- Sua benção, seu padre! - Pude ouvir uma voz meiga dizer.
Levantei-me e a vi sorrir. Eu definitivamente amo esse sorriso.
- Deus te abençoe! – Eu a olhei de cima a baixo, adoro reparar nas roupas que ela veste. Ela usa roupas que valorizam o corpo dela, e sabe como provocar um homem como eu. Ela vestia um vestido preto que era alguns dedos acima do joelho, de alcinha e meio balonê. Como eu sei? Simples. Já tive namoradas que só sabiam falar de roupas, e mesmo sem querer a gente aprende. A sandália roxa com salto fino deixou-a muito mais atraente do que ela já é. Os cabelos... Ah! Os cabelos. Eram de um brilhante que batiam nos ombros dela, fazendo a minha respiração falhar instantaneamente.
- Você vai ficar aí me olhando ou vai vir me beijar? – Ela me perguntou num tom de provocação, colocando a bolsa na cadeira. Dei meu melhor sorriso, e caminhei até ela. Abracei a cintura dela, e ela colocou as mãos em minha nuca, fazendo-me arrepiar inteiro. Selei-a num beijo. Um beijo intenso, ofegante e necessário para uma semana de saudades. Parecia que nossas línguas tinham vontade própria, pois se tocavam de um jeito que elas mesmas se moviam sem o nosso controle. Essa sensação era estranha, e prazerosa ao mesmo tempo. Uma mão dela brincava com os meus cabelos e a outra já estava dentro da minha camisa branca que eu usava por baixo do meu suéter preto. Uma das minhas mãos estava puxando a cintura dela para mais perto de mim, enquanto a outra estava ocupada em decidir se brincava com os fios de cabelo dela ou se massageava sua nuca.
Estávamos totalmente entregues naquele beijo. Esse é o bom de eu ter reservado uma área só pra gente na parte descoberta do restaurante, onde nós podíamos sentir a brisa fria de Londres em nossos rostos. Dá até uma sensação de liberdade naquele lugar. Isso era fantástico. Tudo misturado com aquele beijo. Depois de um tempo separamos nossas bocas, e de presente ganhei uma leve mordida no meu lábio, e isso foi bom. Muito bom.
Eu a abracei e percebi que a nossa respiração estava pesada pela intensidade que nos beijamos.
- Senti sua falta! – Falei ainda abraçado a ela. Ela se soltou, sorriu e pegou no meu rosto dizendo:
- Eu também senti a sua, ! – Não é por nada não, mas eu me senti completamente feliz com isso. Parecia que o sorriso que tinha se formado no meu rosto não se desmanchava. Era assim desde que eu fiquei com ela pela primeira vez.
Nós nos sentamos e ficamos juntinhos na cadeira, eu sentia que a atenção dela era toda minha, e a minha era inteiramente dela. Eu a queria.
Foi quando ela olhou a paisagem de Londres, desde o Parlamento, passando pela London Eye, e indo até uma pontinha do Museu da História. Ela se levantou, caminhou até a ponta do parapeito e ficou observando tudo. Levantei-me e fui até ela. Minha vontade era de abraçá-la, mas achei um pouco grudento e meloso, decidi apenas ficar ao lado dela. Ela olhava tudo de um jeito tão doce e meigo, me fazendo desejá-la cada vez mais.
- Isso é tão lindo, !
- Eu sei. Por isso achei legal marcar o nosso encontro aqui. Eu adoro vir aqui pensar, compor, conversar...
- Beijar. – Ela me interrompeu, rindo.
- É, também! Mas você é a primeira pessoa que eu beijo aqui. – Falei sorrindo, e não era mentira, ela realmente era a primeira naquele lugar. Era especial pra mim, um lugar que eu considero meu... E com ela, só com ela, eu queria dividir. Ela me olhou e me deu um selinho, mas não me abraçou, ficou andando pelo parapeito de uma ponta a outra, fazendo meus braços desejar seu corpo e seu calor. Ela ficou parada apenas olhando a London Eye, e os olhos dela brilhavam mais do que o normal. Ela estava realmente linda, fazendo meu coração bater exageradamente. É assim que eu me sinto quando a vejo, quando ouço sua voz, quando eu a toco, quando sinto seu perfume, quando a beijo; e quando ela transa comigo... É como se fosse a coisa mais certa que eu já fiz até agora. Exagerado? Sim, completamente exagerado, porque eu estou exageradamente dependendo da .
Eu estava sentado, vendo-a andar, quando um garçom chegou perto de mim dizendo:
- Boa noite senhor! Deseja alguma coisa? – "Desejo! Aquela garota bem a minha frente", foi o que eu pensei.
- Só um segundo, por favor. – Pedi educadamente e gritei – , vem cá!
Ela moveu o pescoço rápido, fazendo parecer cena de cinema. Ela ficou tão hot, que até o garçom achou isso. Como eu sei? O filho da puta está de boca aberta. Ela veio caminhando na minha direção e sentou ao meu lado novamente. Ela o olhou e deu o sorriso dela - aquele que eu percebi que morro de ciúmes – e perguntou:
- Pois não?
O garçom se recompôs e disse:
- Eu vim saber se o senhor e a senhora desejam algo. – Olhei pra que sorriu e me perguntou:
- Você já quer comer alguma coisa? – "Na verdade, quero... Você!", ops!
- Qual o prato do dia? – perguntei.
- Hoje temos brócolis ao molho branco com alcachofra. – Quando ele terminou de dizer, olhei pra ela e me deu uma vontade absurda de rir. A cara que ela fazia não podia ser mais engraçada.
- Está tudo bem, ?
- Desculpa, , mas... O único brócolis que eu simpatizo é o da sua música! Eu já acho brócolis ruim, ao molho branco e alcachofra... Deve ser pior, dude! Nada contra quem come, mas eu passo! – Háhá! Eu já disse o quanto eu odeio brócolis? E finalmente eu saio com uma garota que não pede justamente o que eu odeio pra comer.
Me virei para o garçom e disse:
- Você poderia trazer o cardápio, por favor? – Ele assentiu com a cabeça e quando me virei pra ela, a peguei me olhando com aqueles olhos brilhantes dela, que fazem o meu coração disparar.
- O que foi? – Perguntei sem jeito.
- Nada... Só estava te olhando. Eu... Não posso? – Isso é pergunta que se faça? Claro que pode. Deve, na verdade.
- Claro que sim. – Ela sorriu e eu a vi descruzar e cruzar as pernas. Senti meu estômago dar saltos com aquilo, e eu não soube entender se era fome, ou se era saudades das pernas dela. Acho que os dois. Ela veio com a cadeira mais perto de mim, fazendo nossos joelhos se tocarem. Ela colocou a mão na minha coxa e subiu, estava bem perto do meu querido, e disse olhando nos meus olhos:
- Você não faz idéia da saudade que eu estava de olhar nesses seus olhos, e ler exatamente o que eles dizem. – Ela consegue, é? Então ela sabe o que passa nesse instante na minha cabeça?
You know? Ela pegou na minha nuca e eu fechei meus olhos, só sentindo ela morder o lóbulo da minha orelha. Ela colocou a mão no meu membro, me fazendo sentir a Savana Africana dentro de mim. Ela o massageava em movimentos bastantes expressivos, e tudo isso debaixo da mesa. Foi quando percebi o garçom voltando. Ela tirou a mão do meu querido e eu respirei fundo.
- Aqui está. – Ele apontou o cardápio pra mim, me fazendo pegá-lo.
- Obrigado. – Entreguei um pra e ela sorriu.
Escolhemos filé mignon à milanesa, porção de fritas e um vinho Italiano safra de 82. Quando o garçom terminou de anotar, a perguntou.
