Fanfic totalmente e
especialmente dedicada a melhor, maior e mais foda. Pra uma das unforgetable
fantastic four. Juu, júlia, juuca, maça, pra você. Feliz aniversário e tudo do
bom de do melhooor pra ti. Te adoro demaaaaais. :*
PS.: Desculpa pelo atraso, juuca, deveria ter ficado pronto ontem, mas eu
passei MUITO mal... Tô com gripe =T
ENJOOOOOY
Quando
a porta a sua frente foi finalmente aberta, null
sorriu para o amigo e lhe deu um beijo na bochecha, fazendo-o corar. Depois
adentrou a casa e, depois de jogar o celular em cima da mesinha do hall de
entrada, jogou-se no sofá da sala.
-
Oi meus amores! – ela disse feliz.
-
Qual o motivo da empolgação, flor? – null
riu, vindo da cozinha com null
grudado em sua cintura, beijando-lhe o pescoço. – null, dá pra parar um pouco.
null
rolou os olhos, sentada entre as pernas de null,
enquanto esse jogava videogame com null.
-
Você não desgrudou dela ainda, null?
– a menina defendeu a amiga.
-
Eu largo ela, se você largar o null.
– o moreno respondeu com simplicidade, acompanhando null
que ia sentar-se ao lado de null.
null
abriu a boca, olhou de rabo de olho para null,
que estava mais atento ao jogo. Ela alisou o braço dele, querendo que ele não
deixasse. Batucou os dedos no braço do rapaz e novamente não recebeu resultado.
Depois passou a mão pelo peito do rapaz de maneira discreta e sexy. Ele então
riu e se mexeu.
-
Aqui não, Ju.
null
caiu na gargalhada.
-
Você vai ver quando estão, null.
– ela disse irritada, levantando-se. – Pronto, null,
zarpa daí.
Ela
contornou a sala e puxou null,
afastando-o de null.
-
Agora você vai lá fora pegar mais refrigerante comigo, seu trouxa.
-
null. – null chamou, levantando a mão
finalmente encarando-a. Ela sorriu. – Pega uma cerveja pra mim?
A
menina fechou a cara. – Não!
O
menino olhou para null,
confuso. – O que eu fiz?
O
menino, que abrira a porta para null,
apenas deu os ombros.
-
Você é lerdo demais, null. – null
riu.
O
menino franziu o cenho, e null
abanou as mãos dizendo algo como “deixa pra lá”, e depois se encostou a null,
sentado ao braço do sofá.
-
Cadê o null, o Pat, e o null? – ela
perguntou ao rapaz.
-
O null ta lá em cima, tomando
banho. O Pat e o null não puderam
vir, não me pergunte por que.
-
Alguém citou meu nome? – ela ouviu alguém dizer, e olhou para a escada.
null
descia rapidamente da escada, descalço, com calças jeans e sem camisa, apenas
uma toalha em volta do pescoço, com os cabelos molhados.
-
Seu puto, eu precisava falar com você. – ela disse. – Você conseguiu o bagulho?
O
menino riu, dando um beijo na bochecha da amiga.
-
GANHEEEEEEEEEEI! – null gritou, e
saiu pulando pela sala.
null
lhe olhou com cara feia, mais logo sorriu maldosamente.
-
Ganhou o jogo, porque a namorada...
O
menor arregalou os olhos.
-
Oh meu Deus, a null vai me matar...
-
Ou simplesmente te trocar por outro. – null
riu.
O
menino saiu correndo pela porta da cozinha da casa que null
e null dividiam desde que seus
pais haviam deixado Montreal. Os pais dos dois, que já eram amigos de infância,
concordaram em dividirem as despesas de uma casa aonde os dois pudessem morar.
E desde então, por tabela, era praticamente a casa de todos os outros ali.
-
E então, quem aqui está se envolvendo com drogas? – null
perguntou, abaixando a voz, indignado.
null,
null e null
lhe lançaram um olhar assustado.
-
Drogas, null?
-
Não mintam pra mim, ouvi vocês falarem no “bagulho”. – ele disse, fazendo sinal
de aspas.
null
rolou os olhos e null deu um tapa
na cabeça do amigo.
-
Meu, null, essa foi a pior do
mês. – null disse fazendo careta.
O
menino franziu o cenho, confuso.
-
Mas, então, do que vocês estavam falando?
null
olhou para null, sorrindo
maliciosamente e sendo correspondido. Depois os dois passaram a olhar null.
-
Eu to com medo. – o outro disse, se encolhendo.
null
soltou uma gargalhada.
-
Brincadeira. Hey, vamos lá chamar a null?
– o menino perguntou, mudando radicalmente de assunto.
-
Cadê a null?
-
Lá em cima, dormindo. – null
respondeu.
-
No quarto dele, inclusive. – null
disse malicioso.
null
arregalou os olhos e null
corou de leve.
-
Já chegaram nesse ponto? – ela perguntou, fazendo o tom avermelhado das
bochechas do amigo tornar-se ainda mais escuro e forte.
-
Cala a boca. – ele disse, e pegou na mão dos dois, puxando-os escada acima.
null
fez sinal de jóia, vendo-os subir as escadas.
-
Eu só perdôo porque você só tem duas mãos! – ele exclamou alto para null,
que se desculpou lá de cima.
Ele
arrastou os dois amigos para a porta do seu quarto. Ela estava trancada e nela
haviam várias placas com os dizeres: “Boys,
do not disturb”; “girls, come in”
e “fugly bitches, die”.
-
Simpático você. – null riu e null
levantou as sobrancelhas em concordância.
null
levantou as sobrancelhas igualmente ao amigo, encarando-o.
-
Diga que isso são mentiras.
null
pendeu a cabeça para o lado.
-
É... Bom... Sabe...
-
Não finja que você presta, null,
eu sei que não é verdade. – null
cerrou os olhos para o rapaz, que sorriu amarelo.
null
abriu a porta e depois fechou-a, pedindo aos amigos para esperarem.
Ele
caminhou até a sua cama, aonde null
dormia tranquilamente.
-
Mari, acorda vai. – ele disse, e tocou o ombro da menina.
-
AI, MEU DEUS! – a menina gritou, abrindo os olhos rapidamente e chutando a
barriga do menino, que cambaleou urrando de dor, e bateu as costas na cômoda,
fazendo um copo de vodka que estava ali desde o dia anterior cair sujando-o
completamente.
-
V-você poderia me matar de métodos mais... Ma-ais rápidos e menos... Doloridos.
– ele disse rouco, com as mãos na barriga.
A
menina, de cabelos pretos e olhos verdes, levantou-se, e correu até o namorado.
A
blusa comprida de frio azul, que era do rapaz, lhe dava um ar extremamente sexy
junto aos cabelos lisos que estavam meios desarrumados. As curvas do corpo eram
perfeitas e bem distribuídas. Ela dizia que, ao acordar, era um monstro
completamente indesejável, mas o namorado não concordava com isso.
-
null! DESCULPA! – ela tornou a gritar, agora praticamente no ouvido, o que fez o
menino dar um pulo e bater as costas novamente na cômoda, gritando mais ainda
de dor.
-
Vocês poderiam fazer menos barulho com isso? – null
bateu de leve na porta. – Sério gente, vocês não precisam provar nada pra
gente, sabe?
null
não se deu trabalho de responder, apenas dava beijos no rosto do namorado,
pedindo-lhe desculpas.
-
Desculpa, amor. – ela repetiu pela décima vez. – Por Deus, eu sou meio agitada
pela manhã.
-
Eu percebi. – o menino respondeu rouco, levantando-se com dificuldade. – Vou
tomar outro banho.
-
Está bem, vai indo, vou pegar uma toalha e ver o que eles querem. – a menina
disse, dando-lhe um selinho.
O
namorado rumou para o banheiro, enquanto ela, já com a toalha de banho em mãos,
abriu a porta para os outros dois.
-
Oi null, oi null. – ela sorriu.
-
O null não precisava provar que
não tinha um caso com o null, eu
estava brincando. – null disse
assustada.
null
riu e deixou que os dois entrassem.
-
Eu bati nele, tadinho. Ele só estava tentando me acordar.
-
Ah, sim. – null abriu a boca em
compreensão. – Eu lembro do quanto sua estadia na minha casa foi dolorida.
Minha barriga dói até hoje.
-
Eu sou hiperativa. – a outra disse envergonhada.
-
Mas ein? – null perguntou,
confuso.
-
Longa história. – null abanou as
mãos. – Mas então, cadê o null
?
-
Tomando outro banho, derrubei vodka nele, também sem querer. – ela acrescentou
depois do olhar de null.
-
O que vocês fizeram aqui, pelo amor de Deus?
null
deu os ombros.
-
Ah, a gente namora faz dois anos, né, você queria o que? Ou você acha que a null
e a null já não...
-
OK. – null exclamou. – Eu não
preciso ouvir isso, é sério.
null
e null riram.
-
Está bem... Vou ver se o null vai demorar. – a menina disse, adentrando o
banheiro.
Ela
estendeu a toalha na pia e olhou para o banheiro, sorrindo e mordendo o lábio
inferior.
O
menino, que tirava o sabão dos olhos, gritou ao vê-la ali.
-
Que susto, null! – ele disse. –
O que faz você pensar que pode entrar assim no banheiro?
A
menina riu maldosamente e deu os ombros.
-
Como se tivesse algo muito impressionante pra ver. – ela disse, analisando o
rapaz. – Sabe, com roupas, parece maior, mais nem é tão grande assim.
-
O que? – ele arregalou os olhos. – C-como assim?
-
Ah, deixa pra lá... A null e o null
estão te esperando. – ela disse, trocando rapidamente de roupas, e virou-se
para o namorado, agora escondido atrás do box do banheiro.
A
menina riu e saiu do banheiro.
O
rapaz enxugou-se e caminhou até o espelho. Olhou seu reflexo preocupado,
passando a mão no peito.
-
Será que eu preciso malhar um pouco? – ele se perguntou. – Ou será que ela
estava falando de outra coisa? – ele olhou para baixo, mas seu orgulho
masculino não lhe permitia cogitar aquela hipótese. – Nãããão.
Ele
então abriu a gaveta e pegou uma máquina de raspar cabelo e uma tesoura.
Sorriu
maldosamente, enquanto colocava a camisa.
-
Agora só depende de você, null.
#
-
O null já está vindo. – disse null,
ainda rindo, ao sair do banheiro.
null
sorriu de maneira maliciosa.
-
Posso esperar aqui? – ela perguntou a null,
que riu.
-
O quarto não é meu, amiga, portanto sinta-se à vontade. Eu vou lá embaixo dizer
um ‘oi’ pro povo. Depois vocês descem?
null
e null assentiram veementes.
-
Por que a gente já não desce? – o menino perguntou.
Ela
pendeu a cabeça para o lado e fez um carinho na cabeça do rapaz, levantando sua
franja e penteando-a com os dedos.
-
Eu preciso falar um negócio com o null. – ela disse, e contornou o corpo de
menino, que tinha o olhar fixo no céu, visto da janela do quarto.
Ela
tirou, discretamente, uma corda do bolso, e amarrou a ponta dela a maçaneta da
porta atrás de si. Depois pegou as mãos de null
e fez carinho nelas, fazendo o rapaz sorrir. Ela as puxou pra trás, enquanto
apoiava o queixo no ombro do menino, e depois as amarrou de maneira discreta e
suave.
-
O que você precisa falar com ele? – ele perguntou, distraído.
-
Espera... – ela disse, e chamou alto pelo outro rapaz.
null
saiu do banheiro rindo, com uma tesoura na mão.
-
Puta, mas vocês não desistiram ainda? – o moreno mais alto gritou, e tentou
levantar as mãos, só então percebendo que as mesmas estavam presas. Arregalou
então os olhos. – AH, NÃO! NÃO É JUSTO!
