MELHORES AMIGOS

Por: Harumi Kono



Revisada por: That Pereira


- BÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉ - O despertador de null acabara de tocar.
- Ahhh capetaaaaaaaaaa! - Gritou com raiva, ainda debaixo das cobertas, foi tateando o criado-mudo até achar o relógio, que não parava de apitar.
- Ahhh achei você... - Disse com um sorriso triunfante, dando, em seguida, um tapa no despertador, que na hora, parou de tocar.
- Desce filhaa! - Berrou a mãe de null lá de baixo.
null era uma típica menina de 17 anos: Não tinha tantas espinhas, tinha as vezes aquelas 'crises existenciais', conhecidas também por TPM, tinha conflitos com a mãe, amava mais do que tudo seus amigos: null, null, null e null. null era especial para ela, era seu melhor amigo. Desde que ela se mudara para Bolton, tornou-se amiga dele. Tudo começou assim:

*FLASHBACK*
- Ahhh mããããããe... Bolton? Que bosta...! É uma cidadezinha lá no cafundó de Judas! Longe demais de Londres! - Reclamava null com a mãe.
- null, Não me enche! Eu acabei de me separar, acha que eu também quero me mudar para essa porra de cidade? E largar meus amigos, emprego... A casa? Hein? Acha que eu quero?
Os pais de null haviam acabado de se separar, havia 3 dias. Nenhuma das duas ia superar isso tão rápido.
A mãe começou a chorar, a menina sentiu pena e a abraçou.
- Vamos mãe... - Disse a menina tristemente
- Vamos! - Continuou, decidida. Depois de algumas horas no carro, as duas avistaram a cidade em que morariam.
- Ótimo, de Londres para isso aqui... - Olhou para a cidade com desprezo.
- Chegamos! - Disse a mãe puxando o freio de mão.
null desceu do carro e viu um conjunto de casas, perto delas, havia um shopping, um mercado... Enfim, não era como pensava: null achava que Bolton fosse aquelas cidades pequenas, onde nem lan house há, mas era bem diferente do que pensava.
- Vamos, querida! - Disse a mãe apontando para a entrada da casa. Girou a chave e abriu a porta. A casa era bem bonita, aliás, não era muito diferente da que moravam: uma cozinha, uma sala grande, sala de jantar e uma escada que dava para os quartos e o banheiro. A garota subiu correndo as escadas e observou seu novo quarto, abriu a janela para tirar aquele cheiro de mofo e viu um garoto sentado na janela da frente tocando uma música do Bruce Springsteen no violão. Ele devia ter a mesma idade dela: Cabelos no rosto e um All Star velho.
- Err... Oi? - Perguntou ela, hipnotizada como tocava bem o violão...
- Hã? Ah... Olá, você... Ahn... Tipo...
- É... Eu sou a nova vizinha...
- Ah! Prazer, null, null null. - Disse ele com um sorriso lindo no rosto tentando apertar a mão dela, mas só depois se tocou que estava a 3m de distancia.
- null, null null... Gosta de Bruce Springsteen?
- Claroooo! Quem não gosta? - Disse ele como se fosse óbvio, dando em seguida, uma risada gostosa.
A menina sorriu.
- Chega aew! - Disse ela.
- Hã?
- É... Desce aew, vamos nos apresentar, nos conhecer direito!
O garoto deu um sorriso malicioso, fazendo com que null lhe mostrasse o dedo.
- Você me entendeu!
- Hahahaha ok...
Se encontraram, conversaram sobre as coisas que tinham em comum. Logo se tornaram amigos, mas depois de viveram juntos durante 6 anos, a amizade tornou-se uma grande amizade.
*FIM FLASHBACK*

null estava andando na rua, indo para a esquina, quando ouviu uma buzina.
Virou para trás e viu um carro vermelho. Quando percebeu a voz que vinha de lá de dentro abriu um enorme sorriso.
Era null. Ele a buscava todos os dias.
- Bom Diaaaaaaaaaa! - Beroru ele quando a menina entrou no carro.
- Hehe... Dia null! - Disse a menina dando um beijo em sua bochecha.
Ele ligou o rádio.
Estava tocando 'All My Loving' dos Beatles.
null fechou a cara e bruscamente desligou o rádio.
Olhou para fora e viu vários casais abraçados, se beijando, andando pelas ruas desertas.
Deixou cair uma lágrima. null viu e encostou o carro:
- Hey dude! Olha... O Bob foi um imbecil tá! Agora, esquece isso... Pode ser?

