Moments to remember
Moments to remember

jogou a bolsa no chão e saltou para cima da cama fofa. Fechou os olhos e respirou fundo, tentando assumir o controle da situação em que estava. era uma garota independente, sempre fora; era fotógrafa e vivia em Londres.
A memória do dia que conhecera o seu melhor amigo, , veio-lhe à mente.

*Memória I*
- Nãão, Atena, pelo amor de Deus, fique aqui comigo! - pediu, vendo a amiga fugindo com um rapazito para a pista de dança. Tarde demais.
Por que tinha ido àquela festinha mesmo? Oh sim, Atena tinha a mania de achar que era importante o estatuto de na sociedade.
Um garoto se sentou no mesmo sofá vermelho em que estava sentada. Os dois suspiraram e olharam-se, sorrindo.
- Uau, somos dois pobrezinhos a suspirar numa ótima festa. Nunca me senti melhor - o garoto comentou.
- Eu não tenho culpa que a desgraçada da que veio comigo tenha ido dançar, ou melhor, se esfregar na pista de dança com o primeiro alien que viu - disse, apontando para a amiga, que dançava sensualmente junto a um jovem. Os dois fizeram uma careta. - Triste. E você, por que não está se divertindo?
- O mesmo com meus amigos. - Ele riu. - Me fizeram vir à festa para, em cinco minutos, me largarem e irem fazer atos indevidos.
riu com a expressão 'atos indevidos' e perguntou:
- Então, por que você não está fazendo atos indevidos? - ela fez aspas no ar nas duas últimas palavras.
- Não estou com humor para isso hoje - ele respondeu.
- Sou , ou , tanto faz. - Ela estendeu a mão.
- , prazer em conhecê-la. - pegou na mão da menina e beijou-a com gentileza.
- Haha, pensava que não estava com humor para 'atos indevidos'...
- Desculpe, mas isso não foi indevido. O que sua amiguinha está fazendo ali é que é indevido. - Ele apontou para um canto da pista, onde Atena estava toda descabelada.
- GET A ROOM! - berrou, e começou a gargalhar.
- Então, o que você faz além de mandar pessoas malucas arranjarem um quarto?
Os dois continuaram conversando e acabaram por trocar o número de celular.
*Fim de Memória I*

acabou por adormecer relembrando essa cena.
Acordou no dia seguinte, com a roupa toda amassada. Arrastou-se preguiçosamente até o espelho e viu sua miserável aparência. Desde que começara a namorar com , ela estava mais desleixada, sem paciência para se arrumar.
Tomou um banho rápido, vestiu a primeira camiseta que encontrou na gaveta, um jeans e calçou as vans. Penteou o cabelo e desceu até a cozinha; desde a tarde anterior, não comia nada.
- Bom dia, Goofy - cumprimentou o ímã do pateta, que segurava um papelzinho que dizia: 'Deixa de comer e vai fazer alguma coisa de jeito! Ass.: .'
Pegou o leite da geladeira, recordando o dia que tinha escrito aquilo.

*Memória II*
- ! Onde você está, sexbuddy? - berrou, entrando na casa da amiga.
- Na cozinha! - ela berrou de volta. foi até a cozinha e encontrou a menina devorando um pote de sorvete. Ela parou de comer. - E desde quando eu sou seu sexbuddy?
- Não é porque não quer - ele disse, galante.
- , vai catar a Fergie, vai.
- Já tentei, ela não quer nada comigo - disse, fazendo cara de desiludido. - Anyhow, por que sempre que eu entro aqui você está na cozinha, comendo?
Ela olhou de para o sorvete de chocolate, e do sorvete para .
- Você vem poucas vezes aqui, de qualquer maneira. Ou é porque está em Tour com a banda ou porque tem de ir a sessões de autógrafos... Sempre tudo mais importante que sua melhor amiga! - ela resmungou.
- Ei, não fica assim. Olha só, como eu me importo com você, vou até fazer-te lembrar de mim quando for comer, ou seja, sempre. - Ele tirou da gaveta uma caneta e um papel e escreveu alguma coisa. Já conhecia aquela cozinha como conhecia as músicas da sua banda.
levantou-se da cadeira e pregou o papelzinho na geladeira com o ímã do Goofy.
- Proonto. Agora levanta e vem ler!
levantou-se também, contrariada.
- Haha, obrigada, zinho. - Ela deu um beijo na bochecha do menino.
- Eu apenas me pergunto como você come tanto e não engorda nadinha - ele disse, pegando uma colher e começando a comer o sorvete também.
*Fim memória II*

Vestiu o casaco, pegou sua bolsa e saiu, com a câmera na mão. Fechou a porta atrás de si e trancou-a. Segundos depois, voltou a girar a chave pela fechadura e entrar de novo para pegar mais um casaco. Tirou um casaco menos quente do pendurador de casacos, vestiu-o e depois vestiu um casaco ainda mais quente que o outro. Lembrou-se de mais um momento com ...

*Memória III*
- , você vai ficar com frio mal sair por aquela porta. Pode escrever o que eu digo - avisou o amigo, que continuava a implicar em levar apenas um casaco.
- Não, eu sou metade urso, darling, não sinto frio - ele brincou.
- ...
- Coisa, olha, eu não sinto frio aqui dentro, não vou sentir lá fora. Eu vivo em Londres há muito mais tempo que você, por isso sei muito mais como me sinto aqui que você.
- Okay.
- Okay? Só isso? - arregalou o olhos.
- É, eu sei que você vai acabar voltando para vestir um casaco mais quente.
revirou os olhos e saiu, juntamente com . Trancou a porta e encarou os olhos de . Ficaram assim por um tempo, olhando-se nos olhos.
'Quinze, catorze, treze...' - a menina fazia contagem regressiva. Quando chegou ao cinco, falou em voz alta:
- Cinco, quatro, três, dois e...
- Okay, eu tenho frio, fique aqui à minha espera que vou buscar um casaco mais quente - abriu a boca para falar. - E não diga nada!
- Eu não disse nada - ela falou, com um sorriso infantil no rosto.
*Fim memória III*

Passou os olhos pela rua. O trabalho daquela vez era fotografar rotina de várias pessoas diferentes. Viu um homenzinho entrar dentro de um carro e fotografou-o. Quando ia fotografar uma criança que penteava o cabelo às pressas com as mãos, sentiu alguém pôr-lhe a mão no ombro.
- ?
- AH! - se virou e viu quem era o dono da voz. - Jeez, , não me assusta assim! Como você sabia que era eu?
- Pela sua bunda. - fez cara de safado.
- Ei!
- Brincadeira, brincadeira. Te reconheci porque não é todo mundo de Londres que sai na rua com um casaco do McFly. - Ele apontou para o nome 'McFly' na parte de trás do casaco da menina.
- Ah... Nem reparei que era esse casaco quando o vesti - sorriu.
- Uau, a banda vai ficar feliz em saber que ofereceu um casaco para você usar sem sequer perceber que o está usando...
- Desculpa - murmurou.
- Desculpa, ? Espero que essas desculpas também sirvam para essas duas semanas que você nem trocou uma palavra direito conosco - foi sincero.
- Foram só duas semaninhas...
- Pareceu muito mais para nós, ... - ele disse.
- O 'nós' incluí o ?
- Você sabe que sim!
suspirou.
- Ele podia, sei lá, estar tão ocupado a fazer coisas com a nova namorada dele que nem desse pela minha falta.
Os dois foram andando pela rua, tirando fotos de várias pessoas. A certa altura, pôs-se na frente de .
- Por que você se afastou durante duas semanas?
- Eu já disse, nem foi assim tanto tempo! Vocês já estiveram mais tempo fora em tour... - ela respondeu.
- Mas isso era mesmo necessário! O máximo que você ficou sem trocar nem uma mensagem conosco foram três dias.
- , você sabe o porquê de eu me ter afastado...
- É por causa da , né?
apenas suspirou e voltou a andar lentamente.
- Aceito isso como um sim. Olha, o não vai ficar muito mais tempo com ela, acredite em mim. Agora, me promete que vai pelo menos falar comigo, com o ou o ? Nós não temos culpa que o te faça sofrer.
Ele abraçou-a e ela abraçou-o de volta.
- Eu prometo, pequeno.
- Pequeno?
- É, darling, não sabe dos rumores? Todos por aí andam dizendo que seu pinto é pequeeno. - Ela gargalhou.
ficou paralisado.
- Hã?
- HAHAHA eu estou brincando, !
- Assim você me assusta, sua doida! E eu já tinha saudades desse seu humor.
- Okay, eu tenho que ir trabalhar.
- Você quer dizer 'tenho de ir fazer o que eu mais gosto, fotografar'?
- Olha quem fala, você também tem um trabalho que ama!
- É verdade... Vai lá então, e não esqueça de telefonar!
- Não esqueço. Bye, pequeno .
se virou, ainda a tempo de ouvir umas meninas malucas berrarem:
- ? Oh my God, tira uma foto comiiigo?

