Táxi

Revisada por Cami



- Ok! Não! Minha querida, eu estou ciente disso. SIM, EU VOU CHEGAR! Eu vou pegar um ônibus... TÁ, NÃO PRECISA GRITAR! Ok, ok, está passando um táxi aqui, estou aí em dez minutos!
Cara, essas pessoas amam me apressar. E, tipo, eu não funciono na pressa! Minha cabeça trava, sabe como é? Eu tenho medo de esquecer algo e até medo de certas pessoas que eu usualmente chamo de AMIGAS me baterem. Sim, eu estava um pouco atrasada, algum problema nisso? Também acho, NENHUM!
- Rua Queen Victoria, por favor.
- Sim, senhora. - Santo Antônio, o que é isso? Tipo, QUE HOMEM É ESSE? Não, não é um Deus grego, antes que a mente poluída de vocês comece a funcionar. Bem, é exatamente o contrário. Imaginem um chiqueiro. Sim, porque é num BEM LEGAL que eu estou. Ok, agora vamos ao porco. Digo, motorista. Manja aqueles caras estilo tatuagem "Mãe, te amo" em um coração? Se não, vou descrevê-los: estilo fortão, gordão; cabelo ruim comprido, preso num rabo-de-cavalo nojento; bigode amarelo, provavelmente por culpa do cigarro; um boné de pedreiro encaixado na cabeça com algum número de deputado estampado; uma "blusa" que eu mais denominaria como TRAPO, levemente que eu diria, ESCANCARADAMENTE aberta, formando um belo decote com o peito peludo, que intercalava pelos pretos e brancos, ambos enrolados formando LINDOS CACHINHOS no peito do dito cujo; e, claro, uma tatuagem no braço, digamos, quase no ombro. Adivinhem? Sim, era um coração cheio de espinhos em volta e um "pano" na frente, mas, não, não era um recado para a linda mamãe. Era um "I Love You" mesmo. Tipo, dã, que bre-ga.
Sabe, eu fiquei observando o cara por um bom tempo, não me perguntem por quê. Era uma boa distração, afinal de contas. Até que eu o vi me observar pelo retrovisor e, sério, fiquei com medo.
- Madame, indo por aqui as coisas estão meio congestionadas... Tem problema de ir por baixo?
- Não, não, tudo bem, desde que eu chegue...
Cara, como estava calor naquele, erm, carro. E fedia, se quer saber. Acho que não iria aguentar ficar naquele lugar por muito tempo, como ele conseguia?
- Moço, por gentileza, será que você poderia ligar o ar?
- Ah, madame, vai me desculpar, mas está quebrado.
- Não tem ar? Hã, ok, então vou abrir a janela...
Minha tentativa de abrir aquele vidro cheio de poeira e marcas de dedos foi, definitivamente, frustrada. E, voilà, eu não consegui.
- Moço, como eu abro essa... er, janela? - Ele deu pequenos risinhos e demorou para responder. Peraí, esse cara estava rindo da minha cara?
- Sabe, madame, a janela não abre, está quebrada também.
- O QUÊ? Querido, eu tenho que respirar, como eu faço, então?
- Está cheio de ar aqui dentro, aproveita...
Eu devo ter jogado cinco pedras na cruz, dançado "É o Tchan" na santa ceia e parido o anticristo, NÃO É POSSÍVEL! Ok, respira. NÃO, não respira, você pode desmaiar. Enfim! Mestre do chiqueiro, eu odeio você.
Passaram-se uns 10 minutos assim, nada de chegar ao meu destino. E o carro andava cada vez mais devagar, o que era pior! Não, na verdade não era o pior. O pior acabara de acontecer. O carro parou no meio da rua.
- Por que parou?
- Pergunte para ele, madame! - O homem apontou para o carro e saiu batendo a porta. Claro, eu saí logo em seguida.
- Não me diga que o carro quebrou!
- Pois então eu digo que o carro está fazendo doce. A madame vai ter que esperar um pouquinho.
- MAS EU NÃO POSSO ESPERAR UM POUQUINHO! - Nesse momento, ouvi um som peculiar. Mais precisamente, o começo de "Oops, I Did It Again", da Britney. Ui, sexy. Oi, meu celular dando sinal de vida. Eu mato a por ter posto esse toque nele.
- ALÔ! - Era impressionante como eu só conseguia berrar naquela hora.
