Era para ser um dia normal, um dia bonito, de sol, com passarinhos cantando.
estava em sua casa, esperando ao lado do telefone.
"Porque ele não liga?" Ela ficava pensando. Pegou o telefone e colocou em sua orelha para checar se estava funcionando. A linha fez seu barulho de costume. É, estava funcionando, e fazia mais de duas horas que ele não ligava. Ele teria chegado em casa, já? "Já sei!" Pensou com toda sua ingenuidade. "Ele deve estar fazendo uma de suas brincadeirinha estúpidas, mas daqui a pouco ele vai chegar aqui em casa e me fazer uma surpresa. Vai sim, tenho certeza." A menina se convencia, achava que se ela falasse que tudo estava bem, se pensasse positivo, ele iria esquecer a briga do dia passado e ligar para ela. É igual quando você está de regime, você pense que se comer um pouquinho de cada coisa irá engordar menos. A verdade é que você irá engordar a mesma coisa e, no final, se você tivesse comido aquele prato de macarrão, não ia ter te feito tanto mal assim.
A menina levantou da poltrona, olhando paro telefone. "Talvez ele me ligue quando eu menos esperar", ela pensou. Foi até a cozinha se convencendo que nem ligava mais se ele ia ligar ou não, abriu a geladeira.
- Tá, vamos ver. Iogurte com Nescau? Não, não. - Ela disse, balançando a cabeça. - Estranho demais!
A menina avistou um pote de Hägen Dazs de morango.
- Agora sim - abaixou para pegar o pote quando... TRIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIM.
- FINALMENTE! - A menina largou a porta da geladeira aberta e correu até o telefone. Esperou o terceiro toque e fez a voz mais relaxada que conseguiu.
- Pois não?
- ? Você não vai acreditar!
- ?
- Não, o conde Drácula! Claro, né, sua babaca. Estava pensando que era quem?
- Ah, ninguém importante. - Mentira. Claro. Nessas horas, agradeceu por não estar a vendo, ela sempre sabia quando estava mentindo.
hesitou um pouco antes de falar.
- , me fala, aconteceu alguma coisa?
respirou profundamente.
- Eu briguei com o .
- Calma, querida, tudo vai se resolver. Ok?
- Eu espero, ! Realmente espero.
- Você precisa de alguma coisa?
- Não, amiga! Obrigada, eu vou desligar agora, eu preciso deixar a linha desocupada.
- Ok, querida! Beijos. E boa sorte.
- Beijos e obrigada.
Mais cedo naquele dia...
- , se eu te falar uma coisa, você jura que não vai ficar brava?
- Depende, que coisa? - A menina olhou para ele com os dois olhos verdes abertos.
- Ah, nada não, deixa quieto! - disse e virou sua atenção para o jogo de dedos que eles estavam fazendo.
- Ah não, fala!
O menino negou com a cabeça.
- Fala, se não eu te soco. E olha que eu sou forte. - Disse , fazendo pose de macho.
- Uh, macho girl. Nem rola, não vou falar.
- Ah, não vai, é? - A menina levantou uma sobrancelha.
- Nãnãninãnão. - Ele disse, rindo.
- Então, eu vou ter que usar meu método mais forte. - Ela disse, levantando e chegando mais perto dele, ele tremeu.
- Você tem certeza que não vai me falar? - Ela disse, sentando no colo dele e sussurrando na sua orelha.
- Não. - Ele disse com toda calma.
- Ah, poxa, que saco. - Ela saiu do colo do menino, foi até um canto, cruzou os braços e fez cara de emburrada.
- Oh, não fica assim, neném.
- Poxa, você não vai me contar? Eu vou morrer aqui, eu nunca te escondi nada!
- Não escondeu? E aquela vez que você disse que ia na casa da Júlia e acabou indo na casa do Pedro? E NÃO me falou nada? - Ele disse, cruzando os braços.
- Ai, que coisa velha, ! Quem vive de passado é museu! - A menina disse, tentando mudar de assunto. - A questão é que eu quero saber o que é. ME FALA, VAI, POR FAVOR, POR FAVOR! EU SOU UMA MENINA TÃO BOA! - Ela ajoelhou e fez cara de santa.