Andou pela cidade até a hora do almoço. Já tinha gasto dois rolos de 40 fotos. Com certeza lhe pagariam bem por aquele trabalho.
resolveu almoçar num pequeno pub que conhecera graças a um show do McFly. Ela os tinha acompanhado até lá porque não queria ficar sozinha em casa, e, desde aquele dia, aquele era o pub favorito dela. Especialmente porque o empregado de mesa adorava , e isso lhe dava o benefício de poder comer lasanha naquele lugar.
Sentou-se numa das mesas ao lado do palco, naquele momento sem nenhum cartaz a anunciar alguma banda, como costumava ter. John, o empregado, aproximou-se.
- O que vai desejar? - ele perguntou formalmente.
- Eu ainda sou a , John.
- Sério? Não sabia - John disse, ironicamente.
- Não tem tido bandas para tocar aqui?
- Nope.
- Já perguntaram a alguma banda?
- Yep.
- E essa banda recusou?
- Yep.
- Que merda, não sabe dizer nada além disso? - perguntou; não estava entendendo o que se passava com John.
- Nope.
- Argh, olha, quer que eu peça aos meninos para virem cá tocar no Sábado?
O rosto de John pareceu se iluminar.
- Está falando sério? McFly fazendo um show aqui?
- Yep.
- Ahh, , a gente te adora - ele disse, abraçando a menina.
- Obrigada, John. Agora me traz uma das suas lasanhas.
- Erm... Sabe, isto aqui é um pub, e não um restaurante, então, bem, o patrão fica meio descontente quando eu sirvo algum dos meus pratos aos clientes e...
- Me traga a lasanha ou nada de McFly no Sábado - ela ameaçou.
- Chantagista. - Ele mostrou a língua para ela e foi até a cozinha.
jogou a cabeça para trás. O sofá lhe parecia tentador para dormir. Seus pés estavam cansados de ter andado pela cidade tirando fotos, e os sofás daquele pub eram bem confortáveis.
Sorriu ao lembrar de mais um momento com .

*Memória IV*
desceu o palco e viu a amiga sorrindo, sentada no sofá, com quatro toalhas e quatro garrafas de água. Se sentou ao pé dela e, pegando uma garrafa de água, falou:
- Então, o que achou do show?
- Vocês são demais! - a menina disse, sorrindo, mas não conseguindo conter um bocejo de seguida.
- Uau, fomos assim tão entediantes?
- Não, , que idéia idiota! Eu simplesmente estou sonolenta...
- Então vai para casa dormir, não acha?
- Nããão, eu quero ir com vocês festejar o show - ela fez voz de criança.
- , você vai acabar adormecendo no carro...
- Não, eu vou com vocês, okay?
- Ela não quer dormir de novo, mesmo estando com sono? - chegou perguntando.
- É - respondeu.
- , , ainda tem muito a aprender - virou-se para dar mais uns autógrafos a umas fãs.
- Duvido que você fique acordada até o e o saírem do meio das fãs - desafiou. nem se deu ao luxo de responder. - Anda, deita a cabecinha aí no meu peito...
- 'Tá, mas não me deixa adormecer! - ela reclamou, encostando a cabeça no peito do menino e jogando as pernas para cima do sofá. deu um beijo na testa da menina e ficou passando as mãos pelo cabelo dela. - Assim eu vou acabar adormecendo, - reclamou, já de olhos fechados.
Ele limitou-se a sorrir.
voltou de novo, se jogando no sofá.
- Ela já está dormindo?
- É, parece que sim - respondeu, vendo a menina respirando serenamente.
- Ah, se eu fosse a nesse sofá, já tinha adormecido aqui há horas - comentou, se afudando no sofá.
- Dude, se você fosse a , eu já tinha te comido - ele disse, dando um risinho maroto.
- Eu ouvi isso, , e não pense que amanhã não vai pagar por essa - a voz da menina saiu muito sonolenta e mole.
e gargalharam.
*Fim de memória IV*

A única coisa que se lembrava do resto dessa noite foi de ouvir dizendo que os meninos fossem num carro separado, que ele iria levá-la para casa. No dia seguinte, tinha acordado no sofá, com um bilhete de dizendo: 'Tome mais cuidado com o lugar onde guarda as chaves da sua casa. E durma bem ;)'
- Aqui está sua lasanha, queen . - John voltara, fazendo uma mesura.
- Obrigada. Se os meninos não puderem por alguma estúpida razão vir aqui tocar no Sábado, eu te aviso.
passou o resto da tarde vagueando por Londres, e, para felicidade dela, tinha conseguido esquecer por um tempo.

ouviu o toque dos Looney Tunes ao longe. Seu celular estava tocando, mas ela só o ouvia ao longe. Abriu um dos olhos e viu que o celular estava vibrando.
'Merda, quem tem coragem de me telefonar quando estou dormindo?' - a menina resmungou em pensamento, tateando pela bolsa ao lado da cama, tentando encontrar o celular. Encontrou-o e apertou o botão para atender.
- Aqui fala - a voz dela saiu mole. Lógico, tinha acabado de acordar.
- ! - alguém berrou do outro lado. Pronto, se ela ainda não tinha acordado, agora já estava bem desperta.
- , espero que tenha um bom motivo para me acordar a esta hora da manhã e ainda berrar no meu ouvido - reclamou.
- Você sabe que horas são, doida? SÃO ONZE E MEIA DA MANHÃ, dorminhoca! - berrou de novo.
sentou-se e checou o despertador do Tweety (n/a: viciada em Loney Tunes? nãão :~). tinha razão, eram 11:30 da manhã.
- Okay, fala, por que fez o favor de me acordar?
- Ah, eu e a vamos dar uma festinha hoje à noite e você tem que vir.
- Tenho?
- Siiim! - ela ouviu sua amiga e namorada de , , berrar do outro lado.
- Me digam, quem mais vai?
- e , a Vicky, a Carrie, a Jazzie e o ainda estão por confirmar e queríamos convidar o James e a namoradinha dele - respondeu.
- Wait, go back, ESTÁ POR CONFIRMAR, carai? - ouviu falar com do outro lado da linha.
- É, ele disse que não estava muito bem, mas disse que, se pudesse, vinha. Provavelmente não vem, mas diz que ele vem, senão a não vem - ouviu o menino falar.
- Ei! Eu ainda estou aqui, ! - resmungou.
- Oh, sorry. Então, você vem ou não?
- É, vou.
- Ótimo. Oito ou nove horas aqui - disse.
- Se quiser, pode trazer alguém, amiga! - berrou.
deu um risinho.
- Sim, pois. Vá, tomem cuidado e não fique grávida, - ela se despediu.
- See ya later - e berraram em coro.

