Quando o destino é sacana
by LulyLee

betada por Juu




- Valeu, gente! - me joguei no sofá com uma cerveja nas mãos.
- null, você tem que entender, é um compromisso de casais, é um baile dos namorados. E você... não tem namorada. - null sentou-se ao meu lado tentando me consolar
- Mas ele...
- Tá viajando, null! - berrei. - Quer saber? Vão embora, vai... me deixa aqui em paz, abandonado. Com a última cerveja pela metade....- fiz uma cara de cachorrinho molhado do lado de fora de casa, mas não comoveu nenhum dos filhos da puta, todos se levantaram e me largaram lá.
- Ok, baby, cuide bem da casa!! - null acena como um idiota da porta seguido por null.
- Cara, não bota fogo no apê, tá? Senão a gente vai ter que dormir do outro lado do corredor, com o null e com o null, e você sabe que dormir com eles, tipo... não é nada legal, então...juízo, ok? - Dude, o null é tão gay às vezes, parece uma mulherzinha. Vai logo sua praga, me larga mesmo.
- Relaxa, cara, eu vou arranjar alguma coisa pra fazer.- Some logo, sua peste, vai lá pegar sua gordinha vai.
- Ok, give me a kiss. - null faz aquele biquinho nojento.
- Não, esquece cara, eu não sou o null - sério, isso é muito gay!!
- Vai me dá um beijinho, vai! - Eu encarei aquele bico estranho dele e senti o vômito subir pela garganta.
- Sem chance. Tchau, null, divirta-se! - falei colocando a mão na boca e com a outra empurrando-o pra fora e batendo a porta.

Legal, parece que eu sou o único ser humano na face da terra que não vai a uma boate em Londres! E essa não é qualquer boate, essa é a Open. Só a boate mais badalada de toda Londres e região! Mas beleza! Tá tudo bem! Não é difícil arranjar mulher, né? Principalmente eu! Eu sou null X null! Eu sou do McFly, nossas songs estão em todas as rádios e já fizemos uma turnê! Mas eu não sou só null X. Eu sou null Triple X! Quer apostar que se eu sair pra ir no Wal-Mart eu sou assediado e posso escolher quem eu trago pra casa?

Então, lá estava eu, caminhando pelas ruas de Londres atrás do Wal-Mart mais próximo, afim de pegar alguma gata. Eu sou um cara, quer dizer, eu sou um cara gostoso! E eu, sendo um hot guy posso muito bem sair pra comprar cerveja e voltar com hot chicks.
Mas não foi bem o que aconteceu. As ruas de Londres pareciam mais solitárias do que eu. Tá, tava nevando um pouquinho, mas isso não é motivo pra parar a cidade certo? Acho que nem um mendigo eu vi. Sinistro, por sinal. Mas para o meu sossego eu finalmente vejo um estacionamento enorme vazio e uma grande placa brilhante com uma das letras piscando. Não era um Wal-Mart mas era uma BlockBuster! Acho até que é melhor!
- Noite fria, ham. - o segurança comentou, fiz que sim com a cabeça e continuei.
Talvez fosse melhor pegar uns filmes mesmo, graças a Deus que vende cerveja aqui.
Adivinha só?! Vazio! Não tinha quase ninguém no lugar. Isso é uma merda, cara. Parece que minha noite estava destinada a ser uma merda. Se eu não encontrar nenhuma garota gostosa antes de sair dessa merda de loja, eu juro que me mato. Pra que eu iria querer viver mesmo? Minha vida é uma merda, tudo aqui é uma merda, caralho!!
Peguei um filme de terror, 'O Grito 2', se por acaso eu voltasse com alguem pra casa, que ficasse com muito medo e se abraçasse em mim. E caso eu não voltasse com ninguém (sim, nesse momento eu já estava me conformando com a situação; e não, eu não estava duvidando da minha capacidade) aluguei a trilogia de 'De volta para o Futuro'. Peguei uma caixa de cerveja, alguns salgadinhos e pronto, acho que essa seria minha noite.
Mas uma chama de esperança reacendeu em mim enquanto eu caminhava para o caixa. Ou melhor, A caixa: e que caixa. Oh, God, thanks! Parece que Deus ainda me ama. Ela é mais do que gostosa! Cabelos mel com mechas loiras, olhos castanhos e uma maquiagem pesada, estava com um uniforme amarelo que mais parecia um vestido de lanchonete, corpinho perfeito de violão. Cara, ela é foda.

