Stay With Me
By Camis
Beta: Gábi



Vôo com destino a Nova York. Embarque imediato portão seis.

As pessoas começam a ficar pequenas vistas dali de cima. As casas também começam a ficar pequenas... tudo vai diminuindo, menos a distância, que cada vez fica maior, assim como a saudade de um tempo que eu sei que não vai voltar. Conforme o avião toma altitude, mais longe do meu amor eu fico. Eu olho pela janela, já não dá mais pra ver as pessoas ou nem mesmo as casas, tudo o que tem do lado de fora são nuvens. Acabou. Estou voltando pra casa. Tudo o que me resta agora são memórias, que guardarei pra sempre comigo. Memórias do meu verão, memórias do meu amor.


...


O verão tão esperado chegou, iria pra Inglaterra, Brighton pra ser mais exata. Iria visitar meu pai que morava lá, passaria o verão todo com ele. Planejei o ano inteiro por esse dia e finalmente chegou. Iria passar dias incríveis na praia, conhecendo cidades próximas, pontos turísticos, etc...
Seria o verão perfeito, seria o verão inesquecível.

Encontrei meu pai no aeroporto. Sabia que o verão europeu era quente, mais não imaginava o quanto. No trajeto do aeroporto até o bairro onde meu pai morava, já estava suando. Única coisa ruim do verão: suamos como nunca, eca!
Observava tudo cuidadosamente, cada detalhe, cada jardim, cada casa, cada pessoa. Por que tudo parecia tão perfeito? Talvez porque era o que havia esperado o ano todo, e não me contentaria com nada menos que o perfeito.
- Chegamos! – meu pai disse com um sorriso no rosto, enquanto parava o carro enfrente a uma grande casa. Um jardim enorme e bem cuidado na frente da casa. Provavelmente Sue, sua atual mulher, devia ser bem cuidadosa com a casa, pois só pelo lado de fora você já imagina como ela deveria ser encantadora por dentro.
Ao entrar, Sue me mostrou o resto da casa, tão encantadora ou mais quanto imaginou e depois me levou ao seu quarto. Pra um quarto de verão estava mais que ótimo. Eu não me importaria de morar ali pra sempre. Joguei a bolsa na cama, dando uma olhada à minha volta. Paredes lilás, uma enorme cama de casal branca, com lençóis que, de longe, tinha um cheiro gostoso de roupa limpa; um grande armário, onde mais tarde eu iria pôr minha roupa; uma estante com alguns livros e alguns porta-retratos com fotos da minha infância... Eles tinham preparado o quarto perfeito pra mim. Me dirigi até a janela e abri a porta que dava pra uma gostosa varanda. Tinha uma confortável cadeira. Me apoiei na varanda e fiquei olhando em volta, olhei pro quintal. Uma grande piscina, com esse calor uma piscininha seria ótimo, pensei. Continuei observando a casa. Ao fundo, um lugar coberto com uma enorme mesa e com a churrasqueira. Cara, aquela casa era demais. Ouvi algumas risadas e barulho de gente se jogando na piscina. Olhei pro vizinho, alguns garotos estavam brincando na piscina. Pareciam estar se divertindo. Eles pulavam, nadavam, se afogavam, riam. Acabei rindo junto.
- , querida, venha comer um lanche! – ouvi a voz de Sue me chamando. Tirei meus olhos dos meninos e desci até a cozinha.

Como eu tinha planejado aquele verão estava sendo mais que perfeito. Meu pai e Sue estavam fazendo de tudo pra me agradar. O pai fazia pois queria recompensar o tempo, e já Sue, fazia porque queria ser aceita por mim. Mas eu não ligava pra isso, eu não faço o tipo rebelde, não me revoltaria com meu pai por estar longe ou então com Sue, por agora ser a nova mulher dele. Mas, já que eles queriam agradar, não seria eu a primeira a reclamar.
Naquelas duas semanas que se passaram, eu tinha me divertido como nunca. Tinha feito amizade com uma garota, saíamos sempre juntas.
- Eu não demoro, pai! – disse sendo arrastada pra fora da casa por . Minha mais nova melhor amiga, ou então a amiga de verão. – Calma, ! – eu disse rindo, enquanto tentava parar a menina. Ao passar em frente à casa ao lado, não pude deixar de notar: sentado na frente da varanda, aquele garoto, aquele olhar... enquanto me puxava eu não desviei meu olhar do menino que também fez o mesmo. O olhar era intenso, fazia com que minhas pernas ficassem bambas. Ele sorriu. Um sorriso doce, gentil. Eu sorri de volta.
- Vamos! – puxou mais forte e dessa vez eu me virei pra frente, correndo e rindo junto com a menina.
Pelo resto da semana, a única coisa que tinha em mente era o olhar penetrante do garoto sobre mim. Não conseguia esquecer dele. Ele tinha entrado na minha mente e tomado todos os meus pensamentos.
Quem era ele?
Sempre passava em frente a casa ao lado mais nunca via ninguém... já estava começando a pensar que tinha imaginado coisas. Mas eu sabia que ele não era um fruto da minha louca imaginação. Eu só tinha que achá-lo de novo.
- Então, hoje temos esse luau na praia. Vai toda a galera. Vai ser hiper divertido. – falava. Mas eu não escutava, estava perdida em meus pensamentos. Estava perdida naqueles olhos . – ? ...? – me cutucou.
- Oi? – respondi, assustada, saindo do meu transe.
- Você está bem?
- Estou! Por quê?
- Você estava meio longe... não estava prestando atenção no que eu estava dizendo...
- Você sabe quem é aquele garoto? – perguntei, interrompendo .
- Sabia que tinha que ter garoto. – riu. – Mas que garoto? – perguntou confusa.
- O da casa ao lado.
- Não sei não. Por quê? Está interessada? – tinha um sorriso maroto nos lábios.
- Não bobinha. Só estou curiosa.
- Ah, claro – falou, irônica. Mostrei a língua pra ela, que voltou a falar sobre o tal luau.

À noite, após me arrumar pro tal luau, me peguei olhando da varanda pra casa ao lado. Tinha uma luz de algum quarto acesa e tocava Finch. Eu simplesmente amo Finch...

I'm writing again, these letters to you
Aren't much I know
But I'm not sleeping
But you're not here
The thought stops my heart

Do you notice I'm gone
Where do you run to so far away
I want you to know that
I miss you, I miss you so


Fechei os olhos, cantando junto com a música. Não percebi quando o garoto da casa ao lado passou pela janela e me observou cantar. Eu sei que sou desafinada, mas não deixava de ser engraçado. Ele ficou ali, me olhando cantar, estava encantado comigo. Riu sozinho e saiu da janela logo, antes que alguém percebesse alguma coisa. Ou que eu o visse.

O barulho das ondas era como se fosse música. Estava ali, na praia, no luau. Muita gente, musica alta e também bebidas. Mas eu estava lá, perto do mar, sozinha com meus pensamentos.

chegou ao luau com seus amigos. Mais à frente, avistou a garota. O que? Ela estava perseguindo-o? Já não conseguia tirá-la do pensamento e agora ela estava também nos mesmos lugares que ele?! Estava encantado com ela, mas não sabia o que fazer. Nunca fora bom quando o assunto era garotas. Sempre fora tímido. Se virou pra festa, era melhor aproveitar.

- Hey, ... vamos pra festa! – chegou do meu lado. Eu concordei e levantei, tirando a areia do vestido branco que ia até meu joelho. me entregou uma cerveja e fui me juntar ao resto da festa. De adianta ficar pensando em alguém que nem ali esta. Comecei a dançar com uma musica qualquer. Estava me divertindo. Sem querer, esbarrei numa pessoa que estava ali perto de costas. Não o tinha visto e quase derramei minha cerveja toda nele.
- Oh, meu Deus, perdão. Eu não te vi! – eu disse pro garoto.
- Tudo bem! – ele disse rindo. Não conseguiu segurar o sorriso que apareceu em seus lábios ao ver quem era.
- Não te machuquei? – perguntei olhando pra cima, olhando para ele. Nossos olhares se cruzaram e mais uma vez me peguei hipnotizada por aquele mar azul (N/B: desculpa, Fletchers, não existe mar castanho) que eram os olhos dele. Ficamos um tempo nos olhando, até que fomos interrompidos por um já bêbado.
- Ham ham – o garoto limpou a garganta, chamando nossa atenção. riu quando olhamos pra ele assustados. Bem desagradável ele.
- Bom, me desculpa de novo. Eu realmente não tinha te visto aí e... – continuei pedindo desculpas. Não sabia o que fazer, era o garoto da casa ao lado.
- Tá, tudo bem. Sem problemas. – dizia sem graça. Sabia que os amigos iriam tirar sarro da cara dele por ele ser tão tímido e bobo na frente das garotas.
- Então tá. Vou indo – eu disse, sorrindo e me afastando aos poucos.
- Tá... é... Menina, você, é... Erm... – ele se enrolava. – Nada não, não é nada não. – Ele deu um sorriso de lado e se virou pros amigos. Eu dei de ombros e abaixei a cabeça sorrindo. Me virei pra e voltei a dançar.

olhava pra menina a cada segundo. Ele não conseguia evitar. Não sabia o que estava fazendo, não sabia o que ela estava fazendo com ele.

Eu sabia que alguém me olhava, sabe aquela sensação de que tem alguém te observando? Então. Mas sempre que virava pra , ele estava conversando com os amigos. Provavelmente não era ele quem me observava. Um pouco decepcionante.

O luau acabou, hora de retornar pra casa. Eu realmente não queria. Queria ficar ali, às vezes eu conseguia dar uma olhadinha pro garoto da casa ao lado. Era bom. Mesmo ele não olhando de volta, eu me sentia bem. Ele estava especialmente bonito naquela noite. Eu sabia que, assim que eu chegasse em casa, ficaria o resto da noite pensando nele.

No dia seguinte, tinha combinado de ir com até a praia com Sue. Saímos cedo, entramos no carro de Sue e, quando estava saindo da garagem, eu não consegui evitar e olhei pro vizinho. Eu sempre fazia isso, estava virando rotina, mas dessa vez ele estava lá. Com seus amigos, na varanda da frente da casa. Quando Sue passou com o carro em frente a casa eu fiquei observando-o. Ele estava com óculos escuros, o que o deixava ainda mais atraente, mas mesmo com os óculos eu senti o olhar dele sobre mim. Passei o dia inteiro com Sue na praia, tomando sol e água de coco. Quer algo melhor?

- ... Cara, eu conheci o menino mais fofo do mundo hoje! – falava empolgada pelo telefone. – Ele, além de ser lindo, é engraçado, legal... Você tem que conhecê-lo!
Eu ria de . Não tem como não rir, ela é muito empolgada.
- Estou ansiosa! – falei.
- Ótimo! Porque, bom, eu sei que eu tinha combinado de irmos pra piscina juntas, mas é que ele me chamou pra ir com eles e com os amigos até a praia.
- Já sei onde isso vai dar! - resmunguei.
- Ah, . Ele é tão legal! Me perdoa, vai? – pediu.
- Tudo bem – eu disse desanimada. – Acho que vou ter que encontrar outra coisa pra fazer, então. - Você não quer ir comigo? Porque os amigos dele vão estar lá também.
- Não! Tudo bem! Eu arranjo outra coisa pra fazer, se divirta, ok?!
- 'Podexá'.

Ótimo. O que eu faria agora? Bom, não tem outro jeito. Vou pra piscina sozinha mesmo! O que não pode é ficar baixo astral. Afinal, só tenho mais alguns dias de praia e verão. Portanto, é obrigatório aproveitar, mesmo que não tenha nenhuma companhia.
Coloquei meu biquíni (demorei um ano pra escolher qual usar porque eu tenho muitos, eu tenho uma coleção de biquínis, impressionante), desci e joguei a toalha em uma cadeira. Dei uma olhada na piscina; ela estava gritando por mim. Dei um mergulho. Era como lavar a alma, não tinha nada melhor. Saí da piscina e passei um protetor, não rola ficar toda ardendo, né. Ajeitei a toalha na cadeira e me deitei por cima. Ia voltar pra casa morenaça. Ri pensando nisso. Estava quase dormindo quando eu ouvi ao longe...

The air is clearing; again we’re breathing
Water turns to wine
The day is tired; the night’s inside her
Now she is alive
"No more feeling so useless, can I beg for one more?” she said
Taking with arms wide open, longing for sleep again
But now I’m awake
Keep breathing, to feel something
Take my breath all away


Eu podia jurar que sabia de onde esse som vinha. Me sentei na cadeira e olhei pra trás, em direção à casa ao lado. Lá estava ele, debruçado na varanda, olhando pra baixo. Não, ele não estava olhando pra mim, infelizmente, mas eu não conseguia evitar, eu tinha que olhar pra ele. É pecado ser tão bonito e atraente, e charmoso e... Bom, vocês entenderam. Eu queria tanto falar com ele, sabe, tentar entender porque alguém que eu nem conheço consegue bagunçar tanto com a minha cabeça. Voltei a me deitar.

olhou de esguelha pra garota. Ela tinha voltado a deitar. Não queria que ela percebesse que ele a olhava. Isso era embaraçoso.

- Taking with arms wide open, longing for sleep again, but now I’m awake... – eu cantarolava enquanto pegava um suco na geladeira.
- Feliz, querida? – meu pai perguntou, dando um beijo na minha testa.
- Por que não estaria? – perguntei sorrindo. Antes tivesse ficado quieta.
- Sua mãe ligou. Disse que quer você em casa na próxima semana. Se quer um conselho, aproveite ao máximo o resto de semana que você tem. – Meu sorriso sumiu instantaneamente. Não estava preparada pra voltar pra casa.
- Eu vou. Acredite. – Dei um sorriso fraco e subi correndo pro meu quarto.
Eu já vou ir pra casa, ah, não. Estava tão perfeito. Minha mãe sempre dava um jeito de acabar com a minha felicidade. Mas eu sei que ela não fazia por querer.

- ... Você deveria ter ido. Foi tão divertido. Os amigos do são uma comédia. O mais engraçado é o , mas não estavam todos lá, faltava o . É, acho que é esse o nome dele. Ele não quis ir. Mas então, ele me chamou pra ir numa festinha que vai ter na casa dele amanhã. E você está convocada a ir, ouviu, mocinha? – falava. 'Taí'. Eu ia sentir falta das tagarelagens da , sempre fora divertido.
- Sim senhor, senhor! – eu disse, fazendo rir. Prometi para mim mesma que iria aproveitar ao máximo o resto de férias que teria.
- Temos que nos divertir esses últimos dias... eu vou sentir sua falta. – fez bico. - Nem me fala! – eu sorri, abraçando-a.

Sexta feira. Festa do . Na segunda eu iria embora e ainda não tinha descoberto quem era o garoto da casa ao lado. Bom, melhor eu esquecer dele, afinal, última sexta aqui e eu tenho que aproveitar. Acho que, se ele estivesse interessado em mim, o que eu tenho certeza que não está, ele teria vindo me procurar. E, com esse pensamento, o de me divertir, eu fui pra festa.

Ele tinha dito festinha, mas que tinha quase umas cem pessoas, eu não tinha dúvidas. me puxou pra cozinha, bebidas primeiro sempre, acho que era o lema dela. Por coincidência ou não, e os amigos estavam lá; acho que o lema deles era parecido, algo como 'sempre com as bebidas'. Esses jovens, tsc tsc.
- Hey... – abriu um enorme sorriso e abraçou um garoto alto e bonito com lindos olhos azuis. Ele deu um leve beijo nos lábios dela e a apresentou pro único amigo que ela ainda não conhecia, o tal de . Eu não consegui ver quem era, ele estava de costas. Enquanto ela conversava com eles eu fiquei lá, de cabeça baixa, olhando pro meu all star. Ele nunca me pareceu tão interessante quanto estava parecendo aquela noite. Mas por que eu estou surpresa? Com um cara como , você acha que a iria se lembrar de mim? Ahn? Não, né?
E o garoto da casa ao lado? Será que ele está na festa? Epa, olha, eu pensando nele de novo! Não tinha dito que ia esquecer ele por essa noite? É perseguição isso...vou processá-lo por invasão de pensamento. Será que pode? LOL
- ... ? Você está bem? – me chacoalhou e eu sai do meu transe. – Garota, você tem que parar com isso! – ela disse, me olhando, séria.
- Oi... o que? – eu perguntei, confusa. Um dos garotos deu risada e eu olhei pra eles. E não é que o garoto que estava de costas agora está me olhando com o olhar mais perdido do mundo? E não é que ele é o garoto da casa ao lado?! Que massa.
Então o nome dele é . Bom, pelo menos eu não vou embora sem nem ao menos saber o nome dele.
- , esse é o , sabe? Aquele que eu te falei! – me apresentou a todos eles. Bem legais. E realmente estava sendo um fofo com a . Mas eu não estava prestando muito atenção neles não. O estava do meu lado e eu ficava dando aquelas olhadas de soslaio pra ele, e ele também estava dando essas olhadas pra mim. Quando os olhares se encontravam, a gente dava uma risadinha sem graça e olhava pro outro lado. Ô povo bobo e lerdo, viu.
- Então, você é a nova vizinha do , né? – perguntou.
- Como você sabe?
- A gente te espia tomando sol! – Como assim?? Ele falou isso mesmo. Sem rodeios e nem ao menos ficou vermelho. Bom, eu estava pior que um pimentão. Cara, posso enfiar minha cabeça no ponche?
- Me espiam?
Ele riu.
- De vez em quando! É divertido! Mas agora o se interessou pela e ele não deixa a gente olhar quando ela está junto. – Pára tudo! Eu estava mesmo escutando isso?
, e começaram a rir. deu um tapa no ombro de , que já a segurou pela cintura e voltou a beijá-la. estava como eu, procurando um lugar pra enfiar a cabeça.
- Então você estava me espiando ontem? – eu me virei pra .
- O que? – ele se assustou. – Não! Não! – ele falava enrolado e gesticulava. É, ele estava me espiando.
- Não acredito! – eu ri.
- Ahh, , não é como se você não espiasse também! – disse, na maior tranqüilidade.
- O QUÊ? – O.O
- Ah, outro dia você perguntou do menino do lado, lembra? – Como ela fala isso? Deixa ela, sua hora vai chegar.
- Então você também nos espiona? – perguntou, rindo maroto.
- Não! Eu só estava curiosa pra saber quem era o... – eu consegui segurar antes que tudo saísse voando pela minha boca. Eu não podia falar isso. Não, não!
- O? – perguntaram em coro.
- O nada, tá? – eu disse e virei de lado. – O negocio é... vocês me espiam! Eu não acredito que vocês me espiam! – eu estava incrédula.
- Não é exatamente espiar... – ia dizendo. – É como o disse, estávamos apenas apreciando.
- Que cara de pau. Vocês dizem isso na maior naturalidade.
- Mas é natural. Nós somos garotos e você é bonita. Garotos olham garotas bonitas. Nada mais natural – falou, bebendo. Bom, aquela conversa durou um bom tempo. Eu, e falamos sobre isso durante um tempo, não falava uma palavra. Sabe, eles me espionavam, ou melhor, apreciavam. Hehe. Mas, ainda assim, eu estava chocada.

No meio da festa eu já não sabia onde a e o estavam, mas eu tinha uma vaga idéia.

Estávamos lá, sentados na sala, conversando. era uma comédia, não tem como não gostar do cara. Ele consegue fazer você rir com cada coisa... mas, mesmo assim, com me fazendo rir como nunca, eu não conseguia tirar meus olhos de uma pessoa - . Ele estava sempre quieto, na dele, acho que ele fazia o tipo tímido. Só pode. Isso só fazia ele ficar mais interessante.

Algumas cervejas depois, eu me vejo sozinha na cozinha com . Acabaram aparecendo umas garotas e e sumiram atrás delas. Sabe aquele silêncio chato que fica entre duas pessoas e você não sabe o que faz? Inventa uma desculpa qualquer e sai o mais rápido possível ou então começa aquela conversa sobre se vai chover? Bem, era esse silêncio que existia entre e eu. Nenhum sabia exatamente o que dizer ou fazer. Eu, sinceramente, esperava que ele ao menos pensasse em querer fazer a mesma coisa que eu, que depois de algumas cervejas já não penso em coisas muito boas, se é que me entendem.
Eu tinha que fazer alguma coisa pra acabar com esse momento embaraçoso entre nós.
- Você...
- É...
Pelo visto, nós dois pensamos juntos.
- Pode falar - ele disse.
- Na verdade, eu não tinha nada pra falar - eu disse, sem jeito, e ele riu. - O quê? - Ele estava rindo porque eu estava sem graça.
- Nada! - Ele continuou rindo.
- Você está rindo de mim? - perguntei, chateada.
- Não! Não! - ele se apressou em responder. - Eu só estava lembrando da conversa do ... sabe, o negocio de espionar... - ele ficou vermelho. Fofo.
- Eu pensei que você estivesse apreciando. - Agora quem era a tomatinho era eu.
- E estava! - eu o olhei e logo abaixei a cabeça sorrindo sem graça. - Estou!
- O quê?
- Você esta aqui, e é realmente bonita e... - ele vacilou.
- E...?
- Nada, esquece. Acho que eu já bebi demais e...
- Não, eu quero saber o quê.
- Você vai rir de mim! - ele disse, tímido. - Talvez eu fale depois de mais algumas dessas! - ele levantou uma garrafa de cerveja vazia que ele tinha em mãos. Eu ri.
- Então comece a beber. - Agora ele riu.

Impressionante, mais depois dessa pequena 'flertada', se é que isso pode ser chamado de flerte, e eu começamos uma conversa animada. Falamos de tudo que se possa imaginar. Acho que a bebida ajudou um pouco, no fim da noite nós dois já estávamos bem mais soltos e rindo bastante. Ó cerveja, o que seria de nós sem ti?
Talvez pessoas menos estúpidas e menos bêbadas, mais isso não vem ao caso.

Caraca, maluco, já é muito tarde. Era melhor eu ir logo pra casa, porque acho que se eu tomar mais um copo de cerveja eu não acho o caminho pra porta.
- Eu acho que já esta meio tarde... então é melhor eu ir - eu disse, no meio de uma conversa minha com .
- É, está tarde mesmo! - Ele olhou no relógio. - Você vai sozinha?
- É, né. A sumiu com o , acho que eu não vejo mais ela hoje.
- Ótimo, assim eu te acompanho até em casa - ele disse, se levantando.
- Não precisa, , é pertinho, eu che... - me interrompeu.
- Não é como se fosse muito trabalho já que eu moro na casa ao lado - ele falou, com um sorriso. Bom, eu tinha me esquecido desse pequeno detalhe. Bom pra mim.
- Tudo bem, então. Vamos?

Na nossa caminhada para casa, mais conversa. Falamos sobre Finch. Eu amo Finch e ele também. Também gostamos de Blink, New Found Glory, Dashboard Confessional, Paramore, Boys Like Girls e tantas outras bandas... Ele me chamou pra ir num show do Finch que teria em Londres no próximo fim de semana. Eu não pude aceitar, vou embora na segunda. Mas, mesmo vendo ele ficar decepcionado, vou falar, foi a coisa mais fofa ver a cara de desapontado quando eu disse que só teria mais esse fim de semana aqui. Ele ficou triste. Aww, fofo.

- Entregue - ele disse, quando chegamos na porta da minha casa.
- Obrigada! Acho que, se eu tivesse vindo sozinha, do jeito que eu estou bêbada, eu teria errado todo o caminho. - Ele riu alto.
- Ops. Seus pai deve estar dormindo. - Ele cobriu a boca.
- Não tem problema. - Eu tirei a mão dele da boca.
- Então eu vou indo, boa noite...
- Hey... não acha que tomou cerveja o bastante pra me falar aquilo? - eu perguntei. Eu estava muito a fim dele e rezava pra que ele também estivesse a fim de mim. Eu só tinha mais um final de semana, tinha que fazê-lo o melhor possível. Eu vi quando ele engoliu em seco quando eu perguntei. Por que será? - Vai falar? - eu pressionei.
- É que...
- É que...? - eu cheguei mais perto dele, o encorajando.
- É que desde o dia em que eu te vi, você vem bagunçando com a minha cabeça, eu não... eu não consigo tirar você do meu pensamento... - ele foi falando devagar, timidamente. Era a coisa mais fofa do mundo. Ele terminou e olhou pro chão. Eu não sabia muito o que fazer, estava digerindo as informações.
- É verdade...? - eu perguntei fraco e lentamente.
- É... ridículo, né? Eu nem te conheço e...
- Eu também! - eu falei, dessa vez alto e claro.
- Você também o quê? - ele estava confuso.
- Eu também não tiro você do pensamento. Eu estou sempre pensando em você desde a primeira vez que nossos olhares se encontraram... - eu sentia minhas bochechas queimarem. Estávamos ali, os dois, um de frente pro outro. Olhando pro chão, sem saber o que fazer e com sorrisos idiotas nos lábios.
- Bom, então nós temos que fazer alguma coisa quanto a isso - ele disse, levantando o rosto, e eu fiz o mesmo.
- É?
- É. - Ele sorria.
- Esteja pronta amanhã as 4 - ele disse e foi indo embora, me deixando sem saber o que fazer.
- Heyy... - eu gritei. Me aprontar pra quê?
Ele olhou pra trás e sorriu. Voltou correndo.
- Ah é... - ele disse, e com isso selou nossos lábios. Foi um beijo rápido, sem língua, sem passa mão aqui e ali. Foi só um beijo. Um simples e suave toque dos lábios.
Ele me pegou de surpresa, eu realmente não esperava por aquilo. Mas adorei. Quando ele separou nosso lábios, deu um sorriso e fez o caminho pra sua casa. Eu só o observava, ainda meio boba pelo beijo. Ele chegou na porta, se virou pra mim me deu mais um sorriso, que eu tenho que falar, era lindo de morrer, e fez o sinal de 4 com os dedos. Eu concordei e ele entrou, e com isso eu fiz o mesmo.

O que será que ele vai fazer? Pra onde ele vai me levar? Será que ele vai me beijar de novo?, era tudo que eu pensava naquela noite. Passei as mãos nos meus lábios, lembrando do beijo; Se eu tinha ficado toda boba com esse beijinho acho que se fosse aquele beijo apaixonado, estilo Noah e Allie em Diário de uma paixão, eu teria um ataque do coração. Bem que ele podia me dar um beijo tipo Noah e Allie, sabe aquele da chuva? Então, esse mesmo. Vai dizer que eu fui a única que quis beijar o Noah naquela cena? Mas esquece o Naoh, agora é .

Passei a noite inteira pensando nele. Não no Noah, no ! Cara, eu pareço aquelas menininhas bobas que acabaram de dar o primeiro beijo e ficam suspirando pelos cantos. Sabe, né? Aquela coisa de ter acabado de experimentar algo novo. Não que eu nunca tivesse beijado, eu já beijei. Até demais. Bom, isso não vem ao caso. O que eu quero dizer é que com era diferente.
Fui vencida pelo cansaço, ou pela bebedeira. Não importa. Acabou que uma hora eu dormi, louca pra poder acordar e descobrir o que estaria aprontando.

3:48.
Eu já estava arrumada. Não preciso nem falar que passei o dia todo imaginando como seria o meu fim de tarde, né? Eu tinha passado a tarde toda atrás de uma roupa pro meu ‘encontro’ com . Optei por um vestidinho rosa tomara-que-caia, com uns detalhes em branco e uma sandalhinha baixa. Tava ótimo, poxa, é verão.
3:57.
Opa, acho que vou lá pra fora.
O menino é pontual! Eu estava abrindo a porta e a campainha tocou. Sincronizado, haha.
- Hey – ele disse e sorriu; ele deu aquela olhada em mim, sabe, aquela que vai de cima em baixo e depois volta pra cima de novo. – Você está linda!
- Obrigada! – eu sorri, sem graça.
- Vamos?
- Yep. Vai me contar onde a gente vai? – perguntei, entrando no carro dele.
- Não. Você vai ver.
Eu já falei que não sou a maior fãs de surpresas? Não, né? Pois é, eu não sou. Eu estou tão ansiosa, tão ansiosa, e ele ainda fica fazendo suspense! Humpff...

Estávamos andando de carro há meia hora. Estávamos à beira-mar, já era uma praia meio afastada, ‘deserta’. Não era longe da cidade, mas também não era muito freqüentada.
- Chegamos! – ele disse, parando o carro.
- Praia? – eu perguntei, saindo do carro junto com ele. Ele sorriu.
- Não só praia – ele abriu o porta-malas do carro. – Você gosta de acampar? – ele tirou a barraca do carro.
- Adoro! – Na verdade, eu não sou muito de acampar não, mas também, a única vez que eu acampei foi no meio do mato, onde tinha um monte de bichos e nada pra fazer. Mas agora eu estava na praia e com o . Eu adorei a idéia de acampar. xD

Montamos a barraca. Foi o momento comédia. Nenhum dos dois sabia bem o que estava fazendo, mas acabou que, depois de muitos tombos e monta e desmonta, nós conseguimos. A barraca estava certinha e parecia segura.
O resto da tarde foi perfeito. montou uma pequena fogueira e nós ficamos lá, sentados na areia, abraçados, olhando o sol se pôr. Foi lindo.
- É lindo! – eu disse, olhando o sol se pondo, como se estivesse entrando no mar, sabe? E o céu estava rosa com mesclas de amarelo e laranja. Era lindo.
- É mesmo – disse, virando-se e olhando pra mim. Eu me virei pra ele e nossos olhares se encontraram. Lá vamos nós de novo, nos perdermos no olhar do outro. sorriu e foi se aproximando devagar, seu olhar indo dos meus olhos pra minha boca. Eu sorri e fechei os olhos quando senti seu nariz encostar no meu. Ele ficou passando seu nariz devagar no meu; ele sabia provocar. Eu virei o rosto um pouco pro lado e toquei meus lábios no dele, depois separei e fui pra trás o olhando nos olhos. Ele sorriu mais uma vez e passou seus dedos de leve pelo meu rosto e colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. O toque dele era suave e o cheiro dele era entorpecedor. Muito bom.
- Fica comigo essa noite? – ele perguntou. Eu balancei minha cabeça devagar concordando. Eu sorri e ele se aproximou de mim. Dessa vez, um beijo ainda suave, mas também intenso. Ficamos ali, sentados à beira-mar, abraçados e nos beijando. Eu teria trocado meu verão inteiro só por esse momento.

Fomos pegos de surpresa quando uma chuva começou a cair, quando já tinha escurecido. Saímos correndo pra dentro da barraca, os dois rindo pelo susto que tomamos. Foi realmente do nada que começou a chover.

A chuva caía e nós só tínhamos a iluminação de uma lanterna. No pequeno rádio tocava algumas músicas. Eu segurava a lanterna iluminando o teto da barraca. e eu estávamos deitados lado a lado. me olhou, eu sorri. Ele se aproximou e voltamos a nos beijar.

Never mind the time or the spinning of your head,
I could tell my life was changing, Since the minute I met you,
And if I stop,
Ever thinking of you,
I'd probably choke on the words I never said,
And if I stop,
Ever thinking of you


New Found Glory tocava no rádio...
Os beijos eram mais intensos, mais apaixonados e mais apaixonantes.
ficou em cima de mim, nós beijávamos como nunca. Sério, acho que ganhamos do Noah e da Allie. Ele devagar foi passando suas mãos pelo meu corpo, enquanto eu segurava no seu cabelo o bagunçando por inteiro. Os dois queriam só uma coisa. E nenhum parecia querer parar.
foi traçando um caminho de beijos pelo meu pescoço e ombros, enquanto sua mão estava na minha coxa. Ele parou de me beijar, se apoiou em seu cotovelo e ficou me olhando, sorrindo. Uma de suas mãos ainda estava na minha perna, acariciando-a.
- Você é linda! – ele disse, olhando nos meus olhos. Eu sorri, sem graça. Eu passei minhas mãos pelo rosto dele, ele fechou os olhos sentindo o meu toque; com a mão que estava na minha perna ele segurou minha mão e a beijou. – Eu quero que essa noite dure pra sempre. Só você e eu.
Eu me levantei um pouco e colei meus lábios no dele. Passei minhas mãos pela camisa dele, tentando tirá-la. Ele riu com a minha tentativa fracassada, se sentou e tirou ele mesmo. Eu mordi meu lábio inferior, enquanto encarava o peito nu dele. Ele sorriu e voltou a se deitar por cima de mim, me beijando.

Music low
We're all alone
Being wrong never felt so right


se sentou e me encarou. Eu tinha os olhos fechados. Ele colocou suas mãos em cada uma da minha perna e, devagar, foi levantando meu vestido. O toque dele me arrepiava. Quando ele tirou o vestido, ficou olhando pra mim. Voltou a ficar por cima de mim, beijando de leve meu pescoço.
- Você quer mesmo isso? – perguntou, perto do meu ouvido.
Eu o olhei nos olhos e balancei minha cabeça concordando. Não tinha nada que eu quisesse mais.

Did u notice I was afraid?
I thought I'd run out of things to say,
two more hours until today burns this away,
and it starts all over again,
the sky will never look the same again
till you show me how it could be


A chuva caía, a música tocava e e eu éramos somente um.
Foi a noite mais perfeita da minha vida; dormi abraçada com ele, sentindo seu perfume misturado com o meu no ar.
Sempre dizem que sua primeira vez tem que ser especial, com um cara certo. A minha foi tudo isso e muito mais. Alem de ser especial, será inesquecível. Olhando dormir, tão em paz, eu não podia negar: estava apaixonada. Desde a primeira vez que nossos olhares se encontraram, eu sabia que ele seria algo, que ele era algo. Era o meu amor.

O toque suave dos lábios dele me acordou. Eu poderia ser acordada assim pro resto da minha vida. Eu sorri.
- Dormiu bem? – ele perguntou, quando eu abri os olhos. Bem? Ele não sabe o quanto!

Esse dia não podia acabar. Meu ultimo dia em Brighton; eu sei que eu tinha feito dele melhor que o resto de todo meu verão, mais ainda assim, eu não estava preparada pra ir embora. Não depois da noite passada.
O mar estava lindo. Uma imensidão azul. Já falei o quanto eu adoro água, né? Acho que eu era um peixe na minha ultima encarnação. Ou melhor, uma sereia. Eu gosto de fantasiar.
estava sentado na areia me observando. Eu estava tentando entrar na água, mas estava gelada, então eu corria quando a onda chegava e batia no meu pé. Ele ria de mim. Ele tinha uma risada gostosa. Sabe aquelas risadas de bebê que todo mundo adora ouvir só porque é gostosa? Então, a dele é assim. Não que seja de bebê, porque não é, mas é daquelas que dá vontade de ouvir sempre só, porque é gostosa.
Ele se levantou e veio correndo até mim.
- Medo de água? – ele perguntou.
- Tá geladaçaaa – eu falei. Ele deu um sorriso maroto e me pegou no colo, me levando mar adentro. Eu gritava e me debatia, a água estava gelada mesmo. Ele só ria mais.
Ficamos assim, que nem duas crianças brincando na água, era divertido.

Comemos alguma coisa à tarde e passamos o resto do dia sentados na areia tirando fotos, pra podermos sempre lembrar desse fim de semana, (como se fosse possível esquecer); conversando; escrevendo na areia; nos beijando... a melhor parte, na minha opinião.
Ficamos ali sentados, olhando a tarde inteira passar, até o anoitecer.
A lua brilhava no céu. Isso significava hora de voltar pra casa do meu pai. Acho que essa hora ele deve ter perdido os poucos cabelos que lhe restavam de preocupação comigo, mas eu realmente não me importava. Só queria ficar com o .

Na volta pra casa, mal nos falamos. Finch tocava no radio. É, eu escolhi.

Once again your eyes make it hard to say goodbye
so i'll just keep driving
where do you wanna go?
it doesn't really matter as long as you are here with me
with me
with me


Ok, confesso que depois de ouvir esse pequeno verso da musica eu me arrependi da escolha.
Eu não queria pensar na parte em que diríamos adeus, mais eu sabia que esta estava próxima...
Senti lágrimas nos meus olhos. Eu iria chorar. não dizia uma palavra.
- Eu te amo! – eu disse baixo, quase num sussurro. Mais ainda não tirava os olhos da rua. Eu senti olhando pra mim e segurando minha mão.
- Eu te amo! – ele disse em resposta. Eu sorri e olhei pra ele. Ele sorriu e voltou seu olhar pra rua, ainda segurando minha mão. Eu olhei pra janela ao meu lado vendo a chuva começar a cair. Limpa e lisa, batendo contra o vidro.

Once again your eyes make it hard to ask you why
so i sit here knuckles tight
hands against the wheel
your head against the glass and you mean so much to me
to me

Whoa, there's something in the air tonight
something that makes me feel alive and i say
whoa, what were the words that you said to me
that made me feel so special now

Whoa (stay with me)
stay with me
cigarettes and open air, hand in hand
i said stay with me
cuz every star that i see is brighter than the last
so stay with me



...


Vôo com destino à Nova York. Embarque imediato portão seis.

As pessoas começam a ficar pequenas vistas dali de cima. As casas também começam a ficar pequenas... tudo vai diminuindo, menos a distância, que cada vez fica maior, assim como a saudade de um tempo que eu sei que não vai voltar. Conforme o avião toma mais altitude, mais longe do meu amor eu fico. Eu olho pela janela, já não da mais pra ver as pessoas ou nem mesmo as casas, tudo o que tem do lado de fora são nuvens. Acabou. Estou voltando pra casa. Tudo o que me resta agora são memórias, que guardarei pra sempre comigo. Memórias do meu verão, memórias do meu amor.


Fim




Fic escrita enquanto eu escutava Catalyst do New Found Glory, um cd inspirador na minha opinião. :]
Qualquer coisa podem me mandar um e-mail: kmilinha_89@hotmail.com
E leiam minhas outras fics: Serendipity e She Left Me

Músicas usadas na fic:
- Letters to you [Finch]
- Awake [Finch]
- The Minute I Met You [New Found Glory]
- Sucker [New Found Glory]
- The Story So Far [New Found Glory]
- Stay With Me [Finch]

E ai? Gostaram?
Me fala o que achou da fic na caixinha aqui em baixo! ;]
xx
Camis


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