Por
Gabriella Nascimento
Script e Betagem por Glória Ribeiro (Sally)
Finalmente, depois de tanto tempo, eu voltarei a vê-lo,
tocá-lo, sentir aquele que a muito não sentia.
me procurou
há pouco tempo, propondo uma viagem, a qual não
hesitei em aceitar. Como já disse uma vez, se ele quisesse,
insistiria. A viagem seria para as Ilhas Cook, Nova Zelândia.
Mais um lugar a ser explorado e, novamente, se deixar explorar.
Um ótimo lugar para reviver os bons tempos do Caribe e me
desprender do mundo que me estressava tanto. Arrumei as malas assim que
recebi uma ligação de
dizendo que
partiríamos em poucas horas, coloquei biquínis e
roupas leves dentro da mala, se precisasse de alguma coisa a mais
compraria na loja do aeroporto.
Tudo ocorria perfeitamente, fizemos o check-in e entramos no
avião, procuramos nossas poltronas e sentamos. Trocamos
alguns beijos, e conversamos bem pouco, não
queríamos conversar, queríamos outra coisa bem
melhor e mais prazerosa.
Flashback
- Eu estou com saudade de "você" - ele sussurrou no ouvido da
garota ao seu lado, fazendo-a arrepiar-se.
- Eu também estou com saudade de "você" -
acariciou a face do
a sua frente - Mas
vamos ter que esperar o avião pousar para tentarmos qualquer
coisa. - deu-lhe um selinho.
- Eu não vou conseguir ficar horas e horas ao seu lado sem
fazer nada, só ficar nos beijinhos. Eu quero mais que isso,
poxa. - falou decepcionado.
- Espera o pessoal dormir que seguimos para o banheiro, ta bom?!
- Aquilo lá é apertado, mal cabem duas pessoas
lá. - cruzou o braço.
- Como você sabe que mal cabem duas pessoas lá?
Já arrastou alguma comissária de bordo para
lá,
? - ela perguntou
com a sobrancelha levantada.
- Você fica realmente sexy com essa carinha de brava. - ele
mordeu o pescoço da
.
- Sei, sei. - encarou a movimentação fora do
avião, de carrinhos de malas passando de um lado para o
outro - Foi bom? - perguntou vagamente.
- Digamos que já tive melhores - encostou a boca no ouvido
dela - infinitamente, melhores.
- Não faça isso - exarou, segurando firme na
poltrona.
- É, por que não? - acariciou a nuca dela,
falando bem baixinho no ouvido da mesma.
- Golpe baixo,
. - fechou os olhos a
fim de aproveitar a carícia dele.
- Tudo bem, eu paro então. - voltou à
posição inicial.
- NÃO! - gritou de imediato - Não, pode ficar. -
abaixou o tão de voz assim que recebeu olhares de
reprovação da comissária de bordo que
passava no local.
Ele sorriu vitorioso e voltou ao que estava fazendo. Beijaram-se
ardentemente, ambos já estavam excitados e se não
fosse os comissários de bordo, que iam até a
poltrona deles dizer que os outros passageiros estavam reclamando do
modo que eles se beijavam, com certeza, se alguém estivesse
com uma câmera naquele momento, sairia o mais novo filme
pornô: "Sexo nas alturas" ou nome parecido.
Resolveram dar um tempo nos amassos, ela pegou seu Ipod e colocou na
seleção aleatória, não
estava com muito saco pra ficar escolhendo as músicas, ele
pegou um livro para ler, pra falar a verdade, nenhum dos dois estavam
concentrados em suas atividades.
leu a mesma
página por pelo menos cinco vezes: chegava ao final da
página, mas as coisas não faziam sentido algum e
votava para o início.
não sabia
que música tocava, a única coisa que reparava
é que o som da banda era bom e isso a
tranqüilizava. Uma música mais pesada
começou a tocar, sorriu, pois não ouvia aquela
música há anos. Aquela música era, uh,
excitante. Definitivamente, pensou, eu
preciso ir ao banheiro com o
.
-
... - sussurrou no
ouvido dele, fazendo-o arrepiar. Ela sorriu quando o viu engolir seco -
Acho que todos já dormiram, então eu pensei... -
antes que ela terminasse, ele a arrastava em
direção ao banheiro.