- Que noite, hein? - comentei tentando parecer confiante. Ou melhor, sendo confiante.
- Yep. - ela falou como se não tivesse nem olhado pra minha cara. Cara, qual é, eu sou null! Do McFly! Olhe para mim! - Identidade por favor.
- Então... você gosta de trabalhar aqui? - tentei desviar a atenção. Ela me olhou com um bico e um olhar meio... de desprezo.
- Trabalhar numa locadora sempre foi meu sonho! Eu ganho salário mínimo, chego às oito da manhã e saio às onze da noite, do que mais eu preciso? - ela olhou pra mim como se fosse óbvio - Se é assim que você ganha garotas, deve ser por isso que está alugando filmes numa sexta a noite.
- Tá certo, foi mal. Mas não precisa ser grossa! E outra coisa, e se eu estiver alugando filmes por que tenho alguém me esperando em casa?
- Ah, claro, pode ser. Mas se você tem alguém te esperando em casa por que você tentou me cantar?
- Ah.. eu...
- Isso significa que você é um galinha certo? - ela ficava me interrompendo e me impedindo de me defender.
- O quê? Não..
- Será que todos os homens são assim ou é só voce?
- Tá, então eu vou falar com o gerente! - Todo o desprezo e o sarcasmo que tinham no rosto dela sumiram e viraram preocupação.
- Não faça isso! Por favor! Eu ... e-eu só estou nervosa por que faltam 20 minutos pro meu turno acabar e aparece alguém pra dificultar as coisas. É só isso. Se derem mais uma queixa de mim pra ele, eu vou ser despedida, não faça isso.
- Quer dizer que é um hábito você ser assim? - Você sabe quem eu sou?Ela sabe quem eu sou?? Eu sou null do McFly! Voce não tem o direito de me tratar assim! Sua... sua... baranga de pernas perfeitas!! - Quer saber? Eu não falo com o gerente, mas só se você pedir desculpas! - Eu não sou tão dramático assim, acho que era por que eu estava meio pra baixo... mas que se foda.
- O quê? Eu não vou pedir desculpas por dizer a verdade! É crime dizer a verdade?
- Ok, - falei calmamente - onde é a sala do gerente?? - e sorri finalizando a conversa.
- Tá bom!! - ela respirou fundo, e adorei ver aquilo, ela estava se sacrificando, deixando o orgulho de lado, eu me senti poderoso. Yeah! null is back!! - Me desculpe, senhor. Satisfeito?
- Você não tem nem idéia... - notei um pequeno sorriso no canto da boca dela.
- Posso ver sua identidade, SENHOR? - ela colocou uma entonação no "senhor" e me fez sorrir de novo.
- Já te disseram que você tem olhos muito bonitos, hum... - olhei pro crachá acima de seu peito. - null. - null! Que nome bonito!
- Muito obrigada. - ela agora sorria conformada que eu não iria embora tão cedo.
- null, posso te chamar de null?
- Não, não pode. Posso ver sua identidade, por favor? - ela não conseguia parar de sorrir. Eu sou foda.
- E então, null, se você não gosta, por que trabalha aqui? - Ela suspirou e olhou pro guarda na porta, que estava quase dormindo.
- Eu estou juntando dinheiro pra faculdade.
- Hum... - Comecei a revirar minha mente a procura de mais algum assunto antes que a situação ficasse constrangedora.
- Posso ver sua identidade agora, por favor? - ela estendeu a mão, eu sorri e puxei minha carteira. - Lamento, senhor, mas não tem idade pra comprar cerveja.
- Então é isso? Depois de me segurar aqui esse tempo todo você não vai me vender a cerveja?
- Eu te segurei aqui? Era só o que me faltava. - ela gargalhava mostrando um piercing na lingua.
- Putz... Minha vida oficialmente acabou. Sem mulher e sem cerveja, com meus únicos amigos em um pub badalado e eu aqui em uma locadora, onde eu não posso nem comprar cerveja. - ela pareceu olhar com pena sorrindo - E então? Você vai fazer o que esta noite?
- Depois de trabalhar o dia todo? Eu vou me acabar de dançar! - nós dois rimos, o sorriso dela era lindo, já comentei isso? - Não tenho planos pra esta noite, vou voltar para meu apartamento com uma nerd e uma emo.
- Uau. Então...
- Você não vai me chamar pra ir pra sua casa, né?
- Na verdade...
- Cara, sério, você precisa de ajuda. Não se chega numa mulher assim! Você nunca vai conseguir nada desse jeito!
- Pra sua informação eu posso ter quantas garotas eu quiser.
- Nota-se claramente. - ela riu - É sério, as garotas que você tem, você só as conseguiu por causa do rostinho bonitinho e da sua fama.
- Você me acha bonito? - fiquei todo abobado e me senti o garanhão, ela corou levemente.
- Bonitinho, feio arrumadinho. - eu ri. Parece até que eu estava me divertindo com a caixa da BlockBuster. Que noite...
- Seria muita cara de pau eu te chamar pra sair?
- E se eu aceitasse... nós iriamos sair?
- Bom... não, iríamos assistir filme lá em casa, mas podemos...
- Já ia falar mais besteira, null?
- Como você sabe?
- Tava meio na cara, né, deve ser por isso que voce não fala muito nas entrevistas, por que eles não deixam. Você só fala besteira!! - elas ria e eu apenas observava o piercing indo e vindo na língua dela.
- Então... você me conhece! - ela sorriu novamente...eu devo ser muito fofo, ela tá sempre sorrindo! - Mas isso foi um sim? - ela mordeu os labios e eu fiz um olhar de cachorrinho molhado.
- Não esqueça as cervejas. - ela pegou o casaco e a bolsa debaixo do balcão.
- Vai me deixar comprar cervejas?? Eu sou um menor de idade irresponsavel. - Não é mentira... sou mesmo, admito.
- Você não está comprando cervejas, eu estou. Mas você está pagando. - uau. Eu sou foda, mas ela é mais foda que eu. Eu sorri e peguei as sacolas. - Paul, fecha e toma conta de tudo??
- Faltam 5 minutos ainda, null. - O velho olhou pra mim desconfiado.
- Você pode quebrar esse galho pra mim?? Por favor! Ele é amigo do meu irmão que pediu pra ele vir me buscar, eles estão na casa da Meredith a duas quadras daqui.
- Tá... mas só hoje! - ela deu um beijo na bochecha do guarda e veio até mim. Caminhamos lado a lado calados até o fim do estacionamento.
- Quem é Meredith?
- Não faço a mínima idéia. - nós rimos juntos. Eu nem conhecia essa menina, e já gostava mais dela do que muita gente. Tipo, a Fernie do TOTP! Ela pode até ser razoavelmente bonita, mas é um porre!! Só eu acho isso?
Abri a porta do apartamento e liguei a luz. Ela fez uma cara de espantada com a bagunça.
- Aqui é bem aconchegante.
- Desculpa pela bagunça... mas sabe como é, dois caras juntos não dá muito certo.
- Eu achei até bem arrumado, eu esperava mais pizzas espalhadas e provavelmente mais pacotes de camisinhas.
- O null é mais arrumadinho do que os outros. Inclusive ele é meu melhor amigo.
- Fascinante... - ela fez uma cara de entendiada sorrindo. - Então, vamos ao filme?
- Ah, claro. - desdobrei o sofá, em uma cama e enchi de almofadas, liguei o ar pra dar aquele clima geladinho e fiz um sinal para que ela se sentasse.
- Espera!! - ela berrou quando eu ia me sentar ao seu lado. - Pipoca de microondas!
- Pipoca de microondas?
- É! Você tem aí, não tem?
- Tenho... mas, pipoca de microondas vem com tanto sal e deixa a boca tão ressecada... - eu não sou gay, tô pouco me fodendo pra minha boca, eu só não quero estragar a boquinha dela!
- Você por acaso não quer deixar a minha boca ressecada na intenção de no meio do filme rolar algo mais, estou certa?
- O quê? - coloquei a mão no peito e abri a boca - Como você pode falar algo assim de mim? - falei entre risadas, ela apertava os lábios se segurando para não rir. Mas era muito lindinha, toda pequeninha, baixinha, com aquela maquiagem pesada, parecia uma bonequinha! E com o sorriso mais lindo do mundo... tá talvez não tão bonito quanto o da Hilary Duff.
- Mr. null, se conforme que você não vai transar com ninguém hoje. - ela falava sorrindo e indo para a cozinha.
- Primeiro: eu não transo... eu faço amor - escutei alguma coisa cair na cozinha e altas gargalhadas - E eu não transo com ninguém hoje porque eu não quero. E eu só não te peguei ainda porque não to afim, que é só eu estalar os dedos que você vem, tá! - o barulho foi ainda mais alto e eu escutei algo como um gemido, corri até a cozinha e parei na porta, ela estava deitada no chão, vermelha, se matando de rir.
- Hohoohohoasuauuhaas... você....uasuasuaussduuuausau... você... - estou te poupando dos vários minutos que fiquei parado encostado da porta com os braços cruzados e bocejando até ela parar de rir.
- Tá... não é pra tanto. - escutei um "é, sim!!" entre os gritos.
Depois de muito esperar e a menina se recompor estávamos sentados, quase deitados um ao lado do outro no sofá, estava começando a ficar frio.
- Eu vou pegar um cobertor pra mim, você quer um também?
- Não, eu uso o seu.
- Melhor, vamos ficar agarradinhos - eu fiz uma cara de safado e ela balançou a cabeça revirando os olhos.
Quando o segundo filme terminou, eu estava prestes a me levantar pra colocar o próximo, mas ela estava com a cabeça no meu peito, adormecida. Me estiquei cuidadosamente e peguei o controle, coloquei na TV a cabo e fui para o guide, enquanto procurava os canais ela sussurrou alguma coisa.
- null... - ela falou baixo ainda com os olhos fechados, respondi um "hum" - Tira desse canal pornô... - quando eu olho para a TV eu realmente tinha parado num canal pornô, é claro que foi mera coincidência... Droga, não transo, não beijo, e não vejo pornô!
- Quer que eu te leve pra casa? - sussurrei em seu ouvido, notei os pêlos de seu braço se arrepiarem, dei um sorriso interno.
- Não, fica aqui. - ela agora se ajeitava e puxava meu braço para que eu a abraçasse. Adormeci abraçado com ela, claro que eu preferia uma noite de sexo selvagem, mas durante o sexo a garota não faria comentários sarcásticos e nem chamaria o Marty de burro por fazer alguma coisa muito sonsa.

