4ever


Capítulo 1

O sinal do colégio tocou. Era o primeiro dia de aula no novo colégio, e null e null já estavam atrasadas. Elas chegaram à porta da sua sala, turma B do segundo ano. As duas eram lindas. Uma tinha lindos cabelos loiros, um corpo cheio de curvas, todas no lugar certo. null tinha cabelos castanhos, lindos e compridos que quase encostavam na sua cintura, e um corpo lindo também. As meninas se surpreenderam com quatro meninos que estavam na porta, estavam suados e cansados. As duas estavam envergonhadas e null decidiu abrir a porta da sala.
– O que está fazendo? – perguntou null, admirado com a beleza da garota.
– Quero entrar na sala – respondeu a garota confusa.
– Vocês são novas aqui, não é? Depois que o sinal bate, temos que esperar o próximo período para entrar na sala – disse um lindo garoto com cabelos bagunçados, mas cheio de charme. – Eu sou null, mas pode me chamar de null. – O menino sorriu para null, que já estava perdida nos seus lindos olhos.
– É um prazer , eu sou a null – ela respondeu encantada. – E a antinha aí do lado é a null. A gente era de outro colégio e lá não tinha essas coisas.
– Tranqüilo. Eu sou null, mas me chama de null.
– Acho que esse ano a gente se deu bem, hein, dudes? A propósito, sou null, acho que vamos nos dar muito bem. – Ele deu uma piscadinha de leve para null, que corou imediatamente.
– Então, por que vocês estão suados? – perguntou null envergonhada.
– Ah, é que a gente tava jogando futebol antes da aula, mas a gente acabou perdendo a hora – respondeu null.
null estava se sentindo no paraíso. Além de legais, os meninos do novo colégio eram lindos. Ela não podia negar, mas se sentiu muito atraída por null. Aqueles olhos eram lindos, brilhavam quando olhavam para ela, e o cabelo com uma franja mal cortada dava um ar de rebelde que enlouquecia qualquer garota.
null nem prestou atenção nos outro garotos, só tinha olhos para um. O único que ainda não tinha se apresentado. Os olhos eram muito chamativos, sua barba mal feita e seu cabelo arrepiado eram as suas maiores belezas. null nem pensou e perguntou para o garoto:
– E você, qual o seu nome? – Deu um sorriso bobo que deixou null nas alturas.
– E-eu me chamo null, mas pode m-me chamar de null. – O menino estava envergonhado e acabou gaguejando, o que fez os outros caírem na gargalhada.
Eles ficaram conversando sobre vários assuntos. null e null nem poderiam imaginar que suas primeiras amizades no novo colégio seriam meninos, não meninos normais, mas meninos lindos.

O sinal tocou e eles estraram na sala. – Senta aqui do lado, null – falou null sorrindo.
null ficou toda envergonhada e sentou na carteira ao lado de null. null sentou atrás e ao lado, null, que não parava de implicar com o jeito patricinha da garota. Ela normalmente não gostava quando os meninos implicavam com ela , mas com o null era diferente, ele fazia a menina rir e ela adorava o jeito largadão dele. No outro lado de null, estava null. Ele não falava nada, só encarava null e null. “Esse null é muito mongolão” pensou null, com ciúmes do amigo que estava se dando bem com a menina.

Bateu o sinal do recreio e as meninas foram ver os meninos jogando bola.
– Aqui, null! Passa pra cá, passa! – gritava null, todo suado.
null passou a bola para null e ele fez um golaço! As meninas levantaram da arquibancada e começaram a gritar. Os meninos ficaram envergonhados.
O placar estava três a dois e eles decidiram parar. Os meninos do outro time se aproximaram das meninas, que chamavam atenção pela sua beleza, apesar da arquibancada estar lotada de outras garotas que queriam ver os meninos mais lindos do colégio jogando. Cinco meninos sentaram ao lado de null e null, que não gostaram nada da “intimidade”. Eles eram bonitos, mas o ar de superior deles fazia null querer vomitar. Eles se apresentaram, achando-se os gostosões. null, null, null e null eram rivais deles e não gostaram nada, nada que eles se aproximaram das meninas novas. Só pra rir dos idiotas que estavam conversando com as meninas, eles chegaram como se fossem namorados delas.
– E aí, gata? Viu como a gente arrasou esses perdedores no jogo? – disse null, fazendo um “L” de “losers” com os dedos e mostrando a língua e depois abraçando null.
null deu um beijo na bochecha de null e disse:
– Aquele gol foi pra você, minha tchutchuca.
Todos caíram na gargalhada, menos as meninas que não estavam entendendo e os meninos da outra turma que saíram sem falar mais nada.
– Arhhm, o que foi isso? – perguntou null confusa e ao mesmo tempo feliz pelo abraço que ganhou de null.
– Aqueles meninos, Jeff, Pierre, Chuck, Sebastien e David tem um banda, Simple Plan, e eles sempre competem com a gente nos festivais de bandas – respondeu null, evitando olhar para null.
– Nós não tínhamos nada contra eles, até que eles nos sabotaram no ultimo festival de bandas do colégio. E ainda admitiram que foram eles – completou null.
– E para cortar o barato deles, a gente fez essa cena – falou null, que nunca usou o termo "tchutchuca" para se dirigir a uma garota.
– A gente podia um dia desses ver vocês tocando, né? – perguntou null ansiosa. Além de lindos e legais, ainda tinham uma banda. Ela estava no paraíso! – Que tipo de música vocês tocam?
– Claro! Se vocês não se importarem de ficar no porão imundo da casa do null – falou null, implicando com o amigo. – A gente toca pop rock. Cada um gosta de um estilo de música diferente. Embora todos amem os Beatles.
Os olhos dos garotos brilharam só ao ouvir a palavra “Beatles”.
– Vocês podem hoje de tarde? A gente tem que ensaiar pro festival de bandas que tem daqui a três semanas – falou null todo animado.
As meninas concordaram e passaram a tarde na casa de null, ouvindo os meninos tocarem. Eles realmente tinham muito talento.
– Pra vocês não ficarem aí paradas enquanto a gente toca, por que vocês não dançam pra gente? – falou null, adorando a companhia das garotas.
Elas riram, mas não fizeram nada.
– Puxa, dudes, já são quase sete horas. Que tal a gente jantar? – perguntou null, como sempre querendo comer.
– A gente podia ir na pizzaria aqui do lado , ficar jogando truquinho – falou null com os olhos brilhando.
Todos acharam uma ótima idéia. A companhia dos garotos tornava tudo engraçado. null e null só comeram dois pedaços de pizza. Já os garotos, que haviam pedido cinco pizzas grandes, devoraram tudo super rápido. As meninas não paravam de rir de null enquanto fazia palhaçadas com os pedaços de pizza. De repente, null tirou um baralho espanhol do bolso:
– Vamos fazer as duplas!
– Vocês jogam, não é, garotas? – perguntou null.
– Aham! – respondeu null, sem nem saber o objetivo do jogo, mas queria fazer dupla com null ou null.
null ficara encantada com null, juntamente com seu charme e talento.
– Eu fico com a null! – falaram null e null juntos.
– Ei, nada disso, eu fico com a null! – falou null zangado.
– Ah, sonha que ela vai querer ficar com você! Se enxerga, peão! – respondeu null com sarcasmo.
– Chega, chega, dudes! Elas escolhem com quem querem ficar – disse null, certo de que null iria escolhê-lo.
– Vai no dois ou um! Os dois primeiros que saírem ficam juntos e assim vai.
null acabou ficando com null, null com null e null e null ficaram juntos.
Depois de quatro partidas, null e null já tinham pegado o jeito do jogo. Era a vez de null embaralhar as cartas e null cortar. null estava embaralhando direitinho para vir a espadilha para ela e null percebeu.
– Tá cuidando tanto assim da espadilha por que, null? – perguntou null com muito sarcasmo.
– Não tô cuidando de espadilha nenhuma, null – respondeu null, dando um olhar fatal para null.
– Que feio, meninas roubando – falou null, com cara de desapontado e rindo de null.
– Você quer dizer que meninas não podem trapacear em um jogo que é pura trapaça? – ela perguntou, já zangada com o machismo de null.
– Isso aí que você ouviu – ele respondeu, já zangado com o feminismo da garota.
Os dois já iam começar a discutir mais, até que null parou a briga deles:
– Hey, dude! Pára com isso!
null e null ficaram calados, lançando olhares de raiva. Já era quase meia noite e eles decidiram ir pra casa, amanhã teriam que acordar cedo e não queriam se atrasar de novo. null e null, depois de fazerem as pazes, ganharam o jogo. Foram os que mais roubaram, mas mesmo assim ganharam o jogo.
– Isso que dá jogar com patricinhas – falou null para null, fazendo uma indireta direta para null.
Ela fingiu que não ouviu e todos foram para casa.

No outro dia, null e null estavam atrasadas de novo, mas, dessa vez ,conseguiram entrar na sala de aula. Lá no fundão, estavam os garotos. null estava sentado na frente de null e o lugar ao lado esquerdo do primeiro estava desocupado. null já ia sentar ali, até que null pediu para ela sentar ao lado dele. null pediu para null sentar ao seu lado. null e null ficaram a aula toda conversando, null não parava de rir das palhaçadas que null fazia, o que deixava null com muito ciúmes.
– Chega, null! Deixa de ser idiota! Ela deve estar de saco cheio dessa sua cara de bunda e seu senso de humor bovino. [ créditos ao auxiliar de gramatica pela parte do "bovino" hehehehe ]
null e null caíram na gargalhada.
– Na verdade, eu to achando bem engraçado – disse null, não querendo contrariar null, mas querendo defender null.
null ficou puto da cara e nem quis mais olhar para null naquele dia, e ele e null ficaram se implicando o dia todo.
Depois do recreio, a coordenadora do Ensino Médio passou nas salas de aula para avisar sobre a viajem de início de ano letivo, que seria uma semana depois da batalha das bandas. A viagem seria para um spa chamado Villa Ventura, com imensas piscinas varias esportes e arborismo.
Wow, dude! It's gonna be awesome! – exclamou null. – Quanto tempo vamos ficar lá?
– A viagem é de quatro dias. Os quartos serão de dois, então escolham seus parceiros. Agora vou distribuir um folheto explicando direito como será – disse a coordenadora desanimada. Essas viagens sempre causavam confusão.

null e null iam todas as tardes na casa de null ver a banda ensaiar. Na sexta à tarde, os meninos as convidaram para passar a noite lá, vendo filmes de terror e comendo muita pizza, já que os pais de null viajaram para a serra. Eles foram à locadora e alugaram cinco filmes de terror e compraram dez pizzas de sabores diferentes.
Estava chovendo muito, o que deixava os filmes mais assustadores. Todos estavam deitados no sofá gigantesco da sala do null. null estava sentada no meio de null e null, e null, no meio de null e null, todos com um pedaço de pizza na mão. A chuva estava cada vez pior e as únicas luzes da casa eram da televisão e dos relâmpagos. null, que tinha medo de tempestades, nem se deu conta que segurou a mão de null com força o que fez o menino ficar vermelho.
– Se estiver com medo, pode segurar minha mão – disse null para null.
– Tá tudo bem, valeu – respondeu null, que não queria largar a mão de null.
null, que já estava abraçada em null, segurou a mão de null de tanto medo que estava do filme. De repente, eles escutaram um barulho e a televisão se desligou. As meninas começam a gritar e os meninos começam a rir das meninas medrosas.
– Ah! Qual é, null?! Tem medinho de escuro, é? – falou null sem parar de rir num tom irônico.
– Tenho, sim! E de tempestades também! – respondeu a menina, morrendo de medo.
– Eu também tenho medo de escuro! Algo contra? – perguntou null apavorada.
– Claro que não! Eu te entendo. Pode me abraçar agora? – respondeu null com segundas intenções.
– Parece que só aqui faltou luz – disse null, olhando pela janela. – Onde fica o gerador? Temos que acendê-lo.
– Ah, dude, o gerador fica lá no porão, mas não tô afim de ir lá! – disse null.
– Ah! Qual é, null?! Tem medinho de escuro? – disse null com tom de ironia.
– Ha-ha-ha-ha , muito engraçado – respondeu null.
– Tá legal, então vamos todos nós acender o gerador! – disse null, o "líder" do grupo.
– Eu não quero ir pra lá! – disse null convencida.
– Então fica aí sozinha, ué! – respondeu null grosso. Não estava gostando da intimidade de null e null.
– Ai, grosso! – respondeu null, levantando do sofá.
– Acho melhor nós darmos as mãos e o null nos guia até o porão, já que é o dono da casa – falou null fofo, como sempre.
null segurou a mão de null.
– Já que você tem medo de escuro, vem comigo pegar uma lanterna na cozinha.
– Tá legal – ela respondeu, apertando a mão de null. Os dois coraram.
Chegaram à cozinha, null estava com dificuldade para achar a lanterna, e null apavorada de medo. Eles ouviram um trovão e ela deu um berro. Ele não conteve o riso.
– Como você é medrosa! – disse ele rindo. – Pronto, achei a lanterna, Sra. Histérica. – Não enche, null!
Todos desceram o porão de mãos dadas, demoraram, mas acharam o gerador.
– Que estranho, não ta acendendo – falou null.
– Deve ter dado algum tipo de curto – disse null.
– Isso tá parecendo filme de terror! – falou null com medo.
Os meninos riram.
– Calma, não é pra tanto. Já são duas da manhã... Por que não vamos dormir? – disse null com sono.
Todos foram para sala dormir, tinha colchões espalhados pelo chão da sala, eles caíram e dormiram um por cima do outro. Estavam todos dormindo, menos null. A chuva não parava e ela estava morrendo de medo. null, que estava ao seu lado, estava roncando. Ela não pensou duas vezes antes de acordá-lo.
null, eu to com medo – disse null.
– Ãh? O quê? Ah! O que foi?
– Eu não consigo dormir.
– Ah, e por isso eu não posso dormir também?
– Se você não percebeu, os seus roncos também não estão me deixando dormir.
– Você reclama demais, sabia?
null olhou para baixo e não falou nada. Estava com medo, ele poderia ser um pouco mais compreensivo.
– Ah, não faz essa cara de cachorro sem dono! Não vai chorar, né? null sorriu para ela.
– Não – ela disse, sorrindo.
– Viu? Consegui te fazer sorrir – falou null. – Sabe, você é estranha.
– Por quê? – perguntou null ofendida.
– Não sei. – null riu.
– Te entendo.Eu sinto a mesma coisa por você. – null disse, rindo ironicamente.
Eles sorriram um para o outro.

E outra semana passou rápido e eles só pensavam na batalha das bandas. Eles precisavam vencer o Simple Plan a qualquer custo.


Capítulo 2

Era o grande dia da batalha das bandas. null suava como um porco, null gaguejava e null e null não conseguiam sair do banheiro.
– Calma, gente! Vai dar tudo certo! – null dizia, sem saber o que fazer para acalmar o meninos.
– Fala isso pro meu estômago! – gritou null do banheiro.
– Então avisa pra ele que vocês entram no palco em dez minutos – disse null.
– AH, MEU DEUS! Abre a porta, null! – gritou null com a mão na boca, parecia que ia vomitar.
– Se vocês não se acalmarem, vão perder pro Simple Plan! – disse null, já estressada com o nervosismo dos garotos.
Houve um silêncio, até começar um barulho de soluço incontrolável vindo do banheiro onde null estava.
null! Se você não parar de soluçar, você não vai se apresentar! – berrou null todo suado.
– Tô pronto! – disse null, saindo do banheiro, deixando null com a cabeça na privada.
null! null! Cinco minutos! Saiam já daí!
Os meninos saíram e foram em direção ao palco.
– Hey, se a gente estragar tudo, vocês vão continuar sendo nossas fãs, não é? – perguntou null nervoso.
– Pára com isso! Vocês não vão estragar nada – respondeu null com um sorriso.
– VAMOS LÁ, DUDES! – gritava null animado.
Why is the sky so clear today? [Por que o céu está tão limpo hoje?] – perguntou null.
– Because God wants to see his favorite band again! [Porque Deus quer ver sua banda preferida de novo!] – respondeu null.
– Green Day comanda! – todos gritaram juntos.

Os meninos entraram no palco, chamando atenção de todos que estavam no lugar. Era incrível o jeito que null tocava. Ou melhor, ele era incrível. Isso não saia da cabeça de null. Eles tocaram We Are The Young, Hypnotised e All About You. E no final no show, null chegou no microfone e gritou:
It's all about you, babe! – Ele apontando para null, que mostrou um sorriso amoroso para o garoto, que retribuiu com uma piscadela.
– Ouuuuh! Não rouba minha letra, não, seu safadenho! – disse null rindo.
null ficou roxo de ciúmes.
Os meninos saíram do palco e foram falar com as garotas.
– E aí, o que acharam do show? – perguntou null com um sorriso irresistível.
– Foi demaaaais! Tinha até umas groupies aqui do lado com falta de ar! – comentou null rindo.
– Ahh, vai dizer que você também não ficou! – disse null, com um sorrisinho de vitorioso.
– Vai pastar, null! – falou null rindo.
– O show teria sido perfeito se não fosse pela palhaçada do null no final – disse null com ciúmes.
– Me desculpe se eu sou romântico e tem uma gatinha delirando por mim na platéia! – falou null, segurando a cintura de null e dando um beijo estalado na sua bochecha.
Agora era a vez do Simple Plan se apresentar. “Nossa, eles são bons mesmo” pensou null. Os McGuys assistiam ao show aflitos.Tinham medo de perder mais uma vez por aqueles losers sujos.
– Vocês foram bem melhor – disse null no final da apresentação do Simple Plan.
– Claro que fomos! Somos muito mais gostosos! – brincou null, fazendo a dança da bundinha com null. Todos riram.
– Ai, null, sua bunda é tão gostosa, xuxú! – disse null, fazendo voz afeminada.
– Ai, querida, nem se compara com o seu peitoral musculoso minha gata sarada! – falou null, fazendo voz de machão.
– Haha! Só podia ser os McGays! – disse Pierre, vocalista do Simple Plan.
– Enfia o dedo no cu e cheira, beesha! – reclamou null estressado.
– Não entendo como um bando de idiotas podem ser tão bem acompanhados – falou David, olhando para null e null.
– As meninas não resistem a minha bunda gostosa! – disse null, virando-se e dando um tapinha na sua própria bunda. Todos caíram na gargalhada, menos os caras do Simple Plan.
– Mas e aí, gata, gostou do show? – perguntou Sebastien, aproximando-se de null e a pegando pela cintura.
– Ouuuuu! Pode desgrudar, urubu! – reclamou null, jogando-o para longe.
– Parece que a gente já sabe quem as meninas preferem! – null riu.
Os meninos do Simple Plan saíram, nem falaram mais nada.
– Olha o filé que se aproxima! – disse null.
– Mais respeito, seu infeliz! – falou null, dando tapinhas no braço dele, que estava a segurando.
– E a gatinha tem numero? – perguntou null para a menina, usando uma cantada que nunca usava.
– E aí, null! Não tá me reconhecendo? – disse a menina rindo.
null olhou bem para o rosto da menina.
null! – O menino fez cara de assustado.
– Não me reconheceu, não? – perguntou null sorrindo.
– Ah, baixinha, vem me dar um abraço! – disse null, com saudades da menina.
– Não vai apresentar, não, null? – perguntou null.
– Ah, claro! Gente essa é a null, minha prima, a gente não se via a um tempão! – ele disse, contemplando a beleza de null.
– É mesmo! A gente não se vê desde... aquele verão! – falou null, corando junto a null.
– Mas então, tá fazendo o que aqui? – ele perguntou animado.
– Meus pais se mudaram pra cá, nem sabiam que você estudava nessa escola. Acho melhor não saberem, né? – comentou null, sorrindo.
– Sem querer interromper os pombinhos, mas já vão anunciar os vencedores! – disse null.
Todos se aproximaram do palco. null segurou a mão de null, que estava aflito. Ela também não estava muito bem. Não sabia o motivo, mas tinha ficado com ciúmes do null com aquela loira de farmácia. null começou a suar e soluçar.
– Calma, null! Você vai ter um treco se continuar assim! – null disse sorrindo.
null retribuiu o sorriso, mas estava tão nervoso que nenhuma palavra saia da sua boca. Para uma banda sem sucesso como a deles, aquele prêmio era muito importante.
– E o terceiro lugar vai para... Son of Dork! Parabéns, garotos!
Todos aplaudiram . Os McGuys ficaram ainda mais tensos. Son Of Dork era, na opinião, deles a melhor banda do colégio.
– E o segundo lugar vai para... Simple Plan!
– O primeiro lugar é de vocês – null sussurrou no ouvido de null.
– E, finalmente, o primeiro lugar vai para... TCHRÃM ... MCFLY!
Os meninos enlouqueceram. Começaram a pular e gritar de tanta felicidade. null pegou null no colo do mesmo jeito que se pega uma noiva. Ela começou a rir da agitação dele.
– Nós ganhamos, dude! Nós ganhamooooooooos! – Ele começou a gritar de felicidade e null ria do jeito feliz do garoto.
– Parabéns, null! Mas agora me bota no chão! – ela gritou rindo.
– Não, você vai lá em cima do palco comigo receber o prêmio!
– Não, null! Que vergonha! Me larga! – Ela continuou tentando convencer null sem sucesso.
Enquanto isso, null e null estavam se beijando intensamente.
– Venham pegar o troféu de vocês, meninos! – exclamou o coordenador.
null estava tão feliz com o prêmio e com a vinda da prima que nem se sentiu incomodado pelo beijo de null e null.
null subiu e pegou o microfone.
– Festa daqui a uma hora na minha casa aqui do lado, dudes! Tá todo mundo convidado! – exclamou null, cumprindo a promessa que fez de que se ganhasse, faria a melhor festa do ano.
null começou a subir as escadas que davam ao palco.
null, me larga, seu idiota!
– Aaaah, agora quero que você peça desculpas – disse null, tentando parecer magoado.
– Me larga logo!
– Pede desculpas, mocinha!
– Tá, desculpa, mããããããããe!
– Tá bom, mas só porque eu sou bonzinho – null disse rindo.

Todos foram para a casa de null.
– Me dá isso agora, null! – resmungou null.
A festa tinha começado há umas cinco horas, todos já estavam um tanto... “alterados”, graças às bebidas.
– Naaaaouuu! Cê tá muuuuh into da b-bebum! – respondeu null, virando a garrafa de vodka na sua boca.
– Deixa de ser mão de vaca, null! Me dá isso!
– Calma, null! Você tá muito nervosa! – falou null rindo. – Você precisa esfriar a cabeça, xuxú! Vem, null, me ajuda aqui.
– Heeeey! Os dois me larguem! O que vocês pensam que tão fazendo? – interrogou null, já sabendo a resposta.
Estava a balançando na frente da piscina, null segurando seus pés e null seus braços.
– Não! Não! Me bota no chão! – ela gritou, olhando para a água da piscina.
– Quer que eu te largue? – perguntou null.
– Quero!
– Beleza, então! – respondeu null, que, junto a null, atirarou a menina na piscina.
null deu um grito e os garotos começaram a rir. null foi se abaixar para falar com ela e foi surpreendido pela mão da garota o puxando. Não era difícil puxá-lo para dentro da piscina quando ele está assim tão “sóbrio”.
– Todos pra piscina! – alguém gritou eufórico.
A piscina encheu de gente e null começou a se perguntar onde andava null, quando se deparou com null bêbado ao seu lado.
null! Viu a null?
– Que null? Não conheço nenhuma!
Claro que não podia conhecer, estava tão bêbado que não esperava ele mostrar inteligência alguma.
– Tá louco, null? Mergulha a cabeça na água gelada, dude! - null pegou o nariz do garoto e mergulhou a cabeça dele na água rindo.
– Tô brincando contigo! Não a vi, não, e nem o null. O garoto desapareceu já faz uma hora.
– Briga de galooooooo! – gritou null bêbado, tentando colocar null nas suas costas.
– Deixa de ser frouxo, null, e dá a garota aqui! – disse null, fazendo null subir nas suas costas.
Todas as meninas que estavam na piscina estavam nas costas dos meninos.
– Quem vai ser a vítima, null? – perguntou null, com risadinha maléfica.
– A putinha da priminha do null! – Ela riu. Não havia gostado do tom loiro de farmácia de null.
– Boa! Quebre-a! – Ele também riu.

Enquanto isso, no quarto de null...
– Acho que eu bebi demais – disse null tonta.
– A bebida entra e a verdade sai, gata! – exclamou null, chegando mais próximo do corpo de null.
Os dois estavam sozinhos no quarto de null.
– Quer dizer o que com isso?
– Eu quero você pra mim – respondeu null, cerrando seus lábios nos de null.
– E eu quero você – sussurrou null no ouvido de null.
null levantou os braços para null tirar sua blusa e ele fez o mesmo. Os dois estavam só com as roupas de baixo quando se atiraram na cama de casal que null tinha em seu quarto.
– Como você é gostoso!
– Ainda não viu nada, chèrrie.

Duas horas depois, null e null desceram para o jardim da casa de null. Eles, por mais bêbados que estavam, ainda eram os mais sóbrios da festa. E os únicos secos.
– Por onde você andou, xuxú? Te procurei festa inteira! – disse null para null. Além de bêbada, estava encharcada.
– Ah, eu tava com o null – respondeu a amiga sem graça.
– Pó, null, se o null souber que você fudeu o null na cama dele, ele vai ficar furioso! – falou null, deitado no colo de null, sentada numa cadeira de tomar sol. null ficou vermelha.
– Pára de delirar, seu bêbado! – respondeu null sem jeito.
null, como você é nojento! – exclamou null.
– Qual foi? O que você acha que um menino e uma menina fazem quando tão sozinhos? Ficam brincando de médico, ué!
– Pára com isso, seu ogro!
Nesse instante, null chegou agarrado na sua prima null.
– Que nojo, null! Fica agarrando a própria prima, seu tarado!–null não sabia por que, mas sentiu uma pontinha de ciúmes.
– Tá com inveja, flooour? – interrogou null, beijando null.
– Deixa de ser puta, sua loira de farmacia! – null decidiu defender a amiga.
– Ser gostosa é só pra quem pode. Mas fica tranqüila, hoje em dia, os cirurgiões dão um jeito até nessa sua cara deformada.
– Perdeu a noção do perigo? Você acaba de ganhar seu atestado de óbito!
null se foi para cima da menina e deu um tapa na cara, que deixou null vermelha. null foi pra cima de null, mas foi segurada pelo primo, enquanto null segurava null.
– Qual o problema de vocês? – perguntou null.
– Pergunta pra essa siliconizada! – respondeu null.
null se soltou dos braços de null e foi para cima de null.
– Segura sua prima, null! – gritou null.
– Não precisa, não, null! Deixa isso comigo – disse null, dando um chute nos peitos de null. – Viu? Sabia que era silicone!
– Boa, null! – null riu.
null não segurou o riso e acabou rindo também, enquanto afastava null de perto da siliconizada.
– Eu, hein?! Vocês, meninas... francamente!
– Ela mereceu!
– Só porque ela mereceu você não precisa descer no nível dela, sua tonta!
– Você não tinha nada que ter me segurado, null!
– Te segurei pra você não se machucar!
– Acha mesmo que aquela cadela ia encostar uma unha postiça das que ela tava usando?
– Pronto, você já a humilhou com o tapa na cara, não presisa descer mais o nível!
– Não enche, null! – null saiu andando brava com null.
– Ótimo, da próxima vez eu te deixo levar porrada! Menina problemática, hein?! – disse null estressado.



Capítulo 3

- Turma B do segundo ano, favor apresentar-se em frente ao ônibus 3! - disse a coordenadora.
- Hei, dudes! Trouxeram o que eu mandei? - perguntou null.
- Ah, cara, nem me fala! Tive que assaltar meu próprio pai, já que eu não consegui sair de casa ontem à noite, graças a um jantar idiota de família. Pelo menos achei coisa melhor do que eu podia comprar - respondeu null.
- Aqui nessa mala só tem coisa de qualidade, null! - falou null.
- Cadê o null, falando nisso? Daqui a pouco nós já vamos entrar no ônibus e esse retardado ainda não chegou - disse null irritado.
- Calma, ele tá ajudando aquela priminha metida à besta a levar aquela mala cor de rosa gigante - reclamou null.
- Algo contra malas cor de rosa gigantes, xuxú? - interrogou null, dando um susto em null, que nem tinha visto a menina chegar.
- Aaaah, você tem uma mala cor de rosa gigantesca também. - null ficou sem jeito. Iria pedir null em namoro na primeira oportunidade que tivesse nessa viagem. - Mas olha como a dela é bagaceira. Parece de 1,99, a sua é muito bonita, xúh.
- Assim ficou melhor - respondeu null, dando um selinho em null.
- Hei, null, cadê a null?- perguntou null.
- Depois de não olhar uma semana na cara dela, você ainda pergunta, null? - null rebateu.
- É que... Ah, esquece, vai. Só tava curioso.
- Ela tá lá brigando a coordenadora. Ela quer levar aquele trambolho que ela chama de violão no ônibus, e a coordenadora acha que vai atrapalhar os outros, já que a gente vai virar a noite viajando etc. - respondeu.
- Vou lá! Queria trazer o meu, mas minha mãe começou a discutir e eu perdi o ânimo - disse null, indo em direção ao ônibus, onde a coordenadora estava.
- E aí, gente!
- Finalmente, Sr. null! Esqueceu que tem amigos? Fica só com aquela loira de farmácia com unhas postiças e nem fala mais com a gente! - falou null, referindo-se a null.
- Mais respeito, null! Ela é minha prima.
- Tanto faz - disse null ,que odiava ver null e a vadia pertos.
- Vamo lá, tão deixando entrar no ônibus.

