MASSAGISTA JONES
por Patrícia e Thalyta
Beta-reader: ale
Revisada por: That Pereira



Introdução

Passaram-se quatro meses desde sua última aventura, e as três amigas viraram quatro. “Ahn?”, você pode se perguntar. Então, a colega doidona virou parte da família? Acabou que , além de ser meio maluca, nunca ter sito apresentada à palavra ‘organização’ e namorar um McFLY, é uma menina muito legal. Mas não foi só isso que mudou na vida delas, meus caros amigos. Não, não. Agora nossa ilustre Menina-Do-Pijama-Amarelo-de-Pinguim (vulgo ), também está namorando um McFLY.
Bom... Tecnicamente. Eles só estariam namorando se ele parasse de dar esses sumiços repentinos. Será que só porque ele é o HARRY JUDD pode entrar e sair da vidinha da heroína da história passada assim?
A resposta seria... Sim. Porque pra ele, nossa não consegue dizer não (e só pra ele, gostaria de acrescentar, porque pra ela, a amiga diz não fácil, fácil). O fato é que, após o encontro (que não envolvia pizza), eles saíram mais algumas vezes, e ficaram em todas elas, mas Harry se mostrou um pouco decepcionante para .
Entre um encontro e outro, Harry sumia por dias, sem nem dar um telefonemazinho sequer para , o que a deixava ansiosa, mal humorada e triste. Mesmo assim, quando ele finalmente resolvia dar sinal de vida e a convidava para outro encontro, ela não hesitava nem um pouco em dizer sim. A verdade é que estava completamente apaixonada por ele. O que era amor platônico se tornou amor de verdade quando o conheceu e, no ponto que estava, faria qualquer coisa por ele, inclusive perdoar sua visível falta de consideração. Nessa historia toda, só havia algo que a intrigava de verdade: como Harry conseguiu sumir e depois, nos encontros, ser completamente fofo e agir como se não tivessem passado nem dois dias sem se falar? Quer dizer, o cara a convidou para o jantar que deu no seu aniversário para os seus amigos mais íntimos, como se ela fosse, de fato, a NAMORADA dele, e só foi aparecer de novo duas semanas depois.
Este era um assunto delicado na casa das meninas. Por mais que gostasse do Harry, ficava com ódio quando ele sumia e ela tinha que ajudar a se animar. Isso já havia sido motivo de muitas brigas com Tom. Sem querer, acabava descontando nele o que Harry fazia com a sua amiga. Fora isso, seu namoro com Tom ia super bem.

Após o dia em que conheceram os McGuys, e só mantinham contato direto com Tom e Harry. e só viam Harry e Tom quando eles estavam com suas amigas, já Danny e Dougie, não haviam visto mais.

Havia mais uma coisa diferente com o passar desses meses: e estavam voltando para Londres. Dessa vez, para ficar.
Antes mesmo de voltar para casa, na ultima visita, as duas decidiram que ali era o seu lugar e só passaram no Brasil o tempo necessário para conseguir acertar todos os detalhes da mudança. Enquanto isso, e procuraram uma casa para as duas e, por sorte, encontraram uma de porta amarela, dois quartos, assim como a delas, e a apenas duas casas de distância.

e eram exatamente da mesma idade (incluindo o dia e o mês e tudo), ou seja, estavam no segundo ano da faculdade ainda. Já e , com vinte anos de idade, estavam no terceiro ano, portanto, já podiam fazer estágio. O pai de “mexeu uns pauzinhos” para que a filha já se mudasse com o dela garantido numa firma de excelente reputação e carga horária assassina, o que estava acabando com seu senso de humor e paciência.


Capitulo Um

estava voltando para casa depois de um dia cheio de trabalho. Ela tinha tanta coisa do estágio e da faculdade para fazer que quase não via e , apesar de serem vizinhas.
, estava vendo um pouco demais. Não a leve a mal, ama sua amiga. Mas é um pouco... Estranha. Querem prova disso? Pois bem.
Como eu dizia, estava voltando pra casa depois de um dia cansativo. Já passavam das nove da noite e ela esperava que estivesse ou no telefone com ou , ou assistindo American Idol, ou passeando no jardim para fazer com que o vizinho do lado viesse falar com ela.

Mera ilusão.

Quando entrou em casa, sua amiga se encontrava no meio da sala, agarrada no gato (que ela tinha trazido do Brasil, apesar da rinite alérgica de .) e dançando ao som de Elba Ramalho. Exato. Falei que ela era estranha. E brega também, pelo visto.
Além de bagunçada, a sala estava um caos. Encartes de cds, sacos de salgadinhos, brinquedos de gato, e outras porcarias espalhadas pelo chão. Fora a já comentada poluição sonora.

- SOU ROSA VERMEEEEEEELHA, AI MEU BEM QUEREEEEEER! BEIJA-FLOR SOU TUA ROSA E HEI DE - notou a amiga parada na porta, pasma, e parou de cantar - 22KA! A-MI-GA! Que saudades de você! - ela pôs o gato em cima da mesa e correu até a amiga, abraçando-a.
- Desrosiers Poynter. O QUE DIABOS VOCÊ TA FAZENDO? - falou, sem retribuir o abraço, e se encaminhando até o som, para desligá-lo.
- Amiga, você ta bem? Ta meio vermelha e-
- SE EU TO BEM? - interrompeu, gritando. - SE EU TO BEM, É ISSO? VOCÊ TA ME PERGUNTANDO SE EU TO BEM? VOCÊ ANDOU FUMANDO DROGAS, MENINA? QUE PUTARIA É ESSA AQUI NA MINHA CASA? - podia ser consideravelmente mais baixa que , mas quando se enfurecia, parecia que triplicava de tamanho e ficava bem assustadora, fazendo (n/a: tadinha de mim) se encolher.
- Amiga, calma eu só tav - mas a interrompeu novamente.
- EU NÃO TERMINEI DE FALAR, . Eu venho do trabalho, morta de cansada e esfomeada, só querendo ter um momento de paz na minha própria casa, tomar um banho, relaxar, assistir um pouco de TV, conversar um pouquinho e depois e ir pra minha amada cama, MAS O QUE EU ENCONTRO? UMA LOUCA DANÇANDO FORRÓ OU SEI LÁ O QUE ERA AQUILO NO MEIO DA MINHA SALA! SALA ESSA QUE FOI QUASE DESTRUIDA PELO FURACÃO "", NÃO É?
- NOSSA sala, ta legal? Metade da casa é minha. E eu não estou te impedindo de fazer nada disso. Eu só estava comemorando porque finalmente achei um emprego, e você tava demorando muito e as meninas saíram com os namorados e eu e o Rajah já tínhamos ouvido metade dos cds nessa casa, E EU GOSTO DAQUELA MÚSICA, OK? Mas nãããão, você não podia simplesmente partilhar da minha alegria, né? E O QUE VOCÊ TEM A VER COM A BAGUNÇA NA SALA? VOCÊ NÃO TEM TEMPO PRA NADA, QUEM LIMPA ESSA CASA INTEIRA SOU EU, INCLUINDO O SEU QUARTO! - soava mais chateada que enfurecida.
- Desculpe-me se eu quero ter um lar limpo, confortável e calmo pra voltar depois de um dia cheio de trabalho. Mas é que, depois de um dia fora, tudo o que eu quero é paz, mas eu não consigo isso nem na minha própria casa porque você ta ai sendo autista com esse gato maldito e-
- É assim, é? Então acho que a idéia de morar junto com você não foi a idéia mais brilhante que eu já tive. Pode achar alguém que possa te dar essa calma toda pra dividir SUA casa, porque eu não saí da casa da minha mamãe pra ficar agüentando desaforo. E MALDITO É O TEU MACACO, O NOME DELE É RAJAH!
Depois disso, pegou a bolsa, o roupão (estava de pijama) e o gato e saiu batendo a porta, deixando a falar sozinha.
- JÁ VAI TARDE! E NÃO VOLTE MAIS! - ela gritou da janela para a menina que se encaminhava até a rua.

