- Olha aquela, parece o seu cão! – null disse dobrando as pernas deitado na grama junto com a namorada, null.
- Assim eu acho que tu achas que o Billie tem deficiência! – ela disse com um sorriso. – Essa nuvem é muito torta! – ela terminou a frase olhando pro garoto de canto de olho, deitado ao seu lado.
- Não importa a nuvem... – ele disse e abraçou a garota de lado dando-lhe um beijo perto do pescoço. - Está tudo perfeito!
null murmurou algo com um sorriso nos lábios, e tocou com eles a boca do garoto.
- null? – ela disse depois dos carinhos. Estavam sentados do lado de uma árvore, e ela estava entre as pernas dele.
- O que foi amor? – ele proferiu olhando pra ela, enquanto ela olhava o sol refletindo no lago.
- Já pensou... Um dia nós nos casarmos? – ela disse e deu uma risada da cara engraçada que ele fez. Ele levantou e pediu pra que ela levantasse também. Ela, porém, não entendeu nada. Apenas levantou! Ele se ajoelhou na sua frente, olhou em seus olhos.
- Casa comigo null? – ele disse ao pegar a mão dela olhando a aliança que ele próprio deu quando a pediu em namoro. Ele gargalhou junto com ela. null fez uma cara engraçada, ele riu mais ainda.
- Claro Sr. null! – respondeu ao ver ele se levantar.
- Ficaremos juntos pra sempre, e se o sempre não existir, ficaremos até onde puder! – null disse e ela sorriu.
- Ah, e não esqueça, eu quero me casar em um lugar legal, tipo Transilvânia, certo? – ela disse fazendo cara de fresca.
- Tudo bem, mas eu também quero meus 10 filhos, ta bem? – ele disse e os dois riram.
- Eu te amo amor – null se aproximou dele e o beijou, lentamente.
- Eu também te amo null! – ele disse entre o beijo e continuou a beijá-la.
***
Passaram-se exatamente três dias do último passeio, null estava sem tempo de falar com o namorado. Era por causa do Natal. Sentia saudades dele, mas estava extremamente ocupada. Já era umas cinco horas da tarde e ela resolveu ligar para ele. Encolheu-se numa poltrona que havia em seu quarto e pegou o telefone. Discou o número. Tocou uma vez... Duas vezes... Três vezes...
- Alô? – a voz tão conhecida atendeu.
- Oi null! – ela disse se ajeitando mais na poltrona.
- Oi amor, tudo bem? – ele proferiu com uma voz desanimada e fraca que ela estranhou.
- O que aconteceu null? – null se preocupou.
- Nada demais, mas nós precisamos conversar! Posso te pegar hoje )? – ele disse com o mesmo tom de voz.
- Pode sim! Mas vem lá pra meia noite. Minha mãe quer que eu conheça a namorada do meu primo – ela revirou os olhos.
- Está bem, me espere, ta? – ele pegou o resto da roupa amassada do armário e pôs dentro da quarta mala que enchia aquele dia.
- Amor... Eu tenho que ir, minha tia ta chegando. Beijos. E... Eu te amo, ta? – ela se levantou prestes a desligar.
- Ta bem, eu te amo também linda, pra sempre! – ele disse com uma voz rouca, que parecia velha. Escorreu uma lágrima solitária pela bochecha dele. – Tchau – desligaram.
Aquilo do namorando querer conversar, ainda estava deixando null confusa. Desceu as escadas ao encontro dos parentes. A festa rolou, e pra ela até que foi um pouco divertida. A garota olhava no relógio a cada cinco minutos, queria logo ver o null, queria saber o que se passava. Depois de risadas, os primos se beijando, a namorada dele falando de cães, ela ouviu finalmente a campainha soar baixa por causa do som. ‘Ding Dong’ - null! – ela abriu a porta e deu de cara com o namorado com um meio sorriso. O abraçou, sentiu Billie, o cão, fazer ‘festa’ para null. Eles sempre se deram bem. Ele acariciou a nuca do cão e ele foi brincar com o irmão menor de null.
- Vamos? – null perguntou ainda com um sorriso murcho no rosto, e pegou na mão dela.
- Sim... Mãe, estou saindo com o null! – ela gritou e a mãe assentiu com a cabeça em sinal de permissão.
null fechou a porta de casa atrás de si, pegou na mão do namorado de novo, e deixou que ele mostrasse aonde iriam. null passou um braço por volta da cintura dela enquanto iam andando.
- Quero te levar em um lugar que faz tempo que não vamos – null disse com a mesma voz do telefone e caminhava na rua vazia e iluminada por causa do Natal.
- Onde? – null ficou curiosa, olhou-o.
- Calma, já estamos chegando – null proferiu enquanto virava uma rua que dava para um porto. null sorriu abertamente. Lembrava bem daquele lugar. Era onde null a levou quando a pediu em namoro.
- O Porto! – ela disse e o abraçou.
- Sim, venha! – a pegou pela mão e a levou para uma plataforma de madeira, onde podiam ver a lua cheia refletir no mar. Sentaram-se na ponta, onde ele tinha posto um cobertor pra eles, e ele a abraçou. Eles ficaram trocando carinhos por um tempo.
- Esse está sendo o meu melhor Natal – ela disse com simplicidade ao vê-lo dar um pequeno sorriso.
- Qualquer coisa ao seu lado é especial. É muito bom estar contigo. Esses estão sendo os melhores seis meses da minha vida – ele disse sincero, olhando-a, os olhos dela lacrimejaram.
- Você é perfeito, null. Amo-te tanto! – disse ela antes de dar um abraço apertado nele.
- Eu também te amo! Muito... – escorreu uma lágrima dos olhos do garoto, mas ele logo as limpou. Não queria que ela o visse mal. Ela, como ele queria, nem imaginara que ele havia soltado umas lágrimas. null a olhou fundo nos olhos, como se quisesse guardar cada traço da garota pra sempre, deu um sorriso amarelo. null sem rodeios beijou-o com delicadeza. Queria que aquele momento nunca acabasse. O beijo ia se intensificando, eles queriam um ao outro. Esse era o momento, era a hora deles. null levantou e a guiou para dentro do farol que tinha ali perto. Eles já haviam adormecido lá. No primeiro encontro, eles dormiram lá. Não ficava ninguém de noite. Eles entraram aos beijos, null fechou a porta, carregando o cobertor consigo. Tudo estava simples, mas estava perfeito. Foi ali no chão mesmo, que null teve sua primeira vez. null a levou as estrelas sem ao menos sair do chão.
***
null acordou com a claridade da pequena janela que tinha no farol. O dia estava amanhecendo. Olhou para o lado e viu sua pequena ali, deitada, desnuda. Abraçou-a por trás, e deu-lhe um beijo na testa, e sem querer a acordou.
- Bom dia flor do dia! – ele disse com um sorriso estampado no rosto.
- Bom dia! – ela disse meio tímida.
- Ta com vergonha de mim? – ele disse entre risos. Por mais que estivesse muito tempo com a garota, ela era muito tímida.
- Pára null! – ela deu uma pequena tapa no braço dele e começou a se vestir. Ele continuou a gargalhar, enquanto colocava a samba-canção que estava jogada ali no canto. null vestiu-se rápido, enquanto a garota procurava o sutiã por ali.
- Procurando isso? – ele perguntou colocando na cabeça, parecendo o Mickey e ainda ria. (n/a: Simpsons forever /o/ hehe)
- null, me dá! – ela proferiu tentando fazer uma cara brava e tapou o que estava nu ainda com o cobertor que havia no chão.
- Er, vou pensar no seu caso! – ele levou a mão ao queixo, fazendo uma cara pensativa, e engraçada.
- Ah, então quer que eu saia assim? Sem nada? Tudo bem... Vou ver se um daqueles pedreiros ali tem um sutiã pra me emprestar! – ela dramatizou totalmente, o fazendo arregalar os olhos.
- TOMA O SUTIÃ! – ele disse correndo, entregando pra ela, que caiu na gargalhada. null vestiu-se, e null já estava vestido.
- Vamos embora? – perguntou o namorado, enquanto ela estava dobrando com cuidado o cobertor.
- Vamos! – null entregou o cobertor à null.
- Pode deixar aí, era do meu cachorro, aí eu peguei emprestado dele antes de sair – ele disse com simplicidade a vendo arregalar os olhos.
- Eu do... dormi num cobertor de cão? – ela perguntou enojada jogando o cobertor no chão, e pensando tudo que eles haviam feito naquele cobertor.
- É brincadeira! – respondeu null rindo, vendo a cara pensativa e enojada da namorada.
- Besta! – ela xingou, tentando fazer uma cara brava, mas sempre caía na gargalhada.
- Mas você ama esse besta né? – ele disse com um sorriso maroto. E abraçando por trás, quando a garota estava saindo do farol.
- Amo muito! – ela disse, virou o rosto de lado, e beijou-lhe a bochecha. null sorriu.
- Também te amo gatinha! – ele disse carinhoso. Ele era muito carinhoso, e ela gostava disso. Deram as mãos e caminharam até a casa da garota conversando sobre diversas coisas.
- null, então... À noite, eu vou com os garotos no carro. Você se importa em ir com a null? – ele disse com simplicidade ao chegar à porta da casa dela. Eles iriam viajar para a praia à noite, e iriam passar o ano novo por lá. Iriam, eles, e mais os amigos.
- Não há problema algum – ela sorriu para ele, e procurou as chaves no bolso da jeans.
- Então nos vemos mais tarde! – o proferiu dando um beijo estalado na boca da namorada.
- Até mais! – ela disse, com um sorriso, entrou em casa.
***
- Alô? – perguntou null ao atender ao telefone.
- ! – null disse gritando, e null arregalou os olhos. – Tudo bem amiga? – ela mudou o tom de voz, perguntando com simplicidade.
- Eu estou ótima, mas pelo jeito você enlouqueceu mais, né? – proferiu null rindo.
- Eu to legal, obrigada por perguntar – ela disse rindo também. Conversa de doido. – Ah, você já fez as malas? Porque eu vou primeiro pegar você, e depois as outras.
- Sim, está tudo pronto amiga! E a gente vai encontrar os garotos na casa do null e do null? – perguntou null, enquanto rabiscava algum desenho em um papel qualquer na mesa.
- Vamos sim, e... Você não vai no carro do null ouviu Srta.? – null disse num tom engraçado de mãe, e elas riram.
- É... Ele me avisou – disse ainda com tom de riso.
- Então null, eu passo aí daqui meia hora, ta? Vou terminar de arrumar minhas coisas... – ela estava se despedindo.
- Está bem, vou tomar banho. Vejo-te daqui a pouco, beijos – se despediram. – Tchau – disseram as duas antes de desligarem. null colocou o telefone em qualquer canto, foi até o banheiro do seu quarto. Despiu-se, abriu o chuveiro, esperou a água esquentar. Tomou um banho rápido e relaxante. Saiu, se enrolou na toalha, colocou um jeans e uma blusinha, o famoso all star azul bebê que não podia faltar, e uma maquiagem leve, pois não saía sem. Viu uma mala média e uma pequena encostadas perto da porta do quarto. Olhou no relógio, imaginando que null estava pra vir. Não deu por esperar, a campainha tocou, supôs que era a amiga. Pegou as coisas, que não eram muitas, e desceu até a porta.
- Oi amiga! – abraçou-a. – Feliz Natal né? – ela disse lembrando-se do Natal.
- Pra você também chuchu! – null disse sorrindo. – Vamos então? – ela disse logo após. Teriam tempo pra ficarem juntas depois.
- Vamos sim, vou me despedir da minha mãe... – null proferiu e deu um abraço na mãe e na tia que estava lá. – Tchau! – a mãe de null fechou a porta, e as garotas foram para o carro.
- AMIGA! Oito dias juntas e sozinhas! DEMAIS! – null disse empolgada enquanto guardava a mala de null com cuidado no porta-malas.
- Realmente, demais! – ela disse com a mesma empolgação, enquanto se sentava no banco da frente. null deu a volta no carro, entrou no banco do motorista.
- Então, à casa dos garotos! – null disse ligando o carro e o som, que passava Hilary Duff na rádio, e seguiram até a casa dos garotos.
Ao chegarem a uma pequena casa estilo americana, via duas garotas encostadas no carro de null. Uma delas usando uma mini saia preta e uma blusinha rosa, e estava lixando a unha. Viu na hora, era null. E outra, usava vestes delicadas, mas ao mesmo tempo não, ela ria dos meninos que estavam na grama, e tinham acabado de fazer montinho no null. null parou o carro, e ela e null saíram.
- AMIGAS! Salvem-me desses doidos! – disse null ao olhar os garotos com desdém, rindo, correu ao encontro das amigas e as abraçou. null e null foram com null, conversando, até null. Todas se cumprimentaram e estavam animadas conversando.
- Posso saber o que essas moçoilas falavam? – null foi com toda pose de machão e mandão para onde elas estavam.
- Nada que seja pra você saber, intrometido! – disse null empinando o nariz.
- Chata! – null disse mostrando a língua. Pareciam duas crianças com atos bobos. As meninas riram deles, vendo cada um virado para um canto.
- Vamos gente? Temos tempo pra conversar lá. Sete dias! – disse null ao chegar perto das garotas.
- Sim, vamos! – concordou null e as outras deram um aceno com a cabeça.
- Me deixa dar um beijinho no null! – disse null toda empolgada. Correu até o namorado, se beijaram, e eles não queriam parar, fazendo os amigos gritarem.
- Ai credo, não posso nem beijar minha gatinha! – disse null ao desgrudar da namorada, e a levar até o carro das meninas. Fechou a porta pela qual a namorada entrou e foi para o carro de null, sentou-se atrás junto com null.
- O problema é que vocês não se beijam... – disse null calmamente, e com tom de risada. – Vocês fabricam um filho pela saliva, é diferente!
- null? – perguntou null da frente, rindo da coisa idiota que o amigo havia dito.
- Que foi? – perguntou null.
- Cala a boca! – disse ele entre risos e todo mundo riu da cara de ‘taxo’ de null.
***
- O QUE? – null disse toda histérica quando null contou para elas que ela e null tiveram ‘uma noite de amor, a primeira’.
- Foi isso que aconteceu – ela disse com as bochechas um pouco coradas.
- Ai que bonitinho, nossa menininha está virando uma mulher! – disse null apertando as bochechas de null, fazendo todas rirem.
- E como foi? O null é bom? – todas as enchiam de perguntas, a fazendo rir mais.
- Ai meu Deus! – null, entre risos, exclamou.
- Ai null, conta, você é a primeira entre nós, você sabe – disse null enquanto dirigia. Via o carro dos meninos logo à frente. null começou a contá-las, mas sem muitos detalhes, privacidade. Depois desse assunto, a conversa pegou outro rumo, e ficaram conversando.
- null, por que você não pára de ser besta e fica com o null? – perguntou null enquanto ainda lixava as unhas.
- Porque eu não gosto dele, oras! – exclamou com desdém ao ouvir o nome do dito cujo. O caso de null e null era velho já... Eles eram primos, primos distantes. Eles namoraram escondido por um bom tempo, eles se amavam, mas o null um dia fez uma burrada e contou para a ‘namorada’, só que ela não aceitou uma traição e terminou com ele. Mas todos sabiam que ainda se amavam, além de conviverem juntos, eles não se davam bem, nem se quer se falavam. null vive pedindo desculpas, mas ela não quer ouvir.
- null, nós somos suas amigas, e a conhecemos bem. Sabemos o quanto você ainda ama ele! – disse null, que estava sentada ao lado da amiga, calmamente.
- E se você deixasse de frescura, ele está sempre pedindo perdão, vocês se amam, poxa! – quem disse foi null. Havia pegado um pacote de biscoito, e estava comendo. null ficou cabisbaixa, sem perder a direção.
- Pense no que a gente disse e faça o que você achar melhor – disse null enquanto parou por um momento com as unhas. – Queremos o seu bem, amiga! – null deu um meio sorriso.
- Olhem, os meninos vão parar no acostamento – disse null ao os ver darem seta. -, pare também null, vamos ver se eles estão com problemas.
null deu seta e parou atrás deles, um pouquinho distante. Viram null que estava na frente sair, e se espreguiçar. Elas todas saíram para ver o que tinha.
- Por que pararam? – logo null perguntou quando chegaram até o carro deles, e null que dirigia saiu também.
- O null queria urinar! – disse null com um pequeno sorriso.
- E cadê ele? – perguntou null arqueando uma sobrancelha só.
- O null ta ajudando ele a tirar o pé do banco, não sei como, ele prendeu lá! – disse null entre risos e todo mundo riu, até a porta do carro abrir violentamente e null cair de lá de dentro.
- Consegui! – disse null, após levantar do chão, e todo mundo dando risada.
- EU consegui! – disse null se sentindo superior, achando que ia ganhar um premio Nobel por tirar o null do banco.
- Tinha que ser meu null! – a única que disse algo foi null, enchendo mais a bola de null. Foi até ele e eles começaram aquele melaço de beijos e carinhos.
- Ugh! – disse null e null tapou os olhos dela.
- Ela é uma criança ainda, por favor! – null fez todos rirem. null fingiu uma cara emburrada, foi olhar pro outro lado, e null de costas urinando ali mesmo, no mato. null olhou as costas do garoto, os ombros largos. null tossiu um pouco alto, fingindo não ver e continuou a conversa com o pessoal e null também.
- Vamos? – perguntou null quando chegou à rodinha de amigos fechando o zíper da calça.
- Vamos! null... null... ! – chamou null vendo null e null se beijando dentro do carro. – Eu vou contar tudo pra sua mamãe, ta ouvindo? – disse ela entre risos e quando ela saiu e deu um beijo de leve nos lábios de null, null deu uma tapa na bunda dela. – Isso é pra você se comportar!
- Ai mamãe! – disse ela rindo, e piscou pra null quando estava indo pro carro.
- Vamos senão o papai vai te bater! – disse null aos risos enquanto acompanhavam elas.
As quatro entraram no carro, e os meninos fizeram também. Elas esperaram eles irem à frente, para acompanhá-los atrás.
***
- CHEGAMOS! – null disse na maior animação saindo do carro.
- Graças a Deus, não agüentava mais ficar dentro daquele carro! – null se abanou, e saiu do carro logo atrás de null, indo direto no porta-malas.
- E eu sem o null! – null disse, os olhinhos brilharam, e levou um pedala da mais baixinha, null.
- Sai logo daí, eu quero ir pra praia! – null disse empurrando a amiga, que quase caiu de tão forte que a outra empurrava.