De manhã, o barulho da TV me acordou, mal dava pra vê-la debaixo do cobertor, levantei com o maior cuidado do mundo para não acordá-la e fui direto para o banheiro do corredor pra arrumar o cabelo(N/A: ai aiii husauhasuhasuas). Quando saí, passei no quarto de null, e ele babava em cima da alguma calcinha e tinha um sutiã rosa tamanho família em cima dos olhos. Então escutei a porta bater.
Corri pra sala e dei de cara com null, parada me olhando ajeitando os cabelos loiros.
- Pensei que você tinha ido embora. - falei dando graças a Deus que ela não tinha ido.
- Eu? Eu não transei com você, não há necessidade de sair correndo, né? - ela sorria, todo mundo de manhã é uma desgraça mas ela, com um shortinho curto e uma blusinha de alça e o cabelo preso em um rabo de cavalo, até com bafo essa mina é foda.
- Então quem...
- Alguma garota com cabelos vermelhos e mechas roxas.
- Ah, então era na calcinha dela que o null está babando.
- Por acaso ela não esqueceu um sutiã tamanho família também não? - nós dois rimos. - Porque ela estava com uma blusinha branca e o negócio não era pequeno.
- Droga, eu perdi isso!
- São falsos!
- E daí?? - nós dois rimos por algum tempo.
- Então vamos limpar essa bagunça?
- Nós temos empregada...
- Eu acho que não, aqui em cima da TV tem um bilhetinho dizendo: " Sr. null e Sr. null, desculpem, mas trabalhar aqui é pior do que ser pega pela imigração 4 vezes! Consuela"
- Bem que eu notei que meu copo estava sempre sujo.
- Voce não notou a cama desarrumada, não?
- Na verdade, eu tinha pedido pra ela não arrumar minha cama por que eu gosto dela bagunçada. - ela deu uma gargalhada. - Mas pode deixar que eu vou contratar outra.
- E o null e o null?
- Do outro lado do corredor.
- Então pra que vocês se mudaram se vão ficar tão próximos assim?
- É pra cada um ter seu espaço. Eu sou muito bagunceiro. E muito barulhento. Eu tenho muitas coisas, muitas revistas, cds...
- Muito pornô?
- Yeah. E os caras não gostavam da minha bagunça pela casa toda, aí eu me mudei pra cá, mas não dá pra ficar sozinho, aí veio o null. E os outros dois não quiseram ficar longe. Aí acabou assim.
- Uau. - de repente o celular dela que estava na mesa começou a vibrar loucamente até cair no chão e apertar o botão de atender automaticamente e começar a gritar.
- "null! null null! Você está 10 minutos atrasada! Eu espero sinceramente que você esteja vindo! Eu espero que você já esteja na esquina!!" - o celular berrava
- Droga! Que horas são? - olhei pro microondas e dizia 8:10 - Cara, eu to tão atrasada! Ele vai me matar!
- Cara, hoje é sabado.
- Mas eu trabalho mesmo assim! Até no domingo eu trabalho! - fiquei olhando ela correr de um lado pro outro da sala recolhendo suas coisas.
- Escuta...- ela parou e me encarou - Você quer fazer alguma coisa?
- Cara, eu tenho trabalho.
- Mate o trabalho. Só hoje. Venha comigo.
- O quê? Como? Mas eu... vou perder meu emprego!
- Só hoje.
- Eu... eu não posso. - ela vestiu o vestido o mais rápido que pôde, jogou suas coisas na bolsa e saiu com a sandália na mão batendo a porta. Eu olhei ela sair sem fazer nada.
Mas eu não podia deixar ela ir. Não, eu não estou apaixonado, não se iluda. Mas eu me divirto com ela.
Saí correndo e desci as escadas como um louco desesperado. Parei na frente do elevador ofegante e esperei ele chegar. Lá estava ela, abaixada calçando a sandália.
- null, não vai. Só por hoje. - eu estendi a mão para que ela se levantasse. Ela hesitou.
- Eu vou ser demitida.
- Então seja. Venha comigo. - eu estava confiante(o que é raro) e sorria. Ela segurou minha mão e se levantou, eu entrei no elevador com ela e nós dois subimos calados. Abri a porta do apartamento e entrei atrás dela.
- null... o que eu vou fazer sem um emprego?
- Viver.
- É? Mas pra viver tem coisas que você precisa. Como eu vou pagar o aluguel, comida, roupas...
- Arranjando outro emprego.
- Mas até lá como eu vou viver?
- Ah, sei lá... morando comigo...
- O quê? - ela ficou pasma e me encarou. - Você tá brincando, né?
- Não, sério.
- null... eu acabei de te conhecer. É muita cara de pau se eu...
- Eu não ligo.
- Ah, pára.
- Tá bom, então, mas o convite tá feito.
- E então o que vamos fazer hoje que seria tão importante que eu poderia perder meu emprego? - fiz uma cara emburrada. - Mas que com certeza deve ser muito bom! - eu sorri e segurei sua mão.

null's Pov [N/A: essa é a parte da fic q a narração passa a ser feita por você fofa! (uau, isso soou tãão falso)]

- O que você quer fazer? - ele me encarou com aqueles olhos null e com mechas do seu cabelo caindo rosto.
- Ah... sei lá. Me surpreenda. - A porta do elevador abriu e nele estavam null e null.
- Ah, mas ele vai te surpreender! - null falou com uma cara emburrada e inchada. - O null aqui e mais o null, o null, que tá terminando de se vestir, e a minha pessoa temos uma sessão de fotos. - Eu olhei pra cara de null, ele largou minha mão rapidamente e fez uma cara preocupada.
- Cara... eu não posso ir...
- Cara, você não pode faltar. - null passava as mãos no cabelo ajeitando toda hora.
- Mas então, já que o null não nos apresenta... Eu sou null, prazer! - ele estendeu a mão sorrindo.
- null... o prazer é todo meu...
- E você é o quê do null?? Amiga da null?
- null? - eu parei viajando um pouco. Quem diabos era null? Como assim null??
- É... ela é a melhor amiga dela e veio aqui pra saber como é que ando... já que eu perdi meu celular...- Ahhhh tá... essa é a null!!!
- Ham... - null levantou as sobrancelhas, mas eu não sabia bem se eu sorria educadamente ou gritava desesperadamente. Não conseguia falar absolutamente nada. No mesmo momento null abre a porta do apartamento deles com um tênis na mão.
- Toma null, coloca aí, vamos logo, Fletch já tá ligando de novo.
- Então, desce com a gente? - sorri e fiz que sim com a cabeça, o clima no elevador entre eu e null estava péssimo, não dizíamos uma palavra sequer. null e null conversavam algo sobre o cabelo do null estar muito bagunçado e null bocejava quase dormindo em pé.
Na rua, null levantou o braço e um taxi parou em sua frente. - Você divide com a gente? - ele sorriu e eu fiz que não com a cabeça.
- Não... eu vou pra casa de uma amiga minha... e da null - lancei um olhar a null e ele abaixou a cabeça com o olhar perdido.
- Vemos você depois então...? Como é mesmo seu nome?? - null falou tentando inultimente lembrar meu nome. Eu murmurei um "Sushienéhéh" e fui andando com o casaco na mão e a bolsa pendurada no braço. Não olhei pra trás.
Caminhei direto pra loja me sentindo uma idiota. Mas afinal eu não sabia o por que de estar me sentindo assim. Quer dizer, eu neguei sexo à ele a noite toda, neguei tudo à ele, nossa relação não era nada... Nós éramos amigos... De muito pouco tempo, mas éramos amigos. E ele não me deve satisfação nenhuma, e realmente não me importo quem é null. Ela não é nada. Ele não é nada. E eu não sou nada pra ele.

A caminhada pareceu mais longa do que ontem de noite, cheguei na loja, e Paul me deu um olhar de reprovação. Andei com o rabo entre as pernas até o escritótio do meu chefe. A porta era de uma madeira velha e escura e em letras douradas estava escrito" Mr. Caldwell", dei três leves batidas e abri. A cadeira virou-se e meus olhos encontraram os dele. Pareciam que iam saltar pra fora do rosto, ele apertava os punhos e fumava um charuto grosso. Fechei a porta, sentei na cadeira, abaixei minha cabeça e fechei meus olhos.
Ia ser um longo dia.

