito muito suspeito... até que ela clicou em uma foto onde eles estavam se beijando. Aquilo fez perder o chão! "Eles já tinham namorado?", "Por que as meninas não contaram pra ela?". começou a revirar seu quarto e suas coisas em busca de alguma resposta para aquilo. Achou uma caixinha com cartas que estavam bastante organizadas por remetente e data de envio. Achou as que foram enviadas por , pegou a mais recente e leu...

,

Eu não sei se você lembra (na verdade, espero que lembre!) que semana passada você me disse que eu fiz a sua vida valer a pena. Bom, naquele momento eu não te disse nada, apenas te abracei bem forte pensando no quanto eu queria ter você ali. Sempre ao meu lado! E eu precisava escrever pra dizer que sou o cara mais feliz do mundo por ter uma pessoa como você ao meu lado durante esses dois anos. Você é a namorada mais perfeita do mundo! E... VOCÊ FAZ MINHA VIDA VALER A PENA!

"It's all about you (It's about you)
It's all about you baby
It's all about you (It's about you)
It's all about you

Yesterday you asked me something I thought you knew
So I told you with a smile
It's all about you

Then you whispered in my ear and you told me too
Said you made my life worthwhile
It's all about you

And I would answer all your wishes
If you asked me too
But if you deny me one of your kisses
Don't know what I'd do

So hold me close and say three words like you used to do
Dancing on the kitchen tiles
It's all about you, yeah
And I would answer all your wishes
If you asked me too
But if you deny me one of your kisses
Don't know what I'd do

So hold me close and say three words like you used to do
Dancing on the kitchen tiles
Yes, you made my life worthwhile
So I told you with a smile
It's all about you

It's all about you..."



Amo você mais que tudo!

P.S.: Sim! Mais que a Demi Moore!

Ass:

22/10/2007

terminou de ler a carta aos prantos... por vários motivos. Um deles era porque, até onde ela lembrava, ninguém nunca tinha dito algo tão lindo pra ela. E outro motivo era porque a carta estava com a data 22/10/2007. Ele havia mandado aquela carta um mês antes, ou seja, provavelmente eles ainda eram namorados! Fato que justificaria o carinho diferente que tinha com ela. Diferente dos outros 3 McGuys. "Por que ninguém me contou isso?", "Por que ELE não me contou?".
saiu do quarto chorando para pedir explicações para as amigas. Ao chegar na sala, encontrou os sete reunidos, zoando um clipe da Girls Aloud.
- , o que houve? - disse.
- Por que você está chorando? - perguntou, segurando no rosto dela.
Ela deu as costas e saiu correndo de volta pro quarto.
ia atrás delas, mas o puxou pelo braço.
- Espera, dude! Você fica nervoso quando ela chora, deixa que eu vou!
- Vou com você, ! - levantou e seguiu com para o quarto da .


****


- ? Podemos entrar? Só tá eu e o !
- Podem, sim, ! - disse, sentando na cama e enxugando as lágrimas.
- O que houve? Por que você apareceu chorando daquele jeito e saiu correndo? - disse , sentando nos pés da menina na cama.
apontou para a foto do beijo na tela do computador e depois entregou a carta nas mãos do . leu e passou para o .
- Bom, a gente não devia ter escondido isso de você, né? - disse, sentando na cabeceira da cama e deitando a cabeça de em seu colo.
- Não! Não deviam! Se eu tenho um namorado... vocês não deviam ter escondido isso de mim!
- Oh, ! Não fizemos por mal! Achamos que seria um baque pra você... Saber que tem namorado e que não lembra! E não erramos, né? Tá sendo um baque! - disse de forma carinhosa, puxando as pernas da meninas e colocando no seu colo. - Poxa, gente! Tá sendo tudo muito complicado pra mim... Na minha cabeça tá tudo assim... Vou dormir e acordo numa cama de hospital! Três anos se passaram... E, de repente... Olha o McFly... É! McFly! Aquela banda que você ama... Essa mesmo! Pois então, os meninos dos McFly são seus super amigos! E adivinha só? Surpresa! é seu namorado! É, você não lembra dele, mas, bem... o que importa?
- Coma torta? - disse empolgado, fazendo rir e esticar o braço pra dar um pedala nele.
- Só vocês dois pra me fazerem rir com tantos problemas!
- , as meninas tentaram esconder tudo aqui que pudesse fazer você perceber que o é seu namorado. Fotos dos murais, cartas (Bom, pelo menos as que acharam!), esconderam até que eu e a estamos namorando. Mas elas esqueceram do computador!
- Hã? Você e a ? AHH! - levantou e se jogou gritando em cima de .
- Calma, coisinha! Você é pequena, mas pesa! - Disse , zoando e rindo.
- Poxa! Por que me esconderam isso?
- Porque seria muito óbvio tudo! Pensa... Eu namoro a , namora a , namora a ... Logo namora a... a? A?
- Hum! Eu acho que eu não perceberia!
- Pô, ! Esquecemos que a é uma lesa!
- Não sou lesa!
- IMAGINA! - os dois falaram em coro.
deu almofadadas neles que fizeram montinho nela. Depois dessa briguinha maluca, os três ficaram jogados um do lado do outro na cama de casal da .
- É estranho! - disse, olhando pro teto, pensativa.
- O quê? - os dois perguntaram juntos.
- O modo como me sinto perto de vocês! Sei lá... até onde me lembro, vocês eram apenas meus ídolos, e eu não me sinto nem um pouco inibida de ficar brincando com vocês... contar coisas pessoais... dizer como me sinto... como agora, por exemplo!
- Eu sei porque isso acontece!
- Lá vem bomba! sabe de alguma coisa! Tá mal! - zoou .
ignorou o comentário do amigo e as risadas de e prosseguiu.
- É porque a mente esquece, o coração não! Sua mente esqueceu da gente, mas nós estamos guardadinhos aí no seu coração! Ainda somos amigos, ainda somos irmãos! E isso não era pra rimar!
- Dude! Vai chover feio hoje! Você falou algo inteligente pela primeira vez na vida! - brincou.
- Poxa, ! Seu cara de gnomo... você até me emocionou com isso! Sabe o que meu coração tá dizendo agora?
- Não - disse.
- Que eu amo vocês dois porque são amigos... ops... irmãos muito especiais!
- Ohh! - os dois amigos fizeram um corinho meio gay.
- Eu estou ouvindo seu coração dizer mais uma coisa, ! - falou.
- O quê?
colocou a mão atrás da orelha como se tentasse escutar algo.
- Ele diz: "Vamos... fazer... montinho no !"
- Ah!
Os dois pulam no .