- Er... null... Está de noite! – disse null ao chegar perto da garota.
- E daí? – perguntou null, que vinha com duas malas, e null e null ao seu encalce.
- Praia de noite é legal, beleza? – ela disse sorrindo para o null, que concordara com ela. E null revirou os olhos, indo para o hall do prédio junto com as garotas.
- Sim, meu pai deixou nós virmos! Não, ele não vai ligar e gritar com você! PELO AMOR DE DEUS, me dá as chaves? – null, cujos pais eram donos do apartamento na praia, discutia com a recepcionista. Depois de uns cinco minutos discutindo com ela, null já lixava as unhas, null marcava com null de eles virem na praia à noite, null enrolava as pontas do cabelo, e null, null e null conversavam sobre música.
- Até que enfim! – null disse, se virando para os outros, que pegavam as malas preguiçosamente.
- Já tava ficando com sono! – null disse carregando a única mala para o elevador.
- Que exagerada! – null disse e cutucou a barriga da menina, que se contorceu de cócegas.
- É melhor irmos em dois elevadores, vai lotar! – disse null.
- É melhor! – concordou null, e apertou o botão do elevador do lado. Os dois chegaram quase juntos, em um foram null, null, null e null. E no outro, estavam null, null, null e null. Chegaram também quase juntos, e todos saíram com as malas. null pegou as chaves que estavam no bolso, e abriu a porta. Quase foi atropelada pelos amigos, que queriam entrar logo.
- Nem adianta correrem, moçoilas e moçoilos! Suíte para as meninas, e o outro para os meninos! – null disse os vendo correrem para os quartos.
- Aaah! – só ouvia os murmúrios de todos eles, principalmente de null e null.
- E eu achando que ia dormir com você! – disse null enquanto carregava a mala dele até o quarto onde os meninos iam ficar.
- Eu também! Queria ficar com você! – null fez bico, e ele sorriu.
- Que grude vocês! – disse null ao passar e empinar o nariz quando null ameaçou fazer cócegas nela. As meninas foram para um canto e os meninos foram para outro, os quartos ficavam em cantos diferentes.
***
Já era hora do jantar, estavam todos com fome e um pouco cansados. Resolveram não sair naquela noite, sairiam amanhã.
- O que vamos comer? – disse null, o sempre esfomeado.
- Hm... Não tem nada no armário! – disse null, quando voltou da cozinha. O resto do pessoal estava todo reunido na sala, uns no sofá, outros no chão, enfim, assistindo TV.
- Então vamos! Alguém tem que ir ao mercado! – disse null, enquanto desviava a atenção da TV para null.
- O problema é... quem vai? – disse null se espreguiçando. – Eu é que não vou! Eu dirigi, estou cansado!
- Eu também, me tire dessa! – disse null sentando ao lado de null, que achou estranho.
- Vamos null? Eu, você e o null ou o null... Tem que ir alguém pra ajudar a carregar! – disse null, enquanto levantava e punha os chinelos.
- Está bem, vamos null? – ela perguntou enquanto levantava do colo do namorado.
- Ah não... – disse null fazendo bico.
- Preguiçoso! – disse null e mostrou a língua pro amigo.
- Então vamos null, deixa eles aí. Vamos sair nós três e nos divertir! – disse null fazendo null rir.
- Se divertir? Num supermercado? – disse ele entre risos.
- Vamos null! – null sorriu e mostrou a língua pro namorado.
- Não faz assim que eu te pego! – null deu uma piscadela pra ela, que riu alto.
- null, não precisa rir assim! – disse null. A conversa com null estava tão interessante, que percebeu agora que eles estavam saindo.
- Chata! – disse ela, e puxou null e null para fora do apartamento.
***
- O que compramos pra hoje? – perguntou null para null, enquanto null carregava o carrinho.
- Acho que podíamos fazer algo simples, e amanhã fazemos algo melhor – disse null enquanto olhava as prateleiras.
- Isso... – respondeu null, enquanto fazia o mesmo que null.
- MIOJO! – disseram juntas ao verem vários pacotes.
- Oh null, pára o carrinho aí! – disse null, antes que o menino continuasse e não vissem elas paradas. Isso é bem típico de null. Elas pegaram uns seis pacotes, acharam que ia dar.
- Miojo? – perguntou null passando a língua nos lábios. Amava miojo.
- Sim! Amanhã faremos algo melhor... – disse null enquanto arrumava os miojos no carrinho.
- Ok Ok! – disse ele e continuou com o carrinho.
- Vou pegar refrigerante... – disse null e null ficou ali com null pegando uns pãezinhos.
- Hm... Coca Cola! – dizia null sozinha enquanto pegava as garrafas.
- E aí gatinha, vem sempre aqui? – disse uma voz grossa. null olhou de canto de olho e viu um garoto loiro, com um sorriso bonito.
- Então null... – disse ela voltando aos amigos, e ignorando o garoto que sorriu.
- Que foi? – perguntou ela, arqueando a sobrancelha.
- Já peguei os refrigerantes... Vamos? – disse null e null concordou, virando o carrinho para o caixa.
- Vamos brincar? – disse null, com um sorriso maroto.
- Brincar... De que? – perguntou null acompanhando o sorriso. Se dizia pro null ‘vamos aprontar?’ ele concordava na hora.
- Corrida com carrinho! Um senta e o outro empurra! – disse null, e null na hora concordou.
- VAMOS! – disse null) empolgada. Empurrou null no carrinho.
- Você primeiro! – disse ela, rindo da cara da amiga. – Você empurra! – disse pro null. – Depois nós trocamos.
- Ok! – null e null concordaram.
- 1... 2... 3... JÁ! – disse null começando a empurrar o carrinho num corredor enorme e quase vazio, onde vendia produtos pra cachorro. O carrinho ia pegando velocidade, null batia com o corpo dos dois lados do carrinho, os pés pra fora, rindo muito, os três.
- Mais rápido... – dizia null enquanto se mergulhava em risos. E null a obedecia, ia cada vez mais rápido. Estava na volta já, via null parada, rindo também.
- Sua... vez... – null ofegou, e null a ajudou a sair do carrinho.
- Ebaaaaaa! – disse toda animada, e com a ajuda de null, sentou no carrinho.
- Vai null, bem rápido! – null, na mesma posição que a null, rindo. null começou a correr de novo, rápido. null só não gritava pra não chamar atenção, porque ela ama gritar. Na volta, null quase bateu o carrinho numa prateleira, as fazendo rir mais.
- Minha vez! – disse null logo depois de ajudar null sair.
- Eu empurro! – disse null logo, e null sentou no chão do supermercado enquanto assistia eles brincarem. Estavam se divertindo ali. Ouviu alguma coisa tocar. Procurou nos próprios bolsos, depois viu que vinha da bolsa de null. Olhou eles se divertindo, pegou e abriu a bolsa dela. Era o celular, e na bina estava ‘null’.
- Alô? – ofegou, brincar ali, cansava.
- null? – perguntou null. Estava esperando que a namorada atendesse.
- Sim, sou eu! – disse enquanto enrolava os cabelos.
- Onde vocês tão? Cadê a null? – encheu ela de perguntas, ela deu um sorriso maroto.
- Estamos no supermercado, e a null achou um alemão gostoso aqui bem melhor que você, e eles estão se amassando no corredor de papel higiênico! – ela disse, se sufocando com o riso.
- O QUÊ? – o viu perguntar quase gritando, e ouvia as vozes no fundo ‘Que foi? Aconteceu alguma coisa?’.
- É brincadeira null! – disse quando voltou o celular ao ouvido.
- Você é louca? – riu do próprio desespero.
- Você que é, até parece, null se agarrando com um alemão. Você sabe que ela curte os suecos! – dizia null entre risos.
- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH! – null gritou quando null começou a correr atrás dela, brincando de pega-pega.
- PEGUEI! – disse null ao abraçar null de lado e os dois caírem no chão, perto de null.
- O que foi isso? – perguntou null, que ouviu também.
- Nada... HAHAHA... Nada... – dizia null entre risos. – A gente já está indo embora!
- Ok! Vem logo... – respondeu null e desligou.
- Seu namorado estava no telefone! – disse null para null.
- E o que ele disse? – perguntou ela enquanto fugia das cócegas que null queria fazer.
- Pra ir logo! – disse null, enquanto levantava. Pegou a bolsa, e o carrinho que estavam as compras. – Vamos gente! Eles estão com fome...
- Antes de irmos... – null parou de perseguir null, que se arrumava, e começou a ir atrás de null, que corria pra lá e pra cá, rindo.
- Não null, cócegas não! – dizia enquanto corria. null rindo, foi cuidar do carrinho.
- HAHAHAHA, não... HAHAHAHA pára! – dizia entre risos, enquanto null já enchia de cócegas na barriga, e ela se contorcia toda.
- É melhor a gente ir... – disse null ao olhar no relógio.
- Te pego em casa, mocinha! – disse null dando uma piscadela para null, que fez uma cara de medo e correu pra trás de null.
***
- CHEGAMOS! – disse null ao chegar a casa, pulando feito um macaco.
- Que demora, onde vocês foram? – veio null resmungando.
- No mercado... – disse null empinando o nariz pra ele e carregando as coisas pra cozinha.
- Eu to com fome! – gritou null da sala, onde estava sentado no sofá pequeno com a null.
- Espera, a comida não vai demorar! – respondeu null. Ela iria fazer a comida, única que sabia cozinhar, apesar de ser miojo.
- Onde está a null e o null? – perguntou null vendo só null e null conversando na sala, enquanto null estava na cozinha com o resto.
- Estão no quarto jogando cartas! – disse null sentando na bancada da cozinha, do lado onde null arrumava as compras.
- O QUE? – perguntou null, e null arqueou uma sobrancelha.
- Eles estão se dando bem? – null perguntou.
- Estão! Eles foram para o quarto porque disseram que eu estava enchendo o saco! E não saiu nenhuma facada ainda... – null ia dizendo e null riu.
- Uau! Ninguém os atrapalhe! Isso é um momento histórico! – null fez drama, e saiu da cozinha com null ao seu encalce. Se juntaram pra assistir TV na sala. null achou que havia ficado sozinha. Melhor, assim ia terminar rápido a comida. null levantou nas pontas dos pés para pegar uma panela no armário, pegou e pôs em cima do fogão. Quando foi pegar um garfo, viu que null estava ainda sentado a banqueta.
- AH! – ela assustou, ele riu. – Que susto, doido, tira as pernas pra eu pegar o garfo? – dizia ela, enquanto tentava abrir a gaveta que as pernas dele não deixavam.
- Hm... – fez uma cara pensativa, e ela riu. – Só se eu ganhar um beijo! – disse null sorrindo, e null ergueu uma sobrancelha. (n/a: viu Mari, ergueu HAHAHAHA, ergue a mão Mari! HAHAHAHA)
- Um beijo é? – ela sorriu marota, pegou a mão dele e deu um beijo rápido. – Pronto! Tira os pés! – ela disse, mas ele não deixou.
- Eu quero um beijo de verdade! – ele disse, e ela ergueu de novo a sobrancelha, como se não soubesse. null ficou na ponta dos pés, apoiada com as mãos na bancada, beijou o namorado. Estava ficando cada vez mais intenso, ela não conseguia ficar nas pontas dos pés. null desceu da bancada, envolveu ela em seus braços e tornou a beijá-la. null por acaso, parou.
- Era só um beijo... – ela deu um sorriso maroto. null nem respondeu, voltou a beijá-la, e ela correspondeu. Foi ficando intenso outra vez, ele a empurrou devagar até a bancada da pia, que era mais baixa onde ele estava. Colocou-a sentada ali, e ficou entre as pernas dela. Ela começou a beijar o pescoço dele, as mãos puxando o cabelo dele sem machucar, e ele estava gostando. As mãos passeavam pelas costas dela por baixo da blusa.
- Cof Cof – null pigarreou alto ao entrar na cozinha e ver a cena deles, que pararam na hora de se beijar e olharam pra ele. null ficou encabulada, e desceu rápido da bancada e virou para fazer o jantar. Já null, quis bater no garoto que ria dele.
- Eu só vim perguntar se vai demorar a comida... Eu to com fome! – disse, e riu da cara de null.
- É rápido, espera, daqui a pouco está pronta! – disse null sem olhar para o rapaz.
- Ok! – disse ainda entre risos, e saiu da cozinha. null foi até a garota, riu quando viu as bochechas coradas dela.
- Quer ajuda? – ele perguntou quando a via colocar os seis pacotes de miojo na água fervendo.
- Não... Pode ir lá pra sala, é rápido! – disse ela com simplicidade, enquanto cozinhava o miojo. null deu de ombros e foi pra sala.
- Esse é o meu garoto! – disse null, quando null sentou ao lado dele na sala.
- Idiota! – disse ele entre risos, e se jogou em cima do amigo gritando ‘MONTINHO NO DOUGIE’. null, null e null pararam o que estavam fazendo e pularam em cima de null. null estava quase morrendo asfixiado com a cabeça no sofá, e o montinho foi caindo. null, que estava em cima, foi o primeiro a cair no tapete. E ouviram assim, ‘MONTINHO NO DANNY’. Só que agora null e null vieram pra sala também, e todo mundo pulou em cima dele. Depois de brincadeiras, risadas, eles ouviram null chamar para sentarem à mesa. Ela serviu uma grande travessa de miojo, todos ali estavam morrendo de fome. Cada um se serviu, e sentaram todos à mesa.
- Isto... está... uma... delícia... – dizia null de boca cheia.
- Fecha a boca, seu porco! – disse null olhando o garoto, enojada.
- Deixa ele, ele não tem modos! – disse null como se fosse a pessoa mais educada do mundo. null sorriu pra ele.
- Hey! Eu tenho sim, beleza? – ele disse franzindo a sobrancelha.
- Oks, parem de discutir – disse null fazendo os dois pararem com uma briguinha idiota que haviam começado.
- Mas sério null, seu miojo é bom demais! – null agora, sem comida na boca, disse à null sorrindo, que retribuiu o sorriso. – E ainda com a ajudinha do null hein? – ele caçoou, dando uma piscadela.
- A ajudinha dele foi ótima hein? – ela disse entre risos, e deu um pedala no null. Os outros nem estavam muito preocupados com eles, estavam comendo.
***
- Estou com sono... – dizia null enquanto se espreguiçava.
- Ah, eu também! – disse null, e deu uma piscadela que só o null tinha que ver. Ele viu, e sorriu.
- Vamos dormir! – disse null, e elas levantaram e foram para a suíte onde dormiriam.
- Não vai dormir null? – perguntou null, que estava sentado ao lado dela.
- Agora não, vou ficar um pouquinho com o null! – disse e deitou no colo do namorado, com as pernas em cima do null.
- Folgada! – disse null, enquanto fazia cócegas na garota.
- Folgada nada... HAHAHAHA pára de fazer cócegas! – dizia entre risos. null e null, sempre foram os melhores amigos, null nem tinha ciúmes do garoto. Sabia que nunca ia rolar nada entre eles. Depois de bagunça e risadas, null foi dormir, e null cochilava no sofá.
- Oh null? – null cutucava o amigo no ombro.
- Que é? – resmungou ele.
- Vai dormir na cama! – disse ele disfarçando uma cara de quem estava preocupado.
- Preocupado com ele, null? – null caçoou entre risos. – Que bonitinho! – ela disse a apertou as bochechas dele, que estava sentado no chão encostado no sofá que ela e o null estavam deitados. null resmungou algo que ninguém compreendeu, e foi deitar.
- Amor, acho que eu já vou também, estou com sono! – null disse à null.
- Então eu vou junto... – disse se levantando junto com null. – Eu quero um beijo de boa noite! – ele disse quando ainda estavam na sala. null chegou perto dele, e o beijou. null a envolveu nos seus braços.
- Então... – disse null pigarreando alto, e riu.
- Tinha que ser o null! Já não seria a primeira vez... – dizia null enquanto revirava os olhos, e o casal riu.
- Eu também quero beijinho de boa noite! – disse null fazendo biquinho, e null riu.
- Só quem ganha é o null! – null mostrou a língua para o garoto e foi se deitar. null seguiu o outro caminho.
***
- null? – ouviu alguém chamar, as luzes estavam apagadas, só a TV estava ligada.
- Eu! – disse sorrindo, e olhou para quem chamou.
- Vamos? – null estava lá, com uma roupa normal, tinha tirado o pijama.
- Está todo mundo dormindo? – ele respondeu com uma pergunta.
- Sim! A null acabou de pegar no sono... – dizia ela e ele desligou a TV.
- Então vamos! – disse null e abriu a porta tentando fazer o maior silêncio possível. Os dois saíram, fecharam a porta ainda com o silêncio. Desceram pra rua, e foram para a praia.
- Eu gosto da praia à noite, não tem ninguém, só ouve o barulho do mar... – dizia ele, sentado na areia, ao lado de null.
- Eu também, quando se está sozinha, é um lugar tão bom pra pensar... – ela disse e olhou para ele, que sorria.
- Quer caminhar? – ele perguntou, e ela na hora aceitou. Começaram a caminhar pela beira do mar, a água gelada batendo nas suas canelas.
- Sem assunto... – ela disse, e eles riram.
- Hm... Você gosta de presunto? – null perguntou entre risos, e colocou as mãos no bolso.
- Gosto, er... Isso é pra manter um assunto? – ela perguntou rindo também.
- Sim... – ele disse e olhou para frente, onde via só a rua da praia iluminada, a praia era escura, com luzes fracas pra fazerem uma grande sombra.
- null, você já se imaginou casando? – perguntou null depois de um silêncio.
- Pra falar a verdade, sim. Mas era diferente, eu não usava sapato social, a gravata era rosa... – null disse, sorrindo pra ela.
- E a sua mulher? Era bonita? – perguntava, enquanto chutava a água.
- Sim, muito bonita, e da minha altura – ele disse, e riram. – E você? Já se imaginou?
- Hm... Não – respondeu null, e olhou para ele.
- Quer sorvete? – perguntou null quando viu uma barraquinha de sorvete na praia.
- Eu quero! – null o acompanhou até a barraquinha.
- De quê? – null tirou a carteira do bolso, e null tirou o dinheiro, mas ele fez questão de pagar.
- Morango! – respondeu sorrindo.
- Um de morango e outro de chocolate – pediu para o velhinho que estava vendendo. O senhor deu o sorvete para cada um, e null o pagou.
- Quer? – ofereceu null depois que abriu o sorvete.
- Eu quero! – disse null e deu uma mordida no picolé dela. – Quer? – ele ofereceu também.
