Dizem que tudo na vida acontece por um motivo, que tudo tem sua razão e alguns até dizem que já nascemos com nosso destino traçado.
Pode ser que eu não acreditasse muito em tudo isso e achasse besteira, mas depois do que aconteceu aquele ano, essa virou a coisa em que eu mais acredito no mundo.
Para começar a história, tenho que voltar pelo menos há uns cinco anos atrás, para os meus dezesseis anos, para uma pequena cidade chamada Bolton em que todos se conhecem e para aquele colégio.
Acho que devo começar essa história apresentado cada um que fez parte dela, na verdade ainda faz. Vamos voltar a um dia que guardo na minha memória até hoje, era começo de ano letivo.

And I’ll remember you always, so much has changed.

Colégio de Ensino Médio de Bolton, pequeno, mas com as mesmas características de todos os colégios. Grupos e grupos para todos os lados. Populares, panacas, revoltados, excluídos, nerds, líderes de torcida, jogadores de cricket e outros mais. Ah, por onde começo? Ah, vai ser por ela mesma. . A garota mais popular de todo o colégio e uma das minhas melhores amigas. Loira, alta, olhos claros, decidida e com uma segurança fora do comum, que às vezes até invejo um pouco. Rodeada de garotos e sorrindo entediada como se eles lhe enchessem o saco, o que eu não duvido, já que fazia tempo que ela não gostava de nenhum deles. Quer dizer, ela até ficava com alguns garotos, mas depois disso, segundo ela perdia a graça. Para falar a verdade, não acredito muito nisso. Ela podia negar o tanto que fosse, mas ainda era completamente apaixonada por Harry.
Por falar nele, aquele típico inglês charmoso encostado no armário conversando com um loiro alto, é ele. Harold Mark Chistopher Judd, grande jogador de cricket que poderia ser bem popular, se não andasse com os ‘panacas’. Ele também não fica com muitas garotas, já que ainda ama , como eu sei? Ah, digamos que ele fica bem óbvio quando fica observando ela conversar com outros caras, com o cenho franzido e expressão de que pode quebrar todos eles ao meio.
Lembram do loiro alto que conversava com ele? Thomas Michael Fletcher, um dos meus melhores amigos desde que me entendo por gente. Extremamente tímido, inteligente e desastrado. Não ficou com muitas garotas, por ser tachado como ‘nerd’, além de ‘panaca’, mas talvez se ele não fosse tão tímido e sorrisse mais vezes mostrando aquela covinha irresistível, conseguiria a garota com quem ele sonha desde que entrou na puberdade. Ele é totalmente louco por ela, acredite em mim.
A garota? , outra das minhas melhores amigas. Fica par a par no quesito popularidade com a . Linda, alta, loira e com as expressões mais delicadas que eu já vi, parece uma boneca de porcelana. Ela também é bastante tímida, por mais que esconda isso bem quando lhe convem. Namora um idiota que joga no time de cricket há uns... Ahn, mil anos? Juro, acho que eles namoram desde sempre... Quer dizer, eu não me lembro dele antes de começar a namorar ela. Porque idiota? Porque eu simplesmente não suporto a idéia de ela o achar muito melhor que Tom e também, por que... Ahn, deixa isso para depois.
E ali no canto, conversando baixinho e rindo que nem dois bobões estão Douglas Lee Poynter e . Qualquer um que os visse, poderia afirmar que formam o casal mais lindo que já viram, mas existe um grande porém. Dougie e são melhores amigos desde que nasceram e são primos, sem contar que a família deles é meio conservadora. Eles já ficaram sim, ele foi o primeiro cara que ela beijou e ela a primeira garota que ele beijou também. Só que houve um grande erro nisso tudo, Dougie seguiu em frente, vendo que só via a prima como a irmãzinha mais nova e fofa que não tinha, mas ... Digamos que ela meio que se apaixonou e podem acreditar, ela sofre bastante com isso... Por enquanto.
Por fim, eu, . Uma garota de estatura baixa, cabelos castanhos, olhos da mesma cor e branca. Se eu sou popular também? Talvez um pouco, já que minhas melhores amigas são e eu ando com elas. Já fiquei com alguns garotos e até namorei um faz algum tempo, mas não deu certo. Por quê? Simplesmente porque eu sou uma idiota que ainda espera por um garoto que me apaixonei quando tinha nove anos de idade e ele tinha dez. Daniel Alan David Jones é o nome dele. Ele parecia gostar de mim do mesmo tanto, já que antes de se mudar com a mãe, quando os pais se separaram, me deu esse cordão de prata aqui, dizendo para eu nunca esquecê-lo.
A noticia boa? Ele vai voltar daqui uma semana.
A ruim? Minha mãe casou com o pai dele, o que teoricamente, nos torna irmãos. Divertido, não?

“Você devia estar sorrindo que nem uma idiota, ao invés de ficar com essa cara de depressiva.” – falou, enquanto pintava as unhas, sentada no chão do meu quarto.
“Eu não estou com cara de depressiva, estou?” – fui me olhar no espelho e fiz uma caretinha, quando e assentiram rindo.
, você quis isso por anos! Para ser mais exata...” – fez uma pausa para contar. – “Sete anos.”
“É, mas agora nós meio que somos irmãos, esqueceram?” – eu me joguei na cama e fiquei encarando o teto, sem ânimo.
“Que idiotice é essa?” – franziu o cenho e continuou folheando uma revista qualquer. – “Vocês não são irmãos, nem o mesmo sangue vocês têm! Sua mãe só se casou com o pai dele e ponto final.”
“O que nos torna irmãos.” – eu falei como se fosse óbvio.
“Não torna não.” – fechou o esmalte e soprou as unhas. – “E você sabe que não torna, só está a fim de fazer um pouco de drama.”
“Obrigada pela parte que me toca.” – eu respondi de cara fechada, mas sabendo que ela estava falando a verdade. De vez em quando, eu gostava de fazer drama por pouca coisa mesmo.
“Sempre que precisar...” – ela riu e deitou do meu lado.
“O que a disse é verdade.” – abraçou as pernas e deu de ombros. – “Vocês não têm nem uma gota de sangue igual e sua mãe e o pai dele não são conservadores demais, talvez eles até achem legal vocês namorarem.”
“Você não está legal, não é?” – deixou a revista de lado e foi para a cama também. Ficamos lá a tarde toda, conversando sobre tudo e rindo de nada, como fazíamos desde que éramos crianças bobonas. Era realmente bom tê-las ao meu lado e saber que podia contar com todas para tudo, até se as coisas ficassem bem ruins, como estavam para ficar.

Acho que posso contar um pouco da história de cada um deles agora. Acho que devo começar pela nossa infância. Somos vizinhos desde que nascemos, nossas famílias são amigas, pois se conhecem desde sempre, eu acho. Quando éramos crianças, costumávamos brincar juntos o dia todo, sem nos preocuparmos com nada. Mas os anos passaram e com eles muitas coisas mudaram. Nós crescemos e não sei por que nos tornamos populares. Os meninos cresceram e viraram panacas, mas a resposta para isso eu tenho. Eles são os únicos ‘panacas’ do colégio. Para você que talvez não entenda, panacas são aqueles que tiram notas relativamente boas, se vestem de uma forma diferente e zoam com tudo e todos sem se importar com nada. Ah, uma das coisas que torna um cara panaca também, é o fato de os populares os taxarem como tais.
Mas agora a história dos casais, seria injusto contar a minha e deixar a dos meus amigos de fora.
Por onde eu começo? Já sei, Harry e . O casal mais complicado que existe na face da terra, mas também um dos mais bonitos. Harry e sempre foram muito próximos. Quando éramos crianças, sempre que algo acontecia de errado, como a separação dos pais da garota, a primeira pessoa a saber, era Harry, porque ela buscava apoio nos braços dele, coisa que ele dava sem exitar. Harry foi o primeiro amor da vida dela, o primeiro beijo, o primeiro melhor amigo e também a primeira mágoa. foi a garota com quem Harry aprendeu o que era amor, paixão, cumplicidade, amizade e muitas outras coisas.
Eu sempre tive a sensação de que os dois nasceram predestinados, que talvez eles tivessem histórias em outras vidas. Mas as coisas não são sempre do jeito que queremos. tinha certa insegurança quanto a sua primeira vez e Harry estava disposto a esperar o tempo que fosse. Até que um dia tudo deu errado com uma fofoca inventada, que por insegurança, acreditou.
Dougie e ? Caso bem complicado, para falar a verdade, complicado demais. e Dougie são os melhores amigos do mundo e primos também. São confidentes desde crianças e já passaram por tantas coisas, que talvez algumas histórias só eles saibam.
e Dougie trocaram o primeiro beijo da vida de ambos em uma tarde das férias de verão. Ela tinha onze anos e ele, doze. Pelo que ela me contou, eles estavam deitados no chão do quarto dela, quando de repente, ele a beijou. Para ela, aconteceu alguma coisa mágica, mas para ele foi apenas um beijo com alguém especial. Até hoje, é completamente apaixonada por ele, mas ele não corresponde. Quer dizer, ultimamente as coisas andam um pouco estranhas. Ele anda se comportando de um jeito diferente, mas nós só vamos falar sobre isso mais para frente.
O caso de Tom e é meio engraçado e um pouco dramático. Tom e costumavam passar muito tempo juntos quando éramos crianças. Eles gostavam das mesmas coisas e tinham a irritante mania de ficar excluindo a todos os outros, porque eram mais ‘inteligentes e precoces’. cresceu e se tornou uma garota linda, adorada pelos populares, deixando Tom para segundo plano, até começar a namorar com o tal idiota, quando isso aconteceu Tom desapareceu totalmente da vida dela. Até hoje, Tom sofre calado com a timidez e nem lembra da existência dele direito, pelo menos é o que ela diz, coisa que eu duvido um pouco.

