- , você devia largar de ser obcecada, sabia? – exclamou divertida, vendo a amiga morder o canudo do seu refrigerante em aflição, ao ver e entrando na lanchonete.
- Eu não sou obcecada! - ela protestou, terminando com o que havia dentro do copo. – Eu não posso fazer nada se tenho a incrível sorte de gostar de um cara que tem namorada.
Os olhos verdes da menina acompanharam todo o trajeto de e .
rolou os olhos.
- Sabia que se você não tirar os olhos do logo, a vai reparar as suas nada discretas secadas e vai vir tomar satisfação com você? – a amiga voltou a dizer.
deu os ombros, voltando os olhos para o copo de refrigerante, agora vazio, a sua frente.
- Ninguém manda ela namorar o cara que eu gosto.
- Não, amiga, ninguém manda você gostar do namorado alheio.
suspirou e sorriu maliciosamente.
- Ele me ama também. – ela disse displicente.
- Amiga, se ele te amasse ele não estaria namorando alguém que não é você, não acha?
- Ah, , você sabe, ele deve estar com medo de terminar com a palhacinha-sem-graça. Sabe como, é. – disse sem se preocupar com a altura de sua voz, abanando as mãos.
- Certo. – a outra riu. Virou-se rapidamente para o lado e fez um gesto ao garçom, pedindo a conta. – E como é mesmo que você disse ter descoberto isso?
- Eu não disse, chata. – riu. – Mas eu sei porque... Oras, o rapaz não tira os olhos de mim. Vai dizer que você mesma nunca reparou a forma como ele olha pra mim.
não respondeu de imediato.
Primeiro pegou uma nota que a amiga lhe oferecia e depois mais dinheiro na própria carteira. Entregou o dinheiro ao garçom e pegou o troco, jogando as moedas na bolsa.
Depois, a ruiva olhou para por cima dos óculos de armação rosa com pedrinhas brilhantes, e franziu a testa.
- Certo... – ela disse. – realmente vive te secando, mas você não realmente precisava se convencer disso desse jeito. – ela riu.
sorriu com cara de “eu não disse?”.
- Se aquele idiota gosta de mim, por que diabos não termina com a sem sal da “” e fica comigo logo.
- Hello! – disse como se fosse obvio – Honey, acorda, você acha que ele vai terminar o namoro correndo o risco de você não querer nada com ele? Acorda amiga, feminismo é bom, mas a verdade é que homens não são burros não.
deu uma olhada por cima do ombro.
tinha uma cara de tédio, e ela pôde ver porque. Aparentemente, tinha comprado uma bomba de chocolate e queria convencer de morde-la de um lado enquanto ela o fazia de outro.
- Olha aquilo! – exclamou. – Vê se pode... A menina é louca mesmo!
- Ou romântica.
- Não, ela é louca.
- Romântica.
- Louca.
- Louca.
- Mais do que louca. Brega, sem noção, sem estilo.
desistiu, dando os ombros.
- Se você se acha tão superior, porque não a desafia?
olhou para , curiosa, e a puxou de volta para a mesa.
- Desafiá-la como?
- Não foi bem desafiar que eu quis dizer. – disse calmamente, checando o estado das unhas. – Quero dizer, ela não aceitaria, já que não teria chances contra você.
- Admite que ela é ridícula?
riu de deboche.
- Mas é claro, amiga, qualquer uma que não use Colcci ou Gucci é brega... Nem ao menos uma bolsinha Vitor Hugo a menina usa, fala sério, né!
concordou com a cabeça.
- Mas o que você quis dizer com desafiar.
- Eu já disse que não quis dizer desafiar... Quis dizer que se você tem tanta certeza que o puxa uma mala por você, e eu concordo, vai atrás, ué... Rouba ele dela, não seria a primeira vez mesmo.
riu, olhou para cima e jogou os cabelos para trás vaidosamente.
- Sabe que... Eu gostei da sua idéia... – ela levantou-se animada. – Vamos então? – ela disse em um tom mais alto de voz, chamando atenção ali.
sorriu, rolando os olhos, e se levantou.
virou-se de costas para a amiga, fingindo pegar a bolsa.
- ! – ela exclamou feliz, indo até a mesa do rapaz. – Que surpresa, não tinha te visto aqui.
olhou feio para ela, que não ligou. apenas abriu um sorriso bobo e desconcertado.
- Ora! Ora! Ora! Se não é a patricinha mais chata da escola. – disse.
olhou para ela e sorriu.
- ! Tudo bom, querida? – e deu um beijo rápido no rosto da outra.
- Escuta, , se você sabe que eu e o estamos namorando, porque você ainda dá em cima dele.
abriu um largo sorriso.
Halles não era alguém, definitivamente, escrupulosa. Muito pelo contrário, era conhecida por ter coragem, maldade e cara-de-pau suficientes para fazer todas as coisas que uma adolescente normal não faria.
- Ué, , porque eu não gosto da namorada do . – ela disse em tom de inocência.
- O-que? – a outra perguntou, abismada.
Sem nenhuma cerimônia, sentou-se no colo de , fazendo o menino sorrir.
- Eu acho... Que você precisa de uma namorada nova... – ela disse, sorrindo. – E podia ser eu.
Ela riu e virou o rosto para encarar a expressão abismada de , que mantia a boca aberta, em choque.
Voltou o olhar a , que hesitava em colocar as mãos na cintura da menina.
- Eu... É... Bom, talvez eu...
- ! – gritou, interrompendo o rapaz.
deu um beijo no rosto dele e se levantou.
- Vejo vocês no parque, meus amores. – ela disse antes de ir até e sair do restaurante com a amiga.
levantou da mesa, abruptamente.
- Vamos embora, , eu quero ir pra casa.
Ele levantou, virando os olhos e bufando.
- Mal chegamos, .
- E daí? Leva-me pra qualquer outro lugar, agora!
O menino sorriu.


Hey hey You you
I don't like your girlfriend
No way no way
I think you need a new one
Hey hey
You you
I could be your girlfriend
Hey hey You you
I know that you like me
No way no way
You know it's not a secret
Hey hey
You you
I want to be your girlfriend
You're so fine
I want you mine
You're so delicious
I think about you all the time
You're so addictive
Don't you know what I can do to make you feel all right?
Don't pretend I think you know I'm damn precious
And how, yeah,
I'm the motherfucking princess
I can tell you like me too
And you know
I'm right


- Eu não acredito que você me trouxe ao parque de diversões, ! – bufava, furiosa.
- Amor. – ele disse. – Eu quero me divertir um pouco!
- Sei bem que você quer. – ela disse.
- O que acha de irmos jogar golfe?
Um sorriso surgiu no rosto de .
- Ai amor, brigada. Você sabe que aquela piranha da Halles não vai estar lá, né?
- Exatamente. – ele respondeu, com um sorriso sincero.
Os dois andaram pelo parque, apenas olhando as crianças se divertirem, e logo chegaram no campo de mini-golfe.
Ela pegou um taco e ele outro e os dois foram jogar.


She's like so whatever
You can do so much better
I think we should get together now
And that's what everyone's talking about
Hey hey You you
I don't like your girlfriend
No way no way
I think you need a new one
Hey hey You you
I could be your girlfriend
Hey hey You you
I know that you like me
No way no way
You know it's not a secret
Hey hey You you
I want to be your girlfriend
I can see the way I see
The way you look at me
And even when you look away
I know you think of me
I know you talk about me all the time
Again and again
So come over here
Tell me what I wanna hear
That I'll, yeah, make your grilfriend disappear
I don't wanna hear you say her name ever again
And again and again and again cause
She's like so whatever
You can do so much better
I think we should get together now
And that's what everyone's talking about
Hey hey You you
I don't like your girlfriend
No way no way
I think you need a new one
Hey hey You you
I could be your girlfriend
Hey hey
You you I know that you like me
No way no way
You know it's not a secret
Hey hey You you
I want to be your girlfriend


suspirou pesado ao ver a sua bolinha ir direto ao buraco número três.
Ela sorriu vitoriosa para , que bufou.
A menina posicionou a própria bolinha onde a de estava anteriormente e recuou o taco para jogar.
- Eu. Não. Creio! – disse pausadamente.
- Que foi, amore? – perguntou, levantando a cabeça.
Ela levantou a cabeça para onde olhava e sorriu imediatamente.
A menina jogou o taco no chão e pegou a mão da amiga.
- Vamos lá. – ela disse.
As duas atravessaram a ponte que havia em cima de um pequeno laguinho e foram em direção ao casal que jogava no buraco quatro.
- Hey, dears! – exclamou para os dois.
A menina levou as mãos na cabeça, irritada. O rapaz ao lado dela sorriu.
- Gente! – começou, cínica. – E olha que eu estava brincando quando disse que os via aqui!
- Nós bem sabemos como é coincidência, né ? – reclamou.
- Ah, deixa elas, amor...
- Não deixo nada! – a namorada exclamou. – Você não vê que ela quer te tirar de mim, ?
- Ah, bobagem, .
deu uma tossidela que chamou a atenção do casal.
- Gente, não briguem só porque eu quero o pra mim... Vocês têm uma relação tão linda, xuxus!
- Sua cínica! – fez menção de avançar em cima de , mas impediu-a.
fez uma expressão séria, quase como se fosse uma pessoa sensata.
- Solta ela, amore, nós realmente temos que resolver isso.
- Por que vocês não disputam o numa partida de Kart? – sugeriu.
- Parece justo. – o rapaz comentou, levando um forte tapa da namorada no braço em seguida.
- Justo nada! A não tem chances contra mim no Kart. – reclamou.
- Eu abro mão do direito de igualdade. – piscou. – Só porque sou boazinha.
a olhou com cara de “meu Deus, a menina é louca mesmo”.
- Como você tem coragem de dizer todas essas coisas sem o menor pudor?
- Simples. – disse, dano os ombros. – Eu corro atrás do que eu quero, amore.
- Cínica!
- Sincera até demais. – observou, fazendo rir e levar outro tapa.
bufou alto.
- Certo! – Ela disse e se virou para . – Vai, me dá dinheiro para alugar o equipamento do Kart.
Prontamente, tirou dinheiro da carteira e entregou à namorada, que saiu pisando fundo até a tenda do Kart.
foi atrás.
- Então. – disse, sorrindo para . – Você acha que vai perder.
Ela se aproximou do rapaz, colando seu corpo no dele. Aproximou os lábios dos dele sem toca-los.
- Você espera que sim? – perguntou.
O rapaz murmurou alguma coisa incompreensível.
A menina, então, aproximou os lábios do ouvido dele.
- Você vai sair desse parque na palma das minhas mãos. Sabe por que? Porque eu posso fazer melhor que ela. Não há garota boa o suficiente para você, gatinho. – a menina riu de leve e olhou para com desdém. – Francamente, o que diabos você estava pensando quando catou a pobrezinha?
- Eu...
- ! – gritou. – AQUI! AGORA!
- Eu tenho que ir.
sorriu travessa e se afastou dele, dando-lhe mais um beijo no rosto.


In a second you’ll be wrapped around my finger
Cause I can
Cause I can do it better
There's no other
So when it's gonna sink in?
She's so stupid
What the hell were you thinking?
In a second you’ll be wrapped around my finger
Cause I can
Cause I can do it better
There's no other
So when it's gonna sink in?
She's so stupid
What the hell were you thinking?
Hey hey You you
I don't like your girlfriend
No way no way
I think you need a new one
Hey hey You you
I could be your girlfriend
No way, no way
Hey hey You you
I know that you like me
No way no way
You know it's not a secret
Hey hey You you
I want to be your girlfriend
No way, no way Hey hey You you
I don't like your girlfriend
No way no way
I think you need a new one
Hey hey You you
I could be your girlfriend
No way, no way

- Prontas? – perguntou o homem do Kart, entre os carros de e . Ele pôde ver as duas assentirem, veementes. – 3, 2, 1... VAI!
Os dois carrinhos saíram em disparada. De um lado uma coberta por coletes, luvas, capacetes e raiva. Do outro, uma de saia curte, baby look branca e expressão despreocupada.
Curvas e mais curvas seguiram-se.
As duas andavam lado a lado, na mesma velocidade.
olhou para o lado e viu dirigir sem preocupação. Encheu os olhos de raiva e prendeu o acelerador no chão do carrinho.
Assim, conseguiu distanciar-se um, dois até cerca de cinco metros. Olhou para trás e sorriu vencedora para .
A menina mandou-lhe um beijinho simpático.
gritou alguma coisa para ela, sem ver a curva e bater na frente.
Deu ré e voltou ao trajeto normal, amaldiçoando que estava novamente ao seu lado.
- ! – a patricinha gritou. A outra olhou com raiva.
- O QUE, MEGERA?
Faltava apenas uma curva e alguns metros.
- EU – ela fez um sinal de coração no ar, largando o volante por um segundo. – VOCÊ!
E então virou o carro abruptamente, batendo de lado no que , que rodou na pista.
sorriu sozinha e pulou para fora do carro, depois de passar pela linha de chegada.
Pulou a cerca que separava a pista de Kart do resto do parque e sorriu para e .
- Ganhei, amores meus. – ela disse sorrindo.
Chegou ao lado de e parou a boca na bochecha dele, fazendo biquinho para tirar um foto.
- EU-MATO-VOCÊÊÊÊÊÊÊ! – ela ouviu gritar.
A menina corria rápida em sua direção.
Uma música agitada começou a tocar e sorriu.
- Vamos dançar, amore. – exigiu, puxando pela mão.
parou no meio do trajeto e arregalou os olhos.
dançava de maneira sexy perto de , esfregando seu corpo no do rapaz.
crispou a boca e saiu correndo na direção de , que jogou-se nos braços de , ainda dançando.
Ela instruiu o rapaz a rodar, saindo do caminho de .
Esta, por sua vez, passou pelos dois a seco e, tentando parar, olhou para trás.
- Tão ingênua. – lamentou, balançando a cabeça negativamente ao ver tropeçar nos próprios pés.
A menina rolou pela grama do parque e terminou dentro do laguinho de golfe.
suspirou alto e foi comprar um sorvete.
- Er... Você dança bem. – comentou, envergonhado.
- Eu sei. – respondeu. – Por esse e outros motivos que eu afirmo: pra que teimar, se só eu sirvo pra você, amore?
O rapaz deu os ombros.
- Se você diz...
sorriu e o enlaçou pelo pescoço, beijando-o com gosto.

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