Era mais uma noite fria e escura em Londres, não havia nenhuma estrela sequer no céu, as únicas coisas visíveis eram as luzes que vinha das casas, como a luz do quarto de null, que estava jogado na cama, perdido em lembranças e pensamentos.

Flashback on -

- null... HAHA... para.. HAHA.. por favor! HAHA! –null, simplesmente adorava torturar sua namorada com belas cócegas.
- Só solto quando você disser que eu null null, sou o cara mais gostoso, lindo, sensual, perfeito e que você me ama mais que tudo nessa vida! – O garoto estava sobre null percorrendo as mãos pelo seu corpo.
- NUNCA! HAHA!
- Aé? Então você vai ver só! – null foi aprofundando as cócegas e a garota se contorcia em cima da cama dele.
- HAHA! Ta bom! Ta bom! Você venceu! Você é... HAHA... O cara... HAHA... Mais lindo, gostoso, sensual e perfeito e eu te amo mais que tudo nesse mundo! HAHA!
- É eu sei disso! – A cara de convencido de null resultou em um leve tapa em seu braço. null agarrou null de um jeito que ele caísse sobre ela. Seus rostos foram se aproximando lentamente, quando seus narizes se encontraram já podiam ouvir a respiração um do outro.
null selou lentamente os lábios de null, que logo abriu a boca e deu permissão para que o garoto aprofundasse o beijo.
null brincava com a língua de null, até que o beijo foi ganhando intensidade, romperam o beijo, mas não porque queriam, mas sim porque estavam quase sem ar. null olhou null nos olhos, e que olhos. A garota voltou a beijá-lo, mas dessa vez com muito mais intensidade.
null entrelaçou as mãos sobre o pescoço de null, e foi bagunçando seus cabelos. null tentava desesperadamente tirar a blusa de null, até que a garota percebeu as tentativas sem sucesso e ela mesma tirou. Em poucos segundos, suas roupas já estavam espalhadas pelo quarto de null. Seus corpos ficaram juntos parecendo um só. Concerteza aquela noite nunca seria esquecida.


Flashback off -


Aqueles pensamentos o matavam por dentro. Parecia que seu coração levava alfinetadas a cada lembrança. Doía muito lembrar que ela não estava mais lá, ele sentia falta de tudo: dos olhos, do perfume, do abraço, do sorriso, das idas ao parque, das brincadeiras idiotas, de absolutamente tudo. Era difícil encarar que o amor de sua vida estava morto. null se levantou e foi até a janela que estava aberta, sentou no batente e ficou olhando para o céu. Sua cabeça logo foi tomada pelas lembranças do dia do acidente.

Flashback on:


null mal conseguia desligar o telefone por causa do choque que havia levado. Levantou do sofá, pegou suas chaves e foi direto para o hospital.
‘ Não! Não com a minha null!’ Aquilo prevalecia em sua cabeça, podia ser com quem fosse, menos com null.
null estacionou e saiu correndo para dentro do hospital. Passou pela recepção e pediu informações para saber aonde estava a garota. Subiu o mais rápido possível para aonde se encontrava null. Estava apavorado, a única coisa que podia ouvir naquele momento era seu coração que batia desesperadamente.
Quarto 127. Lá estava. Era ela. Seus olhos se encheram de lágrimas quando viu null deitada naquela cama, naquele quarto. Sua mãe estava ao seu lado aos prantos. null estava desacordada, em sua cabeça havia um ferimento grande, o que parecia ser profundo. Seu corpo continha leves arranhões e estava pálida, muito pálida.
- O que... Como? –null mal conseguia falar, era muita coisa para sua cabeça.
- null... O carro... Ela bateu... E os médicos disseram que... – A mãe de null chorava descontroladamente, mal conseguia terminar a frase.
- DISSERAM O QUE? – A voz de null levantou sem ao menos perceber, queria saber imediatamente o que estava acontecendo.
- Que ela tem menos de um dia de vida! – Depois de ouvir aquilo, parecia que seu mundo tinha caído, não tinha mais controle sobre o seu corpo. Uma dor forte foi tomando conta de seu interior, nem parecia que era null que estava morrendo. Lágrimas e suspiros de dor. Eram as únicas coisas que permaneciam naquele quarto.
- Será que eu posso ficar um pouco com ela? Sozinho? – O garoto pediu calmamente para a mãe de null que em um aceno respondeu que sim. Abriu a porta e saiu. Era melhor assim, ela não ia agüentar mais um segundo lá dentro. null se sentou ao lado de null e a observou por alguns minutos, pegou sua mão e fazia carinho.
- null?- A voz de null estava fraca e quase não se ouvia, ela tinha acordado.
- null! Eu.. –null foi interrompido por null.
- Não fala nada, ok? Eu só quero que saiba que você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Você me deu o sentido da vida. Com você eu passei bons momentos e que eu sempre vou te amar. Quando estiver sozinho ou com medo, olhe para o céu, não importa como, mas eu estarei lá, olhando por você. Amor eterno, hoje e sempre!
- null, me desculpa qualquer coisa, eu te amo e sempre vou te amar. Nunca vou te esquecer, nunca. Amor eterno, hoje e sempre!– null após de dizer isso selou os lábios de null com um beijo suave e ao mesmo tempo intenso, ele sabia que aquele seria o último. Os aparelhos começaram a apitar e os médicos entraram rapidamente no quarto.
Sim, null havia morrido. As lágrimas no rosto de null foram descendo impacientemente, uma atrás da outra.


Flashback off –


Um sorriso foi se manifestando no rosto de null. As últimas palavras de null o faziam bem. Ele sabia que ela o amava e que sempre estaria lá, olhando por ele. Olhou para o céu mais uma vez e reparou em algo. Uma estrela, uma pequena e brilhante estrela. Ele podia sentir, era ela. Como sempre, ela estaria lá.
null ouviu as palavras ecoarem em sua cabeça: ‘ Amor Eterno, hoje e sempre"’


Fim 8D

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