- Eu falo. Mas você não pode ficar brava, e tem que me prometer que nada vai mudar na nossa amizade.
- Nossa - a menina se preocupou. - Tá bom, eu prometo.
- É que, erm, sabe... eu... você...
- Tá, eu e você, já entendi. Onde você quer chegar com isso, ? Você está me deixando preocupada!
- É que, hum, eu.. acho.. que...
- Caramba! Você acha o quê? Aconteceu alguma coisa, ? - A menina colocou a mão na mão dele. - Você sabe que pode me falar tudo, não sabe?
- Ai, por que você tem que dificultar tudo? - Ele sussurrou.
- Dificultar, como assim, ?
O menino se calou.
- , me fala o que está acontecendo agora.
Ele continuou quieto, fitando seus sapatos.
- PORRA, ME FALA AGORA OU EU NUNCA MAIS FALO CONTIGO! É ALGUMA COISA SÉRIA? AI, MEU DEUS! VOCÊ ESTÁ DOENTE, NÃO É? AI, MEU DEUS, AI, MEU DEUS!
- CALA A BOCA! - Ele berrou.
A menina sentou-se do lado dele e ficou quieta.
- Desculpe-me, . Eu estou meio nervoso!
- Tudo bem, mas você não está doente, não é? Por favor, diz que não.
- Não, eu não estou doente, !
- Ai, graças a Deus! Eu não ia saber o que fazer sem você. - Ela o abraçou.
- Me promete que você vai estar sempre comigo? Não importa o que aconteça?
Ele acariciou os cabelos dela e sussurrou.
- Até o final dos tempos, meu amor!
Eles continuaram naquele abraço por um tempo. Mas uma questão ficou martelando a cabeça de : o quê será que ele tinha para falar?
a abraçou forte, ele tinha certeza que não iria abraçá-la daquele jeito por muito tempo.
- , o que você tem para me dizer? - falou seriamente, olhando em seus olhos.
- , eu não sei como dizer isso. Eu sempre tive uma queda por ti! - A menina se levantou. - Por favor, ouça até o fim. - Ele pegou a mão dela. - De uns anos para cá, acabei começando a reparar em ti, a minha menina tinha crescido... Lembra daquele dia que eu te levei para conhecer os meninos?
Ah, sim, ela lembrava. estava lindo naquele dia. Seu sorriso parecia mil vezes mais radiante. Daí ela lembrou. Lembrou de como ele ficou estranho após ela ter ficado amiga de . virou um outro amigo para ela e numa festa eles acabaram se beijando, uma coisa leva a outra e começaram a namorar. Ela percebeu agora como tinha se afastado, ele estava estranho. Toda vez que ele encontrava e juntos era como se ele entrasse em "modo robô". A risada dele não era verdadeira, nem as palavras. Ela lembrou de quando ela disse que tinha pedido ela em namoro e da reação de .
- Ai, meu Deus - foi tudo que ela conseguiu dizer.
- Espere, ainda não fale nada. Eu preciso terminar.
A menina assentiu com a cabeça.
- Você ficou amiga de , ele te olhava com outros olhos, e você também para ele. Eu tentei, juro que tentei te esquecer, afinal, ele gostava de você. Eu perdi a conta de quantas vezes eu perdi o sono pensando em você. Pensando em um jeito de fazer você perceber que eu era o homem certo para ti, pensando em como te superar. Em vão, claro, acho que nunca vou conseguir. Você tem um brilho, , um brilho diferente. Você marca as pessoas que você conhece, você é especial. Bom, o que eu quero dizer é... Que eu te amo. Sempre te amei.
A menina ficou pasma, como assim o melhor amigo dela gostava dela? Por que ele tinha que ter falado para ela? Por que não tinha simplesmente guardado para si? Ela iria perder a amizade e tudo que eles construíram juntos iria desabar. O que ela faria agora?
- Por favor, ! Fale alguma coisa. - Ele disse, sentando no sofá e colocando a mão em cima da dela.
Ela retirou a mão dele.
- Por favor, , não faça isso. - Ele falou com lágrimas nos olhos.
- O que acontece é que eu estou com o , e muito feliz com ele. A gente nunca iria combinar, você não vê?
- Eu tenho certeza que a gente consegue dar um jeito!