Ele a empurrou para dentro, fechando e trancando a porta
atrás de si. Procurou os lábios dela com
urgência, precisava daquilo mais que tudo.
percorreu as
mãos por todas as costas dele, arranhava forte a mesma.
pôs uma
mão dentro da saia da garota procurando por sua calcinha,
tirou-a rapidamente. Ela desafivelou o cinto e desabotoou a
calça dele, abaixou a boxer do
e deixou-se ser
suspensa no ar, entrelaçando suas pernas ao redor dele.
Ele a penetrou forte. Abafaram os gemidos entre os beijos, as
investidas eram rápidas, não tinham tempo para
ficar enrolando nas preliminares. Ficaram assim por poucos minutos,
quando ele anunciou que estava por vir. Ela rapidamente ajoelhou-se na
frente dele, o sugou e o masturbou simultaneamente.
aliviou-se na boca
dela.
- Hey, por que você fez isso? - ele subiu sua boxer e
calças - Eu sei que você não gosta. E
eu não faço questão disso,
você sabe - pegou a calcinha dela no chão e
esperou que ela lavasse a boca para entregar a garota.
- Simples,
- ela secou a boca
no papel toalha, amassou e o jogou fora - Eu não queria
ficar com as pernas colando novamente, já basta aquela vez
na casa do Will. E sem contar que aquela porra, literalmente falando,
não saia de jeito nenhum. Era minha calça
favorita - lamentou-se pela calça.
- Não fica assim. - selou seus lábios - prometo
que compro uma fábrica de calças somente pra
você, mas não faz essa carinha triste. - deu um
beijo de esquimó na
.
- Eu só vou ganhar uma fábrica de
calças? - o encarou maliciosamente.
- Não, você pode ganhar muito mais que
calças. - sugou o pescoço dela.
- Hm, muito mais tipo o que? - arranhava bem de leve o
abdômen trabalhado do mais velho.
- O que você quiser. - beijou-lhe os lábios. As
coisas começaram a esquentar novamente entre eles,
só não fizeram sexo de novo porque uma senhora
bateu na porta do banheiro querendo usar o mesmo.
Saíram do banheiro rindo, acordando alguns passageiros que
dormiam sossegados. Sentaram-se em suas respectivas poltronas e
descansaram um pouco. Fazer sexo em pé em um banheiro
aperto, definitivamente, cansa.
End Flashback
Até aquele momento da viagem tudo ocorria muito bem, na mais
perfeita ordem. Aterrissamos no aeroporto de Atlanta pra pegar um outro
avião que iria até a Noruega e depois de
lá direto para a Nova Zelândia. Comemos em um
restaurante do aeroporto, se eu contar você não
acredita, mas aquele aeroporto é o mundo. Lojas de roupas,
eletrônicos, restaurantes, bares. Simplesmente tudo! Acho que
até salão de beleza deve ter, não
duvido nada.
A aeromoça avisou que o vôo para Noruega sairia em
poucos minutos, então eu e
andamos
até ao saguão de embarque, ele verificou no
balcão do check - in se nossas malas estavam no
avião, o atendente - super simpático e lindo -
disse que sim, e nos desejou boa viagem. Não sei o que me
deu, mas quando ele disse 'Boa Viagem, senhores'
um frio percorreu minha espinha, e eu odeio sentir isso.
Sério, sempre quando isso acontece é meu sexto
sentido avisando que alguma coisa está para dar errado,
decidi ignorar, para minha infelicidade.
Flashback
A viagem estava indo tranqüilamente bem, alguns passageiros
dormiam e outros conversavam em um tom de voz baixo.
pensava em
coisas sem muita importância, e
tentava se
concentrar em seu livro, mas duas crianças que estavam
sentadas na poltrona de trás batiam na dele, roubando a sua
concentração e paciência junto.
- Hey, que tal vocês dois parem de bater na minha cadeira e
ir perturbar outro? - se virou e falou irritado com o casal de
criança.
- Blah! - a menina deu língua para ele e continuou
empurrando a cadeira dele.
- Vem cá, garota, se você não
pára com isso agora... - ia dizendo, quando foi interrompido
por
.
- Algum problema,
? - o encarou
séria.
- Essas pestes aqui. - apontou para trás. - não
param de... - levou um empurrou tão grande que bateu com o
peito na bandeja que estava aberta a sua frente. - me empurrar. - bufou
já virando para trás a fim de matar aquelas
pestes.
-
, não
é assim que se trata criança. - ela sorriu meiga.
- Olhe e aprenda.
- Quero vê. - bufou novamente.
- Crianças, que tal vocês pararem de empurrar o
tio? - falou calmamente.
- Ele não é nosso tio. - o menino falou mostrando
a língua para ela.