- ONDE VOCÊ ESTÁ, MONGOL? - Que amor, que carinho. Olha, estou até arrepiada!
- ESTOU NUMA SITUAÇÃO COMPLICADA, TE LIGO DEPOIS. - Yes, desliguei na cara dela.
- Moço - fui ao encontro dele -, pelo amor de Deus, eu tenho um compromisso agora, estou MEGA atrasada, dá um jeito aí logo!
- Eu já disse que a madame vai ter que esperar! Essa gente mimada da cidade grande é uma coisa...
- URGH, SEU GROSSO! Vou pegar outro táxi!
E assim o fiz. Ou melhor, tentei. OLHA, um táxi vem ali!
- TÁÁÁÁXII! - Ele passou igual a um furacão por mim. - Muito obrigada pela gentileza!
Acho que estava lá há uns vinte minutos esperando algum outro meio de transporte. Vou fazer uma ligação urgente para o prefeito da cidade, ele TEM que tomar providências quanto a isso!
- Mas que droooooooga! - E, dizendo isso, avistei lá embaixo um pontinho amarelo. Deus, por favor, tende piedade. - TÁÁÁÁXII! - Não acredito, ele parou!
Para a minha total felicidade, lá veio o porco de novo. Tratei de entrar no outro táxi depressa.
- EI, MADAME! VOCÊ NÃO ME PAGOU!
E, de dentro do táxi, gritei antes de fechar a porta com toda força:
- NÃO FODE! - Ouvi risadinhas. Não era possível, mais um para rir da minha cara? - Eu espero que você não esteja rindo da minha cara.
- Não! Bem, só estou rindo da situação...
- Você não sabe nem a metade da situação, então, por favor, Rua Queen Victoria. E preciso chegar lá rápido!
- Bem... - Nesse momento, ele virou a cabeça para o banco de trás, só agora pude ver o rosto dele. Era como se eu tivesse saído do inferno e chegasse ao céu, MINHA NOSSA! - Farei o que puder, senhora...?
- . Nada de senhora, por favor. - Claro, aquele protótipo de Mister Universo 2007 podia me chamar de QUALQUER coisa!
- Ok. Me chamo , mesmo que não tenha perguntado.
Meu celular voltou a tocar. Cara, que gente chata. E, tipo, queimou totalmente meu filme aquela musiquinha como meu toque. Não vou só matar a quando puder, vou cortá-la em mil pedaços logo depois. E, oh, era ela. Que novidade.
- Agora a senhora ocupada pode falar ou terei que marcar horário?
- Agora já estou num táxi decente, amor, pode chorar que eu te escuto.
- Vou ser bem curta e grossa: QUANDO VOCÊ PRETENDE CHEGAR? - Acho que até o ouviu o berro dela. Trinta porcento a menos de audição para mim.
- Meu amor, não dá para ir voando, só consegui um táxi agora! Digo, um bom táxi.
- Você estava em um táxi há um tempo, não venha com história!
- É uma longa e tenebrosa história, quando chegar aí te conto.
- Vai contar mesmo. Não demora, piranha. Tchau.
Ela é tão linda, né? Digo, não só pelo vocativo que recebi, claro. Ela é maravilhosa por ter desligado o telefone na minha cara.
- Atrasada? - Ele me olhava pelo retrovisor. Meu Deus, QUE olhos. - Ah, desculpa, eu estou me metendo na sua conversa com seu... namorado. - Meu o quê? - Desculpa mesmo, sempre me falaram para eu não abrir a boca, mas eu sou novo nisso... E é meu tipo retardado de ser mesmo.
- Não tem problema! É, estou um pouco atrasada, e não era meu namorado! Digo, eu nem tenho um...
- Ah, é que você ficou chamando de amor... Mas seria um desperdício se tivesse... - É impressão minha ou ele estava dando em cima de mim? YES, ganhei meu dia! - Ai, desculpa de novo, eu falo muito e trabalho pouco. - Não pude deixar de rir.
- Tudo bem... Eu até gostei de ouvir isso. - Pude ver novamente pelo retrovisor que ele estava levemente corado. Gostei mais ainda.
- Vou fazer o que puder para você não se atrasar ainda mais.
- Na verdade... Não precisa correr. Ela está achando que manda, deixe-a esperando lá. - Ele riu.
- Isso que é amiga. - Eu ri, fazendo-o sorrir também.
Meu Deus, tiveste muita piedade de mim mesmo!
