Vôo com destino a Nova York. Embarque imediato
portão seis.
As pessoas começam a ficar pequenas vistas dali de cima. As
casas também começam a ficar pequenas... tudo vai
diminuindo, menos a distância, que cada vez fica maior, assim
como a saudade de um tempo que eu sei que não vai voltar.
Conforme o avião toma altitude, mais longe do meu amor eu
fico. Eu olho pela janela, já não dá
mais pra ver as pessoas ou nem mesmo as casas, tudo o que tem do lado
de fora são nuvens. Acabou. Estou voltando pra casa. Tudo o
que me resta agora são memórias, que guardarei
pra sempre comigo. Memórias do meu verão,
memórias do meu amor.
...
O verão tão esperado chegou, iria pra Inglaterra,
Brighton pra ser mais exata. Iria visitar meu pai que morava
lá, passaria o verão todo com ele. Planejei o ano
inteiro por esse dia e finalmente chegou. Iria passar dias
incríveis na praia, conhecendo cidades próximas,
pontos turísticos, etc...
Seria o verão perfeito, seria o verão
inesquecível.
Encontrei meu pai no aeroporto. Sabia que o verão europeu
era quente, mais não imaginava o quanto. No trajeto do
aeroporto até o bairro onde meu pai morava, já
estava suando. Única coisa ruim do verão: suamos
como nunca, eca!
Observava tudo cuidadosamente, cada detalhe, cada jardim, cada casa,
cada pessoa. Por que tudo parecia tão perfeito? Talvez
porque era o que havia esperado o ano todo, e não me
contentaria com nada menos que o perfeito.
- Chegamos! – meu pai disse com um sorriso no rosto, enquanto
parava o carro enfrente a uma grande casa. Um jardim enorme e bem
cuidado na frente da casa. Provavelmente Sue, sua atual mulher, devia
ser bem cuidadosa com a casa, pois só pelo lado de fora
você já imagina como ela deveria ser encantadora
por dentro.
Ao entrar, Sue me mostrou o resto da casa, tão encantadora
ou mais quanto imaginou e depois me levou ao seu quarto. Pra um quarto
de verão estava mais que ótimo. Eu não
me importaria de morar ali pra sempre. Joguei a bolsa na cama, dando
uma olhada à minha volta. Paredes lilás, uma
enorme cama de casal branca, com lençóis que, de
longe, tinha um cheiro gostoso de roupa limpa; um grande
armário, onde mais tarde eu iria pôr minha roupa;
uma estante com alguns livros e alguns porta-retratos com fotos da
minha infância... Eles tinham preparado o quarto perfeito pra
mim. Me dirigi até a janela e abri a porta que dava pra uma
gostosa varanda. Tinha uma confortável cadeira. Me apoiei na
varanda e fiquei olhando em volta, olhei pro quintal. Uma grande
piscina, com esse calor uma piscininha seria ótimo, pensei.
Continuei observando a casa. Ao fundo, um lugar coberto com uma enorme
mesa e com a churrasqueira. Cara, aquela casa era demais. Ouvi algumas
risadas e barulho de gente se jogando na piscina. Olhei pro vizinho,
alguns garotos estavam brincando na piscina. Pareciam estar se
divertindo. Eles pulavam, nadavam, se afogavam, riam. Acabei rindo
junto.
-
, querida, venha
comer um lanche! – ouvi a voz de Sue me chamando. Tirei meus
olhos dos meninos e desci até a cozinha.
Como eu tinha planejado aquele verão estava sendo mais que
perfeito. Meu pai e Sue estavam fazendo de tudo pra me agradar. O pai
fazia pois queria recompensar o tempo, e já Sue, fazia
porque queria ser aceita por mim. Mas eu não ligava pra
isso, eu não faço o tipo rebelde, não
me revoltaria com meu pai por estar longe ou então com Sue,
por agora ser a nova mulher dele. Mas, já que eles queriam
agradar, não seria eu a primeira a reclamar.
Naquelas duas semanas que se passaram, eu tinha me divertido como
nunca. Tinha feito amizade com uma garota, saíamos sempre
juntas.
- Eu não
demoro, pai! – disse sendo arrastada pra
fora da casa por
. Minha mais nova
melhor amiga, ou então a amiga de verão.
– Calma,
! – eu disse
rindo, enquanto tentava parar a menina. Ao passar em frente
à casa ao lado, não pude deixar de notar: sentado
na frente da varanda, aquele garoto, aquele olhar... enquanto me puxava
eu
não desviei meu olhar do menino que também fez o
mesmo. O olhar era intenso, fazia com que minhas pernas ficassem
bambas. Ele sorriu. Um sorriso doce, gentil. Eu sorri de volta.
- Vamos! –
puxou mais forte e
dessa vez eu me virei pra frente, correndo e rindo junto com a menina.
Pelo resto da semana, a única coisa que tinha em mente era o
olhar penetrante do garoto sobre mim. Não conseguia esquecer
dele. Ele tinha entrado na minha mente e tomado todos os meus
pensamentos.
Quem era ele?