Eu só precisava controlar minha respiração e parar de andar de um lado para outro. Ok, eu consigo! É só fazer aquela respiração tantrica que a me ensinou uma vez. Não dá, droga! Ai, meu Deus! Barulho de carro, eles chegaram. Será que eu posso morrer de hipertensão? Porque meu coração nunca esteve tão acelerado como agora. Droga, barulho de chave. Já sei, eu corro para o meu quarto, me tranco e só saio de lá amanhã, isso.
, você pode dar uma ajudinha aqui?” – minha mãe perguntou entrando na sala. Tarde demais, não tinha mais como fugir.
“Hey!” – um garoto alto, lindo e totalmente charmoso, se vestindo como um ‘panaca’, falou sorrindo timidamente para mim. Aquele era Danny? Sério, eu devia estar no meu quarto, porque minhas pernas estavam mais bambas que tudo e se caísse bem ali, não seria nada legal.
“Hey!” – eu sorri, dando um abraço meio desajeitado nele e podem acreditar, foi um dos melhores momentos de toda a minha vida.


I would try to change the things that killed our love.

, se você não quiser mais ele, eu quero.” – falou dando um sorriso brincalhão e eu quase dei um soco nela.
“Engraçado!” – rodei os olhos e suspirei.
“Deixa de stress, garota! Ela só está brincando.” – deu um tapa na minha cabeça e eu sorri de leve.
“Realmente, ele está muito lindo!” – comentou, enquanto prendia o cabelo por causa do calor. – “Mas virou um dos panacas.”
“E aí? Já rolou alguma coisa entre vocês?” – perguntou, chegando a cadeira mais perto da minha.
, ele chegou no fim de semana e ficou o tempo todo com os meninos! Não deu nem tempo de nós conversarmos direito.” “Mas nenhum pouquinho?” – perguntou fazendo sinal de mínimo com a mão.
“Não, nadinha! Na verdade, só ontem de noite quando nós estávamos vendo televisão, é que rolou alguma coisa a mais!” – eu sorri ao lembrar, vendo as garotas fazerem escândalo, pedindo para que eu contasse e o professor brigar com a gente pela barulhada que estava atrapalhando os outros de prestarem atenção. “Conta logo!” – pediu baixinho e e ficaram me cutucando.
“Ah, eu estava vendo um filme bonitinho que me deu vontade de chorar e ele estava comigo e começou a implicar, dizendo que eu era bobona e eu impliquei com ele também. Daí nós começamos a brincar de lutinha e quando eu percebi, ele já estava em cima de mim, segurando meus pulsos e quase me beijando, só que ele escutou minha mãe descendo as escadas e me soltou todo envergonhado.” – eu não esperava pelo que veio a seguir, acho que em um momento de impulso e empolgação, botou os braços para cima e deu um grito bem alto. Fazendo com que toda a sala olhasse para ela e o professor a mandasse direto para a diretoria.

entrou na ante-sala da diretoria de cara fechada e sua expressão fechou mais ainda, se é que era possível, quando viu Harry sentado no único sofá que tinha ali. Resolveu ficar de pé e se encostou à parede.
“Eu não mordo!” – ele a encarou e arqueou uma sobrancelha.
“Não tenho tanta certeza disso.” – ela também arqueou a sobrancelha e qualquer um que os visse podia falar que eles estavam iguaizinhos.
“Você é quem sabe.” – ele deu de ombros e continuou a batucar de leve no braço do sofá.
“Você poderia parar com isso? Está incomodando e muito.” – ela prendeu o cabelo e ele ficou com a boca seca ao observá-la.
“Verdade?” – ele deu um sorriso cínico, depois fez uma expressão pensativa. – “Sabe que eu não me importo?”
“Idiota!” – ela olhou para ele com raiva e se segurou para não dar um murro naquele nariz perfeitinho.
“Obrigado!” – ele sorriu de lado e fez uma reverencia em sinal de que tinha aceitado o ‘elogio’.
“Vamos fazer um seguinte? Eu fico calada e você também, assim ninguém se incomoda.”
“Pelo que eu saiba, nós já fazemos isso por alguns muitos meses.” – ele falou totalmente sarcástico, o que a irritou profundamente.
“Harry, cala a boca!” – ela olhou para ele e teve que se segurar para não agarra-lo bem ali mesmo. Ele era o cara mais lindo e charmoso que ela já tinha visto.
“O que? Incomoda quando eu te lembro que você acabou com tudo que a gente tinha por nada?” – o tom de voz dele saiu magoado e ela percebeu.
“Não foi por nada e você sabe disso!” – ela se defendeu com a voz meio histérica. “A única coisa que eu sei, foi que a garota que eu mais gostei em toda minha vida, não teve o mínimo de confiança em mim.”
“Você com certeza é a vitima de toda a história, coitadinho dele!” – ela o olhou bem nos olhos e ficaram assim por um bom tempo, até que a secretária o chamou para entrar.
“Um dia você ainda vai se arrepender disso tudo, quando você descobrir a verdade! E eu só vou poder ter pena.” – ele a olhou com tristeza e ela sentiu vontade de chorar.

“A vai sair com o Derrick!” – Dougie falou, enquanto tomava seu milk-shake.
“Legal!” – Danny sorriu e tomou seu sorvete com vontade.
“Talvez sim!” – Dougie deu de ombros e franziu o cenho quando viu a prima entrando com o amigo. Ela estava gargalhando, como assim? Só ele e os garotos a faziam gargalhar.
“Parece que vai ser divertido!” – eu falei sorrindo e fazendo um sinal positivo para ela que sorriu para mim quando passou. não queria sair com Derrick, foi obrigada por nós três. Então, ela estar sorrindo era um grande avanço.
Nós ficamos lá por mais ou menos meia hora. Tempo o bastante para Dougie ficar de cara fechada e calado. Ele tinha ficado assim do nada e aquilo era muito estranho, Dougie era um dos mais bem-humorados.
“Porque ele passou o braço nos ombros dela?” – ele se inclinou sobre a mesa, para ver a cena melhor.
“Ahn, porque eles estão saindo?” – Tom falou como se fosse óbvio. Tudo foi muito rápido e não deu tempo de impedir que Dougie fizesse aquilo. Ele levantou quase derrubando a cadeira e foi andando com passos largos para a mesa onde estava com o garoto, sorriu cinicamente, puxou uma cadeira e sentou no meio dos dois. Aquilo era muito esquisito! Porque Dougie queria atrapalhar o encontro dela? Ele sabia que ela saia com alguns garotos, mas nunca tinha visto e ao pensar nisso, algo me veio à cabeça. Dougie podia sim gostar de , mas ainda não tinha percebido.

“Então, parece que vai chover!” – Dougie sorriu, mexendo no enfeite da mesa, impedindo que Derrick tivesse qualquer tipo de contato com a garota.
“Parece mesmo!” – Derrick arqueou uma sobrancelha e olhou para o amigo, meio que perguntando ‘o que você está fazendo?’
“Eu te levo para casa, ok?” – Dougie ignorou o amigo e deu um beijo na bochecha de que não entendeu nada. – “Alguém quer mais sorvete?”

“Alguém sabe o que deu no Dougie?” – perguntou para nós três aquela noite. Todas nós fomos dormir na casa de para dar uma força para a garota, já que ela não andava muito bem desde a última briga com Harry.
“Ciúme?” – eu respondi inocentemente e recebi assentimentos das partes de e . ficou séria, talvez ela estivesse pensando sobre aquilo.
“Só se for da priminha mais nova, que ele tanto gosta de proteger.” – ela falou rodando os olhos e mudando a televisão de canal.
“Não, acho que não! Quer dizer, eu estava lá e juro que nunca vi o Dougie com a cara tão fechada! Parecia que ele podia matar qualquer um bem na hora que quisesse.” – eu continuei folheando uma revista, jogada na cama de que escutava a tudo calada. – “Hey, você está ok?”
“Claro!” – ela abriu um sorriso falso, mas aquilo não enganava a nós três. Ela estava mal de verdade e não queria admitir só para não nos preocupar e também para não dar o braço a torcer, admitindo que ainda gostava de Harry e que tinha errado.
“Não parece!” – pulou na cama, deitando em cima da gente e fazendo com que nós explodíssemos em gargalhadas, quando eu fui ao chão bem de bunda.

