- Eu queria te dizer que... - começou ele com sua voz doce e serena, como sempre fora.
- Me dizer o quê, ? - perguntei, sorrindo.
- Acho que eu estou gostando de alguém, sabe...
- Verdade?! - gritei tão animada que até os palhaços que distribuíam algodão-doce no parque me olharam. - E por quem? - revirei os olhos, pensativa.
- Não, me deixe adivinhar...! Hum... Pelo Dave?
- Dave? - retrucou ele, esbugalhando os olhos. - E por que eu me apaixonaria pelo Dave? Ele é... Homem!
Dei uma risadinha de inconfundível desprezo. Para mim, era gay. Pensei isso desde o primeiro dia em que o vi. Um gay bem sexy, na verdade... Mas gay!
- Hum... - tentei, contorcendo a boca. - Então é pelo Steve!
Ele abriu a boca, mas creio que achou inútil dizer não.
- , você está brincando comigo, por acaso?
- E por que eu faria isso? Você me conhece há... - pensei, contando nos dedos. - Há bastante tempo, e sabe que eu não brincaria com uma coisa dessas!
- Mas parece. - falou ele, levemente magoado.
Porque quando fica triste, ele faz esse olhar? E é justamente esse olhar que me mata... Esse olhar e o silêncio que se formou após a nossa conversa. Um silêncio incômodo, que fez até a montanha russa perder a graça.
- É você, . É por você que eu estou apaixonado. - e abaixou a cabeça.
Ri feito boba.
'CAUSEI ALWAYS THOUGHT YOU WERE GAY
- Vo... Você? - abri a boca. - Mas você não é gay? - mordeu a língua. - Eu... Eu me troquei na sua frente! - exclamei, indignada. ergueu as sobrancelhas e deu um sorrisinho malicioso. - Você me viu pelada, ! - gemi.
Desta vez, ele mordeu os lábios.
- E, garota... Foi muito bom.
- Eu te contei os segredos que ninguém mais sabia! Você mentiu pra mim, !
Me virei e sai do parque correndo, até que senti uma mão me puxar pelo braço e me virar. Quando vi o rosto de , não pensei duas vezes... Senti minha mão arder após o tapa que dei, e pude reparar as marcas que os meus dedos formaram em sua bochecha.
- Por que você fez isso? Quero dizer, por que você me deixou ficar pelada na sua frente?
- Eu preciso mesmo responder? - disse , desviando o seu olhar do meu.
Virei-me novamente, revoltada e sentindo os olhos arderem.
- ...
Ignorei. Senti um nó na garganta. Por que passara o tempo todo achando que ele eragay? Por que eu... Por que eu gostava dele? Gostava dele de verdade e não queria admitir que ele era apenas meu amigo?
- ... - murmurei, levando minhas mãos ao meu rosto, podendo sentir uma única e gélida lágrima cair sobre minhas bochechas. - Saia daqui... Por favor!
- Está bem. Mas antes... - disse com a voz baixa e falha, tirando minhas mãos do meu rosto. - Antes me deixe provar que eu não sou isso que você pensa.
Ele me beijou.
- Terminou? - sussurrei, abrindo os olhos após o beijo.
- Sim.
- Bem, eu não consegui sentir muito bem a sua masculinidade... – sorri lascivamente. arqueou apenas uma sobrancelha e sorriu malicioso pelo canto da boca. Voltou a me beijar, porém, com mais força.
YOU JUST LOOK ME UP AND DOWN
Sua mão, que antes estava na minha nuca, descia lentamente, deslizando e acompanhando as curvas do meu corpo. Ao mesmo tempo que me beijava, ele me empurrava em direção ao seu carro que estava parado logo na saída do parque. Apertou o alarme. Então, ele me pegou pela cintura e colocou o meu corpo dentro do carro, pela janela que se abriu quando o alarme foi acionado. Depois, se deitou sobre mim e caímos deitados no banco. Agora, estávamos lá dentro e ele colocava a mão por debaixo de minha blusa.
- Calma aí, ... - disse, empurrando-o sutilmente. - Eu nunca fiz isso antes...
- Você vai gostar... - retrucou, agora com a mão na barra da minha blusa e levantando-a pouco a pouco.
Após ter tirado minha blusa, entrou com a mão em meu cabelo, que antes preso, agora caía em meu rosto. Suas mãos eram quentes e massagearam meus cabelos sensualmente. Jamais pensei sentir desejo com um homem massageando minha cabeça, e esse desejo se intensificou quando ele desceu as mãos. Ele abriu os botões de minha blusa docemente. Depois, levantou minha saia e passou a mão em minhas pernas, fazendo meu corpo inteiro estremecer.
tirou a blusa e voltou a sua atenção à mim. Começou a beijar meu colo, e foi descendo até o umbigo. Depois, levantou a cabeça e me encarou por um tempo. Me olhava como jamais tinha visto. Um olhar doce, e ao mesmo tempo, cheio de segundas intenções. E então, colocou as duas mãos em minhas pernas e foi rasgando a minha saia.
- ! - gritei. - Como vou voltar para casa?
- Depois a gente vê isso... - e voltou a me beijar.
Após aquele beijo, senti que podia confiar nele e comecei a abrir seu cinto calmamente. Em poucos segundos, as nossas roupas cobriam o chão do carro. voltou ao meu colo e arrancou meu sutiã com a boca. Acompanhou todos os detalhes do meu corpo com os olhos, e então, tirou as peças que faltavam.
Eu o amei e fui sua.