- NÃO! A gente NÃO vai dar um jeito, eu amo o . Você consegue entender isso?
Uma lágrima caiu na face do menino, aquelas palavras doíam. Era como se pegassem seu coração e o rasgassem.
- A gente vai se casar. Um dia, eu espero. E vamos ser muito felizes juntos, tenho certeza que isso que você me falou é um delírio. Você vai encontrar seu par um dia, , tenho certeza que vai.
O menino continuou a chorar.
- , não faça isso. Por favor, diga-me que você está brincando. - Ela disse, colocando a mão no rosto do amigo.
Ele mexeu o rosto para que ela não o tocasse.
- ... - Ela disse com os olhos cheios de lágrimas.
- Por favor, , só... só vá embora.
A menina olhou para ele, ela sentiu um aperto no coração. Ela se dirigiu à porta e olhou para ele.
- Adeus. - Ela disse.
Ele olhou para ela, sua face estava molhada e ele havia começado a soluçar.
- Por favor, quando você puder, ligue-me! Para a gente resolver tudo. - Ela disse, tentando encontrar os olhos dele.
- Vá embora, . Por favor, você já não percebeu que acabou? Nossa amizade acabou. A nossa conexão acabou, tudo que a gente construiu em anos acabou. ACABOU! - Ele parecia desesperado. - VÁ EMBORA! E NUNCA MAIS OLHE PARA MIM.
A menina olhou para ele e saiu porta afora. Desceu as escadas e começou a andar pelas ruas de Londres.
foi até a janela e a viu, viu o amor de sua vida inteira andando, ela estava indo embora e ele não podia fazer nada. Ele havia cometido o maior erro de sua vida. Por que ele contou a ela? Ele achava que tinha uma chance de ela corresponder o sentimento. Uma pequena chance, mas havia. Ele havia depositado todas suas esperanças naquelas três palavras: "eu amo você", agora seus sonhos haviam desmoronado, ele havia perdido sua melhor amiga e o amor de sua vida.
O que ele iria fazer?
A esse ponto, já estava chorando. "Burro, estúpido, babaca. Por que você tinha que falar isso?" Ela correspondia o sentimento, ela sabia que sim. Mas ela tinha passado tanto tempo tentando tirar essa ideia da cabeça... Colocou suas mãos no bolso e percebeu a presença de um papel nele, cautelosamente olhou para os lados e o abriu.
"Querida ,
Eu sei que eu já devo ter falado que eu te amo, mas eu preciso te explicar tudo, desde o começo. Espero que um dia tudo volte ao normal. Eu estava vivendo com esse segredo comigo há muito tempo e não aguentava mais, tive que falar. Eu não queria te apresentar aos meninos, nunca quis, sabia que ia acontecer algo assim. Acho que uma pequena parte de mim pensou que era só coisa da minha cabeça, que você iria perceber que eu era o cara para ti. Acho que eu me enganei, certo? Mesmo depois disso, meu coração achou que você poderia gostar de mim, de qualquer jeito, então eu falei hoje que gostava de você. Coração apaixonado é bobo, não é? Bom, o que eu quero dizer é que eu não vou te esquecer, nem todos os anos que passamos juntos, as risadas, principalmente a sua risada, como eu sempre digo, a mais escandalosa e mais fofa do mundo, as piadas e os apelidos bobos. Poxa, como eu queria que nada disso tivesse acontecido, eu ter falado que te amava, quero dizer, eu queria ainda poder te abraçar e poder jogar totó contigo, e deixar você ganhar, como sempre. Eu amo absolutamente tudo sobre você: seu cabelo, seus traços delicados, seu cabelo ondulado, seus olhos verdes, seu jeito, seu sotaque, suas roupas, seu sarcasmo, suas brincadeiras. Eu poderia passar um dia inteiro falando todas as coisas que eu amo em você.