****


(Enquanto isso, no andar de baixo...)
- Dude, estou preocupado!
- Relaxa, ! Os meninos estão lá com ela! - disse.
- Eles se dão muito bem. Logo eles descem gargalhando, você vai ver! - completou.
- Eu acho que estou ouvindo gargalhadas já! - falou.
- Aham - as meninas concordam.
- Viu, amor? Sua namoradinha está bem... agora me dê atenção, baby! - falou de um jeito bem gay para , alcançando seu objetivo arrancar algum sorriso do amigo.
- Ok, love! Mas agora disfarce. O que vai pensar da gente? - disse, sorrindo mole e gesticulando muito rápido, fazendo todos rirem.


****


(Subindo de novo...)
- Tô com medo! - disse.
- Nada disso! Vamos descer, sim! Esse medo é sem sentido! - falou .
- Nem tanto! Às vezes o morde! Então, tenha medo - disse, zoando.
- Vamos! Desça agora! - mandou.
- Desça? Vocês não vão descer, não? Hum! O casalzinho quer ficar alone, né?
deu um pedala em e logo em seguida deu outro pedala.
- Tá bom, vai! Parei! Eu não sabia que vocês dois estavam tentando esconder o romance! - disse gargalhando, e saiu correndo antes que eles a alcançassem.
- AH! Desce as escadas correndo! Help!
Todos se viraram pra olhar.
- Dito e feito! Lá vem eles felizes da vida! - falou.
- Que foi que houve? - perguntou.
- e estão namorando, estão namorando... Na-na-na-mo-ran-do! - cantou com um ritmo inventado na hora e dançando de um jeito bem rídiculo, fazendo todos rirem.
e correram rindo atrás dela e ela se escondeu atrás de , depois atrás de , até que ela tropeça e...
- MONTINHO! - gritou.
Todos pularam na menina, que começou a gritar.
- Ah! Eu preciso de oxigênio! Me soltem! Eu ainda tenho hematomas! Aah! Hematomas!
Ao lembrarem que até poucos dias ela estava no hospital, todos saíram de cima da garota. Ela se levantou rindo muito.
- Putz! Nós esquecemos dos seus hematomas! - disse.
- Você está bem, pequena? - perguntou.
- Enganei o bobo na casca do ovo! Meus hematomas nem doem mais! Nha...
Todos correram atrás dela. Iniciou-se uma guerra de almofadas!

(Depois de um tempo...)
- , posso falar com você?
- Claro!
- Vamos lá em cima comigo!
Os dois subiram. Todos viram, mas preferiram disfarçar.


****


(No quarto de )
- , er... er... eu...
- Calma! Não precisa gaguejar - disse, sorrindo. - Eu não mordo!
- Não foi isso que os meninos me disseram! - abriu um largo sorriso, lembrando do que tinham dito sobre morder.
- Hã?
- Esquece! - ela disse, ainda sorrindo. - Bom, você... eu... toma... - Ela entrega a carta na mão dele.
- Onde você ach... Foi por isso que você estava chorando? - perguntou.
- Eu vi fotos... Bom, fotos de nós dois no computador, e procurei até que encontrei essa carta! Sim! Era por isso que estava chorando. Eu fiquei tão confusa... e tão mal com tudo isso... Poxa, eu nem me lembro!
- ?
- Oi!
- Eu posso te abraçar?
parou, olhando para ele.
- Pode!
puxou pra mais perto dele. Ele estava sentado encostado na cabeceira da cama e a abraçou muito forte. Ela encostou a cabeça no peito dele e se deixou envolver naquele abraço. Sentia o cheiro do perfume dele... Um cheiro tão bom! Fechou os olhos e se lembrou de uma canção de uma banda brasileira. Um trechinho descrevia bem aquele momento...

"...Quando deito nos teus braços fecho os olhos pra sonhar... te amo, e pra sempre vou te amar..."

Ela ficou um pouco confusa, sentindo borboletas percorrerem todo seu corpo. Pensava no quanto gostava quando ele estava por perto, e no tanto de vezes que ele ligou durante a semana, quando estava trabalhando, para saber se ela estava bem, se se sentia melhor. E no quanto ela estava gostando daquele abraço! Será que ela o amava? Talvez estivesse certo... "O coração não esquece!"
abraçava o mais forte que conseguia. Queria dizer um tanto de coisas pra ela, mas não queria assustá-la. Tinha medo de perdê-la para outro cara. Afinal, ela não lembrava dele, não lembrava que o amava. Logo poderia conhecer outro alguém e se apaixonar. Ele temia isso. Não podia perdê-la porque a amava mais que tudo.

- , me perdoa! Me perdoa, por favor! - disse , começando a chorar.
- Ei, minha pequena! Não chore! Você não tem culpa de não lembrar...
- Eu sei, mas me sinto tão mal com isso! Estou tão cansada de tentar lembrar das coisas e não conseguir, cansada de fingir que estou bem... Cansada de tudo!
- Pequena, não fica assim, não! Estou aqui com você! - dizia , enquanto enxugava as lágrimas dela. - Você não se lembra, mas você sempre me diz que quando está assim... assim no meu abraço... - Ele a apertou com mais força. - Você se sente protegida!
- Eu sempre digo isso?
- Aham!
- Então deve ser verdade! Seu abraço é bom! - disse envergonhada.
- E quer saber de uma coisa? É assim mesmo que você tem que se sentir. Sabe por quê?
- Por quê?
- Porque eu estou aqui pra isso... Para te proteger! Te proteger de qualquer coisa que possa te fazer mal! Porque eu amo você!
sentiu a respiração faltar ouvindo tudo aquilo. Ela realmente estava se sentindo protegida ali!
- Assim que você quiser, eu vou contar tudo que você quiser saber! Pode fazer quantas perguntas quiser...
- Obrigada, ! - disse, beijando o rosto dele e passando bem perto da boca. Ela sentiu ele estremecer com aquele toque... ou fora ela que estremecera?
- Você devia descansar agora...
- Não! Não quero descansar! Me conta sobre a gente agora?
- O que você quer saber?
havia deitado de barriga pra cima, quase sentada, porque os travesseiros eram altos e ficou ao seu lado de barriga para baixo, apoiado nos cotovelos, olhando para ela.
- Como e quando nós nos conhecemos?
- Eu e os meninos fomos assistir um show da banda de vocês! E fomos vê-las no camarim... Isso foi em setembro de 2004. Me apaixonei de primeira...
- Quando nós começamos a namorar?
- 23 de setembro de 2005!
- Um ano depois de termos nos conhecido? Nossa! Você não disse que tinha se apaixonado de primeira? Por que demorou tanto pra chegar em mim?
- Humpf! Como você sabe que fui eu que cheguei em você... e não... você em mim?
- Porque eu jamais chegaria num garoto pra dizer que gosto dele...
- Bom, digamos que fui meio lento. Tinha medo de você dizer não!
- A gente briga?
- Pouco! Brigas bestas... Por causa do meu ciúmes na maioria das vezes - ele disse encabulado e sorriu com aquilo.
- ... você... você me ama? Acha que me ama pra valer? - Ela sentiu o próprio rosto ficar quente com aquela pergunta. Tinha certeza de que tinha ficado vermelha.
- Mais que a Demi Moore... - ele disse rindo, zoando por causa da carta que ele havia acabado de reler.
- Ora essa! O que é que a Demi Moore tem demais?
- Ela é hot!
- Nha! - disse, dando um pedala de leve nele e mostrando a língua.
- Sério, ! Amo você pra valer mesmo... Amo mais que tudo!
- Mais que a Demi Moore... - disse rindo, e fazendo-o rir também.
Depois de uns minutos em silêncio...
- ?
- Oi!
- Você acha... que... você sabe me dizer...
- Fala! - disse ele, sorrindo.
- Você acha que eu gosto muito de você? Quero dizer... acha que eu amo você de verdade?
- Tenho certeza que sim!
- Como você pode ter tanta certeza se o sentimento é meu? - ela perguntou, brincando.
- E por que você perguntou se achava que eu não ia saber responder com certeza?! - ele perguntou no mesmo tom que ela, também brincando.
- Bom, porque queria ver sua cara de confusão. Não achei que fosse saber me responder!
- Mas eu sei! Tenho certeza que você me ama! Porque você faz o tempo todo eu me sentir assim... amado! E eu sei que é sincera quando fala isso! Se mentisse, eu saberia...
- Saberia? Como?
- Você mexe o nariz quando mente. Assim, ó... - começou a imitar o nariz da namorada mexendo.
- Hahahaha!A inda bem que me avisou... evitarei mentir pra você!
- Acho bom! - ele disse, rindo. - Bom, vou sair. Estou vendo que está cansada. E... não quero paracer chato...
- ? - Ela puxou a mão dele, que estava já de joelhos na cama. - Fica! Por favor! Não quero ficar só!
Ele sorriu e deitou ao lado dela. Eles deitaram de lado, ficando de frente um pro outro. passou os braços em volta dela e começou a cantar até que ela adormeceu...