- Licença! Você por acaso teria uma caneta pra me emprestar? – Ele assentiu novamente, e entregou a caneta. Ela escreveu algo que eu não vi, e devolveu a caneta ao panaca. – Thank you. – Ela deu uma piscadinha. O idiota saiu segurando a caneta na altura do peito. Olhei pra ela que estava rindo e falei:
- Diz pra mim que você gosta disso. – Ela deu uma gargalhada gostosa e perguntou passando o pé na minha perna.
- Disso o quê? – Será mesmo que ela não sabe? Ela deve gostar de ouvir isso.
- De ter as pessoas ao seu controle. Você gosta disso. – Eu falei chegando perto do rosto dela que riu um pouco mais, quase encostando nossos narizes.
- Aí você já está fazendo uma afirmação e não uma pergunta. – Realmente não era uma pergunta, depois do jeito que o garçom saiu segurando a caneta, eu percebi que ela gosta do controle que ela tem sobre nós.
- É porque eu já sei a sua resposta. – Colei meus lábios no dela, e ela rapidamente já abriu mais a boca, concretizando a perfeição que era quando nossas línguas estavam juntas. Nossas mãos percorriam os nossos corpos, as pernas dela estavam e cima das minhas, me deixando passar as mãos naquelas coxas que eu tanto sentia falta. Uma mão dela estava tocando minhas costas por dentro da camisa e a outra se decidindo novamente entre minha coxa e minha virilha. Era isso. Estar com ela, perto dela, beijando ela era a coisa mais certa do mundo. E eu adorava sentir que ela tinha o total controle sobre mim. Ela separou nossas bocas me fazendo desejá-la mais.
- Vou ao banheiro. – E lá se foi ela andando com aquele corpo, até que eu a perdi de vista. O tal garçonzinho voltou para perto de mim e disse:
- Senhor , a moça que estava com o senhor me mandou te entregar. – E ele me deu um papelzinho. Acho que o mesmo que ela tinha escrito há minutos atrás. Agradeci ao idiota que foi embora. Encarei o papel com receio. Vai que ela tivesse escrito que tinha ido embora, ou coisa parecida. Abri com medo e lá estava escrito: "Deixa de ser lerdo e vem agora pro banheiro feminino! Ah... E traga camisinha, xúh!". Eu já disse o quanto eu am... Adoro essa garota? Me levantei e fui andando já podendo imaginar aquele corpo que me deixava louco, quando se diz a respeito a ela. Andei pelo restaurante procurando a maldita porta que me mostrasse onde seria o banheiro feminino. Foi quando longe, distante das mesas, cozinha e garçons, distante de absolutamente tudo e todos eu vi a porta que estava escrito "WOMEN". Olhei pra trás e todos estavam ocupados demais com suas comidas e com as suas companhias que ninguém sequer iria reparar em um garoto indo ao banheiro.
Caminhei até a porta e bati três vezes, a porta abriu e ela sorriu me puxando para dentro do banheiro com ela.
Ela trancou a porta e antes dela virar eu a prensei, e ela riu baixinho. Ela se virou pra mim e colocou os braços na minha nuca dizendo:
- Eu sei que isso é cafona, e nem é do meu feito fazer isso, mas... – Ela abaixou a cabeça e levantou de novo dizendo nos meus olhos. – Eu senti muito a sua falta essa semana.
As bochechas dela coraram, e realmente ela não parecia fazer isso sempre. Eu a beijei. Como amo beijá-la. O nosso beijo era calmo, e delicioso. Ela estava prensada na porta e eu encostado a ela, quando comecei a sentir ela levantando meu suéter. Dei passagem para ele passar e antes de voltar a beijá-la, ela mordeu o lábio e foi no primeiro botão da minha camisa. Ela desabotoou botão por botão, e quando acabou ela passou as mãos na minha barriga até aos meus ombros, fazendo minha camisa cair e eu me arrepiar. A essa altura, eu só queria sentir os dedos dela tocarem a minha pele. Depois pude sentir ela pegar no meu cinto e o arrancar. Ela desabotoou minha calça e foi descendo juntamente com ela. Tirou minha calça, meu tênis, minhas meias, me deixando apenas de boxer. Beijou minhas pernas e foi levantando, as arranhando. Quando ela já estava em pé, ela trocou de posição comigo, me deixando encostado à porta. Ela beijou meu pescoço e mordeu minha orelha, e senti minha nuca se arrepiar. Agora era minha vez!