A última coisa que eu vou te falar, melhor, lembrar é aquele dia na oitava série, acho que você não lembra... Era dia 27 de novembro e nós tínhamos nossa primeira festa open bar, foi a primeira festa que você ficou de porre. Você não deve lembrar, mas eu lembro muito bem. Eu fui de táxi na sua casa e te dei uma rosa, você estava maravilhosa naquele seu vestido roxo curtinho. Seus cabelos estavam enrolados e caindo em seus ombros delicados. Entramos no carro e começamos a mexer no rádio, o motorista ficou irritado porque não deixávamos em uma estação só. Eu perguntei por que você estava mexendo tanto no rádio, você me disse: "nós não temos uma canção, só nossa, quero dizer, eu estava procurando uma". Eu disse que ela estava batendo na porta. Saindo tarde, batendo em sua janela, quando você está no telefone ou falando baixo, porque está tarde e sua mãe não sabe, nossa canção é da maneira que você ri. Você sorriu e disse que se contentava só com essa canção. Pulando algumas partes, você começou a beber, na verdade, nós dois começamos. No final da festa, quando só os mais íntimos haviam sobrado, resolveram brincar de "sete minutos no paraíso" e a gente acabou caindo junto. Você estava bem bêbada naquela hora, e confesso que eu também, então nos beijamos. Aquele beijo para mim foi como um balde de água fria em um calor insuportável. Eu voltei à sobriedade e ficamos nos beijando todos os sete minutos. Eles foram inesquecíveis para mim. Mas, no dia seguinte, você não lembrava de nada, mas eu sim, lembrava de cada detalhe e foi aí que a minha paixão por você começou. Eu nunca falei com você sobre isso para não afetar nossa amizade. Até hoje.
Querida, eu só quero que você saiba que eu sempre vou estar aqui para sempre e que eu vou te amar para sempre. Não importa o que aconteça... Obrigado por tudo, e eu espero que um dia nos encontremos novamente. Use o tempo que quiser e acredite que eu vou estar esperando por você.
Eu vou ter que passar minha vida cantando uma só canção,
Eu vou ter que aprender a viver sozinho na solidão,
Eu vou ter que lembrar tantas vezes o riso dos olhos seus,
Eu vou ter que passar minha vida tentando esquecer este adeus,
Eu vou ter que esquecer seu sorriso e o pranto dos olhos meus,
Eu vou ter que esquecer seu olhar na hora do adeus,
Eu vou ter que esquecer minha vida,
Só você não percebe por que,
Eu vou ter que passar minha vida esquecendo você.
Milhões de beijos, abraços e tudo de bom.
Seu "
Ela foi correndo para casa, tomou um banho e esperou ao lado do telefone, esperou aquela ligação.
XXXXXXXX
A menina, de repente, percebeu o que devia fazer. Sentada em sua cama, comendo sorvete, foi até seu armário e começou a colocar suas roupas em uma mala. Colocou roupas, sapatos, jóias e seu dinheiro que havia economizado. Pegou sua chave, colocou um moletom e desceu as escadas. Entrou no carro e dirigiu até a casa de . Toc-toc-toc
- Quem é? - Perguntou uma voz sonolenta atrás da porta.
- É a , ! Deixe-me entrar.
- Erm, sabe o que é, ... Eu estou meio ocupado!
A menina abriu a porta, ele havia dado uma chave para ela um tempo atrás.
Então ela viu, ele estava enrolado em um lençol e a porta do quarto, aberta.
- Querido, quem é? Volte para cama, vai! - ouviu uma voz feminina e olhou para ele, esperando uma desculpa boa.
- Erm, , eu posso explicar... - Ele disse, coçando a cabeça.
- Quer saber? Guarde sua explicação. Está tudo terminado, querido. Tenha uma boa vida! - Ela disse, virando e indo embora. Colocou a chave no aparador perto a da porta e se sentiu mil vezes mais leve.
Entrou no carro e dirigiu até o aeroporto. Sem pensar duas vezes, comprou uma passagem para o primeiro voo para Nova York. Fez o check-in e entrou na sala de espera. "Eu não acredito que estou fazendo isso. Nunca fui de fugir", ela pensou.
Pegou seu celular e ligou para .
- ?
- ! Aconteceu alguma coisa?
- Sim, ! Aconteceram várias, mas eu te conto quando chegar em casa!
- Casa? Na sua casa? Aí em Londres?
- Não, ! A minha casa em Nova York.
- VOCÊ ESTÁ VINDO PARA NOVA YORK? NÃO CREIO!
- Pois, é! Cansei da vida em Londres.
- Sua mãe sabe?
- Não, eu estava pensando em fazer uma surpresa.
- Ah, sei. Opa, espere um pouco. Por que você está vindo?
- Eu já disse, te conto quando chegar!
- Não, não, gata. Conte-me agora, tem a ver com o , não tem? E com o ?
se calou.
- E por causa do que aconteceu você vai fugir, ? Cadê a destemida e determinada que eu conheço? A que nunca foge de nada?
- Se perdeu com o vento. - A menina disse, bufando.
- Oh, cale a boca. - deu uma risadinha. - Você tem certeza disso? - Ela perguntou, voltando a ser séria.
- , eu preciso arrumar minha vida, e não vai ser aqui em Londres que eu vou conseguir fazer isso. Eu preciso me afastar de todos aqui.
- Você quer dizer de .
- De TODOS, sua babaca. Bom, eu chego aí por volta das sete da manhã, vai me pegar?
- No JFK?
- É!
- ÀS 7 DA MANHÃ? E o meu sono de beleza?
- Filha, se fosse sono de beleza você ia ter que hibernar!
- HÁ-HÁ-HÁ, como você é engraçada! Já pensou em entrar para o ramo de comédia? - Disse ela ironicamente.
- É, todos dizem isso, mas não sei, né...
- Ai, sua loser. Eu vou te pegar no aeroporto então, não esqueça de passar no free shop e comprar um perfume para mim.
- Oh, sua interesseira.
- Oh, cale a boca. Eu vou te buscar, esqueceu?
- Ah, é. Tá, tá, eu levo.
Por favor, todos os passageiros do vooo 435 com destino aos Estados Unidos, embarque imediato pelo portão 12.
- , estão me chamando. Vejo você em dez horas, amorzinho.
- Mal posso esperar, minha loser.
- Oh, como você é adorável.
- Beijos, gata.
- Beijos. "Aí vamos nós", pensou. Pegou sua bolsa, sua passagem e foi até o portão 12. Olhou em volta, esperando um grito que a impedisse, ficou parada por cinco minutos. Nenhum grito, afinal, ela não avisou a ninguém que estava partindo, mas uma parte dela achou que iria achar um jeito. Ela estava errada.
- Senhora? Senhora?
olhou para a atendente.
- Ai, desculpe.
- Seu passaporte, por favor?
abriu sua bolsa e entregou para a moça, sorrindo.
- Tenha uma boa viagem.
Ela entrou no avião e sentou em seu lugar, assento 16, classe executiva. Pegou um Dramin de sua bolsa e tomou, estava precisando mesmo de uma boa noite de sono.
Enquanto estava procurando o remédio na bolsa, pegou a carta de , as lágrimas começaram a cair novamente, ela as enxugou. "O tempo voa. O tempo não espera por ninguém. Ele cura todas as feridas. Tudo que qualquer um de nós quer é mais tempo. Tempo para se pôr de pé. Tempo para crescer. Tempo para se desprender. Tempo."
Alguns anos depois...
estava trocando o canal da televisão quando ouviu o barulho de chaves abrindo sua porta. "Ai, meu Deus! Agora ferrou!" Ele pensou.
A porta abriu e ele se encolheu atrás do sofá, pegando o bastão de beisebol.
Ela entrou no apartamento e jogou as malas no chão. pulou de trás do sofá.
- IÁAAAAAAAAAAAAA. SAI, SAI, SAAAAAAI, ASSALTANTE!
Ela começou a rir, aquela risada. Ele percebeu quem era. Correu até a porta e a abraçou forte.
- Por que você demorou tanto? - Ele sussurrou.
fim.
Nota da autora:
Oi minhas lindas, como vão?
Hum, primeira short fic. Espero que gostem!
E mais uma vez, peço desculpas por ter tirado Ps: i love you e Soul Love do site, e continuo dizendo para quem quiser a fic que venha falar comigo ok?
Brigada pelo apoio, vocês são as melhores.
Gostou? Odiou? Ficou indiferente? Acha que eu escrevo mal (somos duas)? Acha que eu escrevo bem (difícil)? Quer conversar? Quer desabafar?
Comente, eu juro que não mordo. Só as vezes.
(: