Uma Tacada de Sorte
por Thata, Júh e Mima
Segunda-feira. Como sempre, chata, chuvosa e tediante. As garotas já não aguentavam mais aquela aula nem um pouco interessante. O professor de física não parava de falar em vetores e... ai, que chatice! , , e tentavam fazer com que o tempo passasse mais depressa. Bilhetes corriam pela sala. Risos abafados a levaram para diretoria. Quando estava saindo da sala com as outras, perguntou:
- Qual é o problema? Expulsas da sala? Mas, por quê?
- Simplesmente porque vocês não notaram este bilhete cair no chão, e esse desenho mal feito de mim GORDO? E peludo na barriga e essas zombações em volta? - as meninas então saíram rindo da sala, o que o professor não gostou nada, nada mesmo. Logo elas estavam na diretoria, mas estavam com medo do que poderiam levar, advertência? Chamada dos pais? Suspensão? O que seria dessa vez?
Logo quando o diretor abriu a porta, ele disse:
- Meninas, é a décima quinta vez que vocês vêm parar aqui! Qual é o problema? Por que nunca estão concentradas? Só há uma maneira para tirarem todos esses mal-feitos: todo os dias aqui! Detenção depois da escola! Ou melhor...
O diretor ficou pensando com uma cara nada boa.
- Prestarão serviços junto do zelador.
- O zelador? Ah, fala sério, prefiro levar uma suspensão! - falou e todas as outras concordaram. O diretor logo propôs:
- São serviços auxiliares ao zelador. Se não quiserem fazer, ótimo! Mas também não irão participar do concurso que haverá aqui na escola.
As meninas ficaram interessadas no assunto, menos , que resmungou dizendo:
- Tá, e o que esse concurso tem demais?
O diretor, com um olhar esperto, disse:
- O grupo ganhador irá cursar a faculdade em Londres com a universadade paga! - se surpreendeu:
- FALA SÉRIO! - ficaram todas paralisadas. Já era de se esperar.
Logo elas voltaram para a sala e estavam dispostas a limpar por longas três semanas para cursar a faculdade em Londres. MEU DEUS *-*, a terra dos McGuys, não podiam acreditar, estavam empolgadas!
Três semanas... Limpando chão, ouvindo o velho zelador reclamar, lavando banheiros, arrumando cadeiras... Isso tudo durante três longas e tediantes semanas. Seguindo quarta-feira, a professora permitiu que o diretor desse o aviso sobre o concurso. Fora deixado um papel para os alunos de cada sala dizendo o seguinte: Grupos de até cinco integrantes devem escrever um poema para o concurso. Oportunidade aberta, onde o poema vencedor levará os autores para Londres com direito a bolsas de estudos.
E lá se foram duas longas tardes de trabalho árduo, elas trabalhavam e trabalhavam, sem parar. O som do relógio soava como um sinal para acelerarem.
- Ai, apressaaaa, pelo amor de Deus! - dizia sem parar.
- Ah, fala sério, como vocês duas são lerdas! - reclamava .
- Eiii! O poema tá ficando bom, ok? E é tudo culpa de vocês que não ajudam! - diziam e , não suportavam mais o clima entre as amigas. E, quando perceberam, já estavam enviando a carta para a escola, melhor, o poema. , que colocava o envelope no correio do corredor do colégio, olhou para trás e disse:
- Tá, galera, todo mundo se estressou, todo mundo se matou, mas pensem... E se isso tudo que a gente passou valer a pena? E se nós ganharmos? Vamos parar de brigar e pensar positivo! - Todas se entreolharam, não podiam negar o poema estava realmente bom, quando viram, estavam se abraçando e gritando "AMIGAS FOREVER AND EVER AND EVER AND NEVER ENDS". Não paravam de gritar e toda a escola ouvia e fazia comentários maldosos das mesmas, só que elas não ligavam, eram loucas mesmo. Estariam ali para o que der e vier sem o mínimo medo de serem abadonadas, porque contavam umas com as outras.
O grande dia. O dia do anúncio do vencedor. A maior parte da escola havia se inscrito, os nervos estavam a flor da pele. Todos os alunos do terceiro ano se encontravam no ginásio para a premiação.
- Ficamos muito satisfeitos em ver que muitos alunos se interessaram em se inscrever no concurso e muita mais pela literatura brasileira. Recebemos muitos poemas maravilhosos, mas infelizmente tivemos que escolher apenas um... O resultado foi impressionante, e as vencedoras são: , , e .
- UHUUUUUUUUUUUUUUULLLLLLL!
- SOMOS DEMAAAAAIS!!
- AS MELHORESSS! THE BESTSSSS!!
- McFLYYYYYYYYYY QUE NOS AGUAARDE!!
- NÓISSSSSS É FOODAAAAAAAAA!
As quatro histéricas pulavam de alegria.
- DANNY!! DANNY!! DANNY!! – não conseguia falar outra coisa.
- DOUGIE, A FUTURA SRA. POYNTER ESTÁ INDO AO SEU ENCONTRO! – não se continha.
- JUDD ETERNAMENTE FOREVER! – se descabelava.
- UHUULLL, TOM FLETCHER! Fazer o quê? O Tom é o mais sortudo... Vai conhecer o que é mulher de verdade! – estava naquele entusiasmo.
E as quatro loucas estavam saindo do ginásio cantarolando IT’S ALL ABOUT YOU com as passagens nas mãos, quando o diretor tirou o barato:
- Aonde pensam que estão indo sem antes recitar o poema? – Ele batia os pés no chão.
- Foi mal aê, chefia! – se desculpou.
- Bom... O mais justo é a recitar, afinal, foi ela quem fez praticamente o poema inteiro! – Dizia .
- sempre muito democrática! – Dizia .
E lá foi a toda empolgada recitar seu lindo poema.
O amor...
Cheira feito flor
E sem rancor
Estou a por
O amor em questão
Abri meu coração
Agora estou a voar
Imaginar
Sonhar
Até, quem sabe...
Amar
Eu o quero pra mim
Sentimento sem fim
É, digo que sim
Fantasia que não acaba
Me leve e me traga de volta
Afinal o mundo dá voltas...
Bolas...
Estou amando...
No mínimo, sonhando
Algo longe
Que me torna perto...
Por favor, não me deixe
Só não se queixe
É dificil dizer:
Eu te amo!
Ouviram muitos aplausos e elas finalmente puderam sair do ginásio e terminar a música.
- IT’S ALL ABOUT... – Cantava a .
- YOUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!! – E as quatro finalizaram a canção.
- Estão todas intimadas para dormir lá em casa hoje! Vamos comemorar! - Convidou .
- Eu levo o brigadeiro! - Disse .
- Eu o sorvete! - Falou .
- Eu dou o chocolate! - Era a vez da oferecer algo.
- Eu fico encarregada do filme, pipoca e refrigerante! - Disse .
E foram as quatro felizes e saltitantes para casa, contar a novidade.
Na casa da ...
- Mas eu estou tão orgulhosa dessa minha menina! - A mãe de a abraçava.
- E eu estou aliviado! Me sentindo mais leve! Quer dizer... Mais pesado, com mais dinheiro no bolso! Menos despesas! - Dizia o pão-duro do pai da , que escutava a conversa do escritório com uma calculadora nas mãos.
Na casa da ...
- Ô! O meu bebê está crescendo! Vai sair de casa, ficar longe da mamãe! - A mãe de chorava assoando o nariz. - Eu já estou sentindo a sua falta...
- Calma aí, mãe! Eu ainda nem saí de casa... - interrompeu a mãe, que tornou interrompê-la.
- Se comporte lá, ligue todos os dias pra mamãe, escove os dentes, arrume a cama...
fazia uma careta enquanto sua mãe sofria antecipadamente.
Na casa da ...
- Parabéns pra nossa filhota! Neste momento querido! Muitas felicidades e muito juízo! Vivaaa a ! - Cantarolavam os pais da .
- Gente! Que eu saiba hoje não é meu aniversário!
- Mas mesmo assim a nossa filhinha merece vários parabéns! A nossa poeta vai pra Londres!
Na casa da ...
- O QUÊÊÊÊÊ?!? - Esgoelou o pai da , que deu pro mundo inteiro ouvir sua ira.
- Já pro seu quarto! Está de castigo!
- Pai, eu não fiz nada de errado! Ou a partir de agora vai me colocar de castigo toda vez que não me deixa ir a alguma festa também?
- Me empolguei! Não, mas deveria!
- Mas, pai...
- Nem mais, nem menos! Você não vai e ponto!
- Eu te odeio! Ou pior... VOCÊ ME ODEIA! - pegou umas mudas de roupas e quando estava de saída...
- Aonde pensa que vai, mocinha?
- Afogar minhas mágoas na bebida! O meu futuro alcoolico fracassado será culpa exclusivamente sua!
- Tem trintão de baixo do vaso! Pode pegar pra comprar sorvete, chocolate... E afogar seus faniquitos nas celulites e pneuzinhos!
- Arghh! - pegou o dinheiro e foi se encontrar com as amigas.
- Meninas, vocês não vão acreditar! - mal chegou e já foi desabafando.
- Apareceu a margarida! Olê, Olê, Olá! - cantava.
- Já era sem tempo de chegar! - Disse .
- O que foi, florzinha? Por que essa carinha triste? - foi a única atenciosa.
- Meu pai não me deixou ir com vocês!
- Pára com isso! - não acreditava no que ouvia.
- O que eu faço, garotas? Me ajudem, please!
- A única solução é um rapto! - Sugeriu .
- Abraço coletivo na ! - deu um grito de guerra e todas caíram no chão em cima da .
- Tá certo que era pra ser um abraço e não um esmagamento coletivo... Mas o que vale é a intenção! - Brincou .
- Vamos fazer o seguinte... Assistimos pela vigésima sétima vez Just My Luck para nos recuperarmos do baque e depois pensamos em uma solução! - era sempre a que falava sério.
No meio do filme...
- Eu não entendo isso! Por que eu que tenho que ficar com o Fletcher? - Resmungava .
- Porque ele é o que sobrou! E o Jones já tem dona! - Respondeu .
- Porque você não é exigente! E o Judd é meu! - Justificou .
- Porque você ama ele por espontânea livre pressão! E eu vi o Poynter primeiro! - Sorriu .
No final do filme, elas terminam de assistir com um suspiro na hora do último e tão esperado beijo.
- AAAAAAAAAAAAHHHH!
- Pessoas! Eu tive uma idéia! - deu um pulo.
- Preparem os ouvidos, porque vem absurdo por aí... - Zombou .
- Por que nós não hipnotizamos o pai da ?
- Aiiiiii! Essa doeu! - e davam gargalhadas.
- É sério, gente! Deu certo comigo!
- Eu ainda prefiro um seqüestro!
- Apoiadaaaaa! - , e ergueram as mãos.
No dia seguinte, depois de muita maquiagem, uns borrões aqui, um teatro ali...
- Missão CUMPRIDA: vai a Londres! Em ação! - Berrou .
- E depois eu sou a lesada do grupo. - Resmungou .
- Que isso? Nós nem começamos o plano e você já afirma que deu certo? - Disse .
- É esse o ponto! Mentalizarmos energia gracinha para que se realize!
- E se fracassarmos, eu acabo com seus gnomos e duendes com as próprias mãos! - dava risada.
- Retire imediatamente o que disse e mentalize comigo! Essa sua energia não gracinha pode interferir no plano.
- Vou falar com a tia pra proibir você de assistir MALHAÇÃO! Isso está afetando seriamente a cabeça da turma... Aí estamos perdidas! - zuava.
E de volta para a casa da mais uma vez...
entrou chorando com os olhos manchados de lápis, alguns arranhões nos braços e no rosto, sendo carregada pelas amigas.
- O que está havendo aqui? - O pai de foi à sala atraído pelos choramingos.
- A quase foi atropelada! - Informou .
- Mas como? Deixa eu ver se ela se machucou. - Ele ia abraçar a filha, quando o empurrou pro sofá.
- Senta aí, tio! E fica muito tenso e preocupado que a a vai fazer uma palestra do ocorrido.
estava sentada na poltrona em frente ao seu pai, segurava um cartaz ao lado de que estava vestida com um jaleco branco e óculos, segurando uma régua e vigiava o pai da .
- É o seguinte, tio! A sua filha foi apenas mais uma vítima dos milhares de casos que já aconteceram, acontecem e estão para acontecer no caos que é o nosso país. Ela, agora, é mais um mísero número na estatísca da violência e imprudência no trânsito. - apontava para os gráficos que segurava.
- Isso é pro senhor sentir como a Cidade Maravilhosa é um perigo! - disse séria.
- Nós não moramos em São Paulo? , você foi assaltada no Rio e não nos contou? - como sempre tirava sarro.
- Ah! Você não entendeu o que quis dizer!
- Minha filha não tinha sido atropelada? Que história é essa de assalto? - O pai se desesperou.
- É isso o que estamos querendo dizer! Está muito perigoso morar aqui, é muita violência, balas perdidas, acidentes de carro, assaltos, sem contar no péssimo policiamento que temos no Brasil. - Falava , segurando para não rir e ser mais séria possível.
- E além de ter sido atropelada, assaltada, não poder ir pra Londres, que é uma cidade mais segura, cursar numa das melhores faculdades do mundo de graça... Ela foi largada pelo traste do namorado dela! - A bocona da acrescentou um pouco na intenção de dar um pouco mais de drama.
- A senhora estava namorando? - O pai da fez uma cara de pouquíssimos amigos e chorava mais ainda.
- Ô! Comentário infeliz! Mas se concentra no que interessa, tio! A não terminou a palestra! - fez sinal para continuar.
- Nós não temos dinheiro suficiente para bancar uma universidade paga. Por esse e outros motivos, nós pedimos encarecidademente que reflita melhor na sua decisão de não deixar a estudar em Londres. - finalizou a palestra e aplaudia.
- Bye, amiga! Depois que nós nos formarmos, viremos aqui te contratar para nossas empresas, te tirar de baixo da ponte, te nutrir, pagar uma faculdade e te internar numa clínica para desintoxicação de dogras, reabilitação e te encaixar de volta à sociedade. - abraçava .
- Tá bom! Eu me rendo! Você pode ir pra Londres, ! Com uma condição...
- Lá vem bomba! Nada é de graça nesse capitalismo selvagem! - quase comprovou que felicidade de pobre dura pouco.
- Beijo na boca, namoro, ficar ou qualquer coisa do tipo com o sexo oposto é só depois do casamento e com minha permissão!
- Sim senhor! - As três fizeram cara de malícia.
- Boa tio! Agora como diz a nossa querida Marta... Relaxa e Goza! - disse e todo mundo deu risadas.
- Europa! - .
- Inglaterra! - .
- Londres! - .
- McFLY! - .
- Aí vamos nós! - As quatro gritaram juntas.
- Tava escrito nas estrelas que nós iríamos juntas para Londres! - Dizia .
- Como não iríamos? Nossos futuros maridos moram lá! Minha cartomante preveu isso! - Falou .
- Aquela mesmo que preveu que você iria tropeçar naquele buraco em frente em casa? - Disse .
- Aquele buraco que a cai todo santo dia? - Concluiu .
Agora só faltava a arrumação de malas, a expectativa dessa viagem era grande. Todas sabiam que ir para Londres era algo inesquecível, e esperar mais duas semanas era uma tortura para aquelas garotas.
A ansiedade estava atacando todas, as mães neuróticas com a partida de suas queridas filhas, os pais orgulhosos de suas menininhas, agora tão crescidinhas! Tudo brilhava e a empolgação só faltava explodir. Seria a melhor temporada de suas vidas, e nada, absolutamente NADA, estragaria aquele momento.
Todas carregavam a suas malas com o maior prazer. Quando ouviram a chamada:
Atenção vôo 1452, com destino a Londres. Embarque portão 07.
As loucas gritaram e pularam, cantando Just My Luck enquanto andavam em direção ao portão. Viram os pais se derreterem em lágrimas, a despedida já estava feita. Viraram pela última vez antes de entrar no portão. Londres, aí vamos nós!
- Então quer dizer que vamos ter que ficar em um hotel por uma semana até nosso apartamento sair da reforma? - perguntava às meninas deitadas na poltrona do avião vendo filme.
- Sim, foi o que os instrutores me disseram - falou.
- Como será o hotel que a gente vai ficar? Será que vai ser aqueles que as celebridades ficam hospedadas para fazer shows? - perguntou sonhando acordada.
- Tomara que sim! Quem sabe a gente encontra a Madonna ou J.Lo! Já pensou? - falou, se juntando a sonhar acordada com .
A viagem toda, se tratou de conversas sobre celebridades, shows e McFly. As garotas nem perceberam o tempo passar. O avião já estava pousando. Era bom de mais para ser verdade.
Jurys Clifton Ford Hotel. Um dos mais luxuosos hotéis localizado em Londres. Mal dava para acreditar, era como um palácio. O quarto em que as menina estavam hospedadas era duas vezes o tamanho de seus apartamentos no Brasil. Com certeza aquela semana iria ser uma semana de luxo, glamour e muita bagunça para aquelas quatro amigas.
- GAROOOOOOOOOOTAS! - gritou de seu quarto.
- O quê, , o que aconteceu? - As outras três vieram correndo até a porta do quarto.
- McFLY irá fazer um show na cidade de Londres, dia 14. A turnê Up Close and Personal passará por Londres, Liverpool, Harrogate e Birmingham. - terminou de ler a notícia no site.
- Isso quer dizer: VAMOS AO NOSSO PRIMEIRO SHOW DELEEEEEEEEEEES! - e gritavam e esperneavam junto com as outras duas.
- Peraí! Dia 14 está perto, então quer dizer que eles já estão hospedados em Londres! - raciocinava, no meio da gritaria.
- AAAH! Tanta alegria desse jeito me dá fome! Vamos comer! - gritou, subindo em cima da mesa. Lógico, as outras três concordaram. Tudo que tenha comida para elas, é uma ótima oportunidade. E ir a um pub londrino era mais do que uma oportunidade para comida, era uma oportunidade para conhecer a nova cidade melhor. E o que tem de melhor ao não ser um pub lotado de pessoas?
- Vamos, ! Eu vou desmaiar de fome aqui! - Apressava para trancar a porta. Todas as outras três estavam paradas à porta esperando a amiga que acabava de passar gloss em seus lábios. As quatro estavam bem vestidas e animadas para dançar, comer e beber. Era sua primeira saída, deveria ser divertida. Mal sabiam elas o quanto divertida seria...
- Tequila! Lá vamos nós! - gritou no corredor.
- Céus! Você só pensa em bebida? - falou, finalmente saindo do quarto.
- Funk! Lá vamos nós! - gritava também.
- Ô idiota! Nós estamos em Londres! Aqui não existe funk! Só no Brasil - falava dando um pedala na amiga, que gritou e saiu correndo atrás da mesma.
No quarto ao lado...
- Cara! Quem tá morrendo no corredor? - Um garoto alto, só de toalha, saía do banho com os cabelos ainda úmidos.
- Sei lá, vou dar uma olhada pra ver. Acho que tão matando um frango, pela gritaria... - Um garoto de toca levantou do sofá e foi em direção a porta.
- Judd, você fica tão gato quando tá com esse cabelo todo molhadinho - Um loirinho apareceu no quarto, abraçando por trás o que estava de toalha.
- Gays. - Um garoto que até aquela hora estava calado concentrado no que estava passando na tv, olhou para o outro lado, tendo uma vista de dois garotos fingindo ser marido e mulher.
