She is the one for me






O som de música vinha alto e abafado de uma grande casa de shows, duas garotas acabavam de estacionar o carro algumas ruas ali perto onde conseguiram parar.
- Eu falei para virmos mais cedo. – uma delas disse andando o mais rápido que conseguia, estava usando salto, o que não ajudava.
- E eu falei para você não usar salto.
- Cala a boca, , você só não usa porque você sempre bebe muito e quebra o salto!
- Mentira! Eu não uso por não conseguir andar com isso.
- Não importa, vamos! – a garota que usava salto agora segurava o braço de e a puxava para a casa de shows.
O trânsito estava parado em frente ao lugar, pessoas por todos os lados, carros parando apenas para deixar pessoas...
- , qual banda que nós vamos ver mesmo? – perguntou olhando um grupo de garotinhas passar, deveriam ter no máximo 14 anos. – Algo tipo... – pesquisou em sua mente algo o qual um monte de crianças poderiam ver. – Xuxa?
- Claro! A Xuxa veio fazer um show aqui e eu achei que você ficaria muito triste se não fosse! – agora empurrava para a fila que se formava antes da entrada.
- Cadê as outras? – perguntou parando atrás de um grupo de três garotas, garotinhas na verdade, que pulavam de alegria na fila.
- Estão lá, você sempre atrasa.
- E nós vamos encontrar elas no meio desse monte de gente?
- VIP, baby. – foi apenas o que disse.
A área VIP era como um camarote, mas além de ter uma boa visão, podia beber e comer de graça, dava para ficar ao lado de muitas pessoas importantes e podia dar a sorte de alguma das pessoas da banda decidir passar por lá.
Logo que as duas entraram gritou, fazendo muitas pessoas olharem para as duas e quase abrir um buraco no chão para se enterrar.
- O Son Of Dork entrou! – a garota correu o mais rápido que conseguiu, se fosse possível correr, até a parte onde podia ver o palco.
olhou a amiga sair correndo e foi atrás. – Quem? Quem entrou? Entrou aonde?! – não respondeu, não podia, estava hipnotizado pelos cinco homens que estavam no palco, mas também não precisou responder, logo percebeu ao ver a banda tocando.
- Erm... Eu vou procurar o bar. – foi só o que disse antes de sair.
O lugar estava muito cheio e a iluminação era pouca, decidiu pedir ajuda a alguém.
- Hey, você sabe onde fica o bar? – perguntou, mas se assustou. Outra pessoa perguntou a mesma coisa ao mesmo tempo. Antes que pudesse ver quem era, o homem a quem ela pediu ajuda já havia puxado os dois para um abraço.
- I will survive! I will survive! – o homem cantava animado dançando abraçado aos dois.
logo se soltou do homem e deu uns passos para trás, mas sentiu alguém puxá-la pelo braço para o outro lado. “É moda agarrar os outros agora?!” Depois de passar por um grupo de pessoas e chegar a um espaço mais livre pôde ver quem a puxou.
- Desculpa. – o homem que a puxou disse. – Eu te machuquei? – perguntou apontando para o braço dela.
- Não, ta tudo bem. – ela sorriu. – Nos conhecemos? – ela perguntou tentando enxergar o rosto do homem, mas estava muito escuro para conseguir saber quem era, ou tentar saber.
- Acho que não. Só achei que deveria te salvar daquele cara.
- Ah, obrigada. Então... Você também ta procurando o bar? – perguntou ao lembrar da coincidência.
- Estava... – o homem apontou para a ponta do bar que estava a alguns metros das costas de .
Ela olhou para onde o homem apontava. - Achamos! – voltou a se virar para ele sorrindo. - Então... Vamos?
- Claro! – ele disse retribuindo o sorriso antes de caminhar com ela até o bar, durante o caminho sentiu como se já o conhecesse, mesmo sem saber da onde. Ele tinha a mesma impressão. É, beber muito nem sempre é tão bom.
- O que vai querer? – ele perguntou após sentarem.
- Não sei, tem chopp aí? – ele sorriu se virando para o barman, pediu duas canecas de chopp.
- O que uma garota como você faz sozinha aqui?
- Não sei, eu acho que eu vim para um show, sabe?
Ele riu da própria pergunta. – Você tem razão, mas eu acho que você deveria estar lá na frente vendo o show. – ele apontou na direção do palco.
- Na verdade, eu nem sei qual banda é. – ela falou rindo e pegando a caneca de chopp que acabara de chegar.
- Son Of Dork. – ele a informou sorrindo. - Veio acompanhar alguém?
- Exatamente. E você?
- Ah, é que eu conheço... – pensou melhor antes de falar. – Conheço um cara que é louco por essa banda e ele me pediu para vir junto. – ele bebeu um longo gole do chopp.
- Sei como é.
- Eles vão tocar Beatles! É pra mim! – ele disse empolgado ouvindo James, o vocalista da banda, dizer. Achou um tanto gay o que acabara de dizer, parecia uma garotinha apaixonada por um cara de uma banda que jura pela própria vida que ele a olhou, que ele a ama e que está tocando uma música para ela.
- Pra você? – ela perguntou após tomar um gole. Achando estranho, com razão, uma banda tocar uma música para ele.
- Erm... Eu brinco com isso, é que eu gosto muito dessa música depois do que aconteceu há um ano atrás.
- Ah... Eu também. – ela disse depois de ouvir a música começar.
- Help! – ele começou a cantar.
- I need somebody! – ela continuou. Os dois pararam ao mesmo tempo, se olhando, isso era estranhamente familiar.
- Eu conheço você? – ele perguntou.
- Agora conhece.
- Não, eu quero dizer, é...
- Eu sei. – ela o interrompeu. – Eu também tenho a impressão de que conheço você. Ele afirmou com a cabeça, os dois beberam um gole do chopp. Silêncio.
Por que tudo era estranhamente familiar? Talvez como um Déjà vu.
- ? – ele a chamou.
- Ahn? – ele abriu a boca para falar, mas ela foi mais rápida e continuou. – Você sabe o meu nome?
- Você não disse?
- Erm... Não. Não que eu me lembre.
- Como eu sei o seu nome?
- Eu também quero saber.
Os dois terminaram o chopp e pediram mais.
- Talvez eu tenha conhecido você em outra vida. – ele disse antes de tomar um gole, como se falasse de algo sério.
- É mais fácil a bebida já estar fazendo efeito. – ela disse o olhando por causa do surto momentâneo dele.
- Não sei, não tem outra explicação. – agora ela tinha certeza de que não era um surto momentâneo.
- Claro que tem, . É só a gente conseguir lembrar. – disse virando quase o chopp inteiro de uma só vez
- Eu também não te falei o meu nome! – ele falou entusiasmado.
- Mas é... só... ahn... eu...
- Há! Viu? Isso é uma coisa sobrenatural, nós nos conhecemos de outras vidas e...
- Você tem que parar de ver TV, . – o interrompeu antes de terminar o chopp e pedir outro. fez o mesmo, bebendo o resto do chopp de uma vez.
- , você ta com bigode.
- Já cresceu?! Eu juro que faço a droga da...
- Bigode de chopp, . – disse entregando um guardanapo para e rindo.
- Ah! – ele limpou. – Limpou?
- Aham. – ela disse rindo da careta que fazia tentando ver.
arrastou o banco para mais perto do banco de . – Eu vou te contar um segredo! – aproximou os lábios do ouvido de .
- I take you to the candy shop! I’ll let you lick the lollypop! – escutaram alguém cantar gritando, ao se virarem viram o mesmo cara a quem eles pediram ajuda rebolando agarrado a uma garrafa. O cara entrou no meio de um grupo de pessoas e sumiu.
- Ele não está bem. – disse olhando para o lugar onde o cara sumiu.
- Nada bem. – disse rindo e pegando o chopp, já tinha se ajeitado no próprio banco.
- Você ia contar um segredo? – ela o observava beber o chopp.
- Ia, mas eu não lembro mais... – foi a vez de a observar.
Silêncio.
- Eu sempre quis ser abduzido. – disse olhando para a caneca de chopp quase vazia no balcão.
- Sério?
- É, eu acho legal. Nunca ninguém quis ir comigo!
- Tadinho. – ela disse rindo antes de terminar o chopp.
- É sério, cara! Uma vez eu tava num hotel num lugar meio afastado, só tem mato lá, fiquei sabendo de uma serra que tinha ali perto, parece que tiveram alguns casos de aparições.
- Você queria ir lá?
- Exatamente, mas sozinho não tem graça. Se eu for abduzido, quem vai contar a história?
riu, ele parecia estar falando sério. – É... Não tem graça.
terminou o chopp. – Vamos ver um pouco o show?
- Ahn... Tudo bem. – ela disse também terminando o chopp.
levantou e estendeu a mão para que ela o acompanhasse.
Os dois foram com as mãos dadas até um lugar onde podiam ver bem o show. Eles se sentiam bem de mãos dadas. O contato físico, por mais que fosse pouco e simples, era bom.
Deixaram que a música os controlasse, dançavam no ritmo, se divertindo juntos e ficando o mais próximo possível.
a abraçou por trás, ela deixou que ele fizesse. colocou as mãos sobre as dele, as apertando. Ainda dançavam no ritmo da música. Ela podia sentir todo o corpo de junto ao seu, o peitoral de em suas costas... Ele aproximou os lábios do ouvido dela, sussurrou alguns versos da música que tocava. Ela mal podia ouvir ele falar ou a música tocar, toda aquela sensação a absorvia, o corpo dele, o calor dele... Tanto ela quanto ele estavam arrepiados, sentindo...
- Ahhhh! – alguém gritou bem atrás deles fazendo eles se separarem num pulo para ver o que era. – Baby Come back! Baby Come back to me... – era o mesmo bêbado de antes cantando, dançando, rebolava e fazia passos... – In my heart I still believe... – e o xingaram mentalmente de tudo o que podiam lembrar.
a olhou como se dissesse “Fazer o que?” e ela apenas abaixou a cabeça. Ele tratou de se aproximar e segurar a mão dela novamente.
- Quer beber mais alguma coisa? – ele perguntou sorrindo. O show não importava.
- Claro! – ela retribuiu o sorriso.
Os dois caminharam em silêncio até o balcão onde se sentaram nos mesmos bancos que permaneceram vazios, como se os esperassem voltar.
- Chopp? – perguntou. Ela apenas afirmou com a cabeça.
Enquanto pedia os dois chopps se curvou para frente e se apoiou no balcão com a cabeça baixa. a observou por um tempo até decidir saber o que tinha acontecido.
Aproximou-se dela. - O que aconteceu? – agora ele acariciava a cabeça dela, parecia um pai preocupado.
Ela virou o rosto para ele. – Nada. – disse sorrindo.
- Não vai beber? – ele perguntou pegando o chopp que tinha acabado de chegar.
- Vou. – ela se ajeitou e pegou o chopp.
- Você não parece animada como antes! Isso é um show! – falou animado. - Eu vou resolver o seu problema.
- Vai? Eu não estou com problema! – ela falou rindo e tomando um gole do chopp.
- Já estou resolvendo! – piscou para ela. – Vamos lá, me diz. Você gosta de piada?
- Gosto!
- Eu tenho uma chupeta na esqueleta! – ele disse empolgado.
- Chupeta na esqueleta?
- Finge que é isso, eu não lembro como é.
- Ah. Conta. – ela tomou um longo gole para se preparar.
- Um bêbado, foi voltar pra casa, né? Aí pegou um ônibus, foi cambaleando pra lá e pra cá. – tentava imitar sentado. – Na primeira curva o bêbado caiu em cima de uma freira e ela disse: “O senhor vai pra o inferno!”. – começou a rir e tomou um longo gole do chopp para se recuperar. – O bêbado correu e apertou a campainha gritando: “Para! Para! Eu peguei o ônibus errado!”. – ao terminar de contar tem uma crise de riso junto com . Os dois logo pararam. Olharam-se por um segundo e lembraram da piada, voltaram a rir incontrolavelmente. Riam mais do que deviam, achavam graça mais do que tinha... Finalmente conseguiram se controlar.
- Nossa, essa foi muito boa.
- É sim! – ele disse terminando o chopp.
- Eu tenho uma! – disse animada.
tomou um gole do chopp de . – Diz.
- Folgado. – Ela disse num tom divertido e ele mostrou a língua. – Um cara qualquer comprou um carro novo, decidiu ir numa estrada testar. O cara estava dirigindo, quando já estava 170 ele viu uma placa: “REDUZA A 100 KM”. Contra a vontade ele decidiu obedecer a placa, né? – ela já começava a rir. – Continuou lá, beleza. Outra placa ‘REDUZA A 50 KM”. O cara já tava nervoso, mas mesmo assim decidiu obedecer de novo. – prestava atenção terminando o de beber o chopp de . – Mais um pouco e outra placa “REDUZA A 20 KM”. Ele ficou com raiva, não tinha motivo pra ir tão devagar, aquela estrada não tinha ninguém. Passando mais um pouco ele viu outra placa “Bem vindo a Reduza”. – os dois começaram a rir tão alto que atraíram a atenção de algumas pessoas. se apoiava no balcão para não cair e nele.
Enquanto tentava se recuperar pediu mais chopp para os dois. Quando finalmente chegou tomou um gole tão grande que deixou pela metade a caneca.
- Tem mais? Tem mais? – perguntou animada bebendo seu chopp.
- Ahn... – pesquisou em sua mente. – Tenho! – começou a rir. – Essa é muuuito boa! - Conta! – ela pediu tomando um gole do chopp.
- Por que Chuck Norris não morre no deserto?
nem pensou, tomou um gole do chopp e disse: - Não sei.
- Porque ele leva uma cenoura! – respondeu rindo.
- Uma cenoura? Ele era gay? – perguntou sem entender, já imaginava o que ele poderia fazer com a cenoura...
- Não, ele pega a vitamina da cenoura, separa o “vita” do “mina”, e pega a mina e explode, então, acontece um terremoto, ele separa o “terre” do “moto” aí pega a moto e vai embora. – demorou a explicar, pois tinha ataques de riso, o que não mudou quando terminou, os dois riam incontrolavelmente.
- Cara, piadas são muito boas! – ela disse terminando o chopp.
- São! Tem mais?
- Ahn... – ela pensava enquanto terminava o chopp. – Tenho!
- Diz! – ele pediu, enquanto acenava para o garçom trazer mais chopp.
- As morenas, as ruivas e as loiras estavam num congresso para ver quem era a melhor. Uma morena subiu no palco e disse: “Nós, morenas, fomos as primeiras a inventar o computador!”. Todas as morenas aplaudiram. Uma ruiva subiu. “Nós, ruivas, fomos as primeiras a ir para lua!”. Todas ruivas aplaudiram. Foi a vez da loira! Ela subiu. “Nós, loiras, ainda não fizemos nada, mas vamos ser as primeiras a ir para o sol!”. Todas as loiras aplaudiram e as outras riram. Uma morena disse: “Vocês vão morrer fritas!”. – começou a rir nessa hora, a esperou enquanto bebia o chopp. – Então... Uma loira subiu no palco. “Alôou, nós vamos de noite!”. – cuspiu o chopp que estava bebendo e começou a rir junto com , que agora ria mais ainda pelo que tinha feito.
Os dois se recuperaram e terminaram o outro chopp, estavam vermelhos e suando.
- Cara, eu não agüento mais rir!
- Nem eu! Pra terminar eu vou contar mais uma! – ele disse fazendo sinal para o barman trazer mais chopp.
- Certo!
- Qual o contrário de volátil? – perguntou animado.
- Ahn... – desistiu de pensar. – Não faço idéia.
- Vem cá sobrinho! – começou a rir debruçado no balcão. continuou parada olhando para e tentando entender, mas logo caiu a fixa e ela se juntou a .
Quando conseguiram parar de rir já não agüentavam nem sorrir, a boca doía, estomago doía, suavam mais e estavam ofegantes.
- Cara... – foi apenas o que conseguiu dizer.
Os dois beberam mais dois chopps em silêncio e escutaram o final do show. Naquele lugar após o show continuava como uma espécie de boate.
Estavam olhando as pessoas dançarem a música que tocava ali, quando o bêbado passou por ali gritando: “Esse Son of bitch é do...”. Ele não conseguiu terminar, tropeçou, sabe-se lá onde, e caiu sobre um monte de gente. e riram da cena, mais do que devia. olhou para observar o bêbado tentar se levantar, ela era tão linda e era realmente estranho o que sentia por ela. Ele colocou a mão sobre a mão dela que estava no balcão, percebendo ela sorriu para ele. Como ele queria abraçá-la e beijá-la, mas tinha medo de estragar tudo por uma simples vontade. “Simples vontade?”
- , eu... – se aproximou, colocando a mão livre na cintura dela.
- ... – ela apoiou a mão no peitoral de . Ele mantinha os olhos fixos nos lábios dela que o atraiam. Ela deslizou as mãos para o pescoço dele. Ele encostou os lábios nos dela.
- Wooooow – um grito. não teria se afastado de se antes de pensar não tivesse se assustado. Ficou realmente nervoso ao se afastar, sabia o que era, ou melhor, quem era. – I feel good! Tãnãnãnãnãnãnã... – o bêbado cantava dançando.
deu um soco no balcão. ria. – Hey, . Por que essa cara?
- Nada. – ele sentou no banco. – Vai querer beber mais? – apontou para a caneca do chopp. - Pode ser.
pediu mais e ficaram absorvidos nos próprios pensamentos até o chopp chegar.
- Então, você vai ser abduzido? – perguntou tentando encontrar um assunto.
- Nós vamos ser abduzidos. – ele frisou o ‘nós’.
- Nós? Isso é um convite? – ela tomou um gole do chopp.
- É e eu não aceito ‘não’ como resposta.
- Eu não ia dizer mesmo... – ela falou de modo divertido dando os ombros, o fazendo rir.
- Então está certo. Nós vamos! Eu preciso do seu celular. Imagina se você é abduzida? Como eu faria para perguntar pra você se ta tudo bem? Ou até para encontra você...
- Humm... Tem sinal fora da Terra?
- Eu nunca pensei nisso, deve ter.
- Eu acho que não...
Continuou assim durante um bom tempo, os dois falando sobre como seria e o que fariam quando fossem serem abduzidos, bebendo chopp e, é claro, trocaram o número do celular.
Quando o silêncio mais uma vez tomou conta, passou os olhos pelas pessoas a sua volta dançando, viu , quase correu para trás do balcão, mas talvez isso chamasse mais atenção. O que faria para não vê-lo? O que faria se o visse? Para sua sorte uma garota o parou no caminho, deveria ser alguma fã. !” Foi à vez de quase tentar se esconder, sua amiga tinha acabado de encontrar um cara, bem ali, bem na sua frente. Ela não poderia vê-la! Isso poderia acabar com a noite maravilhosa que estava tendo e...
- É melhor irmos. – e falaram ao mesmo tempo e riram.
- Estou ficando com medo! – disse.
- Eu também! – lembrou de Gege. – Vamos?
- Claro! – se levantou o mais rápido que pôde preocupado com , pegou a mão de e a puxou para fora, ou melhor, os dois quase correram de mãos dadas para fora. Ao chegar do lado de fora os dois atravessaram a rua e pararam na sombra que a fachada de um edifício fazia. - Erm... É a hora de se despedir? – perguntou, sem ter idéia do que falar.
- Deveria, mas eu não quero. – ao dizer isso colocou as mãos na cintura da garota e a puxou para mais perto. – Você quer se despedir? – agora ele mantinha o rosto bem próximo ao dela.
Ela estava hipnotizada pelos olhos dele, deixando que ele a controlasse, abaixou os olhos mirando os lábios de , o que fazia ela se aproximar mais. – Não... – ela respondeu quase num sussurro. não esperou ela terminar para fazer com que os dois lábios se tocassem, também não continuou por muito tempo assim, logo transformou em um beijo que ficava cada vez mais intenso. a encostou na parede, suas mãos passeavam pelo corpo dela. Ela mantinha as mãos no peitoral dele, puxando a camisa de conforme o beijo se intensificava. terminou o beijo mordendo levemente o lábio inferior dela, descendo os beijos para o pescoço. As mãos de que agora bagunçavam os cabelos de e logo em seguida estavam passeando pelo corpo dele. desceu as mãos pelo corpo de lentamente e tornou a subir, mas dessa vez por de baixo da blusa e começando a levantá-la. Ele a pressionava na parede seguidas vezes... A qualquer minuto estariam nus e... Ela tinha que parar. Ela queria, mas...
- ... – ela disse, quase num sussurro, tentando pará-lo com as mãos. Ele apenas gemeu qualquer coisa inaudível como resposta. – , para... – ela insistiu, quase se deixando levar pelos beijos que dava em seu pescoço. Ela reuniu as últimas forças que tinha para fazê-lo parar e o afastou. – , é muito cedo para isso.
Ele a olhou, estava com a roupa e o cabelo bagunçado. – Eu sei, desculpa. – ele disse abaixando a cabeça, parecia que tinha feito algo de errado.
Ela sorriu. – , você não fez nada de errado, não precisa pedir desculpa.
- Então ta. – ele disse levantando e colocando as mãos no bolso.
- Sabe, é cedo. Eu não bebi o bastante para fazer isso. – ela disse de modo divertido, o fazendo sorrir.
- Não seja por isso! Vamos comprar alguma coisa para beber!
- !
- Eu tava brincando. – ele disse rindo e a abraçando. Os dois ficaram abraçados até ouvirem alguns gritos e se afastaram para ver o que era.
Os gritos vinham dos outro lado da rua, da porta do local onde teve o show, muitas pessoas que estavam ali por perto também olhavam para lá tentando saber o motivo dos gritos. Logo dois seguranças apareceram carregando um homem que estava apenas de cueca. e logo o reconheceram, era o bêbado. Teriam ficado mais tempo ali, se não tivesse visto que e vinham logo atrás.
- , vamos para o meu carro? – ele segurou a mão da garota.
- Ahn... – ela não sabia se seria bom ir, mas logo que viu a amiga aceitou. – Claro!
Os dois foram, mais uma vez quase correndo, até o carro, que estava estacionado na rua paralela a que estavam.
- Agora nos despedimos, né? Quer que eu te leve até em casa? – ele ofereceu.
- Acho que sim. Pode ser...
abriu o carro para entrar e deu a volta, mas antes de entrar viu o bêbado aparecer no final da rua, estava um pouco longe, mas dava para ouvi-lo cantando:
“Help me if you can, i’m feeling down...”. Parou por aí, o bêbado tropeçou e caiu na calçada, não levantou mais, pelo menos não viu.
No tempo em que entrou no carro, ligou o carro e começou a dirigir algumas coisas começaram a fazer sentido...
- Como você sabe onde eu moro? – perguntou tirando de seus pensamentos logo que o carro estacionou.
- Eu não sei. – ele respondeu. – Eu vim pra casa.
- Pra casa? Eu moro nesse prédio.
- Você o que? – ele escutava o que ela dizia, mas estava concentrado em outra coisa.
- Moro nesse prédio.
- Isso é realmente estranho, mas eu não tenho tempo para pensar nisso agora, tenho que te perguntar uma coisa antes que eu esqueça.
- Ta. – não entendia nada, estava começando a ter certeza de que ele tinha bebido muito.
- Quer casar comigo? – agora ela tinha certeza.
- , você está bêbado!
Ele riu. – Eu estava brincando. Agora eu vou perguntar sério. O que você fez nessa mesma noite há um ano atrás?
Ela o observou por algum tempo. – Não lembro.
- Ah é? Eu sei o que você fez. – estava sorrindo como uma pessoa orgulhosa.
- É? Agora você é vidente? – ao falar isso algo fez pensar, lembrar de algo muito distante... – Me diz o que eu fiz.
- Você brigou com o seu namorado, foi parar num pub, nesse pub você conheceu um gostosão que gosta de Beatles e no final de tudo foram parar no banheiro.
parou observando , não podia acreditar, era ele, o cara do pub, e ela nem tinha percebido. – ?! – ela o abraçou voando para o banco dele.
- Agora é cedo?
- Cedo para que? – ela o fitou por alguns instantes e deu um tapa de leve no ombro dele. – Deixa de ser safado! – foi o que ela disse antes de beijá-lo.
Ele retribuiu o beijo sorrindo, se é que conseguia. Ela passou as mãos pelo abdômen de por de baixo da blusa, passou as unhas levemente pelo corpo dele até chegarem nos ombros, onde ela apertou. Ele quis aproveitar, não daria tempo para ela desistir, começou a passar as mãos pelas costas dela e ao mesmo tempo levantar a blusa, a mordeu levemente no pescoço antes de terminar de tirar a blusa. Logo após dele tirar a blusa dela, aproveitou para fazer o mesmo com , o beijando no peitoral, aproveitando mais uma vez estar com ele. Ele, o cara que ocupou seus pensamentos por muito tempo e ainda ocupa às vezes. Enquanto a beijava, com um pouco de dificuldade, apertou um botão para reclinar o encosto. Aproveitando que seria mais fácil deitados, abaixou a calça de até a altura dos joelhos, que nem precisava abrir o zíper de tão larga. a virou, ficando por cima e pressionando seu quadril contra o dela, em seguida, apesar da dificuldade, tirando a calça jeans de . “Pra que mulheres tem que usar a calça tão apertada?!”. a beijou mais uma vez enquanto terminava de despir ambos. Logo que ficaram completamente nus cruzou as pernas em torno de e ele a pressionava contra o banco. Beijavam-se apenas para sufocar os gemidos, quando conseguiam. cravava as unhas nas costas de . Os dois sabiam que estavam num carro no meio da rua, qualquer um poderia passar e ver. Quem se importava? Eles queriam aquilo. Para eles, no momento, nada podia pará-los.

The first time that i saw her she stole my heart And if we were together, nothing could tear us apart

abriu os olhos, tinha adormecido. Dormiu por muito tempo? Isso não importava, ele estava ali, mesmo que roncando como um porco. Ela estava deitada por cima dele, com a cabeça apoiada em seu peito e sorrindo. Estavam juntos, finalmente juntos. Ela queria poder perguntar tantas coisas, mas isso podia esperar, apenas beijou levemente o peitoral de e, antes que percebesse, adormeceu novamente.
- Desculpa. – ela ouviu dizer logo que abriu os olhos. – Eu não quis acordar você, eu só fui tentar te dar um beijo, mas a posição não ajuda e... – riu por ele se enrolar. - Ah, você entendeu.
- Entendi. – ela se ajeitou em cima dele e o beijou de leve nos lábios. – Você me deve uma explicação agora, Sr. Vidente.
- Dou todas as explicações que você quiser e precisar!
- Por que você não respondeu mais a minha mensagem e nem me ligou?
- Sabia que você ia perguntar isso!
- Você sabe de tudo, . – ela riu. – Agora conta!
- Ta, eu vou contar, mas você não vai acreditar!
- Conta logo!
- Eu estava andando na rua e respondendo a sua última mensagem, mas eu já tava bêbado, sabe? Não faço idéia da onde eu tropecei e cai. Resultado? Meu celular quebrou! Você não faz idéia do quanto eu fiquei triste... Foi horrível!
- Nossa, uma tragédia.
- Você não sentiu falta de mim? – fez cara de cachorro abandonado.
- Claro! Eu não esqueci de você! Eu só ahn... Não reconheci você essa noite. Seu cabelo não era assim há um ano atrás!
- Erm... Nem o seu! Ta, agora é a minha vez de perguntar.
- Vá em frente.
- Por que era cedo pra o do show e não foi pra o do pub?
- Porque o do pub me deixou mais bêbada que o do show.
- Ah... Esse do pub é esperto!
riu. – É.
- Maaaaaas... Por que não foi mais cedo pra o do show?
- Porque eu já tinha feito com o do pub, que é o mesmo.
- Faz sentido e...
- ? – ela o interrompeu.
- Ahn?
- Cala a boca. – foi o que disse antes de beijá-lo.

She is the one for me...


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Heeeeeeeeey pessoa que leu a fic. \ô/
Seu McFly quer te levar pra ser abduzida com ele, não é? :D
Você quer ir? Quer? Quer?
Se sim, é só dizer, que em breve vocês terão a terceira e última parte da fic.

Obrigada a todas as pessoas que lêem e que comentam, sem vocês não existe fic. \o/
Sem vocês eu também não leria as piores e melhores piadas. \o/




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