See you in the paradise...
By Thata

Script/Betada por Helô

Capitulo 1

Vamos lá, começando. Acho que você já leu aqueles contos de fadas, onde os príncipes vão até o inferno pra buscar sua amada, pobre e indefesa. Mas se você ta procurando isso aqui, só lamento, afinal isso não é uma história feliz, mas não é um drama quando a única coisa que se faz é chorar. Nessa história tem seus momentos de alegria, de tristeza, de raiva, de pena, de vários sentimentos. É a história de um casal que simplesmente achava que não davam certo um com o outro. O resto vocês vão saber agora.
- Ele está me ignorando, isso é fato – null falou sentada em frente ao balcão da sorveteria com suas melhores amigas.
- Mas e você? Não vai fazer nada? Ele merecia pelo menos um chute na bunda! – null falava enquanto comia o seu banana split.
- Como eu vou falar com ele? Eu ligo pro celular, ele desliga!E quer saber? Estou pouco me lixando, eu tenho que estudar bastante pra terminar o colégio e se ele ficar com essa ladainha até o término das provas, eu acabo com tudo! Vamos logo – null saiu com suas amigas em seu encalço.
null  era uma menina normal. Quer dizer, muito bonita para um ser humano, se quiser mesmo saber. Todos a adoravam, menininhas de outras séries sonhavam em ser um dia como ela. Super simpática, carinhosa, bastante sociável, o que fazia alguns meninos tentarem passar do limite. Mas todos sabiam que null , tinha um namorado: null null , o guitarrista de uma banda bem famosa na cidade, pois eles tocavam todo final de semana em um pub de Londres. Ela era sempre carinhosa com ele, mas nas últimas três semanas isso não estava acontecendo. null estava evitando-a. Não atendia ligações, mal conversava com ela e fingia que a não conhecia no colégio. O porque disso, só Deus sabia.

- Filha, ainda não ta pronta? – a mãe de null entrou no quarto da filha assustada.
- Pronta pra o quê, o mundo tem hora marcada pra acabar? – null falava concentrada em livro totalmente estranho em cima da mesa.
- Como é que é?
- Hãn, nada, esquece, é um livro aqui, mas como assim eu não to pronta ainda?
- Hoje tem uma reunião lá na casa dos null . O null não te contou?
- Não, ultimamente ele não tem contado é nada.
- Hum, que seja, se arrume, não quero chegar atrasada. – a mãe saiu deixando null com cara de tacho, olhando pra cama.
Como assim, tem reunião na casa do null , a mãe vai e ela não?

- Nossa você está linda, null !Adorei o look! – a mãe do null falou fazendo null dar voltinhas para a sogra ver.
Ela estava vestindo uma calça justa, uma blusa de um ombro só preta e sandália prata. Definitivamente linda.
- Obrigada, você também não fica longe hein? Mas onde está o null ?
- Está na piscina com os meninos, vai lá. E se divirta viu?

- Que tal, vá a merda, catar cocos em Salvador, que sua banda não faça sucesso nunca, você não vai ter filhos, e que fique tetraplégico? Nossa, acho que to ficando muito maligna mesmo, bem que a null avisou - null foi até a piscina pensando nisso. - Olá null , como vai? Quanto tempo! – null fez uma cara cínica ao ver o garoto olhar assustado pra ela
- Err... Oi!
- Hum sei...será que dá pra gente falar um pouco a sós?
- Claro!
null e null foram do outro lado da piscina, de modo que os meninos não escutassem o que eles estavam falando.
- E aí, já sabe o que fazer quando terminar o colégio? – null perguntou tentando parecer interessada.
- Eu vou me dedicar mais a banda, passar mais tempo nisso... – null respondeu com receio.
- Ai que bom! Eu vou estudar psicologia! Estudar o comportamento de homens babacas que começam a ignorar as próprias namoradas!Imagine se não fosse namorada não é? O que iriam fazer! Mas de qualquer jeito, eu to terminando o nosso namoro já que você não teve coragem de fazer isso! Passe bem.
null foi embora, feliz e livre, agora não tinha ninguém pra encher o saco dela.
- E ah!Eu não vou fazer psicologia, eu vou fazer moda! Bem melhor, não acha?

Agora vocês querem saber o que aconteceu depois disso.
foi estudar na Itália, com suas amigas, onde tinham a mesma vida: estudar, casa, estudar e balada. null namorava o null e sabia que banda fazia muito sucesso. Mas ela não queria contar para null , já que ela tinha uma bronca enorme do null . Resolveu ficar calada. null e null viveram ali por 10 anos, já null morou 16 anos e nesse tempo aconteceu muita coisa. Ela ganhava elogios pelos seus trabalhos, que era magnífico. Mas ela sentia que faltava algo na vida dela, e foi procurar em sua cidade: ela estava voltando para Londres.

Capitulo 2

- Ai que bom que voltou, estava morrendo de saudades, sabia? – null estava abraçada com null por exatos 5 minutos.
- Eu sei disso, você contou isso ontem no telefone, no aeroporto, e em frente à casa. Agora dá pra largar, eu to ficando sufocada! – null tentava fugir de mais um abraço de null
- Ai chata, mas vem logo, que eu tenho que mostrar o seu quarto.
- Que quarto? – null carregava as malas pra dentro da enorme casa dos null . null e null haviam se casado e já tinham 1 filho de 2 anos, e a null estava grávida de 5 meses. - Ué, você vai ficar aqui, enquanto não compra a sua casa.
- null , obrigada viu, mas não vou não. Não me sinto bem morando na casa de uma família com filhos pequenos e você sabe disso.
- É, eu sabia que crianças iria ser um problema aqui em casa pra você. Mas você vai ficar aonde?
- Em um hotel, no centro. Não quero encher o saco dos meus pais, com 33 anos voltar a casa deles não acho muito bom.
- É né, enquanto eu estou casada e com filhos, a null também casada e grávida, você não tem nenhum pretendente de sequer.
- Ih, ta legal mãe, agora você vai ficar arranjando pretendente pra mim, com dinheiro, ótima família e etc.
- Pro seu governo, você sempre teve um pretendente, e aliás, ele chega daqui a pouco. Agora vai null ar um banho enquanto eu vou fazer uma ótima comida pra gente.
Enquanto null arrumava a mesa, os meninos chegaram. null dava um beijo na mulher e os meninos se jogaram no sofá da sala intima.
- Ela chegou? – null perguntava ansioso, ele se divertia muito com null , era uma de suas melhores amigas.
- Chegou sim, null , está null ando banho.
- E ela falou de mim?
- Ela não falou de ninguém null .
- Ah... ela não falou nem sobre ele? – null apontou com a cabeça o seu amigo null .
- Ele sabe que ela ta aqui? – null perguntou indignada.
- O null falou com a gente no carro, e ele prestou bastante atenção. Disse que não lembra do rosto dela.
- Não lembra do rosto de quem? – null chegou perto dos dois.
- A minha mãe não se lembra do rosto de uma menina do nosso colégio. Ela tava no supermercado e a garota foi falar com ela. Longa história, esquece. – null mentiu um pouco nervoso.
null entrou na sala ainda com os cabelos molhados e uma toalha nas mãos. Usava um short branco deixando suas pernas torneadas à mostra e uma blusa preta com alças. null veio ao seu encontro e a abraçou forte. Depois foi a vez de null , e null por ultimo, a carregando no colo. null , ao mesmo tempo que queria abraçá-la, também não sabia o que fazer. Há 16 anos ele estava ignorando ela porque simplesmente não sabia o que sentia por ela. Mais uma vez seus sentimentos estavam confusos.
- Err... Oi null – null a cumprimentou apertando as mãos.
- Oi null , quanto tempo não, tudo bem? – null estava gostando daquilo. Não sabia o porque, mas estava.
- Estou bem e você?
- Com certeza, melhor que você neste momento. – todos estavam rindo de null , ele não sabia o que falar, fazer, estava totalmente perdido.
A noite estava muito agradável, null tinha chegado na casa com comida japonesa para encher mais a mesa na sala. null estava alegre, simpática, e conversava bastante com null , o que fez null e null zoarem com a cara dos dois. Mas a bebida estava tão boa que o antigo casal mesmo estava rindo.
Quando deu 2h da manhã, null , null ; e null foram para as suas casas. null estava indo chamar um táxi para levá-la ao hotel, mas null a impediu.
