Sexta à Noite

Já fazia três anos que null, null e null moravam juntas em Londres. null trabalhava como assistente em uma empresa publicitária, null numa livraria e null como secretária em uma produtora. Todas as sextas-feiras, as garotas faziam a mesma coisa, iam para um pub para beber, dançar e se divertir. Mas essa sexta-feira era diferente, tudo por culpa de um dia em que null chegou enlouquecida em casa.
– Guriiiiias, vocês não imaginam o que eu descobri!
– O quê? Que o céu é azul? Noooossa, null, como você é inteligente! – debochou null.
– Se tu não parar de debochar de mim, eu não vou conta-ar!
– Tá! Chega, crianças! Conta logo a tua grande descoberta, null! – interrompeu null, pois não agüentava mais de curiosidade.
– Obrigada, null. É o seguinte, hoje minha colega me contou que o McFly vai estar na inauguração daquele pub novo semana que vem! – disse null, com olhos brilhando.
– Sééério? Ai, null, eu já disse que te amo hoje? – null dizia, enquanto se pendurava no pescoço de null.
null, essa é a melhor notícia do mundo! – null apertava ela com toda sua força.
– Ah, agora vocês me amam, né, suas vadias! Mas então, vamos, né?
– Claaaaaaaaaaaro! – null e null pulavam pela sala.
As três passaram a semana toda contando os segundos para o dia que iriam ao pub, estavam realmente muito empolgadas com a possibilidade de ver o McFly por lá, ou até quem sabe esbarrar com eles.
Enfim, chegou o dia, elas iriam ao pub. Na hora do café, não pararam de falar e fazer planos, acabaram se atrasando para o trabalho porque haviam se perdido em pensamentos. No final da tarde, se encontraram em casa para se prepararem para a noite. null estava muito empolgada com essa noite, aliás, não só ela, null e null também estavam, não pararam de se ligar o dia todo, comentando todas as coisas que poderiam acontecer nesse pub.
Depois de umas longas horas se arrumando e lutando para achar a roupa perfeita para a noite, as três garotas estavam prontas. null estava com uma blusa azul marinho, calças brancas e scarpin preto. null estava com uma frente única rosa, uma saia e sandálias pretas. null estava vestindo um vestido vermelho que amava e colocou um scarpin preto que combinava com tudo. Então foram para o pub de táxi, pois qualquer uma delas estava ansiosa demais para dirigir. Ao chegar ao pub, deram de cara com uma imensa fila, mas não desanimaram, tudo pelo McFly!
Depois de mais ou menos uma hora na fila, conseguiram entrar no pub e foram direto para o bar pedir algumas bebidas.

*NO CAMAROTE*

null, null e null observavam as pessoas que entravam no pub, estavam obviamente, procurando alguém para eles. Enquanto eles observavam, Harry estava em uma mesa com sua namorada.
– Dudes! Vocês viram o que eu vi? – perguntou null boquiaberto.
– O quê? – perguntaram null e null curiosos.
– Aquelas três garotas que acabaram de entrar e foram pro bar.
– Onde, dude? – perguntava null, debruçado na grade do camarote, quase pendurado para baixo.
– Lá no bar! Tem uma de azul marinho, uma de rosa e uma de vermelho. Hey, já aviso que a de vermelho é minha! – disse null, com uma cara maliciosa.
– Certo, então! E a de rosa é minha, ok? – manifestou-se null – Hey, dude! Você tem namorada, esqueceu? – lembrou o garoto.
– Claro que não esqueci, mas vocês sabem muito bem que eu não gosto dela, nem ela de mim, ela tá comigo só pela grana.
– Mas não deixa de ser errado! Anyway, podem ficar com as garotas, eu gostei mais da de azul marinho mesmo.
– Saca só, a minha garota tá olhando pra cá! – falou null empolgado.
– Sério? Vamos olhar também! – falaram os outros dois juntos.