*FLASHBACK*
- Oieeeee! - null disse ao ver o namorado, Bob, se aproximando dela e de seus amigos.
- null, quero falar com você.
- Bob, hã... Deixa eu só eu pegar mais uma cerv... - Foi interrmpida ao ser puxado violentamente pelo braço.
- Ai, Bob! Está me machucando! - Disse ela.
null, de longe, assistia tudo.
null e Bob foram até o jardim:
- Olha, Eu estou aqui para te dizer...
- Espera Bob! Ah, eu amo essa música! 'All My Loving', dos Beatles... Ai... Continua... - Disse ela.
- Então, para te dizer que acabou, null! Já era!
- Hã? - null perguntou inconformada.
null vinha se aproximando, ao ver que ela estava chorando, foi até atrás de uma árvore e ficou escondido, ouvindo tudo.
- É null, malz aew... É que... Sei lá... Nós estamos há muito tempo juntos... Não rola esse tipo de relação comigo, okay? Espero que você fique bem...
- Espera Robert! É assim então? Você me trocou como se eu fosse um modis, é isso?
null não pode deixar de rir ao ver a amiga falando isso. Mesmo nas situações mais sérias ela conseguia ser engraçada, mas, ao vê-la com uma expressão triste no rosto, logo se recompôs do ataque de riso e continuou a ouvir a discussão.
- É... Desculpa...
null começou a chorar.
Não! Como ele podia fazer isso com ela? Desde quando 5 meses é muita coisa?
Todas essas perguntas estavam na cabeça dela naquele momento.
A menina ficou de pé, chorando, se sentiu tonta. Resolveu se apoiar em alguma coisa, avistou a árvore em que Danny estava escondido.
Se apoiou.
O menino não podia ver a amiga naquele estado.
Segurou em seu braço e a puxou para perto dele, abraçando-a.
Ela o apertou forte chorando cada vez mais, molhando sua camiseta, ele não ligava, desde que ela estivesse bem...
null sabia como era difícil levar um fora, ainda mais quando a pessoa é sensível como null.
*FIM FLASHBACK*

- Tudo bem, null... Eu vou ficar bem, aliás... Eu ESTOU bem!
O menino concordou com a cabeça, mas no fundo, sabia que não estava nada bem.
- Chegamos, null! Olha o null ali meu! - Disse ele dando risada ao ver o amigo.
null sorriu, perdeu um namorado, mas em compensação, tinha os seus melhores amigos.
- Hey dudee!
- Cara... Você demorou!
- Nem, dudes... - Disse null apontando discretamente para null.
- Ahhhhh! - Exclamaram todos, eles já sabiam do que havia acontecido, pois, assim que Bob terminou com a menina, ele entrou na casa onde estava rolando uma festa e beijou Anna, a garota mais popular do colégio.
- Vou falar com ela... - Disse null preocupado.
- Hey null... - Disse ele tristemente.
-Hey null... E ai, novas? - Disse null, tentando disfarçar.
- null, sério, você não está bem... Nós vemos isso ao olhar para você... Pode desabafar, já fiz muitas vezes isso com você... Coloca tudo para fora! - Disse ele, sorrindo.
- Valeu, mas, sei lá... Não quero falar sobre isso, por enquanto ta?
- Você é quem sabe... - Continuou ele, dando de ombros e indo ao encontro dos amigos.
null apenas via a cara de null: Cabeça baixa, quase não falava... Ela só ficava assim quando estava REALMENTE deprimida. Odiava vê-la assim.
- TRRRRRRIIIIIIIIM - O sinal tocou e os estudantes subiram as escadas correndo.
**