~

passou as mãos no cabelo, estressada. Ela tirou os sapatos e foi até o banheiro para encher a banheira e depois até a cozinha para esquentar sua comida. Chegando lá, notou que havia feito sua comida favorita para o jantar e tinha deixado seu prato dentro do forno. tirou o prato dali de dentro e o pôs em cima da mesa. Não confiava muito nos dotes culinários da amiga, então jogou a carne com arroz e farofa (trazida do Brasil) no lixo, indo ate a geladeira e tirando uma pizza dali de dentro. Pôs no forno para pré-aquecer.
Foi até o som, a fim de colocar alguma coisa que pudesse ser classificada “música” para tocar durante seu banho, escolhendo o cd "Tell All Your Friends", do Taking Back Sunday. Ao abrir o drive do aparelho, notou os cds que havia ouvido durante o dia. Felipe Dylon, SNZ, The Calling, além do cd que continha a música que ela ouvia quando chegara " - Várias". rolou os olhos e colocou seu cd. Assim que a voz de Adam começou a soar pela casa, ela se acalmou um pouco e foi em direção ao banheiro.

Ao deitar-se na banheira, sentiu seu corpo inteiro relaxar. Ela passou bastante tempo ali, pensando na sua briga com . Geralmente, elas não brigariam, eram muito amigas. Mas ultimamente, estava insuportavelmente cheia de energia, o que a tornava elétrica e mais falante que o normal. Nenhuma dessas qualidades se encaixava no que precisava em uma colega de casa. Todo dia, acordava a hora que quisesse, porque tinha escolhido os horários no meio da tarde para suas aulas, para que pudesse dormir. Ela acordava, ficava vagabundeando por ai até , ou darem algum sinal de vida. Era de deixar qualquer um doido.
saiu do banho e foi comer. Zapeou pelos canais da TV por alguns minutos e foi pra cama, espirrando devido a todo o pêlo de gato espalhado pela casa.

~

saiu enfurecida da casa e com lágrimas nos olhos. Pensou em ir até a casa de , mas da última vez que fizera isso, enquanto a amiga estava fora com Harry, acabou sendo acordada pelo casal entrando no quarto de (onde tinha caído no sono). E bem, digamos que eles não iam dormir tão cedo pela maneira que entraram no quarto.
sentou-se na calçada com Rajah no colo. Seu pijama de flanela estampado com lacinhos e sapatinhos não a esquentavam o suficiente, nem mesmo com o roupão. Mas ela não iria voltar pra casa e dar esse gostinho pra . Não ia mesmo. Então ficou ali, sentada, conversando com Rajah por mais ou menos uma meia hora, até ouvir alguém chamando:

- Ei! - ela virou. "Porra, o vizinho gatinho".
- Oi? - ele se aproximou.
- Você não é a menina que mora naquela casa ali? - "Gente, que olhos são esses?".
- Hm, sou eu sim. - ela levantou. - . E esse aqui - ela levantou o gato - é o Rajah.
- Dimitri. - ele apertou a mão que ela tinha estendido e a pata do bichinho, fazendo-a rir. - E você decidiu passear pela calçada essa hora da noite? Porque eu venho notando que você fica andando pra cima e para baixo com esse gato no jardim de vocês. - ele falou, rindo e fazendo-a ficar vermelha.
- Não, não. Tive uma briga com minha colega de quarto. E nem posso ir pra casa da minha amiga porque ela vai chegar com o namorado e você sabe, né. - ela encarava as pantufas de patinho amarelo que calçava.
- Ah... Quer pra minha casa, então? Tá frio aqui fora. Você pode ficar lá até amanhã de manhã, eu tenho um quarto extra e tal...
- Hm, certo. - ela respondeu, hesitante, encarando a porta da própria casa. Mandaria uma mensagem pra para ver se podia dormir na casa dela. Se for pra passar a noite na casa do vizinho gatinho, tinha que ser pelo menos uma noite em que ela não estivesse de pijama de flanela, né, pelamor.


Capitulo Dois

deitou em sua cama, encarando as mil fotos de Danny Jones que havia ajudado ela a pôr ali. Ela sorriu ao lembrar do episódio no qual conhecera Harry, no mesmo dia em que ela conhecera seu príncipe-caminhoneiro (n/a: SOLETRANDO). Depois que Harry e saíram pro seu jantarzinho romântico, , Dougie, Danny, Tom, e ela mesma ficaram conversando por um tempo, e e tiraram varias fotos com eles, encantadas. Eles acabaram se mostrando caras muito legais e, apesar de ter passado sua fase "DOUGIE POYNTER PEGA EU" (para apenas regressar a fase "Senhora Desrosiers FOREVER"), ainda pensava em Danny dia e noite. Nos seus olhos, no seu sorriso, na sua (in)capacidade de agir como um ser humano... Tudo. Pensar em Danny deixava os joelhos da menina como geleia.
Deu boa noite para os Dannys e se virou na cama. Não conseguia dormir. Precisava falar com alguém sobre a raiva que estava sentindo. Pegou seu celular.