“Os panacas chegaram para animar o sábado cinzento das damas!” – Tom gritou animado, assim que abri a porta. Finalmente o calor estava passando e aquele fim de semana estava bem nublado e caia uma chuvinha fina, meio incomoda, mas ao mesmo tempo boa. Danny tinha chamado os garotos, porque segundo ele, mais um minuto no meio de um bando de garotas sem qualquer companhia masculina, poderiam alterar seu cérebro seriamente. O que eu meio que concordava, já que nós falávamos muito rápido e todas ao mesmo tempo.
“Demais!” – levantou as mãos, se fingindo de animada e fazendo com que nós ríssemos. Assim que Dougie a viu, correu e sentou no colo da garota, fazendo com que ela gritasse desesperada. Tom que sorria animado mostrando sua linda covinha, ficou sério no instante em que viu sentada no colo de Gus em uma poltrona. Ele não estava lá quando Danny chamou os garotos, chegou do nada. Como eu já disse antes, ele tem essa mania de aparecer nos melhores momentos e estragar tudo. O que me incomodou bastante, foi o fato de Harry e nem se olharem. Ela continuava com uma revista tampando o rosto e ele sentou longe dela. Não era assim que eu queria meus amigos.
“Hey, que tal um pouco de Elvis?” – Danny perguntou depois de algum tempo em silêncio quando todos já tinham se acomodado. Danny era assim, odiava qualquer tipo de silêncio e fazia de tudo para quebrá-los.
“Ótima idéia!” – eu, e dissemos animadas. De repente ‘Don’t be Cruel’ começou a tocar. amava aquela música e Tom sabia disso. A loira puxou o namorado e começou a dançar no meio da sala. Ela dançava bem, mas ele era uma negação total, mais um motivo para não suportar aquele cara.
Puxei Tom para dançar comigo e ele se animou um pouco. Ah, não sabia o que estava perdendo, Tom dançava muito bem e sabia cantar a música todinha. De repente, e Dougie levantaram e começaram a dançar entre gargalhadas também. Era interessante observar aquela cena. Dougie gostava dela, sem duvida nenhuma. O jeito que segurava em sua cintura, que ficava falando coisas idiotas só para que ela risse, o jeito que a olhava respondia a todas as minhas perguntas, só faltava ela enxergar aquilo tudo também.
De repente, algo muito estranho aconteceu. Danny tocou o ombro de Tom, eles sorriram um para o outro e Danny me puxou pela cintura. Meu Deus, que pegada! E que sorrisinho sacana tinha sido aquele que Tom e ele trocaram? Danny dançava animado comigo e eu me aproveitava ao máximo, tinha esperado por aquilo há tempos.
“Você ainda usa o colar.” – ele segurou com cuidado o colar com um pequeno pingente de estrela que estava no meu pescoço e sorriu de leve.
“Uso.” – eu dei de ombros, fingindo indiferença, mas rindo em seguida.
“Eu também tenho aquele macaquinho que você me deu! O Dylan.” – ele me girou do nada, o que fez com que eu quase caísse já que estava só de meias. Ele me segurou com força pela cintura e ficou muito próximo de mim. Ok, respiração tantrica, você consegue.
“Você tem que ser mais cuidadoso comigo, Jones!” – eu sorri de lado e falei a primeira coisa que veio na minha cabeça. Sim, aquilo era uma indireta.
“Pode deixar que não vou esquecer disso.” – ele falou no meu ouvido, me deu um beijo na bochecha e depois foi para a cozinha. Mas que porcaria ele estava fazendo? Desde que havia chegado, jogava charme para cima de mim e do nada ia embora como se nada tivesse acontecido. Que se dane!

Eu juro por tudo que não queria estar ali naquele momento. Odiava presenciar brigas, mas dessa vez estava sendo obrigada. Não só eu, mas também Tom, Harry e Danny. Já haviam se passado duas semanas daquela tarde regada a Elvis e agora nós estávamos aproveitando o comecinho das férias de inverno. Para variar um pouco, estávamos na sorveteria quando a briga começou. continuava saindo com Derrick, que segundo Dougie, era um idiota que não prestava.
“Dougie, para de querer cuidar de mim!” – soltou irritada.
“Não paro não! Você é minha prima e isso faz com que eu me preocupe com você.” – ele coçou a testa e logo em seguida, passou a mão pelos cabelos, bagunçando-os.
“Ah, claro! Eu sou sua prima.” – ela rodou os olhos e cruzou os braços.
.” – eu olhei para ela, como se pedisse cuidado, mas ela pareceu não dar a mínima.
“O que você quis dizer com isso?” – ele franziu o cenho e ficou a encarando.
“Que eu sou só sua prima e nada mais, você não tem que ficar se metendo na minha vida! Primeiro que não pedi sua opinião, segundo que eu sei me cuidar sozinha.”
“Ele não presta, ! Eu conheço o cara.” – ele tentou se acalmar, mas foi em vão.
“Então, porque quando ele me chamou para sair você não deu a mínima?” – ela ergueu as sobrancelhas e esperou que ele respondesse. Ponto para minha amiga, ótima pergunta a se fazer.
“Porque eu pensei que não fosse durar, você sempre enjoa dos caras com quem fica, muito rápido.” – ele falou meio em dúvida e deu de ombros.
“Nunca passou pela sua cabeça o porquê de eu enjoar dos caras tão facilmente?” – ela se aproximou perigosamente dele e todos nos afundamos em nossas cadeiras. Era bem constrangedor assistir aquilo tudo. – “Lógico que não, não é? Então, cansei de enjoar dos caras e resolvi tentar com alguém que me desse estabilidade.”
“Do que você está falando?” – Dougie a encarou totalmente confuso, esperando por uma explicação.
“Você é muito idiota mesmo!” – ela se levantou com raiva e saiu da sorveteria com passos largos e duros.
“Eu vou atrás dela.” – eu sorri sem graça e saí correndo atrás da garota.


Because you look so fine, and I really wanna make you mine.

Eu realmente não podia acreditar no que estava vendo. Danny estava se atracando com Lindsay no meio da pracinha.
Ok, acho que preciso explicar as coisas aqui, antes de falar o tanto que fiquei magoada vendo essa cena. Danny já tinha voltado há um mês e tinha pegado só uma semana de aula, por insistência dele mesmo. Apesar de andar com os ‘panacas’ e agir como um deles, era considerado um garoto em potencial para todas as meninas do colégio. Motivo? Ele vinha da cidade grande e era ‘irmão’ de uma das garotas mais populares, eu. Ver todas aquelas garotas ao redor dele, me machucava muito, porque depois de um tempo com ele, sendo meu vizinho de quarto, conversando com ele até tarde todas as noites relembrando do passado, brincando e fazendo besteiras em casa, eu percebi que ainda estava completamente apaixonada por ele. Coisa que ele também demonstrava indiretamente, mas parecia confuso pela situação em que estávamos.
Teve uma noite, no começo das férias em que nós conversamos sobre sentimentos e nos declaramos indiretamente. A única coisa que pedi a ele foi para que não ficasse com ninguém quando eu estivesse por perto, o que ele também pediu para mim. Mas eu pedi uma coisa a mais, que, por favor, ele não ficasse com Lindsay que vinha correndo atrás dele há semanas. Nós todos simplesmente odiávamos aquela garota, ela já tinha dormido com metade da cidade e acho que estou sendo boazinha.
E lá estava ele, encostando a ruiva contra uma parede e a beijando com força, enquanto ela passava a mão pelas costas dele. Calma, pode ficar ainda pior. As mãos dela estavam de baixo da camisa dele.
“Hey, vamos indo!” – me puxou pela mão, mas eu não conseguia mover um músculo.
“Não chora, !” – correu para enxugar as lágrimas que caíram do meu olho, sem que eu ao menos percebesse.
“Eu pedi para ele.” – minha voz saiu totalmente histérica e embargada. De repente algo me chamou atenção, não estava mais do meu lado. Ela andou depressa até o casal que praticamente se comia, cutucou o braço de Danny até ele largar a ruiva. Chamou-o de ‘idiota’ para quem quisesse ouvir e deu de costas, me puxou pelo braço e impediu que eu olhasse para trás.