- E então, null, a mau-comida deixou você levar o violão? - perguntou null.
- Deixou, mas só porque o null apareceu com os seus "puppy dog eyes" e a convenceu. Né, Rex? - disse null.
- Au, au! - null riu.
- Uau! Que ônibus é esse, meu Deus? - null perguntou, enquanto abria uma porta ao lado na escada que levava ao segundo andar do ônibus.
Era uma sala com duas mesas de lado e sofás e com um frigobar. null foi ver o andar de cima e falou para null que em cima era um ônibus normal.
- Pega aquela mesa, null! - disse null, quando viu null e suas amiguinhas fúteis se aproximarem das mesas de baixo. Elas eram perfeitas para passar a noite bebendo e jogando cartas.
null jogou sua mochila em cima da mesa antes que null, a mochila fez um barulho de vidro quebrado. null olhou torto e foi para o andar de cima.
- Ah, cara, meu Jack Daniels! - disse null chateado.
- Como é, null? você trouxe um JACK DANIELS pra viagem? - perguntou null, que não sabia que os meninos tinham combinado de trazer bebidas alcoólicas.
- Ah, cara, vai ver não quebrou, abre isso - disse null esperançoso.
- UFA!
A garrafa estava inteira.
- Que barulho é esse aqui embaixo? - perguntou a coordenadora.
- Não é nada, não!
- Se vocês fizerem alguma brincadeirinha, vocês vão lá pra cima onde os professores estão controlando os alunos. Tô confiando em vocês pra ficarem aqui em baixo sozinhos - disse a coordenadora, saindo do ônibus.
- Essa foi por pouco, cara! Quem trouxe o baralho? - já perguntava null animado.
- Calma, caro amigo null. O baralho só vai ser usado de madrugada. - Os meninos deram uma risada maléfica. - Muahahahahaha!
As meninas não entenderam e nem tiveram vontade de entender, afinal, eles só falavam besteiras.
- Só tem lugar ruim lá em cima, posso ficar com vocês? - perguntou null, chegando do andar de cima e olhando para null com cara de coitadinha.
- Claro que pode! - respondeu null sem pensar duas vezes.
- COMO É QUE É?! - os amigos gritaram.
- Ah, já vi que eles não gostaram da idéia. Deixa pra lá, obrigadão mesmo, null.
- Não, espera, null! Vocês vão deixar a menina lá em cima, viajando uma noite inteira em um lugar ruim? - perguntou null
- Uhm... Deixa eu pensar... VAMOS! - respondeu null.
- Não me importo com o que vocês querem. null, você fica com a gente. - null ficou indignado.
- Que ótimo - disse null, sentando no sofá.

Depois de duas horas de viagem, eles já começaram a gostar um pouquinho de null. Ela não era só aquela patricinha fútil, loira de farmácia com unhas postiças e siliconizada que null pensava. Ela era legal, simpática, patricinh, loira de farmácia, engraçada, siliconizada com unhas postiças. Mas era legal.
- E aí, já tá começando a ficar noite. Vamos deixar essa viagem mais produtiva! - disse null, puxando duas garrafas de sua mochila, uma de uísque e outra de vodka.
- Tava esperando alguém tomar iniciativa, null! - disse null, pegando uns copos de plástico que tinha na sua mochila.
- Que garrafa ruim de abrir, dude! - reclamou null.
- Deixa de ser gay e me dá isso aqui - resmungou null. - Quem vai querer vodka?
- Eu! - null foi a única que respondeu.
- Eu prefiro começar com uma cerveja, depois passar pro mais pesado. - disse null.
- Eu na cerveja também - null concordou com null, que agora já estavam mais amigas.
- Ótimo, quero cerveja também! - falou null, que pegou a lata de cerveja e deixou o copo de plástico até a metade. - Dá isso aí, null.
null misturou cerveja com vodka, o que fez os meninos rir por motivos que as meninas ainda não estavam sabendo.
- Algo de errado? - interrogou null, olhando para null.
- Não! Meninas radicais me deixam louco! - disse null, disfarçando o motivo da risada. - Quer saber, null? Vou te acompanhar!
- Já tava na hora de olhar pra mim, caro null - falou null de mau humor.

Já eram dez horas, eles estavam bebendo sem parar a três horas.
- Vira! Vira! Vira! - todos gritavam, olhando null e null, um na frente do outro se encarando e, claro, encarando seus copos de Jack Daniels.
Eles que estavam estreiando a garrafa que null roubou do pai. Nem tinha pensado que o pai ficaria furioso ao ver que seu precioso Jack Daniels nunca antes aberto não estaria mais no seu bar particular que null passava a noite com os amigos.
- 1... 2... 3...
- TERMINEI! Engole essa, null!
- QUERO REVANCHE!
- Pois vai ficar querendo!
- Ah, é, não consegue mais, não é, null?
- Viro mais trinta copos antes que você, null. Nem vem, pode admitir, a menininha aqui é melhor que você!
- UHHHHH, EU NÃO DEIXAVA! - gritou null, com uma garrafa de Orloff na mão.
- APOSTADO!- disse null.
- O banheiro fica ali do lado, só pra avisar, null. Você vai precisar.
Eles continuaram, mas depois do sexto copo, null não agüentava mais.
- Pode parar se você quiser, null - disse null compreensivo. - Só que eu nunca mais vou te deixar esquecer essa!
- Eu vou continuar, seu frouxo!
Três copos depois...
- SAI DA FRENTE, null!
- SAI VOCÊ, null, OU EU VOMITO NA SUA CARA!
- ECAAAAA, PODE PASSAR!
Os dois brigavam pelo banheiro, enquanto o resto da turma ria. null saiu do banheiro com a maior cara de bebum, enquanto null entrava apressada, não conseguiria aguentar mais nenhum segundo.
- VOCÊ PERDEU, LOSERRRRRR! - gritou null ,saindo do banheiro e fazendo um L com os dedos.
- Você nem virou os trinta copos!
- Posso não ter virado os trinta copos, mas virei dez e antes que você. - null mostrou a língua.
- É, dude, essa a null ganhou. Além do mais, você vomitou antes que ela - disse null
- Que seja ... - respondeu null irritado. Como uma menina conseguia ser melhor do que ele em coisas de MENINOS?
- E o violão, galera? - perguntou null. - Eu quero ver a null tocar!
- Ela não só toca super bem como tambem canta! - disse null, abraçando a amiga e deitando sua cabeça no ombro dela.
- Credo null, você é fraca pra bebida, hein! - disse null, olhando para a amiga acabada depois de três copos de cerveja e dois de vodka.
- TOCA RAUUUUUUUUL! - gritou null.
Todos concordaram. null pegou a viola e comçou a cantar:
- Eu prefiro seeeeeerr essa metamorfose ambulante!
- Eu prefiro seeeeeerr essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tuuuuuuudo! - os outros começaram a cantar junto.
- Eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes!
- Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo! - os outros acompanharam.
Pareciam que eles tinham esquecido o resto da letra e null continuou a cantar:
- Sobreee o que é o amorrrrr, sobre que eu nem sei quem sou! Se hoje eu sou estrela, amanhã ja se apagou. Se hoje eu te odeio, amanhã lhe tenho amor, lhe tenho amor, lhe tenho horror, lhe faço amor, eu sou um atooooooor! - null coninuou, sem perceber que os outros ficaram só o encarando. A voz de null era incrível.
- Chega de Raul Seixas, eu quero é Beatles, my boooooooooy! - gritou null, levantando-se na mesa com os brços para cima e olhos fechados. A turma já tinha se afundado na jaca toda de tão bêbados.
null começou a cantar e tocar:
- Close your eyes and I'll kiss you, tomorrow I'll miss you, remember I'll always be true. - null cantou mais devagar que Paul na música verdadeira, com uma voz extremamente doce.
- And then while I'm away I'll write home everyday, and I'll sent all my loving for you - null completou, encarando null.
Os dois fizeram daquela música um dueto mais bonito que o de Iggy Pop na música Candy.
- UHUUUUUL! - Todos em baixo do ônibus começaram a gritar e aplaudir os dois.
- TWIST AND SHOUT AGORA! - null disse, beijando null, e null ficou encarando. Ela achou null tão fofo, estava gostando mais dele do que de null, mas agora que estava começando a ser amiga de null, ela não podia fazer mais nada. null subiu em cima da mesa e chutou uma garrafa de cerveja que estava em cima da música e começou a cantar:
- TWIST AND SHOUT!
- COME ON, COME ON, COME ON, COME ON, BABE! - null subiu junto e sorriu para a garota, que retribuiu com um sorriso de orelha a orelha.
- YOU NOW YOU LOOK SO GOOD!
Eles começaram a pular partes da música e fazer caretas um para o outro, quando ouviram o barulho de alguem descendo. Eles esconderam os copos e jogaram um casaco em cima da garrafa quebrada no chão que null tinha chutado. Todos sentaram e apoiaram a cebeça um no outro fingindo que estavam dormindo.
- Que estranho, eu jurei ter ouvido um barulho vindo daqui - disse Epaminondas, o professor de Biologia. - Que seja, eu quero mais é dormir. Esses jovens uns em cima dos outros... Que baixaria... Daqui a pouco tão beijando na boca.
null, que estava encostada em null, não segurou o riso. O professor Epaminondas era o professor mais velho da escola e não concordava das turmas terem meninas e meninos juntos. null, sentindo a cabeça de null balançar, começou a rir e null deu um grito histérico rindo. Ainda bem que ele ja tinha ido para o andar de cim .
- Imagina, null, se ele souber que a gente transou! - disse null.
- SHHHHH, cala a boca, sua bêbada!
- COMO É QUE É?! - todos perguntaram assustados.
- É como eu disse, null... A bebida entra e a porra da verdade sai! - disse null, num tom um pouco bravo.
- Calma, null, foi sem querer! - falou null magoada.
- Tanto faz - null respondeu.
O resto do grupo prefiriu nem tocar no assunto, afinal, todos menos null sabiam que null ia pedi-la em namoro nessa viagem era melhor nem provocar brigas.
- Aííí, dudes, elas já tão preparadas! - disse null, quebrando o gelo.
- Isso aí, dude! - disse null, tirando o baralho do seu bolso.
- Quem amarelar, vai ter que subir. Só quem participar vai poder ver o jogo - disse null, ditando as regras.
- Meu Deus, que tipo de jogo é esse? - null olhou atravessado.
- Strip Poker, gata! Strip Poker! - respondeu null, rindo como um maluco.
- E aí, garotas, vocês topam? - perguntou null, rindo do mesmo jeito que null.
Elas se olharam e sussurraram uma no ouvido da outra.
- Nós topamos - disse null, com um olhar desafiador.
"Como sera que é o null sem camiseta?" null apoiou a cabeça e começou a imaginar... null fazia o mesmo, pensando em null, e null em null. Elas olharam uma para a outra, imaginando o que as outras poderiam estar pensando. Elas começaram a rir.
- Ai, meninas, como a gente é safada! - disse null rindo.
- Ahá! Vamos começa logo esse jogo! - falou null.
- Ei, antes de começar o jogo... Rodos tirem as meias e sapatos ou qualquer, e não vale acessório. é só camiseta, calça e as partes de baixo - disse null com um olhar safado.
- Nós aceitamos! - disseram os meninos.
Eles nem podiam sonhar que as meninas sabiam jogar Poker tão bem quanto eles.

- null, pode ir tirando essa sua camiseta e deixa a gente ver seu corpo! - disse null.
- Aaaah, que merda! - disse null, tirando a camiseta e ficando só de sutiã em cima.
- Nossa, null, sutiã poderoso, hein! - falou null, olhando o sutiã rosa com rendas pretas e dois lacinhos nas alças. Ele tinha o desenho de partituras de musicas.
- UHHHHHHH - fizeram os meninos, olhando para null. O corpo dela era mais bonito do que qualquer um dos garotos tinha imaginado.
- Uiii, você tá uma gata! Olha, eu não sou carro, mas sou Parati! - disse null.
- Comprei pensando em você, minha luz do dia! - null piscou para null, que retribuiu mandando um beijinho no ar.
- Isso tá pegando fogoo, caraa! - disse null.
Ele suava só de ver o jeito como as meninas falavam. E, ah, é claro, ele olhando null ao seu lado só de sutiã estava tirando o fôlego do garoto! Isso que ele nem gostaaava da garota. Mas ele não podia negar que ela mexia com ele de um jeito que ninguem nunca conseguiu.
- Não sei porque você se esconde em roupas largas, null, seu corpo é lindo, nunca poderia imaginar - disse null.
null nem comentou, ficou morrendo de vergonha.

Alguns minutos depois, o momento que null esperava chegava.
- Tira logo essa camiseta, garanhão! - disse ela, olhando para null.
- Só se for pra você, flour. - null falou, mandando beijinhos para null, que corou imediatamente. E null percebeu.
null tirou a camiseta e jogou na cabeça de null.
- Te segura aí, GARANHÃO! - disse null, zoando do jeito que null tinha se referido ao amigo antes.
null, null e principalmente null ficaram de queixo caído.
Como o null podia ser tão irresistível?
- null, CASA COMIGO! - gritou null, com os olhos brilhando.
- Quando quiser, gata! - respondeu null, aproximando-se.
- Opa! Opa, opa! Não é pra ficar secando os outros, não! - disse null, afastando null de perto de null.
- Nem vem, null, ele já tem dona! - disse null.
Todos olharam para null.
- Como é null? - perguntou null sério.
- Er... errrrrr... Ah, todo mundo sabe que o null é da null! - null tentou se explicar.
Os outros acharam melhor nem comentar e jogar de novo.

- Eu só paro de jogar depois que ver o null pelado! - disse null, com risada maléfica no meio do jogo.
- OOOOUH! Tira o olho que eu vi primeiro! - disse null sem perceber o que tinha falado.
- O jogo só termina depois que um menino e uma menina pelo menos ficarem pelados.
- Ainda bem que vocês tão tudo bêbado, porque eu tô achando que vou ser eu - disse null com cara de cu.
- É o que eu mais sonho desde que te conheci, xuxú! - falou null rindo.
- Calma, querido, o nosso sonho vai se realizar e ainda vai vim em dobro! - disse null, olhando para null.
- Merda! - null falou.
- EEEEEI, pode botar isso de volta! - disse null, enquanto null levantava os braços pra tirar a blusa.
- Ah, null, dexa de ser egoista e dividi com a gente a visão do paraíso! - null riu.
- São as regras, cara. Perdeu, tira uma parte da roupa! - disse null, querendo continuar logo o jogo.
null tirou a blusa e null sentou no colo dela.
- Nem vem, ela tá acompanhada e nada me impede de tapar a visão de vocês!
- É, mas assim eu não vou conseguir jogar, inteligência - disse null, tirando o garoto do colo dela.
null, que estava do lado, entrou em um transe ao ver como o corpo dela era lindo.
- SUA VEZ, null! - disse null. - Pára de encarar os peitos da null!
- Eu, hein, null! Que seja, null, pode ir tirando essa camiseta sexy daí!
- Finalmente! Ficar olhando pro avião aí do lado suando e não poder tirar a camiseta é foda, dude! - disse null, rindo para null.
Antes que alguém ficasse totalmente despido, alguns pegaram no sono. Desistiram de jogar para no outro dia tentarem ficar bem da ressaca.


Capítulo 4

- null! null! Porra, null, acorda, seu bebâdo! - falava null. - Me explica porque eu acordei só de sutiã e calcinha, no seu colo, e você só de cueca!
- Ahn? O que foi? AI, QUE DOR DE CABEÇA! - gritou null.
- Toma isso, isso! - null enfiou um Tilenol na boca de null e o deu água. - Você não respondeu minha pergunta!
- Que pergunta?
- Me explica porque eu acordei só de sutiã e calcinha, no seu colo, e você só de cueca!
- Ah... Tu sabe que eu não me lembro?
- O QUÊ? - null deu um grito, acordando todo mundo.
- Que dor de cabeçaaaaaaaaaaaaa! - gritaram todos que acordaram.
null atirou Tilenol pra todos e percebeu que null tambem estava só com as roupas de baixo e que null se encontrava sem blusa, assim se sentiu aliviada.
- O que aconteceu ontem à noite? - perguntou null.
- Nossa, não lembro... - vários disseram.
- Eu fui a unica que tava sóbria é? - perguntou null. - Rolou um Strip Poker, seu bêbados!
- O QUÊ? null e null gritaram. Nunca fariam isso na vida. Ou melhor, não fariam sóbrias.
- Ainda bem que vocês ainda não se vestiram, se não eu nem lembraria do que eu tô vendo agora - falou null, encarando o corpo de null.
- OUU! Tira o olho, tarado! - disse ela, colocando a mão na cara de null enquanto se vestia.
- Ai, irritadinha! Tava zoando da sua cara, vai se olha no espelho! - null falou, tentando reverter o que tinha falado.
- Você fala como se tivesse podendo, né! - disse null, olhando para a boxer de null.
- Deixa de ser escrota! - ele retrucou muuuito envergonhado, vestindo suas calças.
- Rápido, vamos arrumar essa bagunça antes que a gente chegue ao lugar - disse null, pegando as latinhas de cerveja e colocando na sua mochila.
- Acho que a gente ja chegou - null falou, olhando pela janela - Que lindo!
Eles viram uma piscina gigantesca, aparelhos de arvorismo e varias cabanas. O lugar era demais.
- Vamos lá que nós já chegamos - disse a coordenadora.

Eles pegaram suas malas e foram em direção aos quartos. null e null ficaram no quarto em frente ao de null e null, ao lado esquerdo tinha o quarto de null e null e ao lado direito tinha o quarto de null e sua amiga null. Eles organizaram as coisas nos quartos e foram direto para a piscina. O spa tinha várias piscinas, uma térmica imitando uma caverna, uma para jogar vôlei, outra de hidromassagem e uma gigantesca.
- Vamos na térmica! - disse null, saindo do quarto.
- Não, na grande dá pra brincar de briga de galo! - resmungou null.
- Parem de brigar, cada um vai na que quiser! - exclamou null no corredor. Ele olhou para o lado e ficou paralizado ao ver null e null saindo do quarto de biquinis e óculos de sol. As duas eram lindas, mas null chamava a atenção de null de uma maneira diferente. Tinha alguma coisa nela que o deixava louco.
- Uau! Estamos bem acompanhados, hein, dudes?!- disse null, pegando null pelo braço e a levando a piscina térmica.
- E a null, hein, null? - perguntou null, lembrando dos lindos olhos da garota.
- É mesmo! Vou chamá-la - disse null, batendo na porto do quarto de null e null.
- Oii, null! - null apareceu com roupas de banho, abraçando o menino.
- Oi! - disse null, átras de null, olhando os garotos.
- Ahh, deixa eu apresentar vocês! - null falou animada. - Garoto,s essa é a minha bést null. null, esse gato na minha frente é o null, meu primo, o fofo ali do lado é o null, a menina junto a ele é a null e aquele quietão ali é o null! E o null... Cadê o null?
- O null foi todo amiguinho da null pra piscina térmica - disse null, fazendo cara de nojo. - Ah, prazer, null.
- Prazer - disse null, mostrando um belo sorriso para null.
"Que gatoooo!" pensou null.
- Vamos pra piscina encontrar a null e o null! - disse null, puxando null pelo braço.

- BOMBA! - null disse, saltando quase em cima de null e null, que estavam abraçados na piscina.
- Ai, null! - gritou null. - Quase veio em cima da gente, seu ogro!
- Tanto faz. - null deu de ombros e se virou.
Enqaunto isso, null, null e null estavam conversando na beira da piscina.
- Ai, meninas, como o meu primo fica gostoso com esse calção! - disse null, secando null.
- O null é mais! - null deixou escapar.
- Uiii, gostou do null, é, null? - perguntou null sorrindo.
- Ah... Pra falar a verdade, eu o seco desde o ano passado, mas nunca tinha trocado nenhuma palavra com ele - disse null. - Será que eu tenho alguma chance? Ele não tem namorada, né?
- Não tem namorada, não! Claro que tem chances. Eu posso arranjar um jeito, null. O null é mesmo um gato! - respondeu null. - E pelo que eu saiba, o coração dele tá desocupado! Arrasá com ele, fofa!
- Se é assim, eu vou dar em cima mesmo! - null falou, com um sorriso no rosto.

Eles estavam voltando da piscina e null foi puxar assunto com null.
- Vai na festa de hoje à noite? - perguntou null com um sorriso no rosto.
- Vou sim, mas vou sair lá pelas duas horas. O pessoal combinou de jogar verdade ou conseqüência no meu quarto. Se você quiser, pode aparecer lá. - respondeu null, observando null de costas. Ele pegou sua toalha e jogou nela.
- Ôôôôô, null! Aparece lá no quarto as duas - disse null.
- Não joga essa toalha suja em cima de mim! - null reclamou, virando-se e jogando a toalha para null. Percebeu que null estava andando ao lado do menino e ficou encarando. - Vamos fazer o quê?
- Verdade ou conseqüência - respondeu null.
- A gente vai leva umas bebidas misturadas lá pra festa na garrafa de coca-cola - disse null.
- Vocês só fazem jogo depois de nos deixar bebadas, né? - null riu.
- Claro! Vocês meninas sóbrias são muito sem-graça! - null respondeu rindo.
Todos entraram nos quartos para se arrumar para a festa, menos null e null, que não achavam as chaves.
- null, eu deixei com você! - disse null zangado.
- AAAAAAHHHHHHHHHH!
- O que foi isso? - perguntou null.
- Não sei, mas vem do quarto da null e da null - null respondeu.
Eles abriram a porta e entraram.
- Por que o grito? - perguntou null.
null pegou null num empulso quando a menina desmaiou.
- Tem uma caranguejeira ali no teto, seu cego! - respondeu null.
- Uii, tem medinho de aranha? - perguntou null com voz irônica, enquanto tirava o chinelo e jogou na aranha. A aranha caiu e ele buscou um papel para colocá-la para fora do quarto daquelas histéricas. - Satisfeita?
- Muito - respondeu a menina.
- E o que eu faço com a bela adormecida? - perguntou null, segurando null nos braços.
- Ah? o quê? AAAAH, A ARANHA! - disse null, acordando.
- null já matou, não se preocupe.
- Eu nunca mais venho nesse lugar! - exclamou null histérica.
Os meninos acharam a chave do quarto e todos se arrumaram para a festa. null estava com uma mini-saia e uma blusa com um decote que realçava seus peitos e null com um vestido tomara-que-caia, ambas com salto alto. null ouviu batidas na porta e foi atender. Era null, que ficou encarando null de cima a baixo.
- Vai ficar me encarando ou vai falar alguma coisa, null? - null falou sorrindo.
- Vo-você tá linda! - disse null gaguejando, o que deixava o menino envergonhado.
- Quem é? - perguntou null do banheiro.
- So eu, null. Os meninos ja tão lá fora esperando a gente. Vai demorar muito ainda?
- Já tô indo - disse null, saindo do banheiro.
Eles foram encontrar os outros no hall de entrada.
- Uau, você tá uma gata, amor! - disse null, pegando null pela cintura.
- Gosto, é? É pra você, xuxú! - respondeu null rindo.
- Deixem de falar besteira e vamos logo pra festa! - disse null, com ciúmes.
- Calma, a null e a null já tão vindo - null falou.
As meninas chegaram e eles foram para a festa. Era em um salão gigantesco no meio de um gramado com a piscina na frente. Estavam horas dançando. null olhou para o bar.
- Já achei minha gata da noite, pessoal! - ele disse, indo em direção ao bar.
- Olha, o null vai pegar a Georgia! - disseram null e null, apontando para eles.

- E aí, gata, tá sozinha? - null perguntou para Georgia, sentando-se ao banco do lado.
- Antes só do que mal acompanhada - respondeu Georgia, saindo de perto de null.
- Pô, gata, que fora, heeein! - null falou, voltando para perto dos amigos.

- Ah, acho que não pegou, hein! - disseram as meninas, olhando para null voltando.
- Calma, cara, tem outros peixes no mar - disse null, batendo nas costas do amigo, como se entendesse a sua dor. - Levou um fora, idiota! - null riu e saiu do salão.
Lá estava muito abafado. Ele se deitou no gramado e começou a fitar as estrelas. Ele nem percebeu, mas null o seguiu. Ficou admirando o garoto e criou coragem para falar com ele. null a viu se aproximando e sentou no gramado. "Até que essa null não é feia" ele pensou.
- E aí, tá fazendo o que, null? - perguntou null com um doce sorriso no rosto, enquanto sentava ao lado dele.
- Pensando - ele respondeu sorrindo.
- Pensar é mesmo muito produtivo. Sabe... eu tenho uma coisa pra falar pra você.
- Fala.
- É que... sabe... eu gosto muito de você. Desde o ano passado - disse null vermelha.
- Ah... Sabe o que é? É que eu gosto de outra pessoa. Eu acho, pelo menos. Pra falar a verdade, eu não tenho certeza, nem sei porque eu poderia gostar dela, mas tem algo nela que eu gosto. E eu não consigo ficar com alguém pensando em outra... Entende?
Enquanto isso, null saía do salão para tomar ar. Ela viu null e null conversando no gramado e foi falar com eles.
null fingiu que não ouviu o que null disse e roubou um beijo do menino. null via a cena a alguns metros dali sem que os dois percebessem. null não entendeu o porquê, mas varias lágrimas começaram a escorrer em seu rosto. Ela não pensou duas vezes e saiu corrando para dentro do salão. Ela saiu antes de ver null afastando null de perto dele.
- Não é nada com você, mas eu não consigo - disse null, voltando para o salão.
- Que merda, null! Tinha que estragar tudo! - ela falou para si mesma.

null entrou chorando no salão e puxou null, que estava dançando. Estava levando a amiga para o banheiro, ela prescisava de alguém, quando, de repente, esbarrou em null, que entrou no salão correndo.
- O que foi, null? Tá chorando por quê? - ele perguntou confuso.
Ela fingiu que não o conhecia e continuou indo para o banheiro com null. Ele a seguiu, mas desistiu quando ela entrou no banheiro feminino.
- O que aconteceu, null? - perguntou a amiga.
- Eu vi a null e o null se beijando lá fora - null respondeu, abraçando null.
- Mas por que você tá chorando dessa maneira? Você não gosta dele, não é?
null não respondeu, ficou apenas pensando.
- Tô achando que isso é amor, hein, null! - disse null um tempo depois.
- É claro que não é! Imagina eu e o retardado do null! - disse null, chorando aos braços de null.
- Ah, é? Entçao por que você tá chorando desse jeito?
- Ah... porque... porque... Eu não sei, tá legal? Mas eu não gosto do null!
- Então pára de chorar, menina!
- Não dá! Eu não consigo!
- Olha, como sou sua amiga, vou te falar. A null tá de olho nele desde o ano passado, mas só falou com ele hoje. Ela perguntou pra mim se ele tinha namorada ou se gostava de alguém, e eu falei que não, não que eu saiba. Mas eu só disse isso porque eu não sabia que você gostava dele!
- EU NÃO GOSTO DELE! - disse null, largando a amiga e saindo do banheiro.
- null, espera! - null falou, tentando segurar a amiga.
null saiu chorando do salão e na porta foi surpreendida por null segurando seu braço.
- Hei, te peguei! - disse null com um sorriso.
- Me solta! - null falou, tentando disfarçar o rosto inchado e secando as lágrimas.
- Me diz o que aconteceu que eu te solto.
- Não enche, null!
- Não tô enchendo, só tô tentando te ajudar! Mas, como sempre, eu tenho boas intençoes e você só me dá patada!
- Eu não tô afim de falar sobre isso - disse null, soltando o braço de null do dela.
- null, espera! eu só quero te ajudar! - null correu atrás dela.
- ME ESQUECE!
null parou de correr e ficou observando a menina voltar para os quartos. "Será que eu fiz alguma coisa errada?" Pensou null.
null chegou no quarto e deitou na cama, segurou o travesseiro e começou a chorar. O que estava acontecendo com ela? Nunca tinha chorado por menino nenhum. Sera que ela gostava de null? Não... ele era um metido. Um metido lindo. Realmente o menino mexia com ela. "NÃÃÃÃO! Eu gosto do null!" Ela pensou com raiva.


Capítulo 5

Eram duas horas, todos se reuniram na frente do quarto de null e null para jogar e beber. null ouviu o barulho das pessoas chegando, ela já estava melhor.
- Gente, eu vou ver se a null tá bem - disse null, entrando no quarto.
null estava um pouco inchada de tanto chorar, mas já estava bem melhor.
- Você vai ficar aí chorando ou vai jogar com a gente? - perguntou null.
- null... eu... eu acho que você tinha razão - null falou, olhando para baixo.
- Eu te conheço melhor do que você pode imaginar - disse null, mostrando um sorriso para a amiga.
- Desculpa sair daquele jeito. - null abraçou a amiga.
- Mas e então, não vai ficar aí no quarto, né? Ah, fala sério, só tá os amigos lá, você vai gostar!
- Não sei... O null vai tá lá - disse null aflita.
- Você vai fugir dele pra sempre? Vai passar um água no rosto e a gente vai se divertir!
- Obrigada, null, você é demais.
- Eu sei. - null deu uma piscadinha para null, que sorriu.