Peguei-a e procurei o zíper, passando minhas mãos por todo o vestido, fazendo-a morder o lábio com força. Achei e fui o puxando, já deixando a lingerie preta dela à mostra. O vestido tocou ao chão, e eu olhei para os seios dela. Como eu senti falta deles. Ela encostou o corpo no meu, e eu toquei suas costas. Logo eu já tirei o sutiã preto rendado que ela usava, e comecei a beijá-los, e a cada vez ela gemia me fazendo ficar mais excitado. Puxei nossos corpos para o chão, e fiquei por cima dela. Beijei e chupei a região do pescoço, ombros, colo e seios dela, e ela arranhava minhas costas. Quando voltei para o pescoço, ela, num movimento rápido, estava por cima. Ela beijou todo meu tronco e chegou à minha boxer. Tirou-a e me olhou com aquela cara de safada que ela sempre faz. Assim ela colocou-o na boca e começou o meu prazer. Ela fazia movimentos leves para começar. Fez com que eu me sentisse totalmente nas mãos dela. Ela começou a aumentar o ritmo. Ficava aumentando e diminuindo, fazendo meu desespero aumentar.
- Rá... Rápido... Por favor... ! – E finalmente ela obedeceu, começou a fazer esse 'vai-e-vem' com força e vontade. Quando eu já estava daquele jeito, ela parou puxou minha calça e disse:
- Cadê, ? – ? Ai... Agora sim eu estou duplamente excitado.
- De... Dentro da carteira. - Ela pegou a camisinha, abriu e a colocou com a boca. Logo ela já subiu em cima de mim me fazendo penetrá-la, e nós dois gememos de prazer. Ela liderou o ritmo e eu estava adorando aquilo. Ela me deixou ficar por cima, me fazendo penetrá-la com mais vontade e dando muito mais prazer a nós dois. Meu orgasmo chegou minutos depois, mas ela segurou no meu braço e disse:
- Por favor! Não pára agora! Eu estou quase lá, ! – Ela ia ter um orgasmo? UAU! Isso me fez penetrá-la com mais vontade a cada tempo, mesmo eu já estando muito cansado e quase sem forças. Alguns minutos depois, ela pegou meu suéter colocou no rosto, e abafou o grito que ela deu nele. Ela respirou fundo, e olhou pra mim com aquele sorriso que eu amo e eu entendi que eu já poderia parar. Saí de cima - e de dentro dela -, retirei o preservativo e joguei no lixo. Voltei para o lado dela.
Nós dois estávamos suados, e ambos com os cabelos bagunçados. Ela olhou pra mim, e eu a olhei. Nós dois sorrimos e eu tomei coragem para dizer:
- Eu amo ficar com você! – ela abriu mais o sorriso, e apoiada nos braços, ela disse me beijando:
- Eu também amo ficar com você, ! Mas acho melhor a gente sair daqui. Vai que alguém quer usar o banheiro.
Era verdade. Tinha me esquecido completamente que nós estávamos em um banheiro. E ainda mais feminino. Me levantei e a puxei, ajudando ela a se levantar. Nós dois trocamos olhares um sobre o outro, e de vez em quando trocávamos beijos e carícias.
Saímos do banheiro e ninguém reparou em nós novamente. Só o garçom que pediu desculpa pela demora da comida. Ele achou que tínhamos ido reclamar. Voltamos à nossa mesa, e ali sentados trocamos carícias, beijos e abraços. A comida chegou e nós comemos. Terminamos e ela disse enquanto o garçom tirava os pratos:
- Ai. Por isso que eu digo, não tem nada melhor do que uma comida simples, ao invés de brócolis com alcachofra. – Eu ri e ela também. Olhei para o garçom que terminava de recolher os copos, e os olhos dele estavam no decote dela. E isso me invocou! Quem esse cara pensa que é? Aqueles seios ali são meus! Ele olhou pra ela sorriu e disse:
- Os senhores desejam mais alguma coisa? – Os senhores ou ela? Porque é pra ela que você ta olhando, seu imbecil!
- Não, obrigado. – Disse seco.
- É. Obrigada moço. – Ela respondeu sorrindo. Assim que ele saiu, ela se virou pra mim. – Você está com ciúmes do garçom? – Ahn? Eu? Euzinho com ciúmes? Até parece... Por que raios eu teria ciúmes daquele cara?
- Não, . Eu não estava com ciúmes, ok? – falei decidido.
- Você estava sim! Eu percebi o jeito que você falou com ele. Se não era ciúmes, era o quê? – Será que ela estava certa? Não. Eu não fico com ciúmes nem da minha mãe. Como estaria com ciúmes dela? Impossível.
- , eu não estava com ciúmes. – Levantei meu tom de voz e comecei a mexer em um guardanapo e percebi que ela ainda me olhava. Mais eu não queria a olhar. Eu não poderia assumir um sentimento de ciúmes, pois quando você tem ciúmes quer dizer que você sente algo por aquela pessoa, e eu... Eu não posso sentir nada por ela. Porque é a segunda vez que a gente se vê, e é absurdo ter algum tipo de sentimento. Ela colocou o guardanapo na mesa e disse:
- Ainda bem que não é ciúme, porque você não tem motivos para ter. Agora, se não for incômodo, você poderia pedir a conta? Preciso voltar pro campus, porque amanhã tenho aula cedo. – Percebi que a voz meiga tinha sido substituída por uma voz que eu não soube identificar. Ela se levantou e saiu andando em direção ao parapeito. Enquanto ela andava, pude sentir meu estômago dar pulos de desespero.
Eu queria correr até ela e abraçá-la e beijá-la, dizer que era sim ciúmes, mas meu orgulho foi triplamente mais forte, e eu fiquei ali. Chamei o garçom e pedi a conta, ele me trouxe e eu paguei. Nós já podíamos ir embora.
Fui até o parapeito, parei perto dela, vendo o vento bater contra seu rosto e seus cabelos.
Ela mexe comigo de um jeito que eu não consigo entender. Chega a me dar náuseas. Preciso assumir... Em uma semana entre sexo no dormitório de um padre, telefonemas durante a semana, o encontro em um restaurante, e sexo no banheiro feminino, eu preciso assumir... Me apaixonei por essa garota. De uma forma rápida que eu não consigo se quer compreender. Respirei fundo e disse:
- Já podemos ir. – Ela piscou, colocou o cabelo para trás da orelha e olhou novamente a paisagem.
- Você que vai me levar?
- Claro! Não vou deixar você ir de táxi. – Não mesmo.
- Então vamos. – Ela se virou e saiu andando em direção à mesa. Fui atrás, ela pegou a bolsa e nós saímos do restaurante. No elevador nós não trocamos nenhuma carícia, abraço, beijo ou uma olhada sequer, e foi assim o caminho todo até a universidade.
- Obrigada pelo jantar. Foi muito... Agradável. – Ela me deu um beijo na bochecha, e me fez sentir falta dos lábios dela. Antes que ela saísse eu perguntei:
- Posso te ligar? – Ela parou com a porta aberta, e me olhou com aqueles olhos que me deixam sem ar.
- Pode, se você quiser. – Me aproximei dela, e quando eu ia beijá-la, ela saiu do carro. A vi andando em direção aos dormitórios, e meu coração começou a apertar. Sabia que tinha a magoado, mas eu sou homem e não gosto de demonstrar sentimentos. Mas com a é quase impossível. Eles ficam à flor da pele junto com a minha vontade de abraçá-la, beijá-la, acariciar seu corpo, e ficar inteiramente nas mãos dela. Porque é assim que eu me sinto. E o pior... Eu gosto.
Saí do carro e só vi a silhueta dela. Então resolvi gritar:
- ! – Ela se virou pra mim e respondeu:
- O QUE FOI? – Respirei fundo.
- EU SENTI CIÚMES SIM.
- O QUÊ?
- EU SENTI CIÚMES SIIIM! – Pude ver o sorriso se formar no rosto dela, e é esse sorriso que me deu força para correr até ela. Uma briga acontecia dentro de mim. Uma parte dizia que eu não podia expressar sentimentos, e a outra ecoava dizendo o quanto eu a amo, e por um milagre eu ouvi minha parte gay. Parei na frente dela, e vi seus olhos, sua boca...
- Eu senti ciúmes sim. Na verdade, eu estava explodindo de ciúmes. Me desculpe eu não ter te falado antes. É que meu orgulho falou mais alto. – Ela foi se aproximando de mim e colocou os braços no meu pescoço e com aquele sorriso me perguntou:
- E será que ser orgulho vai te deixar me dizer o porquê do teu ciúme? – Respirei fundo. Eu queria dizer, e não seria o meu maldito orgulho que me impediria de falar para ela.
- Senti ciúmes porque... Eumeapaixoneiporvocê. Pronto, é isso. – Ela arregalou os olhos e riu.
- O que foi que você disse? Fala mais devagar, ! – Ai... É melhor você desistir, . Não, eu não posso desistir. Você vai largar de ser frouxo e vai dizer a ela agora o que você sente. Pronto.
- É que eu me apaixonei por você, . E é por isso que eu senti ciúmes do garçom. – Ela deu uma risadinha e me olhou com um sorriso encantador.
- Tive medo que você nunca falasse isso. – ela suspirou forte, e meu coração disparou. Ela queria que eu dissesse. Realmente queria.
- Por que teve medo? – Perguntei, louco por uma resposta.
- Porque se você não me dissesse, eu não teria coragem de dizer que eu também me apaixonei por você. – Ela me ama. Caralho! Ela me ama. Eu a abracei e a rodei no ar, arrancando uma gargalhada gostosa dela. Nós nos beijamos e ouvimos o barulho de um trovão. Olhamos para o céu, e ele estava ficando totalmente coberto de nuvens pretas e carregado. Uma chuva pesada estava vindo por aí.
- Acho melhor você dispensar seu motorista. – Ela me falou fazendo aquela cara safada que ela sempre faz que eu amo, e que eu espero que ela só faça para mim.
Dispensei meu motorista e fomos correndo pelo campus da universidade. Entramos na parte dos dormitórios e chegamos ao quarto 412, que era o dela. Ela abriu a porta e pude ver a sala e a cozinha de lá. Eram grandes, bem decoradas com estantes de livros, CD’s, e uma parede com muitas fotografias.
Senti o seu corpo encostar nas minhas costas e me arrepiei por completo. Ela falou baixo e na minha orelha:
- A Laline e a Lays não estão em casa.
Eu ri, e percebi que a noite prometia. Mais isso é uma outra história.
FIM
N/A: Ai... Segunda parte de "O Padre". É, pois é. Queria agradecer a quem leu, e aprovou.
Agradecer:
A Tia Cema, que leu e me deixou mais animada para escrever;
A Biia, que leu, aprovou e mostrou pra Tia Cema;
A Laah, porque se não fosse por ela, as idéias pervas não sairiam;
A Laai, por me fazer imaginar;
A minha babaganuche Thatá, que me ensinou a pensar e desejar que essas coisas acontecessem;
A Cecília por me ajudar, e é claro... Obrigada a você que leu.
N/D: Digitadora again! E aí está a segunda parte...
Quem sabe não tem uma terceira? *lalalá*
E só quero agradecer a Naty por ter me deixado digitar, e a Tia Cema, que é a minha mamãe e me pôs no mundo! hahaha
Quem quiser entrar em contato comigo: bbea.trizz@hotmail.com; haha
Beeeijos Biia ;*