O
menino começou a se debater, mas a distância de corda que havia entre suas mãos
e a porta não permitia grandes movimento.
null
riu. – Desculpa, dude, mas eu tive medo da expressão da null quando disse que
não iria ajudar. – ele encarou a menina e lhe entregou a tesoura. – As damas
primeiro.
Ela
fez uma reverência agradecida, brincando.
Sorriu
maliciosamente para null e
aproximou os lábios da orelha do rapaz.
-
Desculpa, amor, você tem que estar nos ‘trinks’. – ela disse, deixando-o
confuso. Puxou então a longa franja do rapaz, e, ao som do grito do mesmo, em
um só movimento, cortou-a.
#
-
EU MATO VOCÊS! – null
e null, junto as meninas,
ouviram null gritar do andar de
cima. Em seguida ouviram passos pesados pelo teto, e logo null
e null desciam as escadas fugindo
de null.
Estranhamente,
esse null era diferente do de
meia hora atrás. O ‘novo’ null
tinha um corte de cabelo curto e comportado, mas bem feito. A longa franja do
rapaz estava completamente extinta.
null,
tentando fugir do amigo, escorregou em um tapete e caiu de cara no chão,
provocando uma onde de risada, exceto por parte da namorada, que foi ajuda-lo.
null,
usou o pé para jogar o tapete aos pés de null,
que acabou por tropeçar e também cair de cara no chão. O menino levantou e
crispou a boca, passando a mão no cabelo, e estranhando ainda a ausência da
franja.
-
Desculpa. – ela disse entre risadas, abraçando o rapaz. – Isso era preciso.
-
Mas... A minha franja.
-
Foi boa enquanto durou, null, mas
já estava na hora de mudar.
-
Não, não estava. – o rapaz choramingou, tentando pegar na franja que não estava
mais ali.
null
riu, rolando os olhos. – Você ao menos viu o quão melhor ficou seu cabelo?
O
moreno negou e null e null
o levaram a um espelho, enquanto null
voltava a abraçar null.
-
Quem diria que ia dar certo. – null
comentou animada.
null
encarou ela e null horrorizado.
-
Você sabia que isso iria acontecer? – ele perguntou.
null
deu os ombros.
-
Isso não. – ela disse referindo-se ao corte de cabelo. – Mas a null estava com a
idéia de mudar o null há algum
tempo.
-
Mas o null é bom do jeito que é.
-
Pega ele pra você, então. – null
virou os olhos, e viu null
abraçar null de maneira
possessiva. O moreno abriu a boca para falar, mas ela não deu chance. – Eu
estou fazendo isso porque gosto dele, só que tem umas coisinhas que nós temos
que consertar, não exatamente mudar. Ele tem que estar apresentável pra sair
comigo, e não com aquele cabelo “não vejo o cabeleireiro a dois anos”.
null
voltou um olhar ainda mais surpreso a menina.
-
Vocês vão sair?
null
sorriu.
-
Se ele me chamar, claro. Por que não?
null
soltou null
rapidamente e fez menção de correr na mesma direção que null,
null e null
haviam seguido, mas parou sob um grito irritado de null.
-
Se você contar alguma coisa, eu te castro. – ela ameaçou.
-
A null não vai deixar. – o menino riu e então saiu correndo.
null
suspirou, cruzou as pernas, e olhou seriamente para null.
Um silêncio absoluto se instalou ali.
-
Eu não preciso disso que você está pensando pra viver com o null.
– null disse quebrando o silêncio
por alguns segundos. – Mas eu deixo o null
na mesma condição pra você.
null
apagou o sorriso, crispando a boca.
-
Então deixa pra lá. – ela disse, se levantando. – Vamos atrapalhar a null e o null
namorando?
-
Isso é maldade. – null observou.
– Mas vai ser engraçado.
As
duas riram e saíram para o quintal da casa.
#
-
É, não ficou tão ruim. – null
disse, olhando seu reflexo no espelho.
-
Está com uma aparência, sem dúvidas, mas limpa. – null
analisou.
null
fez um barulho com a boca e sorriu triunfante.
-
É, agora só falta mesmo você tomar uma atitude. – o menino sorriu, mostrando
dentes brancos e bem alinhados.
-
Do que você está falando? – o moreno perguntou.
-
Bom... – null fez menção de
falar, mas null
logo adentrou o cômodo afobado, falando sem pausa nenhuma.
O
menino, que da frase só entendera seu nome, olhou levemente assustado para o
outro.
-
Mas ein?
null
respirou fundo e abriu a boca para repetir, mas fechou-a sobre os olhares
extremamente severos de null e null.
-
Ah, eu disse alguma coisa?
-
Mas é claro que disse. Tanta coisa que de todas eu não entendi nenhuma. – null
disse chocado.
null
passou o braço pelos ombros do amigo.
-
Cara, ele só disse que achava que, com esse novo visual, você até podia chamar
a null pra sair. – null
disse.
-
Você acha que a ausência de uma franja vai fazer ela ter mais interesse em mim?
null
engasgou com a própria saliva e começou a rir, enquanto null
olhava para null, franzindo o
cenho.
-
Quer mesmo que eu responda?
-
Não! – o outro respondeu, enfático.
null
abanou as mãos e a cabeça.
-
O ponto não é esse. A questão é que, daqui, você é o único que ainda não tem
namorada. Eu tenho, o null
tem, o null tem a
null, o
null tem a
null,
o null, a null...
-
Está bem! Está bem! Entendi, já. Amanhã eu chamo ela pra sair.
-
Agora! – os outros três exigiram.
-
Agora?
-
Agora!
-
Está bem, agora. – o menino suspirou derrotado.
Os
outros três riram e foram até o quintal, onde null
tinha um ataque de nervos, entre null
e null, e null.
-
EU NUNCA VOU PERDOAR VOCÊS POR ISSO! – gritava null,
todo molhado.
-
O que aconteceu aqui? – null
perguntou, abraçando null. null
fez o mesmo com null e null
empurrou null para perto de null,
que apenas sorriu.
-
Elas! Essas loucas descompensadas, jogaram um balde de água fria em mim.
-
Foi maldade. – null
opinou.
-
A coisa tava quente aqui. – null
justificou.
-
É verdade. – null
tornou a dizer, ponderando.
-
Em quem acreditar? – null riu.
-
Não em mim. – null disse, se
abanando. – Sabe... O calor... O sol, eu perco a noção das coisas debaixo do...
Sol...
Todos
os amigos caíram na gargalhada, enquanto null
sentava-se na cadeira de piscina, de braços cruzados, emburrado.
null
olhou de rabo de olho para null e
null, mas o único que percebeu
seu olhar foi null. O menino
levantou as sobrancelhas e null,
do outro lado, afirmou com a cabeça.
Esse
forçou uma risada e deu uma cotovelada em null,
que olhou confuso, antes de perceber o que o amigo queria.
Ele
se aproximou de null, enquanto os
outros voltavam a brincar uns com os outros na beira da piscina.
-
Então, null...
-
Então, null... – a menina riu.
O
rapaz corou e olhou para o chão. Ele sempre ficava assim perto dela. Perto
daquela menina, a sua menina.
-
Er... Então... Você anda muito ocupada com a escola?
-
Na verdade, não. – a menina disse. – Eu só posso dizer que... Bem, eu ando bem
sem o que fazer, ultimamente.
O
menino sorriu interiormente.
-
E... Bom... Então, nesse caso, o que você acha de a gente sair um dia desses?
A
menina sorriu, mas manteu o tom de ingenuidade.
-
Quando? Hoje, você quer dizer?
-
Er... – ele olhou para os amigos, que estavam alheios a conversa. – Hoje à
noite.
-
Fechado. – disse a menina, antes de lhe dar um beijo na bochecha e sair
correndo para empurrar null na
piscina.
#
Quando
null olhou seu reflexo no
espelho, foi impossível impedir que um sorriso branco abrisse em seus lábios.
A
menina rodou graciosamente, fazendo esvoaçar o vestido branco que caia até os
joelhos.
-
Hoje eu te boto no caminho pro céu, null.
– ela riu, e logo em seguida ouviu a campainha tocar.
Colocou
as sandálias sob os gritos da sua mãe e desceu rapidamente, sorrindo ao
encontrar null bem vestido na
porta de entrada.
-
Demorei? – ela pegou, e rodou novamente, depois pegando nas mãos do menino.
-
Não... Mas eu esperaria. – ele disse tímido. – Vamos?
-
É pra já. – ela disse.
Eles
caminharam até a frente da casa da menina, de mãos dadas, e ela pôde ver o
carro do pai de null parado bem
em frente à casa.
Ele
fez menção de contornar o carro, mas a menina puxou-o para perto de si.
-
null! – ela exclamou.
-
Oi?
-
Você não vai abrir a porta pra mim? – a menina perguntou com as mãos na
cintura.
null
sorriu amarelo e abriu a porta para menina. Depois correu até o outro lado do
carro e entrou no mesmo, partindo dali.
#
-
Vocês acham que o nosso plano de juntar a null ao null
está dando certo? – null
perguntou, sentada no colo de null.
null,
que encarava o espelho com uma expressão preocupada, apenas resmungou alguma
coisa e null abafou risinhos.
-
Eles são bem diferentes, eu achei que não ia dar certo. – disse null,
jogando videogame contra null.
-
É, eu também. – null concordou. –
Mas se até a franja de null null
nós conseguimos cortar, então esperar que eles fiquem juntos é bem provável.
null
riu, dando beijinhos no pescoço de null.
- Please, get a
room! – null exclamou.
null
riu novamente, achando a piada engraçada, mas parou de imediato ao ver o olhar
severo de null.
-
Estamos indo. – o menino disse rapidamente, levantando-se com a namorada, que
agora abria um sorriso.
null
riu, e, depois de ver null
perder, foi sentar-se ao lado do namorado.
Ele
abraçou-a, como era acostumado a fazer sempre de estava com ela.
null
crispou a boca e jogou o espelho no chão, entediado. Ele foi até o sofá e, com
uma expressão de desconforto, sentou-se do lado oposto ao de null.
-
Você fica abraçado a null
aproximadamente durante vinte e cinco horas por dia, né? – o menino comentou
desgostoso, olhando para o casal.
null
riu e null apenas confirmou
alegremente.
-
Mas então... – null disse
encostando-se no sofá. – Vocês acham que eles já voltam junto?
null
e null se entreolharam.
-
É o que esperamos.
-
É claro que eles vão voltar! – null
exclamou, mostrando-se levemente emburrado. – Alguém aqui ainda não conseguiu
perceber que os dois não vêem a hora de se comerem?
null
riu alto.
-
Eu percebi. – ele comentou animado, ainda rindo.
-
Todos nós percebemos... – null riu
e rolou os olhos.
null
levantou-se e contornou o sofá, indo até null
e apoiando as mãos no ombro do rapaz.
-
Falando nisso... – a menina disse. – Eu tenho trabalho de biologia para fazer,
aquela coisa chata de anatomia, e você prometeu me ajudar.
O
menino ajeitou os óculos e suspirou alto, levantando-se.
Ele
pegou na mão da namorada e, com um ar de frustração, subiu ao quarto com ela.
-
Será que anatomia é difícil?
-
Não sei. – o outro respondeu, seco. – Pelo jeito a minha anatomia não anda boa.
-
Do que você está falando?
Ele
rolou os olhos.
-
Da mesma coisa que você disse mais cedo.
Ela
riu e abraçou-se a ele.
-
Você levou aquilo a sério?
-
E não deveria? – o menino levantou as sobrancelhas.
A
menina riu ainda mais, beijando-o.
-
Mas é claro que não! – ela disse, e subiu as mãos pelo peito do namorado,
beijando-o rapidamente. – Ou você acha que eu aceitaria dormir aqui sempre que
você me chama, a toa?
O
menino abriu um largo e infantil sorriso, beijando-a intensamente em seguida.
-
null! Meu... meu trabalho de
anatomia... Se esque... Esqueceu? – ele disse entre vários selinhos.
O
rapaz sorriu maliciosamente.
-
Absolutamente não!
#
O
barulho dos talheres sendodepositados
em cima dos pratos ecoou bem audível pelo restaurante, já que todas as pessoas
ali conversavam num tom muito baixo.
null
sorriu docemente, vendo que null
já acabara de comer há algum tempo.
A
menina suspirou alto, enquanto ele acabava de narrar uma engraçada história
sobre quando null, null
e null haviam sido empurrados na
piscina de roupa e tudo, em um dia que a temperatura estava por volta de dez
graus.
A
menina riu divertida.
-
Você e o null não prestam mesmo!
– ela exclamou limpando os lábios com o guardanapo, em um gesto delicado.
O
menino confirmou, com um sorriso bobo no rosto especialmente dirigido a ela.
-
Então... Vamos? – ela disse. – Já é mais de meia noite.
-
Claro, claro! – o menino disse e virou-se para pedir a conta ao garçom.
A
menina sorriu e esperou o garçom chegar com a conta. O menino olhou, confirmou
e pegou a carteira no bolso.
-
Ah, não! – ele disse.
-
O que é “ah não”? – a menina arregalou os olhos, torcendo para...
null
corou violentamente, olhando para a menina mortalmente envergonhado.
-
Eu peguei a carteira velha. – ele disse, sacudindo uma carteira surrada de
couro preto, completamente vazia.
null
rolou os olhos, irritada.
-
Eu tenho dinheiro – ela disse, levemente seca.
E
então tirou o dinheiro necessário pagando o homem.
-
Vamos! – ela disse, levantando-se irritada e saindo apressada do restaurante.
null,
que ia logo atrás, deu um tapa na própria testa, odiando-se, e depois enviou as
mãos nos bolsos traseiros. Havia algo ali do qual ele não tinha conhecimento.
Espantou-se
ao ver sua carteira nova, e odiou-se por dentro.
Correu
até null, sorrindo, e passou o
braço por volta da cintura dela, colocando o dinheiro de maneira discreta no
bolso da menina.
-
Pára, null! – a menina exclamou,
levemente irritada.
O
menino tirou a mão levemente da cintura dela e lhe deu um beijo na bochecha,
correndo para o carro.
O
canto dos lábios da menina se esticou de leve, quase insignificantemente, mas o
suficiente para que se pudesse notar um sorriso.
Ela
entrou no carro e partiu com null.
#
null
babava no ombro de null, quando
sentiu o celular do namorado vibrar no bolso dele.
Ela
afastou-se sonolenta, e enfiou a mão no bolso dele, sem nenhuma preocupação,
buscando o celular.
-
Hei! – este exclamou rindo. – Ta invadindo minha privacidade.
-
Que privacidade? – ela riu e olhou quem estava ligando.
Seus
olhos semicerraram em cima do rapaz, seu sorriso desapareceu do seu rosto.
Com
as mãos trêmulas, a menina estapeou o rapaz com força.
-
Hei! Por que você fez isso? – ele perguntou, levemente irritado.
A
menina se levantou com as mãos na boca, e jogou o celular no sofá.
null
pegou o celular e leu a mensagem.
“Querido, estou chegando aí. Beijos”
-
Aí esta o seu “por que”! – ela exclamou.
-
Mas, null.
-
ME DIZ! ME DIZ QUEM É ELA, SEU DESGRAÇADO! – a menina gritou levando as mãos à
cabeça.
-
null, eu...
-
Eu não acredito – ela chorava – eu não acredito que você fez isso comigo. Por
que, null, por que?
-
null, se acalma, eu...
-
AH! AGORA VOCÊ PODE EXPLICAR TUDO, NÃO É? – ela gritou descontrolada, jogando
uma almofada em cima dele. – EU DEI TUDO DE MIM PRA TE FAZER FELIZ... SEMPRE,
SEMPRE PUS VOCÊS ACIMA DE TUDO, null,
TUDO! E É ASSIM QUE VOCÊ ME RETRIBUI? ME DISFARÇANDO DE RENA? SEU FILHO DE
UMA...
