-Dougie? O que faz aqui? – perguntou Danny ao ver Dougie mal-sentado no sofá, quase caindo de sono – Não me diga que estava esperando-me.
-Não! Eu ‘tava assistindo TV, juro.
-Animal Planet? – perguntou com um sorriso cínico.
-Ahm, eu ‘tava passando os canais... e vi uns vídeos engraçados e... Ta, eu ‘tava te esperando, onde você esteve?
-Dougie, se você continuar desse jeito eles vão descobrir – Danny disse sério e colocando seu casaco de couro na cadeira, e as chaves na mesa.
-Mas... – Dougie tentou replicar.
-Mas nada, falamos disso depois, agora ‘to cansado.
-Ainda não me disse onde esteve.
-Não é do seu interesse.
-Essa conversa não terminou. – disse Dougie se levantando violentamente e indo até seu quarto, esperando que ninguém acordasse com o som da sua porta sendo batida.
Danny ficou na sala por uns instantes, será que o que faziam era certo? Ainda existiam as fãs, o que pensariam? Se bem que já há muitas que acham isso. Ele sacudiu a cabeça a fim de espantar esses pensamentos, foi até seu quarto e se jogou na cama, tirou seus sapatos e os jogou para longe. Mas a dúvida o perseguia, era certo? Com uns pensamentos mundanos foi adormecendo, afinal, eram três horas da manhã.
-O que foi aquela batida de madrugada? – perguntou Harry sonolento à Dougie que já estava sentado na mesa.
-Nada, só um pouco de raiva.
-Nada, mesmo? – perguntou Tom chegando com uma caneca e sentando na sua frente, quem sabe não conseguia arrancar uma confissão?
-Raiva, já falei! – Irritou-se Dougie, levantou-se levou a louça até a pia e foi para o seu quarto, sem encarar seus amigos.
-O que deu nele? – se perguntou Harry.
-Eu vou saber? – disse Tom dando ombros – TPM!
-Dougie? – disse Danny entrando com cuidado no quarto do menor.
-Que é? – perguntou com a voz abafada pela almofada que comprimia contra seu rosto.
-Vamos sair? – ele perguntou com um meio sorriso.
-Onde?
-Aquela sorveteria serve? – perguntou.
-Deixa eu me arrumar – disse sério.
-Olha Dougie, eu sei que te devo explicações, e eu vou dá-las a você no tempo certo, ok?
-...
-Dougie, olha para mim! – Danny pediu, Dougie olhou. Não deveria ter olhado, na sua própria opinião. – Isto é tão novo para mim quanto é para você.
-Eu sei Danny,mas não sei o que fazer, eu já comecei a precisar de você, é estranho, dispenso mulheres, por que simplesmente imagino teu rosto, e não consigo! – ele disse derrotado, Danny sentou do seu lado, e não hesitou em dar-lhe um abraço, afinal, acima de tudo havia a amizade.
-Vai, arrume-se, te espero lá em baixo.
-‘Ta bom – ele respondeu.
Enquanto caminhavam, um ao lado do outro, suas mãos roçavam inconscientemente, quando acontecia, eles se olhavam envergonhados, nenhum conseguia decifrar o que estava acontecendo com eles. Chegaram à sorveteria e pediram o de sempre, Dougie pagou. O silêncio instalou-se entre os dois, um silêncio daqueles bem incômodos.
-Bom, vamos conversar? – perguntou Danny.
-É para isso que saímos de casa, eles não podem ouvir nada – responder Dougie.
-Ontem, eu encontrei com a Olívia... – Danny disse envergonhado, como se estivesse contando uma traição. Dougie tinha uma cara atônita, ele teve mesmo a coragem de fazer isso com ele?
-Co-como? Olívia?
-É, a gente saiu ontem, por isso cheguei tarde em casa, a gente transou e tal, mas Dougie, eu juro que não é a mesma coisa.
-Danny, você só conta isso para me fazer sofrer?
-Não, é para que você perceba que o que sinto por você é maior.
-Danny, e-eu, ai droga, tudo isso é tão estranho e repentino.
-Eu sei, eu achava que era uma fantasia sexual, só – Danny disse sério, porém Dougie começou a rir.
-Você transou comigo por que eu era uma fantasia sexual? Sua? – Danny enrubesceu e assentiu. – Eu não tenho a menor idéia de por que fizemos isso, simplesmente aconteceu...
-Dougie?
-Diga...
-Você quer continuar? Ou sei lá, deixar de lado...
-Não, vamos continuar, afinal, tenho curiosidade, o que é o que sinto por você?