- Olha quem apareceu! - disse null, quando null e null entraram no quarto.
null não olhou para null, o que deixou o menino incomodado.
- Senta aqui null! - Disse null.
- Tá, vamos começar logo esse jogo! Passa a garrafa de Orloff aí que é perfeita pra girar! - null pediu.
- Gente, eu tava com uma idéia melhor... - disse null, com um sorriso no rosto.
- Fala, null! - null falou.
- Por que a gente não brinca de sete minutos no paraíso? Os armários desse lugar são perfeitos!
- Boaaa! - disse null animado.
Todos concordaram.
- Tá bom, alguém arruma uma venda aí! - disse null.
- Eu tenho uma cueca, serve, gata? - null perguntou.
- Perfeito! - disse null, rindo.
null acabou jogando uma cueca na cabeça dela, o que ela não esperava.
- Ó, null, a que o null acabou de trocar! HAHAHAHAH - null riu.
- Que nooojo! - disse null sem graça, mas rindo para disfarçar.
- Me dá isso aqui! - falou null, rindo com os outros.
- Tá, eu tenho a minha faixa - disse null, tirando a faixa que estava prendendo seu cabelo.
- Quem vai querer ir primeiiiiro? - perguntou null.
- EU! - gritou null.
- Beleza, vem cá, então!
- Mas só vale menino com menina, ok? - avisou null.
- Tá. Meninas, façam uma roda aí - disse null, mandando no jogo.
- Gira, null!
- Pronto!
Ele tirou a venda e estava apontando para null, que ficou toda sem graça.
- Aii, o que eu fui arranjar de programa pra essa noite! - disse null, tentando disfarçar a animação.
Os dois entraram no armário e ficaram três minutos em silêncio se encarando. De repente, null puxou null pela cintura, o que deixou a menina vermelha, mas como estava escuro, ele não percebeu.
- O que você tá fazendo, null?
- O que eu tô querendo há muito tempo, mas o idiota do null não deixa!
- Pára, null, eu to ficando co...
null não conseguiu terminar a frase, foi interrompida pelos labios macios de null enconstando nos seus. Eles começaram a se beijar com intensidade. null não podia negar, estava adorando! Ela segurou a nuca de null, ele começou a mexer no cabelo dela, o que deixou o beijo ainda melhor. Ficaram um tempão se beijando, até que escutaram:
- O tempo acabou! - disse null, que já não agüentava mais ver null lá dentro com o tarado do null.
Eles interromperam o beijo e se olharam profundamente. Afastaram-se e fingiram que estavam conversando quando null abriu a porta. Eles saíram com os labios vermelhos, graças a intensidade do beijo.
- Por que seu labio tá vermelho, null? - perguntou null.
- Porque o null me deu uma bala muito forte, devia ter corante, eu acho. - Foi a primeira desculpa que arranjou.
- Ah, tá bom - disse null, virando a cara.
- Quem vai ser o próximo? - null perguntou.
- Eu! - null se levantou.
"Ai, meu Deus, e se eu for com ele?" null começou a ficar nervosa. null começou a girar null. null estava conseguindo enxergar as pernas das meninas, ele apontou para null. Ele queria ir para o armário com ela e saber o porquê do estado dela.
- É você, null! - disse null.
- Eu vou embora - null sussurrou no ouvido de null, levantando-se.
- Não, você vai lá e vai se resolver com ele! - disse null, jogando null para perto do armário.
Os dois entraram no armário. null estava vermelha de vergonha.
- Você não vai me falar por que me tratou daquele jeito antes? - perguntou null, olhando nos olhos de null.
- Não te devo explicação nenhuma - disse null, olhando para baixo.
- É claro que deve! Eu me preocupo com você! Eu só quero o seu bem e você me trata mal!
- Quer o meu bem mas fica beijando outra! - null gritou, só depois foi se dar conta do que falou.
- null, tranca a porta! - disse null, que sabia que a amiga iria fugir depois de ter dito aquilo.
Quando null percebeu o que admitiu a null, ela tentou sair do armário, mas não conseguiu.
- Merda! Tá trancada.
- Ah, quer dizer então que você ficou com ciúmes é, amor? - null perguntou irônico.
- Cala a boca, null!
- Primeiro, eu não a beijei, ela me agarrou, e se ela te contou que eu que a beijei, pode ter certeza de que é mentira!
- Ela não me disse nada, null! Eu vi!
- Então não viu como terminou! Eu a joguei pra longe de mim, eu falei pra ela que não queria, que gostava de outra, mas ela me agarrou do mesmo jeito!
- Gosta de outra é? - null olhou para baixo.
- É, gosto de você - disse null baixinho.
null deu as costas e começou a chorar. "Por que você tá chorando, sua idiota? Beije-o logo!" null pensava. Mas não conseguia agir do jeito que sua mente mandava.
- null , destranque-os - disse null, sabendo que aquilo já era suficiente.
Quando null destrancou o armário, null saiu correndo e chorando. null e null foram atrás para saber o que aconteceu, e null também. Todas entraram no quarto.
- Não! Você não! - disse null, apontando para null, que achou melhor sair sem falar nada.
- O que aconteceu lá, null? - perguntou null.
- Ele falou que a null o agarrou e que ele logo depois saiu de perto dela e... e... falou que gostava de mim.
- Mas não era isso que você queria, null? - perguntou null confusa.
- Sim. Não. Quer dizer, eu não sei! Eu começei a chorar e não entendi o porquê! Eu falava pra mim mesma "deixa de chorar, sua tonta e agarre-o", mas não dava, eu não conseguia! - disse null, abraçando as amigas.

- null, pode ir explicando o que aconteceu - null mandou.
- Ela viu a null me agarrando e ficou com ciúmes. Daí eu contei que eu não queria e que tinha saído de perto da menina quando ela começou a me beijar, só que ela não tinha visto essa parte.
- Ela saiu chorando pelo que, então? - perguntou null confuso.
- Eu disse que eu gostava dela.
- E isso é motivo pra chorar? - null questionou. Ninguém estava entendendo o comportamento de null.
- Nem me fala, dude. Eu acho que eu estraguei tudo com a menina mais legal que eu ja conheci - disse null, fitando o chão.

No outro dia, estava programado para o grupo fazer arvorismo.
- null. null. null! Acorda! - disse null, chamando a amiga.
- Ahn, o que aconteceu? - perguntou null zonza.
- A gente tem arvorismo daqui uma hora com os meninos.
- Ah, tá... Nossa, null, você nem imagina o sonho que eu tive ontem... Eu sonhei que eu vi o null e a null se beijando e eu fiquei com ciúmes e acabei descobrindo que eu gostava do null e que o null gostava de mim. Louco, né?
- Ehrr.. null... Não foi um sonho - disse null, temendo a reação da amiga.
- O QUÊ?!
- Acho que deveria ter deixado você pensar que foi um sonho.
- Devia mesmo - disse null, colocando a mão na cabeça.
As meninas se arrumaram e foram para o lugar do arvorismo. Era lindo, árvores gigantescas cheias de obstáculos para passar sobre elas.
- Olha, os meninos tão chegando - disse null, apontando para eles.
- Acho que eu não vou fazer isso. - null falou, olhando para null e saindo.
- Ei! Você fica aqui - disse null, puxando o braço da amiga.
- E aí? - null cumprimentou, encarando null.
- Tô tremendo nas bases de ir nesse treco - disse null, fitando os olhos de null.
- Não se preocupe. Se você cair, eu te pego, xuxúh! - null falou, mostrando-se compreensivo.
- Pega nada, seu abusado - disse null, puxando null pela cintura.
- Oi - null disse, olhando para null.
- Oi - ela respondeu, sem olhar para o garoto.
- Muito bem, quem vai ser o primeiro? - perguntou um instrutor gatinho.
- Eu - disse null, já vestindo o aparelho de segurança.
- Muito bem, vão dois de cada vez. Caso aconteça alguma coisa, um ajuda o outro.
- Chegamos! - disseram null e null chegando correndo. - Desculpa, a gente dormiu demais.
- Alguma de vocês vai querer ir com o garotão aí? - perguntou o instrutor, olhando para null.
- Eu vou - disse null.
- Vaca! - sussurrou null no ouvido do null.
- Não! A null quer ir e ela chegou primeiro! - disse null, jogando a amiga aos braços de null.
- Eu? - null perguntou envergonhada.
O instrutor gatinho ajudou null a colocar o equipamento de proteção, que se enrolou todo com os equipamentos. null subiu uma árvore e foi indo para os obstáculos, null foi seguindo o garoto. Não podia deixar de notar a parte abaixo do sul do hemisfério mais chamado como as costas de null.
- Ai, eu não vou fazer isso! - null se refiria a umas cordas. Para ir para o próximo obstáculo, ela prescisava se segurar nelas e ir passando uma por uma.
- Vem, não é dificil - disse null indo de corda em corda como se fosse um macaco.
- Não tô afim de morrer hoje, null.
- Não vai morrer. Confia em mim - disse o menino olhando profundamente para null. Ela sentiu uma confiança nas palavras do garoto e decidiu tentar.

Depois era a vez de null e null.
- Nãooo! Eu não vou fazer isso! Desisto! - disse null, descendo da árvore antes mesmo de chegar ao meio dela.
- Então sai logo que eu vou no seu lugar, null! - disse null, que já estava com os equipamentos. null foi na frente.
Os dois foram indo super bem até a parte de caminhar dentro de um pequeno cano.
- null... tô com um probleminha - disse null já com a cabeça para fora.
- O que foi? - perguntou null, entrando no cano.
- EU INTALEI!
- Tá prescisando de uma dieta, hein, null! - Ele riu.
- Não tenho culpa da minha bunda ser tão grande!
- Calma que eu te dou uma ajudadinha - ele disse malicioso.
null deu um empurrão na bunda de null, que conseguiu desintalar.
- Valeu! - disse a menina sorrindo.
- Valeu digo eu! - null falou com sorriso malicioso.
- Deixa de ser tarado, null! - null riu.

Depois de todos terem ido no arvorismo, o instrutor gatinho falou sobre uma trilha que os visitantes fazem nas noites de lua cheia. Ele instruiu o caminho para null, null, null, null e null, que combinaram de se encontrar ali as nove horas da noite. Os outros já não quiseram ir para poder aproveitar a festa.

Passaram o dia na piscina.
- Ai, null, o meu biquini soltou atrás. Pode amarrar, por favor? - disse null, olhando maliciosa para o garoto. Ela não queria perdê-lo para aquela metida da null.
- Na... - falou null, que foi interrompido por null e null.
- Deixa que a gente amarra, null! Você não vai querer um menino tarado olhando para seu corpo. Afinal, você não é nenhum tipo de vagabunda, nã é, amor? - disse null ironicamente. null não respondeu nada.
null e null apertaram o biquini beeeem forte.
- Parem! Estão me machucando!
- Calma, se não vai dessamarrar de novo, amor!
- Ai, tá muito apertado!
- Não tá, não! Mas deixa que a gente arruma de novo.
Elas começaram a desamarrar a parte de cima do biquini e a de baixo, deixando o biquini cair e deixando null com seus pequenos peitos de fora.
- Olha , é enchimento! - disse null gritando, fazendo todos olharem.
null começou a rir sem parar. Ou melhor, todos riram sem parar!
- Suas idiotas! - disse null, pegando a parte de cima do biquini e correndo para o banheiro chorando.
- Ai, meninas, como vocês são más - disse null rindo.
- Foi minha idéia - disse null. - Ninguém manda dar em cima do gato da minha melhor amiga.
null abraçou null, que ficou vermelha. Aconteceu o mesmo com null.

Já era noite e as meninas estavam se arrumando para a trilha. null, null e null bateram na porta.
- Vamo lá? - perguntaram os garotos.
- Vamos.
- Pô, dudes, sacanagem o que vocês fizeram com a amiga da minha prima, hein! - disse null rindo.
- Ela mereceu - null falou.
- E eu achando que ela tinha um pouco de peito... Menina indecente fica usando aqueles enchimentos vagabundos de 1,99 - disse null, fazendo os meninos rirem.
Chegando lá, estava escuro e não tinha nenhum instrutor para guiá-los, já que eles prescisavam cuidar da festa que estava rolando no salão.
- Vocês não acham perigoso? Sei lá, sem instrutor a gente pode acabar se perdendo - disse null.
- Fica aí, então - disse null, seguindo caminho com os outros.
- Ai, grossa! Eu vou é pra festa pegar umas gatinhas!
- Vai mesmo! Humpf.
null ficou indignado com null e foi pra festa se divertir e pegar uma menina só para fazer ciúmes.
- Como tá escuro aqui - disse null. - Por que a gente não trouxe uma lanterna?
- Deixa de ser medrosa, null - null falou, pegando a mão de null e mostrando um sorriso meigo no rosto, mas estava escuro e a garota nem percebeu, mas corou só de sentir a mão suave de null.
- Ai, eu senti uma coisa na minha perna! - disse null. - AHHHHHH, UM BESOURO POUSOU NO MEU NARIZ! SOCORRO! - gritou null, saindo correndo e se afastando da trilha.
Todos foram atrás. Quando perceberam, já nem ouviam mais os gritos de null e nem sabiam onde estavam.
- Gente eu vou procurar a null - disse null, saindo correndo.
- Espera que a gente vai com você! - null falou, sendo impedida pela mão de null.
- Se a gente for, vamos acabar nos perdendo também. Você não viu o tamanho dessa floresta quando a gente entrou no Google Earth? - falou null sério.
- Tem razão, é melhor tentarmos achar a trilha de volta.

Quando null se deu conta, ela estava sozinha no meio do nada e com medo de ser atacada por algum animal peçonhento.
- null? null? null? - gritou a menina desesperada. - Alguém? Por favor, alguem me ajude!
Ela começou a gritar sem parar, mas null não escutava. A menina sentou no chão e começou a chorar.

- null! null! Onde você tá? - gritava null à procura da garota.
Não havia nenhum sinal dela. Começou a ficar preocupado.

Já se passara duas horas depois deles terem se afastado.
- null, eu tô com medo - disse null.
- Calma, a gente ja vai encontrar o caminho de volta.
- E quanto aos animais? Se alguma cobra injetar o seu veneno em nós?
- Nós fazemos um torniquete com o meu cinto.
- Ahá, e perder um menbro.
Eles riram.
- É serio, eu te protejo! - disse null, abraçando null.

- null! Alguém, por favor! - gritava null.
Dessa vez, null ouviu.
- null! Eu tô chegando! Continua a falar pra eu poder te encontrar! - disse null.
- null, eu tô com medo! Vem logo, por favor!
- Ahá! Te achei, xuxúh - disse null, que foi surpreendido por um abraçado apertado de null chorando.
- Que bom que você tá aqui! Não agüentava mais ficar sozinha.
- Vem, vamos achar a trilha de volta.
Enquanto isso, null e null andavam abraçados, olhando para o chão para ver se achavam a trilha. De repente, null solta um grito que até null e null escutaram.
- o que foi isso? - perguntou null.
- Parece um grito da null!- disse null aflita.
- Calma, nós já vamos achá-los.

- O que aconteceu, null? - perguntou null, agachando-se para ver null, que estava sentada no chão.
- Aquela cobra nojenta picou a minha perna. Era peçonhenta, eu vi! Era uma coral.
- Não se preocupe.
- Não, imagina! Uma cobra me pica e eu vou pular de alegria!
- Tô tentando te acalmar, Sra. Histérica - disse null, tirando o cinto e apertando perna de null. - Não se preocupe, não vai morrer hoje.
- Obrigada pelo incentivo, null.
- Tá bem apertado?
- Tá.
- Dá pra suportar?
- Dá.
- Desculpe, vou ter que apertar mais.
- Ai!
- Melhor isso do que o veneno circulando pelo seu corpo, flour!
- Eu não vou conseguir caminhar assim!
- Não tem problema, não - disse null, pegando null.
Ele levava ela do mesmo jeito que se leva uma noiva. null ficou vermelha.
- Você vai ficar cansado.
- E você vai morrer se eu não te levar.
- Não conhecia esse seu lado fofo - disse null, encarando null. Seus rostos estavam muito próximos.
- Só sou assim com quem é importante pra mim.
Os dois ficaram mudos.
- Impressão minha ou alguem tá se aproximando? - perguntou null, quebrando o gelo.
- É, eu to ouvindo passos.
- null! null! Onde vocês estão? - gritou null.
- Ai, meu ouvido, null! - disse null rindo.
- Estamos aqui, dude! - gritou null.
- E encontramos a trilha de volta! - disse null, que agora não estava mais chorando.
- Estamos indo! - gritou null.
- E aí, pessoal! O que a null tá fazendo no seu colo, dude? Cansou de andar? - null perguntou rindo.
- Deixa de ser palhaço, null! Uma coral me picou.
- Sério, null? Deixa eu ver! - disse null.
- Sua perna tá vermelha! - disse null surpreso.
- Dãã! Tu acha que o torniquete que tem nele é pra quê?
- Tá, vamos. Mais algumas horas e você tá morta, null! - disse null.
- Que amor que você é! - respondeu null.
Eles chegaram nao lugar e foram direto para o salão perguntar onde tinha uma enfermeria. null viu null segurando null em seus braços e ficou com muito inveja. Ela foi ver o que aconteceu.
- O que houve, null? - perguntou null, fingindo ser sua amiga.
- Não te interessa, sua despeitada. Vai colocar silicone, vai! - respondeu null.
- Ai, grossa! Tava só querendo ajudar!
- Se quiser ajudar, vai na piscina e joga um secador dentro, amor - respondeu null.
null saiu sem falar nada, com muita raiva deles, mas ainda queria null para ela. Eles foram para a enfermaria e injetaram um anti-ofidio em null, que, por sorte, não perdeu a perna.

Eles saíram e lá e foram para o quarto de null e null descansar.
- Vocês não querem ficar conversando aqui no quarto? Parece que ninguem ainda voltou da festa - disse null, olhando para null.
- Pode ser - eles responderam, entrando no quarto.
Deitaram nas camas, null com null e null com null. Começaram a conversar sobre diversos assuntos.
- Hahaha! Aquela parte que o null falou pra null foi a melhor, dudes! - disse null, lembrando da cara de bunda mole com celulite de null.
- A null mandando ela colocar silicone tambem foi demais! - disse null.
- Ah, eu não agüento aquela putinha despeitada! - null falou.
- Claro que não gosta, ela me agarrou! O que te deixou com muito ciúmes que eu sei, null! - disse null olhando para ela.
- Deixa de ser convencido, null! - null riu.
"Ele estava certo" ela pensava.
- Ah, eu não consigo parar de lembrar da cara daquela mal-comida depois que a gente tirou o biquini dela, null! - disse null.
- Ahá! Aquela foi pra história, babe! - disse null, batendo na mão de null.
Continuaram conversando sobre várias coisas, principalmente mal de null. null e null já estavam dormindo, null e null ficaram conversando mais tempo e estavam quase caindo no sono, quando null disse:
- Obrigada por hoje.
- Não foi nada - disse null sorrindo.
- Você vive me ajudando e eu só te dou patada, né? Desculpa.
- Deixa pra lá, é o seu jeito de ser, acho bem sexy da sua parte. - disse null, dando uma risadinha maliciosa.
null sorriu e deu um beijo estalado na bochecha do garoto, que logo em seguida pegou no sono.


Capítulo 6


No outro dia, null, null, null e null acordam agarrados um no outro. Nem tinham tomado banho e já era quase meio dia.
– Ei! Gente, acorda! – disse null. – Já são quase meio-dia, temos que tomar banho.
null e null acordaram. Estavam abraçados, null estava com o rosto no peito de null, que tirou a camisa no meio da noite. Acordou assustada.
– Meu Deus! – disse null.
– Bom dia pra você também, luz do dia! – null falou rindo.
– Ah, desculpa , me assustei quando eu percebi... arhm... Esquece.
null! MERDA, null, ACORDA! – gritou null.
null estava abraçado à barriga da menina, que já tinha tentado tirá-lo de cima dela, mas não conseguia.
– Desgruda que eu quero tomar banho, null! – disse ela, empurrando-o da cama. O coitado caiu da cama.
– Nossa, bela maneira de começar o dia – respondeu null.
– Sério, saiam que a gente quer tomar banho!
– Por que a gente não pode continuar dormindo aqui enquanto vocês fazem isso? – perguntou null, como um zumbi.
– Porque vocês tão fedendo! – null falou.
– Não sei por quê! Tô tão cheiroso! – disse null, cheirando a axila.
– Eu vou tomar banho, não to nem aí – null falou. – Mas quando eu sair, não quero ver nenhum de vocês aqui!
null foi para o banheiro e ligou a água da Banheira. Desastrada, ela girou demais a torneira e acabou quebrando.
– AAAAAAAAAAH! – null deu aqueles berros de menina em apuros. Um jato de água ia bem na cara dela.
– O que foi?! – null perguntou.
– Ahh! null, vem pra cá agora! – disse null, que estava no banheiro só de calcinha e sutiã, ensopada pelo banho que estava levando da torneira quebrada.
– É uma desastrada mesmo! – disse null, olhando a menina só com roupas de baixo. – Que merda você fez, hein?
– Não sei, acho que girei demais essa porcariazinha aí –null falou, saindo do banheiro.
– O que aconteceu? – perguntou null, tentando acordar null, que estava caído no chão.
– Acho que eu estraguei a banheira – disse a menina, olhando para baixo com o ar de “eu não tenho culpa”.
null! Vai à recepção e pede para eles desligarem o registro da água! – gritou null do banheiro, tentando controlar a água.
– Aha! Vou assim peladona exibir meus dotes pra todo mundo que quiser ver! – disse null gritando.
– Deixa que eu vou – falou null, que estava de roupa. – Tenta acordar a bela adormecida do null.
null voltou, já tinham desligado o registro e iriam consertar a banheira depois do almoço.
– É, parece que vocês vão ter que tomar banho no nosso banheiro, null! – disse null safado.

As meninas tomaram banho no banheiro de null e null, almoçaram e foram para o salão de jogos.
– Quem tá afim de jogar sinuca? – gritou null, para todos do salão ouvirem.
– Eu quero! – disse null, pegando o taco.
– Eu também! – respondeu null.
– Tá, já que tem que ser de par, a gente precisa de outra pessoa pra jogar – disse null.
– Eu quero jogar também! – falou Wagner, colega de null, que também estava no primeiro ano.
Ele era baixinho, tinha cabelo raspado, usava óculos e aparelho. E ainda tinha CC. O quadro da dor.
– Tá, vamos começar logo. Eu fico com a null e Wagner, com a null. Espero que você saiba jogar, null – disse null.
– Melhor do que você, gracinha. – null riu.
– Eu começo – disse Wagner.
– Minha vez –null falou, encaçapando a bola 4. – Quem é o melhor? – ele perguntou, enchendo o peito.
– Você que não, fofo. – null riu. – É sua vez, null.
null começou a pegar o taco da maneira errada e sentou na mesa de sinuca. Estava de saia e cruzou as pernas.
– Eu acho que não vou conseguir.
– Anda logo! – null disse.
null, pode me ajudar a pegar o taco? – perguntou null.
– Deixa que o Wagner te ensina! – disse null rindo.
Wagner, com seu talento em sinuca e CC inexplicáveis, segurou os braços de null e tentou ensinar a menina a jogar. Ela fez uma careta, e null e null começaram a rir.
– Tá bom, tá bom! Já aprendi! – ela disse estressada. Não agüentava mais o cheio ruim de Wagner.

Na mesa ao lado, null ensinava null como jogar. Passou suas mãos suaves nos braços dela, que ficou toda arrepiada. null via a cena de longe, enquanto conversava com null. Ele não sabia por quê, mas não sentia mais ciúmes de null com null. Agora ele não conseguia parar de pensar em null. Mais tarde, null chamou null para conversar com ele na sacada do último andar do hotel onde dava para enxergar todo o spa.
– Sabe, null... eu tô começando a achar que a gente não vai dar certo – ele disse, encarando-a nos olhos.
– É, eu concordo com você, null
– Aham, eu percebi. E eu tô achando que eu tô gostando da null também. Não é nada com você, mas eu acho que a gente gosta de outras pessoas.
– Olha, null, o que nós tivemos foi ótimo, eu adorei passar o tempo com você. Mas acho que a gente não vai se dar bem como namorados.
– Exatamente! A gente pode continuar a ser amigos?
– Claro, null!
Eles se abraçaram e voltaram para o salão de jogos. null estava convencido de que iria pedir para ficar com null aquela noite, e null estava disposta a namorar com null.
– E aí, gata, como foi com o null? – perguntou null, quando null chegou.
– Tranqüilo – ela respondeu sorrindo. – A gente achou melhor não continuar... A gente não se dá muito bem como namorados, ficamos só amigos. E ele já está gostando de outra, e eu de outro. Não iria dar certo.

Todos estavam dançando no centro do salão a música Twist And Shout. Por incrível que pareça, o DJ daquela noite gostava de Beatles. null foi falar com ele e pediu para que tocasse a música All My Loving.
null segurou null pela cintura por trás e falou no seu ouvido:
– Tá sozinha, gata?
– Parece que sim.
– Essa é minha musica preferida dos Beatles – disse null.
– E você é minha garota preferida dessa festa – null falou. – Quer dançar?
Começaram e se formar casais na pista de dança, e então null aceitou. Ela o segurou pelos ombros e ele se aproximou, segurando a garota pela cintura. Ela apoiou sua cabeça sobre o ombro dele, e ele fez o mesmo. Fecharam os olhos e sentiram como se pudessem ficar daquele jeito pra sempre.
Quando a música terminou, null puxou null pelo braço.
– Vem, eu tenho uma coisa pra te mostrar – disse o menino sorrindo.
Ele tapou os olhos dela e a levou para um lugar escondido do spa que ele tinha descoberto quando estava escutando música e passeando pelo lugar. Era lindo, tinha alguns bancos e era cheio de plantas, com um chafariz no meio.
– Que lindo, null!
null não disse nada, foi se aproximando da garota e a puxou pela cintura. Eles ficaram se encarando nos olhos com as testas coladas um no outro. null sorriu, e null fechou os olhos. Era o que ela esperava a um bom tempo, um beijo de uma pessoa que ela realmente amasse. null fechou seus olhos e encostou seus lábios macios nos lábios de null. Foi o beijo mais intenso e mais demorado de suas vidas.

Enquanto isso, null e null estavam na borda da piscina com os pés na água.
– Então, você e a null não tem mais nada? – perguntou null.
– Não, eu percebi que o null e ela estavam muito próximos. Logo, eu entendi que tinha alguma coisa rolando... E eu também percebi que não era dela que eu realmente gostava.
– Hum...
– É que eu conheci uma menina muito especial – ele disse, encarando-a. – Eu conheci você.
null ficou sem jeito, mas olhou para os olhos de null.
– Eu também conheci uma pessoa muito especial. Engraçado e amigo. E tarado também. – Eles riram. – Ele é uma graça e eu quero muito ficar com ele.
null segurou a nuca de null, e os dois se beijaram intensamente.
– Eu acho que eu te amo – disse null em meio de beijos e mordidinhas na orelha.
– Eu também.
Os dois passaram a noite conversando na piscina.

No outro dia, eles fizeram uma escalada, tirolesa, e foram para a piscina. À noite, eles combinaram de se encontrar no quarto de null e null para fazer verdade ou conseqüência e, claro, para beber as ultimas garrafas de uísque, que, por incrível que pareça, sobraram.
– Vai começar a azaração, dudes! – disse null, chegando com null e várias garrafas de cerveja.
– Ainda tem uísque, né? – perguntou null.
– Só mais uma garrafa! Mas calma que todos vão dividir, seu embriagado! – disse null rindo.
– Por onde anda aquelas meninas? Sempre se atrasam! – null falou.
– Eu bati agora pouco no quarto da null e da null e elas tavam se vestindo – disse null, abrindo uma garrafa de cerveja.
– E a null? – perguntou null.
– Nem sei, se ela vier, aquela despeitada nojenta da null vem junto! – respondeu null.
– Tarde de mais, dude... Já as convidei – disse null, olhando apra baixo.
– Chegaaaaaaamos! – null falou alegre, entrando com tudo.
– E aaaaaí! – disse null, pegando a menina pela cintura e dando um beijo na sua boca.
– UUUUUUUUUUUUUUUUUH! – todos falaram.
– Não sabia que vocês tinham se resolvido! – disse null.
– Haha! Esses dois demoraram, mas finalmente se acertaram –null falou, dando um beijo intenso em null.
– Você tá uma gata, xuxúh! – disse null.
– É pra você, meu tesão! – null riu.
– Olá! – disse null, chegando e indo beijar null.
– E aí, null! – Todos falaram.
– Oi, gente. – null falou sem graça, entrando.
E o silêncio tomou conta do quarto.
– Erhn... Então, vamos jogar logo? – null perguntou.
– Calma aí, dude, eu tenho que pedir batata frita! – disse null, pegando o telefone do quarto.
– Pede rápido que a gente já vai começar!
Todos sentaram em uma roda, pegaram uma garrafa de Orloff e giraram.
null e null – disse null.
– O que vai querer, primuxo? – null perguntou.
– Conseqüência. Mas só porque eu sou MACHO – respondeu null, levantando-se e batendo no abdômen como o Tarzan.
– Olha, a batata frita chegou! – disse null, abrindo a porta.
– JA SEI! –null falou. – Beija a teta do null!
– QUE ISSO, null? – disse null espantado.
– NÃO, O MEU NAMORADO NÃO VAI FAZER ISSO! – respondeu null
– Namorado? – rodos perguntaram.
– Pô, eu tava pensando em te pedir em namoro num momento mais romântico – null riu.
– Ah... esquece – disse null, rindo da bobagem que falou.
– Tá, então eu escolho verdade – null falou.
– Tá... É verdade que tu já transou com a null? – perguntou null.
– O QUÊ? – rebateu null. – Não! De jeito nenhum! De onde tu tirou isso?
– Ah, achei que quando vocês ficaram no armário, tivesse acontecido alguma coisa...
– Achou errado, primuxa!
– Tá, tá, gira essa budega de novo! – disse null.
null e null.
– O que vai querer, null xuxusão? – perguntou null.
– Eu quero conseqüência – respondeu ele, achando-se macho.
– Tá, então mostra pra todo mundo como Deus te fez, gatuxo! – disse null.
– Ai, null, eu sou uma menina tão reservada! Não tenho certeza se eu posso! – null brincou, imitando voz de mulher.
– Vai logo! – disse null.
– Ui, tá querendo ver meus dotes, null? – perguntou null.
– Claro, se não me deixarem excitada, eu não quero continuar com você! – respondeu ela, rindo.
– Ah, agora não vou mais! Fiquei com medo, só porque meu brinquedinho é pequeno. – disse null, olhando apra baixo se fingindo de magoado. Todos riram.
– Eu tava brincando, tá? – disse null rindo. – Não quero que você fique nu na frente de todo mundo!
– Outra coisa, null gostosão! – null falou, dando tapinhas na bunda.
– Lambe o ketchup na orelha da null! – disse null.
– Eii! Tu não vai colocar ketchup na minha orelha, null! – respondeu null zangada.
– Na barriga, então? – null perguntou, com os famosos “puppy dog eyes”.
null olhou para null com uma cara que riu.
– Deixa de ser careta, null! – disse null.
– Aiii, tá bom! – null aceitou, achando aquilo muito estapafúrdio.
null deitou e levantou a blusa. null desenhou um coração com o ketchup, e null se aproximou.
– Isso vai fazer cócegas! – disse null, preparando-se.
null se aproximou e começou a lamber a barriga de null, e null ficou olhando, morrendo de ciúmes.
– HAHAHAHAHAHAHA! Aaai, null, isso tá me fazendo coseguinha! – disse null, dando gargalhadas.
– Viu como é bom?! – null riu. – Pronto!
– Eu não acredito que eu deixei você fazer isso! – ela falou.
– Ah, nem vem que você gostou!
– Tá, vamos pra próxima!
null e null.
– E aí, queridinha, o que você quer? – perguntou null irônica.
null ficou pensativa, tinha medo do que iriam mandar ela fazer se ela pedisse conseqüência.
– Verdade! – ela respondeu.
– Uii, tá com medinho, é? – perguntou null rindo.
– Não! Vai conseqüência, então!
– A conseqüência é você ir pelada tomar um banho na piscina térmica. Lá é fechado, e nessa hora não deve ter ninguém.
– Ai... Tá, eu aceito – disse null com cara de bunda mole.
Ela queria se enturmar, apesar desse não ser o melhor jeito.
– Vamos lá, pessoal! – disse null, levantando-se e levando as batatas fritas junto.