Sempre passava em frente a casa ao lado mais nunca via
ninguém... já estava começando a
pensar que tinha imaginado coisas. Mas eu sabia que ele não
era um fruto da minha louca imaginação. Eu
só tinha que achá-lo de novo.
- Então,
hoje temos esse luau na praia. Vai toda a galera.
Vai ser hiper divertido. – falava. Mas eu
não escutava, estava perdida em meus pensamentos. Estava
perdida naqueles olhos
. –
?
...? – me cutucou.
- Oi? – respondi, assustada, saindo do meu transe.
- Você está bem?
- Estou! Por quê?
- Você estava meio longe... não estava prestando
atenção no que eu estava dizendo...
- Você sabe
quem é aquele garoto? –
perguntei, interrompendo
.
- Sabia que tinha que
ter garoto. – riu. – Mas
que garoto? – perguntou confusa.
- O da casa ao lado.
- Não sei
não. Por quê? Está
interessada? – tinha um sorriso
maroto nos lábios.
- Não bobinha. Só estou curiosa.
- Ah, claro –
falou,
irônica. Mostrei a língua pra ela, que voltou a
falar sobre o tal luau.
À noite, após me arrumar pro tal luau, me peguei
olhando da varanda pra casa ao lado. Tinha uma luz de algum quarto
acesa e tocava Finch. Eu simplesmente amo Finch...
I'm writing again, these letters to you
Aren't much I know
But I'm not sleeping
But you're not here
The thought stops my heart
Do you notice I'm gone
Where do you run to so far away
I want you to know that
I miss you, I miss you so
Fechei os olhos, cantando junto com a música. Não
percebi quando o garoto da casa ao lado passou pela janela e me
observou cantar. Eu sei que sou desafinada, mas não deixava
de ser engraçado. Ele ficou ali, me olhando cantar, estava
encantado comigo. Riu sozinho e saiu da janela logo, antes que
alguém percebesse alguma coisa. Ou que eu o visse.
O barulho das ondas era como se fosse música. Estava ali, na
praia, no luau. Muita gente, musica alta e também bebidas.
Mas eu estava lá, perto do mar, sozinha com meus
pensamentos.
chegou ao luau com
seus amigos. Mais à frente, avistou a garota. O que? Ela
estava perseguindo-o? Já não conseguia
tirá-la do pensamento e agora ela estava também
nos mesmos lugares que ele?! Estava encantado com ela, mas
não sabia o que fazer. Nunca fora bom quando o assunto era
garotas. Sempre fora tímido. Se virou pra festa, era melhor
aproveitar.
- Hey,
... vamos pra festa!
– chegou do meu lado. Eu
concordei e levantei, tirando a areia do vestido branco que ia
até meu joelho. me entregou uma
cerveja e fui me juntar ao resto da festa. De adianta ficar pensando em
alguém que nem ali esta. Comecei a dançar com uma
musica
qualquer. Estava me divertindo. Sem querer, esbarrei numa pessoa que
estava ali perto de costas. Não o tinha visto e quase
derramei minha cerveja toda nele.
- Oh, meu Deus, perdão. Eu não te vi! –
eu disse pro garoto.
- Tudo bem! – ele disse rindo. Não conseguiu
segurar o sorriso que apareceu em seus lábios ao ver quem
era.
- Não te
machuquei? – perguntei olhando pra cima,
olhando para ele. Nossos olhares se cruzaram e mais uma vez me peguei
hipnotizada por aquele mar azul (N/B: desculpa, Fletchers,
não existe mar castanho) que eram os olhos dele. Ficamos um
tempo nos olhando, até que fomos interrompidos por um
já
bêbado.
- Ham ham –
o garoto limpou a garganta, chamando nossa
atenção. riu quando olhamos
pra ele assustados. Bem desagradável ele.
- Bom, me desculpa de novo. Eu realmente não tinha te visto
aí e... – continuei pedindo desculpas.
Não sabia o que fazer, era o garoto da casa ao lado.
- Tá,
tudo bem. Sem problemas. – dizia sem
graça. Sabia que os amigos iriam tirar sarro da cara dele
por ele ser tão tímido e bobo na frente das
garotas.
- Então tá. Vou indo – eu disse,
sorrindo e me afastando aos poucos.
- Tá...
é... Menina, você,
é... Erm... – ele se enrolava. – Nada
não, não é nada não.
– Ele deu um sorriso de lado e se virou pros amigos. Eu dei
de ombros e abaixei a cabeça sorrindo. Me virei pra e voltei
a
dançar.
olhava pra menina a
cada segundo. Ele não conseguia evitar. Não sabia
o que estava fazendo, não sabia o que ela estava fazendo com
ele.
Eu sabia que
alguém me olhava, sabe aquela
sensação de que tem alguém te
observando? Então. Mas sempre que virava pra
, ele estava
conversando com os amigos. Provavelmente não era ele quem me
observava. Um pouco decepcionante.
O luau acabou, hora de retornar pra casa. Eu realmente não
queria. Queria ficar ali, às vezes eu conseguia dar uma
olhadinha pro garoto da casa ao lado. Era bom. Mesmo ele não
olhando de volta, eu me sentia bem. Ele estava especialmente bonito
naquela noite. Eu sabia que, assim que eu chegasse em casa, ficaria o
resto da noite pensando nele.