- Então muito bem - virou seu corpo mais para
trás e sussurrou para eles. - Se vocês
não pararem agora, eu vou arrancar o pé de
vocês e fazer o que eu fiz com esse coelhinho. - amostrou o
chaveiro dela que era um pé de coelho - artificial, para
deixar bem claro.
As crianças se assustaram com o que ela disse e mais ainda
quando ela mostrou o seu chaveiro. Depois daquele pequeno aviso as
crianças não perturbaram mais e até
se assustou com a
garota.
Tudo ocorria na mais perfeita ordem, até que um homem de
terno e gravata levantou-se do seu acento e anunciou o
seqüestro do avião. Todos os passageiros entraram
em pânico e começaram a correr, ele atirou na
cadeira que antes estava sentado e mandou que todos calassem a boca.
rapidamente acionou a
CIA através do chip de rastreamento que ficava em seu
relógio.
-
, eles vão
nos matar. -
dizia com medos
nos olhos.
- Pequena, olhe pra mim. - ela o fez. - Eu prometo que vou tirar agente
dessa, confie em mim. - falou seguro de si.
- Ta. - ela tremia de medo.
- Nós temos que chegar até o compartimento de
carga. - ele sussurrava somente para
ouvir, enquanto
olhava ao seu redor, pensando em como sairia dali.
- Na cozinha tem uma passagem que vai direto ao compartimento de carga,
assim fica mais fácil para os comissários de
bordo buscarem os alimentos e outras coisas para os passageiros. - ela
falava no mesmo tom que o dele. - Mas você tem que pegar a
chave com algum comissário.
- Como você sabe disso? - perguntou incrédulo.
- Fui obrigada a fazer uma matéria sobre o novo boing da
American Airlines meses atrás e estamos nesse novo boing. -
sorriu confiante.
- Vocês dois aí, o que tanto cochicham? - um
seqüestrador falou apontando
a arma para o casal. Quando a mulher ia responder, ouviu-se um grito.
- Meu filho vai nascer. - uma mulher gritou antes de urrar de dor.
- Dwight, tem uma vadia querendo ter o filho dela aqui. - o
seqüestrador que apontava a arma para
e
, gritou para o homem
na primeira classe.
- Mate essa desgraçada e a maldita criança dela,
Lyndon - gritou de volta.
- Não, por favor! -
gritou por
impulso se levantando da cadeira. - Eu sou médica, posso
fazer o parto dessa pobre mulher. - falou a primeira mentira que veio a
sua mente.
- Dane-se - murmurrou.
- Eu vou precisar dos meus equipamentos, eles estão no
compartimento de carga. - piscou para
- posso
buscá-lo?
- Você ajude-a. - ordenou, apontando a arma para
.
Foram até o compartimento de carga com Lyndon ao seu
alcance, digamos que eles podiam sentir o mau hálito do
rapaz de tão perto que estava.
procurou sua bagagem
por entre as diversas que estavam ali, para a sorte deles, a mala de
estava perto da dela.
abaixou,
roubando a atenção do seqüestrador para
suas coxas,
se aproveitou do
descuido dele e pegou sua arma, alguns microfones e seu palm. Colocou
no bolso do casaco e 'andou' até
. Ao olhar a mala da
menina, não pode deixar de sorrir maliciosamente para a
garota. Nela continha uma fantasia de enfermeira de um material
emborrachado, luvas, sapatos relativamente altos e brancos. Eles
acharam algumas toalhas brancas em um canto do compartimento, perto da
comida do avião.
Pegaram tudo o que precisavam e retornaram até a 1ª
classe, naquela hora todos os passageiros se encontravam lá.
pediu que
mornasse um pouco de água, uma comissária o fez,
e depois de alguns minutos trouxe uma pequena bacia. Ela não
sabia de onde aquela mulher tirou a bacia, mas não importava
muito. Estava mais preocupada em como fazer aquele parto, nunca fez um
em sua vida! Sabia que tinham que ter água para lavar o
bebê, toalhas para enxugá-lo e para a
mãe morder e uma tesoura para cortar o cordão,
porque tinha visto em um seriado da televisão. Fora o resto,
não sabia.
Pediu que os passageiros se afastassem,
aproveitava todo esse
tumulto para mandar mensagens de seu palm para a central em terra.
Quando algum seqüestrador passava por ele, fingia estar
rezando e escondia o palm no casaco.
- Vamos, Lauren, força. Seu filho está nascendo.