As meninas se ofereceram para passar aquela noite comigo, mas eu não quis. A única coisa que queria era ficar sozinha e esquecer tudo que tinha visto. Quando estava quase dormindo, alguém bateu na porta do meu quarto. Mandei entrar, já que pensei que fosse minha mãe, perguntando se eu não queria nada para comer. Continuei deitada, já que não queria que ela visse meu rosto enxado e meus olhos vermelhos.
“Posso falar com você?” – droga, droga! Era ele, droga!
“Na verdade, eu estou querendo dormir.” – cobri minha cabeça com meu cobertor e tentei manter a voz em um tom normal.
“Não vou demorar, juro!” – quando o olhei, ele estava de cabeça baixa e com as mãos nos bolsos. Era difícil resistir aquilo, talvez eu fosse mesmo uma idiota completa.
“Fala, então.” – eu me sentei na cama e abracei as pernas, esperando que ele falasse o que fosse.
“Desculpa!” – ele deu de ombros e não conseguiu me encarar. Eu podia sentir que ele estava bastante culpado pelo que tinha feito, mas queria uma explicação.
“Por quê?” – eu senti minha visão embaçar, mas segurei o choro com toda força de vontade que tinha.
“Eu não sei o que deu em mim, ok? E você disse que ia ficar em casa, então.”
“Ah, então você pretendia não cumprir um pedido que eu te fiz e ainda não me contar depois, muito legal da sua parte.” – a raiva começava a tomar conta de mim.
, ela estava ali e eu também, ok? Ela praticamente se jogou para cima de mim e eu sou homem, caramba!” – ele bagunçou o cabelo totalmente transtornado.
“Grande desculpa, Jones! Só que não adianta comigo, porque eu tenho um bom exemplo de fidelidade na minha vida. O Harry é ele! Um monte de garotas se jogavam para cima dele, enquanto ele estava com a e ele não dava a mínima, será que ele não é homem?” – eu fiz uma cara cínica, de pensativa e pude sentir que ele ficou bastante incomodado.
“A diferença é que nós não estamos juntos.” – se ele soubesse o tanto que aquilo machucou, ele não teria dito.
“Porque você não quer.” – eu levantei da cama e fechei a janela com força, já que aquele barulho de vento forte estava me irritando mais ainda.
“Você disse que tinha entendido, ! Eu gosto de você, só que tem toda essa história do meu pai e da sua mãe. Eles não aceitariam e eu não quero confrontar meu pai, logo agora que ele está tão feliz.” – ele falou com um tom de voz triste e eu pude perceber.
“Engraçado o modo que você demonstra que gosta de mim.” – eu tirei o cordão e entreguei a ele. – “Toma, só me devolve quando você tiver motivos para isso.”
“Você tem motivos para estar com esse cordão.” – ele finalmente me encarou e eu pude ver a culpa nos olhos e na expressão dele.
“Não tenho não, pelo menos não depois de hoje.” – eu botei o cordão na mão dele, me enfiei de baixo da coberta de novo e fechei os olhos com força, deixando as lágrimas caírem. – “Quando sair, fecha a porta, por favor!”

As duas semana seguintes, foram muito piores do que as outras. Costumo descrevê-las como as piores semanas da minha adolescência. De uma hora para a outra, os melhores amigos de infância, os casaizinhos apaixonados tinham se afastado. Meninas de um lado e meninos de outro. Não podíamos sair com Harry e ao mesmo tempo, pois sempre criava um clima estranho. Eu e Danny mal nos falávamos.
e Dougie não chegavam nem mais perto de serem os melhores amigos que eram, já que mal se encaravam e estava passando o tempo todo que tinha com Gus, o idiota! Ele ia viajar para o Canadá naquele fim de semana e passaria duas, três semanas por lá.

Finalmente o fim de semana chegou e nós tivemos nossa amiga de volta. Naquele finzinho de tarde de domingo, decidimos ir à sorveteria, já que estávamos de saco cheio de ficar pintando as unhas, ler revistas e assistir filmes melosos que nos faziam ficar de fossa e falar coisas totalmente profundas e sem sentido algum ao mesmo tempo.
Assim que entramos na sorveteria, escutamos quatro gargalhadas muito conhecidas. Os garotos estavam sentados em uma mesa no canto, meio escondida. Danny e Dougie estavam com canudos enfiados nas narinas, o que por alguma razão desconhecida, davam ataques de risos em Tom e Harry.
“Qual o problema deles?” – perguntou baixinho e nós todas rimos, até .
“Talvez eles tenham algum tipo de retardo - mental.” – falou com um sorriso divertido e quando nós já íamos sentar no canto oposto, Tom deu um grito.
“Damas.” – ele levantou sorrindo e se perguntou desde quando ele era tão alto. – “Porque não nos dão à honra de suas companhias?” – ele fez uma reverência desajeitada, nós nos olhamos ainda dúvida e correu para a mesa deles. Coisa estranha, muito estranha. Ficamos paradas no meio da sorveteria e Tom nos empurrou, puxando cadeiras para todas. – “Então, como nos velhos tempos.”
“Verdade!” – assentiu animada e se sentindo meio estranha por estar sentada quase no colo de Tom, já que a mesa estava meio apertada para oito pessoas e todos meio que se espremiam.
“Só eu e a loira de farmácia aqui é que estamos animados?” – ele sorriu brincalhão para ela, fazendo com ela fizesse uma caretinha e percebesse a covinha perfeita que ele tinha e que ela havia esquecido.
“Acho que sim.” – eu respondi e observei tudo ao redor. Então, aqueles eram os melhores amigos de infância, até parece! Harry e estavam escondidos atrás dos grandes cardápios para não ter perigo de se olharem. estava encarando o enfeite da mesa como se fosse a coisa mais interessante da face da terra, Dougie e Danny torciam nervosamente alguns canudos e Tom e estavam sorrindo um para o outro.
“Mas nossos problemas acabaram.” – Tom abriu um sorriso enorme e tirou os cardápios das mãos de Harry e . – “Agora falando sério! Posso saber que porcaria aconteceu com a gente? Faz muito tempo que eu quero ter essa conversa com vocês, mas sempre perco a coragem. Nós costumávamos ser os melhores amigos do mundo e de repente tudo acabou!” – Tom estava realmente sério e todos na mesa estavam de cabeça baixa. – “As coisas começaram a ficar estranhas quando o Danny se mudou, mas não aconteceu nada de muito ruim! De repente vocês cresceram e se tornaram populares e foi realmente muito legal da parte de vocês não terem deixado de falar com a gente, quer dizer, de quase todas vocês.” – ele olhou para que ficou extremamente vermelha de vergonha. – “Então, o Harry e a brigaram pela coisa mais idiota que existe! , ele não te traiu e Harry para de bancar o coitadinho, ao invés de correr atrás da garota que você ama, cara!” – por essa ninguém esperava mesmo. teve um ataque de tosse e Harry olhou horrorizado para o loiro. – “Dougie e , acordem! Na verdade, eu não vou falar nada sobre vocês dois, cada um sabe exatamente o que sente, mas têm medo de admitir. Danny e , dois imbecis! A esperou por você a vida toda, cara e você fez o mesmo por ela e quando vocês têm a chance de ficar juntos ficam se prendendo a detalhes mínimos que com uma conversa pode ser tudo resolvido.” – quando ele acabou todos nós estávamos muito chocados. Tom, o mais tímido de todos tinha tido coragem para falar o que nós queríamos há muito tempo.
“Cara, isso foi legal!” – Dougie falou debilmente só para quebrar o silêncio.
“Eu sei.” – Tom falou orgulhoso de si próprio e sorriu. – “Tenho uma proposta para vocês! Meu tio emprestou o chalé dele nas montanhas por uma semana, contando a partir de amanhã, por isso vocês têm que decidir bem rápido. Uma semana, só nós oito juntos, fugindo um pouco desse mundo real. Se as coisas não melhorarem, juro que deixo vocês todos em paz.” – aquilo era ainda mais chocante, Tom já tinha tudo na cabeça. Parecia que todos pensavam seriamente sobre aquilo e eu achei que a melhor coisa seria topar, não ia me custar nada.
“Eu topo.” – levantei a mão e sorri de leve.
“Eu também.” – Harry e disseram ao mesmo tempo sem querer e tentaram, mas não conseguiram segurar o riso. Olhamos para os outros que ainda estavam calados.
“Não olhem para mim assim, é claro que eu vou.” – sorriu para Tom e ele sorriu de volta.
? Dougie? Danny?” – Harry perguntou ansioso pela resposta.
“Sem dúvida.” – Danny assentiu e sorriu de leve. Aquilo fez com que eu sentisse meu estômago revirar.
“Eu vou.” – levantou a mão e sorriu. – “Vai ser legal!”
“Isso aí, como nos velhos tempos.” – Dougie completou e sorriu quando a prima o olhou dando língua para ele.

Chegamos ao chalé no finzinho da tarde daquela segunda-feira, estávamos todos mortos depois de uma viagem de seis horas. Todos dirigiram um pouco e fomos divididos em dois carros. Era um chalé normal e bem arrumadinho. Dois quartos grandes, uma sala enorme, dois banheiros, uma cozinha americana, lareira e um quintal perfeito que dava para um bosque e as montanhas. Até eu que não gostava muito de mato estava empolgada. Nos jogamos nos sofás, poltronas e no chão da sala, decidindo quem ia dormir com quem. Decidimos de forma bem simples que meninas ficariam em um quarto e meninos em outro. Até quando esse sistema ia durar? Muito pouco. Decidimos não sair àquela noite e ficar em casa descansando.
Subimos todos para tomar banho e foi uma guerra. Nós dizíamos que tínhamos direito de tomar banho antes, já que éramos damas. Eles falavam que nós estávamos nos aproveitando. Ficamos nessa até ter a idéia de fazer um sorteio, o que todos aceitaram. foi a primeira, seguida de Harry, seguido de Dougie, seguido de Tom, seguido de mim, que fui seguida por , que foi seguida por e por ultimo, Danny. Bem feito.

Estávamos todos na sala bem agasalhados por causa do frio. Os meninos jogavam pôquer na mesa de centro e nós assistíamos qualquer coisa que passava na televisão.
“Hey, que tal uma partida?” – Danny nos olhou e mostrou as cartas.
“Não, estamos muito cansadas.” – respondeu dando de ombros e nós voltamos a conversar, empolgadas sobre o homem do filme.
“Medrosas.” – Harry falou com uma sobrancelha arqueada e do nada, levantou sentando no chão, ao lado de Tom, de frente para Harry.
“Eu topo.” – ela sorriu de lado, começando a embaralhar as cartas. Nós olhamos umas para as outras e fomos também.
“Então todo mundo resolveu jogar.” – Harry sorriu de lado, observando a loira com as cartas. – “Que tal strip pôquer?”
“Cara, você é um gênio.” – Dougie abriu um sorriso, sendo seguido por Tom e Danny que bateram nos ombros do amigo.
“Vocês não acham muito arriscado, não?” – falou insegura e com medo nos olhos. Sabe, até que seria divertido.
“Não. Eu topo.” – eu dei de ombros e as outras toparam também, só que demorou tempo demais para aceitar, até nós lembrarmos a ela que éramos mais viciadas em pôquer do que tudo.

Aquilo era bem constrangedor e engraçado ao mesmo tempo. Na verdade, acho que nós já não pensávamos em nada direito, o som estava ligado bem alto e todos estavam sem alguma peça. já tinha tirado a blusa de manga comprida e estava abraçada com uma almofada. Eu e estávamos iguais. Sem meias e sem casaco. estava simplesmente sem meias.
Os meninos? Oh, eles estavam praticamente sem a roupa toda. Tom e Dougie – que a propósito não conseguia tirar os olhos da prima e ficava se perguntando se era cego ou coisa do tipo, para não ver a garota linda que ela era - estavam somente com a calça de moletom e não podia deixar de reparar no peito branco de Tom. Danny estava sem as meias e o casaco. Harry estava de calça e com as meias ainda. Eu posso afirmar com toda certeza, aquela foi uma das noites mais divertidas de toda a minha vida, se não foi a mais divertida.

“Pode ir tirando a camiseta, querida!” – Harry piscou para mostrando o naipe de ‘As’.
“Droga!” – ela reclamou e tirou a camiseta um pouco envergonhada, ficando só de sutiã. Eu podia jurar que Harry estava imaginado coisas muito obscenas, ele parecia a ponto de beijá-la a qualquer momento.
“Vocês são muito moles.” – eu disse rindo, mostrando um ótimo jogo. – “As meias, Jones!”
“Porque você tinha que chamá-las para jogar, Judd? Você sabe que elas são mais que viciadas em pôquer.” – Danny reclamou, enquanto tirava as meias.
“Sério, eu estou começando a ficar com frio.” – Tom passou a mão pelos braços e engasgou ‘do nada’.
“Meu Deus, a menina vai morrer.” – gargalhou dando tapinhas nas costas dela, enquanto eu e gargalhávamos quase que histericamente.
“Não tem graça.” – ela falou baixinho e completamente rouca, após o ataque de tosse.
“Poynter, fim do caminho.” – eu falei mostrando as cartas e batendo na mão de . – “Pode ir tirando a calça.”
“Ai, meu Deus!” – falou baixinho e escondeu o rosto na almofada, quando o garoto se levantou meio envergonhado e tirou o moletom, ficando só de boxers xadrez. – “Ai, meu Deus mesmo.” – ela não conseguia tirar os olhos dele e ficava tentando disfarçar, totalmente em vão.
“Que primo, hein?” – murmurou para ela e nós todas demos gargalhadas, deixando eles confusos e Dougie completamente sem graça.
, a camiseta.” – Danny sorriu malicioso me mostrando um ótimo conjunto de cartas.
“Porque eu? A ainda tem o casaco para tirar.”
“Porque eu quero que seja você.” – ele me encarou e eu quase morri de tanta vergonha, tentei enrolar por mais algum tempo, mas tive que tirar.
“Eu vou me vingar, pode ter certeza.” – eu semicerrei os olhos, sorrindo de lado.
“Eu me vingo por você.” – mostrou um naipe de ‘As’ perfeito e sorriu de lado. – “Por favor, Harry! Faça nossa garota loira feliz e tire as calças.” – ela sabia ser má quando queria.
, cala a boca.” – ficou roxa de tanta vergonha e todos nós caímos na gargalhada, menos eles dois.
“Ah, está muito frio!” – ele coçou a nuca e ficou dando mil desculpas para não tirar as calças.
“Bando de frouxos!” – gritou para eles e nós rimos. – “Nós estamos sem blusa e você não pode tirar a calça? Me poupe, Judd!”
“Mas vocês estão apelando mesmo! Está muito frio.” – Tom veio em socorro ao amigo e os quatro começaram a reclamar sem parar.
“Ah, desisto de vocês!” – jogou as cartas na mesa e foi para a cozinha. Nós fizemos caretas e a seguimos. Estávamos tomando água, quando o volume da música aumentou e Dougie chegou à cozinha, nos chamando.
Aquilo era mentira, não era? Os quatro estavam dançando de uma forma muito sexy e tirando o resto da roupa que sobrara aos poucos. A música? Era uma chamada ‘Are you gonna be my girl?’ de uma banda chamada Jet. Quando Danny tirou a camisa branca e começou a rodá-la, eu tive que me encostar na parede para não cair bem ali mesmo. estava com as mãos cobrindo o rosto, mas deixando alguns espaços para poder olhar.
parecia não acreditar no que estava vendo, ela encarava Tom de um jeito que nunca a vi encarar ninguém. Quando olhei para , algo inacreditável aconteceu. Harry a puxou com força pela cintura, fazendo com que ela se assustasse e começou a dançar com ela. Minha opinião? Os dois estavam realmente sexys e precisando de um quarto. Harry sussurrava alguma coisa no ouvido dela que não dava para entender, mais tarde ela nos contou que era um trecho da música que ele cantava. O trecho era o seguinte ‘because you look so fine/ and I really want to make you mine.’
“Arrumem um quarto.” – Dougie gargalhou, puxando e os dois começaram a dançar infantilmente como sempre faziam e às gargalhadas. Tom puxou , meio envergonhado e ela mal podia acreditar como ele dançava bem e lembram do frio que ele estava sentindo? De repente passou, incrível! Danny foi chegando perto de mim devagar e eu olhava para tudo e todos menos para ele.
“Vamos esquecer, ok? Mil desculpas.” – ele soou realmente sincero e arrependido. Só me restou fazer a primeira coisa que veio a minha cabeça, eu o abracei com força e nós ficamos muito tempo assim. Por isso que eu disse que aquela foi a noite mais divertida de toda a minha vida.


Say the magic words, and I’ll destroy the world for you.

Ninguém tinha ficado com ninguém aquela noite, se você estiver curioso para saber isso! Ficamos acordados até muito tarde, conversando sobre tudo, relembrando coisas muito engraçadas e outras tristes, como a pequena festinha que tínhamos feito para Danny um dia antes de ele ir embora. Naquela noite, tanto eu quanto todos eles, sentimos que as coisas estavam como deviam estar.
estava com a cabeça deitada nas pernas de Harry e eles se falavam como se nunca tivessem brigado feio. Dougie e estavam sentados lado a lado no chão, tocando violão e rindo de tudo. Tom e ficavam nos tirando o tempo todo, com acessos de ‘maturidade e precocidade’ e eu e Danny implicávamos um com outro. Não lembro muito bem o motivo, só lembro que ele saiu com as costas vermelhas de um tapa que dei nele. Veja bem, eu não sou uma pessoa que sabe controlar bem sua força.
Quando acordei, a única garota que ainda estava no quarto, dormindo também era . e tinham costume de acordar muito cedo, já eu e enrolávamos mais um pouco. Me sentei na cama e fiquei um bom tempo só revivendo a noite passada, tinha medo de descer e encontrar tudo horrível de novo, não queria mais que brigássemos e ficássemos naquele clima terrível. Era tão melhor, quando esquecíamos todas nossas diferenças e simplesmente nos divertíamos. Olhei para e ela estava encarando o teto, com os olhos um pouco pequenos, já que ela tinha acabado de acordar.
“Medo?” – eu perguntei sorrindo de leve.
“Você nem imagina o quanto.” – ela sorriu e sentou-se também, abraçando as pernas.
“Eu também.” – assenti e passei a mão pelos meus cabelos para arrumá-los.
“E se tudo der errado de novo? Se quando nós descermos estiver todo mundo brigando?” – ela passou a mão pelo rosto e suspirou.
“Não sei.” – eu suspirei também e ficamos muito tempo caladas, só pensando em tudo aquilo. Quando de repente a porta do quarto se abriu e Danny e Harry, entraram sorrindo e pularam em cima de nós duas.
“Hey, o que você pensa que está fazendo?” – perguntou entre gargalhadas, para Harry que fazia cócegas nela.
“Hora de acordar, dorminhocas!” – Danny deu um beijo estalado na minha bochecha. Olhei para e vi que ela realmente estava feliz, Harry também parecia a pessoa mais feliz do mundo.
“Nada mudou, não é?” – olhei para Danny, sorrindo de leve.
“Você acha que nós vamos acabar com tudo de novo? Não mesmo.” – então ele fez algo totalmente inesperado. Botou uma mecha do meu cabelo todo bagunçado atrás da orelha e me deu um selinho.