- Uaaaaaah.... Que infernoooo. - Resmungava null ao sair da aula de química.
- É mesmo... Não agüento mais o Profº Billie... Não agüento mais átomos e quero que se exploda a tabela periódica... - Disse null.
Todos riram.
Menos null, que estava num canto falando no celular. Os meninos estavam esperando por ela, achando que ela estivesse ainda magoada, até que ela deu um sorriso de orelha a orelha:
- AHHHHHHHHHHH! Como assim?! Você está me tirando não é? Nãããão... Só pode ser! null! Você vem para cá? - null pulava freneticamente.
Continuou a conversar com a tal null, depois desligou o celular, ainda com o sorriso nos lábios, fazendo null ficar menos preocupado.
- Nossa null, que houve? - Perguntou null
- null, simplesmente a minha amiga lá de Londres vai passar uns tempos aqui, em Bolton!
- É? Que legal null! - Disse null.
- Muito! Ela chega, amanhã! - Continuou a menina.
- TRRRRRRRRRRIIIIIIIM - O sinal bateu anunciando o final do recreio.
**

No dia seguinte...
- Ding Dong [N/A: gentem... gostaria que vocês meio que ignorassem as onomatopéias da historia... o.O]
- null, atende para mim! - Berrou a mãe.
- Ok, já estou ind... - Foi interrompida ao ver sua melhor amiga plantada na frente da casa dela.
- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! - As duas berraram juntas, fazendo um vizinho reclamar do barulho.
- ! - Gritou null pulando na amiga.
- Você... Está... Aqui... Em... BOLTON! COMIGOOOOOOOOOO! - Menina berrava ainda mais, fazendo com o mesmo vizinho jogasse uma frigideira no quintal dela.
- Entra... - null apontou para dentro da casa.
- E aew null, como vão as coisas por aqui? - Perguntou a amiga.
- Ah, bem... Sabe como é não é?
- Aham... Sem mim aqui não é fofa?
- Huashsuha é mesmo... Você faz uma falta, null... Mas por sorte já fiz amigos aqui!
- E namorados? - Perguntou null.
null abaixou a cabeça, deixando uma lágrima escapar.
null, preocupada, entendeu o que havia acontecido.
- Ah, null, não fica assim!
null soluçou.
As duas subiram para o quarto de null e ela desabafou tudo para a amiga.
Depois de um tempo, as duas, já com a garganta doendo de tanto conversarem, decidiram pedir uma pizza.
- Ah, null... Você não se importar se eu chamar meus amigos aqui não é... Ou...
- Nãããão! Imagina, pode chamar!
null foi até a sala ligar para null.
- Alô? null? Oie... Então... A null está aqui e nós vamos pedir uma pizza... Está afim?
- Pizza? E precisa perguntar, null? - Disse ele com aquela risada gostosa.
- Hehehehehe vem que eu estou te esperando... Chama o resto! Beijos...
- Beijos.
- Quem é esse? - null perguntou, interessada.
- null null, melhor amigo e de boa, ele não faz seu tipo! - null sabia que a null ia se dar bem com ele, mas ela sentiu... Não sei... Algo dizia que ele era dela.
- Ahhhhhhhhhh
null deu de língua.
Alguns minutos depois, a campainha tocou:
- Chegaram!
null e null saíram correndo para abrir a porta, quando deram de cara com null vestido de entregador de pizza, com três pizzas na mão.
- Hahaha! null o que é isso? hahahaha! - null ria e apontava para a cara dele.
- Qual é? Eu preciso pagar minhas aulas de alguma forma! - Os meninos tinham uma banda, McFLY. Estavam ainda na fase da garagem, mas sempre que podiam, se apresentavam em pequenos pubs.
- Entrem aew... null, esse é o null, esse é o null... Esse é o null... - null parou quando viu a amiga babando, literalmente, em null.
- Err... – Ele disse se afastando dela.
null percebeu e deu um tapa em seu braço, fazendo null acordar do transe.
- CONTINUANDO... - null deu ênfase na frase.
- Esse é o null e esse aqui oh... É o null! - Disse a menina pulando nas costas do amigo que começou a fazer cócegas nela.
- Prazer! - Disseram os 4 em coro.
Os seis subiram para o quarto de null e comeram as pizzas.
- E aew, null, você é de Londres não é? - Perguntou null.
- Sim, sou sim!
