-
null, você devia largar de ser
obcecada, sabia? – null
exclamou divertida, vendo a amiga morder o canudo do seu refrigerante em
aflição, ao ver null e null
entrando na lanchonete.
-
Eu não sou obcecada!- ela protestou,
terminando com o que havia dentro do copo. – Eu não posso fazer nada se tenho a
incrível sorte de gostar de um cara que tem namorada.
Os
olhos verdes da menina acompanharam todo o trajeto de null
e null.
null
rolou os olhos.
-
Sabia que se você não tirar os olhos do null
logo, a null vai reparar as suas
nada discretas secadas e vai vir tomar satisfação com você? – a amiga voltou a
dizer.
null
deu os ombros, voltando os olhos para o copo de refrigerante, agora vazio, a
sua frente.
-
Ninguém manda ela namorar o cara que eu gosto.
-
Não, amiga, ninguém manda você gostar
do namorado alheio.
null
suspirou e sorriu maliciosamente.
-
Ele me ama também. – ela disse displicente.
-
Amiga, se ele te amasse ele não estaria namorando alguém que não é você, não
acha?
-
Ah, null, você sabe, ele deve
estar com medo de terminar com a palhacinha-sem-graça. Sabe como, é. – null
disse sem se preocupar com a altura de sua voz, abanando as mãos.
-
Certo. – a outra riu. Virou-se rapidamente para o lado e fez um gesto ao
garçom, pedindo a conta. – E como é mesmo que você disse ter descoberto isso?
-
Eu não disse, chata. – null riu.
– Mas eu sei porque... Oras, o rapaz não tira os olhos de mim. Vai dizer que você
mesma nunca reparou a forma como ele olha pra mim.
null
não respondeu de imediato.
Primeiro
pegou uma nota que a amiga lhe oferecia e depois mais dinheiro na própria
carteira. Entregou o dinheiro ao garçom e pegou o troco, jogando as moedas na
bolsa.
Depois,
a ruiva olhou para null por cima
dos óculos de armação rosa com pedrinhas brilhantes, e franziu a testa.
-
Certo... – ela disse. – null null
realmente vive te secando, mas você não realmente precisava se convencer disso
desse jeito. – ela riu.
null
sorriu com cara de “eu não disse?”.
-
Se aquele idiota gosta de mim, por que diabos não termina com a sem sal da “null”
e fica comigo logo.
-
Hello! – null disse como se
fosse obvio – Honey, acorda, você acha que ele vai terminar o namoro correndo o
risco de você não querer nada com ele? Acorda amiga, feminismo é bom, mas a
verdade é que homens não são burros não.
null
deu uma olhada por cima do ombro.
null
tinha uma cara de tédio, e ela pôde ver porque. Aparentemente, null
tinha comprado uma bomba de chocolate e queria convencer null
de morde-la de um lado enquanto ela o fazia de outro.
-
Olha aquilo! – null exclamou. –
Vê se pode... A menina é louca mesmo!
-
Ou romântica.
-
Não, ela é louca.
-
Romântica.
-
Louca.
-
Louca.
-
Mais do que louca. Brega, sem noção, sem estilo.
null
desistiu, dando os ombros.
-
Se você se acha tão superior, porque não a desafia?
null
olhou para null, curiosa, e a
puxou de volta para a mesa.
-
Desafiá-la como?
-
Não foi bem desafiar que eu quis dizer. – null
disse calmamente, checando o estado das unhas. – Quero dizer, ela não
aceitaria, já que não teria chances contra você.
-
Admite que ela é ridícula?
null
riu de deboche.
-
Mas é claro, amiga, qualquer uma que não use Colcci ou Gucci é brega... Nem ao
menos uma bolsinha Vitor Hugo a menina usa, fala sério, né!
null
concordou com a cabeça.
-
Mas o que você quis dizer com desafiar.