Capítulo 3




"...Kiss me down by the broken tree house, swing me high upon its hanging tire..."
("...Beije-me ao lado da casinha na árvore quebrada, balance-me alto no seu pneu pendurado...")


Três semanas se passaram e ficava cada vez mais angustiada por não lembrar de nada daqueles três anos e alguns meses, mas evitava ficar triste. Também, nem poderia, afinal, todos os amigos estavam dando o maior apoio a ela. Os meninos sempre estavam presentes na casa das meninas e faziam a maior bagunça.
- Natal está chegando! - disse.
- Pois é, pena que esse ano nossas famílias não vão poder vir do Brasil pra cá! - comentou.
-N em fale! Só nós esse ano! - falou .
- Parece que os meninos vão passar o Natal com a gente! As famílias deles vão viajar pra algum canto que agora esqueci onde é... Eu, esquecendo algo? Ohhhh, que raridade! - disse brincando e fazendo todas rirem. Tinha decidido que era melhor levar a falta de memória dela na brincadeira. Amenizava a angústia assim.
As quatro amigas estavam na frente da casa, deitadas na neve, uma ao lado da outra, de olhos fechados. Estavam deitadas logo em frente aos dois bonecos de neve que elas e os meninos fizeram. O dos meninos, usando um cachecol verde com uma plaquinha com o nome dele pendurado 'JOHN', e das meninas usando um cachecol vermelho com a plaquinha 'PAUL'.
- Olá, garotas! - disse.
- O que vocês estão fazendo deitadas na neve? - perguntou.
- Tentando pegar pneumonia - respondeu .
- Não duvido que consigam! - falou.
- Também quero! - disse, deitando ao lado delas no chão.
- Sério! Tão fazendo o quê aí? - perguntou.
- Só passando o tempo, baby!- respondeu.
Todos deitaram, na ordem: , , , , , , e .
Depois de um tempo em silêncio...
- Bom, é estranho... Eu não me lembro das coisas, mas me lembro de músicas! Não lembro quando foram lançadas nem nada, mas tenho escutado músicas e mesmo achando que é a primeira vez que ouço... sei cantar todinhas! Então, vamos cantar? - falou.
- Vamos! - todos responderam.
- Aff! Quanto rodeio pra convidar a gente pra cantar! - disse, zoando.
- Cantamos todos juntos, mas na ordem... cada um puxa uma música diferente! Só cantamos o refrão! Começando pela - disse .
começou e todos acompanharam.

"...I don't wanna close my eyes. I Don't wanna fall asleep.
'Cause I'd miss you baby. And I don't wanna miss a thing..."
(Aerosmith - I don't to want miss a thing)


- A vez do ! - disse.

"...My love, my love, my love, my love. You love my lady lumps. My hump, my hump, my hump, My humps they got u..."
(My humps - Black eyed peas)


cantou empolgado, mas sozinho.
- Urgh!- todos disseram.
- Credo! - falou.
- Vou vomitar! - disse
- , você é gay? - perguntou.
- Sou, ! Mas já sou do ! - brincou.
- Ah, não! é meu! - falou.
- Vamos parar! - disse.
- Vamos continuar cantando! - falou . - Vez da !
puxou o refrão.

"...Is it enough to love? Is it enough to breathe? Somebody rip my heart out and leave me here to bleed. Is it enough to die? Somebody save my life! I'd rather be anything but ordinary, please..."
(Anything but ordinary - Avril Lavigne)


- Vez do ! - disse.
começou.

"...Baby, you're all that I want. When you're lyin' here in my arms. I'm findin' it hard to believe we're in heaven. And love is all that I need. And I found it there in your heart. It isn't too hard to see we're in heaven..."
(Heaven - Bryan Adams)

sentiu a mão de tocar a sua. Ela tinha a certeza de que ele estava cantando para ela. Sentiu mais uma vez borboletas baterem asas apressadas em seu estômago, e voarem para a mão que segurava.
- Vez da ! - falou.
cantou.

"Woman, I can hardly express my mixed emotions at my thoughtlessness. After all, I'm forever in your debt. And, woman, I will try to express my inner feelings and thankfulness for showing me the meaning of success. Ooh, well, well. Doo, doo, doo, doo, doo. Ooh, well, well. Doo, doo, doo, doo, doo..."
(Woman - The Beatles)


- Aeeee, ! Viva o Lennon! - dizia empolgada.
- ! - disse.

"...You got me falling through noticing the little things you do, putting a hold right over me. Funny as it seems. You make me dream. Doing the little things, those little things you do..."
(Little things - Son of dork)


- ! - falou.

"...I've tried to go on like I never knew you. I'm awake but my world is half asleep. I pray for this heart to be unbroken. But without you, all I'm going to be is incomplete..."
(Incomplete - BSB)


- ! - disse .
E finalizou com chave de ouro.

"...Was I invading in on your secrets? Was I too close for comfort? You're pushing me out when I'm wanting in. What was I just about to discover? When I got too close for comfort; Driving you home. Guess I'll never know..."
(Too close for comfort - McFly)


- Uhul! - todos gritavam.
A tarde toda eles passaram no jardim e dentro de casa, na maior bagunça, inventando várias brincadeiras.


****


- ? Posso entrar?!
- Pode, !
- Oi! Eu vim ficar aqui um pouquinho com você! Já que agora de noitinha você resolveu se isolar!
- Eu estava aqui pensando...
- Hum! Isso é raro! Você? Pensando?
deu um tapinha no braço dele e mostrou a língua.
- Ok! Parei de brincar! Você estava pensando no quê?
- Três semanas, ! Três semanas e eu ainda não lembro de nada...
- Bom, você tem que ter paciência. Você bem sabe que...
- Eu tava pensando no seguinte... Eu estou aqui desesperada, tentando recuperar cerca de três anos de lembranças, e desse jeito eu tô deixando de viver. E se eu só recuperar a memória daqui a cinco anos? Eu vou perder cinco anos porque passei esse tempo tentando lembrar dos três que esqueci? E se eu não recuperar mais a memória? Vou ficar aqui pirando tentando lembrar... e deixando minha vida de lado... parada! Me esperando decidir voltar a viver?
prestava atenção em cada palavra do que ela dizia...
- Bom, essa conversa toda é só pra dizer que não vou mais me enlouquecer com isso! Vou viver! E se eu recuperar a memória, ótimo... Se não recuperar, não vou morrer por isso!
deixou lágrimas rolarem pela face. Tentou se segurar, mas não conseguia. O que ele tanto temia aconteceu! não recuperou a memória e agora queria continuar sua vida, curtir o que tinha direito. E era justo... Mas e ele?
- ? Por que está chorando?
- Desculpe! Er... eu não queria... Er... Não queria chorar na sua frente... Eu entendo! Juro que entendo! E esperava por isso! Era de se imaginar que você em algum momento iria querer recomeçar... Recomeçar de onde parou a sua memória! Não ia querer um namorado... um namorado... do qual não se lembra!
- , eu acho que você não entendeu! Eu não quero recomeçar!
- Não?
- Não! Quero continuar de onde parei! De onde EU realmente parei... e não a minha memória!
- Então, você não está me dando um fora?
- Não! Eu... er... Bom, você acha que me ama o suficiente pra continuar comigo mesmo sabendo que eu não lembro de coisas que passamos juntos?
- "God, I love Joanna! But she don't understand much". (Deus, eu amo Joanna! Mas ela não entende o quanto) Nesse caso, você é a Joanna! - Você acha que pode se apaixonar por mim de novo?
- Bom, não vai ser necessário. Acho que disse uma coisa certa!
- O quê?
- "O coração não esquece!"
- Primeira vez que ele diz algo últil - disse ele, sorrindo.
puxou-a para mais perto. Os dois respiravam muito próximos e ofegantes. mal podia respirar até que sentiu os lábios dele tocarem os seus. Podia sentir os pés fora do chão. Depois ficaram ali abraçados, juntos... E ela se lembrou de um trechinho de um livro que já tinha lido catorze vezes. Um trechinho que definia bem aquele momento...

"Ah! Aquilo não foi beijo, não... Foi o coração chegando em casa e encontrando a mesa posta e a cama arrumada e cheirosa. Não foi prece, nem juramento, mas foi uma graça. Desapareci. Virei eu uma borboleta, pequena, verde como o olhar dele..."


****


(À noite...)
estava na sala com as meninas assistindo Um Amor Para Recordar e chorando pela milésima vez até onde lembrava.
- Poxa! Não queria que a Jamie morresse! - disse.
- Mas ela vai morrer... - falou.
- Para de contar, ! - reclamou.
- Duh! Até parece que você nunca assistiu e não sabe... - disse .
- Mesmo assim! - disse meio indignada.
- Shh! Olha lá...E u amo essa cena!
Landon e Jamie dançam na varanda e as quatro desabam no choro...
Os meninos entram....
- O que foi, hein? - perguntou.
- Shh! - Todas disseram, apontando pra televisão.
- Ah, não! Quantas vezes elas já assistiram isso? - perguntou .
- Um milhão? - disse, levantando as sobrancelhas.
- É... Um milhão! E elas ainda choram com o filme... - falou.
Os meninos cochichavam essas coisas, mas, mesmo assim, atrapalhavam as meninas de verem o filme.
- Shh! - todas falaram.
Os meninos se jogaram no tapete.
- Ele vai pedir ela em casamento... - disse.
- Oh!- todas suspiraram.
- Ohh! - todos os meninos, afinando as vozes e balançando os braços, tentaram imitar as meninas.
- SIM! - gritou.
- Tá ficando doida, tadinha! - comentou.
- 'Sim' o quê? - perguntou com cara de intrigado.
- Ué! Eu diria sim pro Landon!
- Ai, ai! - reclamou.
- Eu também diria sim - comentou.
- Eu também! - concordou.
Todos olharam pra que não desgrudava os olhos da televisão.
- Quê? - olhou para todos com cara de dúvida. - AH! EU TAMBÉM! Óbvio que eu também diria 'sim' pro Landon!
Todos os meninos ficaram resmungando.
- Eu também diria 'sim' pro Noah! - disse.
- Ooh! Sim! - todas falaram.
- Mil vezes sim! - disse .
- Noah? Diário De Uma Paixão? - perguntou.
- Aham - todas responderam.
- Aquele cara é feio! Urgh! -
-Não é, não! É lindo! - disse.
- E mesmo que fosse... Ele faz coisas lindas no filme! - falou.
- Queria ser a Allie! - disse .
Todos os meninos resmungaram.
- E vocês, meninos? Com que PERSONAGEM gostariam de ficar?
- Baby! - todos responderam em coro.
- Baby? O porquinho? - perguntou.
Todos os meninos caíram na gargalhada.
- Não! Baby, de Ritmo quente - respondeu.
- Aah! - as meninas disseram.
- Humpf! Não vejo nada demais nela! - comentou.
- Nem eu! - as três amigas disseram juntas.
- Eu ficaria com um monte de personagens do cinema... - falou .
- Eu também!- as três amigas concordaram.
- Quem? - os quatro meninos perguntaram.
Então, as meninas dispararam uma lista imensa...
- Patch (Patch Adams - O Amor É Contagioso), Landon (Um Amor Para Recordar), Noah (Diário De Uma Paixão), Christian (Moulin Rouge), Ian (Antes Que Termine O Dia), Garret (Uma Carta De Amor), e o Rafe (Pearl Harbor), Rick (Casablanca), Nelson (Doce Novembro), Will (Outono em Nova York), Joe (O Mistério Da Libélula), Chris (Amor Além Da Vida), David (E Se Fosse Verdade)...
Os oito passaram boas horas assim, discutindo sobre as listas de personagens das meninas. Elas riam, zoavam... Eles reclamavam, bagunçavam...
- !
- Oi, ! - Ela se virou, sorrindo pra ele. Os meninos estavam dançando alguma coisa estranha na sala e todos estavam rindo muito.
- Você pode vir aqui comigo?
- Aham - ela confirmou, e ele os guiou até a casa ao lado (casa dos meninos) e foram para o grande jardim que ficava no fundo da casa.
- Bom, você disse que quer continuar... Então, eu resolvi te trazer aqui porque quero te mostrar todas as coisas das quais você não lembra. Então... - Ele apontou para um ponto um pouco mais distante a frente deles.
- Uma casa na árvore! Aahhh!- ela dizia deslumbrada.
- Eu sabia que você ia gostar de vir aqui! Você sempre gostou da casa na árvore - disse ele, sorrindo por vê-la tão feliz com aquela casa da qual ela não lembrava.
saiu correndo até a casa. Era feita de madeira branca e ficava no alto. Havia pedaços de madeira pregadas em todo o seu tronco, formando assim uma escada. Possuía janelas e, mesmo olhando de baixo, dava pra ver que as cortinas eram azuis. Ela olhou admirada, desde pequena gostava de casas nas árvores. Sempre quis ter uma, mas no Brasil não era costume. Se sentia em um filme ou coisa assim. Ao olhar para o lado viu um pneu preso por cordas no alto da ponta da árvore.
- Ah! Um balanço de pneu! - Ela gargalhava enquanto sentava no pneu.
foi se aproximando dela e começou a balançá-la de leve, e, cada vez que a puxava de volta, respirava bem próximo do pescoço dela, o que causava em uma sensação diferente das borboletas. Sensação que ela costumava chamar de "Montanha Russa", pois sentia seu estômago pular como se estivesse descendo em um brinquedo desses...
- Mais forte, ! Me empurre mais forte, porque quero ir beeeem lá no alto! - Ela ria. - Quero tocar o céu!
a empurrava cada vez mais alto, fazendo com que ela risse muito. E quanto mais ela ria, mais feliz ele ficava. Gostava daquele sorriso e tudo o que mais queria era vê-la feliz.