No dia seguinte, tinha combinado de ir com até a praia com
Sue. Saímos cedo, entramos no carro de Sue e, quando estava
saindo da garagem, eu não consegui evitar e olhei pro
vizinho. Eu sempre fazia isso, estava virando rotina, mas dessa vez ele
estava lá. Com seus amigos, na varanda da frente da casa.
Quando Sue passou com o carro em frente a casa eu fiquei observando-o.
Ele estava com óculos escuros, o que o deixava ainda mais
atraente, mas mesmo com os óculos eu senti o olhar dele
sobre mim. Passei o dia inteiro com Sue na praia, tomando sol e
água de coco. Quer algo melhor?
-
... Cara, eu conheci o
menino mais fofo do mundo hoje! – falava empolgada
pelo telefone. – Ele, além de ser lindo,
é engraçado, legal... Você tem que
conhecê-lo!
Eu ria de
. Não tem
como não rir, ela é muito empolgada.
- Estou ansiosa! – falei.
- Ótimo! Porque, bom, eu sei que eu tinha combinado de irmos
pra piscina juntas, mas é que ele me chamou pra ir com eles
e com os amigos até a praia.
- Já sei onde isso vai dar! - resmunguei.
- Ah,
. Ele é
tão legal! Me perdoa, vai? – pediu.
- Tudo bem – eu disse desanimada. – Acho que vou
ter que encontrar outra coisa pra fazer, então.
- Você não quer ir comigo? Porque os amigos dele
vão estar lá também.
- Não! Tudo bem! Eu arranjo outra coisa pra fazer, se
divirta, ok?!
- 'Podexá'.
Ótimo. O que eu faria agora? Bom, não tem outro
jeito. Vou pra piscina sozinha mesmo! O que não pode
é ficar baixo astral. Afinal, só tenho mais
alguns dias de praia e verão. Portanto, é
obrigatório aproveitar, mesmo que não tenha
nenhuma companhia.
Coloquei meu biquíni (demorei um ano pra escolher qual usar
porque eu tenho muitos, eu tenho uma coleção de
biquínis, impressionante), desci e joguei a toalha em uma
cadeira. Dei uma olhada na piscina; ela estava gritando por mim. Dei um
mergulho. Era como lavar a alma, não tinha nada melhor.
Saí da piscina e passei um protetor, não rola
ficar toda ardendo, né. Ajeitei a toalha na cadeira e me
deitei por cima. Ia voltar pra casa morenaça. Ri pensando
nisso. Estava quase dormindo quando eu ouvi ao longe...
The air is clearing; again we’re breathing
Water turns to wine
The day is tired; the night’s inside her
Now she is alive
"No more feeling so useless, can I beg for one more?” she said
Taking with arms wide open, longing for sleep again
But now I’m awake
Keep breathing, to feel something
Take my breath all away
Eu podia jurar que sabia de onde esse som vinha. Me sentei na cadeira e
olhei pra trás, em direção
à casa ao lado. Lá estava ele,
debruçado na varanda, olhando pra baixo. Não, ele
não estava olhando pra mim, infelizmente, mas eu
não conseguia evitar, eu tinha que olhar pra ele.
É pecado ser tão bonito e atraente, e charmoso
e... Bom, vocês entenderam. Eu queria tanto falar com ele,
sabe, tentar entender porque alguém que eu nem
conheço consegue bagunçar tanto com a minha
cabeça. Voltei a me deitar.
olhou de esguelha
pra garota. Ela tinha voltado a deitar. Não queria que ela
percebesse que ele a olhava. Isso era embaraçoso.
- Taking with arms wide open, longing for sleep again, but
now I’m awake... – eu cantarolava
enquanto pegava um suco na geladeira.
- Feliz, querida? – meu pai perguntou, dando um beijo na
minha testa.
- Por que não estaria? – perguntei sorrindo. Antes
tivesse ficado quieta.
- Sua mãe ligou. Disse que quer você em casa na
próxima semana. Se quer um conselho, aproveite ao
máximo o resto de semana que você tem. –
Meu sorriso sumiu instantaneamente. Não estava preparada pra
voltar pra casa.
- Eu vou. Acredite. – Dei um sorriso fraco e subi correndo
pro meu quarto.
Eu já vou ir pra casa, ah, não. Estava
tão perfeito. Minha mãe sempre dava um jeito de
acabar com a minha felicidade. Mas eu sei que ela não fazia
por querer.
- ... Você
deveria ter ido. Foi tão divertido. Os
amigos do são uma
comédia. O mais engraçado é o
, mas não
estavam todos lá, faltava o
. É, acho
que é esse o nome dele. Ele não quis ir. Mas
então, ele me chamou pra ir numa festinha que vai ter na
casa dele amanhã. E você está convocada
a ir, ouviu, mocinha? – falava.
'Taí'. Eu ia sentir falta das tagarelagens da
, sempre fora
divertido.
- Sim senhor, senhor!
– eu disse, fazendo rir. Prometi para mim
mesma que iria aproveitar ao máximo o resto de
férias que teria.
- Temos que nos
divertir esses últimos dias... eu vou sentir
sua falta. – fez bico.
- Nem me fala! – eu sorri, abraçando-a.
Sexta feira. Festa do
. Na segunda eu iria
embora e ainda não tinha descoberto quem era o garoto da
casa ao lado. Bom, melhor eu esquecer dele, afinal, última
sexta aqui e eu tenho que aproveitar. Acho que, se ele estivesse
interessado em mim, o que eu tenho certeza que não
está, ele teria vindo me procurar. E, com esse pensamento, o
de me divertir, eu fui pra festa.
Ele tinha dito
festinha, mas que tinha quase umas cem pessoas, eu
não tinha dúvidas. me puxou pra
cozinha, bebidas primeiro sempre, acho que era o lema dela. Por
coincidência ou não, e os amigos estavam
lá; acho que o lema deles era parecido, algo como 'sempre
com as bebidas'. Esses jovens, tsc tsc.
- Hey... –
abriu um enorme
sorriso e abraçou um garoto alto e bonito com lindos olhos
azuis. Ele deu um leve beijo nos lábios dela e a apresentou
pro único amigo que ela ainda não conhecia, o tal
de
. Eu não
consegui ver quem era, ele estava de costas. Enquanto ela conversava
com eles eu fiquei lá, de cabeça baixa, olhando
pro meu all star. Ele nunca me pareceu tão interessante
quanto estava parecendo aquela noite. Mas por que eu estou surpresa?
Com um cara como
, você acha
que a iria se lembrar de
mim? Ahn? Não, né?
E o garoto da casa ao lado? Será que ele está na
festa? Epa, olha, eu pensando nele de novo! Não tinha dito
que ia esquecer ele por essa noite? É
perseguição isso...vou processá-lo por
invasão de pensamento. Será que pode? LOL
-
...
? Você
está bem? – me chacoalhou e eu
sai do meu transe. – Garota, você tem que parar com
isso! – ela disse, me olhando, séria.
- Oi... o que? – eu perguntei, confusa. Um dos garotos deu
risada e eu olhei pra eles. E não é que o garoto
que estava de costas agora está me olhando com o olhar mais
perdido do mundo? E não é que ele é o
garoto da casa ao lado?! Que massa.
Então o
nome dele é
. Bom, pelo menos eu
não vou embora sem nem ao menos saber o nome dele.
-
, esse é o
, sabe? Aquele que eu
te falei! – me apresentou a todos
eles. Bem legais. E realmente estava
sendo um fofo com a
. Mas eu não
estava prestando muito atenção neles
não. O estava do meu lado
e eu ficava dando aquelas olhadas de soslaio pra ele, e ele
também estava dando essas olhadas pra mim. Quando os olhares
se encontravam, a gente dava uma risadinha sem graça e
olhava pro outro lado. Ô povo bobo e lerdo, viu.
- Então,
você é a nova vizinha do
, né?
– perguntou.
- Como você sabe?
- A gente te espia tomando sol! – Como assim?? Ele falou isso
mesmo. Sem rodeios e nem ao menos ficou vermelho. Bom, eu estava pior
que um pimentão. Cara, posso enfiar minha cabeça
no ponche?
- Me espiam?
Ele riu.
- De vez em quando!
É divertido! Mas agora o se interessou pela e ele
não
deixa a gente olhar quando ela está junto. –
Pára tudo! Eu estava mesmo escutando isso?
, e
começaram
a rir. deu um tapa no ombro
de
, que já a
segurou pela cintura e voltou a beijá-la. estava como eu,
procurando um lugar pra enfiar a cabeça.
- Então
você estava me espiando ontem? –
eu me virei pra
.
- O que? – ele se assustou. – Não!
Não! – ele falava enrolado e gesticulava.
É, ele estava me espiando.
- Não acredito! – eu ri.
- Ahh,
, não
é como se você não espiasse
também! – disse, na maior
tranqüilidade.
- O QUÊ? – O.O
- Ah, outro dia você perguntou do menino do lado, lembra?
– Como ela fala isso? Deixa ela, sua hora vai chegar.
- Então
você também nos espiona?
– perguntou, rindo
maroto.
- Não! Eu só estava curiosa pra saber quem era
o... – eu consegui segurar antes que tudo saísse
voando pela minha boca. Eu não podia falar isso.
Não, não!
- O? – perguntaram em coro.
- O nada, tá? – eu disse e virei de lado.
– O negocio é... vocês me espiam! Eu
não acredito que vocês me espiam! – eu
estava incrédula.
- Não
é exatamente espiar... – ia dizendo.
– É como o disse,
estávamos apenas apreciando.
- Que cara de pau. Vocês dizem isso na maior naturalidade.
- Mas é
natural. Nós somos garotos e
você é bonita. Garotos olham garotas bonitas. Nada
mais natural – falou, bebendo. Bom,
aquela conversa durou um bom tempo. Eu, e falamos sobre isso
durante um tempo, não
falava uma palavra. Sabe, eles me espionavam, ou melhor, apreciavam.
Hehe. Mas, ainda assim, eu estava chocada.
No meio da festa eu
já não sabia onde a e o estavam, mas eu
tinha uma vaga idéia.
Estávamos
lá, sentados na sala, conversando. era uma
comédia, não tem como não gostar do
cara. Ele consegue fazer você rir com cada coisa... mas,
mesmo assim, com me fazendo rir como
nunca, eu não conseguia tirar meus olhos de uma pessoa -
. Ele estava sempre
quieto, na dele, acho que ele fazia o tipo tímido.
Só pode. Isso só fazia ele ficar mais
interessante.
Algumas cervejas
depois, eu me vejo sozinha na cozinha com
. Acabaram
aparecendo umas garotas e e sumiram
atrás delas. Sabe aquele silêncio chato que fica
entre duas pessoas e você não sabe o que faz?
Inventa uma desculpa qualquer e sai o mais rápido
possível ou então começa aquela
conversa sobre se vai chover? Bem, era esse silêncio que
existia entre e eu. Nenhum sabia
exatamente o que dizer ou fazer. Eu, sinceramente, esperava que ele ao
menos pensasse em querer fazer a mesma coisa que eu, que depois de
algumas cervejas já não penso em coisas muito
boas, se é que me entendem.
Eu tinha que fazer alguma coisa pra acabar com esse momento
embaraçoso entre nós.
- Você...
- É...
Pelo visto, nós dois pensamos juntos.
- Pode falar - ele disse.
- Na verdade, eu não tinha nada pra falar - eu disse, sem
jeito, e ele riu. - O quê? - Ele estava rindo porque eu
estava sem graça.
- Nada! - Ele continuou rindo.
- Você está rindo de mim? - perguntei, chateada.
- Não!
Não! - ele se apressou em responder. - Eu
só estava lembrando da conversa do
... sabe, o negocio
de espionar... - ele ficou vermelho. Fofo.
- Eu pensei que você estivesse apreciando. - Agora quem era a
tomatinho era eu.
- E estava! - eu o olhei e logo abaixei a cabeça sorrindo
sem graça. - Estou!
- O quê?
- Você esta aqui, e é realmente bonita e... - ele
vacilou.
- E...?
- Nada, esquece. Acho que eu já bebi demais e...
- Não, eu quero saber o quê.
- Você vai rir de mim! - ele disse, tímido. -
Talvez eu fale depois de mais algumas dessas! - ele levantou uma
garrafa de cerveja vazia que ele tinha em mãos. Eu ri.
- Então comece a beber. - Agora ele riu.
Impressionante, mais
depois dessa pequena 'flertada', se é
que isso pode ser chamado de flerte, e eu
começamos uma conversa animada. Falamos de tudo que se possa
imaginar. Acho que a bebida ajudou um pouco, no fim da noite
nós dois já estávamos bem mais soltos
e rindo bastante. Ó cerveja, o que seria de nós
sem ti?
Talvez pessoas menos estúpidas e menos bêbadas,
mais isso não vem ao caso.
Caraca, maluco, já é muito tarde. Era melhor eu
ir logo pra casa, porque acho que se eu tomar mais um copo de cerveja
eu não acho o caminho pra porta.
- Eu acho que
já esta meio tarde... então
é melhor eu ir - eu disse, no meio de uma conversa minha com
.
- É, está tarde mesmo! - Ele olhou no
relógio. - Você vai sozinha?
- É,
né. A sumiu com o
, acho que eu
não vejo mais ela hoje.
- Ótimo, assim eu te acompanho até em casa - ele
disse, se levantando.
- Não
precisa,
, é
pertinho, eu che... - me interrompeu.
- Não é como se fosse muito trabalho
já que eu moro na casa ao lado - ele falou, com um sorriso.
Bom, eu tinha me esquecido desse pequeno detalhe. Bom pra mim.
- Tudo bem, então. Vamos?
Na nossa caminhada para casa, mais conversa. Falamos sobre Finch. Eu
amo Finch e ele também. Também gostamos de Blink,
New Found Glory, Dashboard Confessional, Paramore, Boys Like Girls e
tantas outras bandas... Ele me chamou pra ir num show do Finch que
teria em Londres no próximo fim de semana. Eu não
pude aceitar, vou embora na segunda. Mas, mesmo vendo ele ficar
decepcionado, vou falar, foi a coisa mais fofa ver a cara de
desapontado quando eu disse que só teria mais esse fim de
semana aqui. Ele ficou triste. Aww, fofo.
- Entregue - ele disse, quando chegamos na porta da minha casa.
- Obrigada! Acho que, se eu tivesse vindo sozinha, do jeito que eu
estou bêbada, eu teria errado todo o caminho. - Ele riu alto.
- Ops. Seus pai deve estar dormindo. - Ele cobriu a boca.
- Não tem problema. - Eu tirei a mão dele da
boca.
- Então eu vou indo, boa noite...
- Hey... não acha que tomou cerveja o bastante pra me falar
aquilo? - eu perguntei. Eu estava muito a fim dele e rezava pra que ele
também estivesse a fim de mim. Eu só tinha mais
um final de semana, tinha que fazê-lo o melhor
possível. Eu vi quando ele engoliu em seco quando eu
perguntei. Por que será? - Vai falar? - eu pressionei.
- É que...
- É que...? - eu cheguei mais perto dele, o encorajando.
- É que desde o dia em que eu te vi, você vem
bagunçando com a minha cabeça, eu
não... eu não consigo tirar você do meu
pensamento... - ele foi falando devagar, timidamente. Era a coisa mais
fofa do mundo. Ele terminou e olhou pro chão. Eu
não sabia muito o que fazer, estava digerindo as
informações.
- É verdade...? - eu perguntei fraco e lentamente.
- É... ridículo, né? Eu nem te
conheço e...
- Eu também! - eu falei, dessa vez alto e claro.
- Você também o quê? - ele estava
confuso.
- Eu também não tiro você do
pensamento. Eu estou sempre pensando em você desde a primeira
vez que nossos olhares se encontraram... - eu sentia minhas bochechas
queimarem. Estávamos ali, os dois, um de frente pro outro.
Olhando pro chão, sem saber o que fazer e com sorrisos
idiotas nos lábios.
- Bom, então nós temos que fazer alguma coisa
quanto a isso - ele disse, levantando o rosto, e eu fiz o mesmo.
- É?
- É. - Ele sorria.
- Esteja pronta amanhã as 4 - ele disse e foi indo embora,
me deixando sem saber o que fazer.
- Heyy... - eu gritei. Me aprontar pra quê?
Ele olhou pra trás e sorriu. Voltou correndo.
- Ah é... - ele disse, e com isso selou nossos
lábios. Foi um beijo rápido, sem
língua, sem passa mão aqui e ali. Foi
só um beijo. Um simples e suave toque dos lábios.
Ele me pegou de surpresa, eu realmente não esperava por
aquilo. Mas adorei. Quando ele separou nosso lábios, deu um
sorriso e fez o caminho pra sua casa. Eu só o observava,
ainda meio boba pelo beijo. Ele chegou na porta, se virou pra mim me
deu mais um sorriso, que eu tenho que falar, era lindo de morrer, e fez
o sinal de 4 com os dedos. Eu concordei e ele entrou, e com isso eu fiz
o mesmo.
O que
será que ele vai fazer? Pra onde ele vai me levar?
Será que ele vai me beijar de novo?, era tudo que eu pensava
naquela noite. Passei as mãos nos meus lábios,
lembrando do beijo; Se eu tinha ficado toda boba com esse beijinho acho
que se fosse aquele beijo apaixonado, estilo Noah e Allie em
Diário de uma paixão, eu teria um ataque do
coração. Bem que ele podia me dar um beijo tipo
Noah e Allie, sabe aquele da chuva? Então, esse mesmo. Vai
dizer que eu fui a única que quis beijar o Noah naquela
cena? Mas esquece o Naoh, agora é
.
Passei a noite
inteira pensando nele. Não no Noah, no
! Cara, eu
pareço aquelas menininhas bobas que acabaram de dar o
primeiro beijo e ficam suspirando pelos cantos. Sabe, né?
Aquela coisa de ter acabado de experimentar algo novo. Não
que eu nunca tivesse beijado, eu já beijei. Até
demais. Bom, isso não vem ao caso. O que eu quero dizer
é que com era diferente.
Fui vencida pelo
cansaço, ou pela bebedeira. Não
importa. Acabou que uma hora eu dormi, louca pra poder acordar e
descobrir o que estaria aprontando.
3:48.
Eu já
estava arrumada. Não preciso nem falar que
passei o dia todo imaginando como seria o meu fim de tarde,
né? Eu tinha passado a tarde toda atrás de uma
roupa pro meu ‘encontro’ com
. Optei por um
vestidinho rosa tomara-que-caia, com uns detalhes em branco e uma
sandalhinha baixa. Tava ótimo, poxa, é
verão. 3:57.
Opa, acho que vou lá pra fora.
O menino é pontual! Eu estava abrindo a porta e a campainha
tocou. Sincronizado, haha.
- Hey – ele disse e sorriu; ele deu aquela olhada em mim,
sabe, aquela que vai de cima em baixo e depois volta pra cima de novo.
– Você está linda!
- Obrigada! – eu sorri, sem graça.
- Vamos?
- Yep. Vai me contar onde a gente vai? – perguntei, entrando
no carro dele.
- Não. Você vai ver.
Eu já falei que não sou a maior fãs de
surpresas? Não, né? Pois é, eu
não sou. Eu estou tão ansiosa, tão
ansiosa, e ele ainda fica fazendo suspense! Humpff...
Estávamos andando de carro há meia hora.
Estávamos à beira-mar, já era uma
praia meio afastada, ‘deserta’. Não era
longe da cidade, mas também não era muito
freqüentada.
- Chegamos! – ele disse, parando o carro.
- Praia? – eu perguntei, saindo do carro junto com ele. Ele
sorriu.
- Não só praia – ele abriu o
porta-malas do carro. – Você gosta de acampar?
– ele tirou a barraca do carro.