-
'puxava para si'
a barriga da mulher deitada a sua frente. - Já estou vendo o
couro cabeludo dele. Vamos! - puxava mais. A mulher gritava de dor
fazendo força. - Está nascendo. - ela puxou a
criança, primeiro a cabeça, depois o corpo. O
segurou com cuidado, estava com medo que com todo o sangue escorregasse
de seus braços. Um silêncio pairou no ar. A
criança não chorou.
- Ele está morto? - a mãe perguntou chorosa.
- Não - deu uns tapinhas na bunda da criança,
fazendo-a chorar. - Parabéns, é um lindo menino.
- entregou para a mãe depois que cortou o cordão
umbilical. Pôs uma toalha embaixo da mulher e puxou o
cordão que estava para fora e junto dele a placenta.
- Tem a carinha do pai. - a mulher sorriu para o homem ao lado dela que
encarava a criança com um sorriso bobo nos
lábios.
- Será que posso interromper esse momento para dar um banho
nele? -
perguntou gentil.
- Doutora, eu posso fazer isso? - Lauren perguntou com os olhos
brilhando.
- Você não pode fazer esforço. -
advertiu - mas vamos fazer o seguinte. - ela puxou a bacia com a
água morna. - eu seguro o seu bebê e
você vai jogando a água nele, se sentir-se
cansada, eu continuo. - sorriu.
- Tudo bem.
A mulher não ficou muito tempo jogando água no
bebê, logo cansou e deixou que
cuidasse disso.
Ela -
- não
sabia como conseguiu fazer um parto perfeito, mesmo não
sabendo uma única noção de medicina.
Agradeceu mentalmente aos seriados que via. Depois do banho da
criança,
entregou para a
mãe seu filho e sentou-se perto de
.
- Não sabia que você fazia parto - sussurrou para
ela.
- Pois é, nem eu. - gargalhou divertida.
- Está rindo de que? - Lyndon perguntou.
- Nada... idiota - disse para o homem a sua frente, e a
última parte saíra quase inaudível.
O tal seqüestrador Lyndon estava desconfiado de
, pois ele toda a
hora dava um jeito de mexer no bolso do casaco, e o casal -
e
- não
paravam de cochichar. Alguma coisa nele dizia que eles estavam tramando
algo e não gostava nada dessa possível
idéia. Comentou sobre a sua suspeita com Dwight, mas ele o
tranqüilizou e disse que eram coisas da cabeça
dele.
End Flashback
Até hoje eu me pergunto como eu consegui fazer aquele parto,
sério, é super estranho pensar que ajudei a por
uma criança no mundo. Mas ainda bem que deu tudo certo, e
mãe e filho passam bem.
Experiência própria, não ignore seu
sexto sentido. Lembra que no aeroporto eu senti um arrepio quando o
atendente falou boa viagem? Pois então, eu pensava que
aquele seqüestro estava bastante ruim. Fui descobrir mais
tarde, de uma maneira bem dolorida, que aquela
situação pioraria e muito.
Flashback
Eles estavam presos em poder dos seqüestradores por algumas
horas, de vez em quando Lyndon dava umas 'olhadinhas' em
e
para saber o que
faziam. Sorrel - um jovem de mais ou menos uns vinte e cinco anos, um
hacker astuto e traiçoeiro, foi ele que descobriu que
estava naquele
avião, e naquele momento tentava invadir os arquivos da CIA
para pegar fotos recentes de
- trabalhava bastante
concentrado e já estava na décima
xícara de café. Reclamava que a cada dia que
passava a CIA ficava mais armada digitalmente e dificultava a vida de
hackers, como ele.
- Já conseguiu a foto? - Dwight perguntou impaciente.
- Não, a CIA está com um novo programa de
segurança, a senha para entrar no arquivo muda diariamente e
somente agentes de alta patente consegue entrar no sistema. Estou
tentando decodificar, mas está difícil. Deve
demorar mais algumas horas. - falava com os olhos grudados na tela do
laptop, digitava rapidamente.
- Faça rápido, seu imprestável. -
Dwight resmungou saindo da classe econômica, onde Sorrel se
encontrava, seguindo em direção à
primeira.
O avião não tinha destino certo, Sorrel bloqueou
a conexão com qualquer torre de controle que eles passassem,
não queria que os federais - FBI e CIA - se metessem nos
seus planos, era um gênio na informática. Qualquer
sistema de segurança era facilmente desarmado por ele em
questões de minutos. Perdera as contas de quantas vezes
já invadiu a conta bancaria de Bill Gates para pegar uns
cinco ou dez dólares para comprar CD de vídeo
game e café.
Fazia isso como diversão, achava que cada sistema era como
se fosse um grande vídeo game, no final, a recompensa que
recebia era uma manchete no jornal: 'Hacker tira o sono de
grandes empresas'. Pra ele, isso era excitante.
- Consegui! - Sorrel gritou.
- Graças! Ande, mostre-me a cara desse imundo. - Dwight
falou ofegante, pois deu uma pequena corrida até a classe
econômica.
-
- Sorrel digitou e
em questões de segundos a foto foi carregada e com ela
informações sobre missões e outras
coisas, que para eles não importava.
- Lyndon - Dwight gritou - Venha cá!
- Chamou? - Lyndon falou ofegante.
- Chamei, traga-me esse idiota. - Apontou para a tela.
- Eu falei que ele era suspeito, não falei?! - Lyndon
resmungou.
- É, você falou, mas busque logo esse verme. -
ordenou.
Lyndon prontamente obedeceu, entrou na primeira classe procurando
com os olhos,
encontrou
sentada olhando
para a porta do banheiro, andou rapidamente até ela e pegou
seu braço violentamente fazendo-a levantar-se -
até então estava sentada.
- Cadê aquele seu namoradinho?
- Eu não sei, me solta, está me machucando. -
tentava puxar seu braço.
- Certo, já que ele não está,
você vai no lugar dele. - foi arrastando-a até a
classe econômica.
- Me larga seu imundo - ela gritava e socava o braço dele,
todos ali olhavam a cena espantados. Ele ria debochado, como se os
socos que ela dava faziam meras cócegas em seus
braços.
- Pára de me bater, vai acabar quebrando a unha assim. -
gargalhou, fazendo os outros seqüestradores rirem com ele.
- Idiota.
Ela viu uma mulher escrevendo em um papel, pegou a caneta da
mão da mesma e enfiou no pescoço de Lyndon, ele
soltou a garota imediatamente.
correu
até metade do correndo, quando um barulho ensurdecedor
é ouvido e a garota cai no chão com a perna
sangrando. Por sorte a bala passou de raspão em sua perna.
Ela sentia uma ardência forte, urrou de dor. Todos no
avião assustaram-se, os passageiros se encolheram e os
outros seqüestradores foram ver o que acontecia.
- O que você fez, imbecil? - Dwight perguntou raivoso para
Lyndon.
- Essa vadia enfiou a caneta no meu pescoço, você
queria que fizesse o que? - Perguntou enquanto passava a mão
no enorme arranhão que ganhara. Para felicidade dele e
infelicidade de
, a caneta
não entrou na garganta dele, apenas arranhou.
- Desse um tapa na cara dela, ou soco no estômago. Mas eu
não quero mortes, alias, eu só quero uma. E nada
mais. - Dwight levantou a garota do chão. - Sorrel, cuide
dela.
- Certo. - Pegou a garota no colo, pois ela não conseguia
andar e a sentou numa poltrona da classe econômica. Caminhou
até a cozinha do avião e pegou um kit de primeiro
socorros. - Para sua sorte, foi de raspão. - ele molhou o
algodão no éter - Bem, isso vai arder. - quando
ele encostou o algodão molhado na ferida,
urrou de dor e
assoprava e balança as mãos em cima do machucado,
a fim de fazê-lo parar de arder.
- Assopra, assopra! - ela dizia para o homem a sua frente. Ele o fez.
Ficaram assim por menos de um minuto. - Isso vai arder
também? - ela perguntou como uma criança
assustada para ele.
- Não, pode ficar tranqüila. - ele sorriu. Apesar
de ser um terrorista, ele era um rapaz doce e tinha um sorriso bonito.
End Flashback
O Sorrel foi um amor comigo, sabe, ele era gente boa. Era estranho
conversar com uma pessoa que a qualquer momento poderia sacar sua arma
e te matar num piscar de olhos sem muito peso na consciência.
Sempre que um seqüestrador ia até onde
estávamos, disfarçávamos e
ninguém percebia nada.
Com o passar dos minutos, eu descobri que ele estava fazendo aquilo
apenas pela emoção, sentir a adrenalina acelerar
seu coração era um momento
inexplicável, segundo ele, e fazer o que ele fazia o deixava
feliz e excitado, pois sempre tinha aquela incerteza se descobririam ou
não.
Nesse momento você deve estar se perguntando: Cadê
o
? Eu lhe respondo,
enquanto eu estava sendo baleada, ele estava no compartimento de carga
se comunicando com a central em terra. É, arriscado, mas ele
tinha que fazer. Até aquele momento estava tudo na mais
perfeita ordem, mas as coisas boas não duram para sempre.
Flashback
- Estranho ninguém ter tentado entrar em contato. - Sorrel
falou enquanto mexia em seu computador. - O que é isso na
tela? - perguntou quando viu um ponto azul piscando na tela. -
Merda!... Dwight - gritou.
- O que foi?
- Tem alguém usando um computador dentro do
avião. - ele tentava rastrear em que parte. -
Está no compartimento de carga.
- Lyndon! Cadê aquele agente? - Dwight perguntou.
- Sumiu.
- Ótimo, ele está no compartimento de carga,
pegue-o imediatamente. Quero matá-lo com minhas
próprias mãos. - ordenou raivoso, o outro
obedeceu prontamente.
- Não, por favor, não faça isso. -
implorou com
medo.
- Cale-se! - deu-lhe um tapa no rosto, fazendo com que ela se
desequilibrasse e caísse numa das poltronas. Cerca de dez
minutos passaram-se, Lyndon chegou com o
sobre os ombros.
- Pronto, Dwight, ele tentou resisti, mas o Hillel deu soco nele,
deixando-o desacordado. - o colocou na poltrona. - Encontramos isso com
ele. - faz um sinal para que Hillel coloca-se as coisas dele em outra
poltrona. - Laptop, microfones, cartucho de balas, armas e outras
coisas. - revirava a bolsa.
mexeu a
cabeça e pôs uma das mãos imediatamente
na cabeça,
chegou perto
dele segurando cuidadosamente seus ombros. Ele acordava aos poucos,
seus sentidos voltavam com o passar dos segundos. Quando sua
visão ficou normal, pôde encarar
que tinha uma
expressão diferente, seu olhar transmitia medo.
acariciou-lhe os
cabelos em forma de dizer que tudo estava bem.
- Vejo que já acordou. - Dwight falou atrás de
.
- O que quer? - perguntou seco, encarando-o.
- Sua vida. - apontou a arma para a cabeça de
.
- Ótimo, atira. - falou desafiador.
Dwight engatilhou a arma, mas ouviu um disparo e um de seus
companheiros no chão sangrando. Um passageiro havia pulado
nas costas de Hillel quando ele estava distraído, e
acidentalmente ele disparou, a bala acertou Lyndon no ombro.
Hillel ficou totalmente imobilizado e Lyndon urrava de dor segurando o
ombro esquerdo fortemente, tentando conter o sangramento. Sorrel correu
até ao amigo, no desespero deixou a arma sobre a poltrona.
aproveitou a
distração de Dwight, rolou no chão e
pegou a arma de Sorrel, levantou-se rapidamente e apontou para o homem
a sua frente.
- Esperto. - riu debochado. - Mas eu sou mais. - pegou
e a colocou em
sua frente. - Adorei seu perfume, querida. - beijou o
pescoço da garota enquanto encarava os olhos furiosos de
.
- Afaste-se dela. - falou seguro de si.
- Ciúmes,
? - o encarava com
ódio.
- Isso te importa? Apenas afaste-se dela. - falava firme. -
Você não tem para onde correr, sabe que eu vou te
matar. Apenas solte-a.
- E você vai fazer o que? Dar-me um tiro no ombro esquerdo
para que eu caia no chão e ela saia correndo para seus
braços? - debochou. - Pois eu digo, se você der um
passo sequer, ou respirar, meu dedo vai apertar o gatilho,
aí será adeus namoradinha. - sorriu maniacamente.
- Eu não vou precisar fazer muitos movimentos. - levantou a
arma até a altura dos olhos, fechou um deles, e mirava o
cano na altura da cabeça de Dwight. - Essa é a
sua última chance de sair vivo dessa.
- Nossa, estou morrendo de medo - debochou mais uma vez.
- Eu vou te contar o que vou fazer. - segurava firmemente a arma em
suas mãos - Eu vou colocar a projétil a 800
metros por segundo na medula, na base do seu cérebro e
você vai ficar morto do pescoço para baixo, antes
que seu corpo perceba. Seu dedo não vai mexer, só
você morre. Fala aí, irmão,
você acredita?
- Bobag... - Dwight não completou a frase, pois
caíra no chão, morto.
-
! -
correu
até ele, abraçando-o forte. - Não
faça mais isso, nunca mais! - lágrimas
saíram sem permissão de seus olhos.
- Você está bem? - jogou a arma que segurava na
poltrona e abraçou-a forte também.
- Melhor agora. - sorriu um pouco aliviada. - E você?
Está bem? - eles continuavam abraçados.
- Sim, estou só com um pouco de dor de cabeça,
mas bem - ele passou a mão na cabeça assim que
saíram do abraço.
- Dwight?! - Sorrel assustou-se com o corpo do outro no chão
assim que entrou no local.
- Sorrel, esta tudo acabado agora -
falava com medo
da reação dele.
- Mas não pode, eu planejei tudo, não tinha como
dar errado. - o garoto se desesperou, ia pegar a arma que estava perto
ao corpo do homem morto, mas
fora mais
rápida chutando a arma para bem longe e dando uma joelhada
no nariz de Sorrel. - Meu nariz, vadia! - levou as mãos ao
nariz.
- Idiota -
deu-lhe uma
coronhada, deixando-o desacordado no chão.
- Hey! - um passageiro gritou - Pegamos um!
conseguiu desbloquear
o programa de Sorrel - que impedia a conexão do
avião com a Torre de controle - graça a ajuda de
um homem que dizia ser operador de sistemas, o avião
comunicou-se com a Torre, recebendo permissão para pousar no
Ronald Reagan, aeroporto de Alexandria, Virgínia.
Naquela hora, todas as televisões do mundo inteiro
já sabiam do seqüestro do avião e que o
propósito era matar um agente de alto escalão dos
Estados Unidos, uma pessoa que estivesse ligada diretamente com o
presidente. Esse tipo de informação é
considerada 'segredo de estado', mas, naquele
momento, todos sabiam disso.
Certamente, alguém da CIA deve ter espalhado a
notícia, e todos já suspeitavam que seria um novo
atentado estilo onze de setembro. Vários
noticiários diziam que a Al Qaeda estava por trás
disso, outros diziam que o Euskadi Ta Askatasuna (vulgo ETA)
é que era o verdadeiro responsável.
Um acusava o outro, mas ninguém sabia realmente quem era.
Por fim das contas, ficaram sabendo que todos os terroristas eram
americanos - descendentes de alemães e noruegueses - e
participavam de uma organização chamada Kippur,
um novo grupo terrorista que não fazia grandes feitos, como
os restantes, mas era bastante respeitado pelos outros.
Saíram do avião escondidos de todos,
não queriam dar entrevistas,
explicações sobre o que aconteceu e tudo o mais.
Deixaram que o os outros passageiros fizessem isso por eles, a CIA
estava com um carro aguardando
. Eles entraram e
seguiram para um hospital,
tiraria radiografia e
cuidaria melhor
do ferimento na perna.
Deixaram aquela confusão de repórteres querendo
saber noticias, ambulâncias atendendo os passageiros,
policiais tentando afastar os curiosos que cercavam o avião,
mesmo com aquela típica faixa amarela da polícia,
os curiosos tentavam se aproximar do local. A cada momento, parecia que
aparecia mais gente, incrível como a curiosidade
atiça qualquer pessoa.
Seguiram o caminho em silêncio, mas em um dado momento do
trajeto encararam-se e beijaram-se como nunca tinham feito antes, tinha
uma coisa a mais naquele beijo que nenhum dos dois sabia dizer o que
era. Talvez alívio, talvez felicidade. Ou talvez amor, por
que não?! Não queriam pensar nisso, aproveitaram
o momento. Somente isso.
O beijo que começou de uma maneira simples e carinhosa fora
se transformando pouco a pouco em desejo. Suas línguas
não mais tocavam com suavidade uma a outra, naquele instante
se movimentavam freneticamente. As respirações
já estavam ofegantes e o ar era quase inexistente em seus
pulmões. Separam-se.
-
, o motorista
está olhando pelo retrovisor. -
sussurrou contra os
lábios dele.
- Agora não mais. - apertou um pequeno botão na
porta.
Entre o motorista e o banco onde o casal se encontrava, subiu uma
divisória de cor negra e a prova de som. Além de
não ver, o motorista também não
ouviria o que eles estavam por fazer. O carro não era uma
limusine de vinte portas, mas era um carro relativamente
espaçoso e era possível uma pessoa sentar de
frente para a outra. Como se estivessem em uma van.
Voltaram a se beijar, ela foi o puxando para baixo, sentaram-se no
chão. Ela com cada perna de um lado da cintura dele. Fazia
pequenos movimentos com o quadril, o excitando cada vez mais e mais. As
mãos deles percorriam livremente o corpo da mulher sentada
em seu colo.
Explorava cada pedaço como se fosse pela primeira vez,
naquela altura ela já estava somente de sutiã e
saia e ele somente de calças. Ela arranhava de leve a pele
do abdômen dele, fazendo-o contrair o mesmo. Ele descolou os
lábios, rompendo o beijo. Segurou os cabelos dela em uma
mão, o puxando levemente fazendo-a arrepiar-se, encostou os
lábios suavemente no pescoço da mulher, e sugou o
local arrancando suspiros dela.
As mãos dela correram até a calça
dele, acariciou a ereção dele por cima da
calça, desafivelou o cinto, abriu o zíper e
pôs a ereção dele para fora das
calças. Voltou a beijar a boca dele, fazia
rápidos movimentos com as mãos. O masturbava na
mesma intensidade que seu beijo. Sentiu que ele estava por ter seu
orgasmo. Desacelerou os toques, recebeu uma mordida no lábio
inferior como reprovação.
Seu lábio teve um pequeno sangramento, ele sugou o local e
passava a língua pelo mesmo como um pedido de desculpas
mudo. Quando suas bocas se encontraram novamente ela sorriu, fazendo-o
entender que suas desculpas foram aceitas.
Ele procurou a calcinha da mulher por baixo da saia, com dois dedos
colocou o tecido para o lado e com a outra mão, guiou seu
pênis até a entrada dela.
se ajeitou em
seu colo, sentou-se sobre o membro dele. Descolou seus
lábios e soltou um suspiro.
colocou suas
mãos na cintura dela a apertou levemente, como se estivesse
dizendo para ela começar a movimentar-se, ela o fez de
súbito. Os movimentos de sobe e desce eram lentos, ambos
apenas suspiravam. Conforme o tempo foi passando e a necessidade de
toques mais profundos fora crescendo, ela subia e descia no colo dele
rapidamente.
acompanhava o ritmo
dela, quando ela descia, ele impulsionava o quadril para cima.
- Mais rápido. -
exarou ofegante.
obedeceu, subia
e descia freneticamente, seus cabelos já estavam suados, sua
boca entre aberta denunciava que estava cansada. Mas todo o
cansaço estava sendo recompensado, aumentou mais seus
movimentos - se aquilo fosse possível - assim que percebeu
que tanto ela quando
chegariam ao orgasmo.
Sobe e desce. Gemidos. Suor. Orgasmos. Satisfação
Garantida.
- Eu, definitivamente, adoro minhas férias -
sussurrou sorrindo
contra os lábios de
.
End Flashback
Lyndon morreu no hospital, pois perdeu muito sangue. Sorrel havia pego
quarenta e sete anos de prisão, mas entrou em acordo com o
governo americano e sua pena cairia para vinte e três anos se
ele trabalhasse para aqueles que o prenderam, aceitou o acordo. Hillel
enlouqueceu depois que atirou acidentalmente no irmão,
Lyndon.
Eu e
, apesar de tudo o
que aconteceu na viagem, resolvemos que Ilhas Cook, agora mais que
nunca, é a melhor escolha para passarmos nossas
férias 'desestressantes'. Mas deixo para contar nossas
merecidas férias na próxima vez.
xXx Fim xXx
Notas: Aí
está a primeira parte da continuação
da Caribbean. Espero que tenham gostado, e essa fic eu escrevi para a
Càh, porque ela me pediu um suspense policial (?) e eu ao
menos tentei. E esse aí é o resultado, eu sei que
não está a cara da Caribbean [digo, com
pegação do começo ao fim], mas
já tenho a segunda parte prnta e ela sim está
digna de continuação Caribbean. :D
E desculpe a demora, a culpa não foi minha. A beta teve um
problema e não pode me entregar a fic antes, não
digo que a culpa foi dela. Só estou dizendo que problemas
acontecem, mas entre mortos e feridos todos estão bem e a
fic está aí, postada e feliz [-qqqq]
Outras fics de minha
autoria
[Finalizadas]:
[Em andamento]:
Críticas, elogios e
xingamentos são bem vindos; não, mentira,
xingamentos não :)
A caixinha de comentário está logo aqui embaixo,
não vai machucar comentar, e o melhor de tudo, é
de graça :)
Erros no script? MSN/E-mail
[pode adicionar, se quiser :)] Juro que não mordo :B
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