- Ah... E você veio para cá por quê? - Perguntou null tentando se afastar da menina que estava grudada em seu braço.
- Ah... Eu vim para cá, porque eu jogo basquete e a gente, meu time vai competir aqui em Bolton! Mas nós só íamos ficar 1 semana, eu vou ficar uns, 7 meses aqui... Vou fazer aqui o intercâmbio.
- Sete meses? - Exclamou null cuspindo fora todo o refrigerante.
- É sim! - Disse ela toda animada.
null não ia agüentar esse grude durante todo esse tempo.
-Er.... Vamos jogar verdade ou desafio? - null perguntou com um sorriso malicioso.
- Só tem duas meninas aqui! - null disse.
- E? Isso nunca me impediu deu dar uns pegas em você! - Continuou, como mesmo sorriso no rosto.
null deu um tapa em seu braço.
- Ok... Eu topo em jogar! - null disse.
- Tá bom... Eu jogo... - null disse.
Parecia que, ela estava conectada a null de alguma forma... Nãããão... Ela não podia pensar nisso! Era... O... null!
- Vai null! Gira a baqueta aew! - null disse sem pensar muito.
Girou.
- null e... Aháááááá!! null! - Berrou null.
null engoliu em seco.
- Verdade ou desafio? - null perguntou fazendo um movimento engraçado com as mãos, como se fosse um mago.
- Ver-Desa-Verdade. - Respondeu.
- Hum... Hum... - null ficou pensativo.
Ele ia perguntar algo sobre ela e Bob, mas ele sabia que ela não estava emocionalmente pronta para isso.
- Hum... Verdade mesmo? - Ele fez uma carinha e cão sem dono.
null pensou. O que podia acontecer se fosse desafio? Nada...
- Ah... Ok... Desafio!
null fez uma cara de tarado e cochichou no ouvido de null.
null e null se entreolharam.
- Desafio vocêêêêê a beijar o...
O coração da menina foi a mil. Não! Beijar um de seus amigos? E se fosse o... ? null entrou em pânico, começou a suar frio. Sentiu as famosas borboletas no estômago.
- A beijar o... !
null olhou diretamente para null. Ele também estava em pânico, era a melhor amiga dele! Como? Poderia... Beijá-la?
- Você aceita o desafio? - null perguntou fazendo a voz do Silvio Santos.
null voltou a encarar null.
- Hein? ?
- Hã? Ah sei lá... Ah... Hã... Err... null?
- Ah, caham... - Tossiu falsamente.
- Ah.... Sei lá... Por mim... - Disse timidamente.
- É... Por mim também...
- Ui gente! - null disse chegando mais perto de null.
- Err... – Ele disse se afastando dela.
- Vai logo!
null e null se levantaram e foram engatinhando até chegar no meio da roda. Aproximaram o rosto. null sentiu o cheiro de seu perfume, deixando null com os pelos da nuca arrepiados.
null inclinou o rosto, encaixando-o junto com o de null.
Ela abriu a boca, permitindo que a língua de null entrasse.
Ficaram assim por 30 segundos, quando null disse que já estava bom.
Eles afastaram os rostos e retornaram a seus lugares.
O jogo continuava, null fez uma performance com o violão, null confessou que já teve uma queda por null, até que chegou a vez de null com null, dessa vez ELA perguntava para ele:
- Verdade ou desafio?
- Hm... Desafio! - Disse ele com certeza.
null olhou para null.
- Beijar a null, mas... Não pouco tempo, que nem eu e o null! - null não havia se tocado do que tinha falado.
null pensava: pouco? Ela gostou do meu beijo? Todas essas perguntas falavam alto na cabeça do garoto, mas este afastou os pensamentos, primeiro porque foi apenas um jogo, não valeu nada. Segundo que seria bem melhor se ele sentisse alguma coisa por ela.
- QUE? BEIJAR, A... ? - Ele disse pasmo.
- AHAM!
null piscou para null que assentiu com a cabeça.
Eles foram até o canto do quarto de null.
- Aqui, está bom? - Perguntou ele puto com a amiga.
- Nops! Ali! - null apontou para dentro do closet. - VAI COVARDE! - null gritou batendo com nas mãos no chão.
- Q-Quem é o covarde agora hein? - null murmurou puxando null para um beijo ali mesmo e logo foi intensificando o beijo, levando a menina para dentro do closet, onde lá ficaram durante uns 35 minutos.
**

