Oh, it is love ♥
written by Rafaela

Qualquer um que entrasse no quarto dessa garota, que até ontem tinha um dos sorrisos mais bonitos estampados no rosto, pensaria que o mundo dela estava se desmoronando. A primeira coisa que notariam seria o enorme volume de lenços de papel espalhados pelo chão, ao redor da lixeira e dentro da própria lixeira, que transbordava. Ao lado da cama estavam todas as caixas usadas até o momento e em cima da cama estava ela, assoando seu nariz no último lenço da última caixa; e isso a fez chorar mais. Talvez de um jeito exagerado, que até poderia arrancar risadas de qualquer telespectador que estivesse assistindo à um seriado de comédia americano e aquele momento fizesse parte desse episódio. A música, no repeat, ao fundo também não ajudava muito.

I don’t why I trusted you but I knew that I could
(Eu não sei porquê eu confiei em você, mas eu sabia que podia)
We'd spend the whole weekend lying in our own dirt
(Nós passávamos o final de semana deitados no meio de nossa própria sujeira)
I was just so happy in your boxers and your t-shirt
(Eu estava tão feliz nas suas boxers e sua camiseta)

Seu rosto não podia ser mais bem descrito do que uma bola vermelha, inchada e úmida. Os olhos quase saltavam fora de suas cavidades ósseas e, também, não estavam muito diferentes de seu rosto, apesar de um pouco mais vermelhos, encharcados e extremamente sensíveis.
Sua amiga entrou no quarto ao ouvir o último gemido, o mais alto de todos até agora. Estava vestindo aquela famosa roupa de final de semana, uma blusa baby look branca folgada, bermuda jeans um tamanho maior do que o normal e meias roxas, também, maiores do que o tamanho normal de seu pé, incrivelmente desbotadas e já com os elásticos frouxos. Não sabia mais o que dizer para consolar a garota, todas as suas palavras, pontos e vírgulas foram em vão, porque a outra sempre arranjava um jeito de rebater o consolo e tornar as coisas piores ainda, foi aí que ela desistiu e resolveu gastar seu tempo assistindo tv.
- , já chega de chorar! – Ela disse com as mãos na cintura e parada em frente a cama da amiga. olhou para cima, analisando e, quando uma lágrima escapou dos seus olhos, tratou de seca-la rapidamente, para que nem mesmo um mosquito percebesse.
- Eu não estou mais chorando. – Ela respondeu encarando suas pernas e em seguida a parede atrás da amiga. Os olhos ainda vermelhos e as bochechas perdendo a cor avermelhada e se tornando em um tom rosado continuavam tatuados no rosto dela.
- Aham, dá pra ver. – respondeu sarcástica e sentou em frente a , na cama, com pernas de índio. – Por que, diabos, você chora tanto por alguém que só te usava? A burra foi você de nunca ter percebido ou pelo menos escutado a gente. “Ai, ele nunca faria isso comigo”. “Capaz, , eu conheço o Jason”. Tudo da boca pra fora, viu o que aconteceu? Ele te deu um pé na bunda, por telefone – ela disse enfatizando a palavra -, e logo depois de você ter visto e escutado os gemidos da tal vagabunda no quarto dele, sem que ele percebesse, claro, afinal eles estavam se fodendo, não é? E você não para de chorar desde às onze horas da manhã, quando chegou em casa já chorando. , você nem comeu nada no almoço, ficou apenas brincando com a comida. Provavelmente analisando quantos arroz conseguiam passar entre os dentes do garfo. – continuou calada, apenas encarando as mãos e reparando no quanto precisava fazer as unhas. – Anda, vem comigo. – levantou da cama, como se tivesse tido alguma idéia brilhante de repente, e esticou a mão, querendo que levantasse da cama.
- E você acha que é fácil? – A garota finalmente abriu a boca, perguntando com a voz falha.
- Não, eu não acho que seja fácil, mas eu acho que a gente podia ir dar uma volta para espairecer, pensar em outras coisas e fazer você se distrair. – falou cruzando os braços. se jogou para trás e afundou em seus travesseiros. – ! Pelo amor de Deus, eu não agüento te ver assim. Quer que eu ligue pra sua mãe? Seu pai? – que estão de viagem – e diga à eles que a filhinha querida de dezessete anos deles está tendo um crise porque acabou de levar um pé na bunda de um canalha?
- Pára, . Não piora as coisas. – Ela pediu, usando a manga comprida de sua blusa para enxugar a teimosa lágrima que resolveu cair, entre um soluço.
- Então eu vou fazer uma coisa pior ainda. – encarou a amiga, duvidando do que ela acabara de dizer. – Eu vou ligar pro . – Os olhos da outra subitamente se arregalaram e ela alterou aquela voz manhosa e triste para uma imploradora.
- Não, por favor, não faz isso. Ele vai me culpar até eu não agüentar mais meu próprio choro e cair dura dentro do meu caixão, que vai estar uma piscina. Por favor, não faz isso. Eu faço qualquer coisa por ti, só não fala nada pra ele. Deixa que eu conto, eu falo tudo, admito meus erros e me humilho na frente dele. Mas se você falar, eu vou me culpar mais ainda. E ainda mais hoje, aniversário dele, que péssimo presente. – saiu em menos de um segundo d’entre seus travesseiros e ficou de joelho em cima da cama, implorando à que não fizesse nada.
- Está bem, está bem. Eu não falo nada. Agora levanta dessa cama, sim? Vamos dar uma volta. São duas da tarde. E, outra coisa, imagina que péssimo presente seria se você não for no aniversário dele hoje à noite. – disse abrindo o espelho na parede do quarto de para ir pegar sua jaqueta moletom guardada no guarda roupa do quarto ao lado, no caso, o quarto dela e, também, vestir algum calçado. As duas tinham uma ligação entre esses cômodos, ambas ‘passagens secretas’ eram através do espelho. foi até seu banheiro e quando se olhou no espelho se assustou. Suas bochechas estavam incrivelmente rosadas, juntamente com seu rosto febril, de tanto que chorou, os olhos vermelhos e meramente encharcados. ‘Que horror de reflexo’. Pensou. Tratou logo de lavar seu rosto e procurar por seus óculos de sol, mesmo que o dia não estivesse realmente ensolarado. Ninguém merecia encarar aquele rosto e levar um susto no meio da rua. - Pronta? – perguntou passando pelo buraco do espelho e, logo, reparando amarrando os cadarços de seu All Star branco.
- Yep. – Ela disse e levantou da cama, dando umas pisadas no chão para afrouxar um pouco o laço que dera no tênis. – Vamos onde? – perguntou já colocando os óculos, que estavam segurando seus cabelos, nos olhos.
- Passear. – deu de ombros e, junto com , saiu do quarto para ir para fora de casa.
- Passear é uma coisa muito vaga. Vamos fazer o quê, exatamente? – perguntou, já fora de casa, esperando trancar a porta da frente.