(Já na varanda da casinha...)
- Estou me sentindo em um filme... - dizia, abraçada a , sentindo as mãos dele passearem por seus cabelos. - , você me ama mais do que ama a Demi?! - ela dizia, lembrando dessa brincadeira dele e dando boas risadas.
- Aham! ? Você me ama mais que o Ben Affleck?
- Aah! Não! Não coloque o Ben no meio!
- Responda! - ele fingia raiva.
- Não posso responder! É o Ben, ! BEN! Ben Affleck! - Ela fazia manha.
- Olha só pra isso... Ama ou não ama mais que o Ben?
- Amo! - ela disse, sendo sincera e se virando para olhar nos olhos dele. - Amo muito mais que o Ben!
a puxou para um beijo daqueles que a faziam perder o chão.


Capítulo 4




"...Take a sad song and make it better. Remember to let her under your skin. Then you'll begin to make it better..."
("...Escolha uma música triste e faça-a ficar melhor.Lembre-se de sentí-la debaixo da sua pele, Então você começará a fazê-la ficar melhor...")


- FELIZ NATAL! - disse para os meninos, abrindo a porta com o maior sorriso.
- FELIZ NATAL! - todos responderam.
- É natal, é natal... la la la... la la... lalalalala... - e entravam cantando, enrolando com "lalala" porque não sabiam a letra, e faziam uma dancinha ridícula!
- Afff! O que é isso? - disse, apontando para e , fazendo a tal dancinha.
- Os duendes do Papai Noel, ! Duh!- dizia, como se fosse óbvio.
chegou até , dando um abraço apertado nela. Ela retribuiu o abraço e, enquanto todos se encaminhavam para a sala, eles ficaram ali na entrada, já do lado de dentro por causa do frio, abraçados. Momentos como aquele estavam acontecendo com menos frequência desde o dia na casa da árvore. Ela tentava evitar passar muito tempo sozinha com , e todas as vezes que estava com ele, evitava se mostrar muito carinhosa ou coisa do tipo. As meninas reclamavam essa atitude dela, mas tinha medo de parecer muito grudenta e acabar afastando . Afinal, ela não tinha certeza de como as coisas eram antes da perda da memória. Não sabia como agia com quando estavam sozinhos.
- Eu tava com saudades de você, minha pequena!
- Eu também de você, ! - disse com a maior sinceridade do mundo. Eles quase não tinham se visto naquela semana, porque o McFly estava trabalhando horrores, já que iam ficar de ficar de férias logo em seguida.
A Without Notion (banda das meninas) também tinha tido muitos compromissos. Com o acidente da , elas ficaram algum tempo paradas, o número de compromissos tinha triplicado e as férias atrasaram, mas agora todos estavam de férias.


****


(Ceia de Natal)
- , para de jogar uva na minha cara !- dizia rindo.
dava altas risadas e, com cara de menino travesso, jogava uvas na .
- , pára! AAH! Seu moleque, você vai ver só! - gritava, pois havia acertado uma uva dentro de seu decote, fazendo todos rirem.
começou a atirar pedaços de peru no amigo.
- PERU? Peru não! - gritava.
Todos entraram naquela brincadeira e foi o começo de uma bela guerra de comida.
- Aah! Vou te matar, ! - gritava para a namorada, que tinha jogado gelo dentro da blusa dele.
- Não! - saía correndo.
tropeçou no pé de , que gritou "Montinho!" e todos pularam na garota.
- Ah! Tô sufocando!
- , aí em baixo está desconfortável? - gritava , zoando com a cara da amiga, pois estava no topo do montinho.
, que era o segundo, estava logo em cima de . Conseguiu levantar com tudo, fazendo cada pessoa voar para um lado.


****


- Vamos brincar de bicho bebe? - perguntou.
- Vamo! - todos responderam.
era sapo, era leopardo, era urso, era gato, era borboleta, era vaca, era libélula e cachorro.
- O sapo bebe - começou.
- O sapo não bebe - respondeu.
- Quem bebe?
- Quem bebe é a borboleta!
- A borboleta não bebe - falou .
- Quem bebe? - perguntou .
- ! - todos falaram.
- Que foi? - perguntou assustado.
- VOCÊ JÁ ERROU! VAI TER QUE BEBER! BORA, ENGOLE A VODKA!
Brincaram até dar meia noite...
- Meia noite! Vamos trocar os presentes! - disse.


****


Lá pelas três da manhã, foi para o quarto, porque queria ficar um pouco só. Deu a desculpa de que estava cansada.