Elas foram até a piscina, null se despiu e mergulhou. null pegou as roupas que a menina deixou na borda e saiu correndo.
– Voltem aqui! É serio! Por favor!null! – gritou null.
– Tem uma menina pelada na piscina térmica pessoal! – null gritou, quando passou na frente do salão de festa.
– O quê? Quem? – todos perguntaram.
– A despeitada da null do primeiro ano! –responderam.
Todos correram para lá. null, que ainda era amiga de null, foi correndo pegar uma toalha. Demorou um pouco e acabou que todos viram null pelada. Eles voltaram para o quarto rindo sem parar.
null, não sabia que você era tão má! Pode confessar que é só porque ela dá em cima de mim! – disse null rindo.
– Hehehe! Ah, não vou desmentir o que você disse –null falou, rindo envergonhada.
Eles passaram a noite jogando verdade ou conseqüência e acabaram dormindo todos uns em cima do outro no quarto de null. No outro dia, eles iam voltar para a cidade.

– Gente, acordaa! – disse null, morrendo de sono. – Nós temos que arrumar as coisas pra ir embora!
Todos acordaram.
– Meu Deus, as minhas coisas tão todas espalhadas! – disse null, levantando correndo e deixando a cabeça de null, que estava apoiada ao ombro dela, cair no chão.
– AAi! – disse null.
– Desculpa, nullzinho, eu preciso arrumar minhas coisas!
Eles arrumaram as coisas e se encontraram para almoçar no restaurante do hotel.
– Ah, a parte ruim de ter que voltar pra casa é agüentar as comidas naturebas da minha mãe! – disse null, comendo uma carne sangrenta.
– A parte ruim de voltar é estudar, dude! – respondeu null, pensando na professora louca de Matemática.
– Nem me fale! Só de pensar em Matemática eu perco o apetite – disse null.
– Eu não vejo a hora de voltar! – null falou.
– O quêêêêê? – todos perguntaram.
– Ô, null , que droga você deu pra menina? –perguntou null assustado.
– É que eu vou acampar no final de semana – disse a menina animada.
– E nem nos convida! – null falou.
– Ai, null eu já ia convidar vocês! – disse null. – O meu pai me contou de um novo lugar que abriram, a umas duas horas da cidade. Ele perguntou se eu não queria ir acampar com ele, e eu respondi que eu só ia se eu pudesse levar meus amigos junto. E ele deixou.
– Opa! Eu vou conhecer o sogrão, é? – null riu e beijou a bochecha de null.
– É bom se comportar. E outra... Você vai ter que se agüentar, porque o meu pai não pode saber que eu tô ficando contigo.
– Por quê? Eu não sou nenhum tarado de esquina!
– Ele ainda pensa que eu sou BV, então segura seus hormônios, null!
Todos riram. Depois do almoço, eles pegaram as malas e foram para o ônibus. Quando entraram, eles foram para a parte das mesas, mas já estava ocupada por null e suas amigas fúteis e feiosas que se achavam as gostosonas. Eles acabaram indo apra parte de cima do ônibus.


Capítulo 7

A semana passou rápido, null era a menina mais popular da escola agora, mas ela não estava gostando da sua “fama”. Sexta-feira de tarde, null, null, null, null, null e null foram para a casa de null para arrumar as coisas para o acampamento.
– E aí, null! – Os meninos chegaram gritando.
– Baah, filha, é com esses marmanjos que você anda, é? – disse o pai de null, brincando.
– Calma, pai, eles são loucos, mas são legais – respondeu a menina.
null foi cumprimenta-la e quase a beijou na boca, se null não tivesse virado a cara e sussurrado:
– Esse final de semana, não, null!
– Ei, vocês parecem jovens fortes e saudáveis. Ajudem-me a colocar essas barracas no carro. Esse velho aqui já não ta podendo tanto – disse o pai de null simpático.
– Gostei do sogrão – null sussurrou no ouvido de null, enquanto eles acomodavam as coisas.
Por incrível que pareça, todos entraram no carro do pai de null. Era uma Caravan, aqueles caminhonetes com dois lugares na frente, e atrás mais dois com um corredorzinho e mais três lugares atrás. null, null, null e null tiveram que se apertar atrás para entrar quatro em um lugar de três. null estava na frente com o pai e null e null estavam confortáveis no meio.
– Aê, pai, se você não se importa, a gente vai coloca Beatles, okay? – perguntou null, pegando o CD da mão de null.
– Aê, Sr. pai da null, você curte rock? – null perguntou, gritando do banco de trás do carro.
– Adoro! Gosto de todas as músicas que a null escuta. Só não gosto de umas que tocam na TV, aquelas... Como se chamam mesmo? Aah, funk! – respondeu.
Todos riram.
– E se eu te contar que nas festas a null vai até o chão ouvindo essas musicas? – perguntou null.
– Vai pastar, null! – gritou null. – Não liga pro que ele tá falando, pai!
– Se eu souber que ela faz isso, eu nunca mais a deixo sair de casa! – respondeu o pai de null rindo, mas falando sério.
– Ah, é mentira, senhor! Além do mais, uma festa sem a null não tem graça! – disse null.
– Ô, Sr. pai da null, é sério, sua filha é a mais comportada de todas as meninas! – disse null.
– É mesmo, tem umas amigas nossas que até já transaram, mas a null nem beijou na boca ainda! – disse null rindo.
Todos os meninos tiveram um ataque de risos e null ficou vermelha de vergonha.
– Parem de falar mentiras, senão eu nunca mais convido vocês pra nada! – disse null, que não estava gostando das atitudes dos “amigos”.
– Pára, null! Deixe-os contarem o que você faz nas festas que eu sei que você não me conta tudo! Vem cá, os meninos dão muito em cima da null?
– Nossa, você nem imagina como, tio! Tem uns que ficam chegando já agarrando! – disse null, rindo da amiga. – Mas eu sempre os mando embora, porque a null tem medo!
– É, até teve uma festa do Vila Ventura que um menino chegou por trás dela e começou a perguntar se ela tava sozinha... começou a falar que ela era a menina preferida dele na festa! – disse null.
As meninas se viraram para o null.
– Só porque o menino saca das técnicas de conquista vocês não precisam ficar com inveja! Vocês só tão falando isso porque não foi com vocês! – disse null rindo.
– Eu já fiz coisa muito pior, não tô nem aí pra isso, querido! – disse null.
– É, fiquei sabendo de uma coisa muito feia que tu fez na festa do null, null! – null falou.
– Nem vem que o menino adorou, tá?!
– Nossa, isso é muita informação pra minha cabeça! Não entendo nem metade do que vocês tão falando com essas indiretas! – disse o pai de null.
– Ei, ei, ei! Onde vocês fizeram isso, hein, null e null? – perguntou null desconfiado, porque quando ele foi se deitar, sua cama estava toda bagunçada.
– Erhn... A gente fez na sala! – disse null.
– Tá, vou fingir que acredito! – respondeu null.
null, eu tô pensando em te mudar de colégio! – disse o pai dela.
– NÃO, PAI, ELES TÃO BRINCANDO! SE VOCÊ CONHECÊ-LOS MELHOR, VOCÊ VAI VER! – respondeu a filha.
– Acho bom mesmo.
– Ai, tio, não se preocupa que eu sou o guarda-costas da sua filha! – disse null, passando pelo corredor do carro e chegando na frente se agachando para falar com ele.
– Ah, espero que cuide mesmo! Se quiser, até dou salário! – respondeu o pai.
– AAAAH, a gente também é guarda-costas! – gritaram os meninos atrás.
– Não, eu cuido muito mais dela do que vocês. Se algum menino se aproxima, perde um dente. – disse null.
– Aha! Nem te conto, null, mas não se preocupa, tio, eu não deixo nem o null se aproximar da sua filha! – disse null. – Mas vem cá, o salário é de quanto mesmo?
– Te pago cinqüenta por mês!
– Fechado! Garanto que o senhor não vai se arrepender! Eu vou com ela pra tudo que é lugar mesmo! – disse null.
– Ei, você não vai dá uma de guarda-costas pra cima de mim, hein! – sussurrou null para null.
– Claro que vou! Tô ganhando pra fazer isso! Tenho que proteger a null desses tarados como você, null! E ainda tenho que cuidar de mim também!
– Ah, que desgraçada! – disse null rindo.
– Pronto, gente, chegamos! – o pai de null falou.
Todos desceram do carro já morrendo de frio. O acampamento era feito em uma montanha que tinha por perto e tinha um lago lindo.
– Eu quero mergulhar! – disse null, tirando a roupa e indo correndo para o lago.
– Ô, rapaz! Não faz isso, não, você vai se arrepender! A água ai tem menos zero graus! – tentou avisar o pai de null.
null nem ouviu e pulou do mesmo jeito.
– Ainda bem que eu trouxe conhaque. O menino vai precisar – disse o pai de null, indo no carro para pegar as barracas.
– São quatro barracas, pessoal, as meninas ficam em uma e os meninos façam duplas pra cada barraca. Vou dormir sozinho na barraca porque eu acho que ninguém vai querer ficar ouvindo o velho aqui roncar – disse o pai de null.
– Ah, eu quero ficar com a null! – disse o null.
– E eu com a null! – disse null.
– E eu quero ficar com a null! – disse null sem perceber o que disse.
– Só por cima do meu cadáver amigo – respondeu o pai de null.
– E do meu também! – disse null, rindo de null.
– Eu acho melhor as meninas em uma barraca e o resto vocês se entendem! – disse null.
Cada um fez a sua barraca. As meninas tiveram alguns problemas pra montar a delas, mas nada que quatro garotões não possam resolver. Já era noite, e eles fizeram uma fogueira para se esquentarem. E como fogueira sem viola não dá certo, null e null já estavam tocando e cantando. O repertório começou com Beatles, passou para The Who e chegou em Green Day.
– Ai, gente, eu já tô cansada – disse null, indo para a barraca.
– Eu vou contigo, null – null falou.
– É, acho melhor a gente dormir – disse null.
– Podem ir, eu vou ficar – null falou.
– Eu fico contigo, null – disse null, aproximando-se do garoto.
– Só não façam coisas bagaceiras que o meu pai pode acordar e ver, viu? – null riu.
Todos foram para suas barracas, e null e null ficaram conversando.
– Foi amor à primeira vista – disse null. – Você abrindo a porta da sala... eu fiquei encantado.
– E quando eu virei e vi o seu rosto – null falou. – Eu quase desmaiei.
– Eu fiquei com muito ciúme quando você e o null começaram a ficar mais “íntimos”.
– Eu achava que eu gostava do null, mas percebi que era só uma quedinha. E eu achei que era só uma quedinha que eu tinha por ti, e percebi que eu gostava mesmo.
– Eu te amo – disse null, fitando os olhos de null.
– Eu também te amo.
Os dois se abraçaram e ficaram conversando sobre vários assuntos... Acabaram dormindo.

No outro dia, todos acordaram cedo e queriam tomar banho.
– Aê, tio, onde tem chuveiro? – perguntou null.
– Fica a uns dez minutos de caminhada daqui – respondeu. – Mas antes de vocês irem, venham cá que eu preciso dar uma coisa pra vocês não ficarem com frio.
Ele tirou uma garrafa de conhaque da mochila e distribuiu.
– Lá não tenho água quente. Se vocês não tomarem, não vou conseguir tomar banho – disse o pai de null.
– Essa é a melhor viagem! Podemos beber à vontade até pra tomar banho! null falou, virando um copo.
– Depois que vocês voltarem, nós vamos fazer uma caminhada pela montanha, tenho certeza de que vocês vão gostar.
Todos foram caminhando até o chuveiro.
– Nossa, adorei o sogrão! Fica nos dando conhaque! Belezura, heeein! – disse null rindo.
– Te prepara pra entrar no chuveiro. Mesmo com conhaque você ainda vai sentir frio –null avisou, dando um pedala em null.
– Eu não agüento mais te ver e não poder te beijar – null falou, segurando a cintura da menina.
– Então aproveita agora que dá! – disse a menina, colocando seu lábios macios juntos com os de null, e se beijaram intensamente.

– AAAAI, isso tá muuito frio! – gritou null.
– Quer que eu vá aí contigo te esquentar, xuxúh? – perguntou null.
– Deixa de ser tarado, null! – respondeu null.
Todos tomaram banho super rápido, não conseguiam agüentar aquela água gelada. Voltaram para o acampamento, e o pai de null já estava com uma mochila arrumada para mostrar a montanha.
Eles se divertiram muito, aprenderam sobre as plantas que poderiam comer e as que não podiam também, aprenderam a se guiar numa floresta. Para evitar que aconteça o que aconteceu no Vila Ventura. Todos adorando o dia e acabaram muito cansados.
– Tem carne aqui, o que vocês acham de um churrasco na fogueira? – perguntou o pai de null.
– Show de bola! – respondeu null, pegando um pouco de carne. – Tô morto de fome!
null estava indo sentar ao lado de null, mas o pai dela fez isso primeiro. Ele não agüentava mais não poder ficar ao lado dela. Início de amor é fogo! null passou atrás dela e cochichou uma coisa em seu ouvido:
– Daqui duas horas no lago.
null piscou para o menino, que mostrou um lindo sorriso. O pai de null ouviu, mas preferiu não se intrometer. A vida era dela, e ele logo soube que ela gostava muito daquele rapaz.
Duas horas depois, null e null sumiram de repente e foram se encontrar. Todos fingiram que não tinham notado a falta dos dois.
– Você vem sempre aqui? – disse null por trás, colocando a mão nos olhos da menina.
– Na verdade, é a primeira vez. – null tirou as mãos do garoto de seus olhos e se virou para fitar os lindos olhos de null. – E você?
– Primeira vez também.
Os dois se abraçaram e se beijaram.
– Eu quero passar a noite aqui com você – disse null, sentando-se à margem do lago.
null fez o mesmo e colocou a cabeça sobre os ombros do menino.
– A lua tá linda hoje – disse null.
– É nessa lua que os lobisomens aparecem para caçar garotinhas lindas como você. É melhor você se cuidar, eu posso ser um lobisomem – falou null, com um tom de ironia, seguido de uma risada maléfica.
– Hahahaha! Muito engraçado, null!
– Tô falando sério! – disse ele, acariciando as bochechas da menina, que ficava encarando seus olhos.
– Sabe... A melhor coisa que eu fiz na vida foi ter mudado pra esse colégio. E ter te conhecido. Você é a melhor coisa que aconteceu na minha vida. E eu não quero que isso mude nunca! Eu te amo mais que tudo, null – disse null, olhando sério para os olhos de null.
– Eu quero que você saiba que eu sinto o mesmo por você. O meu sentimento por você nunca vai mudar. Você é especial demais, e eu faço tudo por você. My love, my life, my breath. I can’t live without you anymore.
– Sabia que eu não conseguia admitir que eu gostava de você? –null riu.
– Eu sou tão ruim assim? – ele perguntou rindo.
– Não é isso! É que eu achava a gente nada a ver, sabe? Mas depois eu descobri que eu precisava te ter ao meu lado, null.
– Eu sempre te achei uma graça. – Ele deu um sorriso meigo. – Mas aí eu comecei a sentir umas coisas estranhas quando eu tava contigo, eu não entendia o que era. Eu nunca tinha me apaixonado antes.
null se deitou e apoiou a cabeça no colo de null.
– Eu quero passar o resto da minha vida ao seu lado.
– Se depender de mim, pode ter certeza de que vai.
null deu um sorriso.
– Eu até nos imagino daqui a quinze anos... McFly vai ter estourado nas paradas britânicas, a gente vai tá morando juntos com um monte de filhinhos.
– Filhos?– perguntou null, levantando sua cabeça e encarando os olhos de null.
– O quê? Não me diz que você não quer filhos!
– Não é isso... É que... Esquece.
– Eu quero dois filhos! – disse null. – E quero ter com você!
– Tá bom, null, que seja. Ainda falta muito tempo!
Eles ficaram em silêncio por algum tempo sem nem se olhar.
– Eu vou voltar pro acampamento.
– Ei, espera! Você não ficou bravo comigo, não é? – perguntou null.
Ele não respondeu e virou as costas.
– Não me deixa aqui sozinha no escuro, null! Espera! – ela disse, correndo atrás do garoto.
Ele parou e a esperou chegar. Mesmo bravo com ela, o menino não tinha coragem de deixa-la sozinha no meio do mato. Eles chegaram e todos já estavam dormindo nas barracas. Amanhã eles teriam que acordar cedo para voltar.
– Boa noite – disse null para null, que não respondeu e entrou na sua barraca.
“Merda” ela pensou. null entrou na barraca e percebeu que null não estava lá.
– Onde tá a null, null?
– Ela foi dar uma fodidinha com o null e já volta – disse null meio “zumbi”.
– Ah, que legal.

– Não dá, null! Eu tô morrendo de frio! – disse null, colocando a roupa. – Outra vez, tá bom?
– Ah, quando é com o null você nem pensa duas vezes!
– É, mas não tava zero graus quando eu fui pra cama com o null, e eu tava BÊBADA!
– Tá bom... – disse null, beijando os lábios gelados de null.

No outro dia, eles arrumaram as barracas e foram para casa. null ficou escutando música a viagem inteira e não falou nada, null fez o mesmo. O pai de null largou todos em suas casas.
– Aconteceu alguma coisa, filha? – perguntou o pai preocupado. – Desde ontem à noite que você não fala nada. Desde que desapareceu de repente do churrasco.
– Não é nada, pai, não se preocupa.
– Eu vi que você saiu pra ficar com aquele menino. Se ele te fizer sofrer, tu sabe que eu quebro a cara daquele pivete.
– Não é isso, pai!
– Eu sei que é, não minta pra mim, null!
– Ah, pai, pára com isso. Eu tô assim porque eu... Porque eu descobri que eu vou pegar recuperação em Matemática!
– Eu sou seu pai! Você deveria se sentir à vontade pra me contar tudo!
– Tá bom, pai! O que você se esquece é que você espera que eu seja a filha perfeita, e talvez e não seja, por isso eu não gosto de falar de certos assuntos com você.
– Eu não espero isso, eu só quero a sua felicidade. Eu posso te ajudar, eu posso te proteger desses idiotas que te rodeiam!
– Ele não é idiota! Eu que pisei na bola. Esquece tá, pai? Eu só to triste por ter o magoado.
– Eu não quero que você fique triste, tá me ouvindo? Semana que vem, você vai fazer quinze anos e é uma data muito importante. Eu já te disse que você vai poder escolher qualquer coisa de presente, você deveria ficar feliz.
– Obrigada, pai – disse a menina com um sorriso no rosto.
– Já pensou pra onde quer ir?
– Já! Eu quero ir para o Brasil, pai! Eu quero fazer um cruzeiro pelo Nordeste nas férias!
– E vai com quem?
– Bem... Eu tava pensando em chamar o null pra ir junto – ela disse sem graça.
– Se é o que você quer... Tu sabe que eu deixo, né, pequena? – ele falou com um sorriso.
– Eu sei, pai. – Ela retribuiu o sorriso.

O sinal tocou e null chegou atrasada.
– Quase não conseguiu entrar, null! – disse null, mostrando que guardou um lugar para a garota ao seu lado.
– É, eu não consegui acordar hoje.
– Alunos, silêncio! – disse o professor de Matemática, entrando na sala. – Vocês terão um coleginha novo para fazer bagunça. Entre, David.
Um menino loiro de olhos verdes entrou na sala.
– Que gatinho! – as meninas começaram a comentar.
– Ih, cara, já chega fazendo sucesso com as meninas! – null sussurrou para null e null.
– Professor, onde eu posso me sentar? – David perguntou.
– Ah, sim, deixe-me ver... Pode sentar ali, ao lado da null – respondeu o professor, apontando para null.
Ele andava sorrindo para as meninas que estavam babando.
– Oi, null, prazer – David disse, sorrindo.
Ele estendeu a mão, e null ficou pálida.
– Er... Oi! – ela respondeu.
– Eu sou null, prazer – disse a própria, estendendo a mão para David.
– O prazer é meu – ele falou, com um sorriso irresistível.
– Vocês aí atrás! Fiquem quietos!– mandou o professor.
null passou um bilhete para null, que estava em sua frente.
“Quem esse cara tá achando que é?”
“Tá se achando muito, na minha opinião”
“Ah, eu queria te pedir uma ajuda. A null faz aniversário nesse sábado, eu tava pensando em fazer uma festa surpresa pra ela. O que você acha?”
null respondeu:
“Você não tava bravo com ela, dude?”
“Ah, eu tô, mas eu gosto tanto dela *–* Eu quero uma festa surpresa pra ela! Mas não sei onde a gente poderia fazer... Tu que é o mais festeiro, dá uma dica”
“Olha, dude, pra ser surpresa, tem que ser na casa de alguém, e você sabe que eu adoooooro dar festas, não é? Alem do mais, meus pais não se importam, eles saem pra jantar e voltam como se não tivesse tendo uma festa em casa. Se você quiser, eu vou adorar fazer a festa dela na minha casa!”
“Valeu, dude! A gente só precisa armar um plano pra ser surpresa mesmo. Espalhar os convites sem que ela saiba. Me ajuda, já que você é o mais pop?”
“Claro, dude! Ainda mais pra uma festa pra null!”

No dia seguinte, eles já tinham feito os convites e iriam distribuir no final da aula, quando null iria levar null para o shopping.
– Festa surpresa pra gata do segundo ano! Estejam lá, okay? – disse null, distribuindo para o time de futebol.
– Olha aniversário da null! Pode contar com a gente, null! – falou o capitão do time.
– Aê, garotas, a gente tá fazendo uma festa surpresa pra null, apareçam lá na casa do null sábado, okay? – disse null, distribuindo para as meninas da outra turma do segundo ano.
– Ah, você e os seus amigos vão estar lá? – perguntou Luiza, conhecida pela maior pegadora do colégio.
– Pode ter certeza! – disse null, indo distribuir mais convites e mostrando o seu lindo sorriso colgate.

As meninas voltaram para casa e null ligou o computador para entrar no MSN. Em vários nicks, tinham escrito de uma tal festa sábado que ia ser o máximo. Ela não se importava, não tinha sido convidada e nem queria ir em festa alguma agora que estava brigada com null.

null (L) disse:
Oi
null :( disse:
Oi
null (L) disse:
E aí, tudo bom?
null :( disse:
eu tenho que sair , vou jantar com meus pais.
null (L) disse:
ah , bom jantar :*
null :( ficou offline.

– Alô? – disse null.
– Oii, null! Como foi hoje no shopping? – Perguntou null entusiasmado.
– Ah, eu a fiz comprar um vestido lindo!
– Que bom! Ela não suspeita da festa, né?
– Não tem nem idéia!
– Espero que ninguém fale nada da festa perto dela! Ah, e eu ainda tô me fazendo de triste, apesar de já nem pensar mais na nossa conversa do acampamento.
– Hehehe! Deixa assim, fica mais surpresas pra ela no dia da festa.
– Aha! Tenho que desligar, null. Beijos.
– Tchau, null!

A semana passou rápido, apesar das provas que tiveram. null ainda não falava com null, o que deixava a menina muito chateada. Era sábado e ela sabia que ia passar a noite trancada no seu quarto ouvindo musica e futricando na internet. Ela ouviu um barulhinho de pedras no vidro.
– Mas que porra é essa?
– Ei, rapunzel, desce aqui! – disse null, sorrindo para menina.
null! Que bom te ver!
– Desce aqui eu quero te levar pra um lugar!
– Tô indo, espera só eu pegar um tênis!
– Tênis nada! Vai é colocar um vestido e uma sandália!
– Vai me levar pra um lugar chique, é, null?
– Você vai ver! Se arruma que eu tô esperando! – disse null sorrindo.
A menina colocou uma roupa rápida e desceu as escadas correndo. Seus pais estavam assistindo à televisão.
– Mãe, pai, eu vou sair. Não sei nem que horas eu volto! Tchau!
– Heeeei, pode ir parando aí, mocinha! Onde a senhora pensa que vai? – perguntou a mãe.
– Pra falar bem a verdade, eu não sei. Mas, qual é, mãe, é meu aniversário!
– E você vai com quem?
– Er... O null tá lá fora , ele tá falando que quer me levar pra um lugar. Ah, mãe, deixa, vai! Eu já tenho quinze anos!
– Me liga avisando que horas você volta. Se você não me ligar à meia noite para me dizer onde você está, eu chamo a policia!
– Calma, querida, null é um bom garoto. Vai cuidar bem da nossa filha! – disse o pai, dando uma piscadinha. – Pode ir, pequena!
– Obrigada, pai, eu te amoooo! – disse null, abrindo a porta de casa e encontrando null.
– E aí, demorou, hein!
– Desculpa, tiver que convencer minha mãe a me deixar sair! – disse sorrindo.
– Não tem problema. Vamos lá? – perguntou null, beijando null.
– Pra onde?
– Você é muito curiosa, xúh!
– Claro, não sei pra onde um gigolô como você pode me levar! – disse null, entrando no carro de null.
null parou o carro uma quadra antes e mandou uma mensagem para o celular de null. Ele ligou o carro novamente e foi indo para a casa de null.
– E aí, null! – disse null, enquanto null e null abriam a porta.
– Ué, null, por que tá tudo escuro?
– Ah, é uma surpresinha que a gente preparou! – disse null.
– Mas você não ia pra festa da sua família, null? – perguntou null confusa.
– Tá na hora, pessoal! – gritou null.
As luzes foram ligadas, mostrando o cenário de festa que null tinha montado na sua sala e todos os convidados que tinham chamado.
– Supresaaaaaaaaaa, null! – todos gritaram.
– Eu não acredito que vocês fizeram isso por mim! – disse null espantada.
– Ah, nem olha pra gente, null, foi tudo coisa desse teu peguete aí! – null falou, abraçando-a.
– Aiii, null, você é muito fofo! Eu te amo mais que tudooooo! – disse null, pulando no colo de null.
– Você merece, meu amor! – Ele beijou a menina.
– Hei, null! Parabéns! – disse David, interrompendo o clima de null com null.
– David! Bom te ver, pegador! – null o cumprimentou.
– Pegador nada! Tô na seca desde que entrei no seu colégio.
– Garanto que essa noite você desencalha – null disse, dando uma piscadela.
– O que esse prego tá fazendo aqui? – null perguntou baixinho para null.
– Ah, eu distribuí os convites pra todo mundo, dude! – null respondeu.

null, não bebe tanto, porra! – disse null, pegando uma garrafa de cachaça que estava na mão de null.
– Você tá é com inveja da minha Catiaça! – falou null, que começou a cantarolar a música do Latino. –Eu vou zoando na balada com a Cátia! A danada da catchaça faz eu ser quem eu não sou! Eu viro a mesa quando alguém me olha torto, dou-lhe um tapa, levo um soco e no final levo a pior! Tenho ciúmes se alguém chega na Cátia, ela é como namorada, companheira de deprê! Se eu dirijo, eu bato na madruga, eu saio e apareço em frente ao Love Story, geral, doidão, na pista, perdição à vista e no final eu pareço um cão sem dono!
– Pára, null, me dá isso aqui! – null pegou a garrafa e tomou tudo que restava em um só gole. – Tá achando que você vai tomar toda bebida da festa, né, Latino?
– Eu tô achando que quanto mais eu te deixar bêbada, mais coisas interessantes você vai fazer comigo essa noite! – disse null bêbado, olhando null com seus olhos penetrantes.
– E eu tô achando que você anda muito abusadinho! – ela falou, apertando as bochechas dele.
– Você sabe que você mexe comigo, gata!
– Ah, é? – ela perguntou, com sua mão na nuca de null.
Os dois ficaram se encarando.
– O quarto do null tá vazio? – perguntou null
– Tá, sim! Bora lá? É a melhor cama que eu já “usei”! – respondeu null.
Os dois subiram a escada se agarrando. Abriram a porta do quarto de null, enquanto os amigos ficavam olhando para eles.
– Aaaai, a null vai transar de novo na MINHA cama! – disse null. – Essa menina gostou mesmo do meu quarto!
– Se você soubesse como ela faz bem, iria querer que ela fizesse de novo da sua cama, null... e ainda com você! – disse null.
– Deixa de ser tarado, null! –null falou, dando um pedala no garoto.

– Não acende a luz, não! De luz apagada fica mais sexy! – disse null, já tirando a blusa de null.
null não disse nada, foi seguindo os movimentos do garoto, que agora beijava a barriga de dela, subindo para seus peitos. null tirou a camisa de null e deu uma leve mordidinha no mamilo do garoto.
– Gata, você é muito HOT! – disse null, gostando do que a menina estava fazendo.
– Cala a boca e deixa a coisa rolar. – null riu.
Ela sussurrava algumas palavras no ouvido de null enquanto o despia, o que o deixava ainda mais exitado. Ela jogou o garoto deitado em cima da cama e o prensou com seu corpo. null pegou uma camisinha de null que tinha embaixo do colchão. null sabia que lá era o esconderijo de null.
– Proteção, gata! – disse null, colocando a camisinha.
null não conseguia parar de beija-lo, não sabia se aquilo era efeito da bebida ou era atração. Não importava, estava adorando o momento.