- Deixa que eu te levo, vai pegar suas malas. – null avisou colocando o telefone no gancho.
- Nada null , eu vou sozinha, obrigada.
- Eu já falei que você vai comigo. Custa ir? Eu não sou uma companhia boa, é?
- Não, não é isso, é que... ah, ta bom, okay, você venceu! Espera que eu vou lá em cima pegar as malas.
No carro, null estava olhando a cidade. Vários lugares novos, alguns que ainda estavam lá, outros que ela queria ir mas sua idade não permitia na época e agora parecia tudo realmente novo. Até que ela lembra coisa não muito boa:
- Porque você me ignorou? – perguntou olhando para a janela do carro.
- Hum, eu não sei, é meio difícil de explicar.
- Você não gostava de mim?
- null – null parou o carro em uma praça perto do hotel – eu não sabia o que eu estava sentindo naquele momento. Eu tinha uma banda que estava fazendo sucesso, uma família que brigava quase todo dia e uma namorada que todos os caras queriam. Eu não sabia se tinha que ficar feliz, se sentia raiva, tristeza, meus sentimentos estavam totalmente confusos. Aí eu fiz a besteira de ignorar você, pensando que iria melhorar algo. Acho que só piorou.
- Por que sua vida piorou?
- Meus pais se separaram, minha mãe entrou em depressão e por causa disso minha irmã ficou contra a família e saiu de casa. Eu pensava que a banda não iria fazer sucesso, que ela era horrível por eu estar nela. Mas eu decidi, de uma hora pra outra, mudar minha atitude. Eu não podia ficar assim, pessoas precisavam de mim e eu tinha que ajudá-las. Aí, tudo melhorou e ta uma beleza até agora.
- Que bom. Mas e sua mulher? Seus filhos? Como vão? – null perguntou se sentando em banco da praça de frente pro null .
- Mulher? Filhos? Eu tenho 33 anos mas não quer dizer que eu esteja enforcado desse jeito!
- Ai, não fala assim! Eu gostaria de estar casada com pelos menos um filho...
- Você sempre teve esse sonho null , você um dia disse pra mim que queria casar com 22 anos e ter três filhos pelo menos com 45 anos!
- E eu queria que você fosse o pai dos três...
- Ainda quer isso?
- Não sei null , 16 anos se passaram, muita coisa mudou...
- Mas o meu amor por você não. – null segurou o queixo de null , levantando seu rostos, fazendo com que os olhos dos dois se encontrassem de maneira doce e intensa.
A respiração de null estava falha por null estar tão perto. Ela se lembrou dos seus sentimentos quando tinha 15 anos. Seu estômago estava a trapaceando, estava deixando-a confusa. Mas antes que ela pensasse no que fazer, null encostou seus lábios nos dela, com uma mistura de saudade e desejo. null colocou seus braços em volta do pescoço de null , enquanto ele a segurava pela cintura e intensificando o beijo. Ela cortou o beijo com um sorriso no rosto e olhando para os olhos de null , que brilhavam a luz da lua.
Ele a levou pro carro, e ao invés de levá-la para o hotel, a levou para sua casa. A casa deixava claro que ali morava um jovem homem, já que o hall da casa era preto e branco, com pôsters de bandas antigas e sofás pretos e algumas estantes brancas cheias de fotos. Havia uma escada feita de madeira escura com um tapete vermelho. Havia uma grande porta para a cozinha e uma porta com uma janela, mostrando que era uma enorme biblioteca. null a levou pro segundo andar, entrando no quarto que deveria ser dele.
Uma enorme cama de casal branca com flores tropicais roxas deixava o quarto com ar suave. Uma enorme tv em frente a cama e em cima de uma estante com vários CD’s e DVD’s.Havia um banheiro enorme e luxuoso, com banheira e tudo.
- Você não vai ficar na casa da null , nem na dos seus pais, muito menos no hotel. Você vai ficar comigo – null a carregou para a cama e deitou ao lado dela. – Eu quero recomeçar uma coisa que nunca deveria ter terminado. Eu quero você do meu lado pra sempre. Eu quero você como minha mulher e mãe dos meus filhos. Aceita namorar comigo?
- Aceito sim. Mas eu quero que isso flua normal, sem precipitações, está bem? Acho que nós não queremos nos machucar de novo, não é? – null deitou sua cabeça no peito de null e ali eles adormeceram.