- Caaaaaaaras! - O de toca, que estava olhando pelo olho mágico da porta, gritou.
- O que foi, Danny? O que? - O loiro que estava ‘agarrando’ o de toalha correu até a porta e empurrou o amigo para ver o que estava se passando no corredor.
- Sai daqui, Tom! Eu que tava vendo - Danny empurrou de volta.
- O que tá acontecendo? Que gritaria é essa? - O de toalha agora também corria para a porta, empurrando Tom e Danny para o lado.
- Sai, Harry! Eu tava aqui primeiro! - Reclamou Danny.
- Cara! Que gostosas! - Tom falou. Observando pelo buraco da fechadura.
As garotas estavam rindo pelo corredor e cantando funk. Nem imaginavam quem estava observando-as.
- Cara! Que língua essas meninas estão falando? Inglês que não é! - Harry estanhava, ouvindo a conversa pela porta, sem entender uma palavra.
- Deve ser espanhol, eu acho... - Tom pensava enquanto esperava Danny olhar pelo olho mágico.
- Não é espanhol... É português! Provalvemente elas devem ser do Brasil. - Dougie aparecera novamente na sala, com uma garrafa de cerveja nas mãos.
- É mesmo... Porque espanhol não é também não... - Tom disse concordando, agora olhando para dentro.
- Peraí! Desde quando Dougie sabe das coisas? - Harry perguntou, estranhando a esperteza do amigo. Todos os outros dois se entreolharam e olharam para Dougie. Era estranho ele saber alguma coisa. Muito estranho, como Danny ganhar no videogame.
- Ah, eu dormi com uma já. Falava igual a essas do corredor - Dougie falou, bebendo a cerveja.
- Ah. Tá certo - Os garotos entenderam o porquê e se viraram novamente para olhá-las entrando no elevador.
- Droga! Elas já foram! - Harry disse decepcionado.
- Ah... Acabou a diversão! - Danny falou, deitando novamente no largo sofá.
- Cara! A gente tem que ver elas de novo! - Tom protestava.
- Tom, meu caro Tom... Elas são nossas vizinhas de porta, é só ir lá e bater quando elas voltarem. - Dougie falou o óbvio.
- Claro que sim! E qual a desculpa? ‘Oi brasileiras! Nós estavamos espionando vocês enquanto fazem uma dança sensual em frente à nossa porta e eu gostaria de comer alguma de vocês’. Claro, Poynter! Idéia genial - Tom ironizou, sentando mal humorado.
- A gente precisa de algum motivo para falar com elas... - Danny e Harry falaram pensativos.
Duas horas. Durante todo esse tempo, os garotos não pararam de falar das ‘vizinhas’.
- Eu sou a selvagem! Miau! – Fazendo das mãos, garras. Dougie apareceu desfilando de toalha à lá minissaia no meio da sala, tentando imaginar , que estava usando uma miníssima-saia e uma blusinha de barriga de fora.
E começa a dançar num estilo “coisinha de Jesus”, todo crente que está arrasando num samba, coitado! Se os meninos soubessem o que é funk, aposto que estariam cantando “Vai lacraia! Vai lacraia! Vai lacraia!” zuando da dancinha “Sexy Poynter”.
- Minha vez! – Harry empurrou Dougie pro sofá.
Fazendo da toalha longos cabelos, Judd vai rebolando até Tom, dá-lhe um olhar 43 fatal, joga os cabelos para o lado e senta em seu colo.
- Te quero, Fletcher! – Harry pisca maliciosamente para Fletcher, que retribui a cantada:
- Com este scarpin vermelho, essa calça colada e esses belos ombros de fora... EU FICO LOUCO! – Tom termina de descrever a , mexendo a lingüinha pra fora.
Se Tom assistisse ZORRA TOTAL, estaria pulando feito sapo: “EU TÔ DOIDO! EU TÔ DOIDO! EU TÔ DOIDO!”.
Danny se enrolou no lençol como se fosse um vestido, fingindo ser que, sempre muito comportada, usava um vestidinho rosa curto.
Se virou de costas e começou a se abraçar freneticamente, como se dois despudorados estivessem no maior amasso.
- Calma, Jones! Eu sou virgem! – Danny dizia com voz fina e apalpava seus flácidos glúteos.
Tom amarra os braços de Dougie na cabeceira da cama com toalhas, põe um boné e, fazendo do lençol um chicote, começa a bater em Poynter que dava gritinhos de prazer.
Fletcher imitava o jeito durão de , que estava usando uma boina, macacão e All Star.
- Chega de palhaçada! Como vamos chegar nelas? – Harry olhou para cima com cara de pensativo.
- Caraca, gente! É só chegar chegando! “E aí gatinha? Tudo bem?” E créuuu! Damos uns pegas nelas. Simples assim! Afinal, nós somos os McGostosões ou não? – Só o safado do Danny pra falar uma grosseria dessas.
- Que tal sermos menos canalhas e um pouco mais... Românticos? – Tom sussurrou essa última palavra, mas não deu pra segurar as gargalhadas dos outros Guys.
- Vai fazer coleção de chiclete? – Dougie zombou.
- Até que não é má idéia! Elas devem estar de turismo por aqui e talvez nem conheçam a banda. Devem ir embora e nunca mais nos verão e, de quebra, não ficam com má impressão da gente! – Harry estava gostando da idéia.
- Galanteadores! Qual vai ser o plano? – Danny quis saber.
- E se nós colocássemos ingressos pro camarote VIP do show? – Harry desvendou o plano.
- Eu acho que tenho uns aqui na minha mala! – Dougie foi verificar.
- Vamos logo então! Antes que elas cheguem! – Tom Harry.
Os quatro sairam de seu apartamento para deixar a ‘pequena grande surpresa’ para as garotas. Mal sabiam eles o quanto as deixavam felizes.
Quando estavam enfiando os ingressos por debaixo da porta, começam escutar risadas vindas do elevador.
- Caraaas! Corram! Elas estão vindo! – Danny avisou.
Na correria, eles se esbarraram uns nos outros e caíram no chão. Com sorte, conseguiram entrar a tempo no apartamento antes que a porta do elevador abrisse.
As meninas saíam do elevador todas animadas. Conversando totalmente alteradas, devido ao álcool ingerido meia hora antes. abriu a porta com dificuldade por não enxergar a fechadura, as demais ficaram rindo como loucas.
- Ei, não amassa o papel - falou meio zonza, olhando um envelope no chão.
- Que isso? - perguntou abrindo envelope.
- NÃO ACREDITO! - gritou, roncando. Ela estava mais bêbada que as outras, como sempre.
- EU ACHO QUE EU ESTOU MUITO CHAPADA PRA LER ISSO! - agora segurava os ingressos e lia em voz alta.
- NÓS VAMOS PARA O SHOOOOOOOOOOOOOOOOOOOW DE GRAÇA! - Todas gritaram e, depois, cambaleando totalmente sem equilíbrio. Dica: Nunca beba em excesso e saia pulando e gritando por aí. A tontura só aumenta.
No dia seguinte, sóbrias e de ressaca, as garotas novamente deram uma olhada nos ingressos. Não, não fora um sonho ou alucinação do álcool. Era verdade e elas não sabiam como aquele envelope havia parado lá. Mal sabiam as garotas quem o colocara.
Dois dias se passaram, as garotas ainda conversando sobre o ingresso. Mal podiam esperar, aquilo definitivamente era um sonho que estava perto de ser realizado. As meninas se arrumavam com empolgação, todas estavam eufóricas para ir para o show. Estavam bem vestidas, com roupas novas e bem maquiadas. optou por um vestido curto preto com misturas prata. preferiu uma calça preta jeans com uma camiseta linda. estava com uma saia curta e uma babylook provocativa para o sexo oposto e vestia uma saia longa com uma blusa apertada, um estilo paz e amor, porém com uma pitada de fã. Em sua camiseta, lia-se “MCFLY, LOVE YOU”.
Todas estavam lindas, cada um com seu estilo, prontas e à espera do táxi para o show.
Com certeza, a área vip era muito mais que perfeita. Além de estaram praticamente em frente ao palco, podia-se ter uma vista perfeita delas para o palco, e o palco - ou seja, os meninos - para elas. Estavam tão eufóricas que quando eles entraram tocando a primeira música, as garotas gritaram tanto a ponto de suas gargantas doerem. Mas, à essa altura, já não se importavam. Estavam juntas ali curtindo aquele momento. Um momento de sorte. E quando I’ve Got You tocou, todas elas se esperneavam e cantavam. Aquela música era a favorita das quatro, e cantá-las vendo seus ídolos era mais que um sonho.
Umas garotas, próximas ao palco, cantando euforicamente, chamou a atenção de Danny, que cantava Not Alone, sentado em um banquinho. Notou que eram bastante bonitas [leia-se gostosas] e que sabiam toda a letra da música. Aproveitou que uma das garotas estava olhando diretamente em seus olhos e deu uma piscadela para ela, que faltou desmaiar ao perceber que era para ela. Ele sorriu ao ver a reação da garota e continuou cantando.
- ! O que foi isso? - As garotas gritavam para a amiga, passando mal com a piscada.
O show continuou com gritos, pulos e algumas olhadas de Danny e Dougie, que tambem percebeu a beleza [leia-se corpo gostoso] delas. Tom e Harry não estavam prestando atenção nas garotas, estavam concentrados na música. Os garotos pararam de tocar. No começo do show, haviam prometido uma surpresa para as fãs. Essa hora chegara.
Dougie anunciou no microfone, junto de Harry.
- E aí, Loooooooondres! - Harry gritou. Toda a platéia gritou e aplaudiu.
- Nossa surpresinha vai ter uma certa premiação! - Dougie começou, fazendo suspense.
- Um concurso de karaokê! As que cantarem melhor, nos levarão para casa... Quer dizer, para um restaurante! - Harry terminou de falar, arrumando sua frase, ao receber um beliscão de Danny. Todas as garotas esperneavam para serem escolhidas, inclusive as quatro situadas bem a frente do palco.
- Eu escolho... - Tom olhava confuso para a platéia. Cheia de garotas empurrando umas às outras. Danny viu que o amigo iria demorar a escolher e foi logo tomando alguma iniciativa. Procurou com os olhos a garota da piscada entre a multidão. Avistou-a gritando e pulando também. Apontou o dedo para ela, que teve um pequeno grande surto ao perceber que aquele dedo estava apontando para ela. Subiu ao palco com a ajuda do segurança, puxando consigo, as outras três, desesperadas e descontroladas. Ao subir ao palco. As quatro sentiram suas pernas tremerem. Danny chegou ao lado de , que sentiu o coração pular para fora. Seu preferido estava bem ao seu lado.
- Qual é o seu nome?
- ... - Gaguejava a garota.
- ? - confirmava ele olhando em seus olhos.
- Sim, sim. - estava menos tensa agora.
- Então, , posso te chamar assim? - eles se conheciam em pleno palco.
- Po-ode. - voltava ao desespero a menina.
- Qual é a sua música preferida?
- Not Alone. - ela respondeu, ficando vermelha. Suava frio, estava tensa, porém, tentava se mostrar calma, não obtendo muito sucesso.
- Ah, adoro essa música também. Então, vamos cantar? - perguntava Danny, que já sonhava alto com a menina, tão jovem, linda, meiga, gostava da mesma música que ele e parecia tão carinhosa.
- 1, 2, 3, 4 - ele deu o sinal. Harry começou com a bateria. Olhando atentamente a garota de vestido preto curto, deixando transparecer suas bonitas e grossas pernas. Dougie estava hipnotizado pela garota de minissaia. Como era gostosa. Tom ajudava uma garota, que estava tremendo ao palco. Ela era diferente das outras. Vestia uma saia longa que a deixava mais curioso e cheio de vontade de tirar.
Danny apenas tranquilizava , que parecia à vontade cantando a música. Vieram outras garotas competir, mas o garotos estavam decididos. Eram elas com quem queriam sair.
- As vencedoras são... - Dougie fazia suspense, ele adorava fazer isso. Olhou para as garotas paradas ao palco, entre as quatro, estavam mais outras. Uma ruiva, uma baixinha e uma gordinha. Quase que Dougie deu para trás, escolhendo a ruiva, que parecia muito... ahm... picante, para não se dizer outra palavra. Mas ao perceber os olhares dos outros, secando as primeiras que cantaram, desistiu. Escolhendo as quatro mais eufóricas, que acabaram fazendo uma festa total no palco, deixando as outras concorrentes com vontade de matá-las.
O show havia acabado e o nervosismo das garotas só aumentavam, sendo guiadas por dois seguranças até o camarim dos garotos. Iriam sair com eles, não estavam acreditando. Caminharam até um corredor. Havia uma porta afastada no final. Elas olharam a placa e se entreolharam.
- AAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! – Elas caíram na real ao lerem McFLY.
- Me belisca! Eu devo estar sonhando! – Pediu .
- AAAAIIIII! Eu pedi um beliscão! – gritou ao receber um chute de .
- Essa coisa de “me belisca” já tá fora de moda! – se explicou.
- Gente! Eu tenho um segredo pra contar! Eu já estava pressentindo que eles iriam nos escolher, o Danny me deu um olhar sexy quando estava cantando Not Alone durante o show! Ele se apaixonou e não teve jeito! Estamos aqui graças ao meu poder de sedução! – Gabou-se .
- Olha a poderosa que quase fez xixi nas calças quando aquele garoto da escola deu um oi falando! – debochou.
Quando foi abrir a boca para reivindicar, dois seguranças as chamaram para dentro. A porta foi aberta e as garotas puderam ver seus ídolos lá dentro. O coração das quatro aceleraram com a grande euforía que tomara conta aquela hora. As garotas entraram dentro do camarim com largos sorrisos estampados.
- DOUGIEEEEEEEEE! I LOOOOOOOOOVE YOU! – chegou agarrando o pobre coitado que por um momento gostou de ver uma garota de minissaia e top o agarrando.
- Oi pra você também! – Dougie tentava falar enquanto não parava de beijá-lo, o fazendo ficar “alegrinho”.
- Olá! – Danny cumprimentou , que ficou toda vermelha olhando pro chão sem conseguir falar.
ficou paralisada olhando para o Harry. Como era sexy.
Harry achou engraçado aquela garota parada sem reação em frente a ele. Passou a mão no rosto dela pra ver se ela estava bem, o que causou um certo pré-desmaio em , após sentir que estava tão perto dele.
Quando ele foi tirar a mão...
- Harryyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyy! – se desmumificou, agarrando a mão de Judd que quase teve um treco pelo susto que levou.
chegou já atacando uma mesa cheia de guloseimas que tinha no canto da sala.
Tom, que acabara de sair de seu banho, chegou em enxugando os cabelos e sem a camisa.
- Vamos com calma aí! Eu ainda pretendo levá-las para jantar! Mas esses bolinhos realmente são gostosos. – Fletcher alertou a gulosa.
, que se deparou com aquela estrelona no peitoril másculo do Tom, ficou doidona.
- É! Essa estre... bolinho é muito gostoso! – fazia cara de pervertida olhando para aquele tórax. O garoto percebeu e deu um sorrisinho.
Como Harry e Dougie estavam sendo atacados e inabilitados de falar, e Tom estava terminando de se trocar, sobrou para Danny dar a notícia, já que não sabia fazer outra coisa além de imitar um tomate.
- É o seguinte, garotas! Temos uma surpresinha para vocês! Espero que estejam com fome - Ele falou.
- Eu estou faminta! - falou de boca cheia. Em seguida, ficando corada ao perceber que os olhos se voltaram para ela.
Ao entrarem no ônibus de turnê dos guys, não conseguia tirar seu olhar de Harry. O mesmo acontecia com o garoto. “Ela é tão linda, tão sexy”, ele pensava. conversava afobada com Dougie. A tensão entre eles era grande, já que usava uma micro saia. Ele não parava de fitar suas pernas. Tom e conversavam sobre suas bandas favoritas e ainda estava sem jeito para conversar. Seu ídolo estava ao seu lado, como deveria agir?
O ônibus entrou em uma rua familiar. As garotas observavaram parar em frente ao hotel em que estavam hospedadas.
- Como vocês sabiam onde estávamos hospedadas? – perguntou, olhando os garotos saírem do ônibus.
- Hã? Não, não... Nós que estamos hospedados aqui. – Harry sorriu para a garota.
- Como assim, vocês estão hospedados aqui? Nós estamos aqui! – falou, alimentando a informação.
- Peraí! Vocês também estão hospedadas aqui? - Dougie entrou no meio.
- Sim sim! Durante uma semana. - agora falava.
- Então... Quer dizer... Estamos no mesmo hotel? - Danny processou mais rápido. [n/a: pela primeira vez hahahaha]
deixou soltar um gritinho de susto e felicidade, mas logo tampou a boca envergonhada.
- Uau. Que demais - Harry falou fitando , que sorriu de volta.
- Então vamos entrando, senão a comida esfria - Tom falou empurrando todos para dentro.
Coberturas de hotéis tendem a ser luxuosas e bonitas. Coberturas de hotéis famosos e de cinco estrelas tendem a passar dessa especificação e tornar-se algo extraordinário. As garotas notaram isso após sairem do elevador direto ao último andar. A cobertura estava coberta de pétalas de rosas jogadas ao chão. Na piscina em U, boiavam velas acesas, fazendo o clima mais romântico. Uma enome mesa de vidro com oito assentos, ocupava um local coberto de plantas com vista para a grande cidade iluminada. Era um sonho. Mais que isso. As velas na mesa e a música tocando suave de fundo faziam as meninas se deslumbrar daquele momento mágico. Eram as garotas mais sortudas do mundo.
- Quer dançar? - Danny perguntou gentilmente para , que estava um pouco mais a vontade. A garota confirmou com a cabeça e deu a mão ao garoto, que a guiou para perto da piscina, dançando suavemente conforme a música. estremeceu ao sentir o garoto tocar em sua cintura. Ficou sem jeito. Danny percebeu que a garota estava sem graça com o momento e tentou relaxá-la. Colocou as mão dela em volta de seu próprio pescoço e encostou seu rosto no ombro da garota, percebendo um certo tremor em suas pernas. Riu com a situação e continuou a dançar pensando em como ela era especial.
Harry e estavam sentados na mesa. Harry continuava fascinado pela beleza da garota. , que não tinha muitos problemas de timidez como , conversava com ele, prestando mais atenção em sua boca do que em sua conversa. Era incrível como, quando ele sorria, a deixava com vontade de pular em seu pescoço e nunca mais largar. Harry sentia o mesmo.
- Então... vocês e suas amigas já eram fãs da nossa banda?
- Ahm... sim, nós curtimos muito a música de vocês - respondeu o mais casualmente possível, para não ter que falar “Nós somos seriamente obcecadas por vocês, nós somos doentes”. Se falasse isso, concerteza iria soar meio estranho. Harry sorriu ao vê-la elogiar sua banda. Se sentia feliz quando alguem falava que gostava das músicas, e não dos garotos. Eram poucas as garotas que pensavam assim.
- O mais engraçado é que não pagamos para entrar. - Disse ela, lembrando de quando chegaram e viram os ingressos no chão. Harry processou a informação. Então elas eram as garotas do corredor. Uau. - Não consigo entender como foram parar lá! É muita sorte - Ela continuava falar tentando desvendar o mistério. Harry corou um pouco. Ele tivera a idéia de colocar os ingressos de baixo da porta das garotas para que elas fossem ao show. Mas não podia falar, pois pareceria um pouco estranho e pscicótico da parte dos garotos.
- Bom... você sabe que toda fã tem seu favorito, não? - Harry mudou de assunto, antes que ligasse os pontos e descobrisse.
- É verdade... Cada um tem preferência por um. - Ela falou, sorrindo sem graça ao lembrar quem era o seu favorito.
- Deixa eu adivinhar... Você é Poynter? - Harry perguntou, curioso. deu uma risadinha balançando a cabeça em negação.
- Jones...? - Ele perguntou, olhando para o amigo, que estava dançando colado com uma das garotas. novamente balançou a cabeça em negação.
- Fletcher? - Perguntou mais uma vez, desejando que a resposta fosse novamente não.
sorriu para ele, que retribuiu entendendo que o favorito dela era ele. Harry se aproximou, sentindo a respiração ofegante da garota. Passou a mão pelo queixo da garota, que fechou os olhos com o toque. Ele se aproximou mais, agora colando os lábios. O beijo foi lento no começo, intensificando-se depois. Harry continuava a pensar em como era perfeita.
Tom estava adorando o jeito de . Ela, com certeza, era a mais diferente das quatro. Parecia não ligar muito para aparência nem para o que os outros pensavam, e isso o deixava com um sorriso bobo estampado na cara a cada palavra que a garota falava. Todas as fãs que ele havia saído eram bonitas, porém fúteis. era especial. Era inteligente, com uma conversa divertida e linda naturalmente. Eles conversavam com os pés mergulhados na piscina iluminada. estava alucinada, como ele era engraçado... Tom falava de sua vida com os garotos, de como era engraçado conviver com eles.
- Então, você se divertiu hoje? - Ele perguntou, olhando para saia da garota, que agora batia no joelho, por estar levantada para não molhar.
- Demaaais! - Ela riu, olhando para sua covinha, formada após um sorriso.
- Quer se divertir mais? - Tom olhou dando um sorrisinho de canto de boca.
- Como? - Ela perguntou inocente.
Tom pegou em sua cintura a empurrando para dentro da piscina. Fazendo a garota dar um grito e puxá-lo junto dela. Os dois mergulharam na piscina aquecida rindo e jogando água um no outro. Tom a olhava pensando em como nunca tinha encontrado uma garota tão legal e diferente como ela.
estava olhando a vista longe de todos. Dougie se aproximou, lhe entregando uma taça de vinho.
- Lindo, não? - Ele falou olhando a bonita vista em sua volta. Todos os prédios estava iluminados. O parque era em frente. Estava calmo. O vento batia em seus rostos.
fechou os olhos, sentindo. Dougie a observou. Como aquela garota conseguia ser tão sexy em alguns momentos, mas tão angelical em outros? E por que estava sentindo borboletas no estômago? abriu novamente os olhos, vendo o garoto a observando. Ela corou um pouco por sentir sua mão fria com o nervosismo de estar ao lado dele. Dougie não tinha mais controle sobre sua mente. Aproximou seus rostos e a beijou diante daquela incrível vista. Aquele beijo era o famoso beijo de cinema. Era tudo um sonho. Um sonho que não poderia acabar.
Os garotos se encaminharam até o palco improvisado, perto da piscina. Estavam todos com sorrisos até a orelha. Danny virou para sua “platéia particular” com o microfone na mão. As meninas estavam curiosas, se olhavam e não entediam nada, estavam confusas demais. Tudo aquilo não fazia muito sentido. Harry se sentou na bateria, Danny e Tom pegaram os violões e microfones e Dougie se ajeitou com o baixo elétrico. Então os garotos começaram:
It's all about you (it's all about you)
It's all about you baby
It's all about you (it's all about you)
It's all about you
Yesterday you asked me something I thought you knew
So I told you with a smile, it's all about you
Then you whispered in my ear and you told me too
Said you'd make my life worthwhile, it's all about you
And I would answer all of your wishes
If you ask me to
But if you deny me one of your kisses
Don't know what I'd do
So hold me close and say three words like you used to do
Dancing on the kitchen tiles, it's all about you, yeah!
And I would answer all of your wishes
If you ask me to
But if you deny me one of your kisses
Don't know what I'd do
So hold me close and say three words like you used to do
Dancing on the kitchen tiles
Yes you make my life worthwhile
So I told you with a smile
It's all about you
It's all about you (it's all about you)
It's all about you baby
Com certeza, um ataque de gritos e aplausos foram iniciados com o término da música. As meninas ficaram perdidas no encanto em que expressavam. Queriam chorar, rir e gritar; elas queriam explodir de felicidade, mas se contiam em olhares apaixonados e gritos. Mais uma surpresa. Os meninos se entreolharam com o resultado que a música causara nelas e foram cada um para cada acompanhante e deram um longo beijo, as fazendo ficar mais anestesiadas ainda. , que recebera o primeiro beijo do garoto naquela noite, pareceu gostar muito e perdeu um pouco a timidez, o que fez o garoto mais feliz ainda, ao tocar em sua barriga, descoberta por causa da blusa que havia subido um pouco.
Dougie e foram para um lado reservado, para uns amassos mais fortes. Tom e pularam novamente na piscina, jogando a metade da água fora e rindo em seguida. e Harry continuaram parados onde estavam, perdidos em seus beijos e carícias. O mundo, para eles, parecia ter parado.
O dia já estava amanhecendo quando as garotas se deram conta de que já era tarde [leia-se cedo] e que deveriam descansar em seus respectivos quartos. Os garotos pareceram um pouco desapontados, mas não hesitaram de acompanhá-las até a porta. Afinal, eles eram vizinhos.
Tom e continuavam molhados. Ao saírem correndo pelo corredor, Tom a abraçou sua cintura a beijando o pescoço, coisa que fez a menina arrepiar-se.
- Obrigado pela noite, . - Ele falou virando de frente para a garota com um sorriso que fez com que ela ficasse perdida em sua fofa covinha. Deu um beijo de despedida na garota, a encostando na porta. não queria ter que se despedir, mas tinha aula logo cedo. Sua primeira aula na faculdade de Londres. Deu um sorriso após beijá-lo e entrou para o quarto.
As outras ainda continuaram enrolando no corredor. Dougie e não desgrudavam os lábios um segundo, aquele clima de pegação estava sendo a melhor coisa para ambos. sabia que não poderia passar daquilo, não aquele dia. Teria a droga da aula da faculdade que não a deixava continuar com aquele momento. Passou os lábios no canto da boca de Dougie, que estava de olhos fechados encostado na parede ao lado do elevador. Ela colocou suas mãos em seu pescoço, o fazendo abrir os olhos lentamente. encarou aqueles lindos olhos azuis e sorriu. Seu sonho de beijá-lo havia sido realizado.
- Foi perfeito hoje - Ele sussurrou em seu ouvido.
- Eu digo o mesmo - Ela falou, agora dando um longo beijo e despedida.
Danny e ainda estavam na cobertura, vendo o sol nascer junto de e Harry que estavam sentados e abraçados.
- Nunca imaginaria esta cena. - falou.
- Muito menos eu. - Harry sorriu para ela.
ficou um tempo ainda olhando para ele. Como isso estaria acontecendo? Ela era a pessoa mais feliz do mundo. Pelo menos naquele momento estava se sentindo uma.
Harry selou seus lábios em um beijo. Um beijo longo e apaixonado. Um beijo que ambos não queriam que acabasse.
- Eu sempre vou lembrar desse momento. - Harry falou, beijando seu pescoço. fechou os olhos. Aquelas borboletas no estômago estavam bastante agitadas.
Danny abraçava a garota, fazendo cócegas. ria entre os carinhos que ele fazia. Danny virou de frente para a garota, dando um selinho carinhoso.
- Quando falaram da idéia de levarem quatro fãs para jantar, nunca imaginei que uma delas fosse tão especial como você. - Danny falou, observando a garota ficando corada ao ouvir. levantou a cabeça de novo o olhando sorrir. Estavam com os rostos próximos. Danny colocou a mão sobre o rosto de , que fechava os olhos. Se aproximou calmamente e eles foram abrindo as bocas devagar. Se beijavam e suas línguas dançavam na boca do outro, se abraçavam agora. Um beijo perfeitamente de cinema.
Quando abriu os olhos novamente e olhou em seu relógio, viu que estavam atrasadas para a primeira aula.
- Desculpe, temos que ir. - Ela falou, olhando agora para , que contiuava a beijar Harry.
- Eu entendo. - Danny falou, dando um selinho. - Eu e Harry vamos ficar aqui mais um pouco, tentando nos recuperar do sonho. - Falou dando um sorriso em seguida, sendo correspondido com um selinho de despedida da garota e um aceno de , que já estava de pé e dando um último beijo em Harry.
Segunda-feira. O primeiro dia de suas aulas na faculdade. Já estavam atrasadas. Já eram oito horas e as garotas ainda tentavam esconder as olheiras que permaneciam por não terem dormido na noite anterior. As aulas passaram voando, as garotas ainda lembrando de como aqueles quatro garotos eram perfeitos. Não conseguiram prestar atenção em nenhuma das aulas. Como prestar atenção após a noite anterior?
Andavam pelas ruas de Londres, ainda avoadas. Não estavam acreditando.
- Ainda não caí na real que foram eles que colocaram os ingressos... - falava alucinada.
- Dougie Poynter disse que foi perfeito. - brilhava os olhos continuando a falar. - Perfeito comigo.
- Fui beijada por ninguém menos que Harry Judd! - soltou um gritinho.
- E que beijo, hein? Nós vimos, viu, safadinha! - falou para a amiga que ficara vermelha com o comentário.
- E você, dona , não pode falar é NADA! Nós vimos você também! HAHAHA, as quietinhas são as pioreeeeees. - falava alto, no meio da rua, deixando em uma situação muito constrangedora.
- Gente! FOI TUDO PERFEIIIITOOOO - gritou, abraçando as três.
- Nós somos tão sortudas! - As quatro falaram juntas.
Viraram a esquina observando uma imensa loja de cds, inúmeras televisões passavam clipes. As garotas se animaram quando viram muitas guitarras, baterias e baixos pregados na parede. Passaram algum tempo por lá vendo os cds novos, dvds de shows e clipes na grande TV no meio da loja. Uma música muito conhecida começou a passar pela tela. Todas sentiram suas pernas tremerem ao ouvir qual música passava na tv. All About You. Elas se entreolharam cheias de lágrimas e se abraçaram. Passaram pelo melhor momento juntas. E aquela música lembrava tudo que passaram.
Umas outras garotas entraram frenéticas na loja, ao ver qual clipe estavam passando.
- Olha, Tiffy, é McFLY! - Uma ruiva puxou a amiga para perto da tv, babando no clipe.
- Eles são tão lindos! - A outra pulava do lado da amiga.
- Um dia eu ainda beijo um deles! - A ruiva falou sonhando alto.
As quatro que estavam ao lado apenas observavam as duas babando por uma imagem. Mal sabiam elas que já haviam beijando aquelas bocas. As quatro se olharam rindo e saíram da loja.
Inesquecível. Era sim que os garotos definiram a noite anterior. Ainda falavam daquelas quatro garotas com quem ficaram horas antes.
- Anda, Danny! Escreve isso logo! - Dougie apressava o amigo na porta de seu quarto.
- Calma! Tô escrevendo devagar pra letra ficar bonita! - Danny reclamava.
- Que gay isso! - Harry deu um pedala no garoto, que estava escrevendo em um papel.
- Anda gente! As malas já estão lá em baixo! - Tom vinha do elevador. Tinham um show aquela noite em outra cidade. E precisavam sair quanto antes. Quanto antes não. Não antes do bilhete...
Danny terminou de escrever e empurrou o bilhete para dentro da porta do quarto ao lado. Os quatro deram mais uma olhada na porta suspirando. Era a despedida.
, , e chegaram ao elevador quarenta minutos depois. Quarenta minutos após os garotos deixarem o hotel. Elas teriam que deixar esta noite, pois o apartamento já estava pronto.
abriu a porta, pisando em um pequeno papel. As garotas olharam para o tapete.
- Essa cena parece familiar. - falou.
- Exceto o fato de não estarmos bêbadas. - lembrou.
- Fale por você, que sempre fica. - riu da amiga.
abaixou e pegou o papel que estava dobrado. Abriu ele, sendo rodeada pelas amigas, que queriam ler o que estava escrito. leu em voz alta:
Garotas, não iremos esquecer.
E, cada uma, lembre-se sempre: Não foi apenas uma tacada de sorte encontrá-las. Foi algo muito além.
Com amor,
Danny, Tom, Dougie e Harry.
xxx
terminou de ler. Pegando uma caixinha preta no chão, abriu e viu uma foto tirada no dia anterior. Uma foto dos oito. As garotas se abraçaram novamente. Inesquecível. Sempre!
FIM
n/a: UOOOW! Conseguimos terminar a fic! Nossa, a história de como a fic foi escrita foi bastante engraçada. Nós nos conhecemos pela tag do site e resolvemos do nada fazer uma fic. Ficou enooooorme, pelas nossas inúmeras idéias e nós adoramos escreve-la! Espero que tenham gostado de ler, como nós gostamos de escrever. Amamos vocês!
Thata, Júh e Mima ;*