-
Eu já disse que não quis dizer desafiar... Quis dizer que se você tem tanta
certeza que o null puxa uma
mala por você, e eu concordo, vai atrás, ué... Rouba ele dela, não seria a
primeira vez mesmo.
null
riu, olhou para cima e jogou os cabelos null
para trás vaidosamente.
-
Sabe que... Eu gostei da sua idéia... – ela levantou-se animada. – Vamos então?
– ela disse em um tom mais alto de voz, chamando atenção ali.
null
sorriu, rolando os olhos, e se levantou.
null
virou-se de costas para a amiga, fingindo pegar a bolsa.
-
null! – ela exclamou feliz, indo
até a mesa do rapaz. – Que surpresa, não tinha te visto aqui.
null
olhou feio para ela, que não ligou. null
apenas abriu um sorriso bobo e desconcertado.
-
Ora! Ora! Ora! Se não é a patricinha mais chata da escola. – null
disse.
null
olhou para ela e sorriu.
-
null! Tudo bom, querida? – e deu um
beijo rápido no rosto da outra.
-
Escuta, null, se você sabe que
eu e o null estamos namorando,
porque você ainda dá em cima dele.
null
abriu um largo sorriso.
null
Halles não era alguém, definitivamente, escrupulosa. Muito pelo contrário, era
conhecida por ter coragem, maldade e cara-de-pau suficientes para fazer todas
as coisas que uma adolescente normal não faria.
-
Ué, null, porque eu não gosto da
namorada do null. – ela disse em
tom de inocência.
-
O-que? – a outra perguntou, abismada.
Sem
nenhuma cerimônia, null sentou-se
no colo de null, fazendo o menino
sorrir.
-
Eu acho... Que você precisa de uma namorada nova... – ela disse, sorrindo. – E
podia ser eu.
Ela
riu e virou o rosto para encarar a expressão abismada de null,
que mantia a boca aberta, em choque.
Voltou
o olhar a null, que hesitava em
colocar as mãos na cintura da menina.
-
Eu... É... Bom, talvez eu...
-
null! – null
gritou, interrompendo o rapaz.
null
deu um beijo no rosto dele e se levantou.
-
Vejo vocês no parque, meus amores. – ela disse antes de ir até null
e sair do restaurante com a amiga.
null
levantou da mesa, abruptamente.
-
Vamos embora, null, eu quero ir pra
casa.
Ele
levantou, virando os olhos e bufando.
-
Mal chegamos, null.
-
E daí? Leva-me pra qualquer outro lugar, agora!
O
menino sorriu.
Hey hey You you
I don't like your girlfriend
No way no way
I think you need a new one
Hey hey
You you
I could be your girlfriend
Hey hey You you
I know that you like me
No way no way
You know it's not a secret
Hey hey
You you
I want to be your girlfriend
You're so fine
I want you mine
You're so delicious
I think about you all the time
You're so addictive
Don't you know what I can do to make you feel all right?
Don't pretend I think you know I'm damn precious
And how, yeah,
I'm the motherfucking princess
I can tell you like me too
And you know
I'm right
- Eu não acredito que você me trouxe ao parque de diversões, null!
– null bufava, furiosa.
-
Amor. – ele disse. – Eu quero me divertir um pouco!
-
Sei bem que você quer. – ela disse.
-
O que acha de irmos jogar golfe?
Um
sorriso surgiu no rosto de null.
-
Ai amor, brigada. Você sabe que aquela piranha da Halles não vai estar lá, né?
-
Exatamente. – ele respondeu, com um sorriso sincero.
Os
dois andaram pelo parque, apenas olhando as crianças se divertirem, e logo
chegaram no campo de mini-golfe.
Ela
pegou um taco e ele outro e os dois foram jogar.