- Adoro! –
Na verdade, eu não sou muito de acampar
não, mas também, a única vez que eu
acampei foi no meio do mato, onde tinha um monte de bichos e nada pra
fazer. Mas agora eu estava na praia e com o
. Eu adorei a
idéia de acampar. xD
Montamos a barraca. Foi o momento comédia. Nenhum dos dois
sabia bem o que estava fazendo, mas acabou que, depois de muitos tombos
e monta e desmonta, nós conseguimos. A barraca estava
certinha e parecia segura.
O resto da tarde foi
perfeito. montou uma pequena
fogueira e nós ficamos lá, sentados na areia,
abraçados, olhando o sol se pôr. Foi lindo.
- É lindo! – eu disse, olhando o sol se pondo,
como se estivesse entrando no mar, sabe? E o céu estava rosa
com mesclas de amarelo e laranja. Era lindo.
- É mesmo
– disse, virando-se e
olhando pra mim. Eu me virei pra ele e nossos olhares se encontraram.
Lá vamos nós de novo, nos perdermos no olhar do
outro. sorriu e foi se
aproximando devagar, seu olhar indo dos meus olhos pra minha boca. Eu
sorri e fechei os olhos quando senti seu nariz encostar no meu. Ele
ficou passando seu nariz devagar no meu; ele sabia provocar. Eu virei o
rosto um pouco pro lado e toquei meus lábios no dele, depois
separei e fui pra trás o olhando nos olhos. Ele sorriu mais
uma vez e passou seus dedos de leve pelo meu rosto e colocando uma
mecha do meu cabelo atrás da orelha. O toque dele era suave
e o cheiro dele era entorpecedor. Muito bom.
- Fica comigo essa noite? – ele perguntou. Eu balancei minha
cabeça devagar concordando. Eu sorri e ele se aproximou de
mim. Dessa vez, um beijo ainda suave, mas também intenso.
Ficamos ali, sentados à beira-mar, abraçados e
nos beijando. Eu teria trocado meu verão inteiro
só por esse momento.
Fomos pegos de surpresa quando uma chuva começou a cair,
quando já tinha escurecido. Saímos correndo pra
dentro da barraca, os dois rindo pelo susto que tomamos. Foi realmente
do nada que começou a chover.
A chuva
caía e nós só
tínhamos a iluminação de uma lanterna.
No pequeno rádio tocava algumas músicas. Eu
segurava a lanterna iluminando o teto da barraca. e eu
estávamos deitados lado a lado. me olhou, eu sorri.
Ele se aproximou e voltamos a nos beijar.
Never mind the time or the spinning of your head,
I could tell my life was changing, Since the minute I met you,
And if I stop,
Ever thinking of you,
I'd probably choke on the words I never said,
And if I stop,
Ever thinking of you
New Found Glory tocava no rádio...
Os beijos eram mais intensos, mais apaixonados e mais apaixonantes.
ficou em cima de
mim, nós beijávamos como nunca. Sério,
acho que ganhamos do Noah e da Allie. Ele devagar foi passando suas
mãos pelo meu corpo, enquanto eu segurava no seu cabelo o
bagunçando por inteiro. Os dois queriam só uma
coisa. E nenhum parecia querer parar.
foi
traçando um caminho de beijos pelo meu pescoço e
ombros, enquanto sua mão estava na minha coxa. Ele parou de
me beijar, se apoiou em seu cotovelo e ficou me olhando, sorrindo. Uma
de suas mãos ainda estava na minha perna, acariciando-a.
- Você é linda! – ele disse, olhando nos
meus olhos. Eu sorri, sem graça. Eu passei minhas
mãos pelo rosto dele, ele fechou os olhos sentindo o meu
toque; com a mão que estava na minha perna ele segurou minha
mão e a beijou. – Eu quero que essa noite dure pra
sempre. Só você e eu.
Eu me levantei um pouco e colei meus lábios no dele. Passei
minhas mãos pela camisa dele, tentando tirá-la.
Ele riu com a minha tentativa fracassada, se sentou e tirou ele mesmo.
Eu mordi meu lábio inferior, enquanto encarava o peito nu
dele. Ele sorriu e voltou a se deitar por cima de mim, me beijando.
Music low
We're all alone
Being wrong never felt so right
se sentou e me
encarou. Eu tinha os olhos fechados. Ele colocou suas mãos
em cada uma da minha perna e, devagar, foi levantando meu vestido. O
toque dele me arrepiava. Quando ele tirou o vestido, ficou olhando pra
mim. Voltou a ficar por cima de mim, beijando de leve meu
pescoço.
- Você quer mesmo isso? – perguntou, perto do meu
ouvido.
Eu o olhei nos olhos e balancei minha cabeça concordando.
Não tinha nada que eu quisesse mais.
Did u notice I was afraid?
I thought I'd run out of things to say,
two more hours until today burns this away,
and it starts all over again,
the sky will never look the same again
till you show me how it could be
A chuva
caía, a música tocava e e eu
éramos somente um.
Foi a noite mais perfeita da minha vida; dormi abraçada com
ele, sentindo seu perfume misturado com o meu no ar.
Sempre dizem que sua
primeira vez tem que ser especial, com um cara
certo. A minha foi tudo isso e muito mais. Alem de ser especial,
será inesquecível. Olhando dormir,
tão em paz, eu não podia negar: estava
apaixonada. Desde a primeira vez que nossos olhares se encontraram, eu
sabia que ele seria algo, que ele era algo. Era o
meu amor.
O toque suave dos lábios dele me acordou. Eu poderia ser
acordada assim pro resto da minha vida. Eu sorri.
- Dormiu bem? – ele perguntou, quando eu abri os olhos. Bem?
Ele não sabe o quanto!
Esse dia não podia acabar. Meu ultimo dia em Brighton; eu
sei que eu tinha feito dele melhor que o resto de todo meu
verão, mais ainda assim, eu não estava preparada
pra ir embora. Não depois da noite passada.
O mar estava lindo. Uma imensidão azul. Já falei
o quanto eu adoro água, né? Acho que eu era um
peixe na minha ultima encarnação. Ou melhor, uma
sereia. Eu gosto de fantasiar.
estava sentado na
areia me observando. Eu estava tentando entrar na água, mas
estava gelada, então eu corria quando a onda chegava e batia
no meu pé. Ele ria de mim. Ele tinha uma risada gostosa.
Sabe aquelas risadas de bebê que todo mundo adora ouvir
só porque é gostosa? Então, a dele
é assim. Não que seja de bebê, porque
não é, mas é daquelas que
dá vontade de ouvir sempre só, porque
é gostosa.
Ele se levantou e veio correndo até mim.
- Medo de água? – ele perguntou.
- Tá geladaçaaa – eu falei. Ele deu um
sorriso maroto e me pegou no colo, me levando mar adentro. Eu gritava e
me debatia, a água estava gelada mesmo. Ele só
ria mais.
Ficamos assim, que nem duas crianças brincando na
água, era divertido.
Comemos alguma coisa à tarde e passamos o resto do dia
sentados na areia tirando fotos, pra podermos sempre lembrar desse fim
de semana, (como se fosse possível esquecer); conversando;
escrevendo na areia; nos beijando... a melhor parte, na minha
opinião.
Ficamos ali sentados, olhando a tarde inteira passar, até o
anoitecer.
A lua brilhava no
céu. Isso significava hora de voltar pra
casa do meu pai. Acho que essa hora ele deve ter perdido os poucos
cabelos que lhe restavam de preocupação comigo,
mas eu realmente não me importava. Só queria
ficar com o
.
Na volta pra casa, mal nos falamos. Finch tocava no radio.
É, eu escolhi.
Once again your eyes make it hard to say goodbye
so i'll just keep driving
where do you wanna go?
it doesn't really matter as long as you are here with me
with me
with me
Ok, confesso que depois de ouvir esse pequeno verso da musica eu me
arrependi da escolha.
Eu não queria pensar na parte em que diríamos
adeus, mais eu sabia que esta estava próxima...
Senti
lágrimas nos meus olhos. Eu iria chorar. não
dizia uma palavra.
- Eu te amo!
– eu disse baixo, quase num sussurro. Mais ainda
não tirava os olhos da rua. Eu senti olhando pra mim e
segurando minha mão.
- Eu te amo! – ele disse em resposta. Eu sorri e olhei pra
ele. Ele sorriu e voltou seu olhar pra rua, ainda segurando minha
mão. Eu olhei pra janela ao meu lado vendo a chuva
começar a cair. Limpa e lisa, batendo contra o vidro.
Once again your eyes make it hard to ask you why
so i sit here knuckles tight
hands against the wheel
your head against the glass and you mean so much to me
to me
Whoa, there's something in the air tonight
something that makes me feel alive and i say
whoa, what were the words that you said to me
that made me feel so special now
Whoa (stay with me)
stay with me
cigarettes and open air, hand in hand
i said stay with me
cuz every star that i see is brighter than the last
so stay with me
...
Vôo com destino à Nova York. Embarque
imediato portão seis.
As pessoas começam a ficar pequenas vistas dali de cima. As
casas também começam a ficar pequenas... tudo vai
diminuindo, menos a distância, que cada vez fica maior, assim
como a saudade de um tempo que eu sei que não vai voltar.
Conforme o avião toma mais altitude, mais longe do meu amor
eu fico. Eu olho pela janela, já não da mais pra
ver as pessoas ou nem mesmo as casas, tudo o que tem do lado de fora
são nuvens. Acabou. Estou voltando pra casa. Tudo o que me
resta agora são memórias, que guardarei pra
sempre comigo. Memórias do meu verão,
memórias do meu amor.
Fim
Fic escrita enquanto eu escutava Catalyst do New Found Glory, um cd
inspirador na minha opinião. :]
Qualquer coisa podem me mandar um e-mail: kmilinha_89@hotmail.com
E leiam minhas outras fics: Serendipity e She Left Me
Músicas usadas na fic:
- Letters to you [Finch]
- Awake [Finch]
- The Minute I Met You [New Found Glory]
- Sucker [New Found Glory]
- The Story So Far [New Found Glory]
- Stay With Me [Finch]
E ai? Gostaram?
Me fala o que achou da fic na caixinha aqui em baixo! ;]
xx
Camis