Eram, 2:15 da manhã, eles ficaram brincando daquilo durante muito tempo. Todos já tinham ido embora, menos null, que estava se amassando com null na sala, e null, que para ir até sua casa, precisa apenas pular o muro.
null estava no quintal da casa de null, quando a menina se aproximou.
- null... Err... Sobre hoje?
- Ahhh null, não valeu nada... Era em um jogo... Quantas vezes a gente já não fez isso?
- Essa foi a primeira, null.
- Tá, que seja, mas de qualquer forma não valeu nada, porque... Sei lá... Nós somos só é amigo, certo?
null engoliu em seco, ela ACHAVA que eram apenas amigos, mas depois da brincadeira de hoje ela percebeu que realmente sentia algo, não era amor... Era...
- Certo, null? - A menina havia acordado do transe.
- Hã? Ahhh claro! Apenas uma brincadeira caham caham... - Tossiu falsamente
- Tá bom então.
- Tá...
**

null acordou no dia seguinte exausta. Logo que desceu da cama, tropeçou na caixa de pizza, deixada pelos amigos na noite anterior.
Desceu até a cozinha, viu null e null deitados no chão da sala, dormindo abraçados um no outro.
null sorriu ao vê-los mas lembrou-se do que null dissera.

null acordara com uma baita dor de cabeça. As imagens da noite anterior vieram à tona: Lembrou-se do beijo... Depois do que ele dissera a null.
Mas... Será que ele sentia apenas, amizade pela menina?
**

- null, null! - null cutucava os amigos tentando acordá-los.
- Hã? Err... hã? - null fazia barulhos estranhos com a boca enquanto abria os olhos.
- Ah... null?
- Oi Poynter... Grande noite, rapaz?
null riu.
- Não... E você e o null ontem hein?
null abaixou a cabeça.
- O que houve? - null disse acordando.
- Bom dia amoooor! - disse null dando um selinho na menina.
- Bom... Vocês estão com fome? Eu preparo o café. - null disse.
- Nem, nós já dormimos aqui, comemos aqui, vamos lá para casa! - null disse.
- Err... Ok!
- Daí eu ligo para o resto e nós comemos juntos... - null disse.
- OPAAAAA! - null gritou dando risada.
- Tapada! - null deu um pedala na amiga.
null retirou o celular do bolso e mandou um torpedo para os amigos:
null: ‘ E aew garanhão? Beijou a null ontem hein? Bora tomar café aqui em casa? null’
Enviou também para null e null.
Em alguns minutos todos estavam na casa de null, ajudando a preparar aquilo que podia ser chamado de café da manha... : ovo podre mexido... bacon... enfim...
- Ai null! Que fedor! - null apareceu na cozinha com a mão no nariz.
- É, de boa... Vamos tomar café fora, vai... - null disse.
**

Após chegarem à padaria, sentaram-se numa mesa:
null de frente para null, null de frente para null e null de frente para null. Ela evita olhar para ele. null percebeu isso e sentiu uma pontada no estomago. Por que ela estaria fazendo isso?
- Mas e aew... E vocês, null e null, depois de ontem...
nullolhou para null, que corou.
- É... - disse ela timidamente.
- E quanto a vocês? - null apontou para null e null.
Eles se entreolharam.
null engoliu em seco.
Sabia o que ele tinha achado da noite anterior.
Esperou a resposta dele. Nada.
null tomou coragem e disse tudo o que sentia:
- Para mim foi ótimo, mas acho que orgulho de certas pessoas fala mais alto. - disse olhando cinicamente para null.
- Com licença, vou me retirar.
Todos se entreolharam surpresos.
- Caham - null tossiu falsamente.
- Com Licença também, vou indo. - disse ele saindo atrás de null
- null! - gritou ele, puxando a amiga pelo braço.
- null... - disse ela abraçando o amigo.
- Não chora! Olha, eu acho que você está... Deixa... - falou ele perto do ouvido dela, confortando-a. null viu aquilo e sentiu uma pontada de ciúme, não como um namorado e talz, mas como um amigo. Ele queria ser o null naquela hora, era para ELE estar ali acariciando o cabelo da amiga...
Sentiu-se culpado por ver a amiga triste daquele jeito, mas ele não a amava, digo como amiga sim, muito, mas do outro jeito...
- Aff null, olha o que você fez com a null! Ela já está mal por causa do Bob e se ainda da uma mancada dessas? Porra... - null disse irado.
null e null abaixaram as cabeças. null sentiu a dor da amiga. Ela tinha sacado tudo: null se apaixonara pelo melhor amigo.
Suspirou, despediu-se de null e foi ver a amiga.
- null, valeu... Mas eu tenho que voltar para casa... - null disse
- Eu vou com você!
- Pode deixar, eu levo ela! - null disse aparecendo.
- Ok... - null se despediu das amigas e foi ao encontro de null que dava um sermão em null, que ainda pensava sobre a situação em que estava.
No caminho para casa...
- null, me fala... Não foi só o beijo que foi bom, não é? O fato de ter sido com ‘ele’ também não é? - Perguntou null
null olhou para ela com um olhar confuso.
- Co-mmo null? Ele... É... Meu...
- Primeiro amor... - sussurrou a amiga
- Nããão! Meu melhor amigo! MELHOR AMIGOOOO! - disse a menina fazendo movimentos exagerados com a mão.
- E?
- E, que... Sei lá... - null abaixou a cabeça; as lágrimas começaram a descer involuntariamente.
- null, você não precisa provar nada para mim... Prove primeiro para você mesma, pense bem nisso. Não há nada de errado gostar do amigo! - disse null com ternura, entrando na casa, deixando null nos degraus da casa.
**

Depois de ouvir null falando sobre o ‘problema’ que ele causou, null voltou para casa com as mãos nos bolsos, chutando as pedras do meio do caminho.
Ouviu alguém buzinando atrás dele. Virou-se. Era null
- Hey dude, sobe aew...
- null, estou me sentindo culpado, sei lá... Não quero ver a ‘minha’ null triste daquele jeito...
- Dude, eu a amo, mas... Eu concordo com você, ninguém é obrigado a gostar de ninguém. Se ela te ama, o problema é dela. Tipo... O amor pode ser correspondido ou não.
null pensou seriamente sobre aquilo. null estava certo, não era culpa dele.
ELA gostou do beijo, ELA o amava...
**

null, já dentro de casa, subiu para o quarto junto da amiga.
- Sabe null, antes de você vir para cá, eu em uma situação dessas só tinha o null para me apoiar... Mas graças a deus, você está aqui comigo.
null sorriu.
- null, não fique com raiva do null, ele não é obrigado a gostar de ninguém... Você está culpando-o por NADA!
null estremeceu, era verdade. Ele pode não ter gostado do beijo, ele pode não gostar dela... O problema era SÓ DELA.
Deitou-se na cama e adormeceu.
Acordou com um som de violão vindo de fora.
Era null, tocando os acordes de Too Close For Comfort:

I never meant the things I said
To make you cry
Can I say I'm sorry

It's hard to forget

And yes I regret
All these mistakes
I don't know why you're leaving Me
But I know you must have your reasons
There's tears in your eyes
I watch as you cry
But it's getting late

Olhou para o relógio: 17:00. Ia se encontrar com os amigos dali a uma hora.
Voltou-se para a janela, abriu-a. Viu seu melhor amigo tocando aquela música.
Sorriu.
Ficou ali admirando null.
- Ah.... Err... Oi null... A null falou que você estava dormindo, não quis de acordar...
- Imagina, null... Err... Sobre hoje, eu... Queria pedir desculpas, acho que... Sei lá... A raiva que sentia do Bob, descontei em você... - Mentiu. Ela se arrependera mesmo, mas não ia falar para ele sobre seus REAIS sentimentos.
- Ah, claro... - Ele sabia também que ela estava mentindo. Ele e null sabiam que ela estava afim dele.
Sorriu involuntariamente.
- Enfim, vai ao pub agora?
- Vou... Quer carona, linda?
Ela corou ao ouvi-lo dizer ’linda’.
- Quero... Vou me trocar.
Fechou as cortinas e ligou a luz do quarto.
null continuara na sacada da casa e viu a silhueta da amiga.
Ficou observando ela tirar a blusa, olhou-a calmamente, estava delirando... Gente! O que era isso?! Ele acabara de assumir para si mesmo que não a amava e agora estava babando ao vê-la se trocar?
- EU SOU HOMEM PORRA! - Gritou para si mesmo, fazendo null olhar para fora e ver o amigo entrando de volta para o quarto. Havia entendido o que aconteceu e deu uma risadinha. Era isso! PROVOCA-LO.

No dia seguinte, null acordou bem humorada. Lembrou-se da noite anterior, era isso! Estava disposta a conquistar o amigo... mas para isso, precisava da ajuda de um amigo:
- Err... alô? Bob?
- Hã? null?
- Oi Bob, quanto tempo não é?
- É, olha, se você veio em falar sobre aquilo... Daquele dia... - disse o ex da menina, dando ênfase no ‘daquele’
- Nem... É uma proposta indecente...
- Manda.
- Está a fim de, sei lá, fingir ter voltado comigo? Sei lá... Já que você já me namorou e talz...
- Por que eu faria isso?
- Porque eu quero, é uma coisa minha, mas... Você faria isso por mim? Só por umas semanas...
- Hum...
-...
- Ok, mas...
- NADA SÉRIO BOB... Só por hoje... - Implorou a menina
- Tá.
- Valeu, vamos nos ver então as, 16:00 no Pub?
- Certo. Beijos.
- Beijos
**

- Toc Toc - null ouviu umas batidas na janela de seu quarto
- Hã?? Mas que diabos? - Resmungou com os cabelos bagunçados.
- Hey Dude! Good Morning baby!
- Hey null…
- Bora ir ao Pub hoje as 16?
- Cla-claro...
- Yes! - disse ela toda animada.
- Posso saber por que toda essa animação? - perguntou null, pondo as mãos nos olhos, pois a luz forte do sol ofuscava os seus lindos olhos.
null percebeu que era hora de deixá-lo com ciúmes. Na verdade ela queira fazer um teste, para saber os verdadeiros sentimentos por ela. Se ele ficasse bravo, ou algo do tipo, era porque ele sentia algo por ela, mas... Se ele agisse de forma indiferente é porque ela teria de agir de outra maneira para tentar conquistá-lo.
- Err... Lembra do Bob?
- Aquele cretino?
- Não fala assim dele, null!
- Mas ele é!
- Ok... Ele me pediu para voltar...
- E você disse não certo?
- Ah... Eu estou na seca... Eu...
- VOCÊ DISSE SIM, ?
- Sim. - sorriu vitoriosa
- Afff e você quer que eu vá com vocês para que?
- Porque... Sei lá... É aquele Pub, o mais legal de Bolton, null...
- Aff, não... Vão vocês, não quero ficar de vela... Aliás hoje temos ensaio na casa do null...
- Ah... Ok então...
- É... Vou tomar café... Você me acordou...
null fechou a janela do quarto.
- Weeee... hsauhauhauashu null ele sente algo... - cantarolou a menina pulando no quarto. Não precisaria mais de Bob por hoje.
- Alô... Bob? - ela disse.
- Oi linda...
- Sobre hoje... Não precisa ir mais...
- Ok...
- Tchau!
**