“Então, Harry e voltaram a ser namoradinhos... Nanananana!” – , eu e cantarolávamos ao redor da loira. “Nada a ver, nós só voltamos a nos falar.” – ela ficou vermelha de tanta vergonha, mas não conseguiu conter o sorriso.
“E o que você acha que vem depois?” – perguntou como se fosse óbvio e todas nós rimos.
“O Danny deu um selinho na .” – apontou para mim, com a intenção de deixar de ser o centro das atenções.
“Como você viu?” – eu perguntei surpresa. Ela estava toda entretida com Harry. “Eu vejo tudo, querida.” – ela piscou para mim e riu. As meninas começaram a me encher de perguntas, mas eu não sabia o que responder. Na verdade, tudo ainda era muito confuso.
“Hey, molengas! Que tal uma partida de futebol?” – Dougie chegou até a mesa no quintal em que nós estávamos sentadas e nos mostrou uma bola.
“Não mesmo.” – fez sinal de negativo com a cabeça, sendo seguida por mim. Ok, eu e somos as pessoas mais descoordenadas que existem no mundo, nós não íamos jogar mesmo.
“Nós vamos.” – e levantaram animadas e correram até o campo que os garotos tinham improvisado. Tom e deram as mãos e começaram a rodar rápido que nem duas crianças, fazendo competição com Harry e para ver quem agüentava mais tempo.
“Hey, Jones, vou precisar de ajuda com essas duas molengas aqui.” – Dougie gritou o garoto, que veio correndo.
“Você pega a mais baixinha e eu pego essa aqui, ok?” – Danny apontou primeiro para e depois para mim. Nós duas nos entreolhamos sem entender nada. O que eles queriam dizer com ‘pegar’? De repente, eu fui suspendida nos ombros de Danny e nos de Dougie. Nós começamos a rir e a bater nas costas deles.

O jogo? Ok, foi uma das coisas mais engraçadas que já me aconteceu. e ficavam atrapalhando o jogo, só para irritar os garotos. E elas conseguiram, porque Danny e Harry chegaram a gritar com elas que pioraram ainda mais a situação gargalhando alto e voltando a atrapalhar tudo. Eu e só gritávamos e riamos quando a bola chegava perto da gente. Após uns vinte minutos de tanta aporrinhação, os meninos resolveram não levar o jogo a sério também. Teve até uma hora em que ficou de cavalinho em Tom e eles ficaram correndo de um lado para outro. O negócio só ficou meio sério, na hora em que foi chutar a bola, escorregou e torceu feio o tornozelo. Todos nós corremos para cima dela que gritava de dor e Dougie pareceu realmente desesperado, ele a pegou no colo e levou para dentro do chalé, deitando-a no sofá. Eu e as garotas corremos para fazer uma bolsa de gelo e os garotos, exceto Dougie, correram para a farmácia mais próxima para comprar alguma pomada ou analgésico.
“Ai, está doendo!” – reclamou, quando Dougie pôs a bolsa de gelo sobre o tornozelo esquerdo dela.
“Mas já, já vai passar, ok?” – ele segurou a mão dela com força e deu um beijo na testa da garota. – “Juro que só saio daqui quando estiver melhor.” – eu e as outras nos entreolhamos e sorrimos de leve. Era melhor deixar os dois sozinhos e observar tudo de longe.
“Eu não sirvo para esse tipo de coisa.” – ela sorriu de leve e se sentiu melhor só pelo que ele tinha dito.
“É, eu já devia estar acostumado com isso.” – ele sorriu brincalhão e ela deu um tapinha no braço dele.
“Você devia falar para eu não falar esse tipo de coisa sobre mim mesma, e não concordar.” – ela riu e ele apertou o nariz dela.
“Ok, então! Você não devia falar esse tipo de coisa sobre você mesma, porque você é maravilhosa em tudo que faz.” – ele falou sério, podem acreditar! Nós ficamos morrendo de vontade de gritar, mas nos seguramos. De repente Dougie começou a se aproximar da morena e eles não tiravam os olhos um do outro. Ele passou a mão pelo rosto dela e ela botou a sua sobre a dele. Ficaram assim, por muito tempo mesmo. Quando Dougie roçou os lábios nos da garota. Os panacas entraram fazendo a maior bagunça, falando que tinham conseguido os remédios. Dougie deu um pulo pelo susto e nós sentimos vontade de matar todos aqueles idiotas que haviam interrompido aquele momento.

e haviam feito o almoço, já que todos os outros eram uma negação na cozinha. Nós até tentamos ajudar, mas depois de quase queimar o arroz, elas nos ameaçaram com uma faca, falando para sairmos de lá bem rápido ou iriam fazer picadinhos de todos nós.
“Cara, desde quando vocês viraram cozinheiras tão boas?” – Danny falou, enquanto comia.
“Desde sempre, Jones.” – sorriu orgulhosa de si mesma e da amiga.
“Já podem casar!” – Harry sorriu de lado, olhando para e fazendo com que ela ficasse sem graça.
“Ah, minha prima não vai casar com qualquer um não. Só com quem eu aprovar.” – ele sorriu dando um beijo estalado na bochecha dela, que estava com o tornozelo enfaixado.
“Então, ela nunca vai casar! Você não aprova ninguém.” – Tom falou com um sorriso brincalhão e todos riram.
“Não é que eu não aprove ninguém, é que ela só sai com traste.” – ele fez uma caretinha e ela bateu nele.
“Quem fala! Você só sai com as garotas mais dadas da cidade.” – ela tomou um gole de suco e eles ficaram se olhando, como se estivessem vivendo um momento só deles.
“Então, jogo legal, não?” – falou meio constrangida pelo clima que tinha ficado.
“Tirando a parte em que eu torci o tornozelo, até que foi bem divertido.” – falou de volta a realidade.
“Foi engraçado a gente na farmácia.” – Danny comentou gargalhando, seguido por Tom e Harry que começaram a contar uma história sem muito sentido, sobre como tinham ido parar no lugar errado e depois tiveram que procurar a farmácia. Foi engraçado, mas se eu tivesse entendido alguma coisa, teria sido mais ainda.