-Há, eu sou irresistível até para você – Danny estufou o peito.
-Cala a Boca, idiota – Dougie disse rindo – Vamos?
-Que tal um motel?
-Que tal uma moita?
-Prefiro o motel mesmo – disse Danny rindo.
Danny ia dirigindo, pois, sabia o caminho de cor, quantas mulheres havia levado até lá? Na real havia perdido a conta, mas agora era diferente, era o Dougie que estava do seu lado, calado, apenas observando a janela. Chegaram, pediram um quarto, e o cara, que sempre o recebia até achou estranho, afinal, aquele não era seu companheiro de banda? Vai saber!
No elevador, lado a lado, Dougie pegou sua mão, estava quente, uma sensação tão boa para ele, Danny apenas a apertou e fechou os olhos até que chegaram ao andar certo.
-Qual o quarto? – perguntou Dougie.
-369 – disse Danny com um sorriso malicioso, que fez o Dougie revidar.
Danny pegou a chave, e não conseguia nem coloca-la na fechadura, pois Dougie já beijava seu pescoço. Era incrível como apenas seu toque fazia-o arrepiar-se. Quando finalmente conseguiu abrir a porta do quarto percebeu que sua camiseta fora arrancada com violência, era disso que ele mais gostava, quando estavam sozinhos, nada interferia. Era ali que seu eu realmente saía à mostra. Os lábios vermelhos era um dos fatores em comum, aparentemente não só isso.
-Danny, odeio sua calça, definitivamente – disse Dougie ofegante, esperando que Danny abrisse sua calça para que mais uma vez pudesse arrancá-la, como costumava fazer. Danny notou o medo no semblante da sua face, apenas o agarrou pelo pescoço e o pressionou contra seus lábios, precisava daquilo, era um desejo urgente, algo insaciável. Suas Mãos iam despindo-o com carinho, ao contrário do Dougie, que era mais o tipo selvagem. Faziam uma perfeita combinação. Foram empurrando-se até esbarrarem na cama, era isso o realmente faltava. Danny deitou cuidadosamente acima do Dougie, como se tivesse medo de espremê-lo, de tão delicado lhe parecia nesse instante, já Dougie não agüentava mais, queria logo sentir o Danny dentro de si. Assim que o Danny penetrou-o ele gemeu, gritou e praticamente gozou na primeira. O ritmo aumentava, o suor era excitante, Danny masturbava Dougie com uma das suas mãos, com a outra apenas segurava o quadril dele, fazendo com que ficassem apertados. Claramente se viam os arranhões que Dougie fazia no peitoral do Danny, este por sua vez parecia estar cada vez mais prestes a gozar, no ápice, avisou Dougie, dentro dele ainda Dougie sentiu a pressão que aquilo lhe causava, exausto Danny relaxou em cima do corpo do Dougie, a respiração ofegante pairava no seu ouvido, sabia o que estava por vir; era a vez dele.
Num instante Dougie conseguiu virar-se debaixo do pesado corpo de Danny, e o abraçou fortemente, fazendo com que sua boca procura-se quase que automaticamente a do Danny, fazendo com que suas línguas brincassem juntas, já quando suficiente Dougie afastou-o e deu um sorriso malicioso, que Danny logo entendeu, este logo sentiu sua cabeça sendo empurrada para baixo. Ele ia cuidadosamente beijando cada detalhe do corpo de Dougie, passou por cada um de seus mamilos, ao redor de seu umbigo e lambeu sua virilha, provocando-o, sentia o corpo de Dougie se remexer em prazer abaixo do seu, este puxava os cabelos encaracolados com força, e pedia para que ele fosse logo. Danny não pensou duas vezes, enfiou o pênis de Dougie na sua boca e começou a sugar, com força, dava umas leve mordidas e logo sentiu aquele liquido levemente doce na sua boca, ele sem querer, engoliu, tinha escapatória?
O resto da tarde, eles passaram ali mesmo, no motel, abraçados, onde não eram criticados, nem mal-vistos. Ali era onde realmente podiam mostrar-se, ser verdadeiros.
-Acho que está na hora de irmos, afinal, fomos à sorveteria, lembra? – mencionou Dougie.
-Verdade, acho que Harry e Tom devem estar nos procurando, vamos, eu pago o motel, você pagou o sorvete – Danny deu uma piscadela marota fazendo o Dougie dar uma gargalhada.
Quando voltavam para casa, era, mais uma vez, aquele silêncio, que o Danny, que dirigia, quebrou.
-Dougie...
-Oi! – ele respondeu sorridente.
-Eu acho que...
-Eu sei, eu também te amo.