Deu vontade de ficar olhando para ele pelo retrovisor, tipo, observando se ele tinha algum defeito, porque, TIPO, até agora eu não vi nenhum e isso não é possível. E, juro, se ele deu em cima de mim mesmo eu vou amanhã comprar uma raspadinha para ver se eu ganho alguma coisa, porque a sorte está grande. , baby, a brega é você agora.
Urgh, falando em brega, eu lembrei do outro taxista. ECA, o cheiro daquele troço ainda estava na minha cabeça. E, cara, ele tinha uma verruga bem em cima da boca.
- Que nojo! - Exclamei baixo. Na verdade, eu pensei alto demais.
- Oi?
- Não, nada! Eu... estava lembrando do outro taxista.
- Traumatizante para você? - Ele riu. Não tem graça, idiota.
- É, bastante... - Quando vi, já estava contando a história toda para ele, que, adivinhem, ria da minha cara. Que é? Nunca fiz curso de palhaça, idiota, não tenho culpa se eu atraio maluco. Se bem que eu atraí aquela coisa ali, aquele ser divinamente produzido, perfeitamente desenhado. Nota mental: mandar uma carta de agradecimento à mãe dele.
- E se eu não aparecesse por lá? - Eu continuaria acreditando que perfeição não existe. Cara, como eu sou idiota.
- Bem, eu ia ficar esperando alguma coisa passar. Ou ligaria para minha amiga, sei lá. Mas você foi o enviado divino. - Literalmente.
- Que bom, então. - Depois de falar isso, ele ficou me encarando pelo retrovisor. Tipo, encarando MESMO. Ah, amigo, não me olhe assim. Ai, meu Deus! Que-ri-do, eu vou te agarrar e tenho dito! - Você não quer ir para outro lugar antes de ir para lá, não? - Preparem meu velório, morri. Respirei bastante antes de responder. Existe uma coisa chamada fôlego e ele acabou de acabar com o meu.
- Hã, não seria má ideia... Desde que você não seja um sequestrador.
- Se eu sou, com certeza escolhi a melhor vítima. - Ui, tentador.
- Mas e se descobrissem? Você perde o emprego, não vai ser muito legal... - Claro que vai ser legal, sua anta. Mas tem que fazer doce, ele não pode saber que eu estou completamente, absurdamente, na dele. Não é?
- Se eu te dissesse que estou nessa obrigado melhora a situação? Meu pai não quer que eu seja um inútil que vive de bandinha de rock, então ele me botou aqui.
- Quantos anos você tem?
- Vinte. E não venha me dizer que eu já estou bem grandinho para saber o que eu quero, eu sei disso. É que você não conhece meu pai...
- Ok, então não falo nada. - Ele riu e ficou olhando para mim. Ai, amigo, está pedindo, né?
- Você não quer passar para a frente? Eu queria olhar para você de verdade, não por um espelho. - Eu corei. Tá, eu estava bem vermelha. OK, eu era um morango ambulante, satisfeita? Na verdade, nem sei por quê, mas estava com vergonha.
- Ok, pare em algum lugar que eu passo praí. - E assim aconteceu. Ele realmente fez o que disse, ficou me olhando mesmo. E, cara, me amarrota porque eu estou passada! Ele é mais bonito que eu pensava!
- Wow, melhor do que eu imaginava. - Merda, odeio pensar alto. Dessa vez ele ouviu, tanto que estava rindo da minha cara de novo.
- Do jeito que eu pensava...
- Hã?
- Você é tão boa quanto eu imaginava. - Pervertido! Mas, hã, gostei.
- Ok, obrigada. Agora, vamos logo.
- Não.
- Não?
- É, aqui está bom... - As certezas de que ele era um sequestrador estavam cada vez maiores. - O que você pretende?
- Nada que você não queira. - Ele chegou bem perto, quase acabando com qualquer distância existente entre nós. Eu, sinceramente, achei que ele fosse me beijar, mas ficou mordendo meu pescoço calmamente. A mão dele estava pousada na minha coxa, subindo de vez em quando. Ele foi subindo os beijos do pescoço para a orelha, e depois para a bochecha. Eu estava com a mão entrelaçada nos cabelos dele. Apertei sua nuca e puxei a cabeça dele de forma que me encarasse. Fui me aproximando vagarosamente. Vi ele fechando os olhos e pronto. Não, não foi isso que vocês estão pensando. Eu o empurrei e voltei a minha posição normal.
