- null, anda garota, acorda!
- Aí, já to levantando.
- Deixa de ser preguiçosa, você já esta atrasada.
- Tá bom. Já to levantando. Satisfeita?! - Disse botando as mãos na cintura.
- Satisfeitíssima! - Disse uma das meninas que estavam no quarto.
- Meu Deus! - null olhou o relógio.- Já são 6 horas, eu estou muito atrasada, preciso tomar um banho rápido e sair!
- Bem que eu tentei te acordar mais cedo, mas você quando dorme, pode cair uma bomba que não te acorda! - Disse outra menina revirando os olhos.
- Tá, sem sermão hoje ok dude?! - Disse pegando suas roupas e saindo para o banheiro.
Tomou um banho super rápido e logo estava pronta. Foi para o trabalho. Ela era uma “faz tudo” na gravadora onde trabalhava. Organizava os papéis, às vezes ficava na recepção, auxiliava umas estágiarias e por isso, às vezes ela era chamada para ajudar em alguns shows também e lá sim ela fazia de tudo, ajudava nas roupas, na maquiagem, na arrumação dos camarins até ajudar o segurança ela já ajudou!
null estava organizando o camarim, mas ela não sabia ainda de quem era. Quando uma mulher entrou no camarim e deu uma placa a ela para que seja pendurada na porta. Quando ela leu aquele nome, quase entrou em pânico. Estava escrito: “McFLY”.
- Ai Meu Deus! McFLY?! - Ela disse.
- Sim, por quê? - Perguntou a mulher. - Não vai me dizer que você é fan? Ah, não, por favor... Aqui nesse emprego nós temos que ser profissionais.
- Não, tudo bem Silvia, eu só gosto do som deles, não se preocupe que eu não vou fazer escândalos. - Disse tentando disfarçar aquela enorme mentira que havia contado.
- Então tudo bem! Mas olha, arruma rápido isso aqui, porque daqui a pouco eles descem pra trocar de roupa e é você que vai auxiliá-los.
-Eu? Mas como?
- Eles vão voltar do show só com dez minutos para trocarem de roupa e arrumarem o cabelo, vão ter três pessoas aqui te ajudando, mas você sabe que dez minutos é muito pouco, então você vai ajudá-los a trocarem suas roupas. É só isso que você vai fazer. Tudo bem?
- Ãn? Ah! Tudo bem sim! - E sorriu admirada.
- Então ok, agora eu já vou. Tenho outras coisas pra fazer. - A mulher já ia saindo quando voltou do meio do caminho. – Ah! E não se preocupe, porque eles já estão acostumados com isso. - Sorriu e fechou a porta.
- Meu Deus, eu vou ajudar o McFLY. Ai Meu Deus, Ai Meu Deus.
E ficou repetindo isso até começar a ouvir uma bagunça muito grande lá fora, logo chegaram mais uma garota e dois garotos. A garota com uma maleta de maquiagem e os dois garotos empurrando um “carrinho” com algumas roupas penduradas em cabides e o deixando dentro do camarim. null mal teve tempo de falar com eles, porque os McGuys já estavam entrando. Rapidamente os meninos que estavam com o carrinho foram separando a roupa de cada um e dando a eles, enquanto eles já tiravam suas blusas e calças. null ficou só ali olhando quando foi chamado por null.
- Êi menina!
- Pois não?
- Me ajuda aqui, acho que meu microfone ficou preso na jaqueta.
- Já estou indo.
Ela foi até ele, e desceu o zíper da sua jaqueta, mas para sua surpresa seu cabelo ficou preso.
- Ai!
- O que que foi? Ta tudo bem?
- Eu prendi meu cabelo aqui no zíper.
- Não acredito. - Ele disse botando as mãos sobre a cabeça.
Enquanto isso null já vestia suas roupa, null refazia o cabelo e null tentava tirar suas calças.
- Calma que eu vou resolver - ela disse.
null que estava meio abaixada ainda (não podia se levantar por causa do seu cabelo), colocou as mãos por baixo da jaqueta de null e o empurrou fazendo com que ele ficasse de costas pro espelho.
- Pra que isso? - Ele perguntou.
- É por que assim eu consigo ver o fio do microfone, e se eu tirar o microfone eu tiro a jaqueta e solto meu cabelo.
- Ah tá. - Ele disse - Mas não é melhor pedir a ajuda de um deles? - Ele olhou para os outros que estavam na sala.
- Não, claro que não, eles estão muito ocupados, não vão poder no ajudar.
- Então ta, mas o que eu posso fazer pra ajudar?
- Nada, é só ficar bem parado.
- Ok!
null ia soltando o fio do microfone de null.
- Eu vou atrasar todo mundo. - Ele disse.
- Não, não vai. Faz um favor pra mim?- Ela o olhou.
- O que?
- Pega aquela tesoura ali em cima? - E apontou pra cima da mesa onde estava a maleta de maquiagem.
- Pra que uma tesoura? Ele perguntou com medo. - Você não vai cortar minha roupa não né?!
- Pega a tesoura e me da aqui! - Ela disse tirando a mão de debaixo da jaqueta, pegou a tesoura da mão dele e cortou um pedaço do seu cabelo.
- Caramba garota, você é louca!
- Ah... É só cabelo, depois cresce! Disse rindo e se levantando.
Agora sim ela pode o ajudar. Tirou sua jaqueta enquanto ele ia tirando sua calça, tudo muito rápido, ela logo pegou o cabide onde estava a roupa dele, e o vestiu com a blusa, ele apenas a ajudava levantando os braços. Quando ela terminou de “vesti-lo” ele se sentou para que outra menina arrumasse seu cabelo e ela foi em direção a null para ajudá-lo com a gravata.
- É assim ó! - Ela colocou a gravata no garoto e a ajeitou.
- Ah, obrigado! Ele disse em agradecimento a garota, que apenas sorriu.
Quando já estavam todos prontos e arrumados, apareceu um assistente na porta dizendo para os garotos que eles podiam descansar mais dez minutos, porque tinha acontecido um imprevisto. Todos riram, principalmente null e null lembrando que ela teve que cortar se cabelo para ser mais rápida. O assistente aproveitou e entregou uma sacola para null lhe dizendo que tinha uma menina lá fora a esperando.
- Uma menina? - Ela perguntou intrigada.
- É, uma loirinha dentro de um carro.
- Caraca! - Ela olhou o relógio. - É a Nanda! Ela ia me levar pra ver um quarto e eu, como sempre, esqueci! Ai Meu Deus. - Ela dizia batendo em sua cabeça. - Meninos! - Disse olhando pra eles. - Será que eu posso usar o banheiro de vocês?! É que o outro banheiro fica muito longe daqui e eu já estou em cima da hora.
- Claro que sim! - null disse.
- Ai, obrigada! - Disse pegando a sacola e entrando no banheiro.
Quando saiu de lá, já tinha trocado toda a sua roupa, estava com uma calça jeans super justa e uma blusa regata branca, com a sacola em uma mão, e com um par de botas e um sobre-tudo na outra. Os meninos apenas a olharam e mexeram os lábios como se estivessem dizendo “uau”.
- Agora sim! - Ela disse.
null se sentou em uma das cadeiras da maquiagem, botou a sacola e as botas do chão, o sobretudo ela deixou em cima da cadeira, pegou um elástico, fez um rabo de cavalo deixando alguns fios soltos (ela adorava fazer aquilo), abaixou, pegou as botas e as colocou por cima da calça subindo o zíper até a altura dos joelhos. Enquanto isso os meninos só olhavam. Por fim pegou o sobre-tudo, o colocou e o fechou.
- Obrigada meninos, vocês foram uns amores me deixando usar o banheiro de vocês, valeu mesmo! - Disse e saiu fechando a porta.
**
Depois de um tempinho eles retornaram para o palco e terminaram o show, quando voltaram para o camarim null achou uma coisa.
- Êi Guys, esse celular é de algum de vocês?
- Que celular? - Perguntou null.
- Esse aqui! - E mostrou o celular.
- Hum, deixa eu ver. - null pegou o celular da mão de null. - Não é meu.
- Nem meu! - Disse null que também estava vendo.
- Agora eu posso ver? - Perguntou null.
-Pode, toma aqui! - null entregou o celular a null. O garoto o abriu e na hora reconheceu a foto. - Gente, essa aqui não é a garota que tava aqui no camarim hoje?
- Que garota? Eu quero ver a foto! - Disse null.
- É sim, é aquela que pediu pra se arrumar no nosso banheiro. - Falou null.
- Ela mesma! E agora? - Perguntou null.
- E agora que nós ficamos com o celular, esperamos ela ligar e depois entregamos a ela. Disse null pratico.
- Ok! Então vamos? - Perguntou null se levantando do sofá.
- Vamos! Todos se levantaram, menos null.
- Vamos pra onde? - Ele perguntou distraído olhando a foto no celular.
- Pra casa? - Perguntou null com sarcasmo.
- Ah é! Ele riu sem graça e saiu com os garotos em direção a van.
**
- Ok! Vou alugá-lo!
null tratava o aluguel de um quarto em uma casa em Londres. A casa era bem grande e tinha mais cinco quartos, cada um alugado para uma pessoa diferente. O dono da casa era um homem chato e resmungão, mas null alugou o quarto mesmo assim, ela queria sair logo daquele orfanato, já morava lá há dois anos e mesmo se não quisesse sair, seria obrigada, porque já estava com 18 anos.
null foi até o orfanato e em uma viagem ela já conseguira levar todas as suas coisas para o novo quarto, ele era bem pequeno. Logo que se entrava, do lado esquerdo tinha uma porta, e dentro uns cabides, ela logo deduziu que era o guarda-roupa, ao seu lado uma cama de casal, em frente à cama uma mesinha, umas prateleiras e um espelho enorme. Tudo bem apertado. Mas a coisa que ela mais gostava com certeza era a vista. A sua janela era de frente para um parque lindo, com muitas arvores e pássaros. null sempre gostou muito de natureza.
Quando terminou de arrumar suas roupas, a menina sentiu falta do seu celular, ficou desesperada e rapidamente pediu para usar o telefone da casa e ligou para seu número. O celular chamou duas vezes até que alguém atendeu.
- Alô! - Uma voz disse do outro lado da linha.
- É, Oi... É que esse é o meu celular, eu o perdi e não sei onde foi. Você pode me dizer quem é, e onde eu posso encontrá-lo para pegá-lo de volta?
- Ah sim! Eu sou null null, do MCFLY, você esqueceu seu celular no camarim e eu o guardei pra você.
Quando null ouviu aquele nome e aquela voz, ela congelou.
- null? null null?
- Sim! Sou eu mesmo. Olha, ainda não está muito tarde, se você quiser pode vir aqui em casa pegar o seu celular!
- Sério? É que eu estou esperando uma ligação importante e eu preciso muito do celular! (n/a: que menina mentirosa... tsc tsc tsc ;D), Será que você pode me passar o endereço então?
- Posso sim.
Ele passou o endereço para a garota, que imediatamente subiu até seu quarto, pegou o casaco e foi em direção ao ponto de ônibus. Ela chegou até que bem rápido, talvez de tanto rezar. Ela não poderia acreditar que null null falou no telefone com ela e que agora ela estava indo até a casa dele buscar seu celular.
**
Na casa dos garotos, estava aquela bagunça, como sempre... Muitas embalagens de pizzas, garrafas de cerveja, almofadas, DVD’s, até os próprios garotos estavam espalhados pelo chão.
- A campainha! - Disse null.
- Deixa que eu atendo! - null levantou do chão.
- Oi! - Ele disse pra ela. - Entra aí e não repara a bagunça! - E sorriu.
Ela quase desmanchou com aquele sorriso, e ficou feliz com o fato de não estar no trabalho, pois agora ela poderia fazer o escândalo que fosse!
- Gente, essa aqui é a menina do celular! - null fez com que eles olhassem pra ela.
- Oi! - Ela disse tímida.
- Oi! - null e null responderam juntos.
- Oi menina do celular! - null disse tirando gargalhadas de todos.
- Aí gente, desculpa! Eu não me apresentei! - Ela disse. - Me chamo null null, mas pode chamar de null!
- Agora sim! - Disse null. E todos riram mais uma vez.
- Vem, senta aqui! - null se sentou no sofá, dando espaço para que ela se sentasse.
- Senta aí, que eu vou lá em cima buscar seu celular. - null disse já subindo as escadas.
Ela apenas assentiu e fez o que eles pediram. Quando null voltou à sala, eles já estavam em uma conversa animada, e tiveram que explicar a ele o motivo de tantos risos. Depois da explicação, null se sentou e entrou na conversa, eles não tinham noção de hora, alias, não estavam nem aí pra hora... Os meninos estavam adorando a companhia de null, e ela achando ótimo estar ali com eles.
Até que o assunto chegou à banda deles, e null começou a contar que era muito fã, e que foi muito difícil pra ela “arrumar-lôs” sem dar nenhum escândalo.
- Você não deu escândalo, mas bem que aproveitou e ficou abraçada com null um tempão! - Disse null.
- Mas aquilo foi um acidente, vocês viram! - Ela disse.
- Eu não vi nada! - null disse junto com null.
- Ha há, vocês são muito engraçados. - null disse sem graça.
- Mas, fala null, você disse que é nossa fã, e nós nunca conversamos assim com uma fã antes. Conta o que vocês pensam da gente. - Disse null.
- Humm, então é isso que vocês querem saber? Bom, vamos começar com você mesmo null. Tipo que agente ama sua covinha, o jeito como você canta, as musicas que você compõe e como suas bochechas ficam rosadas quando você fica tímido, exatamente assim! - Ela disse olhando e apontando pra ele. - O null ? Hmm, O null é gostoso! - Ela disse e todos riram. – Sério! Você é gostoso demais e seus solos de bateria são os melhores, a sua voz em ‘Hero’ ficou linda. Ah, e o principal... O jeito como você meche as sombracelhas, nossa, elas te deixam sexy! - Ela riu novamente e todos gargalhavam. - Agora o null. O null é o mascote, ele é o menor, o mais novo, e tem essa carinha fofa de bebe!
- Hããã... Bebezão da mamãe! - Todos o zoaram.
- Não acabou me deixem continuar! - Ela disse chamando a atenção de todos. - Bom, por ele ser assim, dá vontade de cuidar, sei lá. Levar pra casa sabe?!
- Viu? Elas querem me levar pra casa! Eu sou demais! Há-há - Ele disse.
- Shiu null, deixa ela terminar. - null disse.
Ela apenas riu do interesse deles e continuou.
- As caretas que ele faz são lindas, os tênis enormes dele... Entre outras... E agora o null. - Ela olhou diretamente nos olhos dele. Era como se não tivesse mais ninguém dentro da sala, só eles dois, e ele também percebeu isso. - Ele tem os olhos mais profundos que eu já vi, a voz dele é doce... - ela dizia e seus olhos brilhavam. - O jeito caipira dele é lindo, até o fato dele ser lerdo encanta a gente, sabe quando se é fã a gente aprende a gostar até dos defeitos de nossos ídolos. Quando ele canta, ele tem um poder de fazer a gente viajar... - Ela suspirou. - É tão bom! - Ela percebeu que estava se entregando demais aquilo e resolveu parar por aí. - É isso!
- Caramba! - null disse.
- É! - Ela riu. - E cada uma de nós tem um favorito. Eu lembro que quando eu ia a algum encontro de fãs, elas logo perguntavam: “Você é null, null, null ou null?”. Eu respondia e logo ia me sentar com outro grupinho de fãs que também tinham o meu favorito como o favorito delas. Era bem legal aquela época... - Ela terminou suspirando e rolando os olhos.
- E quem é o seu favorito? - null perguntou curioso.
- Ah, não vou falar né!
- Por que não? Vai falar sim! - null disse.
- Não, não vou!
- Fala, por favor... Você não pode nos deixar tão curiosos assim!- Disse null.
- Posso sim! E vou! - Ela disse rindo. - E é melhor eu ir embora. - Ela olhou no relógio. - Ah Meu Deus, é melhor eu ir embora mesmo, já são 1h da manha!
- Sério que já é isso tudo? - Perguntou null.
- Sim, e eu ainda tenho que trabalhar amanhã! - Ela disse.
- Sinto muito, mas acho que você não vai poder ir embora agora! - Disse null.
- Por que? - Ela perguntou.
- Tá caindo um dilúvio, olhem só! - Ele abriu as cortinas.
- Meu Deus! - Exclamou null.
- E agora? - null disse para si mesma.
- E agora que você vai passar a noite aqui! - Disse null.
- Não, não posso. Amanhã eu acordo cedo.
- Nós também! - Disse null. - Amanhã vamos até a gravadora resolver umas coisas.
- Que gravadora? - null perguntou intrigada.
- Island Records! - Respondeu null.
- Sério? É lá que eu trabalho.
- Caramba que coincidência! - Disse null.
- É mesmo. - Ela disse.
- ‘Tá vendo, é mais um motivo pra você ficar aqui. Você dorme e amanhã passamos na sua casa de manhã, você troca de roupa e nós vamos para a gravadora! - disse null.
- Ah, não sei gente, amanhã eu vou estar muito cansada.
- Então vamos fazer assim, quando chegarmos lá, nós pedimos uma liberação pra você sair depois do almoço! - null disse.
- Boa idéia null! - null o parabenizou.
- Então? O que você acha? - Perguntou null.
- Ok. Vocês me convenceram, eu passo a noite aqui!
- Aêee! - Eles comemoraram.
- Mas a gente não vai dormir agora né?! - Disse null.
- Não? - Ela perguntou.
- Não, a gente sempre vê um filme antes de dormir. - null disse.
- Mas já são 1h da manha! - Ela disse.
- O quê que tem? Faz mal não! Amanhã à tarde a gente descança. - Disse null escolhendo um filme.
- Ok, ok!
null escolheu Jogos mortais III, null se sentou na poltrona, null e null deitaram no chão e null no sofá. Eles só estavam esperando null descer para eles poderem começar o filme. Ela acabou o seu banho e desceu com uma blusa e uma cueca samba-canção que null tinha comprado semana passada. Ainda estava fechada, por isso ela usou. Chegou à sala e viu que não tinha lugar para ela deitar, então se jogou entre null e o encosto do sofá, null imediatamente a abraçou. O filme foi colocado por voltas das 3h da manha, e 3:30h já estavam todos em sono profundo.
Amanheceu e eles nem perceberam, tamanho o cansaço. O celular da garota despertou 6:30h junto com o de null e null. Eles levantaram e acordaram null e null. Estavam todos com muita dor no corpo, mas mesmo assim se levantaram tomaram seus banhos, comeram alguma coisa e tomaram um analgésico. Depois disso ainda passaram na casa de null para que ela pudesse trocar de roupa. Chegaram à gravadora juntos. null foi para a recepção e eles foram para a sala de reuniões. Já eram 12h (horário de almoço) e eles saíram de lá. A reunião foi bem comprida.
_null? - perguntou null.
As outras meninas que estavam com ela na recepção congelaram.
- Toma! - Ele entregou um papel em suas mãos.
- É o que eu estou pensando? - Ela disse.
- Se você estiver pensando na liberação, é sim! - Disse null.
- Aiii garotos, eu amo vocês! - Ela os abraçou e eles retribuíram.
- Agora anda, vai logo lá pegar suas coisas que nós vamos te dar uma carona. - null disse.
- Sério? Vocês são uns amores. Esperem aí, é rápido! - Ela disse e saiu para buscar seu casaco e bolsa no armário.
Dentro de alguns instantes ela já estava de volta.
- Pronto! - Ela disse entrando no elevador com eles.
Saíram do elevador no estacionamento e já subiram na van, eles foram conversando sobre a noite passada até deixarem null em casa. E depois foram embora.
null entrou no quarto, pegou umas roupas e foi tomar banho, quando voltou se jogou na cama e apagou. Os meninos também fizeram o mesmo em sua casa.
**
- Nossa aqui é muito legal, tô adorando, sabe?! Ninguém pra pertubar, nem te mandar fazer as coisas. É muito bom! - Dizia null para Nanda pela webcam em seu laptop. (n/a: conversa em vídeo saks?! ;D / sim, ela tem um laptop, ela comprou com o dinheiro do seu salário e ainda estava pagando por ele!)
- Que bom que você está gostando! E já fala pro dono da casa que ano que vem eu estou indo ficar com você! - Nanda falava.
- Pode deixar, vou mandá-lo arrumar outra cama pra colocar no meu quarto pra você ficar aqui comigo!
- Eu vou amar isso! Mas por enquanto vou me contentar em passar mais um ano nesse orfanato.
Elas estavam conversando a um bom tempo, no orfanato havia algumas outras meninas no quarto prestando atenção em tudo que elas falavam, mas null teve que interromper a conversa. Tinha alguém chamando por ela lá em baixo.
- null! TEM VISITAS PRA VOCÊ!
Ela pegou um casaco, o vestiu (já que estava só de short e regata) e desceu para ver quem era.
- null?
- Shiuuuu, fala baixo, ninguém pode saber que eu ‘tô aqui! - Disse olhando para os lados. - Vai se arrumar, os meninos estão dentro da van te esperando. Nós vamos sair hoje! - Ele falou sussurrando.
- Sair com vocês hoje? - Ela disse ainda não acreditando.
- É! Você vai né? Não vai recusar? - Ele disse fazendo cara de cachorro abandonado.
- Ok! - Ela também sussurrou. - Chama os meninos e manda eles entraram pra me esperar lá em cima.
Ele foi rápido até a van, andando de cabeça baixa, e chamou os meninos. Todos desceram com tocas, bonés e variações disso. E por mais que já estivesse de noite eles estavam de óculos escuros (n/a: descrição é tudo né! =p).
- Vêm meninos, é por aqui! - Ela nem os cumprimentou, apenas os guiou até seu quarto o mais rápido possível. Na velocidade que subiram as escadas, todos já estavam no quarto em menos de um minuto.
- Entrem! - Ela disse abrindo a porta. - E agora se expliquem!
- Explicar o que? - null perguntou.
- Explicar o que vocês estão fazendo na minha casa às 10h da noite!
- A gente veio te chamar pra sair ué! Mas se você não quer, tudo bem. Nós vamos embora. - null disse se levantando.
- Não, espera! - Ela tampou a passagem dele. - E pra onde nós vamos? - Ela deu um largo sorriso.
- Vamos para Lê Mong (n/a: inventei esse nome ok?! =])! - Disse null esfregando as mãos.
- Uaaaau, Le Mong. Sempre tive vontade de ir lá, mas é muito caro! Gente, eu não tenho dinheiro.
- Não se preocupe com dinheiro dude! - null disse a abraçando de lado. - Você vai estar com a gente, e o nosso nome ‘tá na lista! - E sorriu.
- Sééério? Que show! - Ela exclamou. Então eu vou tomar um banho rapidinho! Me esperem aqui, e não mexam em nada hein! - Riu e saiu pegando a toalha e indo em direção ao banheiro que ficava do lado de fora do quarto.
Quando ela saiu do quarto eles começaram a conversar e null logo reparou no laptot de null que estava em cima da cama. Ele o pegou, botou em seu colo e começou a mexer.
- null, o que você ta fazendo? Deixa isso aí! - Disse null.
- Ah, vai me dizer que você não quer mexer também? - Perguntou null.
- Eu quero, mas... Ah, deixa eu ver logo! - Disse e foi pra cima de null.
- Eu também quero ver! - null e null disseram e foram para perto de null, já que o laptop estava em seu colo.
- Vamos ver as fotos dela! - null disse, imaginando que tipo de fotos ela teria em seu laptop.
- Vamos, vamos. - null foi mexendo até chegar na pasta de fotos. E quando abriu teve uma surpresa.
- Cara, ela têm muita foto da gente aqui! - Disse null.
- Olha essa aqui! - null disse apontando pra uma foto.
Eles ficaram um tempo vendo suas fotos e se divertindo lembrando-se de como foi quando as tiraram.
- Vamos ouvir as musicas agora! - null foi mexendo até a pasta de musicas dessa vez.
- Põe essa aqui pra tocar! - Disse null.
- Qual? - Perguntou null.
- Essa aqui ó, como o nome de “funk”_null pegou o laptop das mãos de null e botou a musica pra tocar.
Na mesma hora começou uma batida diferente, eles gostaram e começaram a dançar! (n/a: já imaginou os McGuys dançando funk? HUAIOHEUHEOIU) Ficaram dançando, até null jogar null em cima da cama e achar uma webcam, que para eles estava desligada.
**
No orfanato...
- Meninas, a null voltou, vem falar com ela.
- Ah Meu Deus o que é isso?!
- São os McGuys? São eles mesmos?
- Meu Deus!
- Háááááááááá!
**
- Olha só o que eu achei! - null fez uma cara de criança que está prestes a fazer besteira.
- Boa idéia null! - null disse.
- Mas eu não falei nada!
- É, mas eu adivinhei. Vai! Filma agente dançando aí!
- Espera, isso está desligado? - Perguntou null.
- Claro que está! - Eles olharam para a tela do laptop - Se estivesse ligado, a imagem ia aparecer ali! - null disse.
- Ah, então tá bom! Filma null, anda!
Ficaram ali, dançando funk, fazendo passinhos muito sem noção e se filmando. Até null chegar e acabar com a graça deles.
null ouviu a musica alta do banheiro e logo reconheceu de onde vinha: do seu quarto.
- O que esses garotos estão aprontando? - Ela falava sozinha.
Quando null chegou em seu quarto, null pulava em cima da cama com a web cam na mão, null estava com um lençol no meio das pernas, segurando suas duas pontas pela mão e mexendo o corpo para frente e pra trás, null de quatro no chão e null batendo na sua bunda.
- Não acredito null! - Ela subiu em cima da cama, tomando cuidado para que a toalha que estava enrolada em seu corpo não caísse, pegou a câmera das mãos de null e a enrolou na coberta.
- Êi, porque você fez isso?! A câmera estava gravando, mas depois agente ia apagar! - Disse null protestando.
- É mesmo, nem a imagem tava aparecendo na tela no laptop. - Disse null também protestando.
- Você é a maior estraga prazer que eu já conheci! - Disse null cruzando os braços e fingindo bico.
- Será que vocês não pensam?! - null foi até o laptop e desligou a musica. - O vídeo não aparecia na tela porque a pagina da minha conversa estava minimizada! E todas as garotas do orfanato viram vocês e essas dancinhas aí!
- Mentira, você está mentindo pra gente! - null disse.
- Mentira é? Então olha aqui. Ela maximizou a tela da conversa, e pela outra janela com o vídeo do orfanato, eles puderam perceber que tinha muita gente vendo o vídeo deles. - Agora cumprimentem as meninas!
- Oiii! - Eles disseram juntos.
- Bom meninas, - Ela colocou a web cam na sua frente. - Acabou por aqui! Amanhã eu volto a falar com vocês, beijos! - null desligou a web ouvindo ainda várias perguntas de meninas que não queriam que a web cam fosse desligada. - E agora o que vocês têm a dizer? - Ela disse se virando pra eles.
- Érr... Desculpa? - null disse sem jeito.
- É um bom começo. - Ela disse - Mas depois vocês continuam, eu quero mesmo é sair hoje, deixa essa conversinha que eu vou ter com os senhores pra amanhã! Rhm!
Ela entrou no seu armário para pegar uma peça de roupa e voltou para o banheiro. Quando saiu de lá estava vestindo uma calça jeans, um all star de salto e uma blusa pólo feminina. Logo começou a fazer a maquiagem e já estava pronta. Os meninos que, dessa vez, estavam comportados apenas a observavam terminar de se arrumar, esperaram mais alguns minutos e null já estava pronta. Eles recolocaram os bonés e os óculos e desceram com ela em direção a van. Andaram mais ou menos meia hora até chegar à porta da boate, que estava muito cheia. Parecia também que todos sabiam que eles iam pra lá hoje, pois tinham muitos repórteres e fãs. Com muito custo e ajuda de alguns seguranças eles conseguiram entrar e subiram direto para o camarote que haviam alugado durante à tarde. Era um lugar bem amplo, com uns sofás e almofadas, fora a janela enorme que dava para a pista de dança. Quando o segurança os deixaram a sós, os meninos logo se sentaram e por lá ficaram, até null começar.
- Ah, não acredito nisso! - Ela dizia olhando para eles.
- Não acredita no que? - Perguntou null.
- Que a gente acabou de chegar e vocês não querem ir lá dançar!
- Mas a gente acabou de chegar, ainda tem tempo! - disse null.
- Ah, garotos, mas eu nunca vim aqui, eu quero dançar... Vamos lá pra baixo comigo?! - Ela dizia fazendo biquinho.
- Quem é que resiste a você em garota? - null se levantou a abraçando de lado. - Está bem, eu vou! - Virou para os meninos - E vocês? Vão ficar aí?
- Claro que nós vamos! - Disse null - Não é guys? - Olhou diretamente para null e null, que haviam recusado o pedido de null.
- Vamos. - null riu sem graça se levantando.
- É, vamos sim! - null disse e se juntou aos outros que já estavam saindo do camarote.
Em questão de minutos, todos já estavam dançando muito na pista de dança, null não tirava o olho de uma menina loirinha que estava dançando ao seu lado, null e null faziam passinhos em um canto, e eram passinhos bem estranhos, com uma mão pra frente e a outra pra traz (n/a: tipo faraó saks? ;D). Enquanto null estava dançando, ou melhor, tentando dançar com null. Ela tentava ensinar, mas o garoto não tinha jeito. Por várias vezes ela pegou as mãos dele e as colocou em sua cintura, pra ver se ele conseguia segui-la, mas nada, isso só fazia eles se divertirem muito com a situação!
- Vamos lá pegar umas bebidas? - null gritou no ouvido de null.
- Vamos sim!
Saíram em direção ao bar pediram umas bebidas e subiram para o camarote para poderem descansar um pouco. null se jogou no sofá e null deitou com a cabeça apoiada em suas pernas.
- null!
- O que?
- Isso tudo é muito engraçado né?
- Isso tudo o que?
- Ah sei la... O modo como eu conheci vocês...
- É mesmo, foi tudo estranhamente rápido. - Disse e riu.
- Aham, e agora eu to aqui numa boate com vocês, como se já fosse uma amiga íntima. - Ela riu.
- E não é?
- Não é o que?
- Uma amiga íntima!
- Sou? - Ela abriu um sorriso.
- Claro que é! - Ele se sentou e mexeu nos cabelos dela enquanto falou.
Ela ficou sem jeito com aquela atitude dele, e a forma como seus rostos estavam tão perto.
- Queria ser mais! - Ela tomou coragem e disse. - Mais do que isso!
- Mais do que isso?
- É! - Ela disse olhando para baixo.
Ele tocou delicadamente o queixo da garota, fazendo seus olharem se encontrarem. Aproximou sua boca da dela, mas não a beijou, apenas disse:
- Mais pra quem?
Mesmo sentada ela sentiu suas pernas tremerem.
- Pra vo...
- Sabia que eles iam estar aqui, eu bem que falei! - Disse null.
null e null levaram um susto e trataram de virar pra frente e pegar seus copos de cima da mesa.
- Ops! - Disse null. - É melhor nós irmos lá chamar o null não é null?! - Lançou um olhar significativo para null.
- Ah não null! ‘Tô cansado e vou ficar aqui! - Ele disse.
- Que não o que! Você vai comigo! - Ele aproximou o seu rosto do rosto de null que já estava sentado, e olhou para null e null e depois olhou para ele, tentando fazer com que null percebesse que eles tinham estragado o clima.
- Não, dude, vou ficar aqui! - null insistia em não entender.
- Eu tentei, eu tentei! - Resmungava null para o alto.
null ouviu uma musica que ela amava tocar na boate.
- Vamos, vamos descer! Eu amo essa musica!
- Acabei de chegar! - Disse null.
- Eu também! - Disse null.
- null? Você vem?
- Não, ainda não terminei a bebida! - ele disse balançando o copo no ar - E nem você né! Vai desperdiçar?
- Não, que isso! - Ela tomou de um gole só mais da metade da bebida que ainda havia em seu copo.
- Uau! - null e null disseram.
- Bom, já que terminei a bebida - Ela riu para null - e nenhum de vocês quer ir dançar, vocês não se incomodam se eu for né?! - Ela disse quase implorando que a resposta deles fosse negativa.
- Não, tudo bem pode ir! - Disse null.
null nem esperou null e null falarem, abriu a porta do camarim e desceu as escadas correndo. Foi para o meio da pista e começou a dançar, ela chamava atenção de todos os homens daquele lugar, mas não estava nem aí pra isso, ela só queria se divertir.
**
No camarote null se levantou e foi para a janela ver null dançar, e de lá de cima ficou admirando a garota, quando null chegou ao seu lado.
- Porque você não a beija logo?
- O que? - null se surpreendeu.
- Beija logo! Você não vê que ela também quer?!
- Não, ela não quer!
- E como você sabe que ela não quer? - null.
- E como você - Disse com ênfase em você - sabe que ela quer?
- Ah, isso é fácil, quando ela estava falando de nós antes de ontem, ela demorou muito mais falando sobre você, fora o jeito como ela te olhava.
- Mas ela falou de todo mundo!
- Não adianta, ela foi diferente com você! E ainda tem as fotos. Você viu quantas fotos suas ela tem no laptop dela? Cara são muitas!
- Você esta vendo demais!
- Não, não estou.
Eles por alguns minutos tiraram os olhos da janela.
**
null ainda dançava muito, alguns caras apareceram querendo puxar assunto, mas ela não estava nem aí. Apenas se virava, e eles logo entendiam. Até que um cara foi mais insistente.
- Você é muito bonita sabia?! - Ele disse botando a mão em sua cintura.
- Me larga! - Ela disse seca, tirando a mão dele.
- Qual é gata! Vamos conversar!
- Não, eu não quero.
- E por que não quer?
null sentiu o mau hálito de álcool que ele tinha.
- Porque sim! - Disse abandando o ar.
- Vem cá, me dá só um beijinho... - Ele falava a agarrando.
- Me solta! - Ela tentava se soltar daquele homem nojento.
- Só um beijinho! Anda!
- Já disse que não! Me solta! - Ela tinha suas mãos no peito dele.
Ele a deu um beijo forçado, ela o empurrou e o xingou.
- Seu viado ridículo, vai beijar a sua mãe!
Ele parecia muito furioso com o que null havia dito.
- Viado? Toma aqui o seu viado. - E deu um soco no rosto da menina que caiu desacordada no chão, ele deu uns pontapés na altura de sua barriga. Era muito estranho, mas parecia que ninguém estava vendo, nenhum segurança apareceu.
**
null acabara de sair do banheiro do camarote, e foi até onde estava null e null.
- Olha lá, tem um cara batendo em alguém ali!
- É mesmo! - null parou de conversar com null e olhou pela janela. - E parece ser uma garota.
- Não parece, é uma garota! E é a null! - Disse null já saindo pela porta sendo seguido por null e null.
null e os outros encontraram null a caminho do camarote com a garota loira que ele estava de olho.
- Vem null! Têm um cara batendo na null! - Disse null.
- O que? Onde ele está? - Perguntou.
- Ali! - null apontou.
- Eu pego esse cara! - null passou a frente deles e chegou primeiro no tal cara. O encontrou dando uns tapas no rosto de null e a menina completamente desacordada.
- Seu desgraçado!
Foi à única coisa que null disse antes de partir para cima do cara, null fez o mesmo ajudando null e null foi atrás de uns seguranças. null já havia pegado null no colo e foi a levando em seus braços para fora da boate. Quando saíram ainda tinham muitos repórteres do lado de fora, todos começaram a tirar muitas fotos, mas null não estava nem aí, só queria saber de null. Ele pediu para uma garota chamar um táxi, entrou nele com null ainda no colo e foi em direção ao hospital.
- Alguém me ajuda aqui! - Gritava enquanto saia do táxi.
Rapidamente apareceram uns enfermeiros com uma maca.
- Coloque ela aqui senhor!
null colocou a menina na maca e foi junto com os enfermeiros para dentro do hospital. Eles já estavam lá dentro quando null foi impedido de entrar numa sala com null.
- Desculpe, mas o senhor vai ter que ficar aqui.
- Não, mas ela é minha amiga! - Tentava seguir os enfermeiros.
- Desculpe senhor, mas não pode!
E os enfermeiros adentraram com null para um quarto fechado.
- Que droga! - Ele espraguejou indo em direção a sala de espera.
Ficou lá andando de um lado para o outro a espera de informações sobre como a menina estava, mas ninguém aparecia e isso o deixava muito angustiado. Ele realmente estava preocupado com null.
- null! null! - null acabara de entrar no hospital.
- Graças a Deus que vocês estão aqui!
- E a null, como ela está? - Perguntou null. Ele estava com os punhos ralados e sua blusa estava suja com um pouco de sangue.
- Não sei! - Disse null desesperado. – Não sei de nada ainda, eles a levaram para uma sala, mas eu não pude entrar.
- Tomara que não tenha acontecido nada! - null disse.
null terminou de falar e um médico apareceu.
- Vocês estão com a garota que entrou agora desmaiada? - Perguntou.
- Sim, somos nós! Ela esta bem? - Perguntou null aflito.
- Está sim!
Eles respiraram aliviados.
- Nós demos uns pontos em seu supercílio.
- Que bom que não foi nada de mais. - Disse null.
- E quando nós podemos vê-la? - Perguntou null.
- E quando ela pode ir pra casa? - Perguntou null em seguida.
- Vocês já podem vê-la, e ela já pode ir pra casa também, mas não a deixem sozinha, porque se ela sentir alguma dor é sempre bom ter alguém por perto!
- 0Claro, nós ficaremos de olho nela! - Disse null.
- E você, não quer ver esse ferimento? - Disse para null.
- Sim, por favor!
Eles já iam saindo quando null perguntou.
- Em que quarto ela está?
- 204.
Eles pegaram rapidamente o elevador e entraram no quarto. null só estava com um band-aid na cabeça, e estava deitada na cama.
- Pequena? - Disse null.
- null?
- Sim! - Ele correu até ela, segurou sua mão e a beijou. Passou a mão sobre seus cabelos. - Você está bem minha pequena?
- Estou bem sim! - Ela disse. - Mas não lembro de nada! O que aconteceu? Como eu vim parar aqui? Eu só me lembro de um soco e depois “pluft”, apagou tudo, e quando eu acordei, estava deitada aqui. O que aconteceu?
null, null, null e em seguida null explicaram tudo para a garota. E explicaram também que ela teria que passar mais essa noite na casa deles.
- Não meninos. Não preciso, eu já estou bem! - Dizia se levantando da cama.
- Claro que precisa! - disse null.
- É, e além do mais, foram recomendações médicas! - Disse null.
- Cadê esse médico? Eu vou falar umas coisinhas pra ele! Como ele me faz ficar dando trabalho pra vocês assim?
- Para com isso, não é trabalho nenhum e você sabe! - null disse.
- Eu juro que não precisa!
- Você não precisa jurar, foram recomendações médicas, e jurar não vai adiantar muito! - Disse null rindo.
- Ai seu bobo! - null disse dando um “soco” no braço do garoto.
- Outch! Doeu sabia? - Ele disse.
- Para de bobeira garoto! - Disse rindo.
- Depois disso tudo, ainda tem força pra bater! - Disse null.
- Que é? Vai querer apanhar também é?! Olha que eu te bato hein! - Disse rindo.
Do nada uma enfermeira apareceu na porta.
- Shiu, isso é um hospital! Silêncio por favor! - E saiu.
Todos começaram a rir o mais baixo possível.
- Vamos então? - Disse null.
- ‘Tá bom, eu vou. - ela disse.
- Que ótimo! - Exclamou null.
- O quê? - Perguntou null.
- Hã? Que? Não falei nada! - Ele disse.
- Uhm, sei... - E riu. - Mas nós temos que avisar a vocês, está cheio de repórteres lá fora. - Disse null.
- Sério? - null falou preocupada.
- Não se preocupe, a essa altura eles já têm muitas fotos de você no meu colo desmaida! - Disse null.
- Foi você que me trouxe? Meu herói! - Disse com voz melosa abraçando null.
- E eu? - Disse null. - Fui eu que bati no cara!
- E eu ajudei! - Disse null.
- E eu... Eu... Ah, fui eu quem chamou os seguranças tá?! - Disse null cruzando os braços e fazendo bico.
- Cíumentos! - null deu língua pra eles ainda abraçada com null. - Venham cá, meus heróis! - Falou com ênfase no plural e os chamando para um abraço grupal.
Todos se abraçaram e sem querer acabaram fazendo barulho, isso fez com que a enfermeira voltasse no quarto para pedir silêncio. Todos riram novamente.
- Vamos logo! - Disse null ainda rindo.
- Mas e os repórteres? - Perguntou null.
- Ignore-os! - Respondeu null.
Os cinco foram em direção à saída e lá se depararam com uma multidão de repórteres, que começaram a tirar várias fotos deles que, com muita dificuldade, conseguiram entrar na van que já os esperava e foram para casa.
- Lar doce lar! - Disse null se jogando no sofá.
- Vai tomar banho seu porco! E se levanta desse sofá que é aí que eu vou dormir hoje! - null disse.
- E por que você vai dormir aqui? - Perguntou null.
- Porque a null vai dormir no meu quarto. - Ele disse.
- Não, eu não vou tirar você do seu quarto. Pode deixar que eu durmo na sala!
- De jeito nenhum, se null ofereceu o quarto dele, é lá que você vai ficar. - null disse.
- Mas eu fico sem jeito de tirar você de lá! Não tem quarto de hóspedes?
- Ter, tem! Mas está uma bagunça. - Disse null subindo a escada e indo tomar banho.
- Eu não quero incomodar! - Ela disse.
- Você nunca vai nos incomodar! - null disse.
- Vêm, eu vou te apresentar o meu quarto! - null estendeu a mão para a menina que a segurou rapidamente. null a ajudou a subir a escada, pois ela estava com muita dor no abdômen. Na porta do quarto, null a abriu para que a garota entrasse. - Quarto doce quarto! - Ele disse tirando risadas de null. - Ali é o banheiro, caso você queria tomar banho!
- Eu vou querer sim! Aquela blusa e a cueca do null que eu usei ontem ainda estão no lugar onde eu deixei? - Ela perguntou rindo.
- Claro que sim, vou pegá-las pra você. Vai tomando banho enquanto isso.
null fez o que o menino falou e quando ele voltou ao quarto ela já estava de toalha o esperando, pegou as roupas de suas mãos e entrou no banheiro.
- null!
- O que? - Ele perguntou do lado de fora do banheiro.
- Eu não estou conseguindo colocar a blusa!
- Por que?
- Porque meus braços estão doendo e eu não ‘tô conseguindo levantá-los.
- É serio?
- Claro que é! Você não tem uma blusa de botão na frente aí não? - Ela perguntava já saindo do banheiro com a blusa de null na frente do sutiã que ela vestia.
null que ainda estava sentado na cama ficou olhando aquela garota ali parada ao seu lado, com uma cueca samba-canção e uma blusa jogada sobre seus seios.
- null? - Ela o acordou. - Pega a blusa pra mim!
- Claro! - Ele se levantou, abriu uma gaveta, tirou de lá um blusão social xadrez e o entregou a garota.
- Me ajuda né! Eu disse pra você que não to conseguindo mexer muito bem os braços.
- Te ajudar como? E porque você não esta conseguindo mexer os braços?
- Não consigo, porque qualquer movimento brusco que eu faço dói a boca do meu estomago, não sei, mas acho que o cara da festa me bateu aqui também. - Ela disse pondo uma de suas mãos sobre a barriga.
- Provavelmente! Aquele idiota, que raiva dele!
- Aham!
- E como eu vou te ajudar?
- Assim!
Ela ia jogar a blusa em cima da cama quando null a interrompeu.
- Você vai tirar a blusa?
- Vou ué! Como que você quer que eu vista essa aí? - E apontou para a que null estava segurando. - E além do mais, eu ‘tô de sutiã.
Ela não esperou pra ouvir o que ele ia falar e jogou a blusa em cima da cama, virou de costas para ele, o mandando colocar as mangas da blusa em seus braços. Ele, mesmo estando meio tonto com aquilo tudo, fez o que a menina pediu. Depois que as mangas já estavam colocadas, ela abotôou o botão do meio da blusa, deixando seu sutiã e sua barriga a mostra.
- Erhm... Eu... Eu acho melhor deixar você descansar né!
Ela apenas riu.
- Então... Eu... Estou... Estou indo! ... ‘Tô indo! - E saiu do quarto.
Logo assim que ele saiu null começou a rir.
- Homens! - Disse e se deitou na cama.
**
E nisso as horas foram se passando, eles tinham chegado às 4h da manha em casa e 4h e meia, já estavam todos dormindo, menos null que logo assim que saiu do quarto, tomou seu banho e desceu as escadas, se ajeitou no sofá, mas não conseguiu dormir, apenas ficou deitado olhando para o nada e pensando em como foi a noite.
null acordou 6h da manha, desceu as escadas em direção a cozinha, pegou um copo d’água e por ali ficou alguns minutos, até ouvir seu celular despertar, andou rápido em direção a sala, mas quando chegou encontrou null o desligando.
- Desculpa, meu despertador te acordou não é?
- Não, eu já estava acordado. Pra falar a verdade eu nem dormi.
- Não? Por quê? - Ela se sentou no sofá ao seu lado.
- Além das dores de estar dormindo no sofá pela segunda noite consecutiva, eu estava pensando em tudo que aconteceu ontem.
- Eu falei que não queria te tirar do seu quarto, mas você insistiu.
- Fui eu quem te ofereci meu quarto, não estou reclamando... Quer dizer, estou sim, mas só um pouquinho! - Riu.
- Vem! - Ela se levantou.
- Pra onde?
- Ainda são 6h e a cama do seu quarto é de casal, eu não me incomodo de você dormir comigo lá pelo resto da manhã.
- Não precisa!
- Claro que precisa, anda, ou então eu vou ficar me sentindo culpada.
- ‘Tá bom, eu vou, mas antes eu quero que você venha ver uma coisa comigo. Você vem?
- E o que é?
- Não faça perguntas minha menina! - Passou a mão no queixo da garota. - Então?
- Tá! Eu vou! - Ela riu e o acompanhou.
null a levou até os fundos da casa.
- Vem! - Ele disse já subindo uma escada de madeira.
- null, eu não vou conseguir subir, ainda estou com muita dor.
- Vêm, eu te ajudo! E além do mais eu prometo que vai valer a pena. - Ele a olhou de um jeito e falou com uma voz tão doce que ela não teve como recusar.
- Ok! Mas me ajuda aqui então. - Ela estendeu a mão pra ele que já estava em cima do telhado.
- Pronto! Já subimos. E agora? - Ela perguntou pra ele tentando se equilibrar.
- E agora... - Ele botou uma de suas mãos sobre os olhos da garota.
- null, eu vou cair! Tira a mão!
- Não vai! - Ele botou a sua outra mão envolta da cintura da garota - Eu te seguro! - Falou bem perto do ouvido dela.
- Mas null... - Ela começou.
- Confia em mim? - Ele ainda falava no ouvido dela.
- Confio! - Ela respirou fundo.
Ele se sentou no telhado e a colocou no meio de suas pernas.
- Está preparada?
- Sim!
Ele tirou a mão dos olhos da garota.
- Nossa! Que lindo!
- Eu sei! Eu sempre venho aqui essa hora quando tenho tempo. Eu amo essa vista e ainda mais com esse nascer do sol! É perfeito não é?!
- Não tenho nem palavras.
- Uhum! Esse é o meu lugar favorito da casa!
- Obrigada por compartilhá-lo comigo! - Ela se aconchegou nos braços dele.
- De nada! - Ele roçou seus lábios no pescoço da menina.
- null?
- O que?
- Posso te pedir uma coisa?
Eles falavam baixo, não queriam acordar ninguém e muito menos levar, mesmo sem querer, a imprensa até eles.
- Me beija! - Ela disse o olhando nos olhos.
Ele não faluo nada, apenas concedeu aquele pedido.
- Ah garoto, porque você é tão perfeito hein?! - Ela disse depois que eles pararam de se beijar.
- Eu não sou perfeito, só faço de tudo pra tentar me igualar a você!
Dessa vez, ela o beijou.
Ficaram ali ainda sentados sobre o telhado, se beijando e apreciando aquele maravilhoso nascer do sol, o melhor da vida dos dois. Só desceram quando o sol já estava forte e aí sim foram dormir.
Os dois subiram em direção ao quarto.
- O canto é meu! - Ela disse já indo em direção ao canto perto da parede em que a cama se encontrava.
- Tudo bem! O canto é todo seu! - Disse deitando no outro lado da cama.
Depois de um grande tempo em silêncio.
_null? Está acordado?
- ‘Tô!
- Obrigada!
- Pelo quê?
- Por nada, só... Obrigada! - Disse se aconchegando no peito dele e fechando os olhos. Ele a envolveu com seus braços e os dois dormiram assim o resto da manhã.
**
null e null acordaram por volta das 13h e meia.
- null?
- Que? - Ela disse bocejando.
- Te acordei?
- Não, acabei de acordar! Que horas são? - Se espreguiçou.
- Quase 14h.
- Sério? - Disse assustada.
- Uhum! - null ainda falava preguiçoso.
- Vamos levantar então? - Disse se virando e ficando de frente pra ele.
- Ahhhh! Tem certeza?! ‘Tá tão bom aqui! - E sorriu abraçando a garota.
- Eu sei! - Ela retribuiu o abraço. - Mas eu estou com fome.
- Ah sim! Já que é por esse motivo! – Riu. - Então vamos, também estou com fome.
- null!
- Hum?
- A gente vai contar para os meninos o que aconteceu hoje?
- Não sei. Você quer contar?
- Acho melhor não né?!
- Também acho. Vamos deixar assim por enquanto, depois agente vê o que faz ok?! - Disse já se levantando.
- Ok! - Ela também se levantou e foi surpreendida por um longo e romântico beijo de “bom dia” que ele lhe deu. - Mas não pense que você vai se livrar de mim não, hein menina!
- Claro que não! - Ela o abraçou de lado.
Desceram as escadas, null foi em direção a cozinha e null foi direto para sala, chegando lá, já estavam todos acordados.
- null, acordei e não te vi na sala, onde você dormiu? - perguntou null.
- Dormi aqui mesmo. Quer dizer, tentei dormir. Mas a null veio aqui de manhã, viu que eu estava com dor e me chamou pra dormir lá em cima com ela.
**
null permanecia na cozinha comendo um sanduíche que acabara de fazer e tomando um copo e suco de laranja.
**
- Vocês dormiram juntos? - Perguntou null.
- Não, nós só dividimos a cama, não passou disso!
null não queria contar nada para os garotos, já que nem ele e nem a null sabiam direito o que aconteceu na noite anterior.
- Mas bem que você queria né?! - null disse malicioso.
- Ah dudees...
- Oi null! - null cortou o assunto na hora certa. - Onde você estava?
- Na cozinha. Estava comendo um sanduíche!
- Dormiu bem? - Perguntou null.
- Dormi sim! A cama do null é muito boa. - Disse sem perceber o que tinha falado.
- Hum, sei! - null soltou um risinho.
- Por que esse risinho em Seu null? - Perguntou null.
- Que risinho? Não fiz nada! - Respondeu null sinicamente.
- Olha, olha hein! - Disse rindo e indo em direção a janela.
- Se eu fosse você, não faria isso! - Disse null.
- Isso o que? Abrir a janela? - Perguntou a garota.
- Sim!
- Por que?
- Porque está cheio de repórteres do lado fora!
- Sério? - Perguntou null.
- Ahm, eu acho que eles passaram a noite aí! - Disse null.
- E eles não vão embora? - Perguntou null.
- Vão quando nós resolvermos falar sobre ontem! - Disse null calmamente.
- E por que vocês não falam logo e acabam com isso? - Perguntou null.
- Sei lá! - Riu null.
- Estou com preguiça! - Disse null.
- Eu também! - Disseram null e null.
- Nossa, preguiça de falar é fogo! Tsc tsc tsc. - E riu. - Eu posso falar então? - Perguntou empolgada.
- Você quer falar? - Perguntou null.
- Quero! Posso? Deixa vaaai! - Disse com os olhos brilhando e um enorme sorriso no rosto.
- E o que você iria falar? - Perguntou null.
- A verdade ué!
- Que verdade? - Perguntou null.
- Eu vou falar tudo que vocês me disseram que aconteceu, e vou acrescentar algumas coisinhas! - null deu um sorriso suspeito.
- Que coisinhas? - Perguntou null.
- Vocês vão saber se deixarem eu falar com eles.
- Deixa ela falar logo, por mim está tudo bem! - Disse null
- Aiiiiin, é por isso que eu te amo! E por vocês? - null se virou para os outros meninos.
- Tá, tá, vai lá! - Disse null e os outros concordaram.
- Obrigada! Obrigada! - Disse quase pulando. - Só que eu preciso de um óculos né! Não vou aparecer lá fora com o olho roxo desse jeito.
- Ok! Eu pego!
null subiu as escadas, pegou um de seus óculos e entregou a null quando voltou para sala. A garota fez um coque no cabelo, botou os óculos e saiu.
Quando os repórteres a viram, começaram a tirar muitas fotos e fizeram muitas perguntas, perguntas essas que null foi respondendo aos poucos até todos eles ficarem plenamente satisfeitos.
**
Um pouco longe dali, uma senhora estava vendo certa entrevista ao vivo com uma jovem, ela logo se animou e começou a agir.
**
- E aí, como foi? - null realmente estava curioso.
- Foi tudo bem! Eu acho que eles estavam transmitindo ao vivo!
- E por que você não nos avisou? Assim a gente poderia ver o que você estava falando! - Disse null.
- E como eu ia avisar? Não tinha como né! Dããã! - E jogou um travesseiro nele. - Não ia dar pra parar a entrevista!
- É verdade null! – Disse null rindo.
- Quem faz o papel de lerdo aqui é o null! - Disse null também rindo.
- Hey! Me tira dessa! - null disse rindo.
- Então, continuando, vocês vão ter que esperar até amanhã para saber o que eu falei! - null deu língua pra eles e subiu para tomar um banho. A garota voltou para sua casa de tardinha.
**
null já estava no trabalho, quando uma das estagiárias apareceu com uma revista na qual ela era capa.
- Meu Deus! Não acredito nisso!
- Nem nós! - Uma voz vinda do corredor falou.
- null? null? null? null? O que vocês estão fazendo aqui? - Ela disse espantada.
- Queremos saber sobre isso! - null levantou uma copia da mesma revista que ela segurava.
- O que? Eu falei alguma coisa que vocês não gostaram?
- Não, imagina! Você falou tudo certinho! - Disse null sincero.
- Então? O que têm de errado aí?
- Essa historia de você não lembrar do seu passado! Por que você não falou nada pra nós? - Disse null.
- Há, então é isso. - null respirou aliviada. - Na hora do almoço eu explico a vocês.
As horas se passaram muito rápido, os garotos ficaram na gravadora esperando null a manhã inteira querendo saber logo sobre aquela estória.
Eles foram almoçar em um restaurante bem charmoso, pegaram a última mesa e null começou a explicar-lhes toda a historia.
- Então é isso, a última coisa que eu lembro foi de acordar em um banheiro público, com muita dor de cabeça. Eu sei que levantei, lavei o rosto e do nada uma madre apareceu perguntando se estava tudo bem comigo, e foi aí que eu fui parar no orfanato. Ela me levou para fazer uns exames descobriu que eu tinha amnésia e só. Depois de tudo quando nós não conseguimos descobrir mais nada da minha vida, nós fomos a um cartório e ela me registrou com o seu sobrenome.
- Mas e o seu nome? Vocês inventaram? - Perguntou null.
- Não sei, antes de chegar no orfanato eu achei um papel no bolso da minha calça com esse nome, e foi ele que nós adotamos pra mim.
- E a data de aniversário? Sua idade? Essas coisas? - Perguntou null.
- Foi tudo inventado. Nós deduzimos que eu devia ter 16 anos e então eu escolhi “nascer” no dia 19 de novembro!
- Nossa, que história. - Exclamou null.
- Eu que sei! E nisso já se foram dois anos.
- Deve ser muito triste não saber nada da sua vida. - Falou null.
- É... - null respirou fundo - ...É horrível!
Eles ficaram em silêncio por alguns segundos, quando null não agüentou aquele clima.
- Bom, eu não sei vocês, mas eu estou com fome! - Disse batendo na barriga.
Todos riram do gesto de null, pediram suas comidas e comeram. Quando null olhou o relógio ela já estava em cima da hora para voltar para a gravadora.
- Nós vamos fazer um cineminha lá em casa agora, você não quer ir? - null chamou a menina.
- Querer eu quero, mas não posso!Tenho que voltar para a gravadora.
- Voltar pra gravadora? Por quê?
- Porque eu trabalho ué! - Ela disse como se fosse óbvio.
- Mas hoje, à partir do meio dia já é feriado. Hoje e amanhã! - Disse null. - Pensei que você sabia.
- Sério? Não sabia! Que ótimo! - Exclamou.
- Então, você vai né? - Perguntou null todo esperançoso.
- Já que é assim, sim!
Eles pagaram a conta e foram embora.
Ao chegarem em casa, null botou Madagascar e todos se sentaram para assistir.
__________________________________
- Acorda! - Alguém batia na porta do quarto de null.
- Que que é null ?
- Já faz um ano e meio que você mora com a gente e todo dia é esse sufoco pra te acordar!
- Aí, como você é chato! - Disse abrindo a porta. - Não posso nem dormir!
- Não pode não!
- E pra que você me acordou? A gente tinha combinado alguma coisa? - Disse esfregando os olhos.
- Não, eu só quero te perturbar mesmo! - Disse a pegando no colo, colocando-a sobre seus ombros e descendo as escadas.
- Me solta null! Me coloca no chão agora!
- Agora é que eu não solto! - null chegou na sala. - Quem vai me ajudar a acordar essa dorminhoca aqui? - Bateu na bunda dela.
- Nós! - Gritaram.
null largou null no sofá, e com ajuda de todos começou a fazer cócegas na garota.
- PARAAAAA! - Ela gritava rindo, mas eles não paravam. - POR FAVORRRRR!
“PILNDON”
- Bendita campainha! - Ela gritou ainda rindo muito. - Vão lá atender! Vão lá atender! - null já chorava de tanto rir.
- Vão não! Você também vai! - null a colocou sobre os ombros e foi atender a porta.
Dentro da casa todos ainda riam muito.
- null, é você? - Uma mulher falou com a voz falha quando null abriu a porta.
- Eu! - null levantou a cabeça para olhar para a mulher. - E a senhora, quem é?
- Eu?... Bem... Eu... Eu sou sua... Mãe! - Ela disse.
Todos ficaram em silencio quando escutaram aquela frase.
- Mãe?
**
Eles ficaram parados na porta, sem ação nenhuma.
- Você... Você é minha mãe? - Ela disse gaguejando.
- Sim!
- Mas... Mas como assim? Por que você não me procurou antes?
- Eu vou te explicar isso tudo. Mas não pode ser aqui na rua não é? Será que eu posso entrar?
- Claro que pode! - null disse - Entre e sente-se.
- Obrigada!
Todos se sentaram. null, null, null e null no sofá, null ficou de pé e a mulher na poltrona. Logo, ela começou a explicar para eles tudo sobre a vida de null.
Ela tinha desaparecido no dia do seu aniversario de dezesseis anos. Ela era do México, e por isso era tão diferente dos outros, tanto na beleza como nas palavras (seu inglês tinha um sotaque estranho).
- Então é verdade! Você é mesmo minha mãe! - null disse quase chorando.
- Sim! Sou eu. - Disse a mulher e se levantou pedindo um abraço a null, que rapidamente o deu.
- Não acredito que finalmente encontrei alguém da minha família! E eu tenho irmãos? - Perguntou curiosa.
- Tem sim! Dois irmãos gêmeos, uma menina e um menino. - Disse orgulhosa.
- Que show! - Exclamou.
Elas ficaram nessa conversa por alguns minutos, até a mãe de null, Dona Maria, a chamar para almoçar no restaurante do hotel em que ela estava. null aceitou na mesma hora. Subiu as escadas e trocou de roupa em menos de quinze minutos (coisa muito rara). E como num passe de mágica elas já estavam no restaurante.
**
- Legal a null ter encontrado a mãe dela né! - Disse null.
- Não acho tão legal assim! - Disse null desanimado.
- E por que não? - null se meteu na conversa.
- Porque com certeza ela vai voltar a viver com a família dela no México!
- É verdade, ainda não tinha pensado nisso! - null falou.
- Nós temos que ver o lado dela também né, ela acabou de reencontrar sua mãe, ela vai querer conhecer a família. E nós é que temos que ser menos egoístas. - Disse null.
- Mas eu não sei se consigo mais viver sem ela! - Disse null triste subindo as escadas.
Um clima estranho e triste se abateu sobre a casa. Até a noite, quando null voltou toda animada.
- Ah dudes, foi tão legal conhecer minha mãe! Ela me contou varias coisas e me disse também que eu nasci dia 29 de junho!
- Ei, isso é depois de amanha! - Disse null animado.
- É sim!
- E quantos anos você faz? - Perguntou null.
- Vinte! Já estou ficando velha! – Riu. - Cadê o null?
- ‘Tá no quarto! - Respondeu null.
- Vou lá contar pra ele sobre o almoço de hoje! - E subiu as escadas em direção ao quarto de null.
**
- Vocês estão pensando a mesma coisa que eu? - Perguntou null com um sorriso no rosto.
- Se você estiver pensando em fazer uma festa surpresa... - Disse null.
- Isso! Quando ela descer, nós avisamos pro null! - Falou null animado.
Ele e null já estavam cheios de idéias.
**
A festa de null foi à fantasia, null estava de Batmam, null de caçador, null de médico, null de vampiro e null de mulher maravilha, fora os outros convidados. null estava muito feliz e como ela mesma não parava de dizer, aquela era a melhor festa da sua vida! Todos se divertiram muito até o amanhecer, e há essa hora só restavam na festa eles cinco e mais três garotas que o null, null e null ficaram na festa. (null não quis ficar com ninguém e muito menos null). Então, já muito alegres devido à quantidade de bebida resolveram brincar de 7 minutos no céu. Estavam todos no quarto de null, e o casal que entrou primeiro no armário foi null e a menina que estava com ele. Enquanto isso os outros do lado de fora contavam os sete minutos. Depois de null, entrou null e uma outra menina e depois dele null com sua “garota”. Agora só restava null e null entrarem no armário, mas eles negavam piamente falando que não queriam.
- Não, vocês aceitaram brincar! - Dizia null firmemente.
- Não, a gente só ia ficar olhando, não é null?! - Falou null.
- É sim, não tem nada a ver! - Ela disse sem graça.
- O que não tem nada a ver? - Perguntou null.
- Eu... Eu e o null! - Disse mais sem graça ainda dando um risinho.
- Não tem? - null perguntou desapontado.
- É que... Ér... Ah null, você entendeu o que eu quis dizer! - Ela disse meio arrependida do que acabara de falar.
- Não nos interessa se ele entendeu ou não. O que nos interessa é que vocês aceitaram brincar e agora vão passar os sete minutos de vocês trancados no armário. - Disse null empurrando null e null para dentro.
- Não gente! Não! - null disse e eles fecharam a porta na sua cara.
**
- Agora eu quero ver esses dois não ficarem! - Disse null.
- É mesmo, não agüento mais esse joguinho de “amigos” que eles fazem! - Falou null fazendo aspas no ar.
- Vamos dar mais uma ajudinha a eles então? - Pergutou null.
- Que ajudinha? - null se interessou.
- Ao invés de sete minutos, deixamos eles um pouco mais de tempo! - Respondeu malicioso.
- Adorei! - Disse null.
- Eu também, mas o que a gente faz enquanto isso? - Perguntou null.
- Eu não sei vocês, - começou null - mas eu vou para o meu quarto! - E saiu puxando a menina que ele estava.
- Boa idéia! E eu vou para o meu! - disse null fazendo o mesmo.
- E eu? Não posso ficar aqui! O null ta dentro do armário com a null. - Lamentou null.
- Vai pro quarto do null! - Uma voz gritou do lado de fora.
- Claro, como eu não pensei nisso antes! - Riu e saiu levando a garota.
**
- E agora? - Perguntou null.
- E agora que a gente espera, são só sete minutos mesmo, passa rápido!
- É! - Ele encostou do lado oposto do armário.
Ficou um silencio dentro do armário, null só olhava para cima e null, ao contrario, para baixo.
- Ér... E aí, gostou da festa? - Ele interrompeu o silêncio.
- Gostei muito! Amei!
- Hum, que bom! - Ele disse, e mais uma vez o silêncio.
Dessa vez foi ela que “calou” o silencio.
- Quem escolheu a sua fantasia?
- Fui eu mesmo, gostou?
- Aham, ficou sexy! - E riu.
- Ficou mesmo? - Ele perguntou interessado.
- Sim, você com essa capa preta... Uau! - E riu mais uma vez.
Ele riu sem graça - Você também esta muito sexy, adorei essas botas brancas até a altura das cochas.
- Gostou mesmo? - Ela ajeitou as botas.
- Muito! - Ele respirou fundo.
...
- Será que já passaram sete minutos? - Perguntou null.
- Acho que sim!
- E porque eles não abrem? Você não acha que ta muito silencio lá fora?
- Nem tinha reparado no silêncio, estava reparando em outra coisa. - Disse olhando pra ela.
- Que outra coisa? - Perguntou inocente.
- Você! - Ele disse rápido.
Ela ficou sem ação, não tinha o que falar. Ele reparou a ação da garota, e como ela tinha ficado quieta, deduziu que ela não queria nada com ele, então mudou de assunto.
- Me ajuda a tirar essa capa?
- O que? Ah, ta, claro!- Riu sem jeito, achando estranha a mudança dele.
Ele virou de costas para que ela soltasse um dos fechos, depois virou de frente para soltar o outro (ele não a ajudava de propósito, queria ver a reação dela), mas quando ele virou de frente, null tinha pisado na sua capa, e como o salto dela era fino, ela se desequilibrou, até que ele tentou segurá-la, mas atrapalhado do jeito que era, acabou caindo junto. Ele caiu por cima dela, e eles ficaram ali no chão se olhando. Os olhos de null se moviam rapidamente da boca para os olhos da garota. Ele não agüentava mais aquela situação, e pelo olhar de null percebeu que, naquele momento, eles queriam a mesma coisa, então ele a beijou bem calmamente, ela o abraçava com força, não querendo acabar com aquele momento.
- O que foi? - Ela disse quando ele parou o beijo.
- Nada, só acho que agente não está fazendo certo! - Ele disse querendo se levantar, ela o segurou.
- O que não estamos fazendo certo? Já faz mais de um ano que agente só fica. Quer dizer que não fizemos certo durante esse tempo todo?
- Não é isso. Foi certo durante esse tempo sim, mas agora não é mais! - Ele disse seco conseguindo se levantar.
- Por que? Eu quero um motivo! - Disse também se levantando.
- Porque você encontrou sua mãe!
- E o que ela tem a ver com a gente?
- Você não me deixou terminar... - Respirou fundo. - Agora que você a encontrou, com certeza você vai querer voltar pro México com ela! E eu não quero me magoar. - Disse a ultima frase olhando para o chão.
- Mas você não vai se magoar, eu vou mais eu volto!
- Você vai? - Ele fez uma pausa - Ela já te chamou não é?
- Já!
- Quando?
- Hoje, durante a festa!
- Me deixa adivinhar, e você disse que ia não é? Você disse que ia! - Disse aumentando o tom de voz.
- Sim! - Disse quase sussurrando.
- Mas o vôo é hoje de tarde!
- Eu sei!
- Você não pode ir! - Gritou.
- Para de gritar null! - Ela disse quase chorando.
- Você não pode ir!
- Por que não?
- Porque... Porque eu... Eu... Porque você nem tem certeza se ela é a sua mãe!
- Claro que ela é minha mãe! Ela é da minha família sim!
- Família? Nós somos sua família! Nós é que estamos com você durante esse tempo todo, e agora você simplesmente vai embora!
- Você esta sendo egoísta null!
- Egoísta? - Ele a segurou pelo braço.
- Você está me machucando null!
**
- Que gritaria é essa? - null encontrou null no corredor indo até o quarto de null.
- É a null e o null! - Disse null também saindo do quarto.
- Vamos lá! - Disse null.
**
- Eu não sou egoísta, você que só pensa em sí mesma!
- Me solta null!
Eles gritavam.
null chegou no quarto, abriu o armário e encontrou null segurando o braço de null e a garota chorando.
- Quer saber?! - Ele soltou o braço dela bruscamente - Faça o que você quiser! - E saiu.
- null? null? O que aconteceu? - null perguntava pra ele enquanto o mesmo ia ao quarto de null pegar um objeto dela e o colocava em eu bolso.
- Onde está a mãe da null? Em que hotel? - Perguntou pra null.
- No ‘Palace’ (n/a: nome inventado)! – Respondeu. - Mas pra que você quer saber?
- Pra nada! Vai cuidar da null! - Saiu descendo as escadas.
- null? Aonde você vai? Volta aqui!
- Me deixa null! Me deixa! - Gritou e saiu em direção a garagem para buscar seu carro.
null só chorava, nunca esperaria uma reação daquela de null, ela estava muito magoada.
**
null parou seu carro na frente do ‘Palace’ e encontrou a mãe de null na entrada, a segurou pelos cabelos e disse:
- Escuta, eu sei que a senhora esta mentindo e fique sabendo que você não vai tirar a null de mim! - Uma lágrima escorreu de seus olhos.
Ele a soltou e voltou para o carro.
**
- Pra onde será que o null foi? - Perguntou null.
- Não sei, vocês sabem que o null é muito imprevisível. - Falou null.
- Por isso mesmo que eu estou preocupado com ele! Ele estava muito nervoso.
- Não se preocupem. - Fungou null. - Daqui a pouco ele aparece!
**
null parou seu carro em frente a uma clínica. Entrou e foi direto para recepção.
- Eu quero fazer um teste de DNA. Quanto tempo demora para o resultado ficar pronto? - Disse ofegante.
- Três dias! - Disse a recepcionista.
- Três dias?! Não pode ser! - Disse passando a mão pelo cabelo.
Todos na clinica olhavam pra ele, acharam muito estranho uma pessoa vestida do jeito que ele estava. Todo de preto e com uma capa meio solta, meio presa.
- Mas é sim meu senhor!
- Eu pago quanto for para ficar pronto até hoje! - Disse cochichando.
- Nós não podemos senhor!
- Por favor, o resultado desse exame pode definir a minha vida ao lado da mulher que eu amo! - Seus olhos lacrimejaram. Era a primeira vez que ele admitia que amava null, mesmo que tivesse sido para uma desconhecida.
A recepcionista da clínica se comoveu com as palavras e o olhar daquele garoto.
- Eu até poderia tentar falar com o médico, mas não teríamos tempo de recolher o material para o exame.
- Mas isso não é problema, eu trouxe o material comigo! - null tirou de seu bolso uma escova de cabelo de null e do outro bolso um saco de supermercado com dois fios de cabelo da Dona Maria (mãe de null). Sim, ele havia pensado em tudo!
A recepcionista pegou a escova e a sacola, levou para uma sala mandando ele a aguardar. Depois de cinco minutos de aflição pela parte de null a recepcionista voltou.
- O resultado vai ficar pronto às 19h!
- 19h?
- Sim, é o mais rápido que conseguimos!
- Mas o vôo dela sai às 19h e meia. – Pensou. - Ok! Eu espero! - Disse se sentando. Ele estava realmente disposto a ficar o dia inteiro ali a espera do exame.
**
- Será que vocês podem me ajudar a arrumar minhas coisas? - Peguntou null ainda meio chorosa.
- Então você vai mesmo embora? - Perguntou null.
- Vou, mas vocês não vão fazer um show igual ao null não né?
- Claro que não, a não ser que você peça! - null disse e todos riram.
- Não vou dizer que não fico triste, mas se é isso que você quer... - Disse null.
- Sim, é isso! Eu quero muito conhecer minha família, ver se eu me lembro de alguém sabe. Mas podem ter certeza que eu volto. - Disse limpando uma lagrima que escorria de seus olhos.
- Promete que volta? - Perguntou null com os olhos lacrimejando.
- Prometo! - null juntou os dedos em sinal de X e os beijou. Todos riram da atitude da garota. - Gente, eu quero um abraço! - Disse abrindo os braços, os garotos logo atenderam seu pedido e a abraçaram. - E o null? Onde ele foi? - Perguntou ainda abraçada.
- Não sabemos. - null saiu do abraço e os outros também. - Ele saiu daqui aquela hora e ainda não voltou!
- Será que ele está fazendo alguma besteira? É que a nossa discussão não foi fácil, nem pra mim e muito menos pra ele. - Lamentou.
- Discussão? Então vocês realmente estavam brigando? - Perguntou null.
- Sim! Mas eu conto tudo a vocês enquanto arrumamos as coisas. Vocês vão me ajudar não é?
- Claro que sim! - null disse.
Os quatro foram para o quarto de null. As horas foram se passando, já eram 18h e nada do null.
null e os garotos já estavam prontos e indo para o aeroporto.
**
- Senhor, aqui o exame!
null pegou o exame das mãos da recepcionista e o abriu imediatamente.
- Não acredito!
Foi à única coisa que disse antes de ir correndo para o aeroporto. (n/a: ele já tinha pagado o exame xD)
**
- 19h e meia! - null falou. - Será que o null não vem em se despedir de mim?
- Claro que ele vem! - Disse null abraçando a menina.
“Chamada para o vôo 537 com destino ao México”
- Esse é o meu, gente! Tenho que ir! - Disse null já chorando.
- Eu vou sentir sua falta null! - Disse null também chorando.
- Hey null, homens não choram! - Disse null.
- E porque você estaá chorando então? - Disse null esfregando os olhos.
- Ele não está chorando, só caiu um cisco no olho dele, assim como no meu! - Disse null.
- Aíi dudes! Eu amo vocês mais que a minha vida! - Disse null abraçando todos juntos.
Foi difícil segurar a emoção naquele momento. Todos choravam muito.
- Eu queria que o null estivesse aqui! - Lamentou triste.
“Ultima chamada para o vôo 537 com destino ao México”
- Vamos minha filha, ou vamos perder o vôo!
- Claro!
null deu um ultimo abraço em cada um deles, pegou seu carrinho com as malas e começou a se afastar.
- null! null!
- null? - Ela reconheceu aquela linda voz. - null! - Ela se virou e correu em direção a ele, que estava fazendo o mesmo. Quando se encontraram se abraçaram fortemente null estava chorando muito, não sabia se era de felicidade por null ter ido se despedir dela, ou se de tristeza por ter que ir embora. Era impressionante o quanto que null significava para ela. As lágrimas também desceram dos olhos dele quando ele pode sentir o corpo de null perto do seu. Ele tremia e suava, aquela sensação de tê-la perto era ótima, ele não queria que acabasse.
- null! - Ela ainda o abraçava, não queria soltá-lo. - Pensei que você não fosse vir se despedir de mim! - Ela secou uma lagrima que descia do rosto dele.
- E eu não vim! - Ele beijou em cima dos olhos de null.
- Não veio? - null perguntou curiosa enquanto sentia as mãos dele em sua cintura.
- Não! Vim para lhe entregar isso! - Disse tirando uma das mãos da cintura de null e dando a ela um papel todo dobrado.
- O que é isso?
- Abra!
Ela o soltou, limpou suas lágrimas e desembrulhou e leu o papel, ficou chocada por alguns segundos.
- Vamos minha filha, vamos logo! - Disse a mãe de null, a puxando com força, ela parecia desesperada.
- Podemos ajudar? - Disseram dois policias que vieram a eles quando viram aquela confusão.
- Me solta! - null ignorou a pergunta deles. - Você não é a minha mãe!
- O que? Claro que sou! - Ela ficou desesperada.
- Não é não! Seu nome nem é Maria mesmo. Seu verdadeiro nome é Carmem Munes. - null disse em alto e bom tom.
- Carmem Munes? - Perguntou um policial.
- Sim! - null falou satisfeita. – Por quê?
A falsa mãe de null estava em desespero.
- Carmem Munes, a senhora esta presa! - Disse colocando as algemas nela. - Conhece seus direitos.
- Não, espera. Presa? - Perguntou null sem entender.
- Sim! Ela é uma golpista moça. - Respondeu o policial.
- Golpista? Mas que tipo de golpes ela aplica? - Perguntou null quando null ia falar.
- Ela sempre ataca pessoas com amnésia e investiga suas vidas. Se ela descobrir alguma coisa que a interesse, ela as rouba e depois as mata.
- Espera, isso está muito confuso! - null disse se virando pra null. - Então você ia ser a próxima vitima!
- Isso é verdade? - Perguntou o policial.
- Ela disse que era minha mãe! - Disse null ainda meio tonta com a situação.
- Então você é a única vítima viva dessa golpista! Será que a senhora se incomoda em dar um depoimento?
- Não! - disse null já entendendo tudo. - Vai ser um prazer! - Disse sorrindo para a sua “mãe”.
null, null e null levaram as malas de null para casa e null foi o único a acompanhá-la até a delegacia. null foi abraçado com null o caminho inteiro, já que estavam no carro dos policiais e ele não precisava dirigir, foi mexendo no cabelo da garota, ela apenas ria para ele de vez em quando, demonstrando o quanto estava gostando daquilo tudo. Depois do depoimento, eles pegaram um táxi e foram para casa.
Passaram-se uma semana, os policiais já haviam invadido a casa da golpista e acharam uma pasta com tudo que ela descobriu sobre a vida de null e rapidamente a entregaram. null agora já sabia tudo sobre sua vida e devido a grande repercussão daquele caso na imprensa ela pode achar seus verdadeiros pais. Eles eram Brasileiros, mas moravam em Londres desde que tiveram uma pista de que a garota estava lá.
Devido à grande agitação daquela semana que passou bem de pressa, null não pode ainda agradecer null tudo que ele fizera por ela.
**
null acordou cedo naquele sábado e ficou na sala a espera de qualquer um dos meninos, menos null (Sim, ela ainda morava com os meninos, mas sempre visitava seus pais).
- Acordou cedo dude! - null disse dando um beijo na testa da garota.
- null, que bom que você acordou!
- Por que?
- Preciso de sua ajuda para tirar null e null de casa hoje de tarde.
- Ok! Eu consigo isso!
- Ainnn, obrigada!... Mas você não quer saber porque eu estou te pedindo isso?
- Eu já sei, você quer ficar sozinha com o null! - Ele disse como se soubesse todos os mistérios do mundo.
- Leu minha mente garoto?! - Ela riu jogando uma almofada nele.
**
11h da manha e todos já estavam acordados. null lançou um olhar para null, que o entendeu.
_null, null, vamos ali comigo? - Começou.
- Ali onde? - Perguntou null.
- Tem que ser agora? - Falou null preguiçoso.
- Ali... Ali... Ah, ali e pronto! E tem que ser agora sim!
- Chama o null! - null insistia em não ir.
- Não, o null não!
- Porque não? - Perguntou null intrigado.
- Vamos, anda, por favor, no caminho eu explico! - null já estava todo enrolado.
- Explicar o que? Por que eu não posso ir? - null ainda perguntava.
null se meteu, até que estava achando engraçado ver o null todo desesperado, mas já que foi ela que pediu, ela não podia deixar ele todo enrolado do jeito que estava.
- Será que vocês não percebem que eu pedi para o null tirar vocês de casa hoje, porque eu queria conversar com o null a sós?! - disse.
- Ah tá! Então era esse o motivo? Você podia ter falado logo! - Disse null saindo.
- É mesmo null, foi você quem complicou tudo! - Disse null também saindo.
null deu de ombros e saiu rindo atrás dos garotos.
**
- Falar comigo?
- Vamos até o quarto?
- Tá! Vamos! - Ele foi mesmo sem saber do que se tratava.
Já no quarto.
- Na verdade, - Ela começou. - eu não quero falar nada.
- Não quer? Então pra que você me chamou?
- Pra te dar isso!
Ela o beijou. Ele por um momento ficou sem ação, nunca esperaria que ela fizesse aquilo, mas não perdeu tempo e retribuiu o beijo. Aos poucos o que era um beijo calmo, foi se tornando cada vez mais quente. A velocidade aumentou e as carícias que um fazia no outro também. Em pouco tempo ele já havia a empurrado para sobre a cama.
- É isso que você quer? - Ele perguntou entre os beijos que eles trocavam.
- É sim! - Ela apenas sussurrou.
Ele com um gesto rápido, a virou e a colocou sobre si. Tirou a blusa da garota e depois tirou a sua.
**
Nus, ele estava sentado na cama e com ela em seu colo, a coberta desdobrada os envolvia, mesmo depois de tudo o que acabaram de fazer eles não queriam se separar, ele a beijava o pescoço e a segurava pela cintura. Ela apenas mexia em seu cabelo, sentindo os maravilhosos beijos que ele ainda lhe dava.
- Minha menina... - Ele respirou fundo.
- Meu menino! - Ela riu das palavras do garoto e disse tocando o rosto dele com sua mão. Ele fechou seus olhos ao sentir aquele toque.
- null?
- Sim!
- Eu amo você! – Disse, acariciando a nuca da garota.
- Eu também te amo! - Os olhos dela brilharam juntamente com os dele.
Eles se abraçaram novamente.
- null? - Ela o chamava dessa vez.
Ele não disse nada, apenas a olhou nos olhos.
- You are my favorite! - E sorriu docemente após ganhar um beijo.
N/A:
Hêei; e aíi, gostaram?? @_@'
Bom, vamos aos agradecimentos:
- a Mah! Ela que foi a primeira que leu minha fic *O*; Mah, tu significa muito p. mim garota! Encontrei uma super amiga em outro estado oO'
te adoro garota!
- a minha betaa, Isa Vieira. valeu garotaa; (Y)²
- e aos McGuys, principalmente o Jonãao. minha paixão e fonte de inspiração! [rimôo HUAIOEUHEOIU³]
Então é isso, é a minha primeira fic sozinha! To super empolgada e anciosa tambem, portanto comentem dizendo o que acharam!
beijo a todas =*
N/B:
Oi garotas! (: Então, passando aqui, só pra falar sobre o ‘Formulário de Erros’. Lembrando que nenhuma autora tem acesso ao que está sendo escrito lá, portanto, comentários de fics, na caixinha da haloscan ou na tagboard, certo? Formulário de Erros, é pra ser usado somente se vocês acharem um ERRO na fic. Obrigada, e boa leitura. ;*
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