Quatro horas depois...
– Isso deve tá muito bom ou eles entraram em coma alcoólico! – disse null impaciente.
Ele não queria que quebrassem o quarto dele, como tinha sido da outra vez.
– Vou pegar uma vodka – null falou, sendo impedida pela mão de null em seu braço. – Qual é, null, vai me proibir de beber na minha festa? – Ela riu.
– Não mesmo! – Ele riu. – Eu tenho um lugar pra te levar.
– Que sexy! – ela disse rindo, enquanto seguia o menino que a puxava pelo braço delicadamente. – Pra onde a gente vai, null?
– Surpresa! – ele falou, com um sorriso lindo no rosto que cativava null.
“Como ele pode ser tão perfeito e ainda GATO?” ela pensava sem entender. Eles entraram no carro.
– Desembucha, null, vai me levar pra onde? – perguntou null.
– Eu vou te seqüestrar, te trancar em um sótão de uma casa de campo e ir todo dia te visitar, pra você ser só minha.
– HAHAHAHAHAHA! Nossa, isso foi a coisa mais romântica que já falaram pra mim. null, você realmente tem O dom!
– Ah, eu tento! – disse null rindo, e ela riu junto. – Mas é sério, é pra ser uma surpresa. Apesar de que eu acho que você só vai chegar em casa de madrugada, null.
– Ah, não tem problema. Sabia que você ganhou o meu pai? – null disse rindo. – Então, se não fosse por isso, eu nem poderia ter ido pra festa.
– Sogrão é fodão, null!
Eles já estavam no carro há trinta minutos, ouvindo Beatles e cantando.
– Se você quiser, pode dormir, você parece cansada.
– Vai demorar muito pra gente chegar?
– Umas duas horas.
– Então eu vou dormir um pouco – disse null , com um sorriso meigo, deitando sua cabeça sobre o ombro de null. null virou um pouco a cabeça e beijou da testa de null.

– Ahn? Eu tô com frio – null resmungou sem abrir os olhos.
null tirou seu moletom e colocou sobre a garota. Ele se deitou ao lado dela e começou a admirar como o rosto da menina era perfeito. Começou a acariciar os cabelos macios da menina. Ela abriu os olhos e sorriu.
– Ou eu tô muuito bêbada ou eu tô na praia, null? – perguntou a menina confusa.
– Você tá na praia – ele respondeu sorrindo.
null se levantou correndo.
– Eu tô na praia?! – A menina estava confusa.
– Heeeei, calma, null! – disse null rindo. – Eu te trouxe pro lugar onde eu queria te trazer, você dormiu no carro e eu te trouxe no colo pra praia. Só isso. – Ele sorriu e ela retribuiu com um sorriso abobado.
– Que horas são?
– São quatro e meia – null respondeu, sorrindo e acariciando as bochechas da menina.
Ela se sentou na areia e deu um sorriso meigo.
– Eu nunca tinha vindo aqui – disse ela, olhando para o mar.
– É que é a praia do meu pai!– Ele sorriu.
– Seu pai tem uma praia? – perguntou ela confusa.
– É, ele disse que queria um lugar só pra ele e comprou aquela casa em cima do morro – ele falou, apontando para a casa. – Daí, ele aproveitou e comprou o terreno da praia. O único jeito de entrar nela é pela casa.
– Hum, é muito lindo.
– Eu sei, por isso eu te trouxe aqui, queria te trazer pra um lugar especial pra te pedir uma coisa especial – disse ele, pegando a mão de null e sorrindo.
A menina corou.
– Quer namorar comigo, null? – ele perguntou, encarando os olhos de null.
Ela não respondeu nada, ficou em transe com aqueles olhos. Ela o beijou e dei um sorriso.
– É o que eu mais quero!
– Então, vem! – disse o menino, levantando-se e puxando null pelo braço.
– Pra onde? – ela perguntou, levantando-se confusa.
– Pro mar! – Ele sorriu.
– Mas de roupa?
– É, vem!
– Não quero me molhar!
– Deixa de ser fresca! – disse null, pegando a menina no colo entrando no mar.
Uma onda passou e encharcou os dois.
– Ahh! – Eles riram.
– Tem toalha no carro, não se preocupe.
– Eu tô preocupada com o vestido! O que eu não faço por você, hein, null?
– Eu sei que eu sou muito especial pra você – ele disse convencido.
– Que bom que sabe. – Ela sorriu. – Mas agora me tira daqui, eu não quero congelar.
– Tudo o que quiser, princesa.
null saiu do mar com null nos braços. Ele largou a menina delicadamente na areia e começou a desenhar alguma coisa na areia.
– Tá fazendo o quê?
– Escrevendo os nossos nomes na areia.
– Pra quê? A onda vai vim e apagar tudo, null!
– Ai, não dá pra ser romântico com você, null! Que estraga-prazeres! – disse null, fingindo-se de chateado.
– Aiii, desculpa! Continua, vai!
– Perdi a vontade.
– Ah, null, deixa de ser bobo! – ela disse e começou a escrever “null” na areia.
Ele sorriu e escreveu o nome dela em baixo. Os dois fizeram, cada um, metade de um coração e ficaram rindo um para o outro. Eles se aproximaram e se beijaram por alguns minutos. null fez null se deitar na areia e foi em cima dela, ainda a beijando intensamente. Os dois começaram a rolar na areia, indo um por cima do outro.
null...
– Fala, linda.
– Eu te amo.
– Eu também te amo. Casa comigo?
– Hahahaha! – null teve um ataque de risos. – Não vou casar com um tarado como você. Vive me seqüestrando!
– Ai, fiquei magoado!
– Tá bom, eu caso com você!
– Jura? – ele perguntou, com os olhos brilhando.
– Juro. Mas só quando a gente crescer!
– Mas a gente já é grandinho o suficiente, fofa!
– Acho que meus pais não iriam aceitar o meu casamento tão cedo!
– Eu espero. O tempo que for preciso.
Eles se encaram sérios. Ficavam admirando os traços do rosto de cada um.
– Dança comigo? – null perguntou sério, quebrando o gelo.
– Agora?
– É!
– Mas não tem nem música, null!
– Eu canto – ele disse, com um sorriso irresistível.
– Tá bom, mas só porque você me deu esse sorriso que você sabe que eu não resisto!
Ele se levantou de cima dela e estendeu a mão para ela se levantar. Ele a puxou pela cintura para perto de seu corpo e apoiou sua cabeça no ombro dela. Ela fez o mesmo e ele começou a guiá-la de um lado para o outro. Cantava baixinho no ouvido da menina:

Close your eyes and I'll kiss you
Tomorrow I'll miss you
Remember I'll always be true
And then while I'm away
I'll write home everyday
And I'll send all my loving to you

I'll pretend that I'm kissing
The lips I am missing
And hope that my dreams will come true

And then while I'm away
I'll write home everyday
And I'll send all my loving to you

All my loving I will send to you
All my loving, darling, I'll be true

Ele parou de cantar e encarou os olhos da menina. Eles ficaram até as seis horas na praia, conversando e assistindo o nascer do sol.
– Acho melhor eu te levar para casa – ele disse desanimado.
– Também acho, antes que meu pai perca a confiança em ti – null falou sorrindo.

Os meninos chegaram à escola no domingo e foram perto da quadra.
– Só futebol pra me fazer vir na escola no domingo! – disse null.
– Nem me fala, dude! – respondeu null. – Por mim, eu não saía da cama hoje! Noite de ontem me deixou cansado!
– Uhhh! Sua noite deve ter sido produtiva, null! – disse null.
– E aí, dudes, as meninas vão vir hoje? – perguntou null, mudando o assunto.
– Eu combinei com a null as cinco na frente da arquibancada – respondeu null. – Mas não era essa resposta que você queria, né, garanhão?!
– Não se preocupe, a null já tá chegando com a null – disse null, apontando para as meninas que estavam se abraçando e gritando .
– Qual o motivo de tanta alegria? – disse null, chegando por trás
– Hum... é que a gente tá feliz! – null falou, disfarçando.
– Ah, segredinhos de meninas... – disse null, beijando null.
– Gente já são cinco horas, a null deve tá me esperando! – disse null.
– Te esperando, é, null? Que convencido! –null falou.
null deu um beijo em null e foram para a arquibancada na frente dos outros
– E aí, gente?! – disse null, na direção dos outros.
– E aí, null! – null falou, dando um beijo na menina que nem pôde cumprimentar os outros. – Tenho um lugar pra te levar.
– Pra onde?
– Surpresa!
Eles sumiram de repente

– Vem, vamos sentar? – null perguntou, puxando a mão de null para a arquibancada.

Enquanto isso, null levava null pra o banheiro mais longe do campo de futebol. Eles entraram aos beijos no local.
– Eu quero fazer isso com você, null, eu te amo – disse null, tirando a camiseta de null
– Eu também te amo, gata – null falou, tirando a blusinha rosa de null e deixando à mostra o seu sutiã de oncinha.
– Que sexy – ele disse, refirindo-se ao sutiã.
null sorriu, tirando as calças de null e entrando na cabine, trancando a porta.
– Tem camisinha? – perguntou null.
– Merda! Esqueci!
– Não tem problema, não vamos desperdiçar o momento!
Eles ficaram uma meia hora “balançando a cabine” do banheiro, até que... Bruhum! Os dois riram.
– Meus Deus o que agente faz agora ?perguntou a menina rindo.
– Se veste e foge! – disse null rindo, vestindo sua boxer vermelha.
Os dois se vestiram rápido e saíram. Não acreditavam no que tinham feito, só conseguiam rir.

– Onde você estava, null? – perguntou null, sussurrando. – Já está quase na metade do segundo tempo.
– Desculpa, a null me deixou muito ocupado. – null respondeu, com sorriso malicioso.
– Uiii, null garanhão! – disse null, metendo-se na conversa.
– É dude, a gente só parou por causa de um imprevisto. – null riu.
– Que imprevisto?
– Acho melhor contar quando não tiver ninguém por perto.
– Que tal uma noite de macho hoje na minha casa? – disse null, também se metendo na conversa.
– Ah, claro! Prescisamos colocar a fofoca em dia! – null falou, imitando voz de mulher e fazendo todos rirem.
– Ahh, então vocês vao fazer uma noite de macho, é? – perguntou null, que estava ouvindo a conversa atrás deles sem eles perceberem.
– Arhn... é, null! – respondeu null sem graça.
– Então, as meninas vão fazer uma noite de princesa lá em casa! – disse ela, sorrindo.
– Uiii, uma noite de princesa! Eu sou uma princesa, posso ir tambem? – perguntou null, fingindo-se de mulher.
– Não convidei travestis! – respondeu null curta e grossa, mas acabou rindo junto com os meninos.

Algumas horas depois, os meninos já estavam na casa de null.
– E foi assim que eu e a null conseguimos destruir o banheiro! – disse null na maior naturalidade, como se aquilo acontecesse todo o dia.
– E ela faz bem, dude? – perguntou null.
– E como, dude! Quase melhor que a null. Mas isso porque ela “era” virgem. Já a null, eu tenho algumas duvidas – disse null.
– Eu achei que ela tinha ganhado toda aquela experiência com você, null – null falou assustado. – Mas eu já devia saber que o null não é bom professor.
– E se ela não fosse virgem, qual o problema? Vocês também não eram – disse null, concentrado no seu jogo de Tony Hawk no Playstation 2.
– Ah, se ela já tiver dado pra cidade inteira, não tem graça, dude! – respondeu null. – null, dá pra perceber quando uma menina é virgem ou não... E aí?
– Dude, eu tava tão bêbado que eu não lembro nem dos boobs dela – respondeu null. – Infelizmente.
– Mas, hein, null, você nem contou direito da sua noite – disse null.
– Eu também tava muito bêbado. Não lembro de nada, cara. Só até quando eu peguei a camisinha em baixo da sua cama. Aliás, você tem que repor o estoque, dude – respondeu null.
– Eu tô achando que a null tá confundindo meu quarto com um motel. Isso, sim.
– Pelo menos, vocês usaram camisinha – disse null, fazendo todos ficarem quietos.
– Como é que é, null? Você não usou? – perguntou null, não prestando mais atenção no videogame.
– Não, dude. Eu esqueci. Mas aí a null falou pra gente não desperdiçar o momento, e a gente acabou fazendo...
– Você não podia ter feito isso, dude! – disse null, dando um pedala em null.
– Não vem me dar sermão, null! Você nem transou com a null ainda!
– E ainda nem penso nisso! Só sei que tem camisinha na minha carteira pra quando rolar. Não sou idiota como você.
– Não enche, null! – disse null, jogando uma almofada em null.
– Você sabe que o null tá certo, null! –null falou, entrando na briga.
– Eu sei que eu errei! Mas agora já foi!
– Tudo bem, se acontecer alguma coisa, não reclama – disse null.

Enquanto isso, na casa de null.
– E daí ele falou pra gente se vestir e sair correndo. – null terminou de contar sua história com null.
– E foi bom? – perguntou null.
– Maravilhoso! Eu estava com medo, mas deu tudo certo.
– Não doeu? –null pergunou, com vergonha da pergunta.
– Nem um pouco. Foi ótimo – respondeu null. – Você já fez, né, null?
– Pra falar a verdade, não.
– Sério? – null perguntou surpresa.
– Sim, o que você achava?
– Sei lá, achei que ja tinha feito.
– Que nada, quem pega os gatinhos é sempre a null – disse null rindo.
– O null foi o segundo e o null o terceiro, então não enche, null! E eu só fiz porque gostava deles – disse null.
– Gostava nada, fez porque tava bêbada! – null falou, rindo.
– É... talvez você tenha razão – null concordou, e todas riram.
– Mas, null... Quando você pretende fazer? – perguntou null.
– Não tenho a mínima idéia.
null nunca chegou em você com essas intenções? – perguntou null.
– Não, ele sempre me respeitou um monte.
– Ai, ai, o null é o mais certinhoo!
– Não tenho culpa se o meu null é um amooor!
– Ah, você nem contou da noite passada! Quero detalhes! – disse null.
– Ah, eu dormi no carro depois de meia hora “gritando” Beatles. Quando eu acordei, eu tava deitada na areia, as quatro e meia da manhã!
– Praia de madrugada? Que lindo! – disse null admirada.
– Ahaaa! Eu acordei com ele mexendo no meu cabelo, com aquele sorrisinho lindo, sabe? Daí a gente conversou um pouco e ele falou que prescisava me levar pra um lugar especial... Daí ele me pegou no colo e a gente foi pro mar. – Ela riu. – Depois a gente ficou nos amassos na areia e ele me fez dançar com ele!
– Que romântico! – disse null
– Eu sei! Foi a noite mais perfeita da minha vida.
– E você com um partidão desses nem transou com ele ainda?
– Eu nem penso nisso!
– Mas prescisa pensar, homem sem sexo cansa da mulher! – falou null , a “especialista”.
– Ainda mais com o null, que todas garotas dão em cima! – completou null
– É, null, você precisa se mexer!
– Eu não acho uma boa idéia... – disse null, encarando o chão
– Você não acha, mas ele acha! Se liga!

Enquanto isso, na casa de null.
– Ô, null , quando você pretende pegar a null? – disse null rindo.
– Nem penso nisso!
– Que gay, null! – disse null.
– Se eu tivesse com a null, já tinha pegado a menina faz tempo! – null falou.
– Humf... Falou o pegador profissional! – disse null irritado.
– Você tem que chegar nela, null!
– Eu não quero arriscar tudo por causa de um fetiche masculino!

“No seu armário, depois que eu sair da sala” dizia no bilhete que null deixou discretamente na mesa de null, enquanto ia em direção a porta da sala. null saiu discretamente e foi para seu armário ver null.
– Sabia que não é bom meninas bonitas sairem sozinhas pelos corredores da escola? Não se sabe quando um tarado vai aparecer e pegaá-las desse jeito – disse null, pegando null pela cintura.
– Se todos tarados forem assim como você, eu não vejo mal nenhum – ela falou, encostando seus lábios nos dele.
– Não sabia que você era tão tarada, gata – disse, null partindo o beijo e rindo.
– Ai, desgruda, null! Tô ouvindo passos!
– Ai, eu acho que eu vou morrer! – disse null no outro corredor.
null ouviu a voz da garota e foi procurar por ela sem nem falar nada com null. Encontrou a menina entrando no banheiro e sentando na frente do vaso. null estava junto com ela.
– O que aconteceu? – perguntou null.
– Ela se sentiu mal na Educação Física – respondeu null.
Ouviu-se barulho de alguém vomitando.
null! Você usou camisinha, né?
null nem conseguiu responder e começou a chorar.
null! Você transou? – perguntou null impressionada.
– Foi com o null, não tinha camisinha na hora e eu... E eu transei mesmo assim! – disse null, entre soluços.
– Isso foi quando? – perguntou null.
– Há uma semana, mais ou menos.
– E a sua menstruação? – perguntou null.
– Era pra vim hoje, mas ainda não veio.
– Flor, vamos ter que fazer umas compras depois da aula – disse null com desânimo.
null, só, por favor, não fala pro null, ok?
– Você não pretende contar pra ele?
– Não. Quer dizer, sim! Mas não agora. Quando eu tiver me sentindo segura pra contar.
– Você que sabe.

Depois da aula, null puxou o braço de null.
– O que foi?
– O que vai fazer hoje depois da aula?
– Eu vou sair com o null.
– Mude seus planos.
– Por quê?
– Porque é a hora certa de você mostrar pra null que ela pode contar com você pra tudo.
– Como assim?
null puxou o braço de null e foi em direção a sala de aula de null. As meninas foram pro carro e seguiram para a farmácia.
– Por acaso você tá grávida, null? – perguntou null.
– É o que vamos descobrir – respondeu null.
Elas entraram numa farmácia longe da casa delas, onde não encontrariam ninguém conhecido, e foram para a prateleira dos testes de gravidez. Pegaram cinco tipos, afinal, nunca se sabe. null, que é a mais cara de pau, foi para o caixa. A moça do caixa olhou pra ela com cara de nojo. Claro, aquela moça era feia e só podia ser mau comida. null mostrou a língua e fez uma careta. null começou a encarar a mulher e null estava fora da farmácia com null. Elas voltaram para o carro e seguiram para a casa de null para menina fazer o teste. Foram direto para o quarto de null e a menina entrou no banheiro sem dizer nenhum palavra. Ela saiu e mostrou o teste.
– Temos que esperar cinco minutos – disse ela, sentando-se na cama junto com as amigas.
Um tempo de silêncio...
– Positivo – disse null, chorando.
– Faz o outro, null – disse null.
null fez três testes, e os dois deram positivos.
– O que eu faço agora meninas? – ela perguntou, jogando-se na cama, chorando. – Minha vida tá arruinada!
– Você pode tirar – disse null, tentando consolar.
– Ela não vai tirar! – null falou.
– E se eu quiser? – Perguntou null.
– Não, você não vai! Você transou sem camisinha e agora encara! – disse null, metendo-se.
– E você não vai fazer nada sem falar com o null! – disse null.
– Você quer que eu ligue pra ele pra você contar? – perguntou null.
– Não, primeiro eu quero falar com a minha mãe. Alguém precisa me apoiar – disse null.
– Tu sabe que pra tudo que tu precisar, a gente vai tá aqui! – elas disseram juntas.
– Obrigada, meninas – falou null, abraçando as amigas. – Mas agora eu preciso falar com a minha mãe.
– Então, a gente ja vai, amor – disse null, dando um beijo na testa da amiga.
As outras fizeram o mesmo e saíram da casa de null.
null chamou a mãe no quarto, tentando disfarçar as lágrimas.
– Mae eu preciso te contar uma coisa.
– Claro, filha, o que aconteceu?
– Mãe, eu transei com o null, sabe aquele menino que eu falei que eu gostava?
– Sei, filha. Mas por que você tá chorando? Vocês usaram camisinha, não é?
– Esse que é o problema, mãe, a gente não usou – disse null, chorando e mostrando os testes do exame de gravidez.
– Minha filha! – disse a mãe de null, abraçando-a. – Fique sabendo que eu vou tá aqui contigo pra tudo. Afinal, eu sou sua mãe.
– Mãe, eu tô com medo do null não aceitar!
– Se ele não aceitar, é porque ele é um idiota! Mas você vai ter esse filho com ou sem o null.
– Obrigada, mãe, é bom saber que tem alguém me apoiando – disse null, abraçada à mãe.
null se sentiu motivada a contar para null depois da conversa com sua mae. Eles decidiram se encontrar numa sorveteria depois do colégio.
– Tem alguma coisa errada, null? – perguntou null.
– Tem uma coisa que eu preciso te contar.
– Conta logo, já tô ficando nervoso. – null deu um sorriso.
nulleutogravida! – null falou muito rápido, mas null entendeu.
Eles ficaram cinco minutos em silêncio. Cinco minutos mais torturantes do que os do teste de gravidez. null começou a chorar.
– Meu amor, eu vou encara tudo contigo – disse null, com lagrimas caindo involuntariamente de seus olhos. Os dois se beijaram.
– Apesar da gente ser muito novo, essa criança vai ter os melhores pais do mundo! – completou null, ainda chorando de felicidade.
– Eu tava com medo de te contar, null , medo que você não quisesse a criança ou que me obrigasse a tirar.
null, eu te amo! Eu faço tudo por você! E agora pro nosso filho também, que vai ser a criança mais feliz! A gente vai encara isso tudo juntos – disse null, com um sorriso irresistível no rosto.
Os dois passaram a tarde na sorveteria, começaram a falar sobre qual nome dariam ao bebê, se seria menina ou menino , os hoobies que ele teria quando crescesse.



Capítulo 8

O sinal do final da aula tocou e todos foram para o jardim do colégio.
– Oi gente! – disse null, indo beijar null.
– Oi, meu amor! – disse null, acariciando a barriga de null.
– E aí! – disse null, cumprimentado os outros.
– Vocês ficaram sabendo da festa dessa sexta? – null perguntou.
– Não, quem sempre tá por dentro disso tudo é você, dude! – disse null.
– Então, parece que é um cara do terceiro que vai dar. Se vocês quiserem, eu consigo os convites pra vocês – null falou.
null! null! – disse Dave, cumprimentando as meninas.
– Hey, Dave! – nullfalou, dando um beijo na bochecha de David.
– Pelo visto, tão sabendo da festa... Meu melhor amigo que vai dar. Tô com os convites aqui, se vocês quiserem – disse Dave, mexendo no bolso
– Claaaaro que a gente quer, Dave! – null falou animado.
– Vai ser essa sexta-feira na casa do Chris, a três quadras do colégio. Se preparem pra encher a cara! – disse Dave, dando um convite para cada um.
– Obrigada – agradeceu null ao receber o convite.
– É um prazer ter você lá, gata – Dave disse, dando um beijo na bochecha da null. null não gostou e a puxou pela cintura para perto dele. – Vou ter que ir! Tchau, dudes.
Os meninos não falaram nada, só null e null deram tchau.
– Um pouco de educação não seria nada mal! – disse null.
– A gente não vai com a cara daquele loiro de farmácia –null falou emburrado.
– Tá com ciúmes, null? – null perguntou orgulhosa.
– Eu não. Me garanto! – disse null bravo.
– Ah, sei! – null falou baixinho, rindo da reação do garoto.
– Só não gosto dele. Só isso.
– Não se preocupa, eu prefiro caras ciumentos e feiosos como você.
Ela deu uma piscadinha. null olhou para a menina com uma cara emburrada e começou a rir. Pegou na nuca da garota e grudou seus lábios ao dela.
– E eu prefiro chatas e desbundadas como você.
– Ahh não fala da minha bunda! Só porque você tem mais que eu. – null fez uma cara triste.
– Desculpa se eu sou muito gostoso.
– Eu tenho que ir – disse null, pegando sua mochila. – Amo vocês, suas bichas loucas!
– A gente também te ama, mocréééia! – null gritou, com voz de gay.


Mais à noite, null, null e null se encontraram na casa de null para ver alguns filme e beber um pouco, aproveitar que os pais de null tinham viajado.
null? – null ligou para a amiga.
– Oi, null, e aí? – null respondeu no outro lado da linha.
– Os meninos vieram aqui pra casa pra assistir uns filmes, você não quer vim?
– Claro! Só vou colocar uma roupa decente e já tô indo.
– PEDE PRA ELA TRAZER ‘DE VOLTA PARA O FUTURO’! – null gritou.
– NÃO, EU QUERO FILME DE TERROR! – null começou a discutir com null.
– Er... null, você tem como passar na locadora e pegar uns filmes pra gente? – null pediu.
– Aha! Mas fala pro null que eu não agüento mais de volta pro futuro.
– EU OUVI ISSO! QUE INJUSTIÇA! – null continuou gritando.
nulldesligou o telefone, vestiu uma calça jeans e foi pra locadora.


Um tempo depois, a campainha tocou.
– Dá pra alguém atender? Eu tô fazendo pipoca! – null gritou da cozinha.
Ninguém se manifestou, então null se levantou do sofá.
– Heeei! Trouxe companhia! – null disse, cumprimentando null com um selinho.
– E aí, dude! – David apareceu atrás de null.
– David, que surpresa – null disse desanimado.
– DAAAAAAAAAVID! – null saiu correndo da cozinha pra cumprimentá-lo. – Que bom que você veiooooooo! null deu um abraço nele, que fez null ficar vermelho de ciúmes. Ela deu espaço para ele entrar em casa e fechou a porta.
– E então, null, que filmes você trouxe? – null perguntou irônico.
– Eu trouxe ‘De volta para o futuro’ – null disse, com um sorrisinho.
– Owwwwwwn, null! Sério? Onde? Eu quero veeeeer! – null gritava como uma criança.
– Caaaalma, null! – null disse rindo e pegando os filmes da sacola. – Eu também trouxe ‘Extermíni’o, ‘A casa de cera’ e ‘Água negra’. Qual a gente assiste primeiro?
– Eu voto em ‘A casa de cera’! – disse David, saltando no sofá.
– Ai, David! Eu disse que eu morro de medo desse filme! – null choramingou.
– Se você tem medo, então porque trouxe? – null perguntou.
– Porque o loiro de farmácia aí do lado me convenceu!
– A gente não precisa ver esse, se você não quiser. Vamos ver ‘Extermínio’, então? – null propôs, dando um beijo estalado na bochecha de null.
– Ah, eu quero ver ‘A casa de cera’! – null falou.
– Eu também quero ver ‘A casa de cera’, me falaram que a Paris tá uma gata! – null disse malicioso.
– Pelo visto, vocês não tão nem aí comigo, né? – nullse fingiu de ofendida. – Eu nem sei porque eu ando com vocês! – Começou a fingir que estava chorando.
– Ownn, nosso babyzinho! – David disse, abraçando null e começando a fazer cócegas. null não gostou nada, nada da aproximação dos dois.
– Ah, sério, null, como você vai ter medo de um filme tendo quatro gostosões como nós ao seu lado? – null perguntou, enchendo o peito.
– Meu herói! – null disse, abraçando null.
– Deixa eu colocar logo essa bodega. E vocês tragam a vodka e a coca-cola! – null falou, pegando o DVD.
nullse levantou pra pegar as bebidas, e David a seguiu.
– Quer ajuda?
– Claro!
null! Pega a pipoca que eu fiz também! – null gritou, enquanto null ia para cima dela.
– Dá pra controlar esses hormônios? Vocês não tão num motel! Muito menos no meu quarto! – disse null, lembrando-se do jeito que encontrou seu quarto depois das duas vezes que o furacão null passou por lá.
– Não incomoda, null! Senão eu conto o que você fez com a null! – null disse baixinho. null calou a boca na hora.
– Quem vai querer vodka? – null chegou cheia de bebidas nas mãos.
– A pergunta é quem não vai querer! – null disse, pegando as bebidas das mãos de null e misturando com coca-cola.
Ele distribuiu pros outros, e null colocou o DVD. null sentou numa poltrona abraçado a null. No sofá, null, null, null e David se apertaram. null e null nem assistiram ao filme , ficaram só se amassando. null fechava os olhos em algumas partes e segurava a mão de null muito apertada.
– Calma, null – null sussurrou no ouvido dela sorrindo.
null retribuiu o sorriso.
Quando o filme terminou, já eram oito horas e eles já estavam um tanto alterados. [ n/a: esses jovens de hoje em dia não param de beber u.ú ]
– Gente, eu tive uma idéia! – David disse, saltando do sofá com um sorriso malicioso. – Por que a gente não faz alguma brincadeira com os espíritos?
– Não, não e NÃO! Enlouqueceu? – null pulou da poltrona, detestava essas coisas.
– Eu achei a idéia bem legal! – null concordou.
– Eu topo! – null disse animada.
– E cadê aquela menina que tava com medo do filme? – null perguntou confuso.
– Eu tenho medo daqueele filme, mas eu adoro filmes de terror e essas coisas – ela respondeu.
– Eu também gostei da idéia. Mas qual jogo a gente pode fazer? – null perguntou.
– E quanto ao meu medo? Helloooo! – null disse apavorada.
– Ah, nem vem! Eu tive que assisti aquele cu de filme! Você vai ter que jogar também! – disse null.
– Mas é a minha casa, isso não é justo! – null choramingou.
– Qual é, null, tá com meeeeeediiiinho? – David zoou da cara de null.
– Até você, David! – null continuou choramingando.
– Ah não estraga nossa diversão null! – disse null.
– Tah legal! – null disse emburrada.
– Então o que a gente vai jogar? – null perguntou, com um sorriso maléfico.
– Que tal o jogo do copo? – null sorriu para nullcom o mesmo sorriso. Todos ficaram se encarando.
– Eu pego o copo e as velas! – null se levantou correndo.
– Eu faço o treco com as letras! – null fez o mesmo.
Ele pegou uma revista e começou a recortar algumas letras e a palavra 'sim' e 'não'. null se levantou para buscar mais bebidas e eles sentaram fazendo uma rodinha. null chegou com um copo e as velas, apagou todas as luzes da casa e acendeu as velas, colocando-as em volta dos amigos, formando um círculo.
– Muito bem, preparados? – null perguntou, sorrindo malicioso. Todos responderam que sim, e null continuou.
– Se há neste momento algum aqui presente, que se manifeste agora.
Todos colocaram o dedo indicador em cima do copo. null e null ficaram se encarando, com medo do que iria acontecer. Os meninos não paravam de rir e começaram a gritar.
– Andaaaaa! Apareceeee! – null começou a gritar.
– Pára, null! – null ficou irritada.
– Que jogo mais sem graça! – Dave disse, tirando o dedo de cima do copo.
No momento em que ele tirou o dedo, o copo se mexeu para a esquerda, parando bem na frente de null.
– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – null tirou o dedo e começou a gritar.
Os outros continuaram com o dedo em cima do copo e começou a se formar uma palavra. O copo foi do M para o C , depois F , L e por ultimo Y .
– AI, MEU DEEEEUS! – null começou a gritar.
– Gente, o que foi isso? – null estava pálido.
De repente, um vento passou e apagou as velas.
– ESSA É A HORA PRA ENTRARMOS EM PÂNICO! – null começou a gritar, e null a abraçou. As duas gritavam e choravam abraçadas.
– NÓS VAMOS MORRER! – null gritou.
– PRECISAMOS DE ÁGUA BENTA! – null gritou.
null, que ainda não tinha dito nada foi acender as luzes.
– Tudo bem, gente, isso foi realmente muito estranho – ele disse pálido. – VAMOS SAIR DAQUI! – ele gritou, indo para a porta.
– Cadê a porra da chave? – null gritou.
– Tava na porta, eu juro! – null disse entre soluços.
– Alguém tirou – Dave falou de um jeito assustador.
null, se a gente morrer, eu quero ser enterrada com você! – null gritou, abraçando o namorado.
– Calma, null, nós não vamos morrer. A JANELA! – ele gritou, indo para esta. – Como se abre essa porra, null?
null, ainda tremendo, foi para perto da janela e a abriu. Eles se "entalaram" por um momento, pois todos queriam sair o mais rápido possível, mas conseguiram sair.
– Pra onde a gente vai agora? Tá tarde e eu tô com frio! – null reclamou.
– Eu tô com o meu carro, vocês aceitam dormir lá em casa? Não levem a mal, mas eu não quero dormir sozinho essa noite – null disse, tremendo.
– Muito menos a gente! – Dave falou.
– Então vamos pra casa do null. Mas, null, promete que vai vender a casa! – null começou a exagerar.
– Tu vai comigo na igreja pegar água benta, null! – null reclamou.
null estava parando, olhando para eles.
– Eu acho que eu sei que espírito estava conosco. – null disse, num ar assustador. – Eu senti alguém encostando a minha mão... Eu tenho certeza de que o espírito era o da – ele fez uma pausa e olhou para o chão – da Anne Boleyn!
Todos fizeram uma cara de espanto. E então null começou a cantar:

Anne Boleyn she kept a tin
Which all her hopes and dreams were in
She plans to run away with him forever
(never to be seen again)

null estava abraçada a null; e null, a null. Os quatro tremiam, enquanto null cantava sombrio.

Leaves a note and starts to choke
Can feel the lump that's in her throat
It’s raining and she leaves her coat in...

null não resistiu. Caiu na gargalhada.
– Do que você tá rindo, null? – Dave perguntou.
– Da cara de idiotas de vocês! – null chorava de rir. – Vocês caíram! – Ele se "atirou" no chão e começou a rolar de rir. – null, você tinha que ter visto a sua cara! Tava hilário! E a sua também, null!
– EU NÃO ACREDITO! – null disse brava. – Como você se atreve, null?
– Eu não resisti! Desculpe! – null ainda ria, rolando no chão.
– E a chave da casa? Foi você também? – null perguntou brava.
– Tudo fui eu. E vocês acreditaram!
– Eu não vejo graça nenhuma! – null disse, cruzando os braços.
– Coisa idiota, null! Brincadeira mais sem graça – Dave concordou.
– Vamos entrar que eu tô morrendo de frio! – null disse.
Todos entraram na casa e arrumaram a bagunça que tinham feito. Todos dormiram na sala da casa de null depois de mais algumas cervejas.


– Onde vocês estavam? Demoraram um monte! – disse null, já brava com null.
– Desculpa! O null se atrasou! –null falou, dando um cutucão em null.
– É mesmo, null, eu me atrasei, desculpe – disse null, indo cumprimentar null.
– Não vamos perder tempo brigando, vamos logo à loja –nullfalou, puxando null.
– Eu quero comprar aqueles macacõezinhos de recém-nascidos que são uma graça! – disse null, indo atrás e puxando a mão de null.
– E eu quero comprar tudo na loja! – null falou animada.
– Acho melhor vocês não demorarem, senão a gente não pode fazer surpresa. Daqui a pouco acaba a radiografia – disse null, apressando-se.
– Então vamos rápido! – null falou, correndo.
Eles chegaram à loja de bebês mais fofa do shopping. null logo viu uma blusa com golinha e desenho de chocalhos que achou uma graça. null levou um macacão de veludo que pode ser pra menina ou menino.
– Tenho certeza de que eles vão gostar! – disse null ,com a sacola na mão.
– É, a null ainda não ganhou nenhum presentinho! – null falou, saindo da loja.
Eles foram para a casa de null. Como null tem a chave, eles ficaram esperando eles chegarem.
– Ai, null, eu tô tão feliz! – disse null, entrando em casa.
– Eu não podia imaginar que eu fosse gostar tanto de ficar olhando dentro da sua barriga, xuxúh! – null riu.
– Surpresaaaaaa! – disseram null e null juntas, mostrando os pacotes que tinham comprado.
– Ai, meninas! Obrigadaaa! – null falou, ainda mais feliz.
– Espero que você goste! A gente compro unisex, são as coisas mais fofas! – disse null, mostrando.
Por incrível que pareça, até null começou a olhar as roupinhas e falar que eram lindas.
– Quem diria, hein, papai! – disse null, brincando com o amigo.
– Ah, dude, não atrapalha a minha felicidade! –null falou, jogando uma almofada em null.
– E a null e o null? – perguntou null.
– Ah, foram ao cinema pra ver a estréia daquele filme patético que a null queria tanto ver – disse null.
– Como se você também não gostasse de comédia romântica, null! – retrucou null. – Eu também queria ir, mas preferi ir à radiografia.
– Que mamãe legaaal você é, null! – disse null, apertando as bochechas da garota.
– E tá tudo bem com o bebê? – perguntou null, mostrando-se interessado.
– Tudo certo, cara, nasce em agosto! – disse null animado.
Eles ficaram batendo papo furado, discutiram sobre o nome do bebê, e null insistia que ia ser menino, enquanto os pais não tinham preferência. Depois de algum tempo, null levou null e null para casa e saiu para jantar com null.
null chegou em casa, tirou os sapatos e se jogou no sofá da sala. Não teria nada pra fazer naquela noite, então tomou um banho, colocou um pijama e foi assistir televisão. Os pais tinham saído para jantar fora e a convidaram para ir junto, mas ela estava muito cansada, e jantar com os pais é o melhor jeito deles saberem tudo que acontece na sua vida. Ela estava no meio de um filme de terror e justo quando iam assassinar o carinha mais gatinho do filme, o telefone tocou.
– O que vai fazer amanhã à noite?
– Preciso consultar minha agenda. Sou muito ocupada, mas se você quiser agendar horário com a minha secretária, sinta-se à vontade, null.
– Acho que sou mais importante que seu outros compromissos, então prefiro agendar com você mesma, null.
– Diga seu telefone, e quando estiver desocupada, retorno a ligação.
– Deixa de se fazer de difícil e fala o que vai fazer amanhã à noite, gatinha.
– Eu ainda não tenho compromissos marcados. Você esta com sorte, Sr. null – disse null rindo.
– Então você pode sair amanhã À noite, lá pelas oito?
– Só nós dois?
– E a luz das velas – disse null sorrindo meigo. Pena que nullnão podia ver.
– Me pega as oito, então, gatinho.


null estava em casa se arrumando para sair com null. Estava com um vestido tomara-que-caia e colocava o seu melhor perfume, quando ouviu uma batida na sua janela. As famosas pedradas de null. Ela foi para a janela e viu o menino todo arrumado, olhando para cima com cara de bobo apaixonado.
– Tá pronta? – ele perguntou, com aquele sorriso sexy.
– Tô quaseee! Já desço, okay? – ela respondeu sorrindo.
Ela colocou um sapato de salto fino e conferiu o look no espelho. Tinha que estar perfeita. Ela abriu a porta e se deparou com um buquê de flores e ao lado uma caixinha preta.
– Que lindo ,null! – disse null, pegando as flores.
– Tem mais! – ele falou, abrindo aquela caixinha e mostrando um lindo colar com as iniciais dos dois e um coração no meio. [n/a:clichê, eu sei, mas sempre sonhei com um presente assim *–* ] – Posso colocar?
– Claro! – ela disse, virando-se e colocando o cabelo para cima.
– Vamos sair, então? Eu tô querendo te levar num restaurante que eu tenho certeza que você vai amar! – null falou, pegando a mão de null.
Eles jantaram e ficaram conversando até tarde.
– Acho que daqui a pouco eles vão fechar o restaurante. Já são três e meia da manhã e é uma quinta-feira – disse null rindo.
– Ah, mas eu quero passar o resto da noite ao seu lado –null falou manhoso.
– Vai lá pra casa, então. Meus pais saíram, foram viajar.
– Uii, isso foi um convite pra ir dormir na sua casa, picles?
– Picles, null?! – null caiu na risada.
– É, picles. Xuxúh já ta fora de moda! Mas dá pra responder a minha pergunta?
– Foi sim, alface!
Eles saíram do restaurante e chegaram aos beijos na casa de null.
– Eu te amo demais, sua poia! – disse null, atirando null no sofá da sala.
– Não, eu te amo mais, ogro! – null falou, com uma mão na nuca de null e a outra acariciando o cabelo dele.
De repente, os dois caíram do sofá e null ficou em cima de null, que estava adorando ficar assim tão próxima dele. Eles ficaram um tempo se encarando e, de repente, null tirou a camisa.
– Eu tirei a minha, agora você tira a sua – disse ele, abrindo o zíper do lado esquerdo do vestido, com um sorriso malicioso. – Que vestido difícil de tirar, hein! Não use-o mais quando estiver comigo!
– Sae de cima, então – disse null, afastando o menino de cima dela.
Ela começou a tirar o vestido de uma maneira realmente sexy, foi bem devagar para deixar o menino delirar, pensando no que tinha embaixo daquele vestido. E o plano deu certo. Ela voltou para o sofá, fazendo o garoto sair do chão e segui-la. Ele a pegou pela cintura e começou a sussurrar no seu ouvido:
– Close you eyes and I'll kiss you.
– Tomorrow I'll miss you, remember I'll always be true – null continuou a música All My Loving, dos Beatles.
– And while I'm away, I'll write home every day.
– And I'll send all my loving to you.


null abriu um pouco seus olhos, estava nu no sofá da casa de null. Ele olhou para o lado e viu a menina dormindo igual a um anjo abraçada a ele. Foi aí que ele se lembrou da noite maravilhosa que ele teve com ela. Ele ficou a observando dormir. Apesar de ser estar atrasado para aula, ele não tinha coragem de acorda-la. Ela estava dormindo tão doce que ele esperou ela mesma se acordar.
Alguns minutos depois, null começou a se virar e foi abrindo os olhos bem devagar.
– Bom dia, razão do meu viver – disse null, olhando para null, com um sorriso meigo.
– Bom dia, luz do meu dia. Já tá na hora de ir pra escola, mas eu tava sem coragem de te acordar.
– Hoje tem prova no primeiro período, acho melhor a gente se apressar – disse null catando sua blusa, que estava debaixo do sofá.
– O que vai fazer hoje? – perguntou null, enquanto abotoava sua calça.
– A null e o null convidaram a gente pra ir no boliche lá pelas sete, você topa?
– Topo tudo que for com você, sweety.
– É, eu sei o quanto eu sou especial pra ti – disse null, gabando-se.
– Não tem nem idééééia! – null falou, dando um beijo estalado na bochecha de null.
– Tá, null, agora vai embora que eu tenho que tomar um banho! – Ela empurrou null em direção a porta.
– Adorei passar a noite com você – ele disse, beijando docemente os lábios da garota.
– Eu também – ela falou, quebrando o beijo e o mandando embora.


– Vamos jogar, então? – perguntou null, pegando uma bola de boliche.
– Arrasa, gato! – disse null, que estava contando os pontos do grupo.
null pegou a bola e com a maior facilidade fez strike.
– Uhul! Quem é o melhor, chérrie? Quem é o melhor? – ele perguntou, fazendo gestos com a mão vitorioso.
– Você, gostosão! – disse null, abraçando o namorado.
– Sua vez, gata! – null falou, olhando para null.
– Olha e aprende, fofo. – Ela deu uma piscadinha.
Pegou a bola friamente e jogou de um jeito simples, mas conseguiu derrubar todos os pinos.
– Arrasou, null! – disse null, dando um abraço de amigo na garota, que deu um sorrisinho para ele.
– A null é demais, cara! –null falou, tirando os braços de null de cima da menina e a abraçando. – E é minha, tira o olho!
– Até parece, nullzinho! – null disse rindo.
– Minha e só minha, ok? – null falou, fazendo cara de bravo. null deu um beijo nele.
– Sua vez, null – null gritou para null, que estava aos amassos com null. Ela se aproximou da pista e tentou pegar a bola.
null! Eu não sei jogar essa bola! É muito pesada, me ajuda? – ela disse, com um sorriso malicioso no rosto.
– Ai, ai, meninas... Mas é claro que eu te ajudo, chérrie –null falou, pegando a bola para null. – Você tem que pegar desse jeito. – Ele demonstrou e depois deu a bola para null. – Agora você deixa os pés desse jeito e fica dessa maneira. – Ele colocou a mão nos braços de null, que estava entrando em transe. – Agora joga assim – ele falou, deixando o braço da menina jogar sozinho.
– STRIKE! – null gritou.
– STRIKE, CHÉRRIE! – disse null, pegando null no colo e a levantando.
– Agora me larga, null! – disse ela rindo.
– Ah, tá tão legal desse jeito! – null falou e começou a fazer cócegas na menina.
– Pára, null! – disse null, tendo um ataque de risos. – Isso tá fazendo muita coceguinha! null, pára! – Ela ria.
– Ah, tem certeza de que você quer que eu te solte? Eu gosto tanto quando você fica pertinho de mim!
– Eu também gosto, mas não desse jeito, null! – dizia null, ainda rindo.
– Olhaa quem tá aí! – null se levantou do sofá e foi cumprimentar Dave.
– Fooofa! – Ele a abraçou forte.
– Daaaaaave, minha Barbie preferida! – null foi cumprimentá-lo também.
– Hey, vadiia – ele disse rindo.
– Já falei pra ti parar de me chamar de vadia – ela falou magoada.
– Ele não tem culpa que você parece uma dama de lotação com esses saltos e suas unhas! – null disse rindo.
– Você fala como se não parecesse também, null! – Dave implicou. null fez uma cara de ofendida.
– Eu não uso salto e muito menos tenho unhas compridas e troco de esmalte a cada quatro dias, ok? – ela falou, fingindo-se de brava.
– Mesmo assim, parece uma vadia! – ele disse, pegando-a no colo.
– AAAH, DAVE, ME SOLTA! – Ela começou a dar aqueles ataques histéricos de meninas.
– Hum... no, baby – ele disse calmo.
null e null ficaram sentados, olhando para eles com raiva. null se estressou quando viu null no colo de Dave.
– Me solta ou eu arranco seus cabelos cheios de tintura, sua bicha! – null disse rindo.
– Você não se atreveria! – ele falou incrédulo. – E eu não laargo!
– DÁ PRA LARGÁ-LA? – null disse furioso.
Dave achou melhor não discutir e largar null. Ela foi para perto de null um pouco sem jeito.
– Desculpa aí, dude – Dave disse.
– Só não faz de novo, ok? Ela é minha namorada, dude – null disse mais calmo.
– Não vai acontecer de novo – ele falou sem graça.

Capítulo 9

O outro dia passou rápido e já era quase hora da festa. As meninas foram se arrumar na casa de null.
– Ai, que droga! – null gritou do banheiro.
– O que foi? – as meninas perguntaram.
– Manchei meu vestido branco! Merda de menstruação! – null continuou gritando.
– Isso é uma praga que eu vou ficar nove meses sem! – disse null.
– Tá conseguindo tirar a mancha? – null perguntou.
– Tô, sim, ainda bem!
– Ai, meninas, eu tô achando esse vestido estranho. Ele é muito curto! – disse null, olhando-se no espelho. Ela estava com um vestido preto tomara-que-caia que mostrava toda a coxa da menina.
– Eu achei lindo, null – null falou, olhando-se no espelho. Ela estava com vestido vermelho bem decotado.
Elas escutaram o barulho de pedrinhas na janela de null. null sempre fazia aquilo. null e null, que já estavam prontas, foram olhar na janela.
– Certo, quem são vocês e o que fizeram com as meninas? – null perguntou admirado.
– Amoreeeeco! – disse null, aparecendo na janela.
– Nossa, você tá uma gata! – ele falou galanteador.
– Pra você! – ela respondeu, com um olhar sexy.
null e null não falaram nada, ficaram só admirando as meninas.
– Vão ficar calados a noite inteira? – perguntou null, encarando null.
– Er... desculpa! Ah... dá pra vocês descerem? A gente já tá meio atrasado – disse null, saindo do transe.
As meninas fecharam a janela e desceram, abriram a porta e foram cumprimentar os meninos.
– Pode ir trocando de vestido! – disse null, quando viu o comprimento do vestido que null estava.
– Como é que é? – null perguntou, sentindo-se insultada.
– Eu não vou com você vestindo esse vestido de... de puta! – null falou irritado.
– Então não vai! Eu vou com esse vestido e não tô nem aí! – null respondeu, virando a cara. – E da próxima vez que você me chamar de puta, você vai ver.
– Mas tá muuuuuito curto!
– Eu vou do jeito que eu quiser! E você não tem nada com isso!
– Claro que eu tenho! Eu sou seu namorado!
– Pára de ciúmes, null!
– Eu não quero um bando de marmanjo olhando pra você, null!
– Ihh, vai começar! – disse null, pegando a mão de null e indo para o carro dele. – Gente, a gente já vai, não queremos esperar esses dois aí brigando!
null, me leva junto? – null pediu.
– Er... levo. Entra aí.
– E eu, como eu fico? – null perguntou pasmo.
– Vai pasta,r null! – null disse furiosa, fechando a porta do carro.
– Vem com a gente, dude – null falou, pegando a chave do carro.
Eles entraram no carro e foram em direção à festa.
– Eu não acredito que você falou aquilo, null! – disse null.
– Eu não quero nenhum taradinho olhando as pernas da minha namorada! – ele se defendeu.
– Mas você a chamou de puta! Fumou merda? – null perguntou.
– Eu não a chamei, chamei o vestido!
– E ela tava usando, isso quer dizer que você a chamou de puta! – disse null, aumentando o volume da voz.
– Ai, que merda! Eu não preciso de lição de moral, tá legal?


null, null e null chegaram à festa.
– Agora que eu percebi... Cadê o null? – null perguntou.
– Pois é, ele não vinha com vocês?
– É que ele foi pegar uma menina – null disse meio enrolado.
– QUEM? – as duas gritaram juntas.
– Ah... eu não sei! – ele mentiu.
– Aha, a gente finge que acredita! Conta loooogo! – disse null, sufocando null.
– Vocês vão ver! – ele falou, ajeitando a camiseta.
Eles entraram na casa e deram de cara com Dave.
null! – Dave disse, correndo para dar um abraço na menina.
– Daaaaave! – null foi correndo ao encontro.
Eles se abraçaram, e David deu um beijo estalado na bochecha de null.
– Você tá muito hot! – ele disse meio envergonhado.
null disse que eu tô muito puta – null falou, encarando os pés.
– Porque ele é um idiota que não sabe apreciar a namorada que tem!
– Nem me fale... Eu não esperava uma reação dessas.
– Vem, vamos sentar à uma mesa e pegar umas bebidas! – ele diss,e pegando a mão de null e indo pra barzinho da casa do amigo.
– Eu quero um uísque – ela disse.
– Vai começar forte hoje!
– Tô precisando! – ela falou, dando um falso sorriso. Ele retribuiu o sorriso e serviu null.


null,null e null tinham acabado de chegar à festa, quando null viu David e nulljuntos.
– O QUE ELA TÁ FAZENDO COM ELE? – ele perguntou indignado.
– Você a chamou de put,a null, agora ela tá exercendo o papel! – disse null rindo.
– É o que a gente vai ver!
Ele saiu bufando em direção aos dois, que estavam rindo. null cutucou o ombro de null. Ela se virou rápido.
– Ah, é você – ela disse debochando, e Dave deu um risinho.
– Tava esperando o Papai Noel ou o seu outro peguete? – null perguntou zangado.
– O meu outro peguete. Sabe o que é, eu e o Dave precisamos de companhia pra noite, daí eu chamei meninos que eu fiquei semana passada pra gente fazer um grupal, sabe? – null disse muito irônica. Dave não conseguiu segurar o riso.
– Tá rindo do quê? – null perguntou, virando-se para David.
– Dos seus chifres. Otário! – David disse, pegando a mão de null e saindo de perto de null.
null virou e o fuzilou com os olhos.
– Abaixa o vestido que dá pra ver a sua mini-bunda! – null gritou zangado.
null fez uma cara de insultada e abaixou o vestido. Ela concordava o vestido estava muito curto, mas null não precisava ter dito tudo aquilo.
– Vem, dança comigo, null! – David disse com um sorriso irresistível.
null aceitou, e ele pegou na cintura da menina. Ficaram dançando coladinhos, e null ficava os encarando, enquanto enchia a cara no bar. null e null também estavam dançando, quando, de repente, null apareceu com ninguém menos que null.
– O que ela tá fazendo com você, null? – null e null perguntaram juntas.
– Er... a gente tá ficando! – disse null envergonhado.
null e null se olharam, fizeram uma cara de nojo e voltaram a dançar sem dizer nada.


null saiu da pista de dança e foi buscar mais bebidas. David a seguiu, e null continuava no bar, bebendo.
– Hoooje eu vou encheeer a caara! – null gritava, com um garrafa de cerveja na mão.
David a pegou na cintura e foram para o jardim da casa, onde tinha uma piscina. Todos da festa já estavam molhados, jogavam-se na piscina e gritavam. null e null estavam filosofando sobre de onde os bebês vem, na beira da piscina. [n/a: acho melhor você não ler essa parte, é retardado DEMAIS hafoiudahsfoiudshfsdiuafh]
– Eu acho que os alienígenas injetam um líquido com espermatozóides nos homens enquanto eles tão dormindo – null disse sério.
– Eu garanto que os homens topeiras que produzem os espermatozóides e colocam nos homens. Você tá muito bêbado, null, que besteira... Alienígenas. – null riu.
– Será que os homens topeiras não são habitantes de outras dimensões e toda noite eles se teletransportam pras paredes do planeta Terra e injetam os espermatozóides nos homens? – null perguntou com a mão no queixo.
– Eu acho que eles vivem no subterrâneo! Eles devem ter fabricas gigantes de espermatozóides lá embaixo! – null disse, começando a cavar no jardim.
– Que idéia genial, null! Vamos cavar! –null falou, cavando com null.
– Se continuarmos assim logo, logo vamos ver os homens topeiras! – null disse animada.
– Iuuuuupi! Será que eles falam a nossa língua, null?
– Claro que não! Não seja bobo, null, eles falam topeiriano!
– Mas é claro! Como eu sou idiota – null disse, batendo na sua testa.
– O que vocês tão fazendo? – perguntou o casal etanol, que já estava vendo duendes.
null! Estamos cavando pra encontrar a sociedade Topeira! – null disse animada.
– Vem cá você que é forte, null. Precisamos cavar mais pra encontrarmos as fábricas de espermatozóides! –null falou. null e null se abaixaram e ajudaram os amigos a cavar.
– Gente, eu acho que eu vi uma topeira! – null disse feliz.
– Onde?! – eles começaram a gritar desesperados.
– Ali! Olhaaaa, ela tá fugindo! – null começou a correr atrás da topeira imaginaria pelo jardim.
null, null e null foram atrás, tentando pegar a topeira.
– Temos que pegar a topeira e fazê-la confessar que injeta espermatozóides nos homens! – null gritava atrás de null.
– E se ele negar? – null perguntou preocupado.
– Aí a gente... A gente cava mais e encontra a sociedade de topeiras e as gigantescas fábricas de fazer espermatozóides! – null respondeu.
– Olha! Ela entrou na piscina! – null disse, correndo atrás. Pulou na piscina e os outros três embriagados foram junto.
– Onde? Onde ela foi? – null perguntou preocupado, tirando a cabeça de dentro da água.
– Essa não! Nós a perdemos! – null disse triste.
– Calma, gente! Não podemos desistir! Temos que cavar mais e encontrar a sociedade topeira! – null falou, saindo da piscina.
– Eu tô com ela! Não podemos deixar o mundo sem saber as verdadeiras origens dos bebês! – null disse decidido.
– Gente, então quem nos fez foram as topeeeeiras? – null perguntou desesperada, colocando as mãos no rosto.
– Vamos ter que cavar mais para descobrir, cherrie! – null disse, cavando um buraco ao lado do outro buraco.
Eles ficaram mais algum tempo cavando e, de repente, null apareceu, perguntando por que diabos eles estavam destruindo o jardim.
– OLHA! A TOPEIRA! – null gritou desesperada e começou a correr atrás de null.
– O QUÊ? EU? TOPEIRA? SOCOOOORROOOO! – null corria desesperada com os quatro loucos correndo atrás.
– Nós sabemos quem você é e o que você veio fazer aqui, topeira maldita! – null gritou, tentando pegar null.
– EU NÃO SEI DE NADA DE TOPEIRA! – Ela continuava correndo.
– Você não pode mais negar! Já sacamos o seu planinho de ejetar espermatozóides no null e nós não vamos deixar! – disse null.
null viu null conversando com David na beira da piscina e se escondeu atrás dela.
null, pelo amor de Deus, me salva daqueles bêbados! Eles acham que eu sou uma topeira!
– O quê? Topeira? Onde? – null e David perguntaram ao mesmo tempo.
– PEGUEM A TOPEEEEIRA! – os quatro bêbados gritavam, indo em direção dos outros.
– ELA? TOPEIRA? – null gritou assustada. – PEGUE-A, DAVID!
– VOCÊ NÃO VAI FAZER NADA COM ESSES SERES HUMANOS, SUA TOPEIRA GORDA! – disse David, correndo atrás de null.
– Eu não agüento maaaaaais! – null falou, saltando na piscina, e os outros seis se atiraram em cima dela.
– Não tem como negar! Seu plano deu errado, homem topeira otário! – null disse, mostrando a língua.
– O que tá acontecendo aqui? – null chegou na beira da piscina e teve que entrar para tirar os seis bêbados que queriam afogar a tal "topeira".
– Não, null! Você não pode ficar com ela! É tudo um plano para injetar espermatozóides em você! – null disse chorosa.
null, você é muito jovem pra ser vítima da topeira! – null falou, começando a chorar.
– Vocês tão tudo bêbados! Ela não é topeira, coisa nenhuma! – null defendeu null e ajudou a menina a sair da piscina. Os outros ficaram se olhando.
– Então era tudo mentira, null? – null perguntou, com os olhos cheios de lágrimas.
– E-eu acho que sim, meu amor! – null respondeu triste.
– Mas e as gigantescas fabricas de espermatozóides? – null perguntou confuso.
– O null falou que é tudo mentira, xuh! – null disse, abraçando null.
– Era tudo uma grande mentira! – null falou, abraçando David.
Eles saíram da piscina e pegaram umas toalhas que estavam jogadas no chão.
– HAHAHAA! Você tá toda molhada! – David disse, apontando para null.
– HAHAHA! Você também! – ela falou, apontando de volta.
null, tira a camisa! – null mandou.
– Pra quê? – ele perguntou curioso.
– Porque eu quero ver! – ela disse, como se fosse óbvio.
– Eu também quero ver! – null e null disseram juntas.
– Ah, null, não é justo! Eu achava que você só tirava a camisa pra mim! – null disse, fingindo chorar.
– Oh, null! Não fique bravo comigo. Me entenda... o nosso relacionamento não está mais sendo o mesmo!
– Mas... mas, null, você prometeu! – null soluçava.
– Tem coisas na vida que você não pode ter, pequeno gafanhoto – null disse muito sábio. – Você não pode me ter só pra você. Você tem que entender que eu sou muito gostoso e todos me querem.
– Você é muito insensível, null! – null falou, pegando a mão de null e indo para a pista de dança.
– Ah, null, eu quero ver o null fazer strip! – null disse chateada.
– Eu te faço uma muito mais sensual! – ele falou, com uma voz de galã de novela.
– Maaaaas heeein! Eu tô esperando, null! – null disse, batendo o pé.
– Uhhhul! Eu vou ver o peitoral gostosão do null que a null sempre fica se gabando. – null comemorou com os braços para cima e rebolando.
null deu um olhar sensual para as meninas e começou a rebolar. Foi tirando os sapatos, meias, e as meninas começaram a fazer uma rodinha para ver o strip tease que null estava fazendo.
– UHUL! GOSTOSÃO! – null gritava animada com uma lata de cerveja.
– Quero veeeer mais! – uma menina de trás gritou.
– OWWWW, TIRA O OLHO, VADIAZINHA, QUE ELE JÁ É MEU! – null gritou furiosa.
null tirou a camisa, fazendo as meninas que estavam por perto entrar em transe. De um jeito muito sexy, ele atirou sua camiseta para null.
– Viuuuuu, vaaaaadia? Ele é meu! – null disse, mostrando a camisa que ele tinha jogado para ela.
– Isso não significa nada, meu bem! – A menina apareceu e começou a brigar com null.
– Eeeei, vocês podem se acalmar e deixar eu ver o strip? – null pediu brava.
– NÃO! – as duas falaram ao mesmo tempo.
null já estava sem seu cinto, pronto para tirar a calça. Quando viu null puxando o cabelo de uma menina, colocou o cinto de novo e foi tentar separar as duas.
– Parem com isso! – null disse, pegando null.
– Essa idiota acha que você é dela! – null falou, apontando com raiva para uma ruiva desgraçada que ficava mostrando a língua.
– É aquela de peruca vermelha? OWWWWWN, QUE NOJO, DUDE! – null falou, com cara de nojo.
Quando a ruiva ouviu o que null disse, ela saiu de perto.
– Volta pro galinheiro que você saiu, otária! – null gritou, mostrando o dedo do meio.
– É isso aí, null! Defende sua amiga! – disse null.
null sentiu alguém pegar sua mão e virou para ver quem era.
– Eu quero falar com você – David disse, com o famoso sorriso irresistível. [n/a: nhaaa *–*]
– Ok – ela respondeu, retribuindo o sorriso.
Eles foram para uma parte de trás da casa que não tinha ninguém.
– Er... Então, o que você quer falar? – null perguntou com a respiração acelerada.
O rosto de David estava muito perto do dela, e ela estava encostada na parede. David deu um sorriso e colocou uma mão na parede, meio que "prendendo" null. – O... o que você tá... – null ia falar alguma coisa, mas acabou desistindo e fechando seus olhos.
David fechou os olhos também e eles encostaram os lábios.


null e null estavam com null no jardim.
– Eu nunca tinha percebido como a Terra giiira, dude! – null disse encantado em perceber o movimento de rotação da Terra.
– Não é a Terra que tá girando, é sua cabeça, seu bicha! – null falou, dando um pedala em null.
null e null foram conversar com eles.
– Ei, vocês viram a null? Eu não a vejo desde o barraco, quando ela saiu com o David – disse null.
– COMO É? ELA SAIU COM O DAVID? – null deu um berro.
– Eu não devia ter dito isso – null disse arrependida.
– Pra onde ela foi? Pra onde aquele desgraçado levou a MINHA null? – null perguntou furioso.
– Er... Eu não sei, null! Eles foram naquela direção – null falou, apontando para um lugar.
null saiu correndo. Não queria pensar no que David poderia estar fazendo com null. Quando ele a viu, estava lá: aos beijos com David. No maior amasso! Como ela poderia ter feito isso com ele? Involuntariamente, os olhos de null se encheram de lágrimas e ele começou a chorar desesperadamente.
nullinterrompeu o beijo, pois sabia que não era certo. Só porque tinha brigado com null, não significava que poderia sair metendo chifre nele. Ela olhou para o lado e encontrou null com uma garrafa de cerveja na mão e o rosto encharcado de lágrimas.
null! null, eu posso explicar! – null disse, afastando David grosseiramente de perto dela.
– Não tem o que explicar! Eu vi, null! Eu vi! – null falou, saindo correndo de perto deles.
null, por favor, me deixa falar com você! – null disse, saindo atrás de null. – Não é o que parece!
– Vai dizer que ele te agarrou a força? – null parou de caminhar e se virou para ela.
– Sim! – ela respondeu chorando.
– Eu vi, null! Eu não sou idiota! Você estava na maior pegação com ele! Não tente me enganar! – ele disse, ainda correndo para sair da festa.
– Eu não to tentando te enganar! Por favor, acredite em mim!
– Eu acredito que ele te agarrou à força. Mas você gostou, null! Eu vi! Você estava adorando! – null disse, entrando na casa.
null pegou a sua bolsa e correu atrás de null de novo.
null! Eu estava brava com você! Eu... eu tô tão bêbada que eu não tenho consciência dos meus atos!
– Isso não explica uma traição! – null saiu da casa ainda chorando e gritando.
– Eu sei que não! Mas, por favor! Eu te amo mais que tudo! – null parou de andar e continuou a chorar.
null parou de andar também e virou pra ela.
– Terminou – ele disse baixinh,o encarando seus pés, e continuou andando em direção ao carro.
– Não! Não, null! Por favor, eu não vou conseguir viver sem você! – ela correu chorando atrás dele.
Ele entrou no carro e abriu o vidro.
– Deveria ter pensado isso quando o beijou – null disse baixinho e ligou o carro.
null, por favor! Me espera, a gente precisa conversar! – null começou a correr ao lado do carro, mas ele acelerou, e ela não conseguiu seguir.
Ela se sentou na calçada e começou a chorar, abraçando a cabeça.
null! O que aconteceu? – null perguntou, sentando junto a ela. null se sentou do outro lado e abraçou a menina.
– O... o... null... terminou comigo! – ela disse entre soluços e desabando ao terminar a frase.
– Mas por quê? O que aconteceu? – null, que estava abraçado a ela, perguntou.
– O David me agarrou. – Ela soluçou. – Eu tava tão bêbada que eu não consegui tirá-lo de perto de mim e acabei deixando, mas era só porque eu tava com muita raiva do null!
– Quer que a gente te leve pra casa? – null perguntou, tentando consolar a amiga.
– Não, ela vai pra minha casa, null – null disse, abraçando null.
Eles entraram no carro, e null levou as duas para a casa de null. Deu um beijo na testa de null e um selinho em null.