- Quero! – null mordeu também o dele. Resolveram caminhar de volta, o sorvete já tinha acabado.
- null? – perguntou null com cara de anjinho. – Me leva de cavalinho? – ele riu.
- Sobe aí! – ele agachou um pouco, e ela subiu.
- CORRE! – gritou ela e ele começou a correr pela areia, quase caindo. – MAIS! – ela ia falando e batendo uma perna na coxa dele. null corria, os dois riam, até que ele tropeçou e os dois rolaram pela areia, se sujando todos.
- Nem correr você corre direito null... – ela disse entre risos, e ele veio pra perto dela.
- Mas cócegas eu faço direitinho... – ele começou a fazer cócegas na barriga dela. null se contorcia e ria.
- HAHAHAHA pára null! – dizia ela entre risos. Estava quase chorando de tanto rir. null cansou de fazer cócegas e deitou na areia ou lado dela.
- Olha aquela estrela ali! – apontou ele, sorrindo.
- Não aponta! – disse ela abaixando o dedo do rapaz.
- O que tem apontar para a estrela? – perguntou null não entendendo nada.
- Vai nascer uma verruga no seu dedo... – ela disse temerosa.
- Quem disse isso? – ele perguntou.
- Minha mãe... – null disse, e ele caiu em gargalhadas.
***
Na manhã seguinte, a primeira a acordar foi null. Resolveu esperar alguém mais acordar para ir com ela fazer as compras. Sentou para assistir TV, e não deu muito tempo veio null e null. As duas bem acordadas já tinham tirado os pijamas.
- Precisamos ir ao mercado, comprar comida da semana – disse null depois de elas falarem ‘Bom dia’.
- Então vamos! Antes que os meninos acordem e queiram ir pra praia – disse null, e elas saíram em direção ao mercado.
- Bom dia cara! – disse null ao acordar e ver null assistindo TV.
- Dia – respondeu sem animação.
- As garotas ainda não acordaram? – perguntou null sentando ao lado de null.
- Nem sei. O null ta lá dormindo... – disse null trocando de canal.
- É... Eu tropecei nele... – disse null e riram. – E o null também ta. O ouvi chamar alguém... – null riu.
- Devia ser a null... – disse null rindo.
- Bom dia! – disse null ao ver os dois conversando, se jogou no sofá oposto ao deles.
- Dia... Cadê as garotas? – perguntou null.
- Achei que estivessem aqui. Eu acordei sozinha! – disse null, coçando os olhos.
- Será que elas fugiram? – perguntou null idiotamente. (n/a: e essa palavra existe? ASHUASUHASHU. Ai Deus.)
- Pra onde? – perguntou null como se fosse óbvio que elas não fugiram.
- Elas podem ter sido abduzidas! SOCORRO! – null levantou na hora e começou a correr pra lá e pra cá.
- null! Olha um disco voador! – null foi até a janela e apontou para um farol quase no fim da praia.
- AI DEUS! – ele exclamou e correu até a janela. Grudou a cabeça no vidro, apertando o próprio nariz, como se quisesse ver mais de perto. Ele virou ouvindo as gargalhadas altas de null e null. Eles não riam, eles estavam rolando de rir. null ficou com cara de idiota e começou a rir dele mesmo.
- Que barulheira é essa? – resmungou null, e null estava em seu encalce.
- Eu tava no maior sono gostoso! – disse null coçando a nuca.
- Dormindo agarrado com o null, quem não tem um sono gostoso! – disse null agarrando null, que empurrava o rosto dele. null tentava beijar a bochecha dele. Todos tiveram ataque de riso. Ouviram o barulho da porta, e todos olharam para ela.
- Bom dia, dorminhocos! – disse null empolgada enquanto carregava um monte de sacolas.
- Onde é que vocês estavam? – perguntou null com seu cérebro de macaco.
- A gente foi ali na esquina procurar uns alemães! – respondeu null como se fosse a coisa mais óbvia, estavam trazendo montes de sacolas do supermercado.
- Dá pra vocês ajudarem? – perguntou null para o bando de macho parado.
- Eu achei que você não gostava de alemão! – disse null franzindo a sobrancelha.
- null? – perguntou null rindo, como os outros.
- Que? – disse ajudando a carregar as sacolas.
- Cala a boca! – disse null e todos se explodiram em risadas da cara que o null fez.
***
Depois de um reforçado café da manhã feito por null e null, eles desceram para a praia. null e null ficaram tomando sol, null, null e null conversavam animados, e de vez em quando null ia encher o saco das garotas que tomavam sol. null, null e null foram caminhar pela praia.
- null! – gritou uma voz atrás deles, muito fina. Ele virou, com a sobrancelha franzida.
- Ursula? – perguntou null.
- OI AMOR, tudo bem? Quanto tempo né? – ela dizia toda espalhafatosa. Era uma menina baixinha, com um corpo admirável, era amiga de null, uma ex ‘ficante’. null não sabia, mas Ursula e null não se davam muito bem.
- É... Quanto tempo... O que está fazendo aqui? – perguntou null com um sorriso depois que Ursula deu um abraço de quebrar as costelas.
- Vim passar o Ano Novo! E você, gatinho? – disse ela sorrindo e se jogando pra cima dele.
- Também... – ele dizia com o mesmo sorriso, e null pigarreou. – Ah, esses são meus amigos, null e null! – apresentou-os. Ursula deu uma olhada com desdém na null, e se jogou pra cima de null como se fosse um ‘amigão’. null olhou pra ela incrédula quando ela sussurrou algo no ouvido de null, fazendo ele se achar.
- AI null! Onde vocês estão? Pra gente ficar juntinho... – disse com um sorriso maroto, mas null não percebeu e respondeu.
- Ali ó! – apontou para o lugar. – Se quiser ficar conosco... – ele foi simpático.
- Ai, eu quero! Ficar com você sempre é bom né? Lembra de quando a gente se trancava no armário dos monitores? – Ursula fez uma cara safada ao lembrar, deixando null incrédula. E null batia nas costas de null rindo.
- Lembro... – disse null sem graça.
- Ai gatinho, a gente podia repetir... – ela disse sorrindo marota, e null viu que estava chegando aonde o resto do pessoal estava e a interrompeu sem querer.
- Chegamos! – disse ele, e logo todos viraram a cabeça pra ele. null levantou e tirou os óculos de sol pra ver se enxergara bem.
- Ursula? – perguntou null com desdém.
- null! Amiga! Que saudades de você! – disse Ursula na maior falsidade, dando um abraço normal nela. null nem respondeu, deu um sorriso amarelo.
- Senta aí Ursula... Fica à vontade! – disse null ao sentar ao lado de null. – Ah, e esses são null, null, null, null, e a null, minha namorada, você já conhece né? – ele ia dizendo e ia apontando.
- Sim... – disse ela e sentou ao lado de null. Eles conversavam, null estava emburrada porque o namorado não parava de conversar com a Ursula. null, null, null e null brincavam na água que nem crianças. null tomava sol, e null foi caminhar sozinho.
- null? – perguntou Ursula. - A casa onde vocês estão é longe? – perguntou com uma cara nada boa.
- Não, é logo aqui! – apontou. – Por quê?
- Preciso muito ir ao banheiro, me leva lá? – fez uma cara totalmente inocente.
- Okay – disse null, e virou para null. – Vou com ela, já volto, ta bem? – ele disse e deu um selinho em null, que revirou os olhos.
- Volta logo! – disse null olhando para outro lado.
- Vamos nullzinho! – disse Ursula toda espalhafatosa, e agarrou o braço do rapaz. null olhou para trás e viu ela agarrada ao braço do namorado. Ficou incrédula! Como ela conseguia ser assim? Eles entraram no prédio e ela olhou pra frente, null sentou ao seu lado.
- Não se preocupe, o null não cai na dela! – disse null, tentando passar confiança a amiga.
- Eu espero... – null ficou cabisbaixa, e viu um celular rosa pink cheio de chaveirinhos, imaginou que seria da Ursula.
- A... Vad... Ursula esqueceu o celular – proferiu null, e null riu.
- Onde fica o banheiro? – perguntou Ursula toda inocente quando entraram no apartamento.
- Segunda porta à direita! – disse null se sentando no sofá. Ursula foi ao banheiro, e voltou rápido.
- Posso usar o telefone? – perguntou ela.
- Claro, à vontade! – sorriu ele, batucando algo na perna. Viu Ursula procurar algo no short.
- Ain, esqueci meu celular lá! Eu precisava do número – disse ela fazendo bico. – Você poderia pedir pra alguém trazer?
- Hm... Ok! – disse ele, pegou o telefone e ligou o número já decorado pelos dedos. – Oi null – disse ele, e sem perceber, Ursula sorriu marota. – Poderia trazer o celular da Ursula aqui, por favor... – ele falava com a garota, que aceitou depois de um esforço.
- A null já está vindo... – ele disse, coçando a barriga.
- Sabe null... – Ursula chegou perto dele falando manso. – Eu não entendi ainda, o porquê está com ‘essa aí’... – dizia e chegava mais perto. Desamarrou as cordinhas do próprio biquíni.
-Er... – null não sabia o que dizer. – Se vista Ursula!
- Eu sei que você gosta disso, eu sei que você me quer! – ela sentou no colo de null, com uma perna em cada lado do corpo.
- Não quero! – ele disse, relutando pra não olhar para os seios da menina.
- Quer sim... Você me quer! – ela pegou as mãos dele e colocou nos próprios seios. Ele tentava tirar, mas ela segurou. Ursula ouviu a maçaneta abrir, e beijou null. Ele tentava parar, mas parecia que ela estava mais forte. E nem adiantava muito parar de beijar, estavam numa situação crítica.
- T-T-null... – gaguejou null, deixou o celular da menina cair no chão.
- null! Não é isso que você pensou... Ela me beijou! – ele tirou Ursula do colo dele, e correu para null, que estava prestes a chorar.
- Eu vi... E-Eu não acredito... – null estava desconcertada, começou a escorrer lágrimas involuntárias pelo seu rosto. – Eu confiava em você... Achava que você era diferente... Mas eu estava enganada! – ela dizia com raiva nos olhos.
- Não null... Foi ela! – disse null desesperado. Iria perder sua garota ali, e não estava acreditando.
- Ai null, pára de mentir, diz logo pra ela que você me agarrou – disse Ursula com um sorriso, chegou perto do rapaz e o abraçou.
- Sai daqui garota! – disse null empurrando ela.
- Pára de fingir só porque está na frente da sua namoradinha... Ops acho que ex-namoradinha... – ela disse com um sorriso vitorioso. null viu null chorando, não queria ver ela assim, sua garota...
- Eu esperava mais de você null... Canalha! – disse se esbaldando em lágrimas, e voltando o caminho que tinha vindo. Queria sair dali, não queria mais ver null.
- null, espere! – disse ele indo atrás dela, pegou-a pelo braço.
- ME SOLTA! – ela gritou.
- Não até você me ouvir... Ela me agarrou, por favor... Acredite em mim... Não quero perder você... Eu te amo! – ele ia dizendo a fazendo chorar mais e mais.
- Vem cá gatinho, deixe-a ir embora, e vamos terminar o que começamos... – disse Ursula encostada numa pose sexy na porta.
- Aproveita aí com ela! – disse null com a mesma voz embargada e com raiva. Pegou a aliança do dedo, e jogou no pé do garoto.
null olhou-a com raiva, não pensava em nada que null tinha dito e nada que ele disse antes, NADA. Pensava só no que aconteceu ali, soltou-se do null e desceu no elevador.
- Vem cá null, vem! – disse Ursula na maior cara de pau.
- SAI DAQUI GAROTA, E NUNCA... NUNCA MAIS QUERO TE VER! – ele disse pegando-a pelo braço com força e colocou-a num elevador. Ursula amarrou o biquíni de novo, deu um sorriso vitorioso para o espelho que havia ali. Ela tinha conseguido o que planejara, ouviu a conversa dos meninos antes de viajarem, mandou aquele loiro mandar uma cantada nela pra ver se era a null, e depois os seguiu pra saber onde estavam, e encontrar com null. Ela planejara tudo, mas como null ia saber?!
- null... Eu te amo! – disse null ao pegar a aliança e as lágrimas involuntárias começarem a cair.
***
- null! – gritou null ao parar o elevador e encontrar o garoto no hall.
- null, o que aconteceu? – viu que a garota estava chorando e se preocupou.
- O... T-T-null... – dizia ela com uma voz embargada.
- O que ele fez? – null se irritou, e segurou as mãos da menina.
- Ele... e a... Ursula... – ela não conseguia dizer direito, ela chorava, ele deduziu.
- EU NÃO ACREDITO QUE ELE FEZ ISSO! – ele gritou e ela chorou mais. null viu que ela estava muito mal, e abraçou-a. – Quer ir para outro lugar? Onde você possa se acalmar... – ele ia dizendo saindo do hall do prédio abraçado com ela. null apenas concordou com a cabeça, e foram andando até um parque que havia ali. Sentaram em um banco embaixo de uma árvore, e ela contou-lhe tudo que havia visto. E de como o amava...
- Você tem que ver o lado dele também... – null dizia depois de ela ter se acalmado.
- Mas é difícil... Eu o vi a beijando... Com as mãos no peito dela... – ela começou a chorar baixinho. – Você acreditaria? – ela perguntou e o olhou.
- Er... Não sei... – ele disse e ela sorriu.
- Viu... Não é tão fácil. Eu confiava nele, mas depois disso... Eu fiquei confusa! Qualquer um ficaria... – ela dizia, e encostou a cabeça no ombro dele, que a abraçou.
- Eu sei... Mas a verdade sempre aparece, e cedo ou tarde você saberá! – ele disse tentando acalmá-la, e sorrindo. null beijou o topo da cabeça dela, e ela sorriu.
- Obrigada null... Você sempre me ajuda... – ela disse olhando para ele, que abriu um sorriso ‘mil dentes’.
- Os amigos servem pra isso... ajudar! – disse null.
- Eu te amo Mr. null! – disse null, e ele riu.
- Eu também te amo null! – ele disse formalmente, e ela caiu na gargalhada da cara dele. – OLHA! UMA BALANÇA! – ele praticamente gritou no ouvido dela.
- Ai null! - null bateu nele, e ele riu.
- Vamos brincar? – ele disse levantando e começando a pular que nem um macaco.
- Eu acabei de levar um chifre e você quer brincar? – ela fez bico, e ele riu.
- Por isso mesmo! Temos que nos distrair, pra você não pensar no que aconteceu – disse null puxando ela do banco. Colocou-a em cima dos ombros e levava ela, que esperneava, até a balança.
- Eu não estou com clima! – disse null, mas null colocou-a na balança.
- Todo dia e todo mundo tem clima pra brincar na balança! – ele disse como se fosse óbvio. Ela se segurou quando ele começou a empurrá-la. null sentia só o vento batendo no rosto dela, e o null a empurrando, parecia que ia voar. Parecia que estavam voltando no tempo, quando eram menores, e null pediu pra garota empurrá-lo na balança, porque ele estava sozinho. Ela lembra até hoje, ele foi o seu primeiro amigo a se mudar pra cidade, era como um irmão para ela.
- Mais alto! – ela se empolgou, e ele riu. – Vai! – null empurrava mais e mais, e ela sorria. Realmente, tinha se esquecido um pouco do que passara e agora se divertia. Isso foi bom. Depois dos dois brincarem, rolarem na grama, rirem, acharam melhor irem embora, além do mais, estavam morrendo de fome.
- null... Como eu vou olhá-lo? – ela perguntou chateada, enquanto caminhavam até o prédio.
- Com os olhos! – ele respondeu como se fosse o sabichão, e ela teve que rir.
- Besta! – null deu um soquinho no braço dele, e chegaram ao hall.
- Mas sério agora null, converse com ele... – disse null enquanto subiam no elevador.
- Eu não... Nem falar com ele vou falar – disse ela empinando o nariz ao sair do elevador. null respirou fundo, ouviu o falatório lá dentro, e abriu a porta tentando criar ‘coragem’.
- null! – gritou null, e veio correndo ao encontro da menina.
- Oi null – tentou um sorriso, mas não deu certo.
- Onde a senhora estava? Estávamos todos preocupados! – ela disse finalmente deixando null respirar.
- Cadê o null? – perguntou null com a mesma preocupação que null.
- Eu? – ele perguntou aparecendo atrás de null.
- A gente foi num parque aqui... – disse ela, dando um meio sorriso para elas, e logo apareceu null.
- Cadê o null? – perguntou ela ao ver os dois entrando.
- Ele não ta aqui? – null arqueou uma sobrancelha.
- Não... Achei que estivesse com vocês! – disse null, e todo mundo ficou calado.
- Acho que sei onde ele está! – disse null com cara pensativa, e saiu porta a fora deixando as meninas olhando que nem bestas.
- Hm... Vou tomar banho e me deitar... Não estou muito bem... – disse null, e as meninas olharam para ela.
- O que aconteceu? – disse logo null.
- Depois eu falo com vocês... – ela lançou um olhar significante para a sala, aonde vinha a voz de null e null, que assistiam algum filme.
- Ok! – disseram elas, entendendo o recado.
***
null andou pela rua da praia, não encontrou nada que queria, estava ficando agoniado já. Resolveu ir para o outro lado, andou, andou e andou, entrando no primeiro bar da rua.
- null! – ele gritou e o bar inteiro olhou pra ele. null sorriu para disfarçar.
- O que foi? – perguntou null sem olhar para o amigo, com uma voz embargada.
- Como assim o que foi? Você trai a null, vem pra um bar se embebedar, deixa todo mundo preocupado! E... PÁRA DE BEBER! – null tirou a garrafa de cerveja da mão dele e jogou no lixo.
- Eu... Eu não traí a null! E... devolve minha cerveja! – disse ele, tentando se levantar, mas caiu.
- Você está bêbado! – disse null, pegando dinheiro e pagando o bar. Aproveitou e comprou água. – Vamos! – disse carregando null, que estava apoiado em seu ombro. Carregou até uma rua vazia, e sentou-o no chão. Pegou água e jogou no rosto dele. Ele ainda estava bêbado, mas a água ajudou.
- null... Eu acho que vou... – dizia null com cara de enjoado, correu até uma lata de lixo e vomitou.
- Bebe água! – deu para o amigo o que restara na garrafa. null bebeu e sentiu melhor.
- Desculpe... – disse ele e null o olhou.
- Desculpo... Se você me explicar qual é o motivo de trair a null! – ele estava irritado já.