*Toc toc toc*
- Pode entrar! - falou.
- Tem alguma menina pequena com carinha de choro aí?
- ! - disse, sorrindo.
- Por que subiu agora se está todo mundo ainda muito animado lá em baixo?!
- Cansada!
- Sei! Você pensa que consegue mentir pra mim...
- Aah! Não! Meu nariz! - disse, levando as mãos ao nariz.
- O que tem seu nariz?
- Nada! - ela disse aliviada. Ainda bem que só havia percebido que o nariz dela mexia cada vez que mentia. Seria horrível se todos começassem a reparar no nariz e nas mentirinhas dela.
- E então? Por que a carinha triste? Hoje é Natal!
- Bom... - estendeu para o colar que estava nas mãos dela. - Foi o que me deu de Natal!
- Olhaa... Colar de filme! U m coração que abre... HA! E a foto de vocês dois nas bandas do coração... - disse ele, sorrindo. - Você tá triste por isso? Não gostou do presente? - perguntou preocupado quando viu a amiga cabisbaixa.
- Ao contrário! Eu ameeii! E esse é o problema! sempre faz eu me sentir como uma princesa num conto de fadas! É sempre carinhoso, realiza todos os meus desejos por mais bobos que sejam... E eu...
- Você?
- Eu nem me lembro de nada! Eu nunca sei como agir com ele... Eu finjo que não, mas eu fico o tempo todo tentando lembrar das coisas, ! Vou ao médico, faço milhares de exames, vou a pisicológa e nada! Nada me ajuda... nada é a solução...
- , você tem que ter paciência. Eu sei que a gente vive te falando isso, mas tem que ser assim! - disse ele, abraçando carinhosamente a amiga.- E também, talvez toda essa sua ansiedade pode ser o que está cooperando com o bloqueio da sua memória...
- Será?
- É! Quem sabe, né?
- , amo você, viu?
- Muito ou pouco? - disse, estalando um beijo na testa dela.
- Muitão!
- Deeita! Vou cantar pra você dormir!
Ele começou a cantar Little Joanna pra ela, sempre substituindo Joanna pelo nome da amiga.


****


(De manhã...)
- Meninas, de quem são essas coisas que encontrei no meu guarda-roupa? - disse, mostrando uma caixa e com cara de quem não tava entendendo o que aquelas coisas estavam fazendo lá.
- Hum... Deixa eu ver! - disse, olhando dentro da caixa. - Ah! É do !
- Do ?
- É, sim!
- Cueca boxer, uma escova de dente, uma blusa do The Beatles... - ia falando e mostrando os objetos. - Creme de barbear e mais um monte de tranqueira. O que essas coisas estavam fazendo no meu quarto? E não no dele...
- Bom... - olhou para as amigas, pedindo ajuda.
- Bom... Er... ... Er... - começou.
- Você não se lembra, mas, às vezes... - continuou.
- Às vezes, ele dorme aqui com você! - completou.
- É! Assim como os meninos dormem aqui com a gente - disse.
arregalou os olhos, largou a caixa no chão e se como se suas pernas não pudessem mais suportar seu peso. Ela caiu sentada no sofá.
- Como ass... Como? Como assim, dorme aqui de vez em quando? Dorme como? - perguntou espantada.
- Ahh... Como a gente não sabe, né? Porque não ficamos dentro do quarto, mas... AI! - parou de falar porque deu uma cotovelada nela.
- Vocês tão querendo dizer que... EU NÃO SOU MAIS VIRGEM? - perguntou.
- Bom, até onde você lembra é, né - disse sem graça.
- Você entendeu o que estou perguntando! - falou.
- Não, ! Você e o já... Er... já... Bom, você entendeu - disse .
- Oh, God! - disse, levando as mãos até a cabeça, assanhando um pouco os cabelos, como se aquilo fosse fazer sua memória voltar.
- Calma, ! Você pode recuperar sua memória a... - começou.
- Eu preciso ficar um pouco sozinha! Eu vou pro meu quarto...E u... - ia dizer mais alguma coisa, mas subiu sem terminar a frase.
Tinha aparência de quem estava transtornada. Em seu quarto, ela sentou na janela e ficou olhando a neve cair. Fazia sol, apesar do frio e da neve. Colocou a caixa em seu colo e começou a olhar todos os pertences de . Sentiu um nó na garganta! Alguém já havia tocado em seu corpo, já havia ficado nua na frente de um garoto, mas não lembrava de nada. Aquilo pertubava a mente dela. Fechou os olhos e abraçou a blusa dos Beatles do . Tinha o cheiro dele! Cheiro de anjo, como ela tinha se acostumado a dizer. No rádio, começou a tocar uma música antiga do Elvis Presley chamada "I'll remember you". Aquilo era uma ironia, porque ela não lembrava de nada!

I'll remember you
Long after this endless summer has gone
I'll be lonely oh so lonely
Living only to remember you

I'll remember too
Your voice as soft as the warm summer breeze
Your sweet laughter, mornings after
Ever after, I'll remember you

To your arms someday I'll return to stay
Till then I will remember too
Every bright start we made wishes upon
Love me always, promise always
Oh, you'll remember too

I'll remember you




Capítulo 5




"...And when I wake up to the touch of your head on my shoulder. You're my dream come true, oh yeah..."
("...E quando eu percebi o toque da tua cabeça no meu ombro. Você é o meu sonho se tornando realidade, é sim...")


Duas semanas se passaram e , desde aquele dia, começou a saber menos ainda como agir perto do . A garota parecia sempre distante e apenas as meninas sabiam o porquê.

- ?
- ? Er... Oii!
- Posso entrar? - disse ele, parado na porta do quarto.
- Claro!- ela disse, saindo da janela de vidro (lugar onde amava ficar sentada) e sentando na cama.
- Eu estive pensando e... É meio complicado o que eu tenho pra falar. Bom... - Ele estava com cara de quem chorou e demonstrava enorme confusão enquanto tentava falar. - Bom, eu quero terminar nosso namoro!
sentiu o chão sumir de baixo da cama onde estava sentada. Ela podia sentir a cama caindo com ela dentro de um abismo. Ouvir aquilo de foi a pior sensação que já teve. Sentiu todas as borboletas pararem dentro delas. Ela acreditou que tivesse matado todas ao dizer aquelas palavras. Ela ficou parada, sentada na cama, olhando diretamente nos olhos dele. Podia sentir todo seu sangue correndo pra sua cabeça, deixando seu rosto quente. Um nó imenso se formava na garganta dela. Sentia vontade de gritar, de chorar...
continuou.
- Eu queria que você me entendesse... - já não conseguia segurar as lágrimas. - Eu tenho percebido que você está meio... er... distante de mim! Eu fui um idiota, ! Eu agi errado com você... eu jamais deveria ter continuado a ser seu namorado, porque isso era injusto com você. Afinal, você nem lembra de mim. Mas você, como sempre, ficou ao meu lado. E quando eu te via distante, eu sabia que você não estava gostando de ter que namorar um cara que... Um cara que certa forma é desconhecido pra você. Eu só pensava no "antes", no quanto nós nos amávamos, e no quanto eu ainda amo você. Pensava no medo que senti quando você sofreu aquele acidente... - Ele ia falando e ela permanecia paralisada, com os olhos marejados. - Eu nunca senti tanto medo na minha vida, pequena! Eu achei... achei que fosse perder você quando te vi inconsciente naquela cama de hospital... - disse isso chorando mais forte. - Bom, e foi pensando nisso, no quanto eu amava você, que eu quis continuar. Achei que tava fazendo o melhor pra você, mas não estava. A última coisa que você precisa agora é de alguém pra fazer você se desesperar tentando lembrar de algo...
- Tudo bem, ! - parecia ter sido arrancada de seus pensamentos.
- Tudo bem? - ele perguntou meio incrédulo. Talvez porque a vontade dele era a de que ela dissesse que ele estava ficando louco, que ela amava ele mas...
- É! Eu só não quero que nossa amizade acabe, porque eu gosto muito de você... - ela disse, fingindo serenidade.
fez cara de quem tinha acabado de levar um soco no estômago. Não conseguiu dizer mais nada. Levantou, deu um beijo gélido na testa dela e fechou a porta atrás de si.
Assim que ele fechou a porta a máscara de forte de caiu. Ela começou a chorar como nunca havia chorado na vida dela.