- Vamos dar uma volta, comer alguma coisa por aí. Quer sorvete? – A outra abriu um sorriso e, juntas, foram caminhando até a quadra vizinha.
Quando estavam a menos de dez metros de distância da sorveteria, já puderam ler o letreiro ‘Ice Cream Mind’ brilhando.
- Sabe, tomar sorvete, sem realmente importar em qual estação estamos, mas, sim, em estarmos nesse friozinho do dia, me faz pensar quem é realmente louco. – comentou e riu, enquanto abria a porta da sorveteria.
- O que você comprou pro ? – perguntou quando já estavam sentadas à mesa.
- Não comprei nada. – Ela respondeu decepcionada consigo mesma. – Vou ter que dar o ar da minha presença como presente. – suspirou e lembrou do que acontecera mais cedo. Depois de tanto tempo sem pensar em nada, mas o quanto sua amiga conseguia distrair ela, esse (maldito) pensamento veio em sua cabeça.
- Já está pensando no outro. – comentou e em seguida pegou uma colherada se seu sorvete.
- É, depois de tanto tempo eu lembrei. Vê, minha unha até quebrou, de novo. – falou e depois parou para pensar no que disse. As duas riram.
- Você, reparando na unha quebrada? Foi um choque isso pelo jeito, você mal olhava para sua mão antes.
- Parece que jogaram ácido na minha mão. Olha que horror. – As duas conversavam e discutiam sobre as mãos de . Dando risada, às vezes, quando reparavam na besteira que estavam conversando.
Depois de algum tempo de conversa e algumas risadas, as duas resolveram continuar seu passeio pelo subúrbio de Montreal, porém, antes de realmente saírem, resolveu comprar um pacote de Fandangos para ir comendo durante o caminho. Elas não carregavam nada, mas uma carteira e o celular no bolso. Foram descendo a rua até um salão de beleza. A que estava chorando mais cedo parou em frente à vitrine e ficou observando duas moças dentro do salão, uma já pagando para ir embora e a outra ainda fazia sua chapinha no cabelo. Resolveram entrar. Ao passarem pela porta a sineta, para avisar quando pessoas entravam no local, tocou. foi caminhando até o balcão.
- Vocês estão muito ocupados hoje? – Ela perguntou se debruçando sobre o balcão, como se fosse uma criança querendo saber tudo o que escondiam atrás do móvel.
- Não, não, miss.
- Será que vocês poderiam atenter minha amiga e eu? – apontou logo atrás de si. – Temos uma festa hoje e simplesmente reparamos que nossas mãos estão acabadas.
- Claro. Por favor, venham comigo. – A mulher com o crachá escrito Christiane chamou as duas até proximidades dos fundos do salão, mas ainda assim um lugar bem organizado. – Bela! Faça o favor! Temos clientes, venha cá! – E, em menos de dois minutos, uma jovem moça apareceu ao lado de Christiane. Dessa vez, podia-se ler Belatriz escrito no crachá da mesma. Em menos de uma hora, as duas amigas se encontravam saindo do salão de beleza, mal deram dois passos do local e caíram na gargalhada, lembrando de tudo que diziam para as duas manicures.
- E você viu a cara daquela Bela quando eu falei que, mesmo com o pinto com gonorréia, eu transei com o cara e tive sorte de não pegar nada? – As duas caminhavam e riam com todas as suas forças, sem ao menos dar bola para os olhares estranhos que as pessoas lançavam para elas.
- Ai, amiga, controle seus hormônios. – falou dando tapinhas no ombro de . - E quando você se debruçou sobre o balcão, eu podia jurar que você era uma daquelas peruas se não estivesse usando esse par All Star, bermuda e moletom. – Agora elas entravam em casa, ainda rindo e com vontade de não fazer mais nada durante o dia fora tirar palha das duas manicures, mas tinham um compromisso hoje à noite e, nesse compromisso, eram obrigadas a ir. fez questão de convidar as duas como suas convidadas de honra.
- Ai, ai. – suspirou ao se jogar no sofá, posicionando sua mão sobre sua barriga. – Cada coisa que me acontece, mas vê, que horas são?
- Relaxa, a festa é só às 22, mas, de qualquer forma, são 16:45.
- O problema não é esse. O problema é nossos cabelos secarem até lá. Sendo que eu faço seu cabelo e você faz o meu.
- E meu chuveiro estragou de novo. Só funciona a água fer-ven-do. Isso me faz passar do estado sólido pro gasoso sem ao menos pensar em virar liquido. Ui, ui, minha sublimação vai à loucura. – falou, arrancando risadas de .
- Ah, sério? Fila até pra tomar banho? Tá pensando que isso é o que, pensão da mãe Joana? – A garota levantou do sofá, seguida por , e foi até seu quarto. – Tia, toma banho primeiro que eu vou pegar nossos vestidos no armário lá de baixo, ligar o secador, a chapinha, o baby-liss e... – falava de um jeito desesperado.
- Calma, . – chamou a amiga. - É só o aniversário de 18 anos dele. Não precisa de... – ela gesticulava as mãos - tanta coisa. – As duas deram um suspiro e cada uma tomou seu rumo. para o banho e procurando suas coisas.
- Okay, é só o aniversário dele. Você acabou de sair de um relacionamento com um (filhodaputda) qualquer que não merecia nada do que você deu. – Ela parou em frente à penteadeira e se encarou no espelho. Lembrou da péssima manhã que teve e ficou com vontade de chorar, aquele sentimento de raiva e tristeza profunda tomaram conta dela novamente. Engoliu em seco e segurou as lágrimas que teimavam em cair. – Não, . Você é forte, você não vai chorar, nem que isso te custe um nó na garganta.
- O que tem nó na garganta? – perguntou saindo do banheiro enrolada na toalha. estava no chão, abraçada a suas pernas, chorando. – Ai. , olha pra mim. Pára de pensar nisso. Pára, pára. Lembra de tudo o que a gente fez hoje depois dessa, maldita, manhã. Por favor, como é que tu quer chegar no aniversário do teu amigo assim, aos pedaços? Ele vai pensar que te surraram, que te fizeram alguma coisa emocionalmente horrenda.
- E não fizeram? – Ela indagou passando a maga do moletom em seus olhos, secando todas as lágrimas.
- É, fizeram, mas foi um babaca quem fez isso. Agora pensa só no teu amigo, pensa no quanto ele vai ficar feliz ao te ver entrando naquele salão de festas. – pensou imaginando a cara de ao ver na festa dele. Ele realmente a amava, nunca tinha visto ninguém sofrer tanto por uma garota quanto ele. Ele passou por tudo quanto é barreira que você pode imaginar para, até agora, não conseguir ela. E sabia que ele ainda não tinha desistido. – Levanta desse chão e vai tomar banho. – estendeu a mão, com um sorriso no rosto, tentando fazer a amiga entender o quanto ela significava para , deu uma última secada nas lágrimas escorridas pelas suas bochechas antes de pegar na mão da amiga e levantar. – Anda, dá um sorriso. – A outra pediu. deu uma brexinha em seus lábios. – Quase me convenceu, você me deve um sorriso daqueles que você costumava dar, sabe? De orelha a orelha, mas vai logo, porque quem vai ter que secar esse teu cabelo sou eu, a chapinha também e o baby-liss também...
- Mas você disse que era exagero. – respondeu, manhosa.
- Não quando estamos falando de .
- E por que você fala tanto nele? Tá namorando ele e não me falou? Vai ficar com ele e quer dar um jeito de me contar, por isso está nessa “enrolação”?
- Também não, mas já que somos as convidadas de honra, bem que podíamos ser as mais especiais, certo? E é você quem vai dançar com ele. A festa nem começou e ele já disse que você vai dançar com ele, sem exceção. Lembre-se disso. Imagine uma garota caindo aos pedaços em qualquer uma das fotos do aniversário dele, que péssima lembrança. – entortou os lábios.
- É – ela arregalou os olhos -, eu vou tomar banho.
Depois de cinco minutos debaixo do chuveiro, pôde escutar o telefone tocar, mas realmente não se importou, ela tinha uma amiga ali do lado de fora e sabia que ela atenderia ao telefone. atendeu à ligação e conforme falava ia se afastando cada vez mais do quarto.
- Alô?
- ? É o !
- Hey. Tudo certo contigo?
- Tudo, só um pouco nervoso.
- Certo, certo. Tem algo pra me contar? Não é normal de sua parte ligar assim. – Ela perguntou em uma voz um pouco mais concentrada.
- Não, só quero saber se vocês vão realmente vir... – Ele soltou uma risada bufada. – Quer dizer, vocês confirmaram presença, mas... , você acha que...
- Vai dar tudo certo. Fique confiante. Ainda mais agora que... – A garota respondeu sorrindo.
- Ainda mais agora que o quê, ? – Ele perguntou preocupado. – O que aconteceu com ela?
- Ela pegou o Jason na cama com outra e ele terminou com ela por telefone. – Agora estava sentada no sofá da casa de .
- COMO? – perguntou em um berro, fazendo com que a garota afastasse o telefone da orelha. – É sério? Cara, primeiro de abril já passou.
- É verdade. Tu achas que eu iria realmente brincar com uma coisa dessas? Fazer palhaçada disso ia ser ridículo.
- Como ela tá, ? – perguntou desesperado. – Ela precisa de ajuda? Qualquer palavra de apoio, ou consolo? Um abraço? MERDA! – Ele berrou novamente, fazendo repetir seu ato anterior. – Eu ainda quebro a cara daquele canalha!
- Calma, bicho! – A amiga berrou para ele. Só chamava ele de ‘bicho’ quando perdia a paciência com ele. – Respondendo sua pergunta; de manhã ela estava péssima, quem quer que olhasse pra ela pensaria ‘Pronto, mais um emo no mundo, só falta cortar os pulsos’, mas de tarde eu saí com ela pra gente se distrair e tudo mais. Um pouco antes de ela entrar no banho ela teve outra recaída, mas eu dei um jeito e agora ela está murchando no banho. – contou sobre o dia e deu uma olhada no relógio quando terminou a frase.
- Tem certeza de que ela está bem? – Ele passou a mão livre pela testa e batendo os pés no chão.
- Cem por cento não, né? Na medida do possível. Talvez, se você ajudar ela hoje, manter ela afastada de todos esses pensamentos, ela vai melhorar, tenho certeza.
- Está bem. – suspirou no outro lado da linha e escutou uma voz feminina adulta ao fundo, como se estivesse chamando o amigo. – Eu vou começar a me arrumar agora, minha mãe está pedindo. Nos vemos daqui algumas horas.
- Certo. Beijo. – E desligou.
- Quem era ao telefone? – perguntou quando apareceu na sala, vestindo um roupão branco e com os cabelos molhados.
- . – respondeu e posicionou o telefone no gancho. – Queria saber se nós realmente vamos hoje.
- A gente confirmou presença. – deu de ombros.
- Eu sei, mas ele queria ter mais do que certeza. E ele parecia nervoso.
- Ele está bem? – Perguntou alongando o pescoço enquanto ia para seu quarto.
- Sim, sim. – respondeu e sentou em frente à penteadeira do quarto de . – Faz meu cabelo, cabeleireira , por favor?
- Com todo prazer, senhora . – Respondeu rindo. – Como gostaria que seu penteado fosse?
- Simples, porém elegante. – As duas brincavam de formalidades em frente ao espelho. ficou explicando como gostaria que seu penteado fosse e prestava atenção em cada palavra, para tentar fazer algo parecido. Ao final de toda aquela explicação, ainda na brincadeira de formalidade, disse: - Sério, chega de formalidade, cara. To me sentindo velha.
- Pode deixar, mano. – respondeu entre uma risada, o que fez se sentir bem e aliviada.
Eram 22:10 quando finalmente se consideraram prontas para ir. estava com seus negros cabelos, alisados, presos em um rabo de cavalo estilizado, deixando que, a parte solta, cobrisse seus ombros quando os ajeitava para frente. Usava o vestido que mais lhe encantou e chamou atenção quando pôs os pés na loja onde comprara o mesmo. Era um tomara que caia em um tom salmão, porém mais puxado para o rosa; toda a parte superior, ou então a blusa do vestido, era colada em seu corpo e tinha alguns brilhantes no tecido, fazendo desenhos de flores. Destacava extremamente as pernas dela, pelo fato de o tecido ser mais transparente e cortado diagonalmente na saia. A sandália parecia muito com a de , apesar de seguir o tom salmão do vestido. Consigo segurava um chale, podendo ser opcional. Seus brincos, não eram muito compridos, eram feitos de três bolinhas rosas quase brancas e, ainda assim, brilhantes. Já , por mais simples que pudesse estar, estava mais bonita do que e do que jamais esteve. Seu cabelo estava semi-preso, uma metade dele estava solta, e cobria seus seios, fazendo leves cachos nas pontas. O vestido combinava perfeitamente com o corpo da garota e até realçava algumas partes nunca realmente reveladas, por preferir vestir roupas mais soltinhas. Também em tomara que caia, ele era lilás clarinho; Tinha detalhes em brilhantes na blusa, dando um toque a mais na sua escolha. E, seu corte, na saia do vestido, era no formato de um ‘A’, dando, assim, liberdade para as pernas da garota e destacando-as ao mesmo tempo. As sandálias eram, também, num tom lilás, contudo em um brilho prateado, dando elegância e, ao mesmo tempo, simplicidade à roupa que escolhera. Seus brincos eram discretamente compridos e com detalhes roxos nas pontas.
olhava para de cima a baixo. Pasma e fascinada, ao mesmo tempo.
- Você está muito mais bonita do que eu pensei que fosse ficar. - encarou o chão, tímida, ao receber o elogio da amiga.
- Obrigada. Será que não devíamos ir? Já passou de dez horas.
- Claro, claro.
- Espera só eu pegar o celular, a chave de casa e os convites. - pediu enquanto se dirigia para a sala, onde esperou pela amiga até saírem. Assim que trancaram a porta, o motorista de apareceu em frente a casa, esperando pelas duas para poder leva-las até o local da festa, que não ficava muito longe dali.
- Para onde vão? - O motorista perguntou, gentil, ajeitando o espelho retrovisor. - Estão, as duas, muito bonitas.
- Obrigada. - Ambas sorriram. - Sociedade Canadian Honor, por favor, Andre.
- É para já, srta. .
Quando desceram em frente ao Canadian Honor, perceberam o movimento, não era exagerado, afinal é caro fazer uma festa para sabe se lá quantas mil pessoas, mas mesmo assim tinham bastante pessoas. avisou que ligariam quando fosse horário de busca-las para voltar para casa e Andre se foi. Subiram as escadas de entrada da construção cuidando para não tropeçarem no salto que usavam. Lá dentro, no salão, a música tocava alta e as luzes brilhavam e refletiam no globo espelhado conforme o ritmo da música, a luz negra estava acessa o tempo todo, fazendo com que as roupas brancas parecessem roxas. O coração de pulsava cada vez mais forte e rápido conforme adentravam o local e viam a imagem de , conversando com alguém, aumentar.
tocou o ombro do garoto que, sem saber quem era, inconseqüentemente, respondeu 'espera aí'.
- Como é? - perguntou em um tom bravo, mas ao mesmo tempo brincalhão.
- Ai, meu Deus! Desculpa. - Ele respondeu girando seus calcanhares e saindo de sua conversa quando a outra pessoa percebeu que as duas convidadas estavam ali. - De costas não dá pra reconhecer ninguém. - Ele abraçou a amiga.
- Parabéns, . - desejou segurando o rosto do amigo. - Tudo de bom pra ti meeesmo, porque tu merece.
- Obrigado. - Ele agradeceu, sem ainda perceber atrás da amiga, que continuava amassando o aniversariante.
- Estranho - ela voltou a segurar o rosto dele -, posso ver rugas.
- Aaaah, , vai catar coquinho, ou melhor, o . - respondeu e fechou a cara.
- Palhaço.
- A não veio?
- Veio, ué. Cadê ela? - se perguntou enquanto se virava para procurar a amiga. - , querida. - A garota estava estática. parecia mais bonito do que o próprio Mister Universo. Vestindo aquela roupa social e com os cabelos arrumados, mas com um ar de espalhados, com alguns spikes, poderia ficar encarando o garoto para sempre, sem ao menos piscar. Quando sentiu o silêncio constrangedor entre eles e lembrou que tinha que cumprimentar , ela deu uma leve chacoalhada na cabeça e algumas piscadas.
- Parabéns, . - Ela desejou, sorrindo tímida.
- Obrigado. - Ele beijou de leve a bochecha da garota.
- Eu não trouxe seu presente, mas...
- Aaaah, não. Assim não dá. Desculpa, mas não vou poder te aceitar aqui dentro com essas condições. - respondeu sério e percebeu o rosto de corar. - Brincadeira. - Ele abraçou a garota, tentando conforta-la e ela sentiu o perfume dele. Poderia ficar naqueles braços por tempos. - Não vou expulsar minhas convidadas de honra por nada. - riu meio desconcertada. - Sabem como é, né? Fiquem à vontade, até lá vou ficar falando 'obrigado' até ficar rouco e depois dar atenção para vocês.
- Oh, olá, , . - A Sra. disse passando pelas garotas.
- Boa noite, Sra. . - respondeu.
- Sejam bem-vindas. - Ela sorriu, simpática. - , mais convidados chegaram.
- Já vou indo, mãe. - e se encaravam. - Eu... eu vou cumprimentar quem quer que seja. , e estão pelo bar.
- Okay. - respondeu vendo se esbarrar em um de seus amigos enquanto caminhava de costas. As duas riram.
Caminhando pela beirada da pista de dança, e tomavam mais cuidado do que quando estavam subindo as escadas de entrada, logo avistaram todos os outros cinco rapazes, alguns sentados em bancos outros em pé, conversando próximos ao bar.
- Boa noite, para todos. - apareceu entre eles, dando, em todos, beijinhos na bochecha, menos quando chegou em , rápida, roubou um selinho dele.
- Chegaram faz tempo? - perguntou, tomando um gole de sua cuba.
- Uns dez minutos, mais ou menos. Estávamos conversando com , até ele ter que receber maais convidados.
- Coitado dele. - riu.
Não demorou muito e as meninas começaram a se sentir mais soltas. Já estavam bebendo e rindo das palhaçadas que eles faziam. e começaram a se inticar, causando mais risadas na rodinha. aparecia de vez em quando, para ver se estava tudo sobre controle entre eles.
Passando mais algum tempo, e foram para a pista dançar um pouco, estavam felizes ali juntos e , infelizmente, acabou lembrando do que acontecera mais cedo. Involuntariamente uma lágrima escorreu, mas secou ela o mais rápido que pode. Levantou seu rosto e, sentada à mesa, ficou observando a festa. De longe pôde ver conversando com outras duas garotas, sem saber o porquê seu coração bateu mais forte, angustiado, e teve vontade de ir lá chutar ele, mas não o fez. Vai que aquelas duas eram apenas primas dele ou tinham algum outro parentesco? Ele, também, olhou na direção dela e a notou sozinha. Deu um jeito de despedir-se com quem estava conversando e caminhou na direção de , que quando percebeu que ele estava vindo na sua direção, desviou seu olhar para a toalha da mesa, sentindo seu rosto queimar, embaraçada.
- Sozinha? - Ele sentou à mesa, em frente a ela.
- Todo mundo está dançando. Todo mundo está animado.
- Sim, todo mundo está animado. E por que não estariam? Todo mundo gosta de festa.
- Não quando... - ela travou sua fala e encarou o garoto - esquece. - Ela levantou da cadeira, indo para outra direção, quando estava passando por trás de , ele se virou rapidamente, ainda na cadeira, e segurou o braço dela, sem muita força para não machuca-la. Ela observou a mão ele em seu braço e ele a soltou, de vagar, com medo que ela fosse embora ou reagir mal. Pigarreou.
- Dança comigo. - Ele pediu aproximando-se dela, que estava sem reação e perdida no olhar penetrante do garoto.
- Eu... Você... Você não... Você não dança. Até onde eu te conheço. - encarou o chão.
- A gente tenta. - Ele tentou convencer ela. - Por favor.
- Só essa música. - Ela respondeu quando uma música começou a tocar.
- Tudo bem. - pegou na mão da garota, fazendo os cabelos da nuca dela se arrepiarem por completo.
A música era um pouco mais animada do que o sentimento dela no momento, fazendo-a ficar perdida em que passo dar para não parecer uma pata dançando. Fechou os olhos e respirou fundo. Deixou a batida tomar conta de si, aos poucos foi se soltando e quando percebeu estava com suas costas coladas no tórax de , os quadris dos dois estavam encaixados e ele passava, levemente, as mãos pelos braços dela, causando arrepios constantes nos dois. Num dos momentos mais lentos da música, segurou na cintura da menina e a virou para si, em um movimento rápido, fazendo-os ficarem cara a cara, próximos.