Depois do almoço, nós ficamos um bom tempo conversando na mesa ainda. Cada um lavou seu prato, menos . Dougie lavou o da garota, recomendando que ela subisse e tratasse de descansar um pouco por causa do tornozelo dela. Eu estava caindo de sono também e fui deitar na minha cama. ficou largada na sala, junto com Tom e foi ler no quintal. Agora vem uma das minhas partes preferidas nessa viagem, a parte em que nós todos nos acertamos para valer, esquecendo totalmente o passado. Vou começar por mim mesma.
Estava deitada na cama, toda coberta e de olhos fechados. Estava quase dormindo, quando senti alguém se deitando do meu lado e se cobrindo também. Pensei que fosse , já que estávamos dividindo a cama de casal.
“Decidiu subir também? Pensei que ia ficar com o Tom.” – eu falei com a voz meio sonolenta e com os olhos ainda fechados.
“Não, eu ia atrapalhar o lance dele com a .” – Danny falou com o tom de voz engraçado e eu gelei. Não era para ele estar ali. O que ele estava fazendo ali? “Jones, o que você pensa que está fazendo?” – eu virei meu rosto, mas sem olhar para ele.
“Ué, me preparando para dormir um pouco.” – ele falou como se fosse óbvio. “Aqui?” – eu ergui as sobrancelhas e virei totalmente para ele, me encolhendo toda por causa do frio.
“Porque não?” – ele sorriu e ficou me encarando. Meu Deus, que olhos ele tinha! Eram uma mistura de azul com cinza fora do comum. E aquele sorriso? Eu amava aquele sorriso meio bobão, infantil com os dois dentinhos da frente meio tortos. Sorri de volta.
“Eu nunca esqueci seu sorriso, sabia?” – ele pegou minha mão e apertou de leve.
“Duvido muito. As americanas são muito bonitas.” – eu brinquei com ele.
“São, mas nenhuma delas era como você.” – ele se aproximou um pouco e eu fiquei em dúvida sobre aquilo tudo, não queria sofrer e queria deixar as coisas bem claras.
“Danny, eu esperei por você minha vida toda! Eu fiquei com outros garotos, namorei, mas sempre pensando em você, todo mundo sabe disso. Eu não quero me machucar e viver insegura e confusa sobre o dia de amanhã.” – eu falei de um fôlego só e ele escutou a tudo muito sério.
, a última coisa no mundo que eu quero é te machucar. Porque fazendo isso, eu vou machucar a mim mesmo! Pode ser que eu faça coisas confusas ás vezes, mas é porque eu fico tentando fugir do que sinto. Meu pai nunca esteve tão feliz e sua mãe parece bastante feliz também. Eu não sei se eles nos vêm como dois irmãos e não quero ter essa conversa com os dois, pelo menos por agora já que eu acabei de chegar. Mas eu te amo muito, a distância só fez com que o que eu sentia por você aumentasse.” – nessa hora eu ia falar que também, mas assim que abri a boca, ele fez sinal que não, ainda tinha mais coisa para falar. – “Eu era uma criança e pensei que fosse passar, que era só o começo de uma vida amorosa para mim, meu primeiro amor de outros, mas não. Foi meu primeiro e é meu único amor.”
“Você é um idiota.” – eu falei sorrindo, com algumas lágrimas caindo dos olhos e o abracei apertado. – “Eu também te amo! Vamos aproveitar esses dias que nós temos longe do mundo real, ok?”
“Ok.” – ele me beijou de um jeito que eu havia esperado há anos. Me deu o beijo que desejei quando beijava cada garoto que já beijei na minha vida. – “Isso só me deu mais certeza do que eu sinto, só vamos ter um pouco de paciência e dar tempo ao tempo, sem magoar ninguém.”

estava tentando se concentrar no livro, mas não conseguia. Tudo que lia, depois que chegava ao final da pagina não fazia sentido algum e tinha que começar tudo de novo. Era difícil não pensar em Harry. Era difícil não pensar no quanto tinha errado com ele. Era difícil não pensar no tanto que havia magoado a ambos por idiotice. Era difícil não sentir vontade de tê-lo de volta. Suspirou pesadamente e fechou os olhos para segurar as lágrimas, o que foi em vão.
“Você fica mais bonita quando sorri.” – Harry sentou ao lado dela e enxugou as lágrimas da loira.
“Anda meio difícil sorrir.” – ela deu de ombros, totalmente sem graça e se entregou ao abraço dele. Ficou ali, aninhada aos braços do garoto que mais amava no mundo, chorando por muito tempo, tanto que ela nem se lembrava quanto. Chorou pelo erro que havia cometido, chorou por todos esses malditos meses sem falar com ele, chorou pela última briga que haviam tido, chorou pela saudade da infância, do tempo que passavam juntos, do começo do namoro.
“Está melhor?” – ele perguntou, quando os soluços dela diminuíram até pararem.
“Acho que sim.” – ela sorriu de leve e passou a mão pelo rosto dele, que fechou os olhos. – “Você também chorou.”
“Não é fácil ver você chorar e não sentir nada.” – ele abriu os olhos e se afundou nos olhos azuis da garota. Ficaram assim por bastante tempo.
“Eu fui tão idiota.” – ela falou com a voz trêmula.
“Todos nós fomos.” – ele concordou e entrelaçou a mão dele, na dela.
“Harry, eu nunca acreditei nisso, sabe? De você ter me traído e tudo o mais, só que a minha insegurança era tão grande e eu não queria me machucar.” – ela olhou para as mãos dos dois e suspirou.
“Você sabia que não precisava ficar insegura.”
“Eu não podia te dar o que você queria.” – ela sentiu o rosto arder de vergonha e continuou olhando para baixo.
“Você sabia que eu te esperaria o tempo que fosse preciso.” – ele pegou o queixo da garota e fez com que ela olhasse para ele.
“Desculpa por todas as coisas horríveis que eu te disse, era tudo mentira! Eu nunca te odiei.”
“Lembra quando eu disse que ia ter pena de você, quando você se arrependesse?” – ele perguntou seriamente, fazendo com que ela gelasse de medo. Era agora que ele falava que não queria mais nada com ela, sentiu lágrimas virem aos olhos de novo. – “Eu estava mentindo. A coisa que eu mais desejei nesses meses foi para que você se arrependesse e nós voltássemos a ficarmos juntos.”
“Você quer mesmo?” – ela abriu o maior sorriso que podia.
“Se for para você sorrir assim, ao invés de chorar, sim.” – ele sorriu de volta e a garota o beijou com vontade. Tinha desejado aquilo por meses e se entregou totalmente ao momento, assim como ele. O casal perfeito e cheio de conexão estava de volta.

estava deitada na cama, enquanto Dougie estava sentado no chão, tirando alguma música nova da banda dos garotos, do violão.
“Essa música é legal.” – ela comentou escutando o começo de ‘Just My Luck’
“Ela está muito no começo ainda, precisamos fazer alguns ajustes e tudo o mais.” – ele deu de ombros, meio sem graça. Era bom saber que ela tinha gostado da música, que ele começou a compor, no caminho de vinda para o chalé.
“Posso ver a letra?” – ela apontou para o papel com a letra que estava na frente dele, em que ele anotava as notas.
“Não, não! Como eu disse, ainda está no começo e tem algumas coisas para modificar.” – ele dobrou o papel e voltou a tocar violão.
“Você é um porre!” – ela deu língua para ele e bagunçou os cabelos do garoto.
“E você uma enjoada.” – ele sorriu e continuou a tocar, sem se importar com a bagunça dos cabelos.
“Toca alguma coisa para mim.” – ela pediu, ficando de lado na cama e se encolhendo pelo frio.
“O que você quer que eu toque?” – ele a olhou e sentiu vontade de abraçá-la. Ela estava toda encolhidinha e fofa. Os garotos tinham razão, ele não à via só como prima e melhor amiga. Sentia algo diferente por ela.
“Me surpreenda.” – ela falou com um sorriso divertido e ele deu de ombros, começando a tocar uma canção leve no violão. Era impressão dela ou ele estava cantando ‘Can’t help falling in love?’ do Elvis? Aquilo realmente mexia com ela. Ele ficava tão bonitinho cantando todo desafinado e concentrado no violão. Não tinha como não se apaixonar por ele. Ficou encarando ele com um sorriso bobo e se surpreendeu quando ele levantou a cabeça e a encarou de volta, ficou mais surpresa quando ele aproximou um pouco o rosto do seu e cantou ‘take my hand, take my whole life too/ For I can’t help, falling in love with you’ bem baixinho, quase sussurrando. Aquilo era realmente uma tortura, ele só devia estar brincando com ela, como sempre.
“É melhor você parar.” – ele falou seriamente e ele fingiu não escutar, terminando o resto da música.
“Eu quis evitar e sei que você também, mas não dá.” – ele se ajoelhou perto da cama, a olhou por um bom tempo e depois beijou os lábios dela de leve. Era como estar de volta aquele primeiro beijo de ambos, mas a sensação era muito melhor, pois tinham a certeza do que estavam sentindo.

“Ok, verdadeiro ou falso?” – Tom perguntou para que estava encostada no garoto. Eles estavam brincando de ‘verdadeiro ou falso’, uma brincadeira que eles tinham quando eram menores. Era uma forma de saber tudo que se queria saber, brincando.
“Verdadeiro.” – ela estava de olhos fechados, enquanto ele encostava a cabeça na dela.
“Você ama mesmo o Gus?” – ele perguntou meio receoso.
“Amar?” – pela primeira vez na vida ela ficava confusa em relação aos seus sentimentos por Gus. Não fazia a mínima idéia do que responder para Tom. Desde a noite passada que se sentia estranha em relação a tudo. Não queria, mas estava sentindo coisas com Tom que nunca havia sentido com Gus. Gostava do garoto, mas não chegava a ser amor. Tom era tão diferente de todos, era tão engraçado, carinhoso. Era como se fosse tudo que ela sempre desejou. A tratava como uma garota e não como uma boneca sem sentimentos e cérebro que podia quebrar a qualquer momento. – “Não, não amo.”
“Nossa!” – ele deu um sorriso gigante, seguro já que ela não podia vê-lo, estando de olhos fechados. Era bom saber daquilo, talvez um dia tivesse alguma chance, já que ela não amava o babaca.
“Verdade ou falso?” – ela perguntou querendo fugir do assunto logo.
“Verdadeiro.” – ele deu de ombros, vencendo toda a timidez.
“Você já se apaixonou de verdade?”
“Você nem imagina o quanto.” – ele suspirou pesadamente e ficou concentrado no cheiro dela.
“Como assim?” – ela se virou para ele e viu que as bochechas do garoto estavam mais vermelhas do que costumavam.
“Vou citar Elvis, para não ser tão explicito.” – ele sorriu sem graça e ela ficou sem entender nada. – “I’d spend a lifetime, waiting for the right time, now that your near, the time is here at last.”
“Tom.” – ela estava chocada. Tinha entendido muito bem a mensagem que ele queria passar e estava mais confusa ainda do que antes. – “Há quanto tempo?”
“Muito tempo.” – ele não conseguia encará-la de tanta vergonha. Como dizia o título da música, era agora ou nunca. Podia perder a amizade dela que estava se recuperando, mas também podia perder a chance de ter coisa melhor, como os amigos tinham dito.
“Meu Deus, isso é tão confuso!” – ela coçou a testa e sorriu de leve ao lembrar de uma coisa. – “Quando eu era criança, era apaixonada por você, sabia? Dizia para todo mundo que você era meu namorado.”
“Engraçado como o mundo dá voltas.” – ele sorriu mais relaxado e suspirou. – “Eu só achei que precisava contar logo, me arriscar do que ficar sofrendo calado por mais tempo.”
“Tom, eu estou realmente confusa e nem é só porque você acabou de me falar.” – ela segurou a mão dele e sorriu de leve. – “Você me trata de um modo que nenhum outro garoto fez, nem o Gus! Você me trata como eu sempre quis que fizessem e isso vem me deixando cada vez mais confusa e eu ando pensando muito no que fiz da minha vida também, pensando em como podia ter feito tudo diferente.”
“Deve ser difícil viver com um dilema desse tamanho.” – ele sorriu brincalhão, apertando a mão dela de leve.
“É disso que eu estou falando, você é engraçado e me faz rir! Não fica cheio de dedos comigo.” – ela riu e deu um beijo na bochecha dele. – “Vamos dar tempo ao tempo, ok? Isso não significa que eu não goste de você, porque eu gosto muito.” – eles começaram a conversar sobre outras coisas e acabaram dormindo ali mesmo. Os dois abraçados no sofá.


We'll be hand in hand for every night.

Já haviam se passado três dias desde que nós havíamos chegado. As coisas estavam melhores impossíveis, nós éramos os mesmos de anos atrás e sentíamos a felicidade de cada um, sem ao menos tocar no assunto. Eu estava vivendo um sonho com Danny, juro! Ele era tão carinhoso, brincalhão e todo mundo ficava falando que nós fazíamos aquele casal clássico de filme de comédia romântica. Acho que é porque nós implicávamos muito um com o outro. Harry e discutiam por coisas idiotas direto, mas depois de meia hora nem lembravam mais o porquê da briga, quando estavam se beijando. Dougie e eram de longe o casal mais fofo que eu já vi na minha vida, ele é tão preocupado com ela e ela com ele, que às vezes dá um pouco de enjôo só de ver os dois juntos, mas é muito raramente mesmo. Tom e ainda não tinham ficado, mas algo me dizia que não ia demorar muito. Eles sempre arranjavam um jeito para estar abraçados, brincando um com o outro. Como na noite passada, em que nós fomos ver um filme e de propósito sentamos todos ao redor da garota, sem que Tom tivesse chances de ficar perto dela. Ele ficou andando de um lado para outro e ela parecia bastante incomodada, nós nos divertíamos demais com aquilo. De repente ela levantou com a desculpa de ir ao banheiro e quando voltou, sentou ao lado dele falando que ali era menos apertado. Bom, se ela queria espaço, não deveria ter ficado o filme todo abraçada com ele. Vai entender!
Como tinha saído um pouco de sol naquela manhã, nós decidimos tentar aproveitar um pouco da piscina, que ainda estava congelando qualquer um. Eu não queria entrar, mas Danny me empurrou e nisso começamos uma lutinha de água e Harry e juntaram-se a nós dois depois. Tom e estavam conversando e rindo na beirada da piscina e e Dougie estavam tocando violão para variar um pouco, parecia que ela estava o ajudando com uma música nova.
“Hey, que tal briga de galo?” – perguntou, agarrada ao pescoço de Harry que rodava com ela.
“Boa idéia!” – eu falei empolgada e me virei para Dougie e . – “Nós vamos fazer briga de galo, querem?”
“Não, estamos ocupados.” – e Dougie disseram ao mesmo tempo e com o mesmo tom de concentração.
e Tom?” – Danny perguntou para o casal que estava rindo de algo.
“Coisa de criança.” – falou relembrando os velhos tempos, ela amava falar isso nos ataques de ‘precocidade e maturidade’.
“Nós temos mais o que fazer.” – Tom entrou na brincadeira e piscou para ela.
“Ah, não! Eles voltaram com os ataques de precocidade e maturidade.” – Harry rolou os olhos e nós rimos. Depois subimos nos ombros dos garotos e começamos nossa briga. É lógico que eu estava perdendo, era a pessoa mais fraca que conhecia e era bastante competitiva, podem acreditar. Mas nós estávamos nos divertindo para valer. Depois de algum tempo, Dougie começou a gritar e apontar para o lugar em que e Tom estavam, nos viramos todos preocupados e demos de cara com os dois se beijando.
passava as mãos pelo pescoço do garoto e ele segurava o rosto dela entre as mãos com o maior cuidado do mundo. Aquilo era tão bonito. Pensamos em não atrapalhar, mas não conseguimos. Fomos até os dois que pareciam estar bem distraídos e começamos a jogar água neles, que nos olharam com raiva, mas depois riram e entraram na guerrinha.

Aquela noite decidimos ficar em casa já que o frio tinha voltado e estava pior ainda, se é que era possível. e fizeram uma macarronada maravilhosa, vimos um filme e quando já eram quase onze horas, ainda não estávamos com sono. Era difícil ter sono no meio de toda aquela animação e gargalhadas. Nós falávamos e fazíamos tanta besteira. Depois de arrumar a cozinha, juntamente com os outros que não tinham cozinhado, subi, pois estava não estava muito bem. Botei meias extras e fiquei deitada lendo. Não escutei ninguém entrando no quarto, só percebi quando alguém ficou dando petelecos irritantes no meu livro.
“Muito engraçado!” – tirei o livro do rosto e dei língua para Danny.
“Porque você já subiu? O pessoal ainda está todo lá em baixo, parece que vão fazer uma partida de pôquer ou coisa do tipo.” – ele deitou atravessado na cama e ficou me encarando.
“Eu estou com um pouco de dor de cabeça.” – dei de ombros e fechei o livro.
“Quer remédio? Acho que o Tom sabe aonde tem.” – ele se levantou para buscar o remédio, mas eu segurei o braço dele.
“Não, só fica aqui comigo.” – falei aquilo porque era realmente o que precisava naquele momento. Eu estava realmente com dor de cabeça, porque tinha ficado o jantar todinho observando meus amigos e como tudo estava perfeito. Subi cedo, talvez não por sono, mas porque estava desanimada e com medo. Medo de voltar ao mundo real daqui a alguns poucos dias. Medo de que tudo se acabasse tão rápido quanto começara.
“Não sei, acho que prefiro jogar pôquer com o pessoal.” – ele sorriu brincalhão e eu soltei o braço dele como se fosse a coisa mais nojenta em que eu já havia tocado. “Ótimo, então! Boa sorte naquela porcaria de jogo.” – eu fiz careta para ele e virei a cara, entrando na brincadeira.
“Se é uma porcaria, porque você é tão viciada nele?” – ele riu, deitando do meu lado.
“Às vezes nós gostamos de porcaria.” – eu ergui as sobrancelhas e fiquei olhando para ele com um sorriso de lado.
“O que você quis dizer com isso, hein?” – ele me olhou indignado e sentou-se. “Eu? Nada, ué.” – sorri e dei de ombros.
“Ah, eu devo ter entendido errado, não é?” – ele subiu em cima de mim, pronto para me fazer cócegas. Eu sabia que ele ia fazer isso, na verdade, acho que conhecia todos os movimentos dele e ainda conheço.
“Com certeza, agora sai de cima de mim, por favor! Você é pesado.” – eu tentava empurrá-lo, mas era em vão. – “Danny, sai!” – eu comecei a gargalhar alto, quando ele começou a me atacar.
“Vocês poderiam ser mais silenciosos, assim não nos assustariam.” – disse encostada no batente da porta, juntamente com os outros.
“Montinho.” – Tom gritou e todos correram para pular em cima de nós dois.

“Então, disco voador ou assombração?” – Harry perguntou com a lanterna ligada em seu rosto. Depois de brincarmos de guerra de travesseiro, nos apertamos sentados no chão do quarto e os meninos inventaram de contar história de terror.
Recebendo aprovação de e .
“Nenhum dos dois!” – eu e gritamos e ela abraçou Dougie com mais força.
“Calem a boca, vocês duas!” – falou brutamente, fazendo com que nós nