MY SWEET ANGEL


Século VII (Era Medieval)

andava pelas ruínas do castelo, onde ocorreria o baile do príncipe . Nunca fora convidada, mas agora que estava de noivado marcado com o amigo do príncipe ela também foi convidada. Chegou ao baile e viu várias pessoas dançando animadamente, ou comendo algo, ou simplesmente conversando, mas algo chamou sua atenção, isso é, alguém. Na mesa do ponche, conversando animadamente com seu noivo. Ela chegou mais perto até perceber que era .
- Olá, srta. se curvou para moça e fez o mesmo.
- Boa noite, sr. sorriu e ficou ao lado de seu noivo – Belo baile, nunca estive aqui.
- Me desculpe, mas eu não conhecia o lugar onde você morava – enrubesceu e percebeu.
- Bem, não há problemas. Vamos dançar? – perguntou para seu noivo.
- Não, muito obrigado. Eu não gosto de dançar, você sabe disso. Vou dar uma volta – dito isso, Alan desapareceu quando entrou em um corredor.
- Bem, quer dançar? – perguntou , oferecendo a mão para a garota.
- Eu aceito, sr. segurou em sua mão e foram se juntar aos outros que dançavam.
Dançaram por muito tempo, depois começaram a conversar, mas sentia que devia procurar seu noivo.
- O senhor pode me ajudar a achar Alan? – perguntou cordialmente a .
- Claro – sorriu e segurou na mão da garota, mas ela se afastou.
- Melhor não, Alan pode pensar coisas – sorriu e ele devolveu o sorriso.
- Tudo bem, vamos por ali, .
Eles foram para o jardim, estava rindo com o que dizia, até que viu Alan na fonte com outra garota. A única coisa que ela viu foi o beijo e a pulseira da garota, pois seus olhos começaram a ficar marejados.
- Eu tenho que ir – segurou a barra do vestido para não tropeçar, e saiu correndo do lugar.
- NÃO, , ESPERA – foi atrás dela. Alan percebeu o que tinha acontecido ali, então saiu correndo, seguindo .
sentou embaixo de uma árvore e começou a chorar, não por ter visto aquilo, mas por saber que sempre gostara de . Mas o amor era impossível de ser retribuído, porque a família dele era mais rica que a sua, e ela já tinha sido prometida a Alan.
limpou o rosto com a manga do vestido e começou a andar pelo lado de fora do castelo. Viu dois anjos abraçados, na mesma fonte que vira Alan com uma garota que ela nem vira o rosto. Não sabia porque voltara lá, simplesmente o caminho a levou de volta. Ela sentou na fonte e ficou mexendo na água enquanto observava os anjos abraçados, até que sentiu uma mão em seu ombro.
- Ah! É você, – disse olhando pra trás.
- Pensou que era quem? – riu.
- O Alan – falou de cabeça baixa.
- Bem, o Alan estava me perseguindo, eu percebi, acho que ele queria te achar.
- Então ele não conseguiu, pois eu não estou vendo ele aqui – fingiu procurar Alan e riu.
- Porque eu bati nele. Não acreditei no que ele fez pra você, eu nunca teria coragem de fazer isso se você fosse minha noiva – viu que falara demais e virou o rosto. – Mas como irei me casar com Lizie, não há como você ser minha noiva. Estou certo?
- Aham! – sorriu amarelo, ficara totalmente desconcertada com o que disse.
sentou do seu lado, e ele segurou na sua mão.
- , o Alan pode ver você... – Mas negou com a cabeça, e ela percebeu que ele não ia soltar sua mão. – Oh, Deus! Eu te chamei de , desculpe-me, sr. .
- Não há problema algum, sorriu, mas ficara assustada.
- Deus! Não faça isso de novo, você sabe que não pode – colocou a mão na boca de .
Eles estavam muito próximos, já estava tremendo por causa do perigo que estavam correndo. Não poderia acontecer nada entre eles. Eles eram de sociedades diferentes, de lugares diferentes. Ela, uma camponesa, e ele, um príncipe. Ela o afastou e estava muito vermelha.
- ... – começou a falar. – Oh! Desculpe-me, srta. . Não sei como, mas parece que eu já te conheço, você me lembra uma pequena garota que eu encontrei naquele rio – apontou para o rio e o reconheceu.
- Eu ia lá todo dia com meu pai, pra brincar um pouco com meus irmãos. Um dia eu vi um garoto, do outro lado do rio, sentado, com a cabeça baixa. Eu ia ajudá-lo, mas meu pai disse que ele era da corte. – disse e continuou a história.
- Bem, um dia eu estava triste e resolvi ir lá, e encontrei uma menina alegre. Ela vinha em minha direção, mas lembrei que minha mãe falara para não conversar com plebeus, então tive que desprezá-la – sorriu e sabia que a história era a mesma, então continuou.
- Eu cheguei perto do garoto, mas ele correu quando viu minhas vestes, acho, pois ele fez uma cara de desprezo.
- Eu tive que mostrar desprezo, não podia ter compaixão naquela hora. Se meu pai descobrisse, eu estava morto. Mas, quando corri, perdi algo muito valioso para mim. Um colar que minha mãe me deu, tinha um anjo e dentro uma foto dela comigo.
viu que o colar era realmente importante, e começou a tirar a parte de cima do vestido.
- Srta. , o que está fazendo? – olhou assustado para a garota.
- Por favor, não olhe – estava vermelha e tentava ao máximo tirar a corrente do seu espartilho. – Oh, Deus, por que eu nunca pensei em colocá-lo no pescoço, por que tinha que guardar no espartilho? Ah, sim, para meu pai não ver. tirou a corrente e voltou a colocar a parte de cima do vestido. Terminando de se vestir, entregou a corrente para .
- Naquele dia eu consegui, pela primeira vez, atravessar o rio, mas você já tinha ido. Agora eu percebo a semelhança. Aquela não foi a única vez que eu te vi. Você já foi até a aldeia, levar meu pai preso, por... – não conseguiu terminar de falar.
- Oh! Não pode ser, as ordens foram totais do meu pai, mas eu tive que fazer o trabalho sujo. Eu não queria, perdão, srta. .
- Tudo bem, eu entendo. Bem, eu também voltei àquele rio várias vezes, mas nunca o tinha visto. Apenas um dia, você estava procurando algo, mas tive que voltar para cuidar de meus irmãos.
- Eu procurava a corrente, eu também a vi. Você estava de branco, eu ainda lembro. Parecia um anjo, e eu pensava que era um anjo.
- Não precisa mais procurar, certo? – sorriu e pegou a corrente.
- Muito obrigado, eu agradeço – a abraçou e ficou vermelha.
- , o Alan... Perdão, sr. , o Alan pode ver – se afastou e viu a fúria nos olhos de .
- Que vá pro inferno o Alan, a Lizie, as regras, tudo, e que apenas sobre eu e você – ficou assustada e confusa.
- Como assim? Senhor, eu não compreendo.
- Não percebe? Eu olho para esse anjo agora e lembro de você. Desde aquele dia eu não esqueci o anjo do outro lado do rio. Eu sempre pensei em você e não sabia. Eu vi seu desespero no dia que levei seu pai, mas não podia fazer nada. , eu te amo. Acabe com o meu sofrimento, por favor, vamos fugir, eu preciso de você.
- , eu não sei o que dizer – ficou desconcertada. – Eu também sempre senti algo por você, mas eu tenho medo, eu me importo muito com o que vão falar sobre nós.
- Eu acho que te amo, sorriu.
- Eu acho que te amo e não sabia, sorriu.
Ele chegou perto da garota e percebeu que suas mãos estavam suando frio. Olhou nos olhos dela e tentou passar conforto; ela sorriu, mas ainda estava nervosa.
- Ninguém vai ver, está tudo bem, a abraçou e ela retribuiu o abraço.
- Eu confio em você, , e sempre vou confiar – sorriu e selou os lábios da garota com um beijo apaixonado. O beijo fez com que esquecesse por um tempo a diferença entre eles, agora eles eram um só. Ela conseguiu se certificar de que o amava muito, mas algo acabou com o beijo e se separou dela, colocando a mão na própria barriga.
- , o que foi? – olhou para onde estava segurando e viu sangue. Ela olhou para trás e viu Alan, com uma faca na mão, e também percebeu o ódio dele pelos olhos.
- , foge, por favor, pelo seu bem – dizia Alan, que estava perto de , que gritava de dor e estava ajoelhado na grama.
- NÃO! EU NÃO VOU DEIXAR ELE AQUI! – gritava entre os soluços que teimavam em fazê-la chorar.
- Então você pensa no traidor aqui? – Alan chegou perto de e colocou a faca em seu pescoço.
- ALAN, PÁRA, ELE VAI MORRER, ELE ESTÁ PERDENDO MUITO SANGUE, VOCÊ NÃO ERA ASSIM – agora chorava sem parar, as lágrimas desciam rapidamente.
- Eu não era assim até você beijá-lo, como você fez isso comigo? – Alan falou, inconformado, se afastando de .
- NÃO, ALAN, VOCÊ FEZ ISSO PRIMEIRO, DIFERENTE DO , VOCÊ NUNCA ME AMOU, VOCÊ SÓ FAZIA O QUE MANDAVAM, EU TE ODEIO, ALAN, EU ODEIO VOCÊ – ajoelhou em frente a e tentou ao máximo estancar o sangue da barriga.
- , eu não irei agüentar por muito tempo, vá embora, eu não quero que você veja isso – dizia as palavras com uma dificuldade imensa para respirar.
- Não, , eu não vou te deixar, eu sempre vou estar do seu lado, eu te amo, chorava e ainda tentava fazer o sangue parar. – Cristo! Por favor, pára de jorrar sangue.
abraçou e começou a chorar cada vez mais, até que viu Lizie com a mesma pulseira da garota que Alan beijou.
- Você me traiu com a Lizie, Alan? – perguntou por curiosidade, pois nem se importava mais com isso.
- Bem, é, mas eu te amo, , eu fiz isso por você, eu quis matar ele, porque nosso destino é ficar junto – Alan dizia assustado.
- Não, Alan, meu destino é ficar com quem eu amo, e eu amo o sorriu.
- Oh! Deus, Alan, ela falou ! – Lizie disse assustada.
nem se importou com o que falaram, apenas percebeu que enfraquecia.
- , por favor, não me deixe, eu te amo! – chorava.
- Bem, , eu nunca vou te deixar, a gente vai se encontrar de novo, e nosso amor vai sobreviver a todas as barreiras, eu te amo muito, deixou uma lágrima escapar.
- Não, , você tem que sobreviver – agora não enxergava mais nada, pois as lágrimas não paravam de cair.
- PÁRA DE PENSAR NELE, INFERNO – Alan berrou, cego de amor. – VOCÊ É MINHA, MINHA!
olhou para Alan com desprezo, mas depois pousou seus olhos no rosto de .
- Por que você me olha tanto? – perguntou
- Cristo! Por que eu demorei tanto pra perceber que eu te amava? – sorriu amarelo.
- Porque você foi tola, igual a mim, mas por que você não pára de me olhar? – perguntou de novo.
- Porque quero guardar todos os detalhes do seu rosto, para todos os dias lembrar da pessoa que eu sempre amei, mas nunca percebi, agora é tarde demais.
- Não é tarde demais, é apenas o começo, eu sinto, a gente vai ter outra oportunidade – sorriu e beijou a garota – Eu sempre vou lembrar disso, espero que você também.
afirmou com a cabeça e viu que o pulso de estava fraco, assim ela começou a chorar.
- Por favor, não chore, eu queria guardar o seu rosto de uma forma mais gentil, angelical, dê um sorriso, por favor – sorriu amarelo, e viu que ele sorrira também, antes de dar o seu último suspiro.
começou a chorar, Alan e Lizie foram até ela, mas ela os expulsou de lá, Alan não ia sair, mas Lizie o puxou. ficou a noite inteira com no seu colo, apenas o observando, por mais que ele não estivesse mais ali com ela. Quando o sol começou a nascer, ela deixou encostado na árvore e foi até o celeiro para pegar um cavalo. Quando voltou, apoiou o corpo dele no cavalo e começou a calvagar até onde tudo começou, o rio.
Ela o enterrou ali, não foi um enterro digno de um príncipe, mas ela queria estar sozinha para vê-lo pela última vez.
Ficou olhando o Sol nascendo, sentada agora no mesmo lugar onde estava na primeira vez que o viu, não havia motivos para viver agora, simplesmente entrou na água fria e se deixou afundar, até perder completamente o oxigênio nos seus pulmões, e assim ela foi se encontrar com seu verdadeiro amor, o príncipe da sua vida.


1962 (Anos 60)
estava se arrumando para se encontrar com , tinha colocado sua saia rosa longa, o laço no cabelo para fazer o rabo-de-cavalo, sua blusa branca, e seus sapatinhos brancos. Seu pai a levaria até o parque, mas ele não sabia do namoro escondido dos dois, pensava que ela ia dar um passeio. ligou o rádio e começou a tocar Beatles.

Close your eyes and I'll kiss you
Tomorrow I'll miss you
Remember I'll always be true
And then while I'm away
I'll write home every day
And I'll send all my loving to you


apoiou a cabeça no banco do carro de seu pai e ficou lembrando de todos os momentos que passara com . Já fazia um ano que namoravam, e escondiam muito bem de seus pais, pois para seus pais ainda era muito nova para isso.

I'll pretend that I'm kissing
The lips I am missing
And hope that my dreams will come true
And then while I'm away
I'll write home every day
And I'll send all my loving to you


Estava chegando perto da praça, e de longe já conseguia avistar sentado embaixo de uma árvore. Talvez estivesse lendo algo, ou apenas a esperando com as mãos no bolso. Ela ansiava encontrá-lo, sempre ficava nervosa quando iam se encontrar, já podia fazer um ano, mas ela ainda sentia borboletas no estômago quando ele a beijava, nunca ia esquecer o garoto.

All my loving, I will send to you
All my loving, darling I'll be true


desligou o rádio quando seu pai estacionou em frente à praça, ela sorriu e beijo seu pai no rosto.
- Obrigada, pai, venha me buscar às seis, tudo bem para o senhor?
- Claro, minha filha, sua mãe hoje vai fazer frango, só de pensar estou a ficar com fome – riu do que seu pai falara.
- Claro, porque o meu arroz não se compara ao frango da minha mãe – disse fingindo estar sentida.
- Eu também amo seu arroz, querida, mas você tem que entender que eu sou casado com sua mãe, e eu tenho que agradá-la ao máximo.
- Bem... – ia falar, mas seu pai a cortou.
- Quando você se casar, vai entender o que eu digo, agora vá – seu pai sorriu e ela saiu do carro, quando chegou à praça ela acenou para o pai, que deu partida no carro e voltou para casa.
caminhava até a árvore onde estava como quem não quer nada, tinha visto ele desde quando estava no carro, então seguiu até a árvore, mas quando estava chegando perto, alguém assoviou e ela olhou pra trás para ver quem era. Na praça havia muita gente, mas nunca haviam sido pegos. Quando ela olhou para frente, não viu mais o garoto, então pensou que estava delirando e pensava muito nele, sentou-se embaixo da árvore e esperou ele chegar. Até que sentiu duas mãos taparem seus olhos.Ela se assustou, mas ao sentir o perfume, percebeu quem era.
- Mandy! Você me assustou! – abraçou a garota. – O que você faz aqui?
- Como sabia que era eu? – Mandy sorriu – Bem, vim aderir a sua moda, vou me encontrar com um garoto.
- Ah! Simples, seu perfume, inconfundível – sorriu também. – Entendo, e quem era a rebelde, hein?
As duas começaram a rir, até que apareceu e selou os lábios da garota.
- Você continua sendo rebelde pra mim, , por isso minha filha vai ter o seu nome. Agora vou indo, o Reg deve estar me esperando – Mandy falou e saiu rindo.
- Amor, saudades! – disse apertando a bochecha do rapaz. – TCHAU, MANDY!
- Também estava com saudades, pequena, eu tive que parar um pouco porque da última vez meu pai quase nos pegou na discoteca – o sorriso de sumiu, seu maior medo era ser pega pelos seus pais e ter que se separar de .
- Eu tenho tanto medo, o abraçou. – Eu não quero me separar de você, eu te amo tanto.
- Eu também te amo muito, mas é só a gente tomar mais cuidado, certo? – tentava passar confiança para a garota, mas também tinha medo de ter que deixá-la.
- Certo – sorriu e sentou na grama, o que fez o garoto sentar do seu lado.
- O que quer fazer hoje? – perguntou .
- Nada – sorriu.
- Nada? – perguntou , confuso.
- Aham, eu quero ficar aqui com você, só isso – o abraçou e deu um selinho.
- Tudo bem então – sorriu, mas viu que a garota estava vermelha por ter tomado atitude para dar um selinho nele. – Ei, relaxa, ninguém viu.
sorriu e ficou vendo as crianças brincando com o cachorro perto da fonte.
- , você estava aqui, não estava? – perguntou confusa. – Eu juro que te vi aqui.
- Eu não estava aqui, eu fui comprar sorvete – riu.
- Deus! Eu não posso estar louca – também riu. – Acho que estou ficando obcecada por você.
Os dois começaram a rir, e começou a fazer cócegas na garota.
- Não! Pare! Você sabe que eu não gosto! – gargalhava, até que tampou a boca e falou entre os dedos. – As pessoas estão olhando pra gente.
- Bem, que olhem! Eu não conheço ninguém aqui – mesmo falando isso, ele parou de fazer cócegas na garota. – E sim, eu estava aqui, mas quando eu ouvi o assovio eu olhei pra trás e vi meu amigo.
- Ah! Entendo, por isso não te vi mais! – deu um selinho no garoto.
- Vamos numa lanchonete? – perguntou levantando.
- Por quê? – disse arrumando a saia depois que levantou.
- Eu estou com fome, você não tá? – perguntou passando a mão na barriga.
- Bem, estou, mas eu agüento – estava receosa em ir a uma lanchonete, pois naquela época as lanchonetes eram muito frequentadas.
- Ah! Vamos, , vai ser divertido – sorriu, estava receosa e tinha um pressentimento ruim sobre isso, mas não resistia ao sorriso do garoto.
- Ok! Vamos – sorriu e a abraçou.
- Vamos, claro – enlaçou a garota pela cintura e foram até a lanchonete mais perto.
Chegando lá, pediram uma porção de batata-frita e refrigerante, e se sentaram na última janela.
- Estou com tanta fome, que comeria um leão – disse e fingiu comer um leão.
- Claro, se ele não fizesse isso com você antes – deitou no colo da , e ela ficou mexendo no seu cabelo. – Sabia que a gente chama mais atenção quando você faz isso em lugares públicos?
- Sabia, mas eu não resisto ao seu carinho – riu e fechou os olhos, amava quando fazia isso.
- Bem, mas um dia alguém vai olhar pra gente e vai ver que... – ia terminar de falar, mas viu seu primo entrando na lanchonete, a única coisa que veio em sua mente foi empurrar para debaixo da mesa.
- Ai, , isso doeu! – disse, ele ia subindo, mas falou bem alto quando seu primo estava perto para entender.
- Boa tarde, Augusto! – se espremeu entre as pernas de , pois Augusto tinha se sentado.
- Boa tarde, ! – Augusto sorriu amarelo, ela sabia que ele tinha uma queda pela prima. – Como vão seus pais?
- Bem, e os seus? – sorriu.
- Estão bem, eu estava indo lá na sua casa para ver você e seus pais, mas acho que você deve estar aqui com eles, certo? – não sabia o que falar.
- Não, eles estão lá, eu vim dar uma volta na praça, tomar um pouco de ar livre, sabe?
- Entendo, mas sozinha? – Augusto fez uma cara confusa – Tem certeza que não quer companhia?
- Não, prefiro assim, mas obrigada, eu agradeço – sorriu e seu primo levantou.
- Tudo bem então, vou lá mesmo assim, aviso aos seus pais que a encontrei por aqui.
- Ok, agradeço pela companhia, Augusto, cuide-se – beijou o rosto do primo, e ele saiu do local. – Pronto, pode sair.
saiu de baixo da mesa, sem ninguém perceber. não parava de tremer, mas tinha conseguido despistar seu primo. Ficaram namorando a tarde inteira, foram a vários lugares até que estava quase dando seis horas e tinha que esperar seu pai na praça. Chegando lá, se despediram com um longo beijo e cada um foi para um lado. foi ao mesmo lugar que seu pai a deixara e encontrou o carro lá, entrou dentro do carro e beijou o rosto de seu pai.
- Olá! – sorriu.
- Vejo que meu pequeno raio de luz está feliz – seu pai disse seco.
- Estou sim pai, algum problema? – perguntou assustada.
- Seu primo Augusto nos disse que você estava na lanchonete – começou a ficar nervosa, não sabia o que o primo tinha dito.
- Estava sim, pai, por quê? – perguntou fingindo estar calma.
- Espere – o pai estacionou o carro na casa e eles foram para dentro da casa.
viu sua mãe sentada com uma expressão nada boa no rosto. Quando sua mãe a viu, a olhou com desprezo a avançou pra cima da garota.
- COMO VOCÊ PÔDE, ? – a mãe começara a chorar.
- Mãe, você está me assustando – deu um passo para trás.
- VOCÊ ESTAVA NAMORANDO ESCONDIDO, O SEU PRIMO VIU O GAROTO QUANDO ELE FICOU EMBAIXO DA MESA.
- Como, mas...
- MAS O QUÊ? VOCÊ CONSEGUIU! ACABOU COM O DIA, MAS A GENTE VAI TE COLOCAR EM UM CONVENTO, VOCÊ VAI FICAR O MAIS LONGE POSSÍVEL DESSE GAROTO.
- NÃO, MÃE, EU O AMO, VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO, ELE É TUDO PRA MIM, EU SABIA QUE VOCÊS NÃO IAM ENTENDER, VOCÊS NUNCA ME ENTENDEM, VOCÊS NÃO GOSTAM DA REALIDADE – gritara com sua mãe, o que fez a mesma lhe dar um tapa no rosto. passou a mão no local que agora ardia, e seus olhos começaram a ficar marejados.
- Então arrume suas malas – A mãe disse sem olhar para sua filha.
- Por quê?
- Você vai morar com seu primo Augusto, e só sairá de lá com alguém junto – olhava pra sua mãe com ódio.
- Você não pode fazer isso – começara a chorar.
- Eu tanto posso como já fiz – a sra. falava sem olhar para a garota.
- EU TE ODEIO – subiu as escadas e entrou no seu quarto.
chorava, e ficou em seu quarto o dia inteiro, até que resolveu fugir pela janela e ir pela última vez para a praça. Levou algumas coisas com ela, caso ela resolvesse fugir.
Chegando lá, ela sentou embaixo da mesma árvore e pegou um canivete e escreveu seu nome e o de na casca da árvore.Relembrou de todos os momentos que passaram juntos, das risadas, das carícias, dos beijos, e principalmente do quanto amava aquele garoto. começara a chorar de novo e ficou contemplando a lua, até que alguém sentou do seu lado, ela se assustou e se afastou bruscamente da pessoa.
- Ei, calma, sou eu – disse triste.
- O que você está fazendo aqui? – perguntara voltando a ficar do lado de .
- Eu, nada – virara o rosto e percebeu que havia algo de errado.
- , por favor, me fala – virou o rosto dele para que ela pudesse olhar nos olhos dele.
- Eu sinto que algo vai dar errado entre nós e... – Ele ia terminar de falar, mas viu que a garota estava chorando.
- O que foi, ? – Ele olhou para ela assustado.
- Minha mãe descobriu, culpa do meu primo, então eu vou ter que morar com eles, e eles moram na Itália com os meus tios, Augusto só está passando as férias aqui, depois de amanhã voltam pra Roma – voltara a chorar e apenas a abraçou.
- Eu não vou deixar, , a gente foge e mora junto, que tal? – sorriu amarelo, mas estava acabado depois que descobrira o que aconteceu.
- Não tem como, eu não consigo fazer isso, eu amo meus pais, eu não quero causar esse desgosto pra eles – agora soluçava de tanto chorar.
- Mas ... – a garota colocou o dedo nos lábios de e sorriu.
- Eu sempre vou te amar, não importa o que aconteça, mas eu sinto que a gente vai ter oportunidade pra viver juntos para sempre, a gente vai conseguir, só faltam dois anos para eu completar 18, eu aguentarei ficar longe sem ficar com outro, mas não sei se você irá conseguir, então eu deixo você ficar com outras, porque eu acredito no seu amor por mim – Ele ia falar, mas ele continuou. – E, por favor, se você se apaixonar por outra, me fala, ok?
a olhou e ela retirou o dedo dos lábios dele, e então ele pôde finalmente falar.
- Deus! Você sempre será a única que estará em meu coração, ninguém pode te substituir, eu sempre te amei, desde quando éramos menores e você me odiava – ria e chorava ao mesmo tempo. – Mas não importa se a mulher mais bela vier me pedir em namoro ou dizer que me ama, eu simplesmente vou dizer que uma pessoa já ocupa o meu coração, , você sempre será meu anjo, e não importa o que aconteça estaremos sempre juntos! Você sempre estará aqui.
levara a mão da garota até o seu coração que palpitava aceleradamente e colocou a mão dele no seu peito para ele ouvir.
- Nossos corações batem... – falara e ele completou.
- Na mesma sintonia – sorriu e abraçou a garota.
- Te amo pra todo o sempre, sorriu e olhou para o garoto.
- Também te amo para todo o sempre, selou os lábios da garota num beijo apaixonado, e ficaram na praça até amanhecer.
- Bem, tenho que ir! Minha mãe pode ficar preocupada, eu vou embora hoje na frente da mesma lanchonete de ontem, daqui a pouco, então se você quiser fique por lá, ok? – sorriu e passou a mão no rosto do garoto.
- Estarei lá, mas antes vou para casa tirar o pijama – riu e percebeu que ele realmente estava de pijama.
- Vai lá! – deu um selinho no garoto e foi em direção da sua casa. Chegando lá, subiu pela janela, deitou na cama e fingiu estar acordando, quando percebera que alguém bateu na porta.
- Bom dia – disse sua mãe seca.
- Mãe, eu te amo, não importa o que aconteceu, o que você fez, por mais que machuque, eu não sei te odiar, você é minha melhor amiga, a melhor mãe, mesmo tendo os seus erros, eu nunca irei te odiar – a mãe ia começar a chorar, mas limpou as lágrimas e apenas fechou a porta. percebeu que sua mãe se arrependera.
Ela levantou, se trocou e começou a arrumar suas malas, sabia que a amava de verdade, e isso a reconfortara e a deixara mais feliz.
Quando terminou, levou as malas para baixo e seu pai a levou até a lanchonete para esperar seu tio chegar.
Estava sentada em cima da mala e não via em lugar algum, ela pensou que ele poderia estar escondido por causa de seus pais, então pediu para ele irem comprar algo pra comer, e na ausência deles nada do aparecer. Quando seus pais voltaram, o tio de já tinha chegado com a Kombi.
Ela colocou a mala no porta-malas, se despediu de seus pais e sentou na parte de trás da Kombi junto com seu primo. O seu tio dera a partida e ela não parava de olhar pra trás, nunca esqueceria de tudo que aconteceu com ela naquela cidade, uma lágrima escorreu e ela limpou, tentava ao máximo pensar que os pais de não deixaram ele sair de casa, mas quando ela olha para trás vê o mesmo correndo atrás da Kombi em movimento.
corria o mais rápido possível com algo em suas mãos, começou a rir quando viu que ele estava ficando cansado. O tio de percebeu e acelerou mais, o que fez correr mais rápido. Ele viu que não ia conseguir, então parou para respirar, percebeu que ele não tinha forças então simplesmente gritou pela janela.
- , EU SEMPRE VOU TE AMAR – começara a chorar e viu que o que disse fez ele voltar a correr. – AMOR, NÃO PRECISA CORRER, EU VOU VOLTAR PRA VOCÊ, ACREDITE.
sorriu e parou de correr.
- EU TAMBÉM TE AMO, , E VOU TE ESPERAR SEMPRE.
sorriu e mandou um beijo para , que fingiu pegá-lo e ajoelhou no chão, sabia que o amava, mas queria ter entregado a foto deles para ela. A foto que estava em suas mãos agora. Um dia, ela voltaria e ele ia entregar.
- Sempre vou estar com você, pequena – levantou e fez o caminho de casa abraçado com a foto.


1993 (Anos 90)

corria pela sua casa com a boneca na mão, até que sem querer bate em um retrato, que quase caiu, se não fosse pela sua mãe que estava ali perto.
- Desculpa, mamãe – ficou de cabeça baixa até que sua mãe passa a mão em seu rosto.
- Não tem problema algum, meu anjo – Mandy sorriu e pegou a garota no colo.
- Mamãe, quem é essa moça bonita? – Disse apontando para o quadro.
- Essa? Bem, essa é a Marie, uma amiga minha de infância, conheci ela porque ela ia namorar escondido, igual , outra amiga nossa.
- Nossa! Por quê? – perguntou a garota curiosa.
- Porque naquela época havia muitos pais que não gostavam que seus filhos namorassem, os meus pais e os pais de Marie e de eram assim.
- E o que aconteceu com elas? – Mandy já estava com os olhos marejados, porque Marie foi sua melhor amiga.
- A teve que se mudar, pois seus pais descobriram, e não entenderam que eles se amavam, mas ela não resistiu à distância, acabou ficando doente, e quando descobriu que havia morrido, a doença piorou e ela morreu. Pelo menos está junto com ele. Marie fugiu com seu namorado, e eu fui a única que contei pros meus pais e ele ficaram do meu lado.
- Que triste, mamãe – a pequena abraçou sua mãe. – Mãe, cadê o papai?
- Ele foi buscar um amigo dele no aeroporto, ele tem um filho, sabia? Vocês podem virar amigos.
ficou brincando com a boneca no colo de sua mãe, até que ouviram um carro estacionando.
- REGGIE, é você? – gritou Mandy.
- SOU EU SIM, MEU AMOR – gritou Reggie. – Bem, podem ir entrando.
Quando entraram, viu um garoto um pouco mais velho que ela com um saquinho de presente na mão.
- Vamos, , entregue para a garota – disse a mãe de .
fora constrangido até a garota e lhe entregou o presente, quando ela abriu viu que era um anjinho de porcelana.
- Mãe! Olha, um anjinho – sorriu e mostrou para a mãe.
- É lindo, filha – A mãe deu um beijo na testa da garota e seguiu para sala de estar junto com os outros.
- Obrigada! – dera um beijo na bochecha do garoto – Vem, eu vou buscar o seu!
puxara o garoto pela mão e subiram escada acima, quando chegaram no seu quarto ela abriu a porta e pegou um embrulho.
- Esse é o seu, meu pai disse para eu escolher, então, me desculpe se não for de garoto, mas eu gosto desse filme – o garoto sorriu quando viu que era a fita do filme De Volta Para o Futuro.
- Obrigado! – o garoto abraçou .
- Você quer brincar? – perguntou sem-graça.
- Pode ser – ficou vermelho.
- Então venha! – sorriu e começou a puxá-lo de novo. – Tem um jardim atrás da casa onde meu pai tentou fazer um parquinho pra mim.
- Legal! – riu.
- É, eu sei – sorriu e fora para o fundo da casa.
Ficaram brincando a tarde inteira, até que começou a escurecer e tinha que ir embora.
- Já? – perguntou triste.
- Aham – sorriu amarelo. – Mas outro dia a gente se vê.
- Mas eu vou morar em outro lugar, papai me disse, e a gente só volta depois – estava triste até que correu até a mãe de .
- Olá, pequena – sorriu.
- Tia, o pode me visitar no lugar onde a gente vai morar? Eu falo pro Papai Noel levar ele, aposto que ele faria esse esforço.
- Se ele puder levar, tudo bem, senão o papai do leva mesmo – abraçou e deu um beijo no seu rosto.
- Até, , eu tenho certeza de que o Papai Noel irá me levar.
- Vai sim, ele é bonzinho com as crianças.
- Bem, vou indo, Mandy, foi bom rever vocês, e sua filha é um anjo de pessoa.
- Obrigada, seu filho também, é super educado.
- Até algum dia.
Todos entraram no carro, e correu até o meio da rua para acenar para eles.
- Agora volte, – gritou Reggie da porta.
olhou para o céu e sorriu.
- Papai do céu, não esqueça de avisar o Papai Noel de me fazer ver o de novo – a garota sorriu e entrou dando pulinhos na casa.


2008 (atualmente)

estava sentada no banco do carro do seu namorado, enquanto ele fora em uma loja. Nesse meio tempo ela gostava de escrever mensagens no papel, colocar seu nome e jogá-los na rua, pois ela imaginava que alguém poderia gostar das frases ou de seus desabafos.
Ela terminou de escrever a frase, e quando jogou o papel um carro estava chegando perto, e parou do lado do carro dela, o que fez o motorista pegá-lo.
- Mas o que é isso? – O rapaz ia ler, mas o sinal abrira e ele teve que dar partida. sorrira, pela primeira vez viu alguém pegar uma de suas mensagens, as outras sumiam quando o vento batia e ela não sabia onde tinha parado.
- Vamos, ? – disse Bruno selando os lábios da garota.
- Vamos sim, já está de noite e eu não vejo a hora de deitar na minha caminha quentinha – sorriu, mas Bruno não.
- Você esqueceu que hoje eu tenho que ir a uma reunião e você também tem que ir? – O sorriso de desaparecera.
- Você sabe como eu odeio essas suas reuniões, aquelas mulheres não tem nada na cabeça, e só falam de moda, de cabelo, da última roupa da Jennifer Aniston – apontou para si mesma. – Eu não sou assim.
- Não importa, você vai – Bruno trocou de lugar com e ligou o carro.
- Eu não vou, você não vai me obrigar a ir, você não é meu pai – gritara a última palavra no ouvido de Bruno.
- Ótimo, não vá, aí eu perco o emprego e a gente fica sem dinheiro, satisfeita? – começou a rir sarcasticamente.
- Você é a cópia do meu pai, e como você sabe, eu fugi de casa pra não ter que agüentar ele e só visitava minha mãe – riu. – Bem, você quer que isso aconteça com a gente, por causa de um simples trabalho?
- Você não entende que esse simples trabalho é que sustenta a gente – Bruno estava com uma expressão séria enquanto apenas sorria.
- Você fala assim como se eu também não trabalhasse, eu trabalho e também sustento a mesma casa, as mesmas pessoas, mas eu não deixo de viver minha vida – viu que ele parara o carro bruscamente, e olhou para ela.
- Então vai viver sua vida sem dinheiro, enquanto eu subo na vida com dinheiro – Bruno disse saindo do carro e abriu a janela e gritou.
- Vai aonde? Atrás de mais alguma prostituta pra te satisfazer, e levar pra reunião fingindo que é sua namorada, é, Bruno? Não se contenta apenas em ter o dinheiro, você tem que gastá-lo com alguma vadiazinha, você pensa que eu não sei, mas eu sei muito bem, eu queria muito, muito não ter que terminar com você, porque se você pensar onde você vai morar agora, na casa do seu chefezinho? – fez cara de dó. – PORQUE NA MINHA VOCÊ NÃO VOLTA, CAFAJESTE.
sorriu pra ele e passou para o banco do motorista e ligou o carro, as lágrimas teimavam em sair, mas ela não queria que isso acontecesse, ela pensava que amava tanto Bruno, que com ele sua vida ia melhorar, mas ele piorou tudo. Quando chegou ao seu apartamento, ela jogou as chaves e o casaco no sofá e foi preparar um chocolate quente.
Ligou a TV, mas só passava coisa chata, quando ia desligá-la, o telefone tocou e ela foi atender.
- Alô?
- Por favor, eu poderia falar com ?
- É ela, quem fala? – perguntou assustada.
- Ah, me desculpe, eu sou quase dera um grito, era , o carinha que ela tanto amava da banda McFly, e que sua mãe dizia que quando pequenos já foram amigos.
- Ah sim! Um momento... – soltara o telefone e foi buscar o seu chocolate quente. – Pronto, pode falar.
- Bem, hoje eu estava andando na rua e peguei sem querer um papel, e nele havia uma frase e o seu nome, eu procurei o seu telefone na lista telefônica e quando minha mãe viu o seu nome ela disse que conhecia a sua família – riu. – Então fiquei curioso e queria te ligar, algo dizia que eu ia te encontrar, ei, por que você está rindo?
- Porque minha mãe já falou de você, eu já pensei em me aproximar de você nos shows do Mcfly, mas provavelmente você ia pensar que eu era uma fã louca dizendo: ‘Ei, ei, espera a gente se conheceu quando éramos pequenos, minha mãe me contou’ – Agora fora a vez de rir.
- Bem isso é verdade, mas agora a gente está se falando, né? – sorriu.
- Pois é, mas por que a vontade de me ligar? – perguntou .
- Não sei, aquela frase me lembrou algo, sabe, algo bem antigo, mas eu não sou tão velho assim – começou a rir, e sem querer derramou chocolate-quente nela mesma.
- Oh! Isso queima, espere – largou o telefone e começou a gritar, até que jogou água no local e voltou.
- Alô? ? Você está bem? – riu e fingiu estar com dor ainda.
- AIII!!! MINHA PERNA, ACHO QUE QUEIMOU MESMO!! DÓI MUITO, E EU ACABEI DE CAIR NA COZINHA, DEVO TER QUEBRADO ALGUMA COISA.
- NOSSA! Você quer ajuda? – disse assustado quase querendo passar pelo gancho do telefone.
- Eu to brincando, bobo, eu estou bem, só caiu chocolate quente na minha perna – Depois que disse isso, começou a imaginar coisas e percebeu por causa do silêncio. – ! Pára de imaginar coisas.
- Quem disse que eu estou imaginando algo? – riu.
- Sua risada te condena – fingiu estar séria, mas não aguentou e começou a rir. – Bem, já que você ligou, o que quer saber sobre mim?
- Bem, o que aconteceu hoje com você? – perguntou .
- Eu fui trabalhar, depois saí com meu namorado e... – ia continuar mas a cortou.
- Então você namora? – bufou.
- Posso continuar? – ficou assustado com a garota
- À vontade, dona! – disse .
- Então como ele estava demorando eu escrevi uma frase em um papel e joguei, mas no que eu joguei um carro passou e o cara que dirigia acabou pegando o papel, pela primeira vez eu vi alguém pegar o papel que contém as frases que eu escrevo, e depois eu briguei com meu namorado, e terminei com ele.
- NOSSA! Que dia – disse o que fez dar um sorriso abafado pelo barulho da TV que ela aumentou sem querer.
– Nossa, deixa-me abaixar isso - abaixou o som da tv e voltou a falar com ele. – E como foi o seu dia?
- Entediante, e acabei discutindo com a minha namorada, a gente não terminou, mas sinto que isso vai acontecer – sorriu amarelo.
- Ah! Entendo.
Ficaram conversando e contando tudo que havia acontecido com eles, pareciam amigos de infância, o que, pelas mães deles, era verdade. Riram, gritaram, principalmente por ser desastrada, até que ela viu que já eram duas horas da manhã.
- Nossa! Já são duas da manhã – gritou e ao mesmo tempo.
- Bem, eu tenho que desligar – disse e gritou.
- Espera, pelo menos me diz o que eu escrevi no papel, eu costumo esquecer, é como se fosse um momento de transe e eu escrevo sem saber realmente o que fiz – sorriu.
- Nossa! Você tem o dom – riu com o que disse – Espere vou pegar o papel.
levantou do sofá e foi até a mesa pegar um pedaço de papel que havia guardado num caderno onde ele guardava tudo que era importante, enquanto isso assobiava a música do gás que aprendeu quando foi para o Brasil.
- Voltei – parou de assobiar
- Pode falar – nesse momento o seu cachorro deitou na sua perna e um vento muito forte começou a bater.
- Bem, “Eu te amo, acho que realmente a pessoa certa nunca lerá o que eu estou dizendo, não sei, mas com certeza o vento a encaminhará para ela, eu vou entender se não for o Bruno, mas eu realmente queria ser procurada por quem achou, pois essa deve ser a pessoa que eu realmente amo, nunca acreditei nessas coisas, mas eu sinto que todos têm alguém para amar, e eu espero encontrar o verdadeiro amor, às vezes eu estou dormindo e tenho o mesmo sonho desde quando era pequena, eu estou com um cara e sou bem mais velha, bem devo ter a idade que eu tenho agora, e ele sussurra uma coisa no meu ouvido, eu ainda lembro e eu acho que é você, você que está lendo essa carta, bem tomara que você seja um homem, não gosto de mulheres, eu lembro da afeição dele, e do seu doce toque sobre minha pele, a sua voz, se eu pudesse sentir isso tudo de novo. Eu não me arrependeria, às vezes eu apenas durmo para ouvir ele chegar e falar pra mim: Você é meu anjo, sempre estarei contigo, ”.
se arrepiara, conseguia se lembrar do garoto que estivera no seu sonho, e então via que a voz dele era parecida com a de .
- ? – falou docemente
- Sim – falou receosa.
- Vai até a janela, sacada, ou qualquer coisa que dê para ver o céu – pedira.
- Mas...
- Apenas vá – afirmou e foi até a sacada com o telefone na mão e viu que o céu estava lindo.
- , o céu está lindo – sorriu.
- Bem, agora olhe para o lado – Quando olhou viu que ele era o seu vizinho.
- Mas... Como? – deixara uma lágrima escapar
- Bem, eu apenas senti – sorriu.
foi até a ponta da sacada que dava de lado para a de e ele fez o mesmo. levantou a mão e o imitou, era como se um sentisse a presença do outro mais perto, como se não houvesse aquela diferença de espaço.
- Eu sempre estarei...
- Com você...
- Meu doce anjo – sorriu e começou a chorar. – Eu te amo.
- Também te amo – disse, acenou para e voltou para o seu apartamento, agora sim percebera e descobrira que o verdadeiro amor existe, e ela sempre amaria e sempre seria dele.
Ela deitara na cama e adormecera pensando em , em como sua vida mudara em apenas um dia, agora era seguir em frente e o que for pra ser será. teve o mesmo sonho, a diferença era que nesse ela estava na sacada com , mas as palavras eram as mesmas: ‘I love you, my sweet angel’

Who can say when the roads meet,
That love might be,
In your heart
Only Time
Only Time - Enya

Fim!

N/a: Bem não sei se era isso que vocês esperavam, mas eu fiz pra minha amiga que está fazendo aniversário, aninha covinha *--* minha Fletcher favorita 8D
Te amo melhor amiga s2
Espero que tenham gostado, n sei se da pra fazer continuação, mas se der e vcs quiserem me avisem ok?

xoxo,
Evelyn

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