*ENQUANTO ISSO, NO BAR*

– Então, amigas, vamos começar com o quê? – perguntou null.
– Não sei, alguma sugestão, null? – perguntou null.
Mas a garota não respondeu, estava distraída demais com uma bela visão lá em cima.
null? – null chamou de novo.
– Oi? – respondeu null.
null, em que mundo você tava, hein? A null tava perguntando o que você acha que devemos beber!
– Ah, desculpem, eu tava ocupada com a visão que eu tenho lá do camarote. Aliás, acho que vocês também deviam olhar!
– Ah, duvido que seja algo mais interessante do que nossas bebidas... – ia dizendo null, até que ela viu o que a amiga tanto observava. – OH, MY GOD! null, são eles!
– Sim, são, e eles estavam olhando pra cá! O null tava olhando pra cá e falando com eles.
– Amiga, olha o null, lindo! E aquele sorriso? Aiiii, eu não agüento!– null se derretia pelo null. – Pára tudo! O null tá olhando pra cá, e tá B-A-B-A-N-D-O por você, null!
– Ah, pára de brincadeira, null! – falou null, olhando para o camarote só para mostrar que a amiga estava errada, até que percebeu que null estava mesmo olhando pra ela. – OH, MY GOD! Ele tá olhando pra mim mesmo! Aaaah, e o null e o null também estão olhando pra cá!
– Ai, é hoje que eu morro! – disse null, juntando-se a null e null, que já estavam sentadas porque a emoção era muito forte, mas nunca desviando o olhar do camarote.

*NO CAMAROTE*

– Acho que elas perceberam que estávamos olhando, dude – falou null, com um pouco de medo.
– E qual é o problema? Vocês iam ficar só olhando sem tomar nenhuma atitude? É bom que elas saibam da nossa intenção – falou null, dando um pedala no amigo.
– Então, vamos tomar a atitude? Vamos lá conversar com elas!– null se meteu na conversa.
– Certo! – falaram null e null ao mesmo tempo.
Os três acenaram para as garotas e desceram, se dirigindo ao bar.

*NO BAR*

– OH, MY GOD! Eles estão vindo pra cá! E agora, o que nós fazemos? – perguntou null desesperada.
– Respira, null, te acalma! Nós esperamos aqui sentadinha, oras! Vamos ver do que eles são capazes! – falou null com uma cara maliciosa.
– Isso aí, null! É assim que eu gosto! – falou null, dando um tapinha nas costas da amiga.
– Tá certo, é isso aí!– null se juntou às outras duas.
As três viram os garotos descendo as escadas e indo em direção delas. Os três pararam na frente delas, pareciam um pouco nervosos.
– Oi, garotas, tudo bem? – falou null, dirigindo-se a null, que ficou sem fala.
– Tudo ótimo, e com vocês? – respondeu null.
– Melhor agora que encontramos vocês! – falou null, olhando diretamente para null.
– Então, os garotos aceitam alguma bebida? – ofereceu null, retribuindo o olhar de null.
– Nós que deveríamos oferecer para vocês, mas acho que chegamos um pouco tarde – respondeu null, finalmente indo até null.
– É, tem razão, mas não tem problema! Juntem-se a nós! – manifestou-se null, depois de conseguir sair do transe que havia entrado ao ver null na sua frente.
– Mas então, como vocês se chamam? – perguntou null.
– Eu sou a null, mas podem me chamar de null. A de rosa é a null, mas podem chamá-la de null, e a de azul marinho é a null, e podem chamá-la de null!
– Lindos nomes! Mas então, eu sou o... – null ia falar, mas foi interrompido por null.
– Não precisa dizer! Nós sabemos quem vocês são.
– Sério? – perguntou null surpreso.
– Claro! Vocês são da melhor banda do mundo!– null corou ao perceber o que tinha falado. – Falando nisso, cadê o Harry? – perguntou a garota, mudando de assunto para fazer com que os garotos esquecessem o que ela tinha falado.
– Ah, o Harry tá lá em cima com a namorada dele. Sabe como é, né? – respondeu null, fazendo uma cara engraçada, que era linda demais, na opinião de null.
– E você, null, cadê sua namorada, hein? – falou null, fazendo o garoto corar de vergonha ao descobrir que as garotas sabiam que ele tinha namorada. Ele achou que havia perdido a chance de ficar com null, mas resolveu não desistir.
– Ah, ela não quis vir, estava cansada. Na verdade eu não sei por que ela não veio – respondeu null, coçando a nuca em sinal de desconforto.
null fechou a cara ao ouvir falar da namorada de null, por um momento havia esquecido que ela existia, mas como nada é perfeito, voltou à realidade.
De repente, começou a tocar a música favorita das garotas, as três saíram correndo em direção à pista de dança, deixando os garotos sem entender nada. null, null e null dançavam sem ligar se os outros estavam observando ou não, rebolavam, iam até o chão e riam muito. Os garotos olhavam para as três hipnotizados do bar, e ao perceberem que muitos homens estavam olhando pra elas, foram até a pista, juntando-se às garotas.
Depois de um tempo dançando, começou a tocar Don’t Cha, e os seis se separaram em casais. Os meninos estavam boquiabertos com o jeito que elas dançavam, não sabiam se agüentariam por muito tempo só olhando.
null olhava para null e cantava:
– Don’t cha wish your girlfriend was freak like me? Don’t cha?
null olhava para a garota encantado, jamais tinha visto uma menina tão linda em sua frente. (N/A: modesta pra caralho :x) Chegou perto dela e sussurrou em seu ouvido:
– Quero que me prove que você realmente é louca.
A menina gelou ao sentir a respiração de null em seu pescoço, sentiu seus joelhos vacilarem e logo em seguida sentiu null segurá-la pela cintura. Aproximou-se do rosto do garoto falou em seu ouvido: “você não sabe do que sou capaz, null”, e virou de costas para o garoto.
null enlouqueceu ao sentir a garota virar de costas e colar seu corpo ao dele, dançando. Não pensou duas vezes e a virou novamente de frente para ele, olhou no fundo dos olhos de null, passou a mão na bochecha dela e disse com um sorriso maroto nos lábios:
– Realmente não sei, mas você não sabe o quanto eu estou louco pra descobrir.
null não conseguiu não sorrir ao ouvir as palavras de null. Quando se deu conta, o garoto estava aproximando seu rosto do dela. Sentiu seus joelhos vacilarem novamente, mas dessa vez seu corpo e o de null estavam muito próximos, o garoto a segurava com tanta força que ela não cairia. Segundos depois, os dois estavam se beijando, pareciam mais um casal apaixonado, que havia esquecido tudo e todos à sua volta. Partiram o beijo e null pegou null pela mão, subindo com ela para o camarote. Os outros dois casais ficaram felizes com o que viram, mas um pouco desapontados por não ter acontecido nada ainda com eles além da dança.
null chegou ao camarote procurando a mesa na qual estava sentado com os amigos antes de descer para falar com as garotas. Viu que Harry não estava mais lá. ‘Foi pra casa da namorada’, pensou. Puxou null para a mesa e sentaram-se lá. null se aproximava dela para beijá-la novamente, mas ela colocou as mãos no peito dele, fazendo com que ele parasse onde estava. null olhou para ela confuso, como quem pergunta o que havia acontecido.
null, isso não é certo – falou null desapontada.
– O que foi? Você não quer mais ficar comigo? – perguntou o garoto nervoso.
null, você tem namorada! Por mais que ficar com você seja a coisa que eu mais quero no mundo, isso não é certo!
null, esqueça-a, ela não é nem um pouco importante pra mim, eu estou louco para terminar com ela, eu não gosto dela, nem ela de mim. Ela só está comigo por eu ser famoso! E depois de te conhecer, minha vontade de terminar com ela aumentou incrivelmente! Isso não é errado, porque eu não a amo! Eu não sinto que isso seja errado, você sente?
– Não sei por que, mas eu não sinto que seja errado...
null não deixou ela terminar o que queria dizer, surpreendeu a garota colando seus lábios nos dela. null não sabia explicar por que, mas não conseguia resistir nem sabendo que ele tinha namorada. Sentiu null passar a língua em seus lábios pedindo passagem, e se entregou ao beijo sem pensar em mais nada.

*ENQUANTO ISSO, NA PISTA DE DANÇA*

null e null continuavam dançando juntos. null e null tinham ido até o bar beber um pouco.
Os dois não falavam nada, apenas olhavam diretamente um para o outro, sem olhar para os lados e praticamente sem piscar. Até que null falou:
– Não sei se eu agüento isso por mais muito tempo...
– Isso o quê? Você está passando mal, null? Quer que eu te leve para a sua casa? – perguntou null, fazendo-se de desentendida.
– Não, não estou passando mal, mas eu realmente quero ir com você para a minha casa – respondeu null, dando um sorriso safado que mostrou a covinha. (N/A: se aqui agora for o Tom fará todo o sentido, porque é A COVINHA! *-*)
– E porque eu deveria ir? – null estava fazendo um joguinho com null.
– Você não iria? – null entrou no jogo da garota.
– Isso só você pode dizer – terminou null, dando o mesmo sorriso safado que null havia dado momentos antes.
null não agüentou, segurou o rosto de null com carinho e foi aproximando seu rosto do dela. Grudou seus lábios nos dela e esperou ela permitir que o beijo se intensificasse. Ao perceber a língua sobre seus lábios, null abriu a boca, permitindo que o beijo se intensificasse. Os dois se beijavam intensamente, null bagunçava o cabelo de null, enquanto ele a puxava para mais perto pela cintura. Ao partirem o beijo, perceberam que algumas pessoas já estavam os observando, então decidiram ir ao bar, atrás de null e null. E por lá, a situação não estava muito diferente da dos outros dois casais.

Depois de um tempo conversando, bebendo e rindo de algumas piadas idiotas que null contava, null estava cansada, pois o garoto ainda não havia tomado nenhuma atitude, e numa das vezes que olhou para a pista de dança, pôde ver null e null se beijando. Resolveu puxar assunto para ver se null se tocava.
– Que legal que o null e a null ficaram, não acha?
– É, muito legal mesmo! – respondeu null, que parecia mais preocupado em brincar com o canudinho de sua bebida.
– Pena que o null tem namorada, vai ficar com a null hoje e depois vai esquecer dela. – null insistiu pra ver se null se tocava.
– Que nada! O null não gosta da namorada, nem ela dele! E para falar a verdade, null me pareceu realmente interessado na null quando nos mostrou vocês três.
– Sorte dela... – null falou baixo. Havia desistido de tentar fazer null se ligar.
– Desculpe, o que você disse? – ele perguntou.
– Nada, não falei nada importante – ela respondeu, abaixando a cabeça.
– Er, eu ouvi o que você disse – falou null, colocando a mão no queixo de null e fazendo com que ela olhasse para ele. – Me desculpe, você deve estar me achando um frouxo, mas eu não sei como chegar em você... Você é muito especial, sabe? Eu não sabia que atitude tomar... – ele falou, olhando no fundo dos olhos de null.
– Isso que você acabou de fazer já foi uma atitude. Por que não tenta mais? – Ela não tirava os olhos dos dele.
null aproximou seu rosto do de null, que, ao perceber, fechou os olhos e foi se aproximando também. Os dois iniciaram um beijo calmo e cheio de carinho, que aos poucos foi se intensificando, até que ouviram alguém que tossia ao seu lado, como quem queria chamar a atenção, e, ao se separarem, deram de cara com null e null. null ficou com muita vergonha e afundou o rosto no peito de null, que abraçou a garota acariciando seus cabelos.
– Er, desculpem por atrapalhar, mas vamos lá pro camarote junto a null e null? Já tem um monte de gente olhando para nós por aqui – falou null envergonhada por ter interrompido o beijo dos dois.
– Ah, por mim, tudo bem. Você quer subir, pequena? – perguntou null, olhando para null, que continuava com a cabeça enfiada em seu peito.
A garota apenas balançou a cabeça em sinal de afirmação e levantou. null entrelaçou suas mãos nas dela e subiram para o camarote do pub atrás da null e null.
Ao chegarem lá em cima, viram null e null conversando e brincando em uma mesa ao fundo do camarote. Foram em direção aos amigos.
– Vejo que não fui só eu que me dei bem por aqui, hein! – falou null, ao ver os dois casais de mãos dadas.
null!” null o repreendeu, mas ele não deu bola.
– Er, mas então... – null deu um sorriso tímido. – Eu estava pensando em irmos para casa, assistir a uns filmes, sei lá...
– É! Já tem muita gente nos olhando por aqui – completou null.
– Acho uma ótima idéia – disse null. – Tudo bem por vocês, garotas?
As três afirmaram que sim com a cabeça. Pagaram as contas e foram para a casa dos garotos.

Chegaram em casa e não tinha ninguém por lá. Como null havia imaginado, Harry tinha ido para a casa da namorada. Entraram e foram se acomodando na sala, enquanto null e null foram na cozinha buscar mais bebidas e fazer pipoca para comer enquanto viam filme. Estavam no sofá conversando quando o celular de null começou a tocar. null puxou o celular do bolso e fez uma cara de desgosto ao ver quem era.
– É ela, dude? – perguntou null, ao ver a cara que null fazia para o celular.
null apenas balançou a cabeça dizendo que sim e saiu da sala para atender o telefone que não parava de tocar. Depois de alguns minutos, ele apareceu na sala.
– Eu vou sair rapidinho, mas eu já volto! – E saiu da sala sem dizer mais nada.
null ficou realmente desapontada, provavelmente null tinha ido para a casa da namorada. Era óbvio! Como null poderia imaginar que ele ficaria com ela e esqueceria da namorada? Era uma tola mesmo! Saiu de seus pensamentos quando ouviu null a chamando para que se juntasse a eles. Apenas disse que estava cansada e perguntou se poderia deitar em algum dos quartos. Ao ouvir os garotos dizerem que não tinha problema, subiu as escadas e entrou no primeiro quarto que encontrou. Não pode deixar de sorrir ao ver um lagarto em um aquário em cima de uma mesa do quarto, estava no quarto de null. Deitou na cama e adormeceu.

null chegou em casa com um enorme sorriso no rosto. Entrou na sala e viu os casais abraçados assistindo filme.
– Onde está a null? – procurava a garota olhando para os lados.
– Foi embora, dude – respondeu null, segurando o riso.
– Sério? Onde vocês moram? Vou atrás dela! – perguntou null desesperado.
– Calma, null! Ela não foi embora, está dormindo em algum dos quartos lá em cima.– null tranqüilizou o amigo.
– E por que ela está lá e não aqui com vocês?
– Ela subiu dizendo que estava cansada como desculpa, logo depois que você saiu sem nem olhar pra cara dela – respondeu null irritada.
– Por que diabos você acha que ela subiu, null? E por que você está sorrindo tanto? – null completou o que null havia dito.
– Ah, como eu sou idiota! – falou null, dando um tapa na própria testa. – Mas o motivo da minha felicidade eu não conto, depois vocês descobrem!
Elesaiu correndo depois de falar isso. Os quatro ficaram olhando sem entender, mas logo voltaram a prestar atenção no filme, ou não.

null chegou ao andar de cima ofegante, parou na frente da porta do seu quarto e abriu com cuidado. null podia estar lá dentro e podia estar dormindo. Sorriu ao ver a garota deitada em sua cama dormindo tranqüilamente. Aproximou-se dela, deu um beijo nela e a chamou.
null, acorda, amor – ele chamava baixinho.
null abriu os olhos e sorriu ao ver null em sua frente com um sorriso lindo e contagiante, mas logo lembrou do que havia acontecido e fechou a cara para o garoto.
– O que foi? – ele perguntou sem entender.
– ‘O que foi?’ Como assim ‘o que foi’, null? Você sai do nada e nem à merda me manda! Ah, claro, eu fui idiota e esqueci que você ia voltar correndo pra sua namorada e eu seria apenas mais uma em sua lista. Ah, null, esquece! Eu vou embora. – null estava com os olhos marejados.
null a olhava fixamente e a segurou pelo braço, impedindo que ela saísse e fazendo com que ela sentasse novamente na cama.
null, me escuta, amor. – null passava a mão nas bochechas dela, secando o rosto dela, que a essa altura já derramava muitas lágrimas. – Eu fui até a casa da minha namorada, sim, mas eu fui lá pra terminar com ela! E sabe por que eu fiz isso? Pra poder ficar com você!– null terminou e sentou ao lado de null, que levantou ao mesmo tempo.
Ela andava de um lado para o outro do quarto, balançando a cabeça em sinal de negação. Não, ela não acreditava no que null acabara de contar, só podia ser mentira. Nunca seu ídolo, o garoto que ela sempre desejou, estaria sentado na frente dela, dizendo que havia terminado com a namorada pra ficar com ela. Era um sonho, só podia ser! Seus pensamentos foram interrompidos por um som estranho.
– Boom! Boom! – dizia null, que estava sentado na cama, olhando para ela.
– Tá louco é, null? – null perguntou sem entender.
– Ué, não é fã da melhor banda do mundo?
– Sou. – null corou ao lembrar do que havia dito no início da noite. – Mas qual é a ligação disso com essa sua loucura?– null ainda não entendia o que o garoto queria dizer.
– “When she walks in the room my heart goes boom!” – cantou null, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
null, sem pensar duas vezes, foi até o garoto e apertou as bochechas dele. Como podia ser tão fofo? Como aquilo tudo podia ser verdade?
null segurou as mãos dela em seu rosto e a puxou para cima dele. Beijou-a da forma mais carinhosa possível, um beijo cheio de sentimento, cheio de paixão. null colocou null do outro lado da cama e deitou por cima dela. Ele passava a mão nas costas da garota, que se arrepiava cada vez que sentia seu toque. null, por sua vez, puxava os cabelos de null e os bagunçava com uma mão, e com a outra segurava a barra da calça do garoto, puxando-o para mais perto. Sem querer, null bateu o braço na mesinha que havia ao lado de sua cama e derrubou um copo no chão. Os dois tomaram um susto com o barulho, e nesse susto separaram-se. Os dois se olharam sorrindo e com um pouco de vergonha ao perceberem o que quase aconteceu ali, mas logo a vergonha passou e decidiram descer.

Ao chegar à sala, deram de cara com os quatro amigos sentados no sofá e com a luz acesa.
- Mas o que é isso? Nós viemos ver filme! – null falou, fingindo estar irritado.
– Ah, o casal demorou muito tempo lá em cima, o filme já acabou, queridos! – falou null, em um tom debochado.
– Ah, o filme era lindo, pode deixar que eu conto pra você depois, amiga! – null disse com os olhos brilhando.
– Er... null, eu estou com sono, vamos? – null falou um pouco sem jeito.
– Ah, claro – null falou, pegando a mão dela. – Pessoal, nós vamos dormir, boa noite! – Ele terminou de falar e subiu com null.
– Aham, dormir, sei – falou null, com cara de tarado. – Vamos dormir também, null?
– Claro, estou morrendo de sono! – null forçou um bocejo e os quatro começaram a rir. – Boa noite, queridinhos.
– Então, null, só sobramos nós, o que faremos agora? – perguntou null, fazendo-se de desentendido.
– Vamos dormir também, oras! – respondeu null, pegando o garoto pela mão e subindo para o quarto dele.
Bom, o que aconteceu depois disso, só quem estava em cada quarto sabe.



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