###*

- Atenção, caixa numero 3, null null, por favor compareça à gerência imediatamente. - Tá valeu, que porra que eu fiz errado agora?
- Me chamou (de novo)? - estampei meu sorriso mais falso no rosto.
- Sim, eu requisitei sua presença. Feche a porta e sente-se. - Ele fechou a janela que dava pra dentro da loja e começou a dar voltas e voltas na sala.
- Você sabe que não é a melhor de minhas funcionárias não sabe? - tá, e você vai fazer o que? Me demitir? Vai. To esperando. - Você sabe também que eu ando muito decepcionado com algumas de suas atitudes, não anda atendendo direito, não anda cobrando os filmes atrasados... - o som da voz dele ecoou pela minha mente e a única coisa da qual eu conseguia me concentrar era sua barriga balançando e alguns dos últimos botões desabotoados mostrando um pedaço de pele carnudo e rico de cabelo enroladinho. Sendo mais clara, a calça dele estava muito baixa, e eu aconselhava fechar os últimos botões. Estamos tratando do caminho da felicidade do meu chefe. No caso, caminho da tristeza. E as gotas de suor molhavam o chão e qualquer coisa que estivesse perto. O vômito chegou a minha boca e voltou quando eu vi ele se sentar na cadeira ao meu lado. - ... e para ainda ter você como funcionária, é necessária muita paciência. Entende o que quero dizer, não entende, null? - Ele colocou a mão na minha coxa. Na coxa! Não no joelho. Na coxa!! E molhou brevemente meu vestido com sua mão nojenta. Levantei com um salto tirando a mão dele com brutalidade.
- Eu entendo claramente. E isso não vai acontecer. - cuspi as palavras. Ele levantou e se aproximou.
- Você sabe que eu posso te demitir, não sabe? É hora de você decidir o quanto você quer esse emprego. Considere como uma troca de favores.
- Você acha que eu estou ocupando uma vaga valiosa trabalhando aqui?? Você realmente acha que eu vou lhe dar a ousadia de se aproveitar de mim por um emprego ridículo como esse? Você se acha o máximo, né?
- Você vai ser demitida. - ele falou com raiva.
- Você também. E se você me demitir eu vou processá-lo por assédio sexual.
- O quê?
- É. Isso aqui?? Isso não é troca de favores. Isso é assédio. E você? Você é desprezível. Eu nunca, nunca, poderia pensar em chegar perto de você, por que não sei se notou, mas estou quase vomitando só de olhar pra uma criatura nojenta assim. - ele me empurrou contra a parede e se aproximou.
- Eu vou te ensinar a ser uma boa menina! - lancei um tapa em seu rosto. Um forte. Bem forte. Ele se afastou devagar.
- Nunca mais coloque suas mãos imundas em mim, tá entendendo? Você tem sorte que eu não vou processá-lo por assedio e agressão. Eu vou continuar trabalhando aqui, você vai continuar me pagando, e se quiser me demitir, que seja por um motivo real. Imbecil - cuspi antes de bater a porta do escritório e voltar para o meu caixa.
Eu sabia que agora esse verme contaria os segundos se eu me atrasasse, apenas procurando um motivo pra me demitir e não ter mais que olhar para o que não pode ter. Eu nunca deixaria encostar as mãos em mim, minha mãe me ensinou a nunca deixar ninguem se aproveitar de mim. Eu não sou idiota nem nunca vou ser.

###*

Já haviam passado 5 dias desde a minha noite com null. Não foi bem uma noite, afinal, não dormimos juntos, nem sequer nos beijamos! Uma noite como amigos! Foi só uma noite, assistindo filme, com um amigo. Amigo. Já eram 22:40, encarei Paul e ele me olhou emburrado. Sentou na cadeira e tirou a arma do bolso. Me joguei na cadeira novamente, liguei meu mp3 e fechei os olhos.
Algumas músicas passaram e eu abri meus olhos novamente com alguém me cutucando. Paul estava pálido parado na minha frente. Me espantei mais quando vi a porta da frente fechada e null sai detrás de alguma prateleira com as mãos pra cima. Mais passos ele dava pra frente e uma sombra preta atrás dele surgiu com uma máscara. Arranquei os fones e o homem da máscara empurrou null pra cima de Paul. Comecei a suar frio.
- Abra o caixa, sem fazer alarde. - engoli em seco e digitei alguns números na caixa registradora que fez um pii e não abriu. Mais rápido do que eu pude pensar o cano da arma estava encostado na minha testa. - VOCÊ ACHA QUE ISSO É ALGUMA BRINCADEIRA? ABRE ESSA PORRA! PÁRA DE BRINCAR COMIGO! EU NÃO SOU IDIOTA!! ABRE ESSA PORRA LOGO! - contei mentalmente até 10 e minha respiração ficou ofegante, e mais ofegante.

null's Pov [N/A: O null volta a narrar a história.]

Eu comecei a ficar desesperado, olhava para ela mas ela não me olhava de volta, ela respirou mais e mais rápido, parecia se esforçar muito pra isso.
Paul olhou pra minha cara esperando que fizesse alguma coisa. Eu não podia fazer nada. Ele estava com uma arma encostada na testa dela. Ele me olhou novamente e o assaltante ficou mais e mais nervoso.
- Ela está tendo um ataque de asma!! - Paul berrou e o assaltante colocou a arma em sua testa, null ainda respirava com dificuldade e começava a revirar os olhos. - Ela precisa da bombinha dela.
- E onde tá esse caralho??? - o assaltante estava indeciso pra quem apontar a arma.
- Dentro dessa gaveta, eu pego! - Paul se inclinou devagar sobre o caixa.
- Porra nenhuma! Não vai pegar desgraça nenhuma!
- Ela vai morrer! - Paul tentava manter o controle e eu ainda tinha minhas mãos levantadas. Senti uma gota de suor descer minha testa. - Escuta, eu só vou pegar a bombinha dela, só isso. - Paul foi se inclinando mais sobre o caixa e abriu a gaveta com uma mão, a outra ele colocou debaixo do caixa, por sorte, o cara da arma não notou nada. Ele pegou a bombinha e colocou na boca de null que voltou a respirar normalmente, sua outra mão continuava debaixo da mesa. Quando null deu uma respirada e passou as mãos no rosto, o assaltante colocou arma nela novamente, Paul apertou o botão.
Um barulho ensurdecedor invadiu todos os lados e null voltou a respirar rápido, a arma estava entre os olhos de Paul; os olhos de null se encheram de lágrimas e eu não conseguia me mover.
- VOCÊ É DOENTE?? OLHA ISSO! QUER MORRER??QUER?? QUER QUE EU MATE ELA! EU MATO ELA SE VOCÊ QUISER!!! - Eu fechei meus olhos e ainda assim vi os olhos de null se encherem de lágrimas e ela se desesperar.
- Eu abro o caixa!! Eu abro! - ela começou a digitar na caixa regristradora e ela ainda assim não abria. - eu me afastei devagar aproveitei que o assaltante estava de costas pra mim, null me olhou devastada. Eu li em seus olhos que ela me achava um covarde, um filho da puta. Eu estava me afastando, correndo... olhei para o lado e vi um cesto com bastões de beisebol. Vi um pé de cabra no meio. Peguei o pé de cabra e caminhei devagar, os olhos de null estavam vermelhos e ela chorava e berrava desesperada, Paul tentava manter o controle e o barulho continuava ensurdecedor.
Foi só uma. O assaltante caiu na minha frente com a arma em sua mão, Paul arregalou os olhos e me viu com o pé de cabra nas mãos.
null levantou as sobrancelhas e continuou chorando. Me encarou e eu vi em seus olhos que ela tinha duvidado de mim. Uma viatura para de qualquer jeito com 4 policiais saltando de dentro dela e quebrando a porta de vidro. null levantou e abraçou Paul por algum tempo, eu me apoiei no caixa e respirei fundo, fechando os olhos. As mãos de null tocaram meu rosto e eu abri meus olhos devagar. Ela estava me encarando.