desligou o celular e se levantou. e a amiga, , eram sem dúvida um belo casal. Apenas estavam namorando há quatro meses, mas eram bem felizes. Diferentes em certas coisas, mas os dois felizes.
Tomou um banho e vestiu uma camiseta umas vezes o seu tamanho e uns shorts de ganga. Logo à noite preparava-se melhor para a festa.
Passou a tarde esparramada no sofá. Acabou de ler um livro que havia comprado, mas nunca tivera paciência de ler; comeu chocolate e bebeu coca-cola; quando viu as horas, já estava perto das oito. Pensou em ficar mais um pouco no sofá vendo televisão, mas ia ser mais divertido ir à 'mini festa' do .
Abriu o armário e vestiu uns jeans, uns All Stars e uma camiseta justa e decotada que atrás dizia 'Don't look too much'. Quando ia pegar um casaco, ouviu seu celular tocar.
'Preciso urgentemente mudar essa musiquinha dos Looney Tunes' - ela pensou antes de atender.
- Alô?
- , é o .
- Heey, . Estava agora mesmo me preparando para ir aí.
- Ah, ainda bem. Sabe, estou ligando para pedir um favorzinho...
- O que é? Quer que eu leve mais bebidas alcoólicas? - perguntou, rindo.
- Não, não, uma coisa menos importante. É, sabe, o não me parecia muito entusiasmado em vir aqui a casa, então, sei lá, eu pensei que você pudesse ir à casa dele e convencê-lo a vir...
- Claro, festa sem é a mesma coisa que circo sem palhaço.
- Thanks, . Ele não pareceu estar muito bem ao telefone. Alguma coisa deve ter acontecido, alguma coisa que ele não nos contou - disse, com a voz preocupada.
- Eu tomo conta dele. Bye, .
- Até logo.

desligou o celular e suspirou. Se ela quisesse provar a si mesma que o fato de sentir algo mais por do que amizade não ia afetar ainda mais a amizade dos dois, teria de ir falar com ele. Pelo que tinha dito, ele não estava bem, e iria se sentir mal sabendo que estava em baixo e ela não estava lá para ajudá-lo apenas porque ele não sentia o mesmo que ela.
Entrou no carro e foi até a casa de ; em alguns minutos estava lá.
Tocou a campainha da casa de e esperou. Era impressionante a forma como se apaixonara por ele. Uma amizade que tinha mudado para um grande amor. preferia muito mais quando era amiga de e se divertiam juntos, sem nada de amores a atrapalhar. Claro que saía com uma menina ou outra, tendo 'relações' de uma semana, mas nada muito sério. também já chegara a namorar com dois meninos, mas tudo acabava porque diziam que ela passava mais tempo com os meninos da banda com que com eles. Ela já tinha tido alguma coisa além de amizade com , mas os dois acabaram por encarar que, apesar de gostarem da companhia um do outro, não era para eles.
Acordou de seus pensamentos e ainda não tinha aberto a porta. Tocou de novo a campainha, desta vez mais prolongadamente. Voltou a mergulhar em pensamentos. nunca mostrara algo mais que amizade por ela, a não ser as pequenas brincadeiras - mas não passavam disso, brincadeiras. Quando começou a falar da relação dele com com uma grande emoção, o coração de apertou e ela tinha de parar de vez de sentir o que sentia por . era uma menina legal, simpática, e tentava gostar dela... mas quando a via, apenas sentia uma vontade enorme de acabar a relação que tinha com seu amigo.
O menino ainda não tinha aberto a porta.
'Será que ele já foi para a casa do ?' - pensou ela, tocando de novo a campainha. E tocou de novo. E mais uma vez.
Tirou o celular do bolso da calça jeans e ligou para . Perguntou se estava na casa dele, mas o amigo negou. Quando desligou, discou o número de . Ficou ouvindo o barulho de espera por um bom tempo, até que o amigo atendeu:
- Sim? - a voz dele saiu desanimada.
- É a , . Você está em casa? - ela perguntou, carinhosamente.
- ! Saudade, quase nem nos falávamos! - falou. conhecia-o suficientemente para saber que ele não estava realmente bem.
- Está em casa ou não?
- Estou.
- Então por que diabos não me abre a porta? - ela tentou parecer irritada.
- Eu não estou com cabeça nem espírito para ver alguém. - Agora sim, demostrava na voz como estava bem desanimado.
- Abra a porta, . Não é ficando sozinho que o desânimo vai passar.
- Não, . Nem mesmo você pode me fazer ficar com vontade de ir a uma festinha do .
suspirou, frustrada.
- , eu não te quero levar para festa nenhuma. A festa lá com os outros guys ia te animar, mas se você está mal, apenas abra a merda da porta para desabafar comigo! - ela se descontrolou.
- Não quero!
- EU TAMBÉM NÃO QUERO TE VER NA FOSSA!
- Eu vou ficar bem!
- Pode me dizer ao menos o que aconteceu?
- Não. Se eu te disser, não vai ser por celular.
- Então me abra a porta, homem!
- NÃO!
- Ótimo, eu vou entrar na sua casa de alguma maneira - ela resmungou, já indo para o portão do quintal de trás.
- Haha, se você conseguir entrar, eu escrevo uma música sobre como uma pessoa é doidamente amigável a ponto de arrombar a casa de um amigo para ver se ele está bem. - deu uma risada desanimada.
'Pelo menos é uma risada', pensou.
Saltou o pequeno portãozinho e olhou em volta no quintal. Hahá, a árvore continuava ali.

*Memória V*
- , como você pôde perder a chave? - perguntou, irritada.
- Eu não sei! - ainda ria da situação.
- Agora como vai entrar, doido?
- É, boa pergunta. Eu riria se agora começasse a chover.
Como atendendo à frase do menino, gotas começaram a cair do céu.
- Eu te mato, ! - ela disse, já molhada.
- Vamos pelo quintal de trás.
Os dois correram, debaixo de pingos da chuva, e ficaram debaixo da varanda do quarto de quando chegaram ao quintal de trás.
- Maldita chuva. Agora como eu saio daqui?
- Você pode ir. - disse.
- Eu não vou te deixar aqui na chuva, .
- Ei, eu acabo arranjando uma maneira de entrar.
Ficaram se encarando, até que desviou o olhar e olhou em volta. Viu uma árvore que parecia ser fácil de trepar e reparou que esta não estava muito longe da pequena varanda.
- , e se você tentasse subir a árvore e entrar pela janela do seu quarto?
Ele olhou para ela, surpreso.
- Desde quando você tem idéias boas, dona ? - Ele riu.
- Haha, vá lá agora, antes que eu fique doente.
- Por que eu? Eu sei que sou tão legal como macaquinhos, mas eu não sou um deles para andar trepando árvores! (n/a: sorry se isso saiu muito Jones...)
- Eu até subia na sua varanda, mas eu estou de saia, não sei se já reparou. - apontou para as próprias roupas. Mau dia para ter usado saia. - Agora, vá lá e me abre a porta da frente antes que eu fique MESMO doente!
o empurrou para a chuva, correndo em direção à porta da frente. Antes de sair debaixo do 'abrigo', berrou ao amigo:
- E não demora!
acabou conseguindo abrir a porta a , mas de qualquer forma os dois tinham acabado por pegar um resfriado.
*Fim memória V*

- Te vejo em alguns minutos, . - desligou o celular e guardou-o de novo no bolso das jeans.
Trepou a árvore com dificuldade. Agora percebia o porquê de ter demorado um pouco a abrir a porta da frente; a árvore não era tão fácil de subir.
Saltou para a varanda do menino e sorriu. Tinha conseguido! Agora era só abrir a porta e...

Deu de cara com um quarto totalmente escuro e com a música Bubble Wrap com volume baixo. Na cama, estava , deitado e encarando o teto.
- ! - berrou, andando até ele.
O menino deu um pulo da cama, sentando-se.
- ? Como...? Wow. - Ele estava surpreso.
- Se lembra de como você entrou daquela vez que esqueceu a chave? É, eu entrei dessa forma - ela explicou.
- Eu preciso urgentemente arranjar uma fechadura para essa porta. Imagina se algum paparazzi entra por aí! - resmungou.
Ficou um silêncio no quarto. foi até a cama e sentou-se ao lado de , que encarava as mãos.
- O que aconteceu, lindinho? - perguntou, com a voz suave e preocupada.
levantou a cabeça e encarou a menina. Aquele olhar... Não, tinha que se concentrar em perceber o que se passava com .
abriu a boca e voltou a fechá-la. Baixou a cabeça e passou as mãos pelo cabelo do menino.
- , eu...
- Você tem razão. Ir à festinha do me vai animar - interrompeu a menina, levantando-se bruscamente.
Foi até o armário e começou a buscar por uma boa roupa. Ainda com a cabeça dentro deste, falou:
- , me faz um favor? Tira um pacote de camisinhas da segunda gaveta da mesinha aí e me passa.
- Hein? - perguntou, espantada. - Vai levar a à festa...?
- Não - respondeu, já se despindo para trocar de roupa.
- Então por que vai levar camisi...
- Eu e a acabámos, OKAY? - ele exclamou, frustrado. Largou a camiseta que tinha na mão no chão e apoiou-se no armário. - Ela queria vir viver comigo, mas eu não queria e lhe disse que não a amava o suficiente para morar com ela, que não estava preparado para viver com alguém! - ele disse, com visível irritação. - Ela entendeu de maneira errada e a última coisa que ouvi antes de ela sair daqui de casa foi um 'se não me ama tanto assim, está tudo acabado. Vá viver com os seus amiguinhos da banda!'.
suspirou e apanhou a camiseta do chão, vestindo-a. tentava juntar tudo em sua cabeça. Não sabia o que dizer. Algo dentro de si estava feliz por saber que o amigo tinha acabado tudo com , mas também se sentia mal ao vê-lo naquele estado.
- Quem você pretendia comer? Pelo que sei, só vão estar os guys na festa, e não me parece que você coma a namorada de um dos seus melhores amigos ou a irmã de algum deles, e muito menos a sua irmã - foi apenas o que ela conseguiu dizer.
parou de vestir as calças, encarando . Para ela, já era normal ver o menino se vestindo.
- É, bem pensado. - Ele puxou as calças para cima. Depois de apertar o cinto, olhou de novo para . - Então eu podia te embembedar e te levar pra cama comigo.
deu um pequeno riso.
- Primeiro, você não seria capaz de me levar para a cama só para esquecer sua ex-namorada porque sabe que me iria magoar os sentimentos. Segundo, por que teria de me embembedar?
- Teria que te embebedar porque você não iria para a cama comigo por livre vontade - respondeu, procurando os tênis debaixo da cama. - Raios, onde eu pus aqueles tênis? Hahá, achei!
O menino voltou de debaixo da cama, sentando-se no chão.
- Me passa essas meias? - ele apontou para as meias em cima da cama.
- Claro. - jogou as meias nas mãos de .
acabou de se calçar, deu um jeito no cabelo, fechou a vidraça da varanda e ele e foram descendo até o hall. Antes de sair, avisou-o:
- Ouça, eu quero que fique claro que eu não te vou deixar se afundar em bebidas alcoólicas.
- Isso é tortura, !
- Ei, você pode beber, mas não ao ponto de ficar tão bêbado apenas para esquecer a . - A amiga deu um pequeno sorriso.
- Tá bom, mamãe. - Ele também sorriu.
Em poucos minutos, estavam na casa de . Era ótimo os meninos não viverem uns longe dos outros.
Tocaram a campainha e logo abriu a porta, segurando uma garrafa de cerveja na mão e envolvendo pela cintura.
- ! Você veio! Ótimo trabalho, - sorriu, dando espaço para os dois entrarem.
- Hey, crianças - cumprimentou, vendo e discutindo porque queria pausar o jogo para tomar mais um gole de cerveja e insistia em continuar. Pelo que pôde ver, nenhum dos outros convidados tinha conseguido ir. 'Nota mental: descobrir por que James, Carrie, Vicky e Jazzie não vieram', pensou.
- ! Pega aí a cerveja e me dá na boca, please. - pediu, continuando com os olhos no jogo.
pegou a latinha de cerveja ao pé do menino e levou-a consigo.
- HEY! MINHA CERVEJA! - reclamou.
- Agora é minha. - riu e se sentou nas cadeiras da pequena varanda de . Precisava respirar um pouco de ar livre e pensar.
Tomou um gole de cerveja e viu alguém se sentar ao seu lado.
- Oi - disse, com um pequeno sorriso nos lábios.
- Oi para ti também.
- Você tinha razão.
- Eu sei! Eu tenho sempre razão! Pera aí... desta vez tenho razão em quê?
deu uma pequena gargalhada e respondeu:
- Sempre a mesma, ... Tinha razão quando disse que eu não era capaz de te levar para a cama só para esquecer uma ex-namorada porque sei que ia magoar teus sentimentos.
- Owh... Pois é.
Ficaram em silêncio por uns minutos, ouvindo discutindo porque queria jogar videogame e nem nem o deixavam jogar. Os dois riram ao ouvir berrar com para ele deixar o namorado jogar.
- ? - chamou.
- Hm? - virou-se e olhou a menina nos olhos.
- Você não precisaria me embebedar para me levar para a cama.
- Isso quer dizer que, se eu quiser te comer, basta dizer 'ei, , vamos ali ao meu quarto para fazermos coisas prazerosas' e você vem?
- Tá louco? Não sou uma prostituta - riu.
- Então, se eu te seduzisse, você iria pra cama comigo? - perguntou de novo.
- Se você já tivesse esquecido a , sim, talvez eu fosse - respondeu, sem conseguir encarar . Bebeu o resto da cerveja num só gole.
- Bom saber disso... - disse. - ?
- Hã?
- Você namoraria comigo depois de eu esquecer a ?
A menina respirou fundo e soltou o ar lentamente.
- Sem dúvida que namoraria, .
Os dois ficaram em silêncio mais um tempo.
- ?
- O que é agora, ? Vai me perguntar se eu casaria com você? Sim, eu casaria! Vai me perguntar se eu gosto de você mais do que como amigo? Sim, eu gosto! Vai me perguntar se eu estou disposta a esperar que você esqueça a ? Eu já esperei tanto tempo, esperar mais uns meses não me iria matar! - disse rapidamente.
- Wow. Eu só ia perguntar se você podia buscar mais uma lata de cerveja pra mim, mas é bom saber disso.
olhou para e sorriu. O menino retribuiu o sorriso.