- Ding Dong! - A campainha da casa de null tocou.
- Hey dude! Demorou hein? - Disse null que já havia chegado.
null foi direto para cozinha, mas tropeçou em algo.
- CARALHOOOO!
- Calma dude! Está irritado?
- ESTOU!
- Eu aqui e ela lá com... Aquele cretino do Bob...
- Hã?
- Está falando de quem?
- Da null, porra!
- Ahhhhhhh... - null e null disseram em coro, acompanhado de null, que havia chegado naquele momento e ouvira o que null dissera.
- Ah, null... Caro, null... - null disse com um sorriso de orelha a orelha.
- Ai... O amor... - Filosofou null, abraçando null, irônico.
- Eu não gosto dela... Só não quero que ela sofra...
null arqueou a sobrancelha:
- Você quer o bem dela, mas sei lá... Não vou dar minha opinião aqui... mas se você está apaixonado, cara ela tava afim de você... Mas com a volta do Bob, dude... É bom correr rápido.
- MAS EU NÃO GOSTO DELA! - Dany berrou.
- Ok, dude... Ninguém está falando isso... - null disse.
- Não estamos? - null falou com uma cara engraçada.
- De boa, dude... Antes de provar para nós, prove a si mesmo que você a ama... Porque se não você vai machucar ela e você também... - disse null
- E vai comprometer a amizade de vocês... - Continuou
- Mas... Eu... Não...
null parou. Pensou em todos os momentos bons que passaram juntos, desde o dia em que se conheceram, as dificuldades que passaram. Ele sempre sentira algo por ela, mas apenas não aceitava o fato de amar sua... melhor amiga.
Teria que agir rápido ela estaria em algumas horas no Pub com o Bob... Teria que convencê-la a não ir.
Pegou o carro e saiu rumo à casa de null.
- Ding Dong
- Eu atendooo!
null, ao ouvir a voz de null, estremeceu... Sentiu as famosas borboletas no estômago.
- null! Que-que sur-surpresa! - A menina gaguejou, sentindo as pernas tremerem ao vê-lo.
null entrou, empurrou-a para dentro de casa, tomando cuidado para que a mãe da menina não os visse e a levou para o quarto dela. Encostou-a na parede e rapidamente pressionou seus lábios contra os dela. A menina gelou. O que era isso? Antes, ele não admitia nada e agora estava beijando-a? Ele não podia brincar com seus sentimentos dessa maneira. Mas, ao invés de se preocupar com essas coisas, resolveu curtir o beijo. Abriu lentamente a boca, para que a língua dele explorasse sua boca.
null segurou null pela cintura, juntando os corpos ainda mais, enquanto a menina mexia em seus cabelos. A cada toque, a cada gesto, ambos sentiam uma coisa única, para eles, aquele momento era só deles, algo que estava guardado dentro de cada um dos amigos, que em muitos anos de amizade, puderam revelar-se somente agora. null abraçou null, e ainda com os lábios juntos, a pôs na cama e dentou-se encima dela. Os beijos desceram pelo pescoço dela, que gemia baixinho, até chegar à barriga.
- null... - A menina respirava com dificuldade.
- Hum... null... É isso que você quer?
- É... Mas há algo que eu queria te dizer há muito tempo...
null subiu até o rosto da menina. Apoiou os braços na cama, encima dela e ficou observando-a.
- Fale.
- Eu... Eu te amo, null.
O menino abrira um sorriso.
E retornou a fazer carinhos na... ‘amiga’.
- Eu... Também te amo...
null, subiu em cima dele, trocando as posições e está, começou a beijar seu pescoço, mordendo, ocasionalmente fazendo-o gemer alto.
**

null acordou e viu, em seu lado, null que ainda dormia. Como ela era linda dormindo... Olhou no relógio: 03:18
Nossa... Passara muito tempo ali, mas não queria voltar para casa. Estava muito bem acompanhado, estava acompanhado dela, sua... MELHOR AMIGA.


Fim


comments powered by Disqus