'Cause our lips can touch
(Porque nossos lábios podem se tocar)
And our cheeks can brush, here
(E nossas bochechas podem se esfregar, aqui)

Ele foi aproximando os rostos, seu nariz encostou na bochecha dela e ela pode sentir a respiração calma, mas ao mesmo tempo ansiosa, dele. Fechou seus olhos e ele deslizou seu rosto, fazendo as bochechas se tocarem, seus lábios estavam próximos, a milímetros de distancia, quando algum casal descontrolado acabou dando um empurrão nos dois, que se afastaram bruscamente. Não conseguiram ver qual dos casais os empurrou, pois logo se meteram na multidão, dançando. Desconcertados, se aproximou da menina e a pegou pela cintura, roubou um selinho dela e quando a música parou e finalmente percebeu o que estava acontecendo, falou:
- Acabou a música. - E se retirou da pista de dança. Caminhou, rápida, até o banheiro feminino, onde se apoiou com as mãos na pia. Escutou uma descarga vindo de um dos banheiros e em seguida saiu de lá.
- Olá, você. - Ela disse lavando as mãos. - Qual é? Parece meio aflita.
- Eu... Eu quase... Eu quase beijei ele.
- Ele...?
- . - finalizou.
- E por que não beijou?
- Acho que foi... Covardia.
- Ai, . - abraçou a amiga. - Vamos lá pra fora.
- Não, eu não posso. O está lá fora, é mu...
- É nada, vem logo. - - Viu, não vimos nem , nem , nem ninguém. Fale sobre... - não conseguiu terminar sua frase, pois foi interrompida por uma mulher falando ao microfone e algumas luzes acendendo. Logo todos foram se aglomerando ao redor da mesa principal e em poucos minutos começaram a cantar Parabéns para o aniversariante. Ele sorria, aquele sorriso largo de orelha a orelha. Parecia realmente feliz. Viu de longe e sorriu mais ainda. Deu uma piscadela para ela, que sentiu as bochechas corarem. Continuou a bater palmas e cantar com todos os outros. Quando toda essa folia acabou, foi até a mesa onde estava sentada antes e em pouco tempo um garçom passou por lá servindo sete pedaços de bolo; um para cada pessoa que estava naquela mesa.
- Hey, todos vocês já sabem que música vamos tocar, certo? - perguntou quando se livrou de sua família.
- I’d do anything? - perguntou.
- Certo. - Ele confirmou.
- De qualquer forma, já sabemos. - respondeu segurando a mão de .
- Certo. - ela virou o rosto para -, você vai ficar do lado do palco, né? - Ela assentiu, sorrindo. - Vem comigo, já vão começar com a música. E vocês se ajeitem. - apontou para os amigos e foi caminhando até o palco. Depois de terem ajeitado todos os instrumentos, pigarreou ao microfone, chamando a atenção de todos. – Boa noite à todos. – Ele começou, sorrindo. – É o seguinte... Quero agradecer à todos a presença, os presentes, o carinho e todos os outros desejos que... Me desejaram. – Alguns riram. – E como sabem, eu e meus amigos temos essa tal banda e, aproveitando a situação, vamos tocar uma música para vocês. A música é dedicada à uma pessoa, uma pessoa que eu considero muito e que guardo um enorme sentimento. – Ele finalizou ao som de alguns rumores sobre o que acabara de comentar. fez a contagem e em seguida a música começou. Ela era agitada e contagiante, uma letra de alguém apaixonado. sentiu um friozinho percorrer sua espinha e sorriu, estava feliz de ver ele ali em cima daquele palco fazendo o que mais gostavam. Mesmo usando aquela roupa social, continuava com a mesma imagem arteira que sempre teve. De vez em quando alguns deles davam pulos em cima do palco, fazendo todos irem a loucura.