- Cara, eu não a traí! Foi a Ursula! Você sabe como ela é atirada... – dizia null e null ouvia.
- E você aproveitou para ‘pegá-la’? – perguntou null.
- Não... Eu amo a null, nunca quis magoá-la! – null começou a chorar, e null agachou ao lado dele.
- Se você a ama, e se tudo isso foi falso, prove! A null não vai acreditar se você não provar pra ela que você a ama... – disse null e null olhou para ele limpando as lágrimas.
- null... Eu vou embora... – ele disse do nada, e null arqueou uma sobrancelha.
- Você não vai embora da praia por causa disso! Você vai junto conosco! – ele disse e null balançou a cabeça negativamente.
- Não... Eu vou embora da cidade, minha mãe conseguiu um emprego na Irlanda... – ele dizia e começava a chorar de novo. – E eu ainda não contei para a null...
- Não creio... E a null? E a banda? E a turma? – null franziu as sobrancelhas.
- Mas eu vou voltar... Não sei quando... Mas eu volto! E continuaremos a banda, prometo! Agora... A null... – ele ficou cabisbaixo por um tempo. – Eu não sei viver sem ela cara. Ela é a mulher da minha vida... – chorou mais.
- Prove pra ela, conte que vai embora... Vai ser pior se ela souber só depois que você for... – disse null.
- Eu sei... Eu tenho que achar um jeito... – dizia ele limpando de novo as lágrimas.
- Pode contar com a minha ajuda... – disse null sorrindo ao amigo.
- Obrigado cara... Por tudo! – disse ele forçando um sorriso.
- Vamos então? – perguntou null levantando.
- Sim... – null tentou levantar mais quase caiu, e null o ajudou. Caminhando até o hall do prédio, null tentava andar. De vez em quando tombava e null ajudava a levantar.
- null, CUIDADO! – gritou null, mas fora tarde demais, uma bicicleta o atropelou. Pior nem era a bicicleta, o pior foi que ele caiu de mau jeito com o pé. null foi até onde o garoto estava e o ajudou a levantar.
- Está bem null? – perguntou null preocupado.
- Não, acho que quebrei o pé... – dizia fazendo cara de dor, não era pra menos, estava doendo muito.
- Acho melhor irmos à um hospital... – dizia null carregando ele até o prédio.
- Ok, mas eu não vou conseguir andar até um hospital... – dizia franzindo o nariz e a sobrancelha, com dor.
- Vamos de carro, eu pego o carro do null... – disse ele, e subiram até o apartamento. Chegando lá, null abriu a porta, e o carregou até o sofá, fazendo todo mundo olhar espantado e encher de perguntas.
- Eu fui atropelado por uma bicicleta, e torci o pé... Acho que quebrei, porque ta doendo muito! – explicou null com cara de dor.
- Ai null... – disse null correndo pra buscar um saco com gelo. Todos olhavam para null, enquanto ele corria os olhos pela sala procurando null. Mas ela não estava ali.
- Cadê a null? – perguntou olhando cada um ali.
- Está deitada... – disse null enquanto pegava o saco de gelo na mão da null e colocava onde estava doendo.
- Ta inchando cara! – disse null enquanto olhava pro machucado.
- Ele precisa ir para um médico... – disse null olhando para null.
- Eu vim pedir o carro do null para levá-lo... Posso? – perguntou null ao amigo, que afirmou.
- Eu vou junto! – disse null ajudando null carregar null.
***
Todos naquela na manhã seguinte acordaram desanimados com o barulho de chuva. null foi a primeira a acordar e preparou o café da manhã logo. Sentou-se na sala esperando companhia para tomar café. Ouviu a porta abrir, e olhou para ver quem era.
- Bom dia, linda! – disse null abrindo um sorriso pra null, que retribuiu.
- Dia! – deu um meio sorriso, continuava chateada.
- Eu quero um sorriso grandão, de mil dentes! – ele disse rindo, e sentou-se ao lado dela, beijando-lhe a bochecha.
- Ok... – ela disse, e tentou dar um sorriso grande. Deu, mas bem forçado. – Quer tomar café? – ela perguntou olhando pra ele.
- Se eu ganhar torradas da minha irmãzinha... – ele revirou os olhos, e ela riu.
- Ok, eu faço torradas pra você, folgadinho... – ela mostrou a língua e foi pra cozinha.
- Eba! – ele disse todo feliz a seguindo. Ela começou a fazer as torradas e ouviu alguém entrar.
- Hm... Torradas... – disse fungando no ar, sentindo o cheio maravilhoso. null reconheceu a voz e não se virou. null olhou para ela, e depois para ele.
- Bom dia cara, como está o pé? – perguntou null encostado na bancada.
- Senti dores de noite, mas já passou – ele disse, olhou para null que estava de costas. Como queria abraçá-la, beijá-la, e dizer que a amava...
- null... Suas torradas! – ela disse desligando o fogo e colocando num prato para o garoto. Entregou a ele, e passou reto por null, sem ao menos olhar. null ficou cabisbaixo, e null passou por ele dando-lhe um tapinha nas costas.
- Não esperava que ela acordasse toda feliz e te desse beijinho de bom dia né?! – ele disse e null deu um sorriso triste.
- Me dá uma? – perguntou null apontando para as covinhas.
- Nem pensar... Essa é a torrada mais gostosa que eu já comi... Pede pra null fazer pra você – disse null rindo e escondendo as torradas do amigo.
- Que amigo que você é, hein... – disse no maior drama e mancou até a sala. Viu null enrolada num cobertor tomando chocolate quente, estava esfriando. Como queria estar ali juntinho com ela, esquentando-a. Sentou-se no outro sofá apoiando a perna engessada.
Ouviu a porta abrir, olhou para o corredor, era null. Levantou desanimada, ainda de pijama.
- Bom dia! – disse null para ela, que o ignorou. null havia contado às garotas, mas elas não viam o lado dele, só o dela. Não sabia da segunda parte da história, nem null.
- Oh null? – perguntou null e a garota que limpou as lágrimas rápido e olhou para o garoto.
- Que foi? – perguntou com a voz um pouco trêmula.
- Vem tomar café... Comer alguma coisa... – disse ele percebendo que ela estava chorando.
- Você tem que comer mocinha, desde ontem... Você nem jantou! – disse null com pose de mãe, e null sorriu.
- Eu to sem fome gente... – disse null se encolhendo no cobertor evitando olhar null.
- Mocinha, se a Srta. não almoçar, eu vou chamar a null pra te dar umas palmadas! – disse null e null riu.
- Falando de mim? – disse null se espreguiçando ao sair pelo corredor.
- Eu conheço outra null? – perguntou null arqueando uma sobrancelha, e null detonava as torradas.
- São torradas? EU QUERO! – null praticamente gritou e null pegou a última que sobrava e escondeu dela.
- Nem vem! Essas são minhas... – disse ele tomando café.
- Ah nullzinho, só uma, vai! – ela falou manhosa e se sentou do lado do garoto, que riu.
- Hm... Eu divido! – disse e quebrou no meio dando metade para ela.
- Ai, obrigada! – disse toda feliz comendo a metade da torrada.
- Pra ela você dá, né? – null disse fazendo manha.
- Quem dá pra quem? – chegou null, seguido de null. Os dois só de samba-canção. null pegou o controle e começou a mudar de canal. Colocou num canal de música e tocava o clipe do The Killers, Mr Brightside. null começou a cantar e dançar, e null fazia uns mexidos com a boca.
- Vamos null! No refrão! – disse null, e null levantou e começaram a dançar e cantar. Eles dançavam de um jeito engraçado que nem combinava com a música. null, null riam deles.
- O que é isso? – perguntou null rindo quando apareceu no corredor e viu três garotos dançando que nem bestas.
- Mr Brightside! – disse null rindo e convidou-a pra dançar. Começou a dançar com ele, null fingiu uma guitarra, ajoelhado no chão, e null cantava os ‘I never’ com a maior empolgação. null olhava, deu um meio sorriso, e null se levantou, puxando o cobertor, e foi para o quarto. Todos olharam, e null tentou levantar.
- Me ajuda null? – perguntou ele se apoiando no sofá.
- Claro! – ajudou o amigo a levantar.
- Vou me deitar... – disse null e todos olharam para ele. As meninas o desprezavam totalmente, e os meninos, que também já sabiam, pois null tinha ouvido a conversa das meninas e foi tirar satisfação com o amigo, e null que também ouvira tudo, ajudaram ele a ir até o quarto.
***
- Dá pra perceber que se amam... – disse null ao se sentar ao lado de null no sofá. Todos tinham tomado café, e como estava chovendo ninguém saiu. Resolveram assistir filme, já estava quase na hora do almoço, mas ninguém estava com fome.
- Dá sim... – disse null deitando com a cabeça no colo da null que fazia carinho nos cabelos dele.
- Mas a null ta muito mal... – disse null se encolhendo no cobertor.
- Ta mesmo, ela chorou a noite inteira... – disse null olhando preocupada para os amigos.
- O null nem pregou o olho – disse null, parando de olhar para a TV e olhar para os amigos.
- Daqui a pouco as coisas se ajeitam... Eu espero! – disse null dando um meio sorriso, e todos começaram a prestar mais atenção no filme.
- null? – null criou coragem e sussurrou ao entrar ao quarto da menina, mancando. Ela não respondeu. Ele se aproximou da cama de casal onde ela estava, e viu que ela dormia. Ele olhou para o rosto dela, os olhos inchados, e na mão dela havia uma foto. null não deixou de perceber e pegou. Olhou aquela foto e lembrou claramente.
*Flashback*
null caminhava devagar com os olhos tampados, e null a guiava segurando na mão dela.
- Onde estamos indo null? – perguntou ela desconfiada.
- É surpresa! Oh apressadinha... – disse rindo, e ela sorriu.
- Eu to com medo! – disse ela, enquanto esticava as mãos tentando tocar em algo.
- Exagerada! Até parece que eu vou te levar pra um motel e abusar de você... – disse ele entre risos, e null ficou boquiaberta.
- Você não vai, né? – disse ela assustada, e rindo.
- Vou sim! – disse ele parou de andar, e ela fez o mesmo.
- Chegamos? – perguntou ela hesitante.
- Sim... – chegou perto dela e desamarrou a venda que a menina usava.
- Ai null... Que lindo! – disse ela sorrindo ao ver o porto, o farol, e a lua cheia que refletia na água. null apenas sorriu, e pegou na mão dela, a fazendo ir com ele até a plataforma.
- Não sabia que você tinha esse lado sensível... – disse ela sorrindo para ele ao olhar a paisagem.
- Você só conhece meu lado pegador né... – riu null e deu um beijo de leve nos lábios dela.
- Ah, esse seu lado até que é bom... Sabe... – disse ela colocando a mão no queixo, pensando, e ele roubou-lhe outro beijo.
- E eu agradeço a companhia de luz da nossa cidade, por faltar luz na sua casa aquele dia e você ir para a casa do null – ele disse e ela sorriu.
- Você lembra... – os olhinhos dela brilharam.
- É claro... – ele olhou nos olhos dela, e se beijaram. Trocaram carinhos, risadas, cócegas, e etc.
- null... – ele disse olhando para ela meio acanhado.
- Que foi? – perguntou retribuindo o olhar. null parece procurar algo no bolso, pegou uma caixinha preta de veludo. - Aceita namorar comigo? – perguntou abrindo, e ela viu duas alianças prateadas.
- Aceito! – ela deu um sorriso de orelha a orelha, e null pegou a aliança menor, e pôs no dedo dela, fazendo-a fazer o mesmo.
- Eu te amo... – ele disse perto do ouvido dela, e beijou-lhe a boca.
- Eu também... – disse entre o beijo. Carinhos e mais carinhos...
- Precisamos tirar uma foto! – disse ela, procurando na bolsa a câmera.
- Ok – disse null e pegou a câmera da mão dela. Beijou null e bateu ele mesmo a foto.
*End Flashback*
Ele sorriu tristemente para a foto em suas mãos, virou ela e via a letra de forma de null. ‘Eu te amo’. Deixou uma lágrima cair. Colocou a foto onde estava no seu devido lugar e ficou observando-a dormir por uns minutos. null se mexeu um pouco, mas não acordou. null deu-lhe um beijo de leve na testa e saiu do quarto com lágrimas escorrendo pelo rosto.
***
Hora do jantar, ninguém tinha preparado nada. null estava no quarto até agora, null também. Ainda assistiam filme. null reclamava a cada cinco minutos que estava com fome, null ria do garoto, null cochilava no colo de null, que ainda fazia carinho nele. null assistia ao filme sem piscar, e null mandava null calar a boca.
- To com fome! – disse null pela milésima vez.
- A gente vai comer daqui a pouco... – disse null irritada com ele já.
- Ta me dando fome também... – disse null passando a mão na barriga e sem querer acordando null.
- Eu quero comer pizza! – disse null e null concordou.
- Hm... Pizza... – null faltou babar ao ouvir.
- Vamos pedir pizza, pega o telefone! – disse null logo. null levantou com preguiça pegou o telefone e entregou para null. Ela ligou, fez o pedido de três pizzas e logo que desligou null disse:
- To com fome! – disse ele entre risos e null e null começaram a tacar almofadas nele. null resolveu entrar na brincadeira, os garotos foram ajudar null, porque era baixinho e estava apanhando bem das garotas. Eles ficaram naquela guerrinha até ouvir o interfone tocar. null foi atender, confirmava, e desligou.
- Alguém vai lá buscar... Eu não vou! – disse ela sentando-se no sofá e cruzando as pernas.
- Eu liguei, também não vou... – null disse e ficou olhando para a TV.
- Eu vou, vai... – disse null revirando os olhos, pegou o dinheiro e desceu.
- Hm... Isso está muito bom! – disse null de boca cheia, e null fez uma cara enojada.
- Come de boca fechada! – disse ela olhando para o outro lado.
- Nhá! – mostrou a língua suja de comida pra ela, e null fez cara enojada.
- Vou chamar o null para comer... – disse null e se levantou ao terminar de comer. Foi até a porta do quarto deles e entrou sem bater. Encontrou o menino arrumando as malas.
- Pra onde você vai? – disse null fechando a porta atrás de si.
- Embora... – disse null tristemente.
- Você não vai não! – disse null franzindo o cenho.
- Não dá... Eu não consigo olhá-la e não abraçá-la, beijá-la... Eu não consigo! – disse null sentando na cama. Passou as mãos pelos cabelos.
- Você só está perdendo tempo, pense em algo, faça alguma coisa! – disse null desfazendo toda a mala dele.
- É difícil... – disse ele tristemente cabisbaixo.
- Eu sei. Pense em algo depois... Você tem que comer algo. Tem pizza aí... – disse null quase o arrastando para fora. Antes de sair, null disse:
- A null está sem comer desde ontem... Leva pra ela – ele se preocupou, e null sorriu.
- Pode deixar, eu levo para a null! – disse e saíram do quarto. null mancando.
- Até que enfim o coelho saiu da toca! – disse null sorrindo para null, que forçou um sorriso desanimado.
- Se anima null! – disse null tentando passar algo para ele, mas não passou nada. null começou a comer, e null pegou dois pedaços num prato e foi para o quarto das meninas.
- null? Posso entrar? – perguntou null com a cabeça na fresta da porta.
- Claro... – disse com a voz trêmula.
- Como você ta? – perguntou ele sentando-se na cama com ela e entregando um prato de pizza. – Trouxe pizza pra você...
- Eu não quero... – disse ela com um meio sorriso.
- Vai comer sim Srta! Não comeu nada desde ontem... – disse null dando uma de pai e ela começou a comer.
- O que aconteceu com o pé do null? – perguntou enquanto comia.
- Foi atropelado por uma bicicleta e torceu... O médico disse que uns três ou quatro dias com o gesso – disse ele deitando com a cabeça no travesseiro, ficando de frente para ela.
- Ele já comeu? Porque com esse pé... É bom manter-se forte – ela se preocupou e null por um momento riu.
- O que foi? – ela perguntou.
- Porque eu fui chamar o null agorinha, e ele se preocupou com você do mesmo jeito... – null riu e ela fez uma cara triste.
- Se ele tivesse se preocupado quando estivesse com aquela vadia... – disse null com raiva.
- Então... Eu vou para sala. Se você quiser, vá lá, estamos assistindo filme... – null sorriu, e se levantou. Não queria ouvir o que ela dizia sobre ele, ele era amigo dos dois, e confiava em null. Sabia que ele ia fazer algo.
***
Outro dia chuvoso amanheceu, acordaram desanimados, todos. null ficava toda hora se contorcendo porque o gesso coçava, null quase nem falava, null e null viviam conversando, null e null brigaram por quem ficava com o controle, mas null fez eles fazerem as pazes e ficaram amiguinhos de novo. null cada vez perdia mais aquela frescura que ela tinha antes da viagem.
- Que tédio... – disse null e deitou no colo de null.
- Podíamos fazer algo diferente... – disse null pensando.
- O que? – perguntou null desanimada.
- Assistir filme? – perguntou null.
- A gente fez isso ontem... – disse null pensando também.
- Que tal jogarmos algo? – disse null tendo uma brilhante idéia, e todos olharam curiosos.
- Jogar o que? – null se interessou, aliás, todos.
- Banco Imobiliário! – disse null, lembrando que tinha o jogo guardado embaixo da cama onde null e null dormiam.
- Yeah! – todos disseram, mas null e null com menos animação.
- Podíamos apostar, ou sei lá! – disse null pensando coisas mirabolantes para apostar.
- JÁ SEI! – disse null animada.
- O que? – perguntaram todos.
- Quem ganhar escolhe alguém para fazer o almoço! – disse ela e todos concordaram. null estava vindo com a caixa, era o banco imobiliário da Disney, os olhinhos de null brilharam. (n/a: eu amo Disney, desculpe, se você não gosta =/)
- É da Disney! – disse ela toda feliz, e null riu.
- Hey, vamos ter que jogar de duplas, eu perdi dois pinos... – disse null sentando na roda que eles fizeram no chão.
- Aceita ser minha dupla, doce donzela? – disse null formalmente entre risos, e null caiu na gargalhada.
- Claro caro Don-Juan-null! – disse ela fazendo uma pequena reverência.
- null! – null praticamente gritou ao agarrar o braço da menina que quase caiu.
- Tudo bem null, eu faço contigo, não precisa gritar! – disse rindo e null sorriu.
- null? – perguntou null olhando-o.
- Eu aceito amor, ser seu parceiro! – disse mandando-lhe beijo e todo mundo riu, até null.
- Eu vou com o null então… - disse null abrindo a caixa e separando o dinheiro do banco.
- Vamos ganhar, minha donzela! – disse null sorrindo para null, que retribuiu o sorriso. Se encararam.
- Nem vem null… Eu e o null vamos ralar todo mundo aqui! – disse null se achando e null concordou com ele, rindo.
- Vamos começar… - disse null abrindo o tabuleiro e colocando quatro pinos no início do jogo.
- Eu quero ser o vermelho! – disse null, e todos concordaram.
- Eu quero ser o amarelo! – disseram null e null juntos. Se encararam, e ficou um silêncio por um instante.
- Pode ficar… - disseram juntos de novo.
- Fica… - disse só null agora e ela evitou olhá-lo.
- Então eu fico com o preto! – disse null, e todos concordaram.
- Então a gente fica com o azul – disse null olhando para null, que afirmou com a cabeça. Jogaram os dados para quem iria primeiro, e a ordem ficou: null e null, depois null e null, seguido de null e null, e por último null e null. (n/a: eu não tenho o jogo, então fica difícil a parte das casinhas... HUSAHUSHUASHU oks, podem me bater)
O jogo rolava solto, uns compravam lotes, outros pagavam imposto para os donos, outros recebiam cartas mágicas, e até caíam na cadeia. Ganhavam e perdiam dinheiro, e os lotes se esgotaram.
- E como vê quem ganhou? – perguntou null olhando para null.
- Quem estiver com mais dinheiro agora... – respondeu ela.
- Ganhamos, minha mon bijou! – disse null e ela gargalhou alto.
- Vamos contar... – disse null e começou a contar o dinheiro dele.
- 200... – disse null ao terminar de folhear as notinhas.
- 252... – null disse.
- 423! – disse null se achando o maioral e começou a dançar.
- 567! PEGA ESSA null! – disse null começando a rebolar em cima do sofá.
- Perdemos, donzela... – disse null baixando a bola. null sorriu e passou a mão pelos cabelos dele.
- Agora torça para não ser a gente pra fazer a comida. Ia sair horrível... – disse null num sussurro e null riu.
- E aí null e null... Quem vai pra cozinha? – perguntou null guardando as coisas na caixa.
- Eu diria o null... – disse null pensativo, e null sentou ao lado dele.
- Mas... – proferiu null sorrindo.
- Como eu não quero comer comida ruim... – continuou null e null completou.
- null e null, pra cozinha! – disse ele sorrindo e elas mostraram a língua para eles.
***
- O que você acha de a gente fazer macarrão? – perguntou null enquanto abria os armários.
- É rápido e prático... Ok! – disse null colocando o macarrão no fogo.
- Oh null, por que você não conversa com o null? – perguntou null baixinho para a amiga.
- Porque eu não tenho nada pra conversar com ele... – respondeu encarando a amiga.
- Vai que tudo isso foi uma farsa... – arriscou ela.
- Eu vi null... Se ela tivesse me contado, eu não acreditaria é claro, mas eu vi! – disse ela tristemente.
- Sei lá, mas o null não é de fazer essas coisas... – disse null sentando-se na bancada.
- Para tudo tem uma primeira vez... E sabe-se lá se é a primeira vez – disse null fazendo o molho.
- null, você sabe que o null não é disso, e se aconteceu mesmo, é a primeira vez! – disse null balançando os pés.
- É... Não sei... Depois do que eu vi, eu não sei mais de nada – disse ela colocando a comida numa travessa.
- Você sabe sim... Você sabe que você ainda o ama! – disse null sorrindo e pegando os pratos e colocando na mesa da sala.
- Er... – null não respondeu e pegou os copos e a Coca Cola, levando para a mesa.
- Hora do jantar! – disse null trazendo os talheres.
- Estou com fome! – disse null e todos reviraram os olhos.
- Quer ajuda, null? – perguntou null vendo o garoto tentar levantar do sofá.
- Não... Tudo bem, já estou acostumando – disse null se levantando e mancando até a mesa.
- O que temos para comer? – perguntou null, pegando um prato.
- Macarronada! – disse null ao trazer a travessa para a sala e colocar no centro da mesa.
- Hm, eu adoro sua macarronada! – disse null pegando um prato e se servindo.
- É muito bom... – disse null servindo os outros.
- Eu vou dar uma volta, alguém quer ir? – perguntou null, e null se ofereceu.
- Vamos null! Eu te mostro onde vende peixe! – ele disse todo feliz e todos olharam para ele franzindo o cenho.
- Vamos! – disse null se levantando animada.
- Ah não, eu não vou ouvir vocês falando de peixe o caminho inteiro né? – disse null fazendo uma cara desanimada. – ALGUÉM ME SALVA! – disse ele, e todos riram.
- Ok, precisa ir ao mercado comprar refrigerante, eu vou contigo... – disse null e se levantou.
- Vocês não querem ir? – perguntou null aos outros. null que estava esparramado num sofá recusou. null dormia enrolada num cobertor no tapete. null estava sentada ao lado da menina, assistindo TV, recusou também. E null não conseguia andar direito.
- null! – disse null ao ver o garoto andando muito atrasado com null.
- Que é? – perguntou olhando o garoto.
- Dá pra nos acompanhar? – perguntou, e null falou baixinho:
- Deixa eles... Os peixes devem estar interessantes – disse, e null riu.
- Só o null com esses assuntos esquisitos! – proferiu null e null olhou-o.
- Nem vem! Porque quando eu tinha sete anos, fui jantar na sua casa, e você falou para eu olhar para o céu no outro dia às três da matina que veria saturno passeando... – disse null rindo e null corou ferozmente.
- Ah, eu tinha 8 anos... Meu irmão me contava histórias estranhas e dizia pra eu fazer isso – disse tentando botar a culpa no irmão.
- Sei sei... – disse ela em tom de desconfiança e riu.
- Você sabe como meu irmão é louco... – disse ele tentando se explicar, e null deu um pedala nele.
- Cala a boca, gatinho! – disse ela rindo e null sorriu.
- Assim me sinto O cara! – disse null com cara de convencido.
- Olha só, não pode nem elogiar né? – disse null rindo. – Então eu vou te chamar de feio a partir de hoje...
- Prefiro o gatinho... – disse null e olhou para ela.
- Vou pensar no seu caso, feio! – disse null mostrando-lhe a língua.
- Então... Aceita? – perguntou null olhando null enquanto caminhava.
- Hm... Sim! – disse ela colocando as mãos no bolso do casaco.
- OLHA! O lugar que vende peixes! – ele apontou animado e ela hesitou.
- Onde? Onde? – perguntou ela olhando para onde ele apontou, e viu um lugar que tinha uma escada subterrânea.
- Ali... – disse null, a olhou, pegou na mão dela e puxou-a até o buraco.
- null... Estamos aqui! – null gritou para a amiga, que deu de ombros. Ela e null sentaram lá perto num banco.
null, sendo puxada por null, entrou dentro do buraco subterrâneo. Chegando à porta, tinha uma mulher dando folhetos. null pegou um para ele e um para null. Lá tinha todos os nomes de peixes, e uma explicação.
- Vem cá... – disse null puxando-a para um dos corredores mal iluminados que tinha ali. null entrou pela cortininha, e viu um aquário gigante à sua volta. Tinha peixinhos de todos os tamanhos. Ela deu um sorriso mil dentes e chegou perto do vidro.
- Olha null, um peixe palhaço! – disse ela apontando para o fundo do aquário e null foi para perto dela.
- É ele é igual ao Nemo! – disse ele todo feliz e ela sorriu.
- É... Vamos ver se a gente acha outro peixe famoso! – disse null idiotamente olhando para o vidro do aquário e procurando por todo corredor mal iluminado.
- Olha null, esse é aqueles peixinhos que limpam o vidro! – disse null toda feliz olhando para o peixinho que tava grudado no vidro.
- Uma estrela do mar! – disse null correndo para o outro lado do corredor e olhando a estrela.
- Ai que linda! – disse null sorrindo e olhando.
- Eles tão demorando né? – disse null tentando puxar assunto.
- Devem estar se divertindo... – disse ela encostando a cabeça no ombro do garoto.
- Vamos brincar? – perguntou null olhando para um parquinho infantil que tinha do lado do aquário.
- Quer que eu te empurre na balança? – perguntou ela irônica, rindo.
- Não! Vamos brincar na gangorra! – disse ele puxando-a para o parquinho.
- Ai, eu não acredito! – disse null rindo e vendo null cochichar algo no ouvido das duas crianças que estavam brincando lá.
- MAMÃÃÃÃE! – gritou o pequeno garotinho loiro correndo desesperado.
- null! O que você disse pro menino? – null arregalou os olhos.
- Nada demais... – disse ele sentando-se na gangorra e ela fez o mesmo. Começaram a se ‘balançar’. null com as pernas grandes, tinha que levantá-las quando a gangorra abaixava. null bateu com tudo a bunda no chão e null caiu na gargalhada. Resolveram parar de brincar daquilo.
- CHEGAMOS! – gritou null ao abrir a porta do apartamento com null, null e null ao seu encalce.
- Ah... Oi! – disse null sem animação.
- Que ânimo, hein? – disse null se sentando ao lado do amigo.
- É... – disse com um sorriso triste.
- null... O que é isto? – perguntou null quando viu o menino deixar um grande folheto em cima da mesa.
- É um folheto falando de peixes... – disse ele feliz. null pegou-o para olhar, na última página havia um anúncio de uma balada.
- Olha, tem um pub aqui perto, festa dos anos 60... A gente podia ir! – disse ela feliz e sentou perto dos amigos.
- Quanto é? – perguntou null olhando para null.
- 20 reais o homem, e 10 reais a mulher... – disse ela.
- Eu vou! – disseram null e null.
- Ah, eu também! – disse null.
- Vocês não querem ir? – perguntou null para null e null.
- Não... – disse null depois de se entreolharem.
- null? – perguntou null e ela negou com a cabeça.
- null, nem dá né? – perguntou null com um meio sorriso e ele concordou.
***
- Tu ta pronta null? – perguntou null entrando no quarto.
- Quase... – disse ela se maquiando no espelho.
- Os meninos tão reclamando já... – disse null e null revirou os olhos.
- Calma! Já to indo... – disse ela fechando o estojinho de maquiagem. Se olhou no espelho de novo e saiu. As duas estavam simples, mas maravilhosas. Os meninos ficaram de queixo caído quando as viram.
- V-Vamos? – perguntou null às meninas.
- Vamos! – disse null pegando no braço de null e deu tchau para os que ficaram. Saíram, e null pegou o carro dele. null foi à frente e as meninas atrás. Andaram pouco com o carro, porque não era muito longe dali. Ficaram uns cinco minutos na fila e conseguiram entrar. Eles ficaram um tempo rondando, pegaram bebidas.
- Aceita dançar comigo, srta? – perguntou null formalmente fazendo uma reverência exagerada para null.
- Claro! – disse ela rindo, e levantou com ele para a pista. Começaram a dançar estilo anos 60, se divertiam inventando coreografias. Até começar uma lenta, e null fazer outra reverência. Aproximou-se de null e passou o braço lentamente em volta da sua cintura. null envolveu os braços em volta do pescoço dele. Dançavam devagar, passo pra lá, passo pra cá.
- Você está linda... – disse ele perto do ouvido dela.
- Obrigada, você até que está apresentável... – ela brincou, e null fez uma cara indignada.
- Eu estou um gatinho, pode falar! – ele se achou rindo, e girou-a.
- Talvez... Um pouquinho... – ela disse rindo, e ele mordeu o ombro dela. – Ai null! – exclamou.
- Eu to ou não um gatinho? – perguntou ameaçando morder de novo.
- Ok! Você ta... – disse ela rindo.
- Eu sabia... – disse ele se achando.
- Convencido! – disse null por fim, e ele a girou de novo.
- Olha que fofo! – disse null olhando null girar null.
- É... – disse null sorrindo para ela.
- Vamos dançar? – perguntou null levantando animada.
- Eu não sei dançar... – disse ele, e ela riu.
- Poxa, você dançou Mr Brightside, e não quer dançar Twist and Shout comigo? – perguntou ela fazendo manha. Pegou nas mãos dele e puxou-o para a pista. Ela começou a dançar estilo anos 60, no ritmo da música. null ficou meio parado no começo, e ela olhou para ele com bico e pegou nas mãos dele o fazendo mexer igual ela.
- Vai null! Acompanha-me! – disse null e dançava segurando as mãos dele. null começou a se soltar, e começou a imitar o John Travolta nos ‘Embalos de Sábado à Noite’. null ria dos passos e tentava acompanhar, coisa difícil. Estavam se divertindo, null só estava tímido em relação a dançar, porque ele dançava muito bem.
- Woa! – disse null ao chegar perto dos dois e ver null dando um show praticamente ali.
- null! null! – começou null batendo palma e gritando. Começaram todos a acompanharem o null dando uma de Michael Jackson.
- Acho que já temos o nosso ganhador do concurso de dança! – disse um cara do palco onde uma banda tocava.
- Que? – perguntou null ao parar de dançar e olhar para o cara.
- Isso mesmo! Você aí! Suba aqui! – disse o cara e null deu um empurrãozinho para null se mexer.
- Fale algo! – disse o cara dando o microfone para ele.
- Er... – disse ele rindo, e olhou para null. – Obrigado!
- E você ganhou dois ingressos para o cinema dia 30! – disse o apresentador e entregou os ingressos pra ele.
- Valeu! – disse null feliz e desceu de lá do palco indo ao encontro dos amigos.
- Esse é meu garoto! – disse null dando palmadas fracas nas costas do amigo.
- Eu sou demais! – disse ele se achando e null deu um pedala nele.
- E ainda disse que não sabia dançar! – disse ela mostrando a língua.
- Eu só estava com vergonha... – disse ele corando de leve.
- Sei... – disse ela rindo.
- Vamos dançar? – perguntou null e eles aceitaram.
***
- Vou dormir... – disse null se levantando e se espreguiçou. – Você não vem null? – perguntou a garota que estava sentada no sofá.
- Vou depois... To sem sono – disse ela sorrindo à amiga, e null foi dormir. null ficou assistindo TV, e não deu nem 10 minutos, ouviu alguém chamar seu nome baixinho.
- null? – perguntou para o escuro.
- Sim, vamos? – perguntou ele ajudando ela a achar o caminho depois que desligou a TV. Saíram do prédio e foram para a praia, a praia mal iluminada, sem ninguém, apenas com a luz do luar.
- Está bonita a lua hoje, né? – perguntou ele estendendo uma esteira para eles sentarem.
- Sim, lua cheia... – disse null sorrindo e se sentando na esteira. null fez o mesmo sentando ao seu lado.
- Tem coisas que não dá pra explicar... E são tão lindas! – disse null filosofando, null sorriu para ele.
- Como a lua? – disse ela olhando ao céu.
- Também... – disse ele sorrindo.
- Vamos contar as estrelas? – perguntou ele idiotamente, olhando para a imensidão azul marinho.
- Ah null, são muitas! – disse ela rindo dele.
- Temos a noite toda! – disse ele feliz, deitando na esteira e começando a contar.
- Eu não acredito... – disse ela se deitando ao lado dele, e vendo-o contar.
- Me ajuda null, você conta desse lado e eu desse... – disse null começando a apontar para as estrelas.
- NÃO APONTA! – disse ela pegando na mão de null e abaixando na barriga dele.
- De novo com essa história de verruga? – disse null entre risos, e ela fechou a cara.
- Depois não vai dizer que nasceu uma bolha no seu dedo... – disse ela virando de costas pra ele, que riu.
- Se nascer, você cuida dela para mim? – null perguntou manhoso a abraçando forçado. null fez um barulho com a boca e não respondeu. Ele ria baixinho.
- Nem se eu te der um beijo na bochecha? – perguntou ele, dando-lhe um beijo na bochecha.
- Vou pensar... – disse ela tentando segurar o sorriso. Não deu, sorriu.
- Ta com você! – falou ele idiotamente batendo de leve no braço dela e saiu correndo. Pega-pega.
- AH, não vale! Eu tava desprevenida! – disse null fazendo bico e ele rebolando e cantando: ‘Você não me pega!’.
- AH, EU VOU PEGAR! – disse ela rindo e começou a correr atrás dele pela praia. null deixou-a ganhar e ela o pegou.
- AAAH, SE PREPARE MOCINHA, EU VOU TE PEGAR! – null disse com uma voz grossa, rindo. Começou a correr atrás dela, que dava gritos altos, mas não chamava atenção, pois não tinha ninguém ali.
- SOCORRO! – dizia ela rindo e correndo.
- PEGUEI! – disse ele encostando no braço dela, mas quando ele saiu correndo, ela já o pegou. Aliás, se jogou em cima do garoto.
- PEGUEI! – disse ela no mesmo tom. Os dois rindo jogados no chão. Ficaram calados, null olhava para o rosto dela como se quisesse guardar cada traço da menina, olhou para os bonitos olhos dela e sorriu. null corou por um instante, lembrou-se que estava em cima dele e se levantou apressada. null seguiu até as esteiras, mas quando estava no meio do caminho, null a puxou pelo braço e a beijou. A beijou sem ao menos a deixar pensar. null correspondia ao beijo dele. Era doce, delicado, e quente. Colocou as duas mãos sobre o peito dele, e ele envolveu os braços na cintura dela.
- null... – disse ela num sussurro após cessar o beijo. null apenas sorriu, pegou na mão dela, e guiou-a até a esteira. Deitaram-se ali, e ficaram trocando carinhos, risadas, cócegas.
- NÃO APONTA! – disse null depois que null ia apontar para algo no céu. null pulou em cima dele para não deixar apontar.
- Ah, e eu posso ganhar um beijo por não apontar? – disse ele sorrindo maroto.
***
Dia seguinte amanheceu nublado, porém, sem chuva. Não iriam para a praia, não estava tempo bom.
- null, você me leva para tirar o gesso? – perguntou null terminando de tomar café.
- Claro, agora de manhã? – perguntou ele tomando café.
- Se não for problema... – proferiu sorrindo, e o outro concordou com a cabeça.
- Vou só terminar aqui e me trocar... – disse null quase engolindo o café e depois se levantando.
- Vamos null? – perguntou null chegando à sala já trocado segurando as chaves do carro.
- Ok! – disse null mancando.
- Quer que eu vá com vocês? – perguntou null ajudando null a se levantar.
- Se quiser... – disse null sorrindo para ela, que concordou em ir. Se trocou rápido e saiu com eles.
null, null, null, null e null ficaram em casa assistindo TV, esperando dar a hora do almoço. Não tinham nada para fazer, null e null viviam trocando olhares, null tinha olheiras.
- Vou fazer o almoço! – disse null se levantando dali e indo para a cozinha: era melhor já deixar pronto. Olhou as coisas no armário, pegou o que iria usar e começou a fazer. Ouviu alguém entrar, era sua amiga null.
- Quer ajuda? – perguntou ela.
- Não precisa... – disse null docemente olhando-a. – Como foi a festa ontem?
- Foi muito legal! – disse ela com um sorriso mil dentes. – O null ganhou o concurso de dança lá! – disse null e null riu.
- Não creio... – disse null mexendo algo no fogo.
- Sério, a null que puxou ele pra dançar e tal, depois se soltou... – dizia ela e null ria.
- Queria ter visto o null soltando as frangas... – disse null, e null riu.
- E ainda ganhou um par de ingressos pro cinema! – disse como se fosse a melhor coisa do mundo.
- Que legal! – disse null fazendo a comida.
- To com sede... – disse null entrando na cozinha e abrindo a geladeira.
- Tem refrigerante aí e água aqui! – disse null apontando aos locais.
- Refrigerante – disse ele pegando e sentando-se na bancada. Eles começaram a conversar sobre vários assuntos, papo vai papo vem, null terminou o almoço. Resolveram ir para sala esperar os outros chegarem. Iam conversando e chegando à sala dão de cara com uma cena. Estranha para os olhos deles. null e null se beijando no sofá. null pigarreou.
- Então né null... – disse null tentando disfarçar, mas null encolheu a cabeça no peito de null com vergonha, era muito tímida.
- Ai que fofo! – disse null apertando as bochechas de null, encheu o saco dele do jeito que ele enchia com o null.
- Pára null! – disse null rindo, e null mostrou a língua para a amiga.
- Precisamos conversar depois, viu mocinha? – disse null com pose de mãe.
- Tudo bem mamãe! – disse ela com cara de anjinha, rindo.
- Será que eles vão demorar? – perguntou null mudando de assunto.
- Não sei, to com fome! – disse null.
- Eu também to ficando... – disse null abraçando null.
- Tomara que eles não demorem... – disse null e null concordou com a cabeça.
***
- CHEGAMOS! – disse null ao abrir a porta do apartamento com null ao seu encalce.
- Até que enfim! Tava morrendo de fome! – disse null levantando com null e sentando-se na mesa.
- Cadê o null? – perguntou null vendo null fechar a porta.
- Ele teve que resolver umas coisas... Mas ele já tirou o gesso – disse null piscando para null.
- Ah, ok! – disse null se sentando à mesa com os outros. null e null colocaram a mesa. Tinha um arroz estranho que null havia feito e carne assada. Como sempre, estava uma delícia.
- null? Posso falar com você? – perguntou null depois que terminou de almoçar. null ainda comia.
- Sim, claro... – null se levantou e eles foram para o quarto onde eles estavam.
- O null pediu para que você levasse a null até o farol no final da praia, três horas! Pode pegar meu carro... – disse null e null concordou com a cabeça.
- Disse para o que era? – ficou curioso.
- É uma surpresa para ela, para eles ficarem bem e etc – disse ele olhando no corredor para ver se alguém vinha.
- Beleza! Vou terminar o almoço! – disse null saindo do quarto com null ao seu encalce. null sentou-se de novo, todos olharam para ele e o mesmo deu de ombros. null terminou de comer, null e null estavam no sofá trocando carinhos. null enrolou na mesa pra poder ter uma desculpa para falar com a null.
- Deixa que eu te ajudo... – disse null juntando os pratos. null sorriu e levava os copos.
- Ô null... – disse null quando terminou e se encontraram na cozinha.
- Que foi? – perguntou delicadamente.
- Eu tava pensando, eu e você, hoje... – ele ia dizendo e ela franziu o cenho tentando entender o que ele queria dizer.
- Eu e você o que? – se fez um pouco de desentendida.
- Aceita sair comigo? – ele perguntou docemente fazendo uma reverência exagerada.
- Hm... – ela começou fazendo uma cara pensativa, rindo.
- Diz logo que quer! – disse null levantando rindo também.
- E se eu não quiser? – disse ela empinando o nariz.
- Eu sei que você quer! – disse ele todo convencido.
- Ah, eu não iria aceitar por causa dessa crise de que você é o ‘maioral’, mas, como você já sabe... Eu aceito! – disse ela fazendo drama, ele riu.
- Fica pronta umas quatro horas, ok? – disse null rodopiando numa espécie de dança dele.
- Ta bem! – disse ela sorrindo e imitou-o dançando. Caíram na gargalhada.
- null! – disse null entrando na cozinha e apontando para o relógio, que marcava quinze para as três. null concordou com a cabeça e foi para a sala.
- null? – perguntou e ela levantou a cabeça.
- Que foi? – perguntou docemente.
- Vai trocar de roupa, vamos sair! – disse ele, e ela franziu o cenho.
- Vamos para onde, null? – perguntou null se levantando e indo para o quarto.
- Surpresa! Mas coloca uma roupa bem bonita! – disse e ela desconfiou. null entrou no cômodo ainda desconfiada, colocou uma saia jeans por causa do ‘calor’, uma blusinha qualquer e o velho all star. Saiu e null sorriu puxando-a para fora.
- Até mais! – disse null saindo sem ao menos responder aonde iam que null perguntou.
- null, aonde nós vamos? – perguntou ela curiosa e desconfiada.
- Você já vai ver... – disse ele entrando no carro e ligando. Dirigia e null ficava cada hora mais curiosa. Parou perto do farol e virou-se para ela.
- Preciso que ponha essa venda! – disse null pegando uma gravata do bolso.
- Ahn? – perguntou ela não entendendo nada.
- Confie em mim, me deixa por... – disse ele e ela virou-se com o cenho franzido. null amarrou a venda nela, saiu do carro, deu a volta e a conduziu até a praia. Avistou alguém sentando meio inquieto.
- Psiu! – chamou null e null virou-se para ele, sorriu.
- Que foi? – perguntou null confusa. null deixou-a ali e foi embora, e null pegou nas duas mãos dela.
- null? – perguntou totalmente desnorteada.
***
null ouviu o telefone tocar no quarto e correu para lá. Procurou pela bolsa, achou-o e tinha uma mensagem nova. Dizia: ‘Desça, são quatro horas’ null sorriu, e correu para se trocar e maquiar. Estava simples, mas linda! Andou apressada pelo corredor, quase derrubando null que passava para ir ao banheiro.
- Tchau! – disse saindo antes que alguém pudesse encher de perguntas. Desceu pelo elevador e logo avistou um carro parado em frente ao hall do prédio, o carro do null. Entrou, olhou para null, que sorriu abobado.
- VAMOS! – disse ela rindo.
- Ah, sim... – disse null sorrindo e começou a andar com o carro pela avenida. Andou uns sete quarteirões e estacionou numa rua meio vazia sem saída. Saíram do veículo e null a conduziu a uma grande sorveteria no final da rua sem saída. Era outro pub estilo anos 60, e tinha até uma vitrolinha.
- Que lugar legal... – disse null ao entrar e olhar por todo ele, desde a vitrolinha, até o chão quadriculado.
- Sim, precisa experimentar o Milk Shake! – disse ele todo feliz a conduzindo para uma mesa com o banco estofado.
- Ah, eu quero experimentar! – disse ela pegando o cardápio para ver. Viu a garçonete vir, e null logo pediu dois Milks Shakes de chocolate. Ficaram conversando sobre assuntos variados, até de cachorros, até os pedidos chegarem.
- Isso é muito bom... – disse null terminando o seu, olhando null que já havia acabado.
- Sim... Esse é o melhor que eu já tomei... – disse ele sorrindo e null retribuiu.
- Aceita dançar comigo? – perguntou ele olhando para a vitrolinha de por moedas.
- Aceitei sair contigo, acho que dançar não tem problema... – disse null como se tivesse analisando um problema.
- Aceita! – null mesmo respondeu puxando-a para a pista de dança. Olhou pelo vidro quais músicas que tinham e colocou uma animada estilo o pub. Fez outra reverência pegando na mão dela, e começaram a dançar animadamente, fazendo assim também outros casais levantarem. Até que um casal meloso foi e trocou de música, para uma lenta. null olhou-a e a puxou para si, colocando uma mão em volta da cintura, e outra segurando uma mão dela. Dançavam lento, com os corpos colados, sentiam a música.
- Eu adoro essa música... – disse null encostando a cabeça no ombro dele após ele girá-la.
- Eu também... – null sorriu e continuou a conduzindo pela pista. – null, eu posso fazer uma pergunta?
- Pode... – respondeu ela ainda com a cabeça encostada no ombro dele.
- Você me acha idiota? Sério, seja sincera! – disse ele e null riu baixinho.
- Sinceramente... Achava-te, nas primeiras vezes que te vi e tal, mas agora não... – disse ela sorrindo e ele a soltou.
- O QUE? – ele fez um de fresco levando as mãos à boca.
- Ahn? – perguntou ela não entendendo nada.
- Você me achava idiota... – disse null fazendo bico, e null franziu o cenho.
- Eu te achava idiota, não acho mais. Você é legal! – disse ela tentando o fazer parar com o drama.
- Você achava... – disse ele ainda com o bico. null, rindo, deu um abraço de quebrar as costelas nele, que retribuiu.
- Se eu ainda te achasse idiota, eu não estaria aqui! – disse ela e deu-lhe um beijo doce na bochecha, null sorriu idiotamente.
***
As mãos gélidas de null guiaram null até o outro lugar na areia. O garoto foi para trás dela e desamarrou as vendas devagar. null procurou alguém com o olhar, mas antes de perceber null a sua costa, reparou que havia algo escrito no chão, mas era grande. Ela conseguiu ler, dizia ‘Me perdoa? Eu te amo! ’ e estava dentro de um coração enorme.
- T-null... – disse ela virando-se para null e ele tinha um sorriso triste.
- Me perdoa null... Desculpe! Sei que você não vai acreditar se eu disser que foi uma armação... Mas me perdoa? – ele soltou tudo de uma vez, e null começou a chorar baixinho.
- Não... – disse ela em um tom tão baixo que null poderia dizer que não ouviu. null andava para trás.
- Me escuta! – disse ele segurando as mãos dela fazendo-a parar de ‘fugir’. – Se eu não te amasse, eu não te pediria em namoro... Eu não iria te levar no porto... Muito menos fazer o que eu fiz dentro daquele farol. Se eu não te amasse, eu não estaria aqui suplicando por um perdão, por apenas umas palavrinhas... Eu quero tanto você de volta, quero sentir o seu cheiro, quero te abraçar, te beijar... Eu quero você só pra mim outra vez. Quero poder me sentir o cara mais feliz do mundo com alguém como você do meu lado. Eu não quero te perder... Por favor, null... EU TE AMO! – ele gritou as ú0ltimas palavras. null não conseguiu responder, chorava muito agora, o abraçou com tanta força, que pareciam que queriam ser um corpo só.
- E-Eu... Perdôo – disse ela baixinho enquanto soluçava. null segurou o rosto dela pelo queixo, com o melhor sorriso, um sorriso de pura felicidade. Olhou para ela dentro dos olhos, como se quisesse para sempre guardar aqueles lindos olhos. Beijou-a com carinho, saudades, e amor. Parecia que ficaram sem aquilo por meses.
- null? – perguntou null. Estava ela e null, sentados na areia olhando o mar, trocando carinhos de vez em quando.
- Que foi? – perguntou docemente a olhando.
- Eu te amo... – disse sorrindo e dando-lhe um beijo na bochecha.
- Eu também... E não duvide disso! – disse ele mordendo a bochecha dela agora.
- Ai! – exclamou ela fazendo massagem na própria bochecha.
- Vamos voltar? – perguntou ele, e null concordou com a cabeça. Levantaram e começaram a caminhar pela beira do mar, onde molhavam as canelas com a água álgido do mar. null abraçou null com um braço pela cintura, e ele fez o mesmo pelos ombros.
- null... Eu preciso te contar algo... – disse ele deprimido.
- Diz amor... – disse ela docemente, sorrindo.
- Eu vou embora... – disse ele, e null franziu o cenho tentando compreender.
- Embora? Da praia? – perguntou ela confusa.
- Não... Eu vou embora, mudar... Pra Irlanda – disse ele e null olhou-o.
- Você não pode... – disse null baixinho o abraçando muito forte.
- Minha mãe conseguiu um emprego lá, mas é por pouco tempo, eu volto null... – disse ele tentando consolá-la, mas também estava mal.
- E se você não voltar? – perguntou ela insegura e magoada.
- Eu volto, prometo! – disse ele e deu-lhe um beijo no topo da testa. – Agora, por favor, vamos aproveitar o tempo que ainda temos... Eu quero que esses dias sejam os melhores ao seu lado...
- Ai null... – disse ela. Lágrimas involuntárias começaram a escorrer, mas logo ela limpou. – Aconteça o que acontecer, eu sempre vou amar você!
- Eu também... Sempre! – disse null sorrindo triste e beijou-a com carinho, um beijo molhado com lágrimas de saudade precoce.
- null... – disse null depois de desgrudar do beijo, ela o olhou.
- Que foi? – perguntou docemente.
- Isto é seu... Não é? – perguntou ele pegando a aliança que estava na corrente que ele tinha no pescoço.
- É... – ela corou, e ele tirou-a da corrente, e colocou no dedo dela.
- Pra sempre minha... – disse ele sorrindo, e ela retribuiu.
- Meu... Sempre... – disse ela também e o abraçou muito forte.
***
- Ah, essa música é legal também, mas eu prefiro a outra... – disse null enquanto null abria a porta do apartamento, todos os presentes viraram o rosto para eles.
- Onde a senhora estava, mocinha? – disse null, do jeito que null fazia.
- Saí com o null... – disse ela naturalmente indo para o quarto enquanto null se jogava ao lado de null no sofá.
- Que história é essa hein? Vou contar pro seu pai... – disse null rindo indo atrás da menina e null foi junto.
- E olha que o null é bravinho hein? – disse null rindo levando um pequeno tapa de null.
- Ele é um amor... – disse ela sonhadora.
- Senti cheiro de paixão no ar... – disse null sarcástica.
- Tem paixão no ar desde que chegamos... – disse null rindo e fechando a porta do quarto atrás de si.
- Mas enfim, conte-nos tudo! – disse null para null.
- Você vai contar o seu encontrozinho de madrugada com o null? – perguntou null erguendo as sobrancelhas.
- Ok... – disse null corando. null começou a contar-lhes o ‘encontro’ com o null, desde o Milk Shake, até a dança.
- Vocês não ficaram? – perguntou null franzindo o cenho.
- Não... – disse null sorrindo, e null arqueou uma sobrancelha.
- Credo, o null é lerdo assim? – perguntou null e elas riram.
- Ele sabe dar tempo ao tempo... Ele é tão fofo! – disse ela sorrindo idiotamente. Elas ficaram um tempo conversando sobre os garotos, até ouvirem a uma porta bater, null foi ver o quem era e as duas foram ao seu encalce.
- VOCÊ É UM COMPLETO IDIOTA! – gritou null e null veio ao seu encalce.
- E VOCÊ... VOCÊ... ARGH! VOCÊ É LADRA! – disse ele sem criatividade nenhuma.
- NÃO SOUBE O QUE FALAR NÉ? – disse ela esboçando um sorriso.
- AH, EU TE ODEIO! – mentiu ele aos gritos.
- AH, NEM TE FALO DE MIM, SEU PANGARÉ! – disse ela arqueando as sobrancelhas e cruzando os braços. Todos os amigos ali presentes trocaram olhares aflitos.
- QUE TA ACONTECENDO? – perguntou null se levantando. Nenhuns dos dois responderam, null olhou-o e mostrou-lhe a língua.
- RESPONDAM! – gritou null querendo saber o que estava acontecendo.
- Ela apostou corrida comigo, mas ela roubou! – disse null, e todo mundo arqueou uma sobrancelha. O casal começou a gargalhar. null foi e agarrou o garoto, beijou-lhe. Todo mundo ficou olhando, confuso.
- ATÉ QUE ENFIM! – gritou null por fim e começaram a fazer festa, até que null começou a pular no sofá e caiu no chão.
- MONTINHO! – disse null e todo mundo pulou em cima dele.
- Ai minhas costas! – disse null ao sair do montinho e sentar no sofá.
- Eu to com fome... – disse null e todo mundo olhou para o null e depois para o garoto.
- Isso é a minha fala... – disse null ao se soltar do beijo de null, todos riram.
***
- null! Vai fazer o jantar... – disse null enquanto null fazia carinho nos seus cabelos.
- AH, NEM VEM, to com o null aqui, pede pra sua namoradinha aí... – disse null agarrando null.
- Credo, arranja um macho e nem fazer comida faz! – fez cara de indignada e null mandou o dedo para ele, beijando null.
- EU TO COM FOME! – ele disse.
- Come a null... – disse null baixinho e null e null que estavam do lado se explodiram em risadas.
- Eu ouvi, ta? – falou null dando um pedala na amiga.
- Ah, eu também to com fome... – disse null fazendo bico.
- Tem massa de pizza lá, faz lá null! – disse null.
- Ah, eu vou mesmo, e não vou dar pra ninguém! – disse ele sorrindo.
- Ainda bem... Se você desse eu não gostaria de dormir mais no mesmo quarto que ti... – disse null levando para o lado malicioso e todo mundo deu risada, até null parou de beijar null.
- Seus chatos! – disse ele e puxou null pra cozinha com ele e bateu a porta. null sentou em cima da mesa que tinha ali na cozinha enquanto via o garoto procurar as coisas na geladeira.
- Pega o molho... – disse null o vendo esquecer.
- Ah é... – proferiu null e separou tudo. Colocou as coisas em cima da bancada ao lado da mesa e pegou uma massa, preparando. Colocou-a no forno e chegou perto de null.
- Fica de olho na pizza... – disse ela sorrindo marota puxando-o entre suas pernas. O beijou com intensidade, null estava gostando, começou a empurrá-la devagar na mesa. Ela deitou e ficou apoiada nos cotovelos, o beijando. null dobrou as pernas em cima da mesa, null parou de beijar. Pegou um pouco de molho e sujou a pontinha do nariz dela, que deu risada. O garoto pegou mais molho e ela deu um grito alto, fazendo todos na sala ficarem curiosos para o que eles estavam fazendo lá. null sujou a bochecha da menina rindo, e a beijou outra vez.
- O que será que eles tão fazendo? – null ficou curioso.
- Vamos ver? – disse null indo bem devagar para a porta da cozinha, mas estava fechada.
- Vamos... – e todos se levantaram e foram silenciosamente até a porta.
- A fechadura! – disse null e todo mundo queria ver ao mesmo tempo.
- EU VEJO! – disse null e null por fim, mas os dois fizeram o mesmo movimento para ver, batendo a cabeça.
- Seus antas! – disse null correndo para a fechadura.
- Que é? – perguntou null, e null saiu da fechadura rindo baixinho.
- Pelo jeito o null ta aprendendo com o papai aqui... – disse null se achando e null deu um pedala nele, vendo o que tinha na fechadura, aliás, dentro da cozinha.
- Aprendeu comigo né? – disse null após dar sua olhada, e as meninas brigarem para quem iria ver.
- Ixi, vai achando esse aí! – disse null rindo.
- Eles estão vindo... – disse null. Puxou null correndo, empurrou ele no sofá e pulou. null e null no outro. null correu e deitou no chão, e null não sabia pra onde ia. Viu um vaso de plantas ali do lado e começou a cheirá-las, fazendo null cair na gargalhada. null olhou para o amigo confuso.
- Cheiram bem, né? – disse ele se afogando com o riso.
- A pizza já ta saindo, seus curiosos! – disse null mostrando a língua para eles e se jogando ao lado de null no sofá. Só ouvia os murmúrios: ‘Que? Han? Falando de mim?’. null deu risada e revirou os olhos.
***
O dia amanheceu ensolarado, calor suportável. Finalmente, todos ali acordaram felizes, com sorrisos nos rostos. Não só pela chuva, mas também por null e null terem se resolvidos. Além do mais, null e null estavam se dando muito bem. null e null estavam indo devagar, mas estavam indo bem. E null e null, pelo menos não brigavam mais.
- Que sono... – disse null enquanto tomavam café.
- Ficou até tarde assistindo filme com a null... – disse null terminando de tomar café e levando a xícara até a cozinha.
- Quer dizer, eu fiquei assistindo filme, ela ficou se amassando com o null... – disse ela revirando os olhos.
- Três dias sem ele faz falta, ok? – disse null sorrindo para ele, que retribuiu.
- Muita... – disse null.
- Vamos pra praia gente? – perguntou null animada, e null e null levantaram correndo pra por os shorts.
- Eba! PRAIAAAAAAAAAA! – disse null todo feliz e foi atrás dos meninos.
- Depois eu sou a louca! – disse null rindo. null tirou a mesa e null e null trocavam carinhos no sofá.
- Vocês não vão se trocar? – perguntou null chegando na sala com null e null em seu encalce.
- Daqui a pouco... – disse ele beijando o pescoço da namorada, que dava risinhos.
- Se depender desses dois, não vamos nunca! – disse null revirando os olhos, e null riu.
- Oh null? – perguntou null.
- Que foi? – perguntou docemente.
- Então, eu tenho um par de convites pro cinema hoje a noite... Eu iria convidar o null, mas a null iria querer ir só pra ficar de vela entre nós... – dizia null e todo mundo riu quando ele abraçou forçado null. – Quer ir comigo?! – perguntou ele por fim e todo mundo olhou para ela.
- Quero – disse ela corando e todo mundo começou a fazer festa e zoar eles. Depois null começou a cantarolar a música de casamento e todo mundo parou o que estava fazendo e o olhou.
- Que foi? – perguntou ele ao perceber que todos os olhavam com uma sobrancelha arqueada.
- Cala a boca null! – disse null rindo, e a sala explodiu de risadas.
- VAMOS LOGO PARA A PRAIA! – disse null impaciente.
- Calma! A gente vai se trocar – disse null puxando null com ela. null foi ao encalce dela, e null foi atrás também, deixando null deitado na sala.
- A gente tem muito que conversar moçoilas! – disse null olhando diretamente para null e null, que deram risadas.
- Que eu fiz? – perguntou null abrindo a mala e procurando o biquíni.
- Conte-nos o que o null fez... Onde vocês estavam? Os meninos não abriram a boca... – disse null fazendo bico e procurando o biquíni também, igual as outras duas. null contou a elas o que ele fez, resumidamente, e elas soltaram suspiros.
- Ai que fofo! – disse null sorrindo, e null abriu um sorriso mil dentes.
- Eu sei... Meu namorado! – disse ela se sentindo. – E você hein null? – perguntou null com um sorriso maroto no rosto.
- Eu sei que vocês me espiaram ontem... – disse ela rindo, e as outras riram também.
- O que é que vocês estavam fazendo, hein mocinha? – perguntou null com o jeito de mãe.
- Nada de mais... Se beijando... Ele passou molho na minha cara – disse ela rindo lembrando-se do ocorrido.
- Ai que nojo! – disse null com cara de fresca, rindo.
- Se fosse o null passando na sua cara seria ‘maravilindo’ – disse null mostrando a língua para a amiga.
- Maravilindo? – perguntaram as três.
- Maravilhoso com Lindo – disse null como se fosse óbvio.
- Ai Deus, mas enfim, fiquei sabendo que você saiu com o null mocinha. Pode contar... – disse null rindo, e null começou a contar de novo, e as amigas dando palpites idiotas no meio.
- E eles não ficaram! – disse null quando null terminou de contar.
- Sério? Não acredito... – disse null colocando uma saia curta por cima do biquíni.
- Sério... – disse null revirando os olhos. – Vamos? – perguntou ela abrindo a porta do quarto.
- Sim... – disseram as garotas todas saindo ao encalce dela.
- Vamos então? – disse null ao chegar à sala.
- Falta o null se trocar! – disse null revirando os olhos.
- Ah, não acredito que não foi ainda... – disse null, pegou na mão de null. – Vamos então a gente! Depois ele desce...
- Isso... – disse null acompanhando eles. null e null foram também.
- Você não vem null? – perguntou null.
- Eu desço com o null... – disse e a outra, deu de ombros e seguiu os amigos.
***
- Vai se trocar null! – disse null sentando no sofá.
- Ah, num posso ficar nem um pouquinho aqui com você? – disse ele fazendo bico e se sentando do lado dela.
- Hum... Vou pensar no seu caso... – disse ela rindo e mordeu o bico dele.
- Malvadinha... – disse ele rindo, e a beijou. Ela retribuía com a mesma intensidade, mas ela parou bruscamente.
- Vai se trocar! Já passou o pouquinho... – disse ela sorrindo marota.
- Então você me ajuda? – perguntou ele malicioso, e levou um pedala dela.
- Seu safado! – disse ela rindo.
- Bem que você gosta do safado aqui né? – disse null rindo e mordendo o pescoço da menina. null sentiu os pêlos da nuca arrepiarem.
- Ô se gosto... – disse ela sorrindo, beijou a bochecha do menino.
- Muito é? – perguntou ele enquanto dava beijos pelo pescoço dela, que estava adorando.
- M-Muito... – gaguejou null, e beijou-o. O beijo ficava cada vez mais intenso. null deitou-a no sofá, e deitou por cima. Já estava indo mais do que o esperado, null tirou a camisa dele e tacou no chão. Ela já não tinha mais o controle das mãos, muito menos ele.
- Aqui não! – ela parou bruscamente vendo null desamarrar seu biquíni.
- No quarto? – disse ele e ela concordou. Puxou-a e foram aos beijos para o quarto dos meninos. Beijavam-se intensamente, as roupas iam para o chão do quarto com certa facilidade. Pareciam que necessitavam daquilo, aproveitar o máximo até ele ir embora. null tinha certeza que não estava fazendo nada errado, nada contra suas vontades. null fazia tudo com delicadeza, mas um pouquinho de ferocidade. null gostava daquilo. A garota podia dizer que foi até a lua e voltou.
- Promete que nunca vai me esquecer? – perguntou null deitada ao lado dele.
- Prometo... – ele disse beijando-lhe o topo da cabeça, null sorriu.
- Amo-te... – disse ela dando um selinho no garoto e levantou enrolada no lençol.
- Aonde você vai? – perguntou ele levantando também.
- Tomar banho para a gente ir pra praia... – disse ela indo para o quarto das garotas, e null ao seu encalce.
- Ah é... Daqui a pouco eles vêm para o almoço – disse null rindo vendo-a colocar o biquíni em cima da cama.
- É né... Alguém ficou fazendo hora... – ela disse rindo. – Agora vamos... Deixa-me tomar banho... – disse ela se soltando do abraço que ele deu. – E vai por uma roupa, fica andando peladão e aí o povo chega... – disse ela rindo, e empurrando ele, que não soltava.
- Eu vou tomar banho contigo... – disse ele rindo, e null o olhou, arqueando uma sobrancelha.
- E eu deixei? – disse ela se soltando dele e indo para o banheiro. Ligou o chuveiro.
- Deixou... – ele disse rindo indo no encalce dela.
- Não não... Pra fora seu safado, tenho medo que você me agarre! – disse ela rindo e o empurrou para fora do banheiro, mas antes de sair, null a agarrou e beijou-a. null cortou o beijo rápido e fechou a porta do banheiro. null sorriu do outro lado e antes de sair do quarto, pegou o biquíni dela rindo. O garoto foi para o quarto onde estava dormindo e colocou um short. Os dois ouviram a porta do apartamento abrir, vinha um bando de gente esfomeada.
- Pô, ficamos esperando vocês... – disse null sentando no sofá e null se jogou ao lado.
- Por que vocês não desceram? – perguntou null para null e null e null foram para a cozinha preparar algo para comer. null veio no encalce de null.
- Er... Quer mesmo saber? – perguntou ele dando risada, e os caras entenderam, menos o null, mas null cochichou algo no ouvido dele e ele fez cara de que entendeu.
- Ai credo null! – disse null e null deu um pedala nele. As garotas na cozinha preparavam qualquer coisa prática para comer. Enquanto elas faziam, o resto assistia TV.
- null null! – gritou alguém do quarto. Todo mundo se assustou.
- QUE É? – perguntou ele gritando que nem ela.
- Devolve meu biquíni! – disse a garota quando chegou à sala enrolada em uma toalha.
- Ui... – zoou null, que levou uma tapa de null.
- Eu nem to com ele! – disse null dando risada e empurrando null para o quarto como se quisesse que ninguém visse.
- Então deve ser o alemão lá da praia que ta, vou lá pegar com ele! – disse ela revirando os olhos. null pegou do bolso e entregou.
- Toma! – disse ele rindo e ela riu também.
***
- TA COM VOCÊ! – gritou null correndo pra lá e pra cá na praia. Estava brincando de pega-pega com null, null e null. null e null brincavam na água e null conversava com null, enquanto ela pegava o pouco de sol que havia.
- AH, VOCÊ ROUBOU, null! – gritou null rindo e null pulou em cima dela, e os dois caíram na areia.
- MONTINHO! – ouviram null gritar e ele e null pularam em cima deles. Eram só risadas e reclamações, tipo: ‘Ai minhas costas!’.
- Vamos à água null, VAMOS? – null praticamente gritou e a menina aceitou indo de mãos dadas até lá. Aproximaram-se de onde estavam null e null.
- Hey... – saudou null ao vê-los, que contribuíram.
- Vamos brincar? – perguntou null idiotamente. Quem visse o sorriso besta dela falando poderia dizer que ela era irmã do null.
- De que? – perguntou null à amiga e os meninos olharam para ela.
- Briga de galo? – perguntou ela rindo, e os rapazes toparam.
- Sobe aí null! Eles vão perder! – disse null abaixando na água para a garota subir, que fez o que ele disse. null subiu nas costas de null.
- Vamos ver quem vai perder aqui OH, baixinho! – disse null mostrando a língua para null.
- Sua... Sua... Sua... – disse null, mas ele não sabia uma ofensa para ela, que deu risada. Aliás, todos ali deram risada.
- VAMOS COMEÇAR LOGO! – disse null e null deu um berro.
- AGOOOOOORA! – quando null disse, ela e null ficaram se empurrando, mas nenhuma caía. null chegou a puxar o braço dela sem machucar, mas ela não caiu. null chegou por trás da garota, aliás, null comandava.
- Vai null! Vai! Vai! – dizia ele empolgado e null segurou nos ombros de null e a puxou para trás, fazendo-a cair. A menina afundou e logo voltou à superfície.
- Quem é o melhor aqui? Hein? – disse null se achando e null deu um pedala nele.
- Você quis dizer A melhor... – disse ela se achando enquanto estavam voltando para a areia, onde estavam os outros.
- QUEM É? – perguntou null quase gritando no ouvido de null, que mostrou a língua para a amiga e agarrou o braço de null, que ria das duas.
- Que aconteceu? – perguntou null ao ver as duas amigas mostrando a língua uma para a outra.
- É que a gente se ama! – disse null e pulou em cima da amiga. As duas rolaram na areia ficando toda sujas.
- Nem vem me abraçar! – disse null ao ver null correr atrás dele de braços abertos. Todos caíram na gargalhada ao verem null pular em cima dele e sujá-lo todo. Os dois foram tirar a areia no mar.
- Vamos brincar? – perguntou null entrando no meio da conversa das garotas.
- De que, null? – perguntou null. null e null viraram a cabeça para ele.
- Verdade e Desafio! – disse ele rindo e elas toparam. Fizeram uma rodinha e arranjaram uma garrafa em qualquer bar. null girou a primeira vez. Caiu null pergunta para null.
- Verdade ou desafio? – perguntou ela rindo.
- Verdade... – disse ela com cara de medo.
- Aquele dia na festa de formatura, você ficou ou não com o Mark? – perguntou ela rindo da pergunta idiota que havia feito.
- Fiquei... – disse ela rindo.
- Ela é fanática por caras com banda... – disse null olhando para null e rindo.
- Quem? Eu? Onde? – se fez de desentendida. – Gira logo! – disse ela mudando o assunto logo. null girou de novo e caiu null pergunta para null.
- Verdade! – disse ele logo de cara. Ninguém pedia desafio.
- Você ainda ama a null? – perguntou ele e todo mundo se calou olhando para null, que corou um pouco.
- Bem... Acho que é evidente! – disse ele corando mais e null deu um sorriso no canto do rosto.
- AI QUE FOFO! – disse null exageradamente e apertou as bochechas magrelas de null, e todos caíram na risada.
- Gira... – disse null um pouco corada, e null girou de novo. Caiu null pergunta para null.
- Desafio! – disse ela antes de ele perguntar.
- Ah poxa, eu não tenho criatividade... – disse ele rindo, e fez uma cara pensativa.
- Qualquer coisa! – disse ela rindo, e ele olhou para os lados.
- Desafio você a ir perto daquela rodinha de caras e gritar ‘AH, EU QUERO DAR’ – disse a primeira coisa que veio na sua cabeça.
- Ai Deus... – disse ela batendo na testa. Foi até eles e deu um berro, saiu correndo de volta. Pegou o boné do null e ficou o resto do jogo com ele. Todo mundo rindo e null girou de novo...
***
- Ai, que roupa eu uso? – perguntou null às amigas.
- Está calor, usa esse vestido aqui, levinho pra praia – disse null pegando dentro do guarda roupa onde tinham guardado algumas roupas delas.
- Boa! Vou tomar banho, aí vocês vêem como fica, ok? – perguntou ela e null parou de ler uma revista e concordou com a cabeça.
- AI null! – disse null puxando o braço da menina para o seu lado.
- Uma matéria sobre você! – disse ela rindo e mostrou uma reportagem que era com uma anã vencedora de olimpíadas. null começou a bater na menina de brincadeira, rindo. E null entrou na brincadeira também, começaram a se bater com travesseiros.
- Tudo bem aí gente? – perguntou null saindo do banheiro depois de uns vinte minutos de pura zoação do lado de fora.
- AI null, como você ta linda! – disse null exageradamente, correndo e pegando na mão da menina, a fazendo dar uma voltinha.
- Agora só falta uma maquiagem, você ta deslumbrante! – disse null sorrindo e batendo palminhas.
- Vocês tão parecendo patricinhas desembestadas! – disse null rindo e as três fizeram poses de patty a analisando.
- E quem disse que não somos? – perguntou null fingindo lixar a unha.
- AI AMIGA! Ali naquela revista fala um tratamento de cabelo SUPER SHOW! – disse null quase gritando e null caiu na gargalhada.
- Ok. Chega de ataques de patricinhas, suas piranhas! – disse null rindo e pegou o estojo de maquiagem de null.
- Vem cá null, vamos fazer uma maquiagem de travesti para você! – disse null rindo da cara que null fez.
- Se vocês fizerem de travesti, eu mato vocês! – disse ela rindo e elas começaram a passar maquiagem nela, bem de levinho. null arrumava o cabelo e as outras duas passavam maquiagem.
- Pronto! – disseram elas ao terminarem. null se olhou no espelho e sorriu.
- Perfeito... – disse ela se admirando.
- Vou ver se o null ta pronto... – disse null.
- Eu vou junto, porque se o null estiver no caminho, ela não volta... – disse null rindo e indo atrás de null.
- É melhor eu ir junto... – disse null no encalce de null, e null riu. Chegaram as três na sala, encontraram null andando de um lado para o outro inquieto. null, null e null sentados no mesmo sofá comendo pipoca e vendo filme de terror.
- AH, EU AMO ESSE FILME! – disse null com a voz um pouco alta e se apertou no sofá com os meninos.
- Poxa, eu quero um lugar também! – disse null e sentou no colo de null.
- Pra que vocês querem se amassar num sofá só? – perguntou null sentando no outro sofá vago.
- Porque é divertido! – disse null.
- É nada... – disse null e todos que estavam no outro sofá olharam um para o outro e levantaram todos se amassando no sofá com a null.
- AI SOCORRO! – gritou ela rindo. Sentaram null e null em seu colo, null e null do lado, null... E null? Estava no colo de null.
- null! – disse ela rindo e ele olhou-a.
- Oi amor! – disse null rindo e se jogou em cima do colo de todo mundo.
***
- M-null? – gaguejou null ao vê-la sair do quarto.
- Oi! – disse ela sorrindo. Olhou ele de cima a baixo, do jeito que ele fez com ela. – Tu estás gatinho hein? – brincou ela rindo e pegou no braço que ele ofereceu.
- Obrigado! – disse ele sorrindo e corando um pouco. null sentiu o perfume gostoso dele entorpecer as narinas dela, bateu uma saudade.
- Vamos? – perguntou ela sorrindo e saíram do apartamento.
- Que filme nós vamos ver? – perguntou null enquanto null dirigia até o shopping.
- Nem sei. Qual você quer ver? – perguntou ele quando parou no farol.
- Qualquer um com você já se torna especial! – disse ela docemente sorrindo e ele sorriu idiotamente e tornou a dirigir.
- Bee Movie? – disse ele rindo e ela gargalhou alto.
- Poxa, um filme de verdade, eu quis dizer! – disse ela sorrindo e ele estacionou o carro. null saiu do carro, deu a volta e abriu a porta para ela num fofo gesto de cavalheirismo. null amou.
- Obrigada Mr. null! – disse ela formalmente rindo, e ele riu também. null ofereceu o braço de novo, e ela pegou. Caminharam pouco até chegarem à entrada do shopping, foram direto para o cinema. Ficaram um tempo escolhendo o filme, até null insistir para assistirem ‘Ps.: Eu te amo’. (n/a: nunca vi, a Luiza disse que é legal/lindo.)
- Será que é legal? – perguntou null enquanto esperavam na fila dar o horário do filme.
- Deve ser lindo! – disse null sarcasticamente, rindo.
- Credo, seu chato! – disse ela rindo e deu um soquinho de leve no ombro dele. A fila começou a andar e null entregou os bilhetes para a moça. Entraram na ampla sala de cinema. null queria sentar no meio e null queria sentar no fundo. Ficaram se implicando sobre isso, até que null cedeu e foram sentar no fundo. O filme começou, null ria baixinho das cenas que ele achava idiota, e null mandava-o calar a boca.
- Shiu... – disse ela rindo quando null tacou pipoca nela.
- Vamos brincar? – perguntou ele idiotamente. null arqueou uma sobrancelha.
- Agora? De que? – perguntou null.
- Jogar pipoca nos outros... Vem! – disse ele agachando no espaço vago entre a cadeira que estavam até a cadeira da frente.
- Ai Deus... – disse null rindo agachando ao lado dele. Pegou o pote de pipoca e colocou entre os dois.
- Quem vai ser o primeiro alvo? – perguntou ele e ela olhou bem e viu um velho não muito longe.
- Aquele! – disse ela rindo e ele pegou um pouco da pipoca jogando na cabeça do velho, que virou para trás resmungando.
- Agora naquele menino ali! – disse null e null tacou um monte de pipoca neles.
- Ahá, já sei um alvo bom! – disse ela rindo, e null olhou por toda volta procurando.
- Quem? – perguntou ele ainda procurando.
- VOCÊ! – disse ela rindo e começou a tacar pipoca nele, que ria e tacava nele também.
- Ah é? É assim mocinha? – disse ele baixinho ao ouvir os ‘Shius’ dos outros, e começou a fazer cócegas nela, que se contorcia de rir.
- Pára! – dizia ela em um tom mais alto, fazendo todo mundo reclamar, e ria.
- Então me responde uma coisa com sinceridade – ele anormalmente ficou sério e continuou com as cócegas.
- Diz... – ela disse entre risos e mais risos.
- Você ainda me ama? – perguntou ele e parou as cócegas pra ver o que ela ia responder.
***
- Cara, tem noção que amanhã já é outro ano? – perguntou null idiotamente enquanto assistiam TV.
- Tem noção que a null vai fazer peru pra hoje? – perguntou null e todo mundo riu.
- AI DEUS, quem será o assassino? – perguntou null com medo e se encolhendo no peito de null.
- AAAAAAAAAAAAAAH! – null deu um grito tapando o rosto.
- Ai meu ouvido, null! – disse null dando uma almofadada na amiga.
- Hei! – exclamou null batendo na amiga com outra almofada, e assim começou aquela briguinha entre todos.
- Devolve meu boné! – disse null quando null pegou dele e pôs nela própria.
- Nem vem! – disse ela mostrando a língua. null e null brigavam em cima do sofá com as almofadas até null cair no chão.
- MONTINHO! – gritou null e todo mundo pulou em cima da pobre garota.
- null, me ajuda a preparar o jantar? – perguntou null depois que todo mundo se aquietou na sala.
- Ajudo! – disse ela se levantando e indo para a cozinha com a amiga. Não iam fazer muita coisa, só algo diferente, como null disse, um peru. Temperaram, cozinharam, assaram, fizeram tudo que tinham que fazer. Estava tudo pronto para comer, mas antes iriam se trocar para depois do jantar esperar os fogos lá na praia. Meninas para um quarto e meninos no banheiro que tinha do lado do quarto deles. null estava vestida com um vestido rosa, deslumbrante, como disse a null. null estava com uma saia preta e curta igual de null, e vestia uma blusinha branca. Já null estava com uma blusinha laranja. null usava um short curto preto também, e uma blusa azul claro. Sim, elas combinaram ir de cores diferentes. Já os meninos estavam todos com bermudas jeans, de tonalidades diferentes. E null com blusa verde, null estava com uma listrada, null de branco, e null de vermelho.
- Ai, to morrendo de fome! – disse null quando as meninas finalmente saíram do quarto.
- Agora eu também estou... – disse null abraçando ele.
- Que tamanho de saia é esse? – perguntou null rindo quando null saiu do quarto.
- Nem vem com isso null! – disse ela rindo e abraçando ele.
- Poxa, não tem nem dois palmos de pano... – disse ele medindo exageradamente.
- null? – perguntou ela rindo, e ele também riu.
- Que foi? – perguntou tentando fazer cara de bravo.
- Cala a boca! – disse ela rindo e o beijou.
- EU TO COM FOME! – ouviram null falar alto e todo mundo resolveu logo se reunir na mesa e saborear a comida da ceia de ano novo. Ouviam só os talheres tinindo nos pratos e de vez em quando alguns murmúrios. Após o jantar, resolveram ir para a praia esperar dar meia noite para o show de fogos. Os dois casais, null null e null null, caminhavam de mãos dadas, enquanto os outros apenas conversavam enquanto andavam.
- null! – sussurrou null aflita e soltou da mão de null.
- Que é? – perguntou ela sorrindo.
- Fica quieta, ouve essa voz... – disse sacudindo as mãos.
- Não... Não pode ser... É o... FELIPE SOLARI? – ela disse um pouco alto e a null afirmou nervosa. (N/a: se vocês não gostam dele, sorry, eu acho ele tão fofo AHUSHUASUHASUH’ okay, podem me bater -.-)
- AAAAAAAAAAAH! – as duas deram berros e sacudiram as mãos juntas. (N/a: poxa, eu tinha que por um surto retardado UHASUAHSHUAS)
- Que foi? – perguntou null, e os outros deram de ombros.
- O Felipe Solari ta aqui! – disse null se abanando.
- Quem é Felipe Solari? – perguntou null com dificuldade.
- O VJ da MTV brasileira! O melhor! – disse null procurando ele em volta.
- ALI! – disse null apontando e as duas correram até onde ele estava.
- FELIPE? – perguntou null aos gritos e ele deu um pulo.
- Ouvi meu nome... – disse ele rindo e se virou para elas.
- AAAAAAAAH! – elas gritaram de novo e ele ficou assustado.
- Pois não? – perguntou ele com um pouco de medo de duas meninas loucas.
- A gente... AMA-TE! – disse null e o abraçou com força. Ele sorriu.
- Sério? – perguntou ele rindo e null afirmou abraçando ele também.
- AH CARA, você é o melhor VJ! – disse null e null chegou perto deles.
- E qual são os nomes das gatinhas? – perguntou Felipe sorrindo para elas que tinham sorriso de ‘mil dentes’ no rosto.
- null, null! – disse ela primeiro.
- null, null! – disse a outra. – A gente pode tirar uma foto? – perguntou null depois de trocar olhares cúmplices com null.
- Claro! – disse ele sorrindo e null colocou a câmera na mão de null falando para ele tirar. Cada uma beijou uma bochecha dele e null tirou a foto.
- AH, TCHAU! – disse null abraçando ele de novo, e null fez o mesmo. - Você é um gatinho! – disse null rindo e null concordou.
- AAAAAAAAAAAAH! – gritaram de novo e balançaram as mãos. – TIRAMOS FOTO COM O FELIPE SOLARI! (N/a: podem me bater agora, acabou essa parte, ASUHASUHAUSHAS :x)
***
- Ah null, vai ficar com esse bico só porque eu tirei foto com o Felipe Solari! – disse null com os olhos brilhando.
- Hunf! – murmurou algo e cruzou os braços.
- null! – disse ela e o abraçou.
- Vai abraçar ele... Vai lá... – disse ele segurando o riso.
- Vou mesmo ta! Fica aí... COM A ÚRSULA! – disse ela rindo e mordeu a bochecha dele.
- Poxa, prefiro você ta? – disse ele a abraçando e enchendo o rosto dela de beijos.
- Oh, vocês dois... Contagem regressiva! – disse null abraçando null.
- 5... – disse null.
- 4... – null continuou.
- 3...
- 2...
- 1...
- FELIZ ANO NOVO! – ouviram um monte de gente gritar. Naturalmente, null e null se beijaram, igualmente a null e null. Mas quando eles olharam para os lados onde estavam, não eram os únicos. null e null tinham se afundado num beijo caloroso. Todos viraram e começaram a dar vivas e bater palmas. Se separaram. Um sorriu para o outro sinceramente, e sussurraram um para o outro: ‘Eu te amo’ e voltaram a se beijar. Foi uma cena linda, ouviam-se os suspiros das meninas. null se sentia nas nuvens, como sentia falta daquele beijo. null fazia tão bem a ela, mas o orgulho e a insegurança até ali tinham sido mais fortes. Finalmente, tudo se passou, e talvez eles pudessem começar algo novo.
- null! FELIZ ANO NOVO! – disse null dando um abraço de quebrar as costelas nele, que retribuía da mesma forma. Enfim, todos se abraçaram separadamente desejando feliz ano novo para o amigo. Depois da festa, estouro de champagne, e etc, resolveram ir até o farol, já que estavam levando violão. Iriam fazer um tipo de lual. Chegando lá, se sentaram em frente ao farol, onde era iluminado apenas pela lua cheia.
- Que música primeira? – perguntaram os meninos para elas que ficaram um tempo pensando até escolherem.
- Obviously – disse null sorrindo e eles começaram a tocar. Dois tocavam e os outros batucavam algo na perna. As meninas já sabiam cantar, e acompanhavam eles no vocal. Tocaram Five Colours in Her Hair, That Girl, e alguns covers, como: Pinball Wizard, Help! She loves you, All My Loving, e umas do Rolling Stones. Quando foram finalmente embora, a praia não estava totalmente vazia, estava com menos gente do que antes. E olha que já era tarde da noite, eles estavam caídos de sono. Tinham que ir dormir porque amanhã iriam embora e tinham que estar descansados.
O outro dia amanheceu com sol, mas eles acordaram desanimados. Teriam que ir embora, não poderia nem aproveitar o último tempo.
- Eu quero ficar mais... – disse null enquanto arrumava as malas junto com as garotas.
- Ah, eu também – disse null fazendo bico, dobrando roupas.
- Poxa, vamos vir mais vezes aqui meninas, o apartamento é ‘meu’! – disse null tentando animar, mas ela mesma não estava.
- Essa viagem vai ser inesquecível... – disse null sorrindo se sentando na cama.
- ‘Fisgou’ o null... Até eu acharia isso! – disse null rindo e null mostrou a língua.
- E você também senhorita... ‘Fisgou’ o null! – disse null rindo dela e null acompanhou.
- A null não pegou porque não quis... – disse null e elas concordaram.
- Gente, vocês são muito apressadas! – disse ela rindo e fechou a mala.
- Melhor viagem até agora... – disse null enquanto os oito se abraçavam todos juntos.
- Pode ter certeza que vai ser inesquecível... – disse null e deu um selinho em null, que sorriu sinceramente.
- Com toda a certeza... – null e null trocaram olhares.
- Eu nunca vou esquecer-me de vocês... São os melhores amigos! – disse null com um sorriso triste e ninguém entendeu, exceto null e null.
- Nem a gente null! – disse null, dando-lhe um beijo na bochecha.
- Enfim, vamos embora? – disse null tentando tirar o clima triste que ficou.
- Vamos... – disse null e finalmente se separaram do abraço. Foram para os determinados carros. Guardaram as malas, e partiram de volta para a cidade onde moravam.
***
Chegou o dia, o terrível dia para null e null. null levantou com a cabeça latejando de dor, e os olhos inchados. Estava na cara que ela chorou a noite toda. Já passava da hora do almoço, e null logo estaria partindo. E apesar dele ter falado a ela para não ir lá porque seria pior, ela não conseguiu ficar em casa. Correu tanto até o aeroporto, procurou no meio de tantos rostos que estavam ali e viu alguém sentado em uma daquelas cadeiras, e estava cabisbaixo. Viu quem estava do lado, e logo reconheceu a mãe dele.
- null? – perguntou ela com a voz trêmula esperando muito que fosse ele.
- null? – a voz dele falhou ao falar o nome dela. Levantou num instante, e a abraçou tão forte que poderia dizer que estava mesmo tentando quebrar as costelas da moça.
- T-null... – ela não conseguia falar direito, a única coisa que queria é que ele não fosse embora, começou a chorar baixinho.
‘Primeira chamada para o vôo 432, por favor, comparecer ao portão 8’ - É meu vôo... – disse null baixinho e a mãe dele deu um toque nele e disse que esperaria lá, e ele concordou com a cabeça.
- null... Não vá... – disse ela chorando olhando para ele.
- Eu não posso ficar... Promete-me uma coisa? – perguntou ele segurando as duas mãos dela.
- Qualquer coisa... – disse ela soluçando.
- Que o seu destino vai ser só meu? Que você me espera... – disse ele e umas lágrimas escorreram pela bochecha do rapaz.
- Só seu... Eu te espero... – proferiu null e tocou os lábios do rapaz de leve.
‘Última chamada para o vôo 432, por favor, comparecer ao portão 8’ - Eu te amo... – disse ele ao se soltar do abraço dela, e deixá-la ali, chorando. null sentiu como se perdesse a razão de vida. Podia parecer exagero, mas ela amava muito aquele garoto. Limpou as lágrimas que já não paravam de cair e esperou até ver o avião dele decolar. Até sabia que não teria volta, até sentir um peso no coração.
Dias passaram, e null não comia, não dormia, e vivia chorando pelos cantos. As amigas a tentavam animar, mas nada era muito válido. Até null, só que ele também estava meio triste por causa disso tudo. Mas enfim, o tempo passa muito rápido...
***
Quase quatro anos se passaram, null e null namoravam ainda. null pediu null em noivado e ela aceitou. null e null começaram a namorar um tempo depois da viagem. null chegou até a namorar, mas nunca os amava de verdade. Quando null foi embora, eles até trocavam telefonemas diários, mas a mãe dele e dela reclamaram da conta, e os proibíram. Outro dia qualquer amanheceu e null estava decidida a fazer algo. Levantou, deu bom dia à mãe, e ao pequeno James. Fez toda sua rotina matinal, levou James à escolinha, e resolveu passar na casa de null.
‘Ding Dong’ - Oi null! – disse animada e fez os cumprimentos.
- Oi null... – respondeu sorrindo.
- Entra... – ofereceu e null entrou se sentando no sofá.
- Como você está? – perguntou null e null sentou no outro sofá.
- Bem... E a Srta.?
- Também... Amiga, eu mando para o null ou não? – mostrou-lhe uma foto e null sorriu ao ver.
- Manda sim... E depois me conta no que deu! – disse null sorrindo e devolvendo a foto.
- Vou mandar... – null sorriu aflita. A moça resolveu que iria ao correio depois de um trabalho que tinha que fazer. Ela fez faculdade de fotografia, e agora trabalhava para uma revista. Enfim, foi até o correio não escreveu carta nenhuma, era apenas uma foto. Virou a foto de costas e escreveu ‘Sentimos sua falta’, e colocou dentro de um envelope. Escreveu os endereços, e colocou na caixa de correio. Nem voltou ao escritório, tinha um trabalho na rua para fazer, enfim, foi para onde tinha que ir.
***
- null! – gritou uma voz fina, e null veio do quarto com os cabelos pingando e uma toalha enrolada na cintura.
- Que é?! – perguntou ríspido.
- Chegou uma carta para você... Da null... QUEM É ESSA? – a baixinha e loirinha extremamente ciumenta gritou as últimas palavras.
- Me dá aqui! – disse ele com os olhos arregalados ao ler ‘null ’ no envelope.
- Você não vai me dizer quem é? – perguntou Evanna, a namorada loira e baixinha que null arranjou fazia um mês.
- Não enche... – disse null se sentando no sofá e com um pouco de medo abriu a carta. Ele nunca fora muito carinhoso com Evanna, também nunca a amara de verdade.
- null! – disse ela com a voz trêmula, mas ele não ligou, estava tão centrado na carta. null pegou o que tinha dentro da carta, mas não tirou. Estava aflito para saber, e um pouco temeroso. Tirou de lá e viu uma foto, reconheceu na hora null... Mas, como ela tinha mudado, continuava linda. null sorriu ao vê-la, sentiu uma saudade agarrar o peito dele. Mas, quem era esse pequeno garoto do lado dela? Olhou bem para o menino, null reparou os traços dele, os olhos iguais os de null.
- Não creio... – disse ele arregalando os olhos. Ele precisou se levantar e se ver no espelho, como se fosse a primeira vez que estivesse se vendo. Olhou para o espelho e para a foto, reparou a cor de cabelo igual a sua, o menino tinha os seus traços no rosto, o sorriso igualzinho. null virou a foto para ver se tinha mais algo, e tinha... Ele leu e teve certeza agora. A saudade apertava mais, o coração esmagado, e sentiu uma vontade enorme de voltar. De abraçar aquela menina que sempre amou. De ser feliz outra vez...
- null... – sussurrou ele olhando a foto de novo. Passou a mão por cima do garotinho pequeno ao lado dela. Como ela não contou? Por quê? O que ele tinha mais vontade naquele momento, era poder abraçar os dois. É como sentir falta do que nunca teve, ou do que foi tirado mais ou menos à força.
- Eu volto... – sussurrou tão baixo ao ouvir um soluço alto da maldita namorada. null sorriu com os olhos lacrimejados.
FIM.
N/a: Mais ou menos é a minha primeira fic. Espero que tenha gostado, meu final ficou meio ‘vazio’, fiz o que pude. Ah, eu quero só agradecer à Mayara Aquino, Thalita Vanso. Vocês são muito especiais para mim, chuchus. E também ao McFly, lógico. Enfim, leiam e comentem. Podem xingar ameaçar de morte O_O, humilhar, e também elogiar. Beijos :*