Capítulo 10

null começou a se mexer na cama. Abriu os olhos devagar e se levantou rápido.
- AH! - ele gritou com a mão na cabeça.
Acordou com uma puta dor de cabeça e não se lembrava de nada da noite passada. Seu celular, que ainda estava no bolso da calça jeans que ele dormiu, começou a vibrar.
- Alô? - ele atendeu.
- null? Eu te acordei? - null perguntou do outro lado da linha com uma voz chorosa.
- Não, eu já estava acordado, fofa. Por que essa voz desanimada? - ele perguntou.
- Vo-você não se lembra?
- Lembrar do quê? AAI! Que dor de cabeça desgraçada!
- A gente bebeu demais ontem, e a gente fez muita merda - null disse, desabando em choro. null estava ao lado da amiga, segurando a mão dela.
- Por que você tá chorando? Ah... espera, eu tô me lembrando um pouco de ontem...
null de repente ficou mudo. Lembrou-se de tudo que tinha acontecido noite passada.
- Por favor, null! Você precisa me perdoar! - null disse, chorando.
null começou a chorar também.
- Eu não acredito, null! Como você pode fazer isso comigo?
- Eu... eu tava muito bêbada e com raiva!
null não agüentou ouvir aquilo, desligou na cara dela.
- Ele desligou - null disse desanimada.
- Não se preocupa, null, o null te ama! Eu tenho certeza de que vocês vão voltar! - null falou.
- Mas e o meu sentimento de culpa? null, eu traí a pessoa que eu mais amo! Como eu consegui fazer isso? - null dizia entre soluços, arranjando forças para terminar as frases.
- null, ele foi super grosso ontem com você. E todos nós bebemos demais! Não tínhamos consciência pelos nossos atos! E se o null não te perdoar, vai ser por ignorância! Duvido que ele consiga alguém que se compare a você.
- Mas é... é que... EU PRESCISO FALAR COM ELE! ELE PRESCISA ME ESCUTAR! - null disse, levantando-se da cama e colocando a sandália da festa. Ainda estava com o mini-vestido.
- Você vai lá à casa dele? - null perguntou assustada.
- Vou, é pertinho, vou a pé mesmo - null respondeu, saindo do quarto.
- Boa sorte! - null gritou da janela do seu quarto, quando viu nullandando na rua em direção da casa de null.
Ela fez um sinal de "joinha" com a mão e saiu correndo.


null chegou na casa de null com a respiração muito forte. Criou coragem e tocou a campainha. null atendeu, ele estava só de boxers e com uma caixa de leite na mão e com o seu milk mostache. Quando viu que era null, ele tentou fechar a porta rapidamente, mas a menina colocou o pé.
- Por favor, eu preciso conversar com você.
- Você não tem nada pra conversar comigo. Se você quiser, eu ligo pro David vir te buscar, eu tenho certeza de que ele vai adorar - null disse irônico. null o encarou brava e, sem pensar, deu um tapa na cara de null.
- Ótimo! Você não quer conversar? Beleza! Tô caindo fora, eu não vou ficar de quatro pra você, não, xuxuh! E eu tenho certeza que o David não iria me tratar assim!
- Ótimo, vai correndo pros braços dele, então! Se ele é tão bom assim, eu não entendo por que você tá perdendo seu tempo com o idiota aqui!
- null, você é muito insensível! - null disse chorando.
- Eu sou o insensível? E quem pisa nos sentimentos dos outros é quem? Vai à merda, null! Me esquece! - null falou, batendo a porta na cara dela.
null saiu correndo chorando. Pegou o celular e ligou para David. Ele era seu amigo, iria ajudá-la numa hora dessas.
- David? - null falou, tentando fazer uma voz normal.
- Linda! Que prazer acordar ouvindo sua voz! - ele disse galanteador.
- E... eu te acordei?
- Ah, eu não tava afim de passar o meu sábado na cama mesmo! Mas então, por que ligou?
- David, eu preciso de colo - null falou como um bebê.
- OWWWN, QUE FOFO! - David disse com voz de criança. - Meu bebezinho precisa de mim! – Ele riu. - Onde você tá, amor?
- Eu acabei de sair da casa do null, tô indo pra sua. Não tem problema, não é?
- Claro que não! Pode vim que eu tô te esperando.
- Obrigada, David, você é um amor.
- Não por isso, linda.

null chegou na casa de David. Ele abriu a porta, e eles se sentaram no sofá da sala.
- Quer assistir televisão? Comer alguma coisa? - David perguntou, querendo que null se sentisse em casa.
- Não, eu só preciso conversar com você - ela disse.
David se aproximou dela e encarou seus olhos.
- Pode falar.
- É que, David... Bem... O que aconteceu ontem à noite...
David a interrompeu:
- null, o que aconteceu ontem a noite foi maravilhoso pra mim.
- O QUÊ? NÃO, DAVID, VOCÊ NÃO PODE CONFUNDIR AS COISAS!
- Confundir o quê? null, eu te amo!
- Não! Você não me ama! Aquilo só aconteceu por causa do álcool! Você não me ama, eu não quero nada com você e pronto.
- Mas eu te amo! O que você quer que eu faça com esse sentimento? Que eu jogue fora? Eu fico de quatro pra você! Eu gostei de você desde quando eu te vi no pátio do colégio, e, nossa, quando eu entrei na sala e vi você sentada, eu fui às alturas!
- David, isso é errado! Eu gosto do null... - ela disse baixinho.
- E eu gosto de você - ele falou, encarando o chão.
- Por favor, não complica as coisas pra mim! - Ela chorava.
- Por que você não gosta de mim? Eu faço tudo por você! Eu te trato bem, tô sempre aí pra te ajudar e tudo mais.
- Não é isso! Eu gosto muito de você. Muito mesmo. Mas o null... ele...
- Tudo bem, null, eu acho que já ouvi o suficiente - David disse, levantando-se do sofá com os olhos cheios de lágrimas. - Eu só não entendo... Você não está mais com ele. Por que não pode ficar comigo, se você gosta tanto assim de mim?
- Eu gosto de você. Demais! Mas é só como amigo.
- Eu... - Ele abaixou a cabeça. - Eu entendo.
- Mas, David, eu não quero perder minha amizade com você. Você é muito especial, entende?
- Sim - ele disse com a cabeça ainda baixa.
null colocou sua mão no queixo do menino, fazendo-o levantar a cabeça.
- Não fica triste. Por favor, ver você sofrendo por minha causa me machuca ainda mais!
Ele forçou um sorriso.
- Não vou. A gente pode continuar amigos?
- É tudo que eu mais quero - ela disse com um sorriso meigo.
Eles se abraçaram e null voltou pra sua casa.


- Filha, acorda! Você tá vinte minutos atrasada! - a mãe de nullgritou.
- AHN? O QUÊÊÊÊÊ?
null levantou correndo e colocou seu uniforme. Foi ao banheiro, lavou seu rosto e desceu correndo, pegando a mochila que estava na escada e saindo correndo de casa. No meio do caminho, um carro parou ao lado.
- Quer carona? - David perguntou, abrindo a porta para null entrar.
- Queeeeero! Graças a Deus! - ela disse, entrando no carro.
- Dormiu mais que a cama?
- Nem me fala, e eu nem estudei pra prova de Física.
- Se você quiser, eu te passo a minha cola - ele disse rindo.
- Não precisa, eu confio na minha capacidade. - Ela riu de volta.
Eles chegaram ao pátio do colégio e David abriu a porta para null. null observava tudo aquilo de uma mesa que estava sentado com os amigos. null e David se aproximaram e os cumprimentaram.
- Achei que você não vinha pra aula, chegou tarde - disse null.
- É, eu acordei atrasada. Ainda bem que eu encontrei o David no caminho - null falou, dando um sorriso para David.
null fez uma careta e acabou recebendo um pedala de null.
- Bom, eu acho melhor a gente ir pra sala, não quero me atrasar pra prova - disse null, levantando-se.Todos a seguiram.

Depois que as aulas terminaram, null e null foram para uma lanchonete ao lado de uma loja que eles queriam ir para comprar os ingressos pro show de uma banda que viria à Inglaterra. Sentaram-se em uma mesa para dois e pediram dois sanduíches.
- O que ele tá fazendo aqui? - null perguntou com raiva, apontando apra uma mesa atrás deles. Nela, estava David com mais alguns amigos.
- O lugar é publico, null - null disse. null bufou. - Pára logo com isso, perdoe-a logo!
- Não vou! Ela me traiu, null! Me traiu com esse individuo aí atrás!
- Ela tava bêbada! E ele forçou!
- Não interessa! Ela me traiu com ele e ainda anda com ele! Você os viu chegando juntos no colégio! Tenho certeza que já se acertaram e devem até estar namorando!
- Tá com ciúmes, gatinho? - null perguntou, fazendo voz de gay.
- Fui eu quem escolhi terminar! Por que eu ficaria com ciúmes? - null bufou. - Absurdo.
- Olhaaaaa! Tá com ciúmeeeeeees! - null começou a apontar pra ele e rir.
- Chega, null! Espero que os dois se explodam juntos!
- Ah, qual é, null! Eu sei que você gosta dela.
- Gostava! Passado! - null o corrigiu.
Eles tinham terminado os seus lanches e estavam saindo da lanchonete.
- Esses caras não tem nada pra fazer mesmo... - null disse, apontando para um encontro de motos que estava acontecendo no posto ao lado da lanchonete. - Vamos lá, null? Adoro motos!
- Você sabe que eu não resisto a motos, null! - null falou animado.
Os dois foram andando até os motoqueiros.
- null! Olha aquela Fat Boy! - null disse, com os olhos brilhando e apontando para uma moto Harley Davidson preta, cheia de acessórios em couro com rebites.
- Esse é o meu sonho de consumo, caro null! - null e null "correram" para ver a moto mais de perto.
- null e null , não sabia que vocês vinham nos encontros. - A voz de Dave surpreendeu os meninos. - E, pelo visto, tem bom gosto, essa Fat Boy do Lance é mesmo o máximo.
- Dave - null disse desanimado.
- E aí, tudo bem com vocês? - Dave perguntou, olhando diretamente para null, que ainda o encarava bravo.
- Tudo ótimo, ainda mais agora que você me livrou do peso que era a minha namorada - null disse irônico.
- Sabe como é, as mulheres preferem os mais gostosos. Você entende, não é, null? - Dave perguntou com ar de superior.
null ia para cima dele, mas null o segurou.
- Pode ir parando aí, null! Eu não vou deixar você fazer nenhuma burrada! - null disse, esforçando-se para segurar null, que se rebatia para dar uma surra em Dave.
- Algum problema aí, Dave? - um fortão com jaqueta de couro e uma bandana perguntou apra Dave.
Atrás deste, vinham mais quatro brutamontes, que fuzilavam null com os olhos.
- Tudo tranqüilo, Lance, é só um corno mal-comido que está com raiva. Eu acho que eles ainda não aprenderam que não podem com o Dave aqui - ele disse, batendo no seu peito, com ar de superior.
- Se você quiser, a gente mostra pra ele que ninguém pode conosco - um outro falou, aparecendo do nada.
- Não será necessário, Bruce - Dave respondeu.
null ainda segurava null, que não se rebatia mais.
- Você me paga, sua Barbie!- null disse. Não conseguia se segurar.
- Pelo quê? Pela sua ex-namorada me preferir? Por ela chorar nos MEUS braços? Por eu ser quem mais ajuda ela quando precisa e por ser na minha casa que ela foi depois de você ter a desprezado? Poupe-me, null! Fique sabendo que ela nem pensa mais em você! Você é passado! Se é que algum dia foi alguma coisa... Ela já superou, e eu tô junto a ela. Otário! E fique sabendo que ela está muito mais feliz comigo!
null não agüentou ouvir aquilo, fazia seu coração doer. Fez de tudo pra se soltar dos braços de null e dar um soco na cara de Dave, mas desistiu. Soltou-se e saiu correndo. null o seguiu, e Dave e seus amigos ficaram rindo.


null tinha arrumado a bagunça da sala e foi tomar um banho, não conseguia parar de pensar em tudo que estava acontecendo. Sua vida estava perfeita, até beber um pouco demais e fazer a burrada que fez. Saiu do banho e colocou a primeira roupa que viu no armário. Ela viu os pais chegando com o carro na garagem e foi secar o cabelo que estava molhando suas costas.
- Filha, chegamos! - disse a mãe de null, entrando no quarto e se sentando na cama dela.
- Oi, mãe, como foi a viagem?
- Viagem de trabalho sempre é ruim. Mas eu e seu pai temos uma novidade pra te contar que a gente acha que você vai gostar.
- Uhhh, novidades! Adoro novidades! Cadê o papai? - Ela fingiu que estava feliz para seus pais não descobrirem o que estava acontecendo. Detestava quando seus pais se metiam na vida particular dela.
- Tô aqui! - disse o pai, entrando no quarto de null.
- Conta logo a novidade, gente, tô ficando curiosa!
- É que fizemos uma reunião com a empresa e eles falaram que nós teríamos que nos mudar pra continuar com os negócios da família. Por isso, vamos nos mudar pra Nova York depois do Natal. Não é emocionante? - perguntou a mãe animada.
- Emocionante? - A menina estava paralisada.
- É! Eu e sua mãe achamos que você ia adorar morar nos EUA! - disse o pai mais animado ainda.
null encarou os dois e começou a chorar desesperada.
- O que foi, filha? Você não gostou da notícia? - perguntou a mãe confusa.
- Se eu gostei? Não, eu não gostei! EU ODIEI! - disse ela, jogando-se em cima da cama.
- Mas por que, filha? Você sempre falava tão bem de Nova York?! - O pai também estava confuso.
- Eu não vou! Eu vou morar na casa das minhas amigas ou sozinha, mas eu não vou!
- Mas é claro que você vai! É dos negócios da família que nós estamos falando, null! - disse o pai, aumentando a voz.
- E eu com isso? Eu não saio de Londres! E o cruzeiro no Brasil que eu ia fazer?
- Nós não vamos te deixar aqui! Você precisa ir pra Nova York com a gente! O cruzeiro vai ter que ficar pra depois. Você precisa se acostumar com o ritmo das empresas que você vai controlar daqui a alguns anos!
- Eu não quero empresa nenhuma! Eu quero é que tudo isso se exploda! Eu vou ficar em Londres! E não vou trabalhar com nenhuma empresa, porra!
- Vai, sim, e não adianta discutir!
- Nós somos os seus pais e nós sabemos o que é melhor pra você!
- Não, vocês não sabem! Só pensam no meu futuro financeiro, mas e quanto à minha felicidade? Vocês não pensam em mim! Não pensam se eu quero ou não fazer o que vocês querem que eu faça, só querem que eu faça! Eu não vou me mudar!
- null! Você vai se mudar, você é menor de idade e não tem como negar! Quem decide a sua vida até você fazer 18 anos somos nós, seus pais! E chega desse assunto! Vamos nos mudar depois do Natal e você não vai poder fazer nada a respeito!
null não queria ouvir mais nada daquilo, pegou um casaco e saiu de casa correndo. A menina não sabia para onde estava indo e nem por que, mas precisava sair daquele lugar. Ela estava desesperada. Como sua vida que estava tão perfeita e de repente foi destruída? Só conseguia pensar em null... Queria abraçá-lo naquele momento. E suas amigas? E os meninos? Como ela iria deixá-los? Ela não conseguia parar de chorar. Afogava-se em suas lágrimas e nem conseguia olhar para frente. De repente, ela virou uma esquina e esbarrou em algum menino qualquer, que foi muito grosso.
- Olha por onde anda, garota! - o menino gritou.
- Desculpe! - disse null correndo, sem nem olhar o rosto da criatura.
- null? - null perguntou, enquanto assistia a menina correndo e chorando. - null! null, me espera! O que aconteceu?
A menina nem escutava. null decidiu segui-la, mas acabou desistindo quando ela dobrou uma esquina e desapareceu.
null correu chorando até a casa de Dave. Queria entrar e desabar abraçada no amigo, mas não tinha coragem de contar. Não queria que ninguém soubesse. Só que ela precisava de alguém para abraçar e chorar, e queria null ali para isso. Mas não dava, ela não tinha mais o apoio do namorado. Namorado? Ex-namorado, de agora em diante. Não agüentava a dor que sentia quando pensava naquilo. Ela estava apaixonada demais, aquilo precisava parar, ela se apaixonava mais a cada vez que via o garoto. Mas ele? Não queria mais vê-la de jeito nenhum.
Levantou-se da calçada da casa de Dave e caminhou em direção a sua, ainda chorando.
Quando estava quase chegando, avistou null e null andando do outro lado da rua.
- null, aquela menina chorando não é a null? - null perguntou, observando a menina.
null se virou e a olhou.
- Parece que sim - ele disse baixinho, fitando o chão.
- Ela tá chorando, null.
- E eu com isso?
- Você a ama, dude! E eu tenho certeza que ela tá chorando por sua causa!
- Minha causa?Que nada! Deve ter brigado com o Dave ou alguma coisa parecida - null falou bravo.
- Eu vou falar com ela!
- Não, null! - null pegou o braço dele e o impediu.
- Se você não quer, não vai, mas você não pode me impedir de ajudar a minha amiga.
null se soltou da mão de null e atravessou a rua.
- null! O que aconteceu? - null perguntou.
- A pergunta certa seria: O que de ruim NÃO aconteceu? - null disse grossa.
- Ah, pequena... você tem que superar isso...
- A minha vida é uma merda! Eu era a pessoa mais feliz do mundo! E, de repente, “PUFT”, minha vida desaba!
Estavam chegando perto da casa de null.
- Só porque você e o null terminaram não significa que é o fim do mundo, null!
nulldeixou algumas lágrimas caírem.
- Não é só por isso - ela disse baixinho.
Entrou na sua casa e fechou a porta com força. null olhou para os lados a procura de null, mas ele não estava mais por perto. Decidiu voltar para sua casa, tinha que estudar para uma das provas finais.


Capítulo 11

Duas semanas tinham se passado depois que null tinha recebido a notícia da mudança. Ela não comia direito e só saia de casa pra ir para a escola. Durante as aulas, dormia e nem falava direito com os outros. Ninguém perguntava para ela o que estava acontecendo, todos achavam que sabiam. Achavam que ela estava assim pelo fim do namoro com null, mas null não tinha contado para ninguém que iria se mudar. Era um sábado à tarde sem sol, null estava de pijama e pantufas, com um pote de sorvete de creme na mão. Estava assistindo Laguna Beach. A campainha tocou e ela esperou que seus pais atendessem. Depois de tocarem a campainha mais umas quatro vezes, ela se lembrou que seus pais tinham saído. Levantou-se e abriu a porta devagar para ver quem era. Deparou-se com null, null e null falando todo o tipo de palavrão para null abrir a porta. Ela fechou rapidamente, mas null colocou o pé.
– Não tem pão velho! – null gritou.
– Tá escrito mendigo na minha cara? Não, né, flor! – null disse, entrando na casa.
– O que é isso? Invasão de propriedade particular? – null perguntou indignada. – Eu posso processar vocês!
– Vai em frente – null disse, dando de ombros.
null bufou. As três sentaram no sofá e começaram a comer o sorvete de null.
– Ahh, agora vão acabar com o meu sorvete? Bando de miserável! – null xingou as amigas.
– A gente veio te animar e é assim que você nos recebe? – null perguntou chorosa.
– Vão embora, por favor. Eu quero ficar sozinha – null pediu, apontando para a porta.
– Você fala isso há duas semanas. Bola pra frente! Existem outros peixes no mar. – null disse, rindo.
– É serio, meninas...
null, a gente veio pra se arrumar aqui. null inventou que vai fazer um show do McFly no jardim dele e convidou o colégio inteiro.
– Só se eu não faço mais parte do colégio, porque eu não fui convidada – null disse grossa.
– Ele nem conseguiu falar com você! Nem com a gente você falava... Como queria ser convidada desse jeito? – null perguntou.
– Ele disse pra gente te levar pra festa de qualquer jeito. E disse que se você desse alguma desculpa ligada ao null, era pra gente te internar, porque você não pode ficar trancada em casa pra sempre – null disse.
– Eu não quero ir pra festa, mas não é por causa do null – ela mentiu.
– É porque, então? – null perguntou.
– Porque eu não tô afim! Eu tô desanimada... sei lá.
– A GENTE VAI TE ANIMAR, ENTÃO! – as três gritaram e foram para cima de null, dando aqueeeeele abraço de urso. [n/a: georgia, os abraços de urso nunca mais serão os mesmos sem você. e só agora que tu foi embora que eu percebo isso! te amo, skinny bitch ]
– Vocês querem me mataaaaaar? – null gritou.
Elas começaram a fazer cócegas em null.
– Vai à festa ou não vai? – null perguntou.
– NÃO! – null gritava e ria ao mesmo tempo.
– Mais cócegas! – null gritou.
– TÁ BOM, EU ME RENDO! – null disse, atirando-se no chão e colocando os braços para cima.
As meninas soltaram alguns gritinhos e foram para o quarto de null se arrumarem.


– Aii, meninas! Me esperem! – null começou a gritar do banheiro.
– Vai logo, null! null já tá lá embaixo esperando! – null gritou.
– Pronto! – null saiu do banheiro.
Ela estava com o cabelo todo enrolado em dois coques, cada um de um lado da cabeça. As meninas não agüentaram e começaram a rir sem parar.
– AI, MEU DEUS! TEM DOIS COCÔS NA SUA CABEÇA! – null gritou, apontando para null.
– TU TÁ PARECENDO UMA PALHAÇA! – null disse, caindo em cima de null de tanto rir.
null mostrou a língua, e null, segurando o riso, puxou as meninas para baixo. Entraram no carro de null e foram para a casa de null.


– ONDE ESTAVAM AS MENINAS MAIS LINDAS DESSA FESTA? – null abriu os braços e começou a gritar. Já estava bem animado.
– Esperando a null arrumar o ... cabelo dela. Se é que a gente pode chamar de cabelo – null disse, abraçando null.
– Pareeeem de implicar com o meu cabelo! Gente mais chata! – null virou a cara.
null e null se aproximaram, cada um estava com uma longneck na mão.
– OH, MEU DEUS! TEM DOIS COCÔS NA SUA CABEÇA! – null gritou, apontando para a cabeça de null.
– VÃO SE FODER! Você e a null se merecem! – null disse, mostrando o dedo do meio.
– Parem de incomodar a minha namorada! Vocês tão é com inveja da beleza dela, bando de mal-comido! – null defendeu a namorada.
– Obrigada, bochechudo! – null agradeceu, dando um beijo em null e apertando suas bochechas.
null, você precisa engordar! – null disse triste. – Daqui a pouco você não vai mais ter bochechas! – ela falou manhosa.
– Finalmente, vão me deixar em paz! Não agüento mais gente apertando minhas bochechas, ainda mais quando são aquelas tias que não me vêem há anos e que vêm com aqueles comentários 'como você cresceu!' – null disse. – Vem, null, eu quero dançar!
Ele puxou a garota para perto dele. Começou a tocar The One That I Want, do filme Grease.
– Vem, cherie! – null pegou o braço de null e deu aqueeeele sorriso galanteador. null fez o mesmo com null.
– Tô vendo que eu vou sobrar – null disse, fitando o chão.
– Não se preocupe quanto a isso, o Dave ta lá no bar – null falou grosso.
null virou o rosto e encarou o menino.
– Vai se foder. – Ela saiu correndo para o bar.
– Foooooofa! – Dave gritou, ao ver null se sentar ao seu lado.
– Galo do meu galinheiro! – ela disse, abraçando Dave.
– Finalmente saiu do seu moquifo, vaca do meu pasto! – Ele deu um beijo na bochecha dela.
– Eu não tive escolha, as meninas começaram a me atacar! – ela disse, fazendo uma cara assustada. Olhou para o copo na mão de Dave e abriu um sorriso. – Hum, eu quero essa vodka!
– Eeei! Essa é minha, vai pegar a sua! – Ele abraçou o copo e mostrou a língua.
nullabriu a boca, fingindo-se de brava e pediu uma para ela.
– Egoísta – ela disse baixinho.
– Viciada! – ele respondeu.
– Sou mesmo! – Ela riu.
– Que bom que assume!
Os dois ficaram bebendo e conversando por um bom tempo.


null! Nããão! – ela dizia, com um sorriso malicioso, enquanto null beijava o pescoço da menina. – Tira a mão dos meus peitos, seu safadinho!
– Você é mais atraente quando fica quieta, Melissa! – Ele continuou a beijar a menina e colocar a mão por todo seu corpo.
– Você é um tesão, sabia?
– Claro que sabia! – ele disse convencido.
– É, mas eu acho que você tá indo muito longe pro terceiro encontro!
– E você quer que eu faça o quê? Fique só te dando um selinho?
– Obvio que não, mas não precisa ser tão assanhado! – Ela continuava rindo, e ele a beijava.
– Arrumem um quarto! – null disse, olhando com nojo para null e para a menina. – Quem é essa,null?
– Ah, desculpa, nem apresentei vocês. – null parou de beijar a menina e a deixou levantar do sofá para cumprimentar null. – Essa é Melissa. Melissa, esse é null.
– Já ouvi falar de você – ela disse simpática.
– Estranho, eu nunca ouvi falar de você – ele falou grosso. – Há quanto tempo estão saindo?
– Faz uma semana, nos conhecemos num bar aqui por perto.
– Bom ver que você já está de volta à ativa, null – null disse bravo. – Nós vamos tocar daqui a cinco minutos, esteja no jardim. Otário.
null saiu bravo de perto dos dois. Não podia acreditar que null já estava saindo com outra menina. Foi para o jardim, onde tinha um palco improvisado com os seus instrumentos. null e null já estavam em seus lugares. As meninas estavam se empurrando, queriam ficar o mais perto possível dos meninos. null chegou e foi para o seu lugar.
– Er... eu quero agradecer a todos que vieram. Eu sei que as minhas festas arrasam, obrigado – null disse no microfone, gabando-se. – Mas essa é especial. Vai ser a primeira que vamos tocar. Espero que vocês gostem.