I close my eyes and all I see is you
(Eu fecho meus olhos e tudo que vejo é você)
I close my eyes, I try to sleep I can’t forget you
(Eu fecho meus olhos, eu tento dormir eu não consigo te esquecer)
And I’d do anything for you
(E eu faria qualquer por você)

cantou olhando para , que estava ali no canto do palco, vendo ele de pertinho. Sentiu sua temperatura subir e um sorriso aparecer em seu rosto. Seus cabelos da nuca se arrepiaram. Por fim a música acabou, os dois se encararam, todos aplaudiram, berrando e assobiando e então foram voltando para a pista, para continuarem a dançar. Ele foi se aproximando dela com as mãos dentro de seus bolsos e elevou os ombros. Em seguida pegou na mão da menina e beijou-a, logo indo embora. observou tudo aquilo confusa, mas logo sentindo um papel em suas mãos, dizendo:

'Me encontre nos fundos em quinze minutos. - .'

No começo ficou sem reação, mas logo percebeu o que estava acontecendo. Ele, , estava querendo ela, . Um sorriso apareceu em seu rosto e foi caminhando até a mesa onde estava.
- Se no final da festa você não me encontrar, vá para casa sozinha que eu ligo pro Andre mais tarde. - Ela falou tudo, calma e ainda sorrindo. Sem entender o que a amiga queria dizer, respondeu 'tudo bem' e voltou a conversar com .
Nervosa, foi caminhando para os fundos do local. Lá estava ele, encarando o céu, como se estivesse contando as estrelinhas lá em cima, aqueles pontos que brilhavam sem parar. tocou o ombro dele e, com calma, ele foi se virando para ela, sorrindo. Sua blusa estava para fora da calça e um pouco amassada, a gravata estava frouxa e os cabelos bagunçados, fazendo os spikes se acentuarem e dando um ar de cafajeste maroto para ele.
- Eu quero te mostrar uma coisa. - Ele disse pegando na mão dela.
- Mas e sua festa? Todos os seus convidados?
- Eu já me despedi dos familiares, de tudo e de todos. - sorriu, sentindo-se feliz, mais do que jamais esteve.
Caminharam até o carro e, cavalheiro, ele abriu a porta para ela. Durante o caminho estavam em silêncio, porém, dessa vez, não era mais tão constrangedor. Por dentro, sentia fogos de artifício explodirem. Sem demorar muito, logo chegaram em um prédio. Alto e bonito. Ficou pensando no que fariam agora. , sem respeitar muito os limites deixou o carro com uma das rodas por cima da faixa amarela no estacionamento do condomínio.
Entraram no apartamento em silêncio. Era a cobertura. acendeu apenas algumas luzes, deixando uma iluminação fraca e aconchegante no local. A cortina estava fechada, ele segurou na mão dela e foi indo em direção a janela.
- Olha isso. – Ele falou e abriu a cortina. De lá, podia-se ver a cidade de Montreal e seu movimento, todas as luzes estavam acesas e brilhavam com intensidade. Ele abriu a porta e, segurando na mão de , caminhou até o terraço. A garota estava encantada. Se olhasse para frente veria Montreal inteira brilhando, se olhasse para cima veria as estrelas e se olhasse para seu lado veria . Até agora não conseguiu pensar em outro pedido melhor que esse. – O que acha? – Ele perguntou desviando seu olhar da cidade para .
- Maravilhoso. – Ela respondeu encarando ele. sorriu e ficou olhando nos olhos da garota, já ela, apenas olhava para os lábios dele. Estava encantada. Ele foi se aproximando dela, pegou em sua cintura e colou seus corpos, como se quisessem transformar apenas um. Um leve vento passou por ali, desajeitando a franja do cabelo de . ajeitou a mecha atrás da orelha dela e, com as costas de sua mão, acariciou a bochecha da garota, que pôs sua mão sobre a mão dele. Fechou os olhos e deu um suspiro. Ele sorriu e aproximou seu rosto ao dela, o nariz tocou a bochecha e ela pode sentir a mesma respiração que sentira há pouco tempo, mas dessa vez um pouco mais agitada. Ele foi deslizando seus lábios pela bochecha de até chegarem nos lábios dela. passou sua língua sobre os mesmos, como se estivesse pedindo autorização e, em poucos segundos, essa autorização foi dada. segurou a nuca do rapaz, com o motivo de aprofundar o beijo e ele a apertou contra seu corpo, sem querer machuca-la. Ela mexia nos cabelos do rapaz, puxando-os de leve. Foi quando ele soltou um gemido de prazer e acabou sorrindo entre o beijo, mas sem parar o que faziam com tanta intensidade. Enquanto ele sentia calafrios na espinha, ela sentina esse mesmo calafrio na espinha e, também, as borboletas no estômago. Vagarosamente, e sem realmente querer fazer isso, os dois se afastaram, sem fôlego. De repente se tocou o que estava acontecendo, onde estava, com que estava e que horas eram. Ficou preocupada; ela tinha que ligar para casa pedindo para irem buscar ela.
- ... Eu posso usar o telefone? – Ela perguntou, indecisa. Ele meio que fechou a cara, curioso. Será que tinha feito algo de errado?
- Por quê? Tem algo de errado?
- Não, claro que não. Eu podia ficar aqui até o dia amanhecer, mas está tarde. Tenho que ligar pro Andre vir me buscar, ligar para a ou qualquer coisa.
- Fica aqui, então. Você dorme na minha cama. – Ele sorriu maroto. – E eu no sofá.
- Eu não quero incomodar, você sabe onde fica minha casa. É longe daqui.
- Por isso mesmo, não quero que você incomode ninguém. Liga pra e avisa que você vai dormir aqui e fica tudo bem. – Ele sorriu acariciando o rosto dela.
- Tem certeza?
- Tenho.
- Absoluta?
- Uhum.
- Não vai se arrepender?
- Nunca. – Ele beijou a garota. Ficaram juntinhos por mais um tempo até ir ligar para .