She's like so whatever
You can do so much better
I think we should get together now
And that's what everyone's talking about
Hey hey You you
I don't like your girlfriend
No way no way
I think you need a new one
Hey hey You you
I could be your girlfriend
Hey hey You you
I know that you like me
No way no way
You know it's not a secret
Hey hey You you
I want to be your girlfriend
I can see the way I see
The way you look at me
And even when you look away
I know you think of me
I know you talk about me all the time
Again and again
So come over here
Tell me what I wanna hear
That I'll, yeah, make your grilfriend disappear
I don't wanna hear you say her name ever again
And again and again and again cause
She's like so whatever
You can do so much better
I think we should get together now
And that's what everyone's talking about
Hey hey You you
I don't like your girlfriend
No way no way
I think you need a new one
Hey hey You you
I could be your girlfriend
Hey hey
You you I know that you like me
No way no way
You know it's not a secret
Hey hey You you
I want to be your girlfriend
null
suspirou pesado ao ver a sua bolinha ir direto ao buraco número três.
Ela
sorriu vitoriosa para null, que
bufou.
A
menina posicionou a própria bolinha onde a de null
estava anteriormente e recuou o taco para jogar.
-
Eu. Não. Creio! – null disse
pausadamente.
-
Que foi, amore? – null perguntou,
levantando a cabeça.
Ela
levantou a cabeça para onde null
olhava e sorriu imediatamente.
A
menina jogou o taco no chão e pegou a mão da amiga.
-
Vamos lá. – ela disse.
As
duas atravessaram a ponte que havia em cima de um pequeno laguinho e foram em
direção ao casal que jogava no buraco quatro.
-
Hey, dears! – null exclamou
para os dois.
A
menina levou as mãos na cabeça, irritada. O rapaz ao lado dela sorriu.
-
Gente! – null começou, cínica. –
E olha que eu estava brincando quando disse que os via aqui!
-
Nós bem sabemos como é coincidência, né null?
– null reclamou.
-
Ah, deixa elas, amor...
-
Não deixo nada! – a namorada exclamou. – Você não vê que ela quer te tirar de
mim, null?
-
Ah, bobagem, null.
null
deu uma tossidela que chamou a atenção do casal.
-
Gente, não briguem só porque eu quero o null
pra mim... Vocês têm uma relação tão linda, xuxus!
-
Sua cínica! – null fez menção de
avançar em cima de null, mas null
impediu-a.
null
fez uma expressão séria, quase como se fosse uma pessoa sensata.
-
Solta ela, amore, nós realmente temos que resolver isso.
-
Por que vocês não disputam o null
numa partida de Kart? – null
sugeriu.
-
Parece justo. – o rapaz comentou, levando um forte tapa da namorada no braço em
seguida.
-
Justo nada! A null não tem
chances contra mim no Kart. – null
reclamou.
-
Eu abro mão do direito de igualdade. – null
piscou. – Só porque sou boazinha.
null
a olhou com cara de “meu Deus, a menina é louca mesmo”.
-
Como você tem coragem de dizer todas essas coisas sem o menor pudor?
-
Simples. – null disse, dano os
ombros. – Eu corro atrás do que eu quero, amore.
-
Cínica!
-
Sincera até demais. – null
observou, fazendo null rir e levar
outro tapa.
null
bufou alto.
-
Certo! – Ela disse e se virou para null.
– Vai, me dá dinheiro para alugar o equipamento do Kart.
Prontamente,
null tirou dinheiro da carteira e
entregou à namorada, que saiu pisando fundo até a tenda do Kart.
null
foi atrás.
-
Então. – null disse, sorrindo para null.
– Você acha que vai perder.
Ela
se aproximou do rapaz, colando seu corpo no dele. Aproximou os lábios dos dele
sem toca-los.
-
Você espera que sim? – perguntou.
O
rapaz murmurou alguma coisa incompreensível.
A
menina, então, aproximou os lábios do ouvido dele.
-
Você vai sair desse parque na palma das minhas mãos. Sabe por que? Porque eu
posso fazer melhor que ela. Não há garota boa o suficiente para você, gatinho. –
a menina riu de leve e olhou para null
com desdém. – Francamente, o que diabos você estava pensando quando catou a
pobrezinha?
-
Eu...