Mais ou menos três meses depois...
acordou e passou a mão pela cama, ainda de olhos fechados. Não sentido nada do que era suposto que estivesse ali, abriu os olhos lentamente. Se sentou e se espreguiçou. entrou no quarto apenas de toalha:
- Bom diaaa! - ele disse, animado.
- 'Dia, .
aproximou-se da menina e beijou-lhe gentilmente os lábios.
- Por que você nunca me acorda? - perguntou enquanto ele vestia os boxers. evitou olhar para o menino todo nu; não era nada que ela já não tivesse visto, mas, ah, vocês entendem.
- Eu gosto de te deixar dormindo. Assim posso tomar o meu banho sem esquecer que o propósito é tomar banho. - riu com a explicação dele.
- O que vai fazer hoje? - se levantou, levando o lençol da cama do menino consigo.
olhou a menina tentando não tropeçar no lençol e agarrando as roupas do chão.
- Eu ainda me pergunto por que raios você está numa missão super difícil, enrolada no lençol, como se eu já não tivesse visto o que está escondido aí.
- Okay, agora me responde a pergunta? - largou o lençol no chão e apanhou a roupa sem dificuldade nenhuma. riu ao ver a cara emburrada dela.
- Tenho que ir a uma festa na casa de uma atriz.
- Hm, atriz?
- Sim, , atriz.
- Tem mesmo que ir?
- Se quiser, pode ir comigo... Assim daremos uma alegria aos paparazzi e eles podem nos fotografar e pôr em todas as revistas: ' arranja nova namorada'! - gesticulou.
se sentou na cama e olhou para ele.
- Namorada?
- Er, eu pensei que, com isso tudo que tem acontecido e o que temos feito, e o tempo que passamos juntos e o que sentimos um pelo outro, que... - ele falou muito rápido e sentou-se ao lado da menina.
, nem dando chance a para enrolar mais, beijou-o.

FIM

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N/A: Ta-da! Pronto,foi um final meio meloso,mas acho que deu para ter uma ideia do final da fic xP A fic não ficou muito boa,mas foi a única maneira que eu arranjei de fazer uma fic com os momentinhos que são divertidos de imaginar ;}
Críticas,ameaças de morte,elogios,opiniões,etc. é só deixar um comment (essa coisa sublinhada aí embaixo xP) ^^
Bebam pouco,não engravidem,olhem antes de atravessar e ouçam muuito McFly. xx Maggie

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