- Alô? (...) É a . (...) Tô bem, sim. Vê, eu vou dormir fora hoje, eu chego em casa amanhã de manhã. (...) No apartamento do . (...) É, é. Sonha com isso. (...) Tá bom. Tchau. – Na hora de desligar, a garota, sem querer, apertou o botão do alto falante e acabaram escutando a prevenção de . USEM CAMISINHA! (tu, tu, tu, tu...). Os dois riram, embaraçados.
- Bom, eu acho que você vai precisar de outras roupas para dormir, certo? – olhou para si e acabou rindo mais ainda. Nem tinha se tocado que estava usando o vestido, de tão perdida que estava nos pensamentos. – Vem comigo. – a chamou até um corredor onde, última porta à esquerda, ficava o quarto dele. Sem ao menos ter deitado na cama do rapaz, já sentiu conforto no cômodo. – Espera aqui. Eu vou pegar um pijama improvisado para você. – E ele entrou em uma porta, revelando um closet. Tentou espiar o que ele fazia lá dentro pra demorar tanto, quer dizer, ele foi apenas pegar um pijama improvisado, certo? Logo ele voltou vestindo apenas suas boxers pretas, segurando um travesseiro, um lençol e uma blusa branca e boxers azul marinho. olhou para ele, que estava sem blusa. Vamos ser sinceras e diretas; estava gostoso. Nunca tinha reparado tanto assim nele. pigarreou, tentando ganhar a atenção de .
- Seu pijama improvisado. – Ele sorriu dando em mãos as boxers e a blusa. – Enquanto você troca de roupa eu vou me acomodar na sala.
- Você tem certeza que quer dormir no sofá? É desconfortável, não é?
- Não tem problema eu dormir lá, pode ficar tranqüila. Se você precisar de alguma coisa é só me chamar. – Ele sorriu e saiu do quarto, deixando a garota sozinha no quarto e sem chance de comentar algo a mais. Suspirou e começou a trocar de roupa. - , onde tem coberta? – perguntou. riu; a garota praticamente sumia nas roupas dele. Ela acabou rindo junto com ele, sabendo o motivo.
- Eu pego pra você, é meio alto. – Ele passou por ela no corredor e ela o seguiu. Quando chegou no quarto, carregava as cobertas e ajeitava por cima da cama. – Venha. Deite aqui. – Ele deu batidinhas na cama, querendo que a garota ficasse à vontade. Ela foi até lá e deitou naquela enorme cama, sozinha. – Confortável?
- Até demais. – Ela mentiu. Quer dizer, estava se sentindo confortável, mas não estando sozinha numa cama gigante e com dormindo no sofá da sala. Eles não eram mais tão adolescentes assim, onde os hormônios estavam sempre a flor da pele, sabiam se controlar. Ele sorriu para , sentado ao lado dela e deu um selinho na garota. – Boa noite, honey.
- Boa noite.
- Quer que eu apague a luz? – Ele perguntou antes de sair do quarto.
- Sim, mas deixa a porta aberta.
- Qualquer coisa é só me chamar. – avisou e foi para a sala. ficou acordada por sabe-se lá quando tempo ainda. Estava inconformada em ter que dormir sozinha naquela cama enorme e espaçosa e estava dormindo no sofá, espremido, desconfortável. Durante a noite, ou as duas horas que ficou acordada, ficou se mexendo de um lado para o outro, agoniada.
- Merda. – Falou num sussurro. – Não consigo, não me conformo. – Levantou da cama e foi caminhando em silêncio até a sala. Até onde conseguia ver, parecia estar com os olhos fechados. Aproximou-se mais um pouco e escutou o barulho dos passos, logo abrindo os olhos.
- Algo de errado?
- Te acordei?
- Sim.
- Não. – Eles falaram ao mesmo tempo. Riram.
- Qual é o problema? – Ele perguntou.
- Dorme comigo. Não consigo me conformar; eu to dormindo numa cama provavelmente umas dez vezes maior do que eu, no maior conforto e você se esmagando em um sofá.
- Já que você insiste. – respondeu e pegou na mão de .
- Sem sacanagem, por favor.
- Ninguém disse que eu ia fazer alguma coisa. – Ele levou as mãos ao ar antes de deitar debaixo das cobertas.
- Eu sei, foi só um aviso.
Quando os dois estavam debaixo das cobertas, , com cuidado, puxou para próximo de seu corpo, fazendo com que os dois ficassem em conchinha. Ele começou a dar beijos no pescoço da menina, causando calafrios nela, que tentava evitar, mas não conseguia. Virou seu corpo para ficar de frente com ele, se encararam por menos de três segundos e logo começaram a se beijar. Estavam com seus corpos muito colados, podendo, cada um, sentir qualquer coisa que acontecesse com o outro. Ele segurava a cintura dela com força, querendo apenas passar segurança, e ela brincava com os cabelos dele enquanto segurava sua nuca para aprofundar cada vez mais o beijo. Em um certo ponto, começou a dar leves mordidas do lábio inferior do rapaz, fazendo ele gemer. A mão dela, também, deslizava pelo corpo dele, causando calafrios na espinha. Sorriu quando conseguiu o que queria e ainda assim continuou. estava se contendo em apenas acariciar as costas dela. E apenas fez isso, mas tocava com leveza, fazendo com que a garota sentisse prazer e também soltasse um gemido. Quando ela colocou a mão no elástico da boxer de , ele fechou os olhos com mais força e mordeu de leve o lábio da garota. Ela sorriu entre o beijo e então levou seus lábios até o pé da orelha de , onde sussurrou, fazendo ele se arrepiar:
- A gente deve parar aqui. – Ela sorriu, sabendo que conseguira acabar com o rapaz. Apenas se posicionaram em conchinha novamente e pode sentir a ereção que causara nele. Sorriu satisfeita.
Acordou, no outro dia, sem ninguém ao seu lado, mas mais ao fundo conseguia escutar uma música tocando. Ficou de olhos fechados apenas deixando a música entrar em seus ouvidos.