###*

Por que você agiu daquele jeito? - mais uma vez caminhávamos lado a lado.
Deviam ser 3 da manhã. null havia ligado para o chefe, mas ele disse que más noticias só de manhã. Ela devia estar morrendo de frio, estava com as pernas de fora, um casaco fino e com as mãos no bolso. Eu também não me sentia muito aquecido no sobretudo. Era uma noite muito fria, mais fria do que da última vez.
- Eu... não sei. Eu entrei em pânico... - null me observava e eu continuava encarando meus pés, não sabia muito o que dizer. - E você vai me contar a verdade agora? - eu fiz que sim com a cabeça.
- Você foi embora e nós entramos no táxi... os meninos estranharam eu não ter entrado na discussão sobre extraterrestre. - ela deixou um sorriso no canto da boca - E me perguntaram o que estava havendo. Então eu decidi contar a verdade.
- E que seria...?
- Eu ando saindo com essa garota... null... mas, não é nada demais, eu não ligo muito pra ela, e tenho certeza que ela também não leva muita fé em mim... e em um churrasco eu convidei ela, os meninos todos adoraram ela... mas já tem quase duas semanas que ela não me liga e eu não ligo pra ela... isso não é lá nada sério. - ela estremeceu o corpo por um segundo, eu tirei meu casaco e coloquei sobre seus ombros e continuei contando a história pra que ela não pudesse reclamar. - Na hora que os meninos começaram a fazer perguntas, eu entrei em pânico... eles gostam muito dela e o null acha que eu já estou comprando um anel! E quando eles te viram pareciam que iam me crucificar. - ela abriu a boca pra falar alguma coisa, mas eu não deixei. - Meus amigos são a única coisa que eu tenho. - Caminhamos calados alguns minutos.
- E o qual foi a verdade que você contou pra eles?
- Você quer mesmo que eu te conte?? - fiz uma cara de quem não tava muito afim.
- Quero.
- Mesmo?
- Mesmo. Do jeitinho que você falou pra eles. - bufei.
- "null, qual é?? Fala aê, véi, que que você tem??" null falou e null disse que já até sabia o que era. Então eu comecei com algo assim: "Cara, eu tenho uma coisa pra falar com vocês. Eu e a null, não estamos saindo mais.", os três me olharam, tipo: e?? "E tem aquela garota... ela... eu gosto dela...", mas aí o idiota do null soltou "Você gosta de todas que você leva pra cama.", eu fiquei com raiva, mas ele é meu amigo, eu respirei. "Eu não consegui levar ela pra cama. Não que eu esteja perdendo meu charme nem nada, mas ela é muito diferente. Muito.", mas aí o null falou de um jeito que parecia óbvio "E por que você não vai atrás dela?", e o null abriu os olhos "Cara, se liga, você viu o jeito que ele tratou ela, ela nunca vai voltar, não vai ficar com ele." Eu me senti bem mal com o que ele falou, ele estava certo.
- Por isso demorou tanto tempo pra vir aqui?
- É... e eu trouxe o assaltante pra você me perdoar mais fácil. - ela deu uma risada. Finalmente uma risada, não acredito que eu quase perdi isso. Estúpido. - E então... você tem asma.
- É... infância dificil...longa história.
- Mas... você quer..
- Não posso... amanhã eu trabalho. E dessa vez eu não posso chegar um segundo atrasada...
- Amanhã eu tenho o dia livre...
- Mas eu não posso null.
- Tá certo, então vamos fazer assim, nós vamos lá pra casa, fazemos um chocolate quente, e vamos assistir alguma coisa, e depois eu te levo pra casa.
- null, você tem idéia que são 3: 30 da manhã, certo? - ela me encarava sorrindo.
- Tá, mais e dai?
- Daí que eu trabalho às oito.
- Mas eu acho que amanhã não vai abrir. A porta tá quebrada, tá cheio de policiais fazendo boletins e ocorrências...
- Por que o que você falou faz sentido? - ela pareceu meio surpresa e eu ri.
- Não sei, mas então??
- Tá... - ela murmurou. Nós já estávamos na rua do meu prédio mesmo.
Nós chegamos e null estava no sofá comendo pipoca com as pernas abertas e com um furinho pequeno na calça.
- Fecha essa porta, null! - null deu um salto ao olhar para a cara dela.
- Oi... você.
- null, lembra? A amiga da null...
- Ah, é, a amiga da null que não é amiga da null.
- Essa aí... - temi que ele me deixasse constrangido. - Eu sou o null!
- É eu sei...- Alguns segundos em silêncio passaram e tirei o casaco das costas de null, jogando-o em cima da mesa.
- É... tá passando 'O Mágico de Oz', a versão em preto e branco... querem assistir?? - null se deu conta do furinho na calça e fechou as pernas, vermelho.
- Ótima idéia! - null pulou no sofá do lado do null. - Vem cá, null, senta aqui. - ela sorria falando comigo.

###*

Acordei meio tonto e tropecei até a janela, abrindo-a e me dando conta de que null não estava ali. Fui para o quarto do null e ele babava em cima de sua própria boxer. Por que ele sempre tem que babar em cima de alguma roupa de baixo?
Tirei a roupa pra tomar banho e fiquei só de boxer, fui até o quarto para pegar a toalha e escutei a porta bater. Voltei pra sala e era null com uma sacola na mão.
- O quê? Achou que eu ia embora de novo, né?
- O que é isso que você tem aí?
- Como eu sou uma menina muito responsável eu saí cedo pra ligar pro meu chefe e saber se não ia abrir hoje mesmo e comprar bagels.
- Bagels? - eu fiz uma cara de quem não estava feliz.
- Você não gosta de bagels?
- É que eu não sou muito fã...
- É? Jura? Pois é, eu não comprei os bagels, eu comprei donuts. - eu dei um sorriso.
- Como você adivinhou?
- Puro açúcar, quem não gosta?? Agora vai tomar seu banho vai. - ela apontou pra toalha pendurado no meu ombro. - Ah... e null...voce fica uma gracinha sem roupa. - ela falou antes de entrar na cozinha e me deixar vermelho.
- Hey, null, não tem mais donuts, não? Tá uma delícia! - null falava com a boca cheia.
- Na verdade, não null, você comeu 10 dos 18 que eu comprei. Eu não esperava que você e o null viessem tomar o café da manhã aqui, achei que seríamos só nós tres.
- Da próxima já sabe, qualquer coisa que você fizer, nós viremos comer. - <null falava terminando com o galão de suco. [N/A: Sim, galão, não é jarra, é galão. Tem que ser muito pros McFly!]
- Eu não fiz, null darling, eu comprei.
- Suas mãos são mágicas null honey, tudo o que você toca vira puro açúcar!
- Eu devia começar a ganhar dinheiro com isso então!! - ela arrancou uma risada de todos.
Ela vinha na nossa casa diariamente, muitas sessões de filmes rolaram depois dessa. Os meninos levavam as namoradas e eu levava ela. Só que quanto mais tempo passávamos juntos, mais os meninos faziam pressão pra rolar alguma coisa entre a gente. É diferente com ela. Eu travo, eu não consigo puxar pelo cabelo e lascar um beijo como nas festas, e ela não fica se esfregando em mim. O que dificulta as coisas. Eu nunca aprendi esse tipo de coisa! Nunca precisei! Se fosse outra qualquer já tinha arrancado o little null fora de tanto sexo selvagem, cavalar e brutal. (N/A: meu professor que fala assim! Ele adora falar sobre sexo! E olha que ele ensina matemática!). Ela não deve querer... provavelmente... se quisesse já tinha feito alguma coisa.

###*

null's Pov [N/A: voce tá narrando de novo gata!]

