- Oi, eu quero uma pipoca pequena, com bastante sal – os olhos de null brilharam quando ela viu o carinha que vendia as pipocas.
- Sim sim, só um minuto - null entregou a pipoca para null.
- Eba, pipoca *o* - null falou rindo. – quanto custa?
- Pela sua animação, eu dou de graça, mas só dessa vez hein? Se não eu vou à falência - null disse e riu ao ver a cara dela de criança feliz quando recebe o presente que tanto queria.
- Tá bom, fazemos assim ó, eu como a pipoca, e aí vou na roda gigante, e aí volto aqui e você finge que não me conhece e me dá outra pipoca ta? - null disse, e caiu na risada.
- Ô loco, pelo visto você é uma pipoca maníaca hein? Se continuar assim vou à falência – null riu.
- Oou, eu tava brincando, eu vou na roda gigante, daí eu prometo que te pago a próxima pipoca que eu pegar, ahn... eu nem sei seu nome.
- null, muito prazer, e você?
- Ah tá, eu prometo que não vou te falir null, eu sou null – disse null apertando a mão de null.
- Hum, bom mesmo, porque se você me falir não vou ter dinheiro pra ir na roda gigante com você.
- Então já que essa pipoca é de graça, a sua roda gigante é por minha conta.
- Sério? Eeba, então tá - null sorriu. - Ô PAAI, vem aqui cuidar das pipocas que eu vou dar uma volta na roda gigante com a null e já volto.
Na roda gigante...
- Então null, você trabalha a muito tempo aqui? Eu sempre venho nesse parque e nunca te vi.
- Não não null, eu to a pouco tempo, antes quem ajudava aqui era meu irmão.
- Ah tá.
- Pô não acredito, se eu soubesse que você vinha sempre aqui, eu teria começado a trabalhar aqui beem antes.
- Noossa, por que isso? Trabalhar e ver os outros se divertir deve ser chato.
- Só de ver você, eu já ia ficar feliz.
- Sério? - null ficou corada.
- Sim - null aproximou seu corpo do de null e colocou uma das mãos no rosto dela, que por sua vez entrelaçou os braços no pescoço dele. null sentiu o calor do rosto de null se aproximando do rosto dela. null encostou seus lábios nos de null, e pode sentir que eles estavam gelados. null sentia borboletas no estômago e abriu sua boca, fazendo com que null a beijasse lentamente. O beijo foi interrompido pela mulherzinha falando:
- A volta da roda gigante já acabou, eei vocês dois, estou falando com vocês!
null sentiu seu rosto corar, e se afastou de null.
- Desculpa moça - null disse para a mulherzinha.
Os dois desceram da roda gigante e começaram a caminhar pelo parque.
- Então null, daqui a pouco eu tenho que ir, minha mãe disse que era pra eu chegar antes das 22 horas em casa.
- Ah, tudo bem, eu também tenho que ir ajudar meu pai. Mas null, você me dá o numero do seu celular?
- Dou sim.
‘‘91237617, me liga ;) com amor, null’’ null escreveu no saquinho da pipoca, e entregou à null.
- Obrigado, bom null, to indo antes que meu pai brigue – null se despediu de null com um selinho demorado.
“Ai meu deus, não pode ser meu celular agora, é um domingo, e olha a hora que ele está tocando, que droga, estou morrendo de sono, não quero atender”. “Mas vai que é o null? Não, eu vou atender”. “Não vai não, continua dormindo, que você ganha mais, depois você liga pra ele”. “Deve ser o null, vou atender”.
null pensava no que faria, quando resolveu atender, se levantou rapidamente da cama e pôde sentir seu corpo arrepiar pelo frio. Pegou seu celular da sua bolsa, olhou e não reconheceu o número. Atendeu.
- Alô, é a null?
- Oi, é sim, quem fala?
- É o null. null te acordei?
- Aahh, oi null, acordou sim, mas tudo bem, já tava na hora de acordar mesmo.
- Ah, desculpa null, não quis te acordar.
- Não null, sem problemas.
- Então null, eu queria saber se a gente podia sair hoje? Eu sei que a gente só se viu ontem, mas sei lá, eu queria falar com você pessoalmente.
- Ah, eu posso sair sim, mas que horas e aonde?
- Ah, aparece lá no parque, a hora que você quiser, já sabe onde me achar.
- Tá bom, eu apareço. Tchau null, até depois.
“Ai meu deus, que roupa eu vou usar? Tenho que estar linda. Ai céus, tenho que comprar bala pra não estar com um bafão caso ele me beije depois de comer a pipoca. Ai, será que vou de calça jeans ou de vestido e meia fina?”. null enlouquecia em seus pensamentos. “Como fui me apaixonar por ele tão rápido? Eu não sei absolutamente nada sobre ele, só sei que ele se chama null e que vende pipoca com seu pai no parque, e se ele tiver namorada e tiver se aproveitando de mim?”
- Oi null, cheguei, tá muito cedo?
- null, ooi. Não, ta um horário bom, são 19 horas, a gente tem até as 22 pra ficarmos juntos.
- Ah ta, tava com medo de que fosse cedo demais.
- Nunca é cedo pra te ver null. Bom, vamos pra roda gigante? Como ontem? Eu precisava falar com você...
- Ah ta bom null, vamos sim.
- Ok, mas hoje é por minha conta a volta – null disse e pegou na mão de null. Caminharam até a roda gigante, sentaram-se nos banquinhos [?] da roda gigante, e null ficou corada, ao lembrar-se de que ontem havia beijado null ali, naquele mesmo brinquedo.
- null, então, eu queria sei lá, falar com você, porque tipo, ontem, quando a gente se conheceu, foi tudo sei lá, tão diferente, eu nunca tinha começado a gostar de uma garota que eu não conhecia em tão pouco tempo, e sabe, ontem depois que você foi pra casa, eu não parei de pensar em você, então daí eu resolvi te ligar hoje, pra te falar, que eu to apaixonado por você – null disse e sentiu o abraço apertado que null lhe deu.
- Ai null eu também não parei de pensar em você sabe, e sei lá, ontem quando eu fui comprar pipoca, quando eu te vi, eu derreti [?] porque você é tão lindo, e depois que eu falei com você, eu derreti mais ainda, porque você não é só bonito por fora, mas sim por dentro, e eu acho que estou gostando de um vendedor de pipoca chamado null – null corou ao falar isso.
- null - null se aproximou da garota, e pode sentir que seu coração batia rapidamente - Você... quer... namorar... com o vendedor de pipoca que ta gamado em você?
null aproximou sua boca da orelha dele, e disse:
- Eu quero.
null sorriu e deu um selinho na garota, que apenas correspondeu.
- Santa Pipoca! – null falou, e null sorriu