namorando em casa, by tataaa x)

'Finalmente, é hoje que ele vem!' Eu pensava, feliz e contente, só por imaginar que em alguns minutos eu o veria atravessar a porta.
Estava indo à cozinha para pegar algum doce quando ouvi: Bllliiiim Blooooom!
Corri até a porta e só vi a sombra dele através do vidro, aparentemente ansioso. Abri.
- OOOoiii ! - eu disse com aquele sorriso colgate, olhando a caixa de chocolates que ele havia trazido. - Tudo b...? - aí eu não vi mais nada, só longos cabelos tapando minha visão: mamãe .
- ! Que prazer ver você aqui! Entra, vamos... - ela deu o beijo no rosto dele, o beijo que eu, a namorada dele , que devia dar!!! Sem contar que pegou a caixa de chocolates e sumiu com ela, e ainda olhou pra mim, como que me desafiando; vai entender essas mães de hoje...O_O
entrou meio desconcertado, deu para perceber.
- Sua mãe é bem educada, né? - ele disse, sorrindo maliciosamente.
- E você nem viu nada ainda... Fica vendo... - cochichei, rolando os olhos pra cima.
Eu ia aproveitar a brecha que dona Ana tinha ido à cozinha para abraçar e já estava até se aproximando, quando:
- Hey vocês dois. Distância! - ela colocou as duas mãos na cintura e estava olhando brava pra gente.
- Mas mãe, eu só ia...
- Eu exijo respeito, ora essa... - e saiu de novo, resmungando: 'esses adolescentes...'
tentava não cair na gargalhada.
- É, eu entendo sua mãe... Não quer que a filhinha dela faça certas coisas - e aí ele fez uma carinha maliciosa, mas muito fofa que deu vontade de apertar - escondida dela! - e desatou a rir.
- ... Entenda, eu só não quero criar problemas com ela... - suspirei. Ele se aproximou e conseguiu roubar um selinho, me abraçando. - Okay , vamos ver o que dona Ana vai fazer agora....
Nós nos separamos, por que ouvimos passos, descendo a escada.

Essa idéia de namorar em casa é relativa: eu até aceitei, mas por que eu achava que minha mãe era uma pessoa normal. Bom, achava né? Acho que é ciúme... Ele transforma as pessoas O_O.

-Vamos assistir algo interessante? - ela perguntou, com uns DVDs na mão.
Olhei pro e eu senti que ele queria continuar rindo, não sei o por quê.
-Okay mãe... O que a senhora tem de bom aí? - eu perguntei, receosa.
-Ah, tenho um de músicas muito boas.
sentou-se no sofá e cruzou as pernas, descontraídamente; ora, como era esperado, eu sentei bem do lado dele, olhei e sorri, recebendo uma piscadela.
Minha mãe colocou o DVD e virou-se para sentar-se no sofá: ela não tinha visto que a gente tinha sentado um do lado do outro: pois então, ela ficou na minha frente e fez sinais com a mão pro lado, como que dizendo: 'vai pra lá menina, você não vai sentar do lado dele!'. E assim foi: eu afastei um pouquinho e ela sentou-se entre e eu. Tragédia .
Olhei para ele e vi que tentava a todo custo segurar o riso, mas era impossível.
Cena linda: nós três assistindo 'We Are The Word', 'Thriller' e mais um monte de coisas antiquérrimas (não que eu não gostasse de algumas músicas, mas elas não eram 'favoráveis' para a ocasião, se é que você me entende...); minha mãe com cara de palha sonhadora, reprimindo o riso e eu lá, com cara de tacho
Senti que olhava pra mim, esperando que eu olhasse de volta; olhei e tive que fazer leitura labial:
"Hey linda, o que vamos fazer?"
"Não sei..." fiz cara de desesperada, o que o fez rir mais ainda. "Se a gente pudesse distraí-la...”
"Ah, claro..." ele assentiu com a cabeça "mas como?"
"Finge alguma coisa... ataque, sei lá..." eu me virei, por que parecia que dona Ana tinha visto que a gente conversava.

- Socorro! Eu estou morrendo! SOCORRO! - de repente colocava a mão no coração e fazia uma cara de dor. Depois colocou a mão na testa, dramaticamente, e disse: - Um médico! PelamordeDeus um médicooo! Está tudo ficando tão escuro....
Enquanto ele tinha esse ataque mais fajuto, minha mãe correu à cozinha e voltou com um grande balde, tacando na cara dele. O sofá todo ficou comprometido, o balde era gigantesco, e estava cheio de água. levou um susto bem maior que todo mundo, porque não esperava essa, e nem eu, pra falar a verdade.
Depois da baldada de água gelada, ele 'desmaiou'.
-Olha só o que a senhora fez mãe! E a gente nem tem roupa pra emprestar pra ele! - eu disse, olhando ora para minha mãe, ora para .
- Ah filha, era o único jeito. Aliás, ele tá até melhor, olha...- dona Ana apontava para o garoto, que acordava vagarosamente olhando tudo com disfarçado riso.
- Vem - minha mãe se preparava para ajudá-lo a levantar - eu vou te levar até o banheiro..
- Não mãe, pode deixar, eu levo! A senhora já ajudou demais hoje! - então o puxei pelos ombros e o ajudei a subir as escadas.
Levei até o banheiro e o fiz sentar no vaso sanitário, porque ele ainda fingia.
- Sua mãe já foi? - ele sussurrou, abrindo um olho só.
- Filha, achei uma muda de roupa do seu pai. Será que serve nele? - ela abriu a porta do banheiro e me viu abanando . Coitado, cada uma...
- Acho que sim mãe... deixa, ele já está voltando a si. Vou pro meu quarto. - então nós duas o deixamos no banheiro, fechando a porta em seguida.
- Não sabia que ele tinha problema no coração, filha... - ela me olhou com uma cara assombrada.
- Acredite, mãe... nem eu...O_O - dei as costas e fui pro meu quarto, também fechando a porta em seguida.
Colei o ouvido na porta e ouvi que ela descera as escadas, corri de volta pro banheiro. Abri lentamente a porta e me deparei com um seminu, só de jeans.

- Ah, , você me assustou! - sussurrou ele, puxando-me para um beijo. O contato com a pele dele, gelada e molhada me fez tremer involuntariamente; ele me prensou na parede do banheiro delicadamente, os corpos colados, as duas mãos passeando pelo corpo do outro, de maneira cada vez mais ousada. Aí que eu me dei conta que eu estava seca, e ele molhado.
- - separei o beijo olhando-o assustada - olha só... - e mostrei minha regata roxa, que tinha manchas mais escuras, mostrando que estava molhada.
- Não tem problema ... a gente se livra dela... - ele acrescentou malicioso, tirando-a e prestando atenção em cada detalhe do meu corpo com um sorriso de canto, que me deixava completamente envergonhada.
Ele trancou a porta lentamente, para não fazer barulho; e eu, assustada e ansiosa, nem conseguia imaginar que cara a minha mãe faria se visse a filhinha dela fazendo as certas coisas que já tinha insinuado.
Toc Toc Toc.
- , tudo bem aí? - era minha mãe do outro lado da porta. Instantaneamente, prendi a respiração.
- AAaaah siim, dona Ana, tudo okay - ele fazia uma voz meio grogue ainda. Ele era ótimo ator, devo admitir....
-Então tá... está no quarto dela, chame-a e desça com ela depois que terminar a ducha, tudo bem?
-Tudo b...
- Não, esquece ... Eu vou ter que sair... a coca-cola acabou e ela não fica sem... Vou buscar, você a avisa que eu não demoro?
- Okay dona Ana - ele me olhou mais maliciosamente ainda, se é que era possível - eu aviso.
-Até mais, ...
Nos encaramos: ele parecia feliz, mas eu não.
- , é melhor a gente brecar aqui - eu disse, tentando desgrudar dele, mas parecia impossível.
- Não... quero ver até onde isso vai dar... - ele mordeu meu lábio inferior, ao mesmo tempo que suas mãos dirigiram-se ao cós do meu jeans, me fazendo estremecer de novo.
-Seu pervertido... - ri, beijando-o com intensidade.
Nossas roupas já estavam no chão há muito tempo, estávamos curtindo o corpo um do outro, naquela mesma posição: eu prensada na parede e ele contra mim, me fazendo sentir cada centímetro de seu corpo definido; não tinha avançado muito por que ele sabia (eu acho) o quanto eu estava nervosa, mas ele continuava me beijando do jeito que levaria qualquer garota à loucura sem muito esforço.
Quando eu senti sua excitação (não que eu não tivesse sentido antes... eu só tinha dado atenção pra ela agora =P), cada vez mais crescente, eu decidi ceder: ah vá, não é todo dia que se tem um nu grudado em você e...
- , tem certeza que está tudo bem? - era minha mãe do lado de fora de novo, francamente!
- Sim sim, dona Ana...
- É que faz meia hora ou mais que você está ai e eu não ouvi o barulho do chuveiro! - ela parecia nervosa e ansiosa.
- Ah, mil perdões dona Ana, que folga a minha... É que eu nem vi o tempo passar - e dizendo isso, ele sorriu pra mim, passando a mão em minha cintura. Uh, provocante.- Já estou saindo, estou melhor agora.
- Tá... aliás, você viu a ? Ela disse que estava no quarto, mas eu não a encontrei lá... - ai, que merda...e agora?
- Se eu não me engano, ela deve ter dado uma saidinha, não sei...
-Ah, tá... - ficamos os dois à espreita, ouvindo os passos se distanciarem, para depois cairmos em uma gargalhada silenciosa.
-Tá vendo o que você me faz ? Abusar da hospitalidade da sua mãe...
-Vá tomar seu banho ... - eu ri, colocando minhas roupas, ainda molhadas.

***


Descíamos as escadas quando minha mãe apareceu, toda aflita.
- Filha, onde céus você se meteu todo esse tempo?õO
- Eu tive que sair, mas foi coisa rápida... A senhora tinha saído.
- Ah sim... Verdade, que cabeça a minha! Mas tá bom, melhor ?
- Sim sim, muito melhor agora... - ele sorriu para minha mãe, que devolveu o sorriso.
Ela se aproximou, abraçou-o pelos ombros e, engatando uma conversa, o levava pra cozinha:
- Mas me conte, o quê ocorreu filho ? Você tem problema no coração, é isso?
- Ah sim, dona Ana, um caso bem sério, os médicos nem sabem do que se trata...- ele deu uma olhadela disfarçada e uma piscadinha, a menos inocente de todas.

É, acho que vou convidar para vir mais vezes em casa... Quem sabe minha mãe não encafifa de mostrar pra ele fotos antigas e nós fiquemos presos no porão?(6)


End 8)


n/a: Heey, espero que gostem! Minha primeira fic pensando no Jones *-* Eu tava meio travada pra escrever fics, sabem...então não sei como ficou O_O Mas táá...agradecimentos à beta, a Rafa.... =) segunda fic que ela beta pra mim 8) Bem, é isso ae dudes.... comentem, eu fico mto feliz com seus comentários *-*
beeeijão x)


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