-
null! – null
gritou. – AQUI! AGORA!
-
Eu tenho que ir.
null
sorriu travessa e se afastou dele, dando-lhe mais um beijo no rosto.
In a second you’ll be wrapped around my finger
Cause I can
Cause I can do it better
There's no other
So when it's gonna sink in?
She's so stupid
What the hell were you thinking?
In a second you’ll be wrapped around my finger
Cause I can
Cause I can do it better
There's no other
So when it's gonna sink in?
She's so stupid
What the hell were you thinking?
Hey hey You you
I don't like your girlfriend
No way no way
I think you need a new one
Hey hey You you
I could be your girlfriend
No way, no way
Hey hey You you
I know that you like me
No way no way
You know it's not a secret
Hey hey You you
I want to be your girlfriend
No way, no way Hey hey You you
I don't like your girlfriend
No way no way
I think you need a new one
Hey hey You you
I could be your girlfriend
No way, no way
-
Prontas? – perguntou o homem do Kart, entre os carros de null
e null. Ele pôde ver as duas
assentirem, veementes. – 3, 2, 1... VAI!
Os
dois carrinhos saíram em
disparada. De um lado uma null
coberta por coletes, luvas, capacetes e raiva. Do outro, uma null
de saia curte, baby look branca e expressão despreocupada.
Curvas
e mais curvas seguiram-se.
As
duas andavam lado a lado, na mesma velocidade.
null
olhou para o lado e viu null
dirigir sem preocupação. Encheu os olhos de raiva e prendeu o acelerador no
chão do carrinho.
Assim,
conseguiu distanciar-se um, dois até cerca de cinco metros. Olhou para trás e
sorriu vencedora para null.
A
menina mandou-lhe um beijinho simpático.
null
gritou alguma coisa para ela, sem ver a curva e bater na frente.
Deu
ré e voltou ao trajeto normal, amaldiçoando null
que estava novamente ao seu lado.
-
null! – a patricinha gritou. A
outra olhou com raiva.
-
O QUE, MEGERA?
Faltava
apenas uma curva e alguns metros.
-
EU – ela fez um sinal de coração no ar, largando o volante por um segundo. –
VOCÊ!
E
então virou o carro abruptamente, batendo de lado no que null,
que rodou na pista.
null
sorriu sozinha e pulou para fora do carro, depois de passar pela linha de
chegada.
Pulou
a cerca que separava a pista de Kart do resto do parque e sorriu para null
e null.
-
Ganhei, amores meus. – ela disse sorrindo.
Chegou
ao lado de null e parou a boca na
bochecha dele, fazendo biquinho para null
tirar um foto.
-
EU-MATO-VOCÊÊÊÊÊÊÊ! – ela ouviu null
gritar.
A
menina corria rápida em sua direção.
Uma
música agitada começou a tocar e null
sorriu.
-
Vamos dançar, amore. – exigiu, puxando null
pela mão.
null
parou no meio do trajeto e arregalou os olhos.
null
dançava de maneira sexy perto de null,
esfregando seu corpo no do rapaz.
null
crispou a boca e saiu correndo na direção de null,
que jogou-se nos braços de null,
ainda dançando.
Ela
instruiu o rapaz a rodar, saindo do caminho de null.
Esta,
por sua vez, passou pelos dois a seco e, tentando parar, olhou para trás.
-
Tão ingênua. – null lamentou,
balançando a cabeça negativamente ao ver null
tropeçar nos próprios pés.
A
menina rolou pela grama do parque e terminou dentro do laguinho de golfe.
null
suspirou alto e foi comprar um sorvete.
-
Er... Você dança bem. – null
comentou, envergonhado.
-
Eu sei. – null respondeu. – Por
esse e outros motivos que eu afirmo: pra que teimar, se só eu sirvo pra você,
amore?
O
rapaz deu os ombros.
-
Se você diz...
null
sorriu e o enlaçou pelo pescoço, beijando-o com gosto.