****


- ? Que cara é essa, dude? - perguntou.
- Yeaahhh! Você está horrível, man! - disse.
- Parece que passou um caminhão por cima de você - falou .
contou para os amigos a conversa que tinha acabado de ter com .
- Dude! Calma! A está confusa, ela não fez por mal! - tentava consolá-lo.
- E também, foi você que terminou com ela! - disse.
- Eu sei! Eu sei! Mas isso tudo me deixou arrasado, man! Ela é... Ela é tudo pra mim, e agora... saber que nós dois...


****


- ? Por que você está chorando assim, hein? - perguntou.
- O que houve, amiga? - falou .
- O terminou comigo! - disse, aos prantos.
Explicou para as meninas tudo tin tin por tin tin como aconteceu.
- ? Por que você concordou? Todo mundo sabe que você é louca por ele! - disse.
- Por quê? Ora, porque ele disse que esse namoro não era justo comigo, mas na verdade não é justo com ele! Pensem aí... Ele me ama! E eu o amo, mas cada vez que o meu namorado me beija, cada vez que ele me toca, eu fico esquisita, porque eu fico com raiva de mim mesma! Porque tudo o que eu mais queria era lembrar. LEMBRAR! Nós já vivemos trilhares de coisas juntos... e eu não posso lembrar de nada do que senti, porque eu não me lembro de ter vivido meleca nenhuma! E quando me contam de coisas que eu fiz e falei nesses três últimos anos, parece que estão falando sobre outra pessoa! Me contando algo sobre alguém que vocês conheceram... eu não! Eu não posso fazer isso com o ! Não posso!
As meninas tentaram aconselhar a procurar por ele, mas ela já tinha tomado a decisão.


****


(4 dias depois...)
se trancou no quarto e ficou pensando em tudo aquilo, em como se sentia em relação a . Começou a tocar na rádio uma música da banda dele, do McFly. Ele fechou os olhos e prendeu sua atenção em uma parte da letra.

"Your stuff's in my house
So many things I can't ignore
Your clothes still on the couch, yeah
Your photo's on my freezer door
And I remember you told me baby
Something's gotta give
If I can't be the one to hold you baby
I don't think I could live"


Ele abriu os olhos e percebeu o quanto aquele trechinho combinava. Em todo o canto do quarto, havia coisas da , ou algo que lembrasse ela. "E se ela não recuperar a memória?", "A gente nunca mais vai voltar?", "Mas eu não posso viver sem ela!". Aquela idéia o deixou desesperado. Ele decidiu ir atrás da e pedir perdão pela burrada que tinha feito.
Saiu correndo até a casa dela. Apesar de ser uma casa ao lado da outra, ele ficou ensopado, porque estava caindo uma tempestade muito forte.


****


pensava no quanto tinha agido mal com e no quanto se arrependia. Sentia falta do cheiro dele, dos beijos, do abraço apertado... A porta do quarto abriu bruscamente fazendo-a sobressaltar na cama. Depois a porta foi fechada com um estrondo. Ela olhou e viu todo molhado, olhando para ela com cara de cachorro que caiu do caminhão.
- ?
- Me perdoa! Eu não queria ter terminado com você. Achei que estava fazendo o certo, mas na verdade... Eu não poderia viver sem você! Porque eu te amo!
- , eu...amo você também! E eu não me importo se eu dormi e acordei com um namorado do qual eu não me lembro. Isso não é importante, porque eu amo você! Mas me importa saber que você pode sofrer porque eu não consigo lembrar de tudo o que vivemos juntos. Eu...
a calou com um beijo. Tocou de leve os lábios dela e depois foi intesificando o beijo. Ela passou as mãos em volta do pescoço dele, e ele a agarrou pela cintura, fazendo-a deitar na cama. Ela podia sentir o corpo arrepiar com o toque das mãos dele. Não ligava pro fato dele estar ensopado. Brincava com as mãos nas costas e no cabelo dele, fazendo-o beijá-la ainda cada vez com mais intensidade, chegando ao ponto de não conseguir mais respirar.


****


ficou deitada no peito de de olhos fechados, enquanto ele brincava com o cabelo dela. Ela pensava que aquele era o melhor abraço do mundo, quando interrompeu seus pensamentos.
- , já te disse que você tem o melhor abraço do mundo?
- Se disse, eu não me lembro. - Ela riu da própria piada. - E você acredita que eu estava pensando sobre isso? Eu tava pensando, "Dude, ele tem o melhor abraço do mundo!". E aí você vem e me diz isso...
- Então, eu sou o cara com o melhor abraço e você é a garota com o melhor abraço - disse ele, sorrindo.
- Amo você, !
- E eu amo você, minha pequena!
Ela voltou a fechar os olhos.
- ?
- Hum?
- Você é o meu sonho se tornando realidade!
Ele sorriu do jeito mais doce e lindo do mundo.


Capítulo 6




"...I'll remember too, your voice as soft as the warm summer breeze. Your sweet laughter, mornings after. Ever after, I'll remember you ..."
("...Eu lembrarei também, da sua voz suave como a brisa quente do verão. Seu sorriso meigo, na manhã seguinte. E na seguinte, eu lembrarei de você...")


, e estavam na sala assistindo As Patricinhas de Beverly Hills pela milionésima vez, quando entra acompanhada dos meninos.
- Ah! As Patricinhas! - disse, correndo e sentando pra assistir.
- Aaff! - falou.
- Vamos fazer alguma coisa que preste, gente! - disse .
- ! - Todas o fuzilam com olhar. - Sai da frenteee da TV!
- Pô! Vocês já viram esse filme quantas vezes? - disse, entrando na frente da televisão também.
- Sai, ! O Josh vai beijá-la AGORA! - falou.
e começam a fazer uma dancinha ridícula em frente à televisão.
- Desisto! - rendeu-se.
- Ae! Então, vamos fazer algo de bom! - disse , desligando a TV
- Vamos fazer o quê? - perguntou.
- Vamos brincar da dança das cadeiras? - sugeriu.
- NÃOO! - todos responderam em coro.
- Vamos encher a cara e dançar? - perguntou .
- VAMOS! - todos disseram em coro.
- Amor! Uh! Pega o nosso vinho! - falou , sentando de forma bem gay no colo do .
- Sai do colo do meu namorado! - disse , batendo que nem uma moça no braço de .
- Acabou a baderna! Porque o namorado é meu... - falou rindo e espantando eles do colo de .
e mostram a língua pra ela.
Todos, exceto e , ficaram brincando de "bicho bebe" e de "Eu nunca", virando vários copos de vodka.
- ! Eu quero te levar em um lugar! Vem comigo?
- Claro, ! Um minuto, deixa eu só pegar meu casaco!
- Ok!


****


Ela desceu do carro e ficou parada, olhando para a enorme roda gigante em sua frente. Era o que ela mais gostava em Londres, aquela roda gigante com cabines de vidro. A vista lá do alto era maravilhosa. Á noite, então, podia-se ver toda a Londres iluminada por pontos de luzes artificiais. gostava de olhar do alto e imaginar quem estaria dentro de cada uma daquelas casas, prédios, lojas... Gostava de imaginar o que cada pessoa estava fazendo ou pensando naquele momento.
- ? Tudo bem? - chamou, arrancando-a de seus pensamentos.
- Tudo, sim! - disse ela, esboçando um sorriso. Tinha algo de errado com ela. Sentia-se como se já tivesse estado com ali antes. - Nós vamos andar de roda gigante?
- Vamos!- ele respondeu, sorrindo e passando o braço por cima dos ombros dela.
olhava Londres lá do alto, quando imagens e frases começaram a surgir em sua cabeça...


Flashbacks

"! Vamo que o tá esperando!"
"Já vou, ! Tô descendo!

**

" ?"
"Oi!"
"Para de ciúme bobo! Eu amo você mais que tudo! O Chad é só meu amigo!"
"Mais que tudo, é?"
"Bom, só não mais que sorvete de chocolate!"

**

"Para ! Páraa!"
"Não mesmo, ! Só paro com as cócegas quando você disser que sou o McGuy mais lindo!"
"Vou ficar gaga!"
"Pensei que só bebês ficassem gagos com cócegas!"

**

"Que horrível! Por que as quatro mocinhas estão fazendo essa dancinha ridícula em cima da mesa?"
"Porque deu vontade, ué! Vem dançar com a gente, !"
"Vem também, !"

Flash back mais importante

"Me dá Londres de presente, então..."
"Você quer Londres? Então,certo. Olha lá pra baixo... Está vendo todas aquelas luzes?"
"Estou, !"
"Pois bem. São todas suas, porque Londres é sua. Porque eu estou dando!"
Ela ria alto...
"?"
"Oi!"
"Quero te perguntar uma coisa..."

Fim dos flashbacks


- ? ? - chamava.
- Oi? - disse, olhando pra ele como se tivesse visto um fantasma.
- Tá tudo bem? O que houve com você? Tem horas que falo e... ? Por que está com essa cara?
- ... Eu... Er...
-Você?
- ... a resposta é sim!
- Ãh?
- A resposta pra pergunta que você me fez da última vez em que nós estivemos aqui... É sim!
- ... você tá bem? Será que... -Ele disparava preocupado. - O QUE VOCÊ DISSE? - parou espantado.
- Que a resposta é sim, ! Eu fui uma idiota em não te responder naquele dia. Fiquei assustada, não sei. Era tudo novo, e eu não esperava que você me perguntasse aquilo. Bom... É SIM!
- Você se lembra? - perguntou como se tivesse vendo um ET na frente dele. - Mas como?
- Não sei! Eu entrei aqui, olhei Londres e lembrei de tudo, ! De tudo!
deixou lágrimas rolarem e a abraçou bem forte.
- Então... a resposta é sim?
- Aham! Sim! Eu aceito me casar com você!
segurou o rosto de com as duas mãos, aproximou-se bastante de modo que seus lábios quase encostassem nos dela e, antes de beijá-la, disse:
- Você é o meu sonho se tornando realidade!


FIM



Nota da autora: Espero que gostem dessa fic!!Por favor,perdoem qualquer erro de "scripitagem" ou qualquer besteira escrita...Foi a minha primeira fic...Então,tô aprendendo!

Se vocês encontrarem qualquer palavra estranha...Em 1º lugar,desculpaaa!Em 2º lugar tentem desembaralhar ela!Não sei porquê,mas vivo escrevendo maluco...(Ex: EM pode ser ME,ME pode ser EM,DESCULAP é DESCULPA,ET é TE,TE é ET,GENET é GENTE,MINAH é MINHA...)Bom,já sabem...algo desse tipo...é só desembaralhar!Rsrs!

Bom,quando escrevi a fic foi na seguinte ordem de preferência e com as seguintes garotas para cada Mcfly...1º Doug (Euuuu),2º Dannny (Claraa),3º Toom (Bell),4º Harrry (Mafaa).Então,se alguém tem uma ordem de preferência como a minha talvez até se identifique mais!

Desculpa o tantão de N/A na fic!!Rsrs!É que não resisti!

-Agradecimentos-

Agradeço...

A "Anna" que eu não conheço,mas estava na tag aqui do fanfic no dia 26/02 e me passou o link do Wikkipédia pra eu saber quando o Busted tinha acabado!Valeu, "Anna" que não conheço!!!:D

A "Vivi's" que também não conheço,mas também estava na tag no dia 26/02 e me explicou o lance de como usar o [br] pra scripitar...Valeu,"Vivi's"!!!:D

E a "Vivi's"[de novooo!kkkk]que estava na tag no dia 05/03 e me explicou no msn como colocar quadro de coment's!Valeu + uma vez,"Vivi's"!!!Vc foi um anjinho!:D

A Claraa porque vive falando no Mcfly...o que é uma conversa muuuuuuuuiiiiiiiitooooo boa!:D

A Mariana Lorandi que foi quem na maior boa vontade'betou' minha fic e ainda corrigiu o título pra mim!Valeu,Mariana!!!:D

A Mafaa e Claraa por terem se oferecido pra scripitar minha fic!Mas,sou teimosa!Rsrs!Consegui!

E principalmente a MAFAAAA[Que na verdade se chama Thainá,viu,gente?]...Porque ela teve que me ensinar de novo o lance do [br] que a "Vivi's" tinha ensinado...E porque ela me pertubouu uma tarde inteira no msn pra que eu terminasse logo minha fic!E pq ela me atura enchendo ela pra escrever muito na fic dela...e pra na fic eu ficar logoo com o Dougiee!Rsrs! Mafaaa,valeu por ajudar e por sempre trocar fotos e músicas do Mcfly comigo!:D

Bom,povoooo...COMENTEM!Porque preciso saber se vocês gostaram,odiaram...ou sei lá!
Deixem sugestões do que preciso melhorar...pq na minha próxima fic já melhoro algo!
=*******


comments powered by Disqus

Qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.


TODOS OS DIREITOS RESERVADOS AO SITE FANFIC OBSESSION.