-
null! PÁRA! – o rapaz gritou segurando-a pelos braços.
A
menina suspirou e contou até dez.
-
Eu te amei, null... Eu te amei tanto.
-
Eu também. – ele riu.
-
E você ainda ri? SEU CANALHA! EU TE ODEIO, .
– ela debateu-se nos braços do namorado.
Ele
segurou-a com força até que ela voltasse a se acalmar, com o rosto banhado em
lágrimas.
-
null, você viu de quem é a mensagem? – ele perguntou.
-
E precisa? – ela respondeu friamente.
O
menino riu, pegou o celular e mostrou pra ela.
-
8177-8462. – ele disse alto.
A
menina franziu o cenho e abaixou os olhos.
-
É o celular da null. – ela disse.
null
apenas riu alto, guiando a menina de volta para o sofá.
-
Droga... Ela me enganou. – a menina disse, e então fez um carinho no rosto do
rapaz.
Ele
apenas continuou a rir.
-
É... De novo!
#
- Bom... Acho que a noite termina aqui. – null
disse.
Ele
parou de andar, ao lado de null e
os dois ficaram de frente um para o outro, na frente da casa da menina.
-
Foi uma noite ótima... – ela disse, sorrindo docemente.
-
Eu concordo absolutamente... E olha, prometo que vou te reembolsar, você vai
ver.
-
Magina, null, não precisa não...
-
Mas é claro que precisa! – o rapaz exclamou.
A
menina riu, virando os olhos. O rosto de null
sempre fora bonito, mas agora, sem a franja, era bem mais fácil de notar cada
um dos seus pequenos detalhes.
O
visual dele estava definitivamente mais limpo.
-
Bom... Eu vou entrar. – a menina disse, e se aproximou para dar um beijo na
bochecha do rapaz.
Mas
isso não chegou a acontecer, antes ela se afastou e o encarou irritada.
-
Você está usando o perfume que a Allison te deu? – ela perguntou.
-
OI? – ele olhou-a confuso, depois cheirou a própria blusa. – Não! É o meu
perfume, que eu uso desde...
-
Desde quando você namorou a Allison, ganhou esse perfume dela, e terminou com
ela. – null rolou os olhos.
O
menino franziu o cenho.
-
É... Eu não deveria?
null
queria ficar brava com ele, mas não sorrir foi impossível.
-
Não quando sai com uma garota que reconhece o perfume, null.
Ele
coçou a nuca, corado.
-
Ahn... Desculpa?
A
menina balançou os cabelos e balançou a mão, animada.
-
Está bem! Está bem! – disse ela. – Mas quando eu te der um, é ele que você vai
usar... E eu vou providenciá-lo amanha, está bem?
-
Claro. – o menino sorriu, e então decidiu se aproximar. – Eu pretendo ser só
seu durante... o resto da minha vida, eu acho.
Ela
sorriu, e esperou que os lábios do moreno tocassem os seus.
O
beijo começou tímido, mas a espera de null
por aquilo era tanta, que o menino logo intensificou o movimento. null
agradeceu por isso.
Os
dois estavam em perfeita sincronia. Os lábios se encaixavam com precisão.
Os
dois só se soltaram quando lhes faltava o fôlego.
-
Eu te amo, sabia? – a menina sorriu.
-
Não... Mas eu desconfiava – ele riu. – E esperava também, principalmente depois
que passei a ver a garota incrível que você é.
null
aproximou os lábios dos dele, sussurrou:
-
Tchau.
E
depois deu-lhe um selinho, entrando em casa dando pulinhos de alegria.
Ela
subiu para seu quarto e viu o carro de null
partir lá fora.
Uma
felicidade que ela nunca sentira lhe queimava o peito, e a fazia sorrir.
Ela
já se deitava para dormir quando sentiu o celular vibrar em cima da
escrivaninha de madeira, produzindo um som irritante. A mensagem era de null,
e nela ele dizia: