_______- Veeem, sobe! – o garoto implorava.
_______- Não!!! Você é alto demais, seu bobo! E imagina o que as outras pessoas vão pensar da gente! – a garota ria, ao mesmo tempo em que sentia medo.
_______- E o que as pessoas vão pensar? Que a gente tá namorando? Problema delas! O que importa é que a gente não está! E que nós somos só amigos, boba! Vem, anda logo, sobe! Vai ser divertido, eu prometo.
_______- Nããão! – a garota estava com medo.
_______O garoto deu meia-volta e olhou nos olhos da garota, que se encontrava em cima do tablado da sala de aula vazia.
_______- O que foi, ? – ele olhava fixamente para o rosto da garota.
_______- Eu estou com medo. – ela confessava.
_______- De cair?
_______- Não! – ela queria dizer. – “De me apaixonar por você”.– mas não conseguia falar o que lhe vinha na cabeça.
_______- Medo de que, então? – ele estava confuso. Medo de cair? Ele nunca a deixaria cair. Muito menos se machucar. Não se fosse por causa dele. – Vamos, suba logo, antes que fechem a sala!
_______- Mas... – ela queria, mas tinha medo. Medo de se apaixonar pelo melhor amigo. Tinha medo de depois não querer se separar dele e ter que fazê-lo.
_______É só uma brincadeira, , deixa de ser boba! _______O garoto não esperou resposta. Enquanto a garota ainda se decidia, em cima do tablado, ele agarrou suas pernas e as encaixou nas suas costas.
_______Ela soltou um grito.
_______- PÁRA! ME SOLTA! ME DEIXA NO CHÃO! ! – ela tentava lutar em vão contra a força de um homem.
_______- Não, senhora! Agora você não me escapa! Você vai ver como é divertido. Se segura, hein!
_______Ela sorriu. E então envolveu o pescoço do garoto com seus braços. Descansou a cabeça no ombro dele. Ela estava tão perto dele, do rosto dele, que dava pra sentir o perfume que ele havia colocado depois de sair do banho. Se ela chegasse só um pouco mais próxima, conseguiria distingüir a fragrância.
_______Devagar e com muita cautela, se aproximou da nuca e foi deslizando o nariz até o pescoço. Era um perfume caro, isso ela tinha certeza. Doce, mas ao mesmo tempo quase ácido. Suave, mas ao mesmo tempo forte, que marcava sua presença. Bom... Mas ao mesmo tempo tão, mas tão, ruim.
_______- Ei, mocinha! O que você está fazendo aí? – ela fora interrompida pelo dono do perfume.
_______- , você é tão cheiroso. – ela deixou escapar.
_______- Como? – ele não tinha entendido. Cheiroso? – Você está aí, colocando a sua fuça no meu pescoço, sua safada! – ele levou na brincadeira. Mas estava preocupado.
_______- Hum, desculpe. Foi inevitável.
_______- Esse perfume foi meu pai que deu. Ele tem um gosto muito bom para esse tipo de coisa. Eu uso esse perfume faz alguns anos... Talvez uns dois. Mas ainda não me cansei dele. – ele tentou disfarçar.
_______- É muito bom mesmo. Quem sabe, um dia desses, seu pai poderia escolher um perfume pra mim. – ela sorriu.
_______- Boa idéia. Você só tem que conhecê-lo. Daí ele vai poder escolher alguma fragrância que combine bastante com você. – ele sorriu de volta para . Por que ele achava que queria beijá-la? Por que ele queria beijá-la?
_______Ele foi se aproximando lentamente do rosto dela. Ela ia se aproximando tão lentamente quanto ele, ao encontro de seus lábios. O garoto era movido pelo impulso. A garota já não respirava mais. O que os separavam eram poucos centímetros. Ele estava quase alcançando-a. Os dedos começaram a relaxar. Ele nem pensou que poderia, naquele momento, deixá-la cair. Ela estava escorregando, mas nem ligava. Até que centímetros tornaram-se milímetros e...
_______- Ei, psiu! – o zelador chamara a atenção do casal.
_______Ele levou um susto. E saiu do transe em que se encontrava há poucos segundos. Sacudiu a cabeça. O que ele estava pensando? Não poderia ter vontade de beijá-la. Aquilo não estava certo.
_______Ela voltou a respirar. Viu os cabelos do garoto se balançarem. Estavam mais desarrumados do que nunca. Seu coração batia muito rápido. E percebeu que tinha parado de escorregar.
_______Com o susto, ele a segurou firme. E percebeu, naquela hora, que não poderia tê-la. Se a tivesse, poderia deixá-la escapar. Assim como quase a deixou cair, quando o impulso de querer ter seus lábios se tornou mais forte e os dedos relaxaram.
_______A única coisa que ele não sabia era que ele já a tinha.
_______- Você quase me deixou cair. – ela se sentia insegura.
_______- Mas eu prometi que não ia deixar você escapar. Você já deveria saber que eu nunca deixaria você cair. – ele disse sério.
- Mentiroso. – ela riu.
Eu nunca deixaria você se machucar por mim, pequena.
E a única coisa que ela não sabia é que ele nunca a deixaria escapar.
***
Len's diz:
Ah, God, é a segunda! Segunda vez que eu escrevo uma fic pro site! Pra comemorar a volta da Bia junto com a minha criatividade. É assim mesmo, bia: você viaja e a criatividade tira férias também.. Você volta e ela vem com tudo *.*
Criatividades a parte, eu gostei tanto dela! Da fic, quero dizer. Ela é pequeninha, mas é de coração, viu? Ahhhh, e ela tem parágrafo! Graças a Bia e suas idéias ÓTIMAS. Sério, agora eu tenho PARÁGRAFO, não é uma maravilha? *.* [2]
E se você gostou, esteja certa de que aceitarei com o maior carinho um comentário seu!
Agradeço de coração por você ter chegado até o final (L)!
Não esqueça que eu tenho outra fic:
Meu melhor amigo Aliás, por que essas minhas fics só têm coisa com o melhor amigo. o.O' Que bizarro.