- Rápido demais, fofo. - Pisquei para ele e virei a cabeça para a janela. Queria rir, ele estava completamente desnorteado.
Assim, ele começou a dirigir. Reconheci aquele caminho, estávamos chegando, finalmente, na rua Queen Victoria. Saco, ele desistiu. Quem manda se fazer de difícil, idiota?
- Rua Queen Victoria. Onde quer que eu te deixe?
- Aqui mesmo está bom. Quanto deu? - Quem olhasse não diria que estávamos quase nos agarrando há uns minutos. Cara, para o resto da minha vida, vou acordar, me olhar no espelho e berrar para todos os cantos do mundo como eu sou burra. Mas, qual é, até parece que eu iria sair distribuindo meus dotes (oi?) para qualquer um. Se bem que esse qualquer um é um de ótima qualidade, devo dizer. Enfim, o que eu estava falando?
- Um beijo paga.
Ah, querido, chega de charminho. Se bem que esse seu charminho quase me derrubou - mesmo sentada - porque, vou te contar, que olhos profundos você tem!
- Vamos, eu estou falando sério...
- Eu também.
- Não é exatamente a forma que eu posso pagar. - Burra, burra, burra, burra...
- É a única forma de pagamento que eu posso aceitar de você. E mais, não vai sair daqui até me pagar.
Ok. Além de sequestrador, ele é um estuprador. Onde foi que eu enfiei meu celular? Bem que a Britney poderia dar o ar da graça dela agora.
Eu o olhei da forma mais medrosa que pude. Acho que ele percebeu, já que, segundos depois, ele estava rindo. Sério, vou ver se tem vaga para palhaço no circo.
- Ei, eu estava brincando! Não vou te obrigar a nada... Pode ir, sua amiga deve estar maluca te esperando.
A boca dele era perfeita, já disse isso? Porque, assim, eu nunca beijei ninguém como ele. Ah, claro, esqueci de citar: assim que ele acabou a frase, eu não pude mais resistir. Peraí, né, eu nunca mais veria aquele protótipo de perfeição na minha vida! Era uma oportunidade única e ele ainda me deu bola! Ok, vou deixar para saltitar depois. Até porque agora eu estava um pouco, digamos, ocupada.
Foi, definitivamente, um longo beijo.
Bem, depois desse meu ataque de insanidade de beijar o taxista gostoso que eu mal conhecia, tive que me recompor. Mesmo depois de voltar a minha posição original no banco de passageiro, ele continuava com sua mão sobre a minha. Eu estava bem sem graça, cara. Não tinha nem dúvidas de que estava vermelha.
- Bem... Está pago? - Agora, me diz. Por que eu falei isso? Já disse que eu sou burra? Eu poderia continuar naquele clima que, a propósito, eu estava amando! Mas, não, eu tinha que abrir a boca.
- Está sim. Pode ir agora, se quiser. - Não, eu não quero! Sua idiota, o que você está fazendo? , juro, se você continuar abrindo a porta desse carro e sair daí, eu te soco! Muito, se quer saber! Ele ficou olhando para frente, provavelmente esperando que eu saísse. Não, eu não vou sair! - Na verdade, eu não quero.
- Não? - Ele parecia surpreso.
- Não.
- Mas eu quero.
- Como é? - Simplesmente indignada, cara. Ele estava me expulsando mesmo?
- Vamos! - Tá, ele não bate bem, coitado. Saiu rápido do carro e eu fiquei lá, sem entender. Ele estaria sendo "educado" em abrir a porta para mim para me expulsar? Não, não viaja. Mas, sim, ele abriu a porta para mim.
- Devo dizer que eu não estou entendendo nada agora ou deixo para depois?
- Eu vou para lá com você.
- Mas, o táxi, emprego, você...
- Eles já iam me despedir mesmo... Eu nasci para ser um inútil com uma bandinha de rock. - E te garanto que, se nada der certo para mim, eu viro groupie da sua bandinha de rock.
- Mas...
- Nada de "mas"! Algo mais te impede de ir para lá comigo?
- Hã... Não!
- Então, vamos! - Ele me mostrou aquele sorriso que destrói a perna de qualquer uma de tanto tremer, e entramos, finalmente, no lugar que eu precisava ir. Que nada mais era do que uma boate. Achar aqui a essa hora é que vai ser um caos.
Nós achamos uma mesa e por lá ficamos um bom tempo conversando. Ele é lindo (jura?) e, além disso, tem tudo que qualquer garota procura. Tá, eu sei que eu conheço ele há algumas horas, mas eu não estava apaixonada por ele, certo? Certo.
Nós não havíamos trocado nenhum beijo depois daquele do carro. Eu também não estava desesperada, a conversa estava realmente muito agradável. Tomei mais um gole da minha bebida, já havia acabado com mais uma lata de cerveja.
- Mas você é um bêbado mesmo. - Disse, rindo.
- Eu nem vi o tempo passar... Consequentemente, não percebi que já tinha bebido tanto.
- Eu também nem reparei que já estamos há um bom tempo aqui... - Ele me lançou aquele olhar intenso, sem falar nada. Ai, cara, já falei para não fazer isso! Eu senti minhas bochechas arderem fortemente. Não queria desviar o olhar, mas não consegui encará-lo por muito tempo. Algo me chamou atenção atrás dele, na pista de dança.
! Será que era ela? Bem, ela estava agarrada com alguém. Aprovado, por sinal. Ok, não dava para ver a cara dos dois, mas... Enfim. Depois de um tempo, eles se soltaram um pouco, ele disse algo para ela que fez com que ela soltasse uma alta gargalhada, jogando a cabeça para trás. Era ela. Ninguém ri tão retardadamente quanto ela.
- Achei minha amiga, , já volto. - Ele concordou silenciosamente, então me levantei.
Assim que ia dar meu primeiro passo, uma mão interrompeu meu ato. Puxou-me forte pelo braço, o que fez meu corpo voltar, e dei de cara com os olhos de de novo.
- Antes, nós temos que resolver algumas coisas... - Ele disse antes de me beijar. Digo, antes de me beijar com muita vontade. E eu achando que o beijo dele não conseguiria ser melhor.
Eu, definitivamente, agarrei os cabelos da nuca dele. Não tinha nenhum espaço, nem para um grão de areia, entre nossos corpos, o que aumentava a intensidade de tudo. me puxava cada vez mais para cima da mesa. Nunca agradeci tanto por só ter encontrado uma mesa no fundo de uma boate. Ali podia-se fazer o que quiser (digo, com alguns limites, é claro) que ninguém ligava. Até porque todo mundo ali estava na mesma situação na qual eu me encontrava. finalmente me colocou em cima da mesa e eu o puxei ainda mais para perto. Um beijo atrás do outro, um toque atrás do outro. Eu arranhava as costas dele por baixo da camisa com as unhas e as mãos dele percorriam minhas costas vagarosamente, seus dedos quase alcançavam meu sutiã...
"Oops, I did it again... I'm playing with your heart..."
É, you did it again, idiota!
Tudo bem, não vou matar minha pobre amiga por ter cortado totalmente o clima. Juro que vou me controlar.
- Ah, não... - Ele dizia com a boca ainda encostada à minha.
- Eu tenho que ir lá falar com ela... É rápido, eu já volto. - Ele concordou, cabisbaixo, e eu saí de cima da mesa, andando em direção à pista. - ! - Virei-me e ele fez o mesmo. - Isso não vai acabar assim! - Eu dei meu sorrisinho, do tipo desse aí que você está pensando, e ele sorriu também, acenando com a cabeça.
Vi saindo do banheiro e fui até ela.
- Ai, , que bom que eu te achei!
- Foi eu quem te achou, besta, eu vim aqui falar com você.
- Enfim! Preste atenção, eu vou embora com o e...
- Ok, quem é ?
- Ah, eu... Eu o conheci aqui e...
- E já vai para casa com ele? O que fizeram com você? - Disse, rindo. Adorava deixá-la super sem graça.
- Ai, , não é assim! Ele... ora, ele só fez o favor de me oferecer carona! Só isso! E ele só fez isso porque eu disse que talvez minha amiga, entenda como você, não chegasse. Ai, ele é tão educadinho que perguntou se eu não queria ir com ele!
- Ok, fofa, você já é bem grandinha para me dar explicações.
- Então, você se importa em ir para casa de táxi?
- Nem um pouco!


Fim (:
Nota da Autora

Cara, eu sei que a fic é idiota, que a idéia é totalmente dã, mas não xinguem muito, poooor favor!
Qualquer crítica, elogio ou o que for, deixa aí nos comentários (:
Muuito obrigada a quem leu!
Beijos

alê.



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