Capitulo 3

- Bom dia null – falou null enquanto arrumava a mesa do café da manhã.
- Bom dia! Acordou cedo, hein? Pensava que eu ia acordar e ver você dormindo. – null falou se sentando na mesa e dando um beijo em sua namorada.
- Não foi dessa vez, amor. Eu estou indo pro trabalho, não quero me atrasar lá.
- Você quer mesmo trabalhar para uma empresa em vez de continuar sozinha?
- Quero sim, to a fim de mudar. Conhecer pessoas novas, opiniões novas, vai ser bem legal. Mas agora tenho que me arrumar, a primeira impressão ajuda e muito, principalmente em moda. Ah, o null ligou pra você ir lá pro estúdio 8:30.
- Você falou com ele?
- Ele ligou pra cá e eu atendi. Ficou meio surpreso por eu estar aqui, disse que você não perde tempo. Bom, nem eu né?
- Humrum. – null viu null subindo as escadas lá da cozinha.
– Ei, agora que eu entendi a última frase!

null  tinha chegado no prédio da empresa no qual ela iria trabalhar. Era enorme e bastante Moderno. Um cara jovem e bastante estiloso estava à sua espera. A acompanhou até uma sala com uma grande mesa e várias mulheres. Ele pediu pra que ela se sentasse para começar a reunião:
- Bom dia garotas, como vocês já sabem, o motivo dessa reunião é uma pessoa que está entrando em nossa empresa hoje e espero que fique bastante tempo. null Coelho, essa é a nossa bancada principal. Aqui nós decidimos o que cada um vai fazer para incrementar a nossa revista de moda, que é uma das mais famosas no país. Essa é Paola Totti, diretora da sessão de maquiagem. Essa é Lizza Spencer, colunista da parte de roupas das famosas. E essa é a null null , diretora da sessão de estilistas novos que estão aparecendo no mundo. Elas são as principais, mas têm outras que cuidam de outras partes da revista como elas, mas no momento elas estão trabalhando ou em férias. Você null , vai trabalhar com a null , vocês duas vão dividir o posto de diretora. Até agora, só isso. null , por favor, mostre tudo para null , certo?
- Certo Gary!
- Tchau meninas.
- Pode me chamar de null – disse a menina ao lado de null .
Ela era uma garota que aparentava ter 27 ou 28 anos, mas tinha um grande jeito de menina. Tinha cabelos ondulados escuros e longos. Olhos negros, da mesma cor que o cabelo. O sorriso era bastante contagiante.
- E você me chame de null , não gosto muito do meu nome – null respondeu apertando a mão da outra.
- E aí, ansiosa pra começar a trabalhar? – null perguntou a null enquanto saíam da sala e andavam por todo o andar do prédio.
- Estou, bastante até, pra dizer a verdade. Você trabalha aqui há muito tempo? – perguntou null
- Faz dois anos. Eu fiquei viajando pela Europa inteira até os 20 anos, depois fui morar com meus pais no Canadá e lá fiz a faculdade de moda. Quando terminei, tinha 25 para 26 anos e vim pra cá com minhas amigas. Só que elas se casaram e cada uma foi morar em um país diferente. Continuei aqui, acho que é meu lugar. Soube que você veio da Itália, nasceu lá?
- Não, nasci aqui mesmo em Londres. Eu fui pra lá com 16,17 anos e só voltei agora. Fui com minhas amigas, e elas também se casaram e vieram morar aqui. É bom voltar depois de um longo tempo longe. Suas opiniões crescem bastante.
- Mas por que você quis voltar? Família?
- Não, não, minha família está ótima. É que eu acho que falta alguma coisa em minha vida e decidi voltar pra ver se eu acho tanto isso. Sem querer ser intrometida, mas você já é casada?
- Não, mas estou a procura. Estou tranqüila, mas sempre a procura. – Respondeu null feliz – Por que? Você é?
- Não, não sou casada. Apenas namorando. Mas perguntei porque minhas amigas se casaram mais ou menos nessa idade e queria saber se você era igual a elas. Ainda bem que somos solteiras, uma pode contar as histórias com a outra – null falou entrando no escritório de null , que também seria dela.
- E como eu também soube que você conhece várias pessoas no mundo, pode me apresentar a alguns, não? – null falou mostrando a cadeira a null .
- Você tem o jeito parecido com dos meus melhores amigos, null null !
- Você é amiga do null null ? Cara, eu adoro ele!
- Opa, melhor ainda, sexta-feira você pode conhecer os meus amigos, inclusive o null ! Assim todo mundo se conhece e se diverte!
- Por mim, ta ótimo!
- Okay, vou ligar pra eles!

Na sexta...

- Galera, essa aqui é a null , minha nova amiga e que divide comigo o cargo de diretora. null , esses são meus amigos: null e null , null e null , null e null . Tirando os últimos dois, outros já estão casados. – dizia null quando entrou na sala com a null .
- A sua total disposição senhorita, null null . – falou null beijando a mão da garota com a maior delicadeza possível.
- Ele é assim mesmo? – null perguntou!
- Ele é bem espontâneo, mas desse jeito, nunca vi não! – null falou surpresa
- É que eu nunca vi uma beleza tão radiante assim... Sente-se, nós vamos ver filme!
- Ele não tem uma queda por ela não... ele tem um abismo mesmo – disse null para null , null , null , null e null .
- Eles combinam, ficam fofinhos juntos! – null disse ao olhar pra eles rindo um da cara do outro.
- QUE COMEÇE O FILME!! – berrou null , fazendo todos se assustarem e depois, desatarem a rir.

Capitulo 4

6 meses depois...

- Você e sua mania de viajar de carro à noite, null ! Por que não viajamos de dia, ou à tarde? – reclamava null , dentro do carro há exatos 15 minutos.
- Ah é legal amor, pura adrenalina! Relaxa, nem um lobisomem vai querer te comer, só eu hahahaha! Ta, essa foi sem graça – dizia null ao olhar a cara feia de null .
- Vai esse carro enguiça no meio da estrada, ou atropelarmos uma vaca...
- Uma vaca? Você e sua imaginação fértil null !
- Ei, pode sim atropelar uma vaca! Vai ela cai em cima do carro, a gente morre esmagado!
Só que eles não atropelaram uma vaca, nem uma vaca caiu em cima deles... Um ônibus, surgiu de repente na frente deles e não tiveram como escapar. O carro se chocou contra o ônibus, fazendo com que o casal arrebentasse o vidro e caíssem pra fora do carro.
Depois de cinco semanas, o casal ainda estava em coma no hospital. Ninguém imaginava que mesmo naquela situação, os dois ainda estavam juntos, só que em outro lugar...

- Onde eu estou? Que lugar é esse? – null se perguntava desesperado.
Em uma hora estava no carro, em outra, estava em um lugar com várias pessoas vestidas de branco, felizes e conversando bastante. Ele gostaria de saber onde estava também sua amada. O seu aperto no coração aumentava cada vez mais.
- Ei, você é o null null ? – perguntou uma menininha chegando perto dele.
- Sou sim. Você sabe me dizer onde nós estamos? – ele se abaixou ficando da mesma altura que a garota.
- Você está no lugar que eu chamo paraíso. É aqui que os que vêm da terra ficam pra descansar, onde os anjos cuidam dos que estão lá em baixo, e onde os que ainda vão pra lá se preparam para a nova vida.
- ENTÃO QUER DIZER QUE EU ESTOU MORTO? – berrou null , se levantando e começando a chorar.
- Não, null , você não está morto. Vem cá. – a menina a levou para uma lagoa imensa, onde vários estavam ao redor, rindo, chorando, mas sempre vendo outras pessoas em varias partes do mundo – Olha, você é aquele ali. Você está em coma. Deus te colocou aqui pra você pensar em tudo que você fez até agora em sua vida. Sua namorada também está em coma, ao seu lado, olha.
- Mas por que ela não está aqui?
- Ela está sim. Só que ela ainda não chegou nesse lugar. Se você ver o tamanho disso daqui, você surta. – a menina olhou para ele sorrindo.
Ela tinha os mesmos olhos que ele, e a mesma boca que null .
- Quando nós vamos voltar? – null perguntou vendo null olhar para o seu corpo deitado na cama, chorando.
Não gostava de ver seus amigos chorando.
- Isso só depende de vocês. Reflita sobre tudo que você passou. Sobre como você veio parar aqui, inclusive com o amor da sua vida. Se você conseguir achar uma resposta boa, me fale e veremos se a gente manda vocês de volta. Tenho que ir, tchau.

1 semana depois...

- null ? null , é você? – null perguntou ao garoto deitado no chão.
- null ! Amor, que saudade! – null a abraçou como nunca havia abraçado. - null , precisamos conversar, senta. Eu te avisei, não avisei? Você tinha que ter parado com a mania de viajar de noite, é perigoso demais. Olha só o que você fez. null chora todos os dias. null não agüenta cuidar da filhinha dela, que só tem meses. Se isso só acabasse com as nossas vidas, mas não! Está acabando com a de todos! Como vai ser da banda sem você, null ? Você devia pensar nisso!
- É isso null ! É isso! Eu tenho que parar de só pensar em mim, e começar a cuidar dos outros de verdade! Cuidar de você, dos meninos, das meninas, da minha família! Afinal, vocês são meu mundo, sem vocês eu não sou nada! A cada segundo eu estou com um amigo, um irmão! Acordo te vendo, trabalhos com os garotos, e me divirto bastante com as garotas nos fins de semana. Quando vou pra casa da minha mãe, recebo o carinho dela, quando ligo pra minha irmã, ela me anima sempre! Eu não posso perder isso pensando em mim mesmo! Eu preciso dizer isso aquela garotinha, cadê ela?Tá ali!
null contou tudo a menina, as vezes chorando, as vezes sorrindo, até que a garota o abraçou e disse que era aquilo que ela queria ouvir. Ela deu a permissão para eles irem, mas antes null a perguntou uma coisa:
- Menina, o que você faz aqui?
- Eu sou uma pessoa se preparando para entrar no mundo de vocês. Logo, logo, vocês vão me ver, só que bem pequena.
- Como você tem certeza de que vamos te ver? – null perguntou a ela.
- Simples. Eu vou ser uma null . Tchau – a garotinha saiu correndo.
- O que ela quis dizer com isso? – null perguntou a null .
- Não faço a menor idéia. Eu não sou null , você que é.
- Você não quer virar uma?
- Virar uma? Como assim, null ?
- Espera até a gente chegar lá então!

No hospital...
- null , vai fazer dois meses, e não muda nada!- null chorava abraçada a null .
Estavam sentados em frente ao quarto onde estavam null e null . Os dois mais o null e a null estavam no hospital todo dia. null e null ficavam o fim de semana.
- Os cabelos da null não estão mais como antigamente. Eram tão bonitos, ela era bonita... Por que isso aconteceu? Eu não agüento mais! – null chorava com a cabeça encostada no vidro do quarto.
– O que é aquilo? null , aqui rápido! O que está acontecendo com eles?!
- Eles acordaram, doutor eles acordaram! – null correu até o doutor que cuidava deles.
Depois de várias perguntas do médico, todos começaram a conversar. Estavam radiantes por tê-los por perto. Depois de alguns exames, todos foram pra casa, menos null e null , que iriam receber alta no outro dia.


- null , toda vez eu me lembro de uma coisa tão estranha... Parece que eu to em um sítio enorme, com várias pessoas de branco e uma menininha conversando comigo! Que coisa, não? – null falava olhando para o rosto de null
- Ué, eu também me lembro disso! Eu lembro de você na minha frente falando que tinha que parar com alguma coisa! Aí você corria atrás de uma garota, e essa garota dizendo que seria uma null ! – null falava olhando pra ele também.
- Acho que isso é sono, vamos dormir! Mas antes, a gente poderia almoçar sexta-feira? Eu tenho que conversar contigo e tal... Pode ser? – null já estava planejando uma coisa que ele havia pensado no outro lugar.
- Por mim tudo bem...boa noite! – null respondeu e apagou as luzes do quarto, deixando null a abraçar e juntos adormecerem.

xx

 - E aí, crianças, gostaram?? – a vó null perguntou aos seus netos.
- Eu adorei vó, que história linda!! Mas o que aconteceu com eles? – uma menina loira dos olhos azuis perguntou.
- Isso só depende da imaginação de vocês e, é claro, se vocês prestaram bastante atenção na história. Agora, todo mundo dormindo pois já é tarde.

- E aí, você contou que história? – null perguntou.
- A nossa.
- A nossa? Você contou a nossa história? A de mais de 30 anos atrás?
- Isso! As meninas choraram de emoção
- Eu poderia escrever uma música sobre isso...
- Vocês acabaram de lançar um cd!
- Essa fica no outro ué!
- Maluco! Boa noite, velhinho!
- Velhinho é você! Quer dizer, somos nós, não é? To velhão cara!
E os dois conversaram até cair no sono.

FIM.

Agradecimentos: ^^
1ª: a minha única amiga Fletcher, a Bah! Foi ela que leu primeiro e deu opinião, viu como ela é importante?? xD
2ª: a minha mãe, que me fez ver a novela A viagem, que é simplesmente um porre!
3ª: A você!Não, você não, o de trás, não, não, o de trás, isso, esse aí mesmo! Valeu aí viu? Ah que isso, de nada!
E manda e-mail pra titia aqui falou? Só gasta 5 minutos! :****
Thata




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