Oh, it is love from the first time I set my eyes upon yours
(Oh, é amor desde a primeira vez que eu coloquei meus olhos sobre os seus)
Thinking, oh, is it love?
(Pensando, oh, é amor?)
Oh, dear, it’s been hardly a moment you are already missed
(Oh, querida, não passou nem um momento e você já faz falta)
There’s still a bit of your skin that I’ve yet to have kissed
(Ainda tem algum pedaço da sua pele que eu já tenha beijado)
Oh, say please do not go
(Oh, diga por favor não vá)
When you know, oh, you know that I must
(Quando você sabe, oh, você sabe que eu tenho)
Oh, say I love you so
(Oh, dia eu te amo tanto)
You know, oh, you know you can trust
(Você sabe, oh, você sabe que você pode confiar)
We’ll be holding hands once again
(Nós vamos estar segurando mãos outra vez)
All our broken plans I will mend
(Todos os nossos palnos qubrados eu vou juntar)
I’ll hold you tight, so you know
(Eu vou te segurar forte, então você sabe)
It is love from the first time I pressed my hand to yours
(É amor desde a primeira vez que eu segurei minha mão com a sua)
Thinking, oh, is it love?
(Pensando, oh, é amor?)

Um sorriso tomou conta dos lábios de e ela escutou uma voz da porta do quarto.
- Bom dia, dorminhoca. – se aproximou da cama, sentando na beira.
- Bom dia.

Oh, dear, it’s been hardly three days and I'm longing to feel your embrace
(Oh, querida, não faz nem três dias e eu já quero seus carinhos)
There are several days until I can see your sweet face
(Faltam muitos dias até que eu posso ver seu lindo rosto)

- Oh, say, wouldn't you like to be older and married with me?. (Oh, diga, você não gostaria de ser mais velha e casada comigo?) – cantou junto com a música. sorriu, sentando-se na cama. Segurou no rosto do rapaz e ficou dando selinhos estalidos nos lábios dele.

Oh, say, wouldn't it be nice to know right now that we'll be
(Oh, diga, não seria legal saber agora mesmo que nós vamos)
Someday holding hands in the end
(Um dia estar segurando mãos e no final)
All our broken plans will have been
I will kiss you soft so you know
(Eu vou te beijar suave então você sabe)
It is love from the first
Time I pressed my lips against yours
Thinking, oh, is it love?

Agora os dois já davam beijos mais longos, mas densos e profundos. Exploravam a boca um do outro, causando sensação de borboletas no estomago. estava deitado por cima de , cuidando com seu peso sobre ela, mas aproveitando cada detalhe dela e do momento. Depois de tanto tempo ele conseguiu o que tanto sonhou e lutou para conseguir.

Your heart may long for love that is more near
(Seu coração pode querer por um amor que está mais perto)
So when I'm gone these words will be here
(Então quando eu for embora essas palavras estarão aqui)
To ease every fear
(Para afastar qualquer medo)
And dry up every tear
(E secar qualquer lágrima)
And make it very clear
(E fazer isso bem claro)
I kiss you and I know
(Eu te beijo e eu sei)
It is love from the first
Time I pressed my lips against yours
Thinking, oh, is it love?

Sorriram entre o beijo se encararam por alguns momentos. ajeitou aquela mesma mexa de ontem para trás da orelha de e continuou a beijar .

Oh it is love from the first
Time I pressed my lips against yours
Thinking oh is it love?

I kiss you and I know
It is love from the first
Time I pressed my lips against yours
Thinking oh is it love?


- Yes, it is love. – disse ao pé do ouvido de .


Fim,


Então; agradeçam à mim por essa fic maravilhosa. UHFOIDUFHAOISDFUOIAH. okay, brincadeira. Pessoas que leram a fic, obrigada por terem lido, espero que tenham realmente gostado. Agradeço, também, aos meus três dias na frente dessa porcaria de computador escrevendo, escrevendo, mudando, ajeitando, scriptando, betando, corrigindo e todas essas frescuras. Obrigada aos meus copos de suco, água, meus pacotes de bolacha e todas os outros tipos de comidas, comidos. À música, que nunca parou de tocar durante todos esses momentos. À gêmea (twin sis' rulez, dude :D) por ter me motivado mais ainda (interna, obg.), às dicas dela, às humildes opiniões dela JFHLSDAKJFHKASLDH (: Agora só falta mandar beijo, certo? Então eu quero mandar um beijo pra minha mãe, pro meu pai, pro meu irmão, pra toda minha família, pra gêmea, pras vizinhas, pros meus professores de português; aaaamo vocês (não sei da onde, mas meu professor da quinta série foi o melhor de todos, e o desse ano também é uma coisa que VOU-TE-CON-TAR :D OISAUDOIASUDOAISUDIUA) continuando, quero mandar um beijo pros meus cachorros, que colaboraram e latiram pelo menos 70% do tempo que eu fiquei escrevendo fic, CLAAAAARO que eu, também, vou mandar um beijo pra Xuxa e pra Sasha JFHKLSDAJFHASKLFASH. E acho que é só, people (SOOOOÓ? só se for na minha bunda :o) WHATEVER, i'm completely done here. see ya'll, maybe, tomorrow, maybe, in five years... we never know. JHFKDSAJFHKALSH


• como eu imaginei os vestidos da festa:

vestido¹ ()
vestido² ()

auf wiedersehen :*


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