~

- E aí, a e a tão morando pertinho da gente, e ta sendo muito bom tê-las perto de mim e - foi interrompida pelo som de seu celular apitando. - espera só um minutinho. Mensagem de Voz. - Abriu. Arregalou os olhos:

", amiga, OI. Então, to PU-TA. Como faz, velho. Tu não sabe da última da . Começou a gritar comigo do nada e xingando meu pobre bebezinho. Aí eu fiz o que era lógico e saí de casa. Eu ia pra sua casa, né, com a minha chave reserva, mas aí eu lembrei do que aconteceu da última vez que eu fiz isso quando tu e o Harry saíram e não foi legal então eu resolvi ficar na calçada. Tava frio e eu e o Rajah - claro que eu não ia deixar ele com aquela maníaca - estávamos alegremente conversando quando chega ELE: O VIZINHO GOSTOSO. Ele se chama Dimitri e me acolheu na fria noite londrina. Mas eu não quero dormir na casa dele, porque pega mal, né. Então quando você receber isso, me avisa se vai vir dormir em casa, SAFADINHA, ou se eu posso dormir lá. Beijos"

- Ta bem, ? Você parece meio estranha. - Harry falou, segurando (n/a: GAY) a mão dela que estava sobre a mesa.
- To, to. Mas acho que a não.
- O que aconteceu? - ele perguntou, preocupação notável em sua voz.
- A e a . Brigando. A chutando a de casa e tudo. Aí a ta sem-teto. - falou, rindo de como suas amigas eram patéticas.
- Ah, ta. Ela ta na sua casa? - Harry falou, provavelmente lembrando o supracitado acontecimento em que flagrou os dois se agarrando.
- Não, tá no vizinho. Mas eu acho que ela vai dormir no nosso sofá. Eu vou pegar ela lá no vizinho quando a gente voltar.
- Tá... - Harry parecia desapontado.
- Que foi?
- Assim... A gente meio que perde privacidade, não?
- Harry, a dorme igual uma pedra. Ela só acordou naquela vez porque eu deitei em cima dela.
- Eba. Fechou então. - ele falou, fazendo-a rir, e dando um beijinho na mão que ele segurava.

~

- Tu... Tu... Tu... Alô?
- ? É a . - estava em um lugar barulhento.
- Oi, ! Espera só um minuto. - ela ouviu uns pedidos de licença. Alguns momentos depois, falava novamente. - Diz aí.
- Amiga, eu e a tivemos uma briga federal e ela saiu daqui puta da vida e eu to puta também, mas amo aquela maluca desorganizada e to preocupada, pronto, falei.
- Ah, , relaxa, amiga, ela deve ter ido lá pra casa. Tenta o celular dela.
- Eu não! Ela não pode saber que eu to preocupada com ela, ta ouvindo?
- Tá, tá, orgulhosa.
- Ora essa. Sou mesmo! Mas e ai... Onde você ta?
- Numa festa com o Tom. Um tal de James ta comemorando alguma coisa. Só tem bêbado.
- JAMES? BOURNE? AMIGA, PEGA ELE PRA MIM!
- Pensei que tu queria o outro amigo do Tom. Como ele chama? David? - era meio desligada demais às vezes.
- DANNY, DANNY JONES, O AMOR DA MINHA VIDA, OBRIGADA.
- É, esse. Ta aqui, com uma menina loira, muito simpática.
- OLIVIA. - falou, ciumenta.
- Sei lá o nome dela! Ai, amiga, tenho que ir. Se preocupa não, a tá bem. Beijos. - e desligou antes que pudesse se despedir.

resolveu esquecer dos problemas por uma noite e dormir. Haveria uma confraternização no outro dia em seu estágio, não queria dar uma de anti-social com seus colegas de trabalho só porque, em vez de dormir, ficara a noite toda se preocupando com coisas que poderiam ser facilmente resolvidas em uma simples conversa, quando as duas estivessem mais calmas.


Capítulo Três

Tom e chegaram em frente à casa da garota bastante... bem, “animados”. Tom envolvia o corpo de fortemente em um abraço pela cintura, enquanto beijava seu pescoço apaixonadamente, fazendo-a andar de costas até a porta de sua casa. Já segurava-se em Tom pelos ombros, para não perder o equilíbrio. Em seu rosto, os olhos estavam fechados bem apertadinhos e havia um sorriso de orelha a orelha que só se desfez com o grito que ela soltou quando tropeçou no pequeno degrau da soleira, fazendo com que desse de bunda no chão (e Tom em cima dela).
O barulho de seus corpos caindo no chão, MAIS os gritos de E de Tom, fizeram com que alguns vizinhos olhassem o que estava acontecendo na rua por suas janelas, incluindo Dimitri:

- Aquela ali não é sua amiga sendo atacada por um cara?
- O que? Minha amiga? – levantou da poltrona em um salto, colocou Rajah no chão e foi conferir do que Dimitri estava falando – AI MEU DEUS, TEM UM HOMEM EM CIMA DA ! – dizendo isso, saiu pela porta de Dimitri, gritando desesperada – SAI DE CIMA DA MINHA AMIGA, SEU TARA- parou abruptamente de falar quando percebeu de quem se tratava - Ahm... err... oi... Tom – sorriu amarelo.
- Oi, – ele corou violentamente e sorriu para a menina, acenando.
- OW! SERÁ QUE DÁ PRA VOCÊS DEIXAREM A SESSÃO CONSTRANGIMENTO PRA DEPOIS QUE ME DESATOLAREM DAQUI, POR FAVOR? – gritou, com os braços estendidos para cima, obviamente pedindo para alguém ajudá-la a levantar.
Tom levantou-se rapidamente e ajudou a namorada. continuava congelada na mesma posição, desejando mentalmente não se meter em tantas situações embaraçosas.
- , você veio da casa do vizinho gatinho? – perguntou depois de se recompor.
- Hrum, Hruuum – Tom pigarreou, para chamar a atenção da namorada.
- Do vizinho legalzinho, eu quis dizer. – Ela retratou-se mais para não envergonhá-lo em público do que para se desculpar.
- É, eu tava lá esperando você ou a chegarem pra me deixar entrar. Eu e a brigamos e-
- É, eu sei. A me disse.
- Disse, foi? – sorriu ironicamente - Ela te disse que tava arrependida?
- Ah, não. Ela só contou que vocês tinham brigado. E nem vem tentar me meter na briga que eu não quero nem saber. Vocês, loucas, que se entendam – cortou logo o assunto – Vamos entrar logo que eu to morrendo de frio. Você vai dormir aqui?
- Vou! Vai entrando que eu vou pegar o Rajahzinho na casa do Dimitri.

~

Harry e beijavam-se delicadamente no carro estacionado em frente à casa de porta roxa.
- Tem certeza de que não quer entrar? – perguntou manhosa, quando eles partiram o beijo.
- Provavelmente vou me arrepender disso quando chegar em casa, mas é melhor assim. Acho que não estou preparado para rever a depois do nosso último encontro. – Harry justificou-se, levantando a sobrancelha, o que fez soltar uma risada gostosa.
- Tudo bem. Fica pra próxima então... – sua fisionomia risonha se desfez logo depois de falar.
- Ei, tudo bem mesmo? – Harry segurou o queixo da menina e deu um selinho, preocupado com a cara que ela fez.
- Tudo, é só que...
- Que...? Fala, . Você sabe que não precisa esconder nada mim.
- É só que eu não sei quando vai ser essa próxima vez – ela finalmente disse, abaixando a cabeça.
- Por que você ta dizendo isso?
- Bom... Porque você... Sabe... Você sempre some depois dos nossos encontros. Só vai dar sinal de vida dias depois... Eu... Depois de hoje, eu não sei quando você vai voltar a me procurar.
Harry sentiu-se culpado ao ouvir o que disse. Agora podia ver que seus sumiços deixavam a menina mal e isso era o que menos queria no mundo. A verdade era que achava que estava apaixonado por ela, mas tudo havia acontecido tão rápido que o deixava confuso. Fora o fato de ela ser uma fã.
Por isso ele sumia, para ter tempo de tentar descobrir o que realmente estava sentindo, mas sentia muita falta de , então sempre a procurava depois de alguns dias, por mais que tentasse não fazê-lo.
- Desculpa, . Eu... Eu não quero que você tenha a idéia errada de mim.
- Eu não tenho nenhuma idéia errada de você, Harry. É só que isso tudo me deixa confusa. Você some e, quando aparece, é como se nada tivesse acontecido.
- Eu sei. Desculpa de novo. – Harry queria que olhasse em seus olhos, para ver que ele, de fato, sentia muito, mas a menina mantera a cabeça abaixada. – Olha... Como prova disso, eu vou te ligar essa semana e nós vamos sair em outro encontro. Daí eu vou te explicar tudo, tudinho mesmo, tá bom?
- Tá. – finalmente levantou a cabeça, desta vez com um bonito sorriso no rosto – Boa noite, Marathon Man.
- Boa noite, minha Menina-Do-Pijama-Amarelo-de-Pinguim. – Harry lhe deu um beijo de despedida e corou ao ouvi-lo chamando-a de “minha”.

~

“It’s all abooout yoooou (it’s all about you) it’s all about you baby”
- CALA A BOCA, DANNY JONES E BACKING VOCALS – enterrava a cabeça no travesseiro, como se isso fosse fazer com que seu despertador parasse de tocar e ela pudesse dormir até mais tarde.
Vendo que não tinha muita escolha, desligou o despertador e arrastou-se para o banheiro. Teria três horas de aula pela manhã, almoçaria uma besteira qualquer no centro da cidade e iria para o seu estágio. Pelo menos não teria muito trabalho hoje, já que faziam uma confraternização entre os funcionários.


Capítulo Quatro

Número vinte e sete. Número vinte e sete.

-...então eu disse pra ela “, eu estudo e trabalho todo santo dia. No fim do dia, só quero saber da minha caminha e sossego, mas chego em casa e ta tudo de cabeça pra baixo, assim não dá”

Número vinte e sete! VINTE E SETE!

- e ela ficou tipo “a casa também é minha, o nome do gato é Rajah, não devia ter saído da casa da minha mãe blá blá blá” e saiu de casa com aquela bola-de-pelos vestindo PIJAMAS!

ATENÇÃO, VINTE E SETE! QUEM TIROU O NÚMERO VINTE E SETE?

- e eu tipo “ótimo, já vai tar-
- , seu número não é o vinte e sete? – Carrie, que escutava entediada o relato da briga que tivera com na noite anterior, a interrompeu.
- Oi? Número vinte e sete? Deixa eu ver – verificou o papelzinho que guardara na bolsa antes do sorteio começar - o meu número é o vinte e... Ai, meu Deus. É o vinte e sete. SOU EU, EU GANHEI! EU GANHEI! – saltou de sua cadeira em uma velocidade impressionante e correu para o palco.
- Nós temos uma vencedora! – o chefe de anunciou no microfone, após conferir o papel com o número da menina.
- Mas, então, o que é que eu ganhei?

~

- Um dia no SPA? – perguntou , surpresa.
- É, mas é só um dia de teste – explicou para as amigas – a mulher lá me disse que a última recepcionista tinha um currículo muito bom, mas era uma desorganizada e eles tiveram vários problemas com ela, então ela aceitou fazer um teste pra ver se eu sirvo pro trabalho, mesmo tendo um currículo praticamente em branco.
- Aaaah, entendi. E quando vai ser esse dia de teste? – perguntou.
- Amanhã mesmo.
, e , que estavam em um café conversando, viraram-se para a porta do estabelecimento quando todas as pessoas que lotavam o lugar se calaram e começaram a sussurar, olhando para a porta. Para a surpresa das duas, Dougie Poynter e Danny Jones estavam ali parados, com caras apreensivas, provavelmente decidindo se era melhor entrar de vez ou sair correndo.
Os dois percorreram os olhos pela “platéia” que os observava, ainda paralizados, e, ao avistar três rostos familiares, Danny puxou Dougie em direção à mesa das meninas, enquanto Dougie estampava um sorriso assustado no rosto, tentando disfarçar o medo de que todas aquelas pessoas pulassem neles a qualquer momento.

- ! ! Petty! – Danny exclamou com os braços estendidos, ao chegar mais perto da mesa.
- É . – e Dougie disseram ao mesmo tempo e se encararam, sorrindo amigavelmente logo depois.
- Ah, desculpa – Danny sorria nervoso – podemos sentar?
- Senta aí – disse, com intimidade.
- O Harry está com vocês? – perguntou esperançosa.
- Não, somos só nós – Dougie respondeu, olhando sobre os próprios ombros, ainda com medo das pessoas do café.
- Ah... – nem tentou disfarçar seu desapontamento.
- O que vocês estão fazendo aqui? – perguntou na cara de pau mesmo. As pessoas agora olhavam para os quatro como se fossem alienígenas.
- A anta do Jones queria por que queria um Starbucks e resolveu me arrastar logo pro maldito café mais lotado de Londres. – Dougie respondeu baixinho, encarando Danny com raiva.
- Ah, mas só vende Starbucks na Starbucks, o que eu posso fazer? – o outro tentou se defender – e eu precisava de alguém pra me ajudar a pensar no presente que eu vou dar pra minha mãe.
- Eu podia te ajudar em CASA. É meio difícil pensar quando 70 pessoas estão prestes a te atacar! - Dougie já falava um pouco mais alto e exaltado.
- Deixa de ser medroso! Você é tão pequeno que elas provavelmente nem te viram. Não acho que muitas pessoas andem com lupas nos bolsos, você está a salvo. – Danny brincou.
- HAHA, que engraçado. – Dougie virou o rosto e encontrou os olhos de . Os dois desviaram o olhar, após alguns segundos.
- Calma, gente. Ninguém vai atacar vocês, as pessoas aqui são civilizadas. – eu acho, completou em pensamento.
- Ei, vocês são garotas! – Danny concluiu brilhantemente, olhando para as três.
- Jura, Jones? – e Dougie falaram juntos novamente. Encararam-se e concluíram mentalmente que aquilo estava começando a ficar esquisito.
- Não foi isso que eu quis dizer. – Danny olhou torto para os dois – É que o aniversário da minha mãe tá chegando, e eu não sei que presente dar pra ela. Vocês são garotas, podem me ajudar melhor do que o Bracinhos-de-3-cm a pensar em alguma coisa.
, e tentaram disfarçar a risada quando ouviram o apelido que Danny deu para Dougie.
- Sério, meninas. Tinha que ser alguma coisa diferente. Se eu der mais um eletrodoméstico, ela me expulsa de casa.
- Você não mora com a sua mãe. – Dougie lembrou-o.
- Sim, sim. Vocês entenderam.
- Ahm... amanhã eu vou começar a trabalhar em um SPA, porque você não marca um dia de beleza pra ela? – sugeriu.
- Um dia no SPA? – ele repetiu, pensando – É... É uma boa idéia. Quando eu disse que tinha terminado com a Olivia ela deu um ataque dizendo que eu já estava quase casando e agora não ia mais dar netinhos pra ela e que os bastardos não contavam e que eu ia deixar ela louca se começasse a ir a boates e ficar bêbado todas as noites e ficar com várias mulheres e-
- Danny... – Dougie o interrompeu – elas já entenderam. – ele disse entredentes, indicando com a cabeça , e , que olhavam Danny horrorizadas.
- Err... Então... ... Minha mãe precisa relaxar mesmo... Anota o endereço que eu vou lá amanhã acertar tudo.


Capítulo Cinco

e ainda estavam em pé de guerra. Moravam na mesma casa, mas não olhavam na cara uma da outra. Não porque não quisessem, porque era óbvio que sentiam a falta uma da outra, mas eram orgulhosas por demais para admitir.

acordou um pouquinho mais tarde do que de costume. Levantou, achando a casa silenciosa. Nada de Felipe Dylon, ou SNZ ou o que quer que fosse tocando. Sem barulhos de panelas na cozinha. Thayta sentiu um aperto no coração: "E se tiver decidido ir embora para sempre?"

Ela foi descendo a escada devagarzinho, apreensiva, com medo de ter perdido sua amiga por uma briga boba. Chegando à cozinha, viu Rajah dormindo na cestinha, e nunca foi tão feliz em inspirar aqueles pêlos. Estava na hora de se desculpar com a amiga, mas onde ela andava?

~

- ... e você terá que atender os telefonemas, marcar os clientes e usar esse uniformezinho aqui - Cindy, uma das gerentes do spa ia dando ordens à e entregou para a mesma, um uniformezinho branco. Cindy era magra e uns 20 centímetros menor que , os olhos puxados sempre seguindo enquanto ela ia executando as tarefas que lhe foram passadas. Depois de conferir que estava indo até bem, e deixar as outras recepcionistas de olho nela, Cindy se retirou.

atendeu vários telefonemas de madames querendo marcar massagens e tratamentos complicados. Eram tantos tipos de massagens e de tratamentos que ela quase enlouquecia de vez. Vocês sabiam que existe massagista especializada em testas? estava até anotando os nomes das massagens mais esquisitas para depois contar para , e Rajah, é, o Rajah iria achar super interessante.

~

tinha o dia de folga para ir aproveitar seu prêmio, então resolveu ir até a casa de e , conversar um pouco. Mas, mesmo antes de ela chegar lá, ela já era o assunto da conversa entre as duas amigas.

- Pois é, né, . Elas duas sabem que têm saudade uma da outra, mas são teimooosas... - comentou com a amiga, enquanto tomavam café.

- E eu não sei, ? me liga umas cinco vezes ao dia contando as coisas mais ridículas do mundo. Ainda bem que eu moro com você, porque aquela lá me enlouqueceria! Você acredita que ela me ligou para falar da bunda do JUSTIN TIMBERLAKE? Ela ligou e falou que era gostosa. Aí eu perguntei o que era gostosa. E ela falou: a bunda do Justin! E passou meia hora falando nisso e eu tava com o Tom e a gente tava no me - se tocou do que estava falando e corou, fazendo a amiga rir.

- Eu sei como é, . Sem contar que a agora vive aqui né. Amo minha amiga, mas ela agora ou tá aqui ou tá na casa do vizinho gostoso. Quer dizer, o Dimitri. E pra onde ela vai, ela leva a bolinha de pêlos atrás, né. E por mais que eu não seja alérgica, eu não quero uma porção de pêlos laranjas espalhados pela minha casinha limpinha e cheirosa! Ainda bem que ela arranjou esse emprego!

- Pois é, ela tava super animada ontem à noite, né? Espero que esteja indo tudo bem. Mas vem cá, . A gente precisa dar um jeito pra essas duas voltarem a se falar. Eu sei que só faz um dia, mas a Sra. Timberlake tá endoidando!

- Eu sei! Mas co- foi interrompida pela campainha. Foi atender, dando de cara com . - Oi, amiga! Você não devia estar no trabalho? Já passa das nove!

- Oi, ! - ela disse entrando e abraçando a amiga - Eu tenho folga hoje porque ganhei uma rifa!

- Uma rifa? Sério? De quê? - entrou na conversa, cumprimentando a amiga.

- Um dia de princesa, HAHA. Sério. É um vale-presente pra um dia de massagens e tratamentos e essas coisas de madames. Eu posso ir a qualquer um dos spas dessa rede aqui, ó. - ela mostrou para as amigas o cartãozinho que havia recebido. e se entreolharam, reconhecendo a logomarca do Spa, e sorrindo maliciosamente. não notou, estava ocupada pegando água na geladeira.

- Ah, ! Eu já ouvi falar desses spas. Aparentemente, esse aqui atrás da Oxford Street é o melhor! Minha colega disse que os massagistas de lá são uns gostosos! - falou, fazendo as outras rirem.

- É, eu tava pensando em ir nesse aí mesmo, pra fazer umas compras depois...

- Ai, amiga, como você tem sorte! Que horas você vai? - perguntou.

- Agora mesmo. Vim só roubar a águinha geladinha de vocês, porque deixaram a nossa garrafa fora da geladeira. - ela rolou os olhos. - Tchau, gatinhas! - as amigas se despediram e foi seguindo seu caminho para o que, ela tinha certeza, seria um dia muito relaxante.

~

O começo do dia havia sido bastante agitado, mas depois das onze da manhã o movimento caiu um pouquinho, dando à , um momento para respirar. E puxar papo com suas companheiras de trabalho, que eram todas muito legais.

- Ai, gente. Tô com uma dor de cabeeeça... - Wendy, uma mocinha ruiva que trabalhava como massagista, reclamou.

- ô, amiga, você vem reclamando dessa dor de cabeça desde cedinho, você tá bem? - Samantha, uma das outras recepcionistas, que tinha os cabelos muito claros, perguntou.

- Sei não, acho que tô gripando, viu, gente. - Wendy fez uma carinha triste.

- Ô Wendy, vai pra casa então, cat! Aproveita que tá sem muito movimento. Eu te dou cobertura! - falou, simpática.

- É, Winnie, vai. A Cindy nem tá mais aqui para brigar contigo. Você pode ir, tirar um cochilo e voltar. - Sam falou à amiga.

- Vocês têm certeza? Eu sou a única massagista livre no momento...
- Wendy, quem é que vai vir fazer massagem em plena segunda de manhã? Só essas madames que já estão sendo atendidas, e vieram com hora marcada. Daqui pra próxima chegar, outra pessoa já desocupou. - encorajou a colega.

- É, amiga, vai lá!

- Ok, gente. Mas se a coisa apertar aqui, me liguem que eu volto, tá? - ela falou, indo pegar suas coisas para ir embora.

~

entrou no spa e se dirigiu à recepção, onde uma mocinha loira folheava uma revista.

- Com licença? É que eu ganhei esse vale aqui e queria usá-lo hoje... - a recepcionista, cuja plaquinha de nome dizia Samantha F., encarou o cartãozinho.

- Certo, é pra já, senhora. - e começou a digitar umas coisas no computador, parecendo ligeiramente tensa. - Aguarde só um momento que eu verei quem está livre, ok? - acenou com a cabeça.

~

estava no banheiro dos funcionários, lavando as mãos, quando Samantha entrou correndo.

- ! Tem uma cliente lá fora! Alguém já desocupou?

- O QUÊ? Ai, meu Deus! E agora? Sam, faz assim, encaminha ela para a sala de massagens da Wendy, vai pelo caminho mais longo que tiver, que eu vou dar um jeito, ok? Vai, vai! - Samantha saiu.

"E agora, meu Jesus Amado?" pensou.

~

Danny chegou ao spa, aliviado por ser um lugar onde só (tecnicamente) tinha quarentona, e ele não seria perseguido por fãs malucas. Avistou roendo as unhas, parecendo muito preocupada, atrás do balcão da recepção.

- Oi, ! - ele cumprimentou, sorrindo.

- DANNY! VOCÊ CAIU DO CÉU! - ela gritou, agitando as mãos para o alto.

- Não, eu vim da minha casa e-

- Ai, Jones, você tá a fim de SALVAR MINHA VIDA?

- Ora, , eu sei que eu sou super musculoso e tal, mas não sou nenhum herói... Como posso salvar-te, ó bela donzela?

- Danny, corta essa de Dom Juan. - ele riu - Você sabe fazer massagem?

- Ui. Só massagem tailandesa, hehe. - ele fez uma cara maliciosa.

- Serve! - então abriu a tampa que tinha no balcão da recepção para que Danny pudesse passar e o puxou lá para o vestiário.

Danny fez cara de assustado quando a menina começou a falar super rápido, procurando uma farda que coubesse nele. Pegou a extra extra extra grande que tinha e entregou pra ele, enxotando-o pro banheiro.

- Vamo, Danny, apressa aí! - ela bateu na porta.

A porta abriu-se num estrondo.

- AI, MEU DEUS. DANIEL ALAN DAVID JONES!

- O que? Tá meio apertada, né? - ele falou, puxando a blusa pra baixo.

Bem. Meio não seria o melhor adjetivo. A blusa pólo branca e azul marinho que as massagistas usavam estava totalmente colada no peito de Danny. E a calça... bem, ele não estava tecnicamente usando ela.

- Meio? A calça não fechou nessa sua bunda gorda, fat ass! - ela falou.

- Ei, pera lá! Gorda, uma pinóia, ok? Minha bunda é gostosa! Pode perguntar para toda a população feminina inglesa! E boa parte da masculina também! - ele falou, tentando fechar a calça, em vão.

- Ai, e eu que achava que o gay era o Harry, Veste sua calça jeans mesmo, mas não deixa o fat ass aparecer, tá? Aqui é um lugar de respeito. E vamo, que já estamos mais que atrasados.

- Você não acha que tá sendo muito má para alguém que vai "salvar sua vida" não? - ele perguntou, ainda de dentro do box.

- Desculpa, Danny. Sério, mesmo. É meu primeiro dia nesse emprego, e se essa madame passar muito tempo esperando, eu posso não ter um segundo dia. E eu preciso muito desse emprego. - Danny saiu do banheiro para encontrar brincando com as próprias mãos.

- Tudo bem, . Afinal, o que eu tenho a perder? Adoro dar massagem tailandesa. Ainda mais agora que eu e a Olívia termin- o interrompeu.
- Você e a Olívia TERMINARAM? - ela falou, fã enlouquecida mode on. - Tenho que contar pra 22ka e- Danny a interrompeu.

- Poxa, tô vendo que você fica feliz pelo sucesso das minhas relações. Mas você queria contar pra quem? Uma amiga solteira? - Don JUAN mode on outra vez.

- Eu ia contar pra uma amiga minha, mas ela tá sem falar comigo... - ela fez uma cara triste.

Eles estavam no corredor do spa, indo para a sala de massagens onde Wendy geralmente trabalhava.

- Ô, , você tá bem? - Danny perguntou, levantando o queixo da menina.

- Tô, mas é que eu sinto muit- mas foram interrompidos por uma gritante e estressada Samantha.

- , ONDE VOCÊ SE METEU? A MULHER LÁ TÁ MÓ SEM PACIÊNCIA COMIGO, SUPER ACHANDO QUE EU TAVA ENROLANDO ELA E- Sam parou de gritar quando viu Danny ali rindo da cara de assustada de .

- Então, Sam, esse aqui é o Danny, e ele vai segurar as pontas aí pra gente enquanto alguém desocupa. - ela foi falando enquanto abria um dos armários que tinha no corredor, pegando os óleos e materiais necessários, e entregando tudo a Danny. - Danny, só entra lá e pede desculpa pelo atraso, certo? Boa sorte! - ela falou antes de jogá-lo para dentro do cômodo, fechando a porta atrás de si.


Capítulo Seis

já estava na caminha de massagens, com um creme no rosto e aqueles tapa olhos de gel, toca laminada na cabeça, e só de toalhinha (n/a: UI!), mas com um roupão do lado da maca, afinal, era uma donzela de família, e se o massagista fosse homem...

- Boa tarde, desculpe-me pelo atraso. - Falou e disse, Jones. Homem. E de voz sexy. Bom, ela achava que fosse sexy. Ou talvez tivesse confundindo com a voz de Danny Jones que saía de seus fones de ouvido.

- Tudo bem. - ela falou. Ficou parada por alguns instantes, até sentir o cara da voz sexy baixar sua toalha, até que ela ficasse cobrindo só sua bunda e derramar um óleo frio nas suas costas, fazendo-a se arrepiar por inteiro.

Ele então começou a espalhar o óleo com as mãos e se sentiu relaxar, quase babando.

Alguns momentos de massagens arrepiantes depois, sentiu que os movimentos do rapaz estavam ficando mais.. aproveitadores, digamos assim, do que deveriam.

- Ei, moço... - ela falou, meio que gemendo. Ele podia ser tarado, mas que era bom, era... Mas ela tinha que parar com isso! Antes que a situação saísse do controle. - Ô, moço... - nada. Essa voz gemida não tá ajudando. Ela ficou calada um tempo, até sentir ele LITERALMENTE apalpar a bunda dela. - Ô MOÇO, TIRA A MÃO DAÍ!

deu um mini-berro, virando-se e imediatamente cobrindo-se com a toalha. Ela queria olhar bem nos olhos dele antes de chamar a segurança, mas tinha um trambolho verde cobrindo sua visão.

- Ei, seu Massagista? Dá pra me dar esse roupão aqui? - ela apontou. Ele foi lá e entregou à ela, que logo vestiu. Depois, tirou a máscara dos olhos, levantando-se e indo recolher suas coisas, enquanto berrava com o cara. - OLHA AQUI, SEU TARADO, EU SOU MOÇA DE FAMÍLIA E... - mas ele a interrompeu.

- ? ? É você?

Oh-oh. Aquela voz. Não. Não. Você tá sonhando, . Acorda. Acorda.

- É , certo? Eu sou o Danny, lembra de mim? - ele aproximou-se dela, tocando seu ombro.

o encarou, pasma. "ACORDA PRA CUSPIR, JONES!" Ela sacudiu a cabeça.

- É, eu me lembro de você, claro. Oi, Danny...

- Oi... - e ficaram se encarando por uns segundos.

- EI! O que você tá fazendo aqui? É pegadinha do pessoal do trabalho, é? E QUE HISTÓRIA É ESSA DE APALPAR A MINHA BUNDA? Não que eu não goste. - ela gritou. Mas a última parte ela murmurou em português.

- É a massagem tailandesa.

- Mas eu não pedi massagem tailandesa!

- Então você não gostou? - ele pareceu magoado. (n/a: mó samantha)

- Não é isso... É que... Sei lá. Danny Jones apertando a minha bunda e - ela parou subitamente. Ela havia levado suas mãos ao rosto, num gesto de incredulidade, e sentiu aquela gosma nojenta. Danny Jones. DANNY FUCKING JONES A VENDO DE GOSMA NA CARA? NEM MORTA! E correu para o banheiro, lavar o rosto, deixando Danny ali, com cara de quem não entendia nada.

Ela voltou, alguns momentos depois, de cara limpa e sem a touca laminada, para encontrar Danny sentado na cama onde ela antes deitava. Ele parecia triste.

- Ô, Danny, você tá legal?

- Tô, tô só pensando numas coisas que andaram acontecendo... Besteira, vai passar. Mas me conta, como tão as coisas com você? Foi muito bom conversar contigo naquele dia da história do Judd Carteiro e da Pijama de Pingüim.

- Verdade... Foi sim, Danny. Eu... tô ok, eu acho. Só que eu tive a maior discussão com minha colega de casa e tô com saudade dela...

- Ah, sei. E por que vocês discutiram?

E se viu contando para ele tudo que havia acontecido entre ela e .

~

- ... vai, Sam, sua vez. - falou, empurrando o caderno para a colega. Elas jogavam o jogo do pontinho, já que o movimento estava zero, e aparentemente não houve nenhum problema entre Danny e a cliente, então elas relaxaram.

- "I just want you to know that
I've been fighting to let you go
Some days I'll make it through,
And then there's nights that never end" - o celular de tocou. .

- Oi, Cat.

- Oi, Cat. Como tá o trabalho novo?

- Ok, por enquanto. O Danny acabou aparecendo mesmo e me quebrou um super galho.

- Sério? O que ele fez?

- Ah, se fingiu de massagista por um dia! HAHA - gargalhou.

- Ah, sério? HAHA. E com a , como foi?

- O que você quer dizer, "E com a , como foi?"? Eu não a vejo desde a nossa briga.

- Como assim? Mas a foi fazer massagem aí!

- Não, não, . Você deve tá cheirando muito aquela blusa que você roubou do Harry, sua drogada.

- . Sério. A saiu daqui umas 10 da manhã, dizendo que ia pra esse spa, porque tinha ganhado um vale lá no trabalho e-

- Peraí. Vale? Do que você tá falando? - perguntou. então foi explicar tudinho.

Enquanto isso, Samantha foi organizando a conta da cliente que tinha entrado lá com o Danny. Foi aí que viu, em letras grandes e prateadas, o nome de impresso no vale.

- , pera só um minuto. - ela se dirigiu à Samantha.

- Ô Sam, essa cliente do vale é a que tá com o Danny?

- É sim, ela pediu um tratamento de ervas no rosto, hidratação capilar e uma massagem terapêutica clássica, por quê?

- Sam... Como é massagem tailandesa? - ela perguntou, medo expresso em seu rosto.

- Ah, é massagem erótica, por q- mas já tinha jogado o celular na mesa (com perguntando o que tava acontecendo) e corrido na direção onde tinha levado Danny, deixando Samantha com uma expressão estupefata no rosto.

~

- ... então foi isso. Eu briguei com uma das melhores amigas que já tive por uma besteira dessas. - falou, e Danny colocou um de seus braços (n/a: de orangotango) ao redor dos ombros dela.

- Ah, , não fica assim. Vai tudo se resolver. Vê só, a , ela- mas Danny foi interrompido pela mesma, que entrava ofegante no ambiente.

- A - inspira, expira - TE ARRANJOU - inspira, expira - UMA MASSAGEM ERÓTICA FEITA POR DANNY JONES! - ela falou as últimas palavras com uma voz de Sílvio Santos anunciando o prêmio da Roda da Fortuna. - Como um pedido de desculpas, amiga.

a encarou incrédula, e Danny, mais uma vez, fez cara de quem não entendeu. fez um gesto para Danny explicando que depois ela falava pra ele.

- Olha, , eu sinto muito mesmo se eu causo toda essa bagunça na sua vida. Eu só tava entediada. Eu não tinha intenção de te magoar, desculpa mesmo. - falou, encarando os próprios pés.

- , eu é quem te devo desculpas. Eu errei contigo, amiga. Você faz tudo por mim, e eu sou super mal agradecida. Eu só tô passando por momentos estressantes e eu queria chegar em casa e ter um pouquinho de paz. Desculpa, amiga. Você e maravilhosa. - ela abraçou a amiga. - E a massagem do Danny também. - Elas riram.

Danny não tinha entendido nada do que elas haviam falado (porque tinham falado em português), mas se estavam rindo, era porque já estava tudo bem. Ele então foi lá e deu um abraco nas duas ao mesmo tempo, rindo.

~

- Então, , você vai ficar trabalhando aqui mesmo? - Danny perguntou, enquanto tomava banho e ele terminava de preencher as coisas para o dia no spa que daria a sua mãe.

- Ah, vou sim, Danny. É divertido! - eles riram, e logo chegou. Danny a levaria de carona pra casa.

- Vamos, Danny? - ele acenou com a cabeça - Te vejo em casa então, ? - ela acenou com a cabeça e despediu-se deles.

-~

No carro eles foram só ouvindo música, sem conversar muito. Quando chegaram a casa de , ela se virou para se despedir, antes de sair do carro:

- Danny, você... não quer entrar e ficar pro jantar não?

- Ah, num sei... tô cansado..

- Vem, eu te dou uma massagem. - ela falou, piscando e se virando na direção da porta de casa, ouvindo os passos dele seguindo os seus logo depois.


FIM!


N/A: Mais uma vez, demoramos ANOS pra terminar uma fic. Esse negócio de escrever com a Patrícia não dá certo, ela é uma lesma (ainda bem que ela ta lá longe no canadá e não pode me dar umas porradas por causa dessa n/a, mas já sei que vou levar bronca no skype, socorro).
Brinks, amiga. Por mais que tu demore anos e anos pra escrever nossas fics conjuntas, tudo o que tu escreve fica hilário. Você sabe que eu te admiro muito como autora de fic e, principalmente, como pessoa. É uma honra escrever com você, patrisha lagartixa.
Deixando o momento sentimental de lado, essa fic foi dedicada a mim. HUAHUAHUAHUHA... digo. Ah, eu sou a Jones, o que posso fazer? Pro Danny que eu não vou dedicar, ele nem vai ler mesmo. Tem que ser pra mim ._. E, sabe como é... bem que eu queria o Danny fazendo massagem tailandesa em mim, beijos.
[alechat mode on] tiop danny pegael como fas/ [alechat mode off]
rs

Anyways, espero que vocês tenham gostado da continuação de Carteiro Judd. Um dia a continuação Poynter e a Fletcher saem (eu acho).


Thaly.

P.S.: beeeeeeeijo pra queridas Pati, Bex e Flávia
P.S.S.: só pra constar que eu amo o Caminhoneiro, o Aroldo, o MonoCova e o Bracinhos-de-3-cm. Minha vida mudou depois que esses caras apareceram e, se você está lendo isso, é pq eles mudaram a de vocês também.



Leiam também:
- Fear Is The Heart Of Love (mcfly/finalizadas)
- Dougie From Mcfly (mcfly/finalizadas)



N/A 2: HI PIPOOOOOU, COMO ESTÃO? tô bem, ué, queria só deixar claro que o vizinho gostoso é gostoso de verdade, e é todo meu, beijos. fiquem alerta pras próximas continuações, tá? beijos grandes!

- rajah, meu gato (sou a Poynter :D), nome tirado do filme Aladin.
- quando a Poynter chama a Judd de Cat é tradução de Gata mesmo, hehe.
- jones tem mão e braço de orangotango, beijos.
- pra quem não lembra, 22k é tchutchuca.

beijo pra bex, pra 22k, pra pat2, pro rajah, pro dimitri verdadeiro, pro dougie, pro DAVID, e pra alê, que betou, e escreve uma das minhas fics favoritas ;)

xoxo

Pati



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