– Olha, null, eles vão começar a tocar – Dave disse meio sonolento para null.
– Vamos lá!
Ela se levantou e puxou Dave junto. Começou a empurrar algumas meninas que gritavam histericamente e chegou em frente ao palco. null a viu chegar e ficou a encarando. Ela fez o mesmo. Dave segurou sua mão mais forte, e null ficou furioso quando viu. Pegou o microfone no mesmo instante.
– A primeira música que vamos tocar é I've Got You. Eu escrevi pensando numa garota que eu conheci há pouco tempo, mas que eu sinto que é muito especial. Ela faz eu me sentir mais forte, faz o tempo chato passar mais rápido, é uma pessoa realmente maravilhosa – ele disse, olhando firme nos olhos de null. Ela sorriu. Será que ele estava arrependido? Ele sorriu vitorioso e continuou a falar. – Melissa, esses últimos dias que eu passei contigo foram os mais especiais.
null, null e null o encaravam bravos e começaram a tocar.
– Vem, vamos sair daqui – Dave disse, puxando null.
Eles entraram na sala, e ela se sentou no sofá. Estava vazio lá dentro, todos estavam no jardim vendo o 'showzinho'.
– Eu não acredito... Eu não acredito que ele já tá com outra menina! – null começou a chorar.
– Ele não perde tempo mesmo... – Dave disse, olhando para baixo. – null... Você sabe que eu tô aqui sempre. Por que você ainda sofre por ele?
– Eu o amo, Dave! O que eu posso fazer?
– Você tá sofrendo à toa! Você tem a mim! E fica querendo aquele cara... eu não te entendo!
– Talvez... talvez você esteja.. certo. Eu... preciso esquecê-lo, não é?
Dave a abraçou.
– E eu tô aqui querendo te ajudar.
– Eu quero beber alguma coisa.
– Não acha que já bebeu demais?
– Hum... NÃO.
– Okay, okay, minha bêbada preferida! – Dave disse rindo.
null sorriu e ele a pegou no colo.


null! O show estava ótimo! – null disse, atirando-se no colo de null.
– Foi especial pra você, chèrie. – Ele apertou a bunda dela.
– SAFADO! – ela disse rindo e deu um tapinha na cara dele. Ele fez um cara de surpreso e começou a rir.
– É mentira dele, null, o show foi especial pra ti – null falou, dando um selinho em null.
– Acho bom! – Ela riu.
– Ei, vocês dois! – null apontou para null e null, que estavam se comendo no meio do jardim. – GET A ROOM, MAN!
– Gostei da idéia! – null riu de um jeito safado. – Estamos indo pro teu quarto,null! – ela disse, puxando null pela gola da camisa.
– AHHH, por que você foi falar? – null deu um pedala em null. – Ela vai quebrar meu quarto, dudes... de nooooovo!
– Calma, amor.... – null riu da cara que null fez. Começaram a se agarrar também.
– Er... me dão licença que eu vou procurar a minha princesa – null disse rindo. Como se eles tivessem ligando para ele.


– Dave, você devia experimentar isso. – null falou, mostrando um copo pra ele. – É óóóóóteeeemo!
– Eu quero ficar sóbrio, gata, obrigado. – Ele deu uma piscadinha.
– Eu quero maaaaaaaaais! – Ela virou o copo.
– Calma, fofa, você vai entrar em coma se continuar assim! – Dave disse rindo e Beijando null.
– Seu aproveitador – ela falou, meio tonta.
– Eu? Por quê?
– Fica se aproveitando... fica se aproveitando de meninas bêbadas como eu. – Ela fechou os olhos por causa da tontura.
– Eu não tô me aproveitando! Só estou curtindo... – ele disse, beijando a menina intensamente.
– Pááára, Dave... Aqui não – ela falou rindo.
– Por que aqui não? nullzinho pode ver, é?
– Não é isso... é que...
– Eu não quero ouvir explicações, eu quero você, gata. – Eles começaram a se agarrar. – A gente podia ir pro quarto... Ter mais privacidade, já que você não quer me beijar aqui... – ele disse manhoso.
– Não consigo subir a escada, não, nenê – ela disse rindo.
– Eu sou a solução para todos os seus problemas. – Ele a pegou no colo.
– Como é bom ter um homem deficiente por perto. – Ela riu.
– Você quis dizer eficiente, né?
– É, é isso aí. Você me entendeu.


[n/a: essa parte vai pra minha besti bagacera que quer destruir o quarto do Dougie. Depois não fala que eu te excluo da fan fic, okay vaca do meu pasto? ]
– Aiii, null... Você me deixa louca!– null gritava. Os dois estavam suados. – Vaiii... maaaaais! – Ela gemia. – Não pára, meu amor, não páááára!
– Chèrie... eu tô muuuuuito excitaaaaado. – Ele gemia também.
null, você é o meu tchutchuco – ela disse baixinho. – meu prostituto paaaarticular! Você é o meelhoooooor! Vaaaai maaaaais!
Houve barulho alto de algo quebrando.


– Que barulho foi esse? – null perguntou para null. Os dois estavam se beijando na escada.
– Acho que vem do seu quarto... Acho que dessa vez a null fez serviço completo!
– Aii, meu Deus! Meuu quaaaaarto!
Ele foi correndo para a porta do quarto.Tentou abrir, mas estava trancada. null começou a gritar de dentro do quarto:
– CAMA DE VIIIIIILA! COISA BAGACEEEEEEEEERA! – ela gritava, enquanto se vestia. – EU NUNCA MAIS VENHO AQUI! CAMA DE VILEIIIIIIRO!
null não falava nada, só ficava ouvindo a namorada reclamar. Ele se vestiu, e ela saiu bufando do quarto. Abriu a porta e deu de cara com o null.
– SÓ PODIA SER VOCÊ! SEU VILEIRO! VAI COMPRAR UMA CAMA DECENTE, MERDA! – Ela desceu as escadas gritando.
– Me espeeeera, chèrie! – null corria atrás dela.
– AI, MEU DEUS! OLHA O QUE ELA FEZ COM A MINHA CAMA!
null passava a mão no cabelo desesperado e apontava pra sua cama. null não parava de rir, fechou a porta do quarto e ficou a sós com null.


– Não vai vim por bem? – null perguntou safado. Melissa balançou a cabeça negando. – Então vem por mal!
Ele pegou a menina no colo e subiu as escadas da casa de null. Abriu a porta do quarto de hóspedes e viu o que menos queria: null e Dave estavam, bem... no ato. null arregalou os olhos e largou Melissa no chão, fazendo-a reclamar alguma coisa. Quando null viu null na porta, separou-se de Dave rápido. Começou a se vestir o mais depressa que podia, estava muito tonta e, de repente, desmaiou.
– O QUE VOCÊ FEZ COM ELA, SEU... SEU APROVEITADOR? – null foi para cima de Dave
– SAI DE CIMA, VIADO! – Dave gritou. null deu um soco no olho de Dave, que caiu do chão.
– AGORA VOCÊ VAI VER! – null gritou, aproximou-se de Dave e começou a chutá-lo.
null, pára com isso! – Melissa gritou.
Os meninos pareciam nem ouvir, então ela chamou alguém pra separá-los. null levou um soco na boca, chutou as bolas de Dave e levou outro soco na barriga. Dave se desviou do soco de null e ele acabou acertando a parede. Virou-se e chutou Dave de novo. null e null chegaram o mais rápido possível no quarto. null segurou null, e null segurou Dave; os dois faziam de tudo para se largar dos braços dos meninos. null conseguiu se largar de null e tentou dar um soco em Dave, que desviou e acabou pegando em null. Outros meninos apareceram e conseguiram impedir que alguém se machucasse sério. null expulsou Dave e o resto das pessoas de sua casa. Deitaram nullno sofá da sala, ainda estava desmaiada.null pegou um gelo pra colocar no rosto de null, que estava começando a ficar inchado, e null cuidou dos machucados de null.
– O que aconteceu? – null perguntou para null.
– Eu entrei no quarto e lá estavam null e Dave transando! Ela estava totalmente bêbada e ele estava sóbrio! Ele se aproveitou dela! Aquele desgraçado! Eu ainda acabo com a raça dele! – null falou com raiva.
– Que bonitinhooo! – null disse rindo. – Ele se importa com a null. Não é um amor, null?
– Aha! Até brigou por ela! Eu queria que você fizesse isso por mim também, null!
– Se algum aproveitador tarado chega perto de ti, eu o faço desaparecer da face da Terra, fofa! – null disse, abraçando null.
– Eu só fiz isso porque eu não podia deixar ele se aproveitar dela! Eu já tô em outra, tá legal? – null falou bravo.
null abriu os olhos devagar. Colocou a mão na cabeça e gemeu de dor.
– O que aconteceu? – ela perguntou, meio sonolenta.
– Você peeeeeerdeu, null! – null disse rindo.
– Ai, que dor de cabeça filha da puta! – ela falou, batendo na cabeça dela.
– Ai! Como você consegue bater na sua própria cabeça? – null perguntou.
– Quando eu tô com raiva, eu faço isso – respondeu grossa. – Ei, por que o null e o null tão machucados?
– Por sua culpa! – null disse bravo.
– O quê? Mas eu não me lembro de nada! – null se defendeu.
– Deixa de ser idiota, null! – null gritou. – Não foi sua culpa, null! É que bem... null viu você e o... Dave... fazendo... hum, você sabe.
– EU E O DAVE? – null gritou assustada.
– Yeap – respondeu. – E o null ficou com ciúmes.
– EU NÃO FIQUEI COM CIÚMES! – null gritou. – Você tava BÊBADA! E ele tava extremamente sóbrio! Tava na cara que ele tava se aproveitando de você!
null ficou quieta. null sentiu ciúmes dela? Então não estava tudo perdido? Oh, como era idiota, se esqueceu que estava sim tudo perdido. Iria para Nova York e nunca mais veria null. Seus olhos começaram a lacrimejar.
– O que foi, null? – null perguntou, limpando a lágrima que caía no rosto de null.
– Eu... EU ODEIO A MINHA VIDA! – Ela se levantou do sofá e saiu correndo.
– Pra onde você vai? – todos gritaram, mas não obtiveram resposta.


null chegou ofegante na casa de null. Ligou para o celular da amiga. “Espero que não esteja com null, espero que não esteja com null” ela pensava. Disse que tinha que falar sobre uma coisa urgente e que estava na porta da sua casa. Ouviu um barulho vindo de dentro da casa, devia ser da amiga correndo na escada. Ouviu o barulho de um tombo e alguns palavrões que ela disse. A porta se abriu e null, de pijama e pantufas, apareceu.
null? O que aconteceu? Por que você tá chorando? – perguntou null, que não obteve respostas, apenas recebeu um abraço repentino da amiga. – Calma, null, vamos lá pra cima e você me conta o que aconteceu.
Ela fechou a porta da casa e guiou null até o quarto, já que as pernas da menina estavam bambas.
null. Eu odeeeeeio meus pais! – disse null entre alguns soluços, sentando-se na cama da amiga.
– O que aconteceu? Me conta melhor a história.
– Eu vou me mudar, null! Eu vou pra Nova York depois do Natal! Só por causa daquela buceta de empresa que meu pai tem lá! E ele não me deixou ficar morando aqui, nem sozinha nem na casa de alguma amiga. Ela continua com a idéia de que eu tenho que tomar conta da empresa quando ele se aposentar. Mas eu não quero!
Os olhos de null encheram de lágrimas quando ouviu a palavra 'mudar'.
– Não, null! Você não pode ir! Eu não deixo! – disse null, abraçando a amiga. – Com quem eu vou trocar bilhetes com coisas pervas escritas durante a aula de inglês? Com quem eu vou passar a madrugada fazendo as unhas e vendo filmes de comédia romântica? QUEM VAI SER MINHA MELHOR AMIGA DE TODAS? QUEM VAI ME AJUDAR NOS MOMENTOS DIFÍCEIS?
– A null – disse null, encarando o chão e encharcando sua blusa de tanto que chorava.
– Não! Você é insubstituível! Eu não quero mais ninguém de melhor amiga! Eu não deixo você ir embora! – null interrompeu o discurso. – E... null... Ele já sabe?
– Não e nem vai saber! De jeito nenhum, okay?
– Por quê? – perguntou confusa.
– Você viu, null! Ele tá em outra! Eu não quero que ninguém saiba que eu vou me mudar. Vai doer mais – null disse, soluçando. – Por favor.
– Tudo bem, eu não falo pra ninguém... Mas você nem vai se despedir nem nada?
– Vai ser pior, null! Eu vou sofrer mais... Eu não quero isso.
– Você que sabe. Eu nem posso ir no aeroporto me despedir?
– A gente só vai sofrer! Vpcê sabe que a gente nunca passou mais de um mês sem se ver!
– Que merda isso! – Ela abraçou a amiga. – A gente vai ser sempre amigas, não importa a distância!
– É óbvio, minha vadia preferida.


O resto da semana foi uma droga, null nem foi para a escola e nem dava sinal de vida para os amigos, o que deixava null confuso, mas ele queria esquecê-la. Era Natal e eles foram para a sorveteria.
nullnull? – perguntou null.
– Não – mentiu. – Ela não fala comigo desde o dia da festa.
– Eu quero mais é que ela desapareça – disse null zangado.
– Não fala assim, null! –null falou, aumentando o volume da voz.
– É, dude, ela é nossa amiga – disse null.
– Ela me traiu, null! Tá vendo essa cabeça? Tem chifres nela! Pra mim, ela morreu.
– Cala a boca, null ! A null sofreu um monte! Você sabe disso! E você também apareceu com aquela Melissa! Você acha que ela gostou? Idiota! – disse null furiosa.
– Sofreu nada... Tava se agarrando com o Dave!
– Que porra, null, eu tô te falando que ela não tava! Eles só são amigos!
– E DESDE QUANDO AMIGOS SE AGARRAM?
– ELA TAVA BÊBADA! E VOCÊ SABE MELHOR DO QUE NINGUÉM QUE O DAVE SE APROVEITOU DELA!
– Mas me traiu e isso que interessa!
– Por que não vai chorar no colo da Melissinha, então? Não é pra ela que você escreve músicas? Não é ela que faz o teu dia melhor?
– Melissa é uma ridícula. Nem tô mais com ela – ele disse, olhando para baixo.
– E a null e o Dave não se falaram mais.
– Que seja... eu vou embora – falou null, levantando-se da mesa. – Hoje é Natal e eu vou ficar com a minha família, sem nem lembrar daquela... daquela... vadiazinha!
null chegou em casa e foi direto para seu quarto se deitar. Afundou a cabeça no travesseiro e algumas lágrimas caíram em seu rosto. Ele não agüentava o que null fazia com ele.
Já eram sete horas da noite e a família começou a chegar. Ele estava decidido que ficaria a noite em seu quarto, como fazia todas as noites desde aquele dia.
null, seus tios chegaram! Desce aqui! – gritou a mãe de null do andar de baixo.
– Não enche, mãe! Vou ficar no meu quarto!
null e sua mãe já começaram a brigar, mas a mãe percebeu que o filho não estava bem e desistiu de fazê-lo descer.


O Natal de null foi mais triste. Apenas uma janta silenciosa com seus pais, já que o resto da família morava nos Estados Unidos. null jantou e subiu para seu quarto, sem falar nenhuma palavra. O celular tocou, era null.
– Alô? null?
– Oi, null.
– Ooi, amiga! Que horas seu vôo sai amanhã? – ela perguntou desanimada.
– Sai as três da tarde. Você não contou pra ninguém, não é?
– Não, mas quase falei pro null hoje. Comecei a brigar com ele.
– Brigar por quê?
– Ele começou a falar que queria que você sumisse e que era uma vadiazinha.
nullcomeçou a chorar.
– Não me importa mais o que ele pensa, a gente nunca daria certo. Não é o destino, entende?
– Amiga... tem certeza de que você não quer contar pra ele?
– Não, ele não quer mais saber de mim. Acho que o que aconteceu foi bom... assim eu não sofro tanto na partida, já que eu não o teria do mesmo jeito.
– Pára com isso, null! Ele ainda gosta de você, só é muito orgulhoso pra admitir isso!
– Que seja, eu não vou contar.
null desligou na cara de null.
– Vadia – null disse calma. Era o 'apelido carinhoso' delas.


null, anda logo nós vamos perder o avião! – gritava a mãe de null para a filha, que estava chorando no banheiro.
– Eu já tô indo, mãe! – Tentou disfarçar o choro.
Ela lavou o rosto e colocou um pouco de corretivo. Não tinha conseguido dormir na noite passada.
– Tô pronta.
– Então, vamos lá – disse o pai de null, pegando a última mala que ainda estava na casa.
Eles entraram no táxi e foram até o aeroporto. null não conseguiu conter as lágrimas e, mesmo com os pais juntos, começou a chorar.
– Filha, vai ser melhor pra você. Melhor pro seu futuro – disse o pai de null, tentando consolar a filha, mas não obteve sucesso.
Eles chegaram ao aeroporto, que estava lotado. Todos estavam indo viajar, já que era inicio das férias.
– Eu vou ao banheiro – disse null, levantando-se do banco em que estava sentada com seus pais, esperando para o embarque.
– Só não demore muito, daqui a pouco embarcamos – disse o pai.
– E cuidado que o aeroporto está muito cheio! – gritou a mãe.
null realmente não estava se sentindo bem, ela não conseguia respirar direito. O aeroporto estava cheio e sua cabeça estava doendo tanto que parecia que tinha tomado um porre na noite passada. Ela tentava desviar das pessoas que estavam tentando embarcar para suas férias, todas muito felizes, mas irritadas pela desordem do aeroporto. Ela procurava um caminho para encontrar o banheiro, ia empurrando as pessoas já que nem pedindo licença elas davam espaço. De repente, esbarrou em um garoto cheio de malas. As malas que o garoto segurava caíram no chão e null caiu junto. Ela estava desnorteada, quase desmaiando.
– Me desculpe. Você está bem? – perguntou o garoto, dando sua mão para ajudar a menina a levantar.
– Não foi nada... Esse aeroporto esta uma bag... – null não conseguiu terminar a frase, foi interrompida pelo susto que levou quando levantou a cabeça e viu em quem ela tinha esbarrado.
null?! – O garoto se surpreendeu.
null! – exclamou a menina muito assustada. – O que você tá fazendo no aeroporto?
– Isso não te interessa, mas a minha família decidiu de última hora ir para Califórnia – respondeu o menino com frieza. – E você?
– Err... eu também estou indo viajar... Passar as férias no Brasil – a menina mentiu.
– Humpft, o cruzeiro, não é? Espero que aproveite bastante com o Dave – disse null irônico.
– Eu não vou com o Dave – a menina respondeu emburrada.
– Oh, Dave já levou chifre também? Isso nem é surpresa. Quem é a próxima vítima? – perguntou null muito irritado.
– Não te interessa! – disse null, empurrando-o da sua frente, e saiu chorando.
– Ei, null! Espera! – disse null, tentando alcançar a garota, mas logo um senhor apareceu em sua frente e ele não conseguiu.
Finalmente, null conseguiu chegar ao banheiro. “Por quê? Por que eu tinha que encontrá-lo?” null pensava, enquanto passava uma água no seu rosto e retocando o corretivo. Saiu do banheiro e foi encontrar os pais, que estavam sentados no mesmo banco de antes. Eles pareciam irritados.
– Por onde você estava? Estamos te procurando a um tempão! O nosso avião está quase decolando! Vamos rápido! – disse a mãe de null, puxando a menina pela mão.
– Calma, mãe, eu tinha ido ao banheiro, mas com essa quantidade de gente eu demorei! Me desculpe!
– Não temos tempo pra se ouvir suas desculpas, vamos que o avião já está nos esperando –disse o pai de null, indo para o portão de embarque.
null embarcou com os pais para Nova York. Sua vida nunca mais seria a mesma. Ela não queria entrar no avião, mas o pai a empurrou antes que ela saísse correndo. Ela passou o resto da viagem ouvindo seu iPod, ouvindo Beatles, ouvindo All My Loving, o que a deixava ainda mais deprimida. Decidiu que ia começar uma vida nova, sem null. Decidiu que ia mudar, não queria viver pensando nos amigos que deixou. Esse era o início de algo novo, que com certeza seria melhor pra ela. Limpou as lágrimas e sorriu. Faria de tudo pra esquecer sua vida em Londres.

Capítulo 12

Era o primeiro dia de aula e os corredores estavam agitados. null corria de um lado e para o outro com null, tinham feito uma reforma nas salas e eles não encontravam suas classes.
null, eu acho que é aqui! – ela disse, apontando para uma sala.
– Entra logo! Você sabe como o Sr. Stifler é, capaz de nos deixar de recuperação por causa do atraso no primeiro dia de aula.
Eles abriram a porta, o professor ainda não tinha chegado. Viram null, null e null sentados nas últimas carteiras.
– Duuuuudes! – null gritou, abraçando os amigos.
– Heeey, null! Quanto tempo, beesha! – null o cumprimentou.
– Eu não tenho culpa que você e o null passam as ferias inteiras fora!
– Ah, nem vem! Os EUA me fizeram um bem que vocês não imaginam! – null disse alegre.
– Eu fiquei as férias inteiras com o meu amor, ela já tá até com barriguinha! – null falou com os olhos brilhando.
null, se eu ficasse grávida, eu ia querer que você fosse o pai! – null disse com os olhos brilhando também.
– EPA! Que putaria é essa? – null perguntou bravo.
– Ah, null, você seria atencioso com o nosso filho que nem o null?
– Seria muito mais! – respondeu bravo.
– Então eu retiro o que eu disse. – Ela abraçou null.
– Te amo, chèrie!
– Crianças, todos quietos! – O professor entrou bravo na sala. – Temos uma aluna nova esse ano!
Os alunos começaram a cochichar.
– Quietos! – o professor gritou. – Katie, entre.
Uma menina de cabelos loiros encaracolados entrou na sala.
– Que bunda – null disse baixinho.
– Que peito. – null comentou no mesmo tom, e ganhou um tapa no braço.
– Que... tudo. – null falou bobo.
– Ihh, chega pra lá! Sou muito mais a mãe do meu filho! – null disse rindo.
– Katie, você pode sentar... deixa eu ver... ao lado do Sr. null.
– Err, professor, a null sempre senta aqui. Ela deve estar atrasada, mas ela já deve voltar!
– Sr. null, do que você está falando?
– Da nossa colega null, quem saabe? – null disse irônico.
– Mas a null se mudou. Do que vocês estão falando?
– SE MUDOU? – null, null, null e null gritaram.
– Que porra é essa? – null perguntou, passando a mão na nuca. Sempre fazia isso quando ficava nervoso.
null se encolheu na cadeira, e null olhou para ela.
– Você sabia, não sabia? – perguntou bravo.
– Er...
– CHEGA! Katie, sente-se. Vamos continuar a aula.


– COMO ASSIM, ELA SE MUDOU? COMO ELA NÃO ME CONTOU? – null gritava no corredor, depois que a aula terminou. – Por quê? Por que ela não me contou? – agora ele falava baixinho, seu rosto estava completamente molhado por causa das lágrimas que escorriam.
– Ela disse que você não se importava mais com ela – null disse triste.
– E A GENTE, COMO FICA? – null gritou. – A gente também não se importa com ela?
– Ela disse que ia sofrer mais se contasse pra vocês...
– Isso é um absurdo! – null disse, andando de um lado para o outro. – Quem vai ser a madrinha do Peter agora?
– Eu não acredito! Eu não acredito! – null falou, encostando-se num armário.
Ele começou a soluçar e foi escorregando suas costas até se sentar no chão. Apoiou a cabeça nos joelhos e chorou abafado.
– Pára com esse teatrinho, null! Você nem falava mais direito com ela! – null disse brava.
– É CLARO QUE EU NÃO FALAVA! ELA ME TRAIU!
– Ela tava bêbada, é tão difícil de entender? – null perguntou. – Eu te falei várias vezes que você tava cometendo um erro, mas você não escuta o melhor amigo aqui!
– ELA NÃO PODIA! NÃO PODIA TER IDO SEM ME DIZER! EU A AMAVA MAIS QUE TUDO!
– ENTÃO POR QUE NÃO FALOU PRA ELA? AAH, É, VOCÊ É O SR. EU-SOU-MUITO-ORGULHOSO-PRA-ADMITIR-QUE-EU-AMO-MINHA-NAMORADA-SÓ-PORQUE-ELA-ME-TRAIU! – null gritou.
– Eu a odeio – ele disse baixinho.
– Vai nessa! – null disse sarcástica.
– Aquela idiota! Ela não merece que eu chore por ela! – ele falou, levantando-se do chão.
Ele saiu correndo, e os outros ficaram calados, fitando o chão.


null entrou no seu carro. Estava pálido e ofegante. Não aceitava aquela situação! Ligou o carro e ficou ouvindo Beatles até chegar onde queria. Lá estava ele, de novo. Pegou um caderno na mochila e uma caneta. Saiu do carro com os olhos vermelhos, tinha chorado toda a viagem. Tirou do bando de trás seu violão. Colocou seus pés na areia e foi caminhando até o mar. Sentou-se na areia, no lugar onde tinha escrito seu nome e o nome dela. Chorou mais. Como ela podia? Como ela conseguia fazer isso com ele? O que ela tinha de tão especial que mexia tanto com ele? Pegou o papel e a caneta e começou a escrever. Sempre quando se sentia mal, ele escrevia. Era como um psicólogo, o ajudava sempre a passar por tudo.

I wish I could bubble wrap my heart
(Eu gostaria de embrulhar meu coração em papel bolha)
In case I fall and break apart
(No caso de eu cair e quebrar em pedaços)

Era o que estava acontecendo. Ela quebrou seu coração. Foi embora sem nem um adeus. Será que não passou na cabeça dela que, por mais orgulhoso que ele fosse, ele a amava mais que tudo? Mesmo com os erros que ela cometeu. Ela era a sua menina, a única que o fazia ser ele mesmo, se sentir a pessoa mais feliz, esquecer todos os problemas e sempre seguir em frente. Agora ela estava longe, muito longe.

I'm not God
(Eu não sou Deus)
I can't change the stars
(Eu não posso mudar as estrelas)
And I don't know if there's life on Mars
(E não sei se existe vida em Marte)
But I know you hurt,
(Mas eu sei que você machuca)
people that you love and those who care for you
(as pessoas que você ama e que se importam com você)

Ela o machucou. Deixou-o e os amigos sem avisar. Não era justo. Ela não podia ter esse poder de controlar as emoções dele!

I want nothing to do
(Eu não quero ter nada a ver)
With the things you're going trough
(com as coisas que você esta passando)

This is the last time
(Essa é a última vez)
I give up this heart of mine
(Eu desisto deste coração)
I'm telling you that I'm
(Estou te dizendo que eu sou)
a broken man who's finally realised
(um homem quebrado que finalmente percebeu)
You're standing in the moonlight
(Você esta sobre a luz da lua)
But you're black on the inside
(mas você é negra por dentro)
Who do you think you are to cry?
(quem você pensa que é pra chorar?)
This is goodbye
(Isso é um adeus)

Ele se embrou de quando ela não parava de chorar por semanas. Por que ela estava chorando? Quem ela pensava que era para chorar? Ele que estava machucado, foi ele que teve seu sentimentos destruídos por ela. Será que não percebia isso? Isso o deixava com raiva. Como podia amar uma pessoa que estava o fazendo sofrer tanto?

I'm a little dazed and confused
(Eu estou um pouco tonto e confuso)
But life's a bitch
(Mas a vida é uma vadia)
and so are you
(assim como você)
All my days are turning into nights
(Todos os meus dias se tornaram noites)
‘cause living without, without, without you in my life
(porque eu estou vivendo sem, sem, sem você na minha vida)
And you wrote the book
(E você escreveu o livro)
on how to be a liar
(de como ser uma mentirosa)
and lose all your friends
(e como perder todos seus amigos)
Did I mean nothing at all?
(Eu não signifiquei nada?)
Was I just another ghost that's been in your bed?
(Eu fui apenas um fantasma que esteve na sua cama?)

Não, ele não significou nada. Se tivesse significado, ela não teria partido sem dizer nada a ele. Por pior que fosse a situação entre eles, ela tinha que ter dito a ele. Como iria viver agora? Como iria viver sem ela para o deixar para cima quando estava triste? Como iria viver sem ela para fazer aquelas idiotices? Fazer uma burrada e rir de si mesma? Quem estaria ali com ele? Quem seria a sua null?

Turn on the radio honey
(Ligue o rádio, querida)
‘Cause every single sad song you'll be able to relate
(Porque a cada música triste você conseguirá se relacionar)
This one I dedicate
(Essa eu te dedico)
Oooh, don't get all emotional baby
(Oh, não fique toda emocional, querida)
You could never talk to me
(Você não poderia falar comigo)
You're unable to communicate
(Você é incapaz de se comunicar)


FIM!


Geeeeentem! A fic acabou! * chora* MAS LEMBREM-SE ainda tem a segunda paaaarte *–* Queria agradecer aos comentarios, vocês são demais *-* A fic não teve um final feliz =/ mas calma geeeente! eu disse que vai te a segunda parte! e eu prometo que vai se ainda mais emocionante :D e claro, ela vai ter um final feliz sdfihadsfioudshfiudsah
Tenho que agradecer é a Barbara Villani, minha musa inspiradora! Amo você, vaca do meu pasto, amo mesmo (L) A Victoria e a Isapoia tambem, sempre lendo as fics e me fazendo rir, 22cas vocês são muito especiais! Matar as aulas de matematica escrevendo essa fic e pegar recuperação até valeu a pena sdfhodasifhdoisufh espero que tenha sido o que vocês queriam, eu fiz as cenas bagaceras da Barbara e a gravidez da Vicky *o* iodsafhdsaiufh só por vocês que eu escrevo isso! E meninas, a gente vai invadi a vila! [ piadinha interna ]
Beijos a todos que leram a fic e continuem comentando! *o*
Não se esqueçam de ler as minhas outras fics :D

Accidentaly in love with my cousin!
Catch me when I fall




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