- null, tá pronto? - Eu gritava da sala passando os canais de tv sentada ao lado de null. Eu vestia um vestido vermelho longo, estilo japonês, sem decotes, apenas com um corte na altura da coxa.
- Tô quase!! - null, null e eu esperávamos pacientemente null e null ficarem prontos, nós íamos para a estréia de 'Pirates Of The Caribbean 3', é bom ser amiga de celebridade que você sempre vai em lugar chique que o povão não vai!
null vestia um paletó e uma calça jeans, null estava com uma camisa social preta e gravata e null surgiu na sala de paletó também. Só faltava a praga do null, nós íriamos pegar as namoradas dos meninos no caminho e Fletch ia nos encontrar lá.
Os minutos passavam e nada da puta do null aparecer... tá, ele não demorou muito, mas nem eu demoro tanto assim! Desliguei a tv e puxei o ar pra dar mais um berro e null apareceu. Quase engasguei com o ar *engasgar com o ar, sim! já aconteceu comigo!*, null vestia um paletó cinza com uma camisa social preta e gravata vinho de morango *de morango mesmo que fica meio bordô saca?*, e uma calça jeans com poucos detalhes e não tão caída como normalmente. Seus cabelos null brilhavam de tanto gel... nota-se que foi aí que ele demorou, né.
- Nada mal, null - levantei e puxei null para se levantar também. - ele se aproximou e estendeu o braço.
- Você também não está ruim... - ele deu uma gargalhada irritante, se ele não me elogiar eu juro que... - To brincando, tá linda! - bom garoto. Seria uma noite... fria...rs.
- Tá, e voces vão como namorados? - null falou comendo alguma coisa, como se fosse simples assim, eu e null nos olhamos sem saber o que falar.
- null!! - null deu um tapa na cabeça de dele fazendo o menino engasgar *cena cômicaa* - Não importa se eles vão como namorados ou amigos, seria bom se ele es fossem como namorados por que acabava com a enrolação... mas é decisão deles, não é?? Sem pressão nenhuma! Mas que facilitaria tudo...Sem pressão!!
- Erh.. fica quietinho fica. - falei gentilmente sorrindo e dando um tapinha no ombro do null, minha intenção era bater na cabeça, como um cachorrinho, mas se eu estragasse o penteado dele... o pau ia quebrar. Os meninos iam de limousine...dude... sem noção!! Eu, fudida do jeito que eu sou... de limousine!! Ai aii...
null e null já estavam tomando o vinho da limousine, antes mesmo de chegarmos na casa das namoradas deles. E null estaria tomando também mas o meu olhar de reprovação fez ele desistir de qualquer vinho.
- Uau, voces estão lindas! - null segurava a mão de cada uma ajudando-as a entrar no carro. - Ah... erh... oi! - ouvimos sua voz constrangido de fora do carro, primeiro entrou Nathalie, namorada do null, depois Jenna, namorada do null, entrou Alex, namorada do null e quando eu achei que ele entraria entra mais uma. Tinha os cabelos negros e olhos extremamentes verdes, usava um decote que fazia qualquer pessoa arregalar os olhos e um vestido curto. Eu vi null arregalar os olhos e fechar como se estivesse resistindo alguma coisa... ou se preparando pra alguma coisa.
- Oi, acho que não nos conhecemos... Meu nome é null, e o seu? - ela sentou-se entre eu e o null. Eu o encarei e sorri pra ela.
- Meu nome é null, null, prazer! - as meninas conversavam animadamente e null e null trocavam olhares sérios, admirando a situação.
- Você é amiga dos meninos? - ela perguntava sempre sorrindo, exibindo o piercing no dente da frente.
- Sou! Nos conhecemos há algum tempo e agora somos inseparáveis... e você também é amiga?
- Sim! Sou... mas sou a namorada do null também... eu tava viajando, por isso você não me conhece, mas null já deve ter falado de mim, certo? - ela deu um selinho em null que ficou pálido e sem ação, ele não se mexeu, apenas... arregalou os olhos.
- Falou... comentou sim...
- Eu queria fazer uma surpresa pra ele! Eu não disse que ia voltar de viagem e pedi ajuda pras meninas pra aparecer de repente! Não é legal? - Jenna e null conversavam animadamente, null mordia os lábios preocupado e null respirava fundo.
null continuava sem ação. Quase todos pareciam se preocupar com a situação. Incrivel, né?
- Uhh... muito legal! - dei um sorriso falso e me encostei olhando pra janela.
Como eu disse antes... Longa noite.

###*

Tá, não é isso que você está pensando. Eu não achei que tinha alguma coisa entre a gente... é sério! Ela não me ligava há semanas... Eu sei que ela tava viajando! Mas e daí? Eu não tenho nada com ela! E eu só fiquei sem ação por que eu estava me recuperando do susto. Eu não fiquei calado pelo resto da noite, eu não deixei null se aproveitar de mim! não mesmo! * Uhumm, seii*
- Ei!! Eiii!! Pode descrever a relação daquelas meninas com o McFly?? - Um repórter no meio dos 30 que tinham lá, colocou o gravador na boca de null, e eu fiquei escutando o que ela responderia.
- Boooommm, ela é Nathalie Gardner, namorada do null! Ela é Jenna Czavoritz e é namorada do null , a moreninha é Alex Delgado e é a namoradinha do null, e meu nome é null Mathews, eu sou a NAMORADA do <null null. - aquela voz ecoou na minha cabeça... NAMORADA... NAMORADA... null null... por que caralho ela me chama de null, ein? Ela é minha mãe?? - Ahh... e tem a loirinha pequenininha também! Ela é amiga dos meninos... O nome dela é null... <null alguma coisa!
Eu olhei a cara de null e ela estava sorrindo e andava ao lado do null, assim que olhou pra mim vi seu sorriso desaparecer ela não parecia triste, nem com raiva...só... decepcionada. Nós assistimos o filme null se sentou do meu lado, null sentou do outro com <null ao lado dela. Durante o filme todo null e null riam e conversavam, baixinho, não ouvia nada do que eles falavam, e null só falou comigo durante o filme inteiro pra perguntar se eu tinha mais pipoca. Acho que é com isso que ela abastece a comissão de frente dela... pipoca! Comeu a dela, a minha e da Alex. Uma hora eu tentei fazer uma piadinha sobre o filme, mas null me mandou calar a boca.
O filme terminou e nós voltamos pra limousine, null até propôs de nós irmos para a Open, mas eu vi que nenhum dos meninos estava com ânimo, falo por mim mesmo. Deixamos as meninas na casa delas e null se despediu de mim com um selinho. Eu mais uma vez fiquei parado sem ação. Éramos nós cinco sozinhos de novo no carro, null não me olhava hora nenhuma e tentava manter uma conversa animada com null e null que uma hora ou outra me olhavam com desaprovação.
- null, vai lá pra casa hoje? - null sorriu e segurou na mão dela, no momento seguinte fez cara feia pra mim.
- Não, null, não vai, vai pra nossa casa! - null tirou a mão dela da de null.
- Não, gente... não vai dar...éée... hoje não tá? - ela sorria o tempo todo.
- Motorista, vira alí na segunda, no prédio vermelho! - null berrou.
Os meninos insistiram que eu a levasse até o apartamento, nós precisavamos ficar sozinhos mesmo, então eu não discuti e a acompanhei. Apesar da hora o elevador estava cheio, e uma menininha me pediu um autógrafo, nunca poderíamos ter uma conversa namoral se não estivessemos sozinhos. Paramos na frente da porta da casa dela ela sorriu e murmurou um tchau, sem olhar pra mim. Caminhei até a porta do elevador calmamente, parei e olhei os números passarem T, 1, 2, 3, 4... Pisquei os olhos uma vez e um grito invadiu o andar, a porta do apartamento de null bateu, corri instantaneamente e abri a porta, null ainda gritava e com as mãos nos olhos, foi quando vi a cena: Uma menina de uns 20 anos, assim como null, jogada no chão do apartamento, com uma faca de cozinha, e com os dois pulsos cortados, seus olhos estavam abertos e ela nos encarava. Abracei null o mais apertado que pude e cobri os olhos dela, fechei os meus e tentei tirar aquela imagem da minha cabeça.
- Vai ficar tudo bem... calma... calma... - Ela soluçava cada vez mais e eu tentava me manter calmo.

###*

Acordei com um grito e corri pro meu quarto. null estava sentada na cama abraçada aos joelhos e soluçava novamente. Me aproximei e sentei ao lado dela.
- Calma... eu to aqui, vai ficar tudo vai... calma. - Ela se jogou nos meus braços e seus soluços ficaram mais altos.
- Tanto sangue... ela... ela...
- Não pensa mais nisso, vai... relaxa... vai ficar tudo bem.

###

null dormia tranqüilamente do meu lado, olhei seus cabelos bagunçados por algum tempo, era incrível como os lábios dele ficavam vermelhos do nada. A tentação era grande demais para continuar do lado dele. Levantei e fui até a padaria.
- Me dá 30 donuts? - Pedi meio distraída pra alguém no balcão.
- Trabalha aqui perto? - olhei o balconista, era alto e deveria ter uns 17 anos. Novinho. Mas muito bonito.
- Não... - passei alguns segundos caladas olhando pro nada. - Por quê?
- Normalmente quem faz um pedido desses trabalha em escritório. - ele deu uma gargalhada.
- Na verdade isso tudo são pra 4 rapazes.
- McFly?
- É...
- Você mora com eles? - incrível que ele não ficou com a consciência pesada nem um pouco por estar se metendo desse jeito e me interrogando.
- Não... sou só amiga. Eu dormi lá essa noite.
- E dormiu todos os outros dias também, né? - sorri e peguei meu pacote sem entender direito o que ele tinha falado
Deviam ser umas 11 horas, mas era domingo, e eu não ia fazer almoço pra ninguém. Dessa vez eu me preveni, comprei 30 donuts. null e null não poderiam reclamar dessa vez. Quando voltei estavam os 4 sentados no sofá assistindo tv e me olharam assustados.
- Que foi gente? Parece que viram um fantasma!

###

Ela sorria e fingia que nada tinha acontecido. Carregava 2 sacolas enormes, provavelmente cheias de comida.
- Você tá bem? - null perguntou com os olhos arregalados em cima das sacolas.
- Sim, por quê? - null não esperou resposta e foi pra cozinha. - Gentee, não tão com fome não? - ela berrou e nós quatro levantamos ao mesmo tempo. O café da manhã parecia que não ia terminar nunca. null e null devoravam os donuts, null me olhava preocupado e eu olhava pra null, que lia uma revista.
-Anh... null? - falei.
- Sim, null?
- Sobre ontem...
- A null? Ela é legal.
- Não... é. Mas...
- null, - ela se virou pra mim e pôs as mãos no meu ombro. - Nós somos amigos. Você e ela são namorados. Eu sei que você disse que não tinha nada. Mas parece que você tem. Eu to numa boa com isso. Nós somos amigos. E eu estou feliz por você. Eu até gostei dela!
- null? Ela é gente fina! E voce viu o vestido dela ontem? - null fazia um gesto obsceno.
- Cala a boquinha cala, null, honey. - <null sorriu e tacou um pedaço do donut nele.
Era estranho ver ela sorrindo. Ainda essa noite ela soluçava e chorava. Já tinha até virado clichê eu dormir com ela.
- Não é isso, null. Que bom que voce gostou dela, mas... sobre depois disso...
- Aonde voce quer chegar, null? - Vi seus olhos encherem de lágrimas e ela fingir um espirro.
- Não é nada... você já devolveu os filmes?

###

- Hey. - eu estava deitada no sofá ouvindo mp4, e vi null se aproximar, enxuguei minhas lágrimas.
- Vem cá, fala o que foi.
- End up Like This...
- Ah, claro... - nós dois rimos e o olhar dela se perdeu em algum pensamento. - null... você tá bem?
- Eu to bem, eu já falei isso milhões de vezes! - berrou arrancando os fones do ouvido.
- Você não está bem! Sua amiga se suicidou, você achou o corpo dela! Você tem um emprego mediocre com um chefe idiota! Você chora pelos cantos pensando em largar tudo. Isso não é estar bem! Eu estou quase terminando com a minha namorada, ela olhou nos meus olhos e disse que se arrependeu de ter me conhecido! Eu não estou bem! Você não está bem! Nós não estamos bem!!! - eu o olhei assustado. Ele está certo. Eu não estou bem. null se levantou e saiu pela porta da frente quando <null entra na sala.
- Hey, o que aconteceu? - ele perguntava preocupado.
- Ai, null... eu não sei... vou procurar um apartamento em algum lugar...eu não consigo mais voltar pra lá.
- null, você não precisa fazer isso!
- null, eu não vou conseguir entrar naquele lugar, eu não consigo entrar naquele prédio.. .e aquela cena continua aparecendo e... - eu soluçava e as lágrimas queimavam seu rosto.
- null...pára - ele enxugou minhas lágrimas e me abraçou, estremeci. - Você lembra o que eu falei quando nos conhecemos? Eu disse pra voce vir morar comigo. - fiquei pasma, senti meus olhos arregalarem e eu perdi o ar.
- O quê?? - berrei.
- Você precisa de um lugar pra morar, e você passa mais tempo aqui do que no seu próprio apartamento, não vai estar sozinha, vai estar cercada de amigos, e você vai poder me ver todo dia! - ele fez cara de safado.
- Eu já vejo voce todo dia, null! - A porta abriu e entraram null, null e null.
- Eu sei que não é um bom momento mas... - null falou e eu tentei disfarçar as lágrimas.
- A null vai morar com a gente! - null berrou pros meninos.
- Sério? Ebaa! - <null veio saltitante e pulou no sofa.
- Como assim morar com você, null? - null entrou na sala e eu vi null fechar os olhos e respirar fundo. Quase senti pena dele.
- Oi, null. - ele falou decepcionado e meio que conformado.
- null, querida! Nada contra você! Imaginaa! Mas EU sou a NAMORADA do null, e não pega bem, ele, namorando comigo, morando com você.
- Qual o problema nisso? - Eu olhava tentando entender a situaçao, null parecia tentar se controlar, null, null e null saiam de fininho pela mesma porta que entraram. Todo mundo foge nessas horas.
- Qual o problema? Você quer saber qual o problema? Eu vou te dizer qual é o problema!!
- null... você realmente me considera uma ameaça? - null arregalou os olhos e null gaguejou. - Você não acha que se fosse pra acontecer alguma coisa entre eu e o null - minha cabeça começou a doer. - já não teria acontecido? - os dois continuavam sem palavras. null estava serio e null pasma. - Escuta, VOCÊ é a NAMORADA dele, não eu, eu sou só... uma amiga. E nesse momento eu não tenho um teto sobre a minha cabeça.
- Ah, é. Claro, as meninas falaram. Sinto muito por sua colega de quarto, por que ela se suicidou?

###

Seriously. Ela tem problema? Cadê a garota legal que eu conhecia? Putz, ela tá muito idiota. Isso tudo é ciume? Sabendo que null estava mal, sabendo que qualquer pessoa ficaria mal com isso ela vai solta uma dessa. Ela é deve ser retardada! Isso tá passando dos limites. E por que diabos null teria que saber por que a menina se matou?
- Eu não sei, ela não me falou. - Olhei pra null, seus olhos encheram de lágrimas, logo elas cairiam e os soluços aconteceriam de novo.
- Por que deveria, né?
- O que você quer dizer com isso? - berrei. Ela está passando dos limites.
Meu sangue de barata não vai aguentar isso.

###*

null berrou e seu grito ecoou pela sala, eu pude ouvir os outros que estavam do lado de fora calarem as bocas rapidamente. null o encarou com os olhos arregalados. null fechou os olhos e respirou fundo.
- O que você tem haver com a vida da menina mesmo? Aliás o que você tem haver com a null? Ou melhor ainda! O que você tem haver com a MINHA vida??
- Mas null... eu... sou sua namorada.
- Você não é porra nenhuma, você sabe disso! Se fosse minha namorada por que viajou e não falou nada? Por que teve que esperar tanto tempo? null, a gente transou! - Ela arregalou os olhos. - E foi ruim na primeira vez. - ela gaguejava incrivelmente. - Depois a gente tentou de novo. - ele gargalhou - e foi péssimo! - Na terceira vez... nós acabamos no hospital!! - altas gargalhadas do outro lado da porta, me esforcei pra segurar o riso enquanto null abaixava a cabeça. - Três vezes! Três insuportáveis vezes!!! - A essa altura null sorria e gargalhava, eu estava por um lado incomodada com a situação, mas neste momento, eu estava me divertindo mais do que nunca! - Então, você desapareceu. Eu não ia te ligar, claro que eu não ia te ligar! Eu não ia ligar pra alguém que a transa foi péssima! Não mesmo! Aí eu finalmente transei com alguém que sabia o que tava fazendo. Eu a conheci no Open e foi ótimo!
- Você transou com ela?? Vocês disseram que eram só amigos!
- Não, não foi ela!
- Não fui eu! Nós ainda nem sequer nos beijamos! - eu berrei e null me encarou assustado e null só faltou soltar fumaça.
- Alguns dias depois ia ter um baile dos namorados no Open, todos foram, menos eu. Eu fui a uma BlockBuster, afim de catar alguma garota pelo caminho. Mas não tinha ninguém, apenas uma caixa... maravilhosa...que me colocou no chão e deixou meus dias, e minhas noites assistindo filmes, muito mais felizes.
- null, querida. Pode sair, por um momento? - a olhei indiferente e saí pela porta da frente. Dei de cara com null, null e null, cada um com um copo encostado na porta.
- Tá dando pra escutar bem?? - perguntei arrancando o copo da mão de null e colocando no meu ouvido.
- Antes dava só que agora eles estão falando muito baixo.

###*

Alguns minutos se passaram e null saiu do apartamento sorrindo.
- Voce não matou ele matou? - null perguntava apreensivo se escondendo atrás de mim. Eu ri.
- Matei, e estou prestes a matar você também, seu idiota! - ela ainda sorria.
- Calma, calma, não é motivo pra hostilidades. - Eu sorri e a encarei.
- Cala a boca garota! Ninguém te chamou na conversa!!
- Erm... eu chamei... - null levantou a mão de trás de mim. null bufou e virou as costas murmurando um "vadia".
- null? - ela se virou e me encarou. - Vai se fuder, vai "querida"? - ela virou e deu um berro.
- Anh... null? O null tá lá na varanda.
- Tá... valeu.

###

- Hey... - ele observava a cidade.
- Nós precisamos conversar.
- null... - ele se virou pra mim e seus olhos null me encararam. - eu sei que nós somos amigos. E eu lamento pela null... e desculpa pelo que eu falei... no meio de uma briga de namorados não é legal falar esse tipo de coisa. "Nós ainda sequer nos beijamos!" Isso é uma coisa muito idiota de se dizer, parece que eu fico na esperança de que ainda vamos nos beijar, mas tinha a null e...ai. - encarei meus pés e fiquei calada alguns segundos. - E a única coisa que eu mais quero no mundo é que nós dois voltemos a ser como era antes.
- É isso que você quer? - eu suspirei duas vezes esperando ele dizer "Desculpa mas não vai dar. Eu gosto da null, muito, eu amo ela, e voce não vai poder morar comigo por que a verdade é que eu me cansei de você. You are a pain in the ass. Cansei." - Por que aquilo que você falou...sobre nós ainda sequer termos nos beijado... Eu tava pensando em resolver isso. - gelei. Um arrepio correu da minha cabeça, pela minha espinha até as pontas do meus dedos. null se aproximou perigosamente e eu não me movi.
- Uhuuuuu! Isso aeeww! Yeahh! He is back!! - os três rapazes gritavam e pulavam no sofá como macacos nos observando atráves da porta de vidro. null sorriu e foi até a sala onde os meninos estavam. Ele se aproximou bem devagar e calmo e empurrounull por cima de null que caiu por cima de null, e no final estavam os três no chão.
- Tá, você derrubou a gente! Mas isso não vai impedir a gente de gritaaar!!
- null berrava com a bunda de null na cabeça.
null correu até mim e segurou minha mão, um puxão dele me fez atravessar a sala e estávamos correndo pelos corredores do prédio. Dava pra ouvir os gritos dos rapazes nos perseguindo. Quando viramos mais uma vez um corredor estavamos na frente do apartamento deles, null me puxou pra dentro e trancou a porta.
- Pronto. graças a Deus. - ele me encarou e sorriu.
- Eles tem a chave...
- Mas são burros demais pra pensar em uma chave nesse momento. - Senti uma de suas mãos na minha cintura e eu continuava travada, sem fazer nenhum um movimento. Então a porta começou a tremer e os meninos gritarem e esperniarem do lado de fora.
- "null, null!! Abreeee!! null! Abre issooooooo!"
Ele me deu outro puxão até a varanda e fechou a porta. Quase não dava pra ouvir os meninos. E eu não queria prestar atenção nos meninos. Apenas encarar aqueles olhos e sua boca magicamente vermelha. Novamente sua mão tocou minha cintura e sua outra mão agarrou minha nuca, null me encarava e senti meus olhos fecharem involuntariamente, ele se aproximou e tocou meus lábios.
(N/A:Não preciso comentar o que vocês fizeram depois disso por que essa fic é lida por meninas santas e puras assim como eu *rebola*.)

###*

- Dude!! - null berrava no meu ouvido - Acorda, Dudeee!
- Que foi, caralho, cacete, que merda! Que diabos você quer, criança?? - Acordei assustado.
- Adivinha?? A null fez donuts!! Ela não comprou!! Ela fez!! ELA FEZ!! 50! CINQÜENTA!! Só pra nós!! Dudeeee! - null correu do quarto até a cozinha.
- null, me lembra de novo por que você alugou um apartamento separado pra ter privacidade se toda vez que eu acordo tá o null correndo pela casa pelado ou o null se pegando com a mulher dele na varanda? - Fui para a cozinha vestido nas minhas boxers e dando um selinho em null.
- null, honey... você disse que me queria por perto, mas é muito cedo pra morar com você, e morar com o null e com o null é como suicídio. - ela disse me servindo um copo de suco.
- Tá isso eu sei, mas eles têm mesmo que ficar correndo pela casa e me acordando desse jeito? - null deu uma risada.
- Você tem que parar de dar açúcar pra esse povo, você sabe como crianças ficam quando comem muito doce!
- null! Voce tem mãos mágicaaaass! - null bebeu um copo de suco e pegou mais um donut. - Tudo o que você toca vira açúcar!!
- Eu sei!
- Mas o que te deu pra tá cozinhando e não comprando??
- Quis impressionar meus garotos - ela me deu um sorriso safado
- Adoro garotas talentosas...
- E parece que eu não tenho talento só pra doces não, né?
- Já te disseram que suas mãos são mágicas?? - ela mordeu os lábios e eu a puxei para um beijo.
- Iii, dudess! Get a room!! - null, null e null vaiaram.

###

Resumindo: Depois daquela noite corrida pra caralho, eu tinha feito um convite pra null morar comigo. Mas ainda era muito cedo pra isso, segundo ela, então null e null chamaram ela pra morar com eles, ela dormiu lá uma noite e ameaçou se matar (N/A:eu me mataria de tanto q eu ia aproveitar os homii!). Então ela alugou o apartamento entre o meu e do null, do null e do null. A lógica era que ela tivesse privacidade. Que NÓS tivéssemos privacidade, mas nota-se claramente que isso não rola aqui. E eu tenho que trocar a fechadura do apartamento dela todas as semanas pra evitar que as três antas entrem fazendo baderna e nos peguem em uma situação...hum.. meio que...embaraçosa.

###*

- Hey, null, null, null, chega aee! Olha só o que eu achei! - null apontava pra um caderninho com vários poemas e letras de músicas e um gravador.
- Vamo gravar um recado pra ela!!
- Que coisa besta, null, que infantil.
- Tá, então não fala nada.
- Ahhhh, mas eu querooo também!

###

- HEY! WHAT THE FUCK??? O que vocês estão fazendo aquiiii???????? - 4 rapazes correram pelo prédio.

null
Valeu pelas letras de música, neste momento estamos correndo pro estúdio pra gravar suas músicas tá!!
E tá precisando devolver a 'Back to the future'.
Já atrasou uma semana tá, mas você dá um jeitinho nissooo!
E eu quero minha calça com furinho de volta!
null, the nice looking one


null
Eu gosto de você por que você me faz donuts!
null Hot

null
Acho que o null e o null não sabem que recadinho é falando o quanto gostamos de você e por que gostamos de você, deixando de lado as coisas materiais.
Haaammm, gostou??? Falei bonitooo!! Hahah, quero mais donuts!
null Damn I'm good

Hum... null...hey...tipo...ermm... nós nos conhecemos faz pouco tempo mas parece que eu te conheço a vida toda só que nunca tinha sido apresentado pra você.
Eu ... eu não sou bom com palavras... caso não tenha notado.. mas com você eu sinto alguma coisa que eu tenho certeza que eu não sentia com ninguém.
Você ganhou muita importância pra mim em pouco tempo e aquele dia que eu já estava acordado quando você acordou, é por que eu não tinha dormido.
Eu fiquei a noite toda olhando pra você e pensando em como eu nunca mais queria sair de perto de você.
Acordar de manhã e ver você fazendo os donuts me faz pensar que...que...eu adoro donuts!!
Mas que eu te adoro muito mais... e eu esqueci como se vive sem você.
Eu desaprendi. E se você sair da minha vida eu não sei como vou respirar, e como vou achar o chão sobre meus pés.. acho que eu estou tentando dizer é que eu te amo mais do que eu já amei alguém... eu...eu te amo...droga, você chegou, eu preciso desligar.. mas....mas... você quer casar comigo???

FIM


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Heeeyyy, primeira fic no addiction, não sou experiente... mas com o tempo tudo melhora né!
Agradeço a minha primeira beta q tah fingindo de morta e tah deixando o script errado neh Nanda.. e agradeço também a minha nova beta q surgiu na tag se oferecendo pra resolver meu problema!!
Thanks Juu Pandaa! Me amam? Me odeiam?? O script tá errado??
Naum paga pra enviar uma crítica ein!!
Qualquer coisa, perguntas, sugestões, xingamentos maldosos, meu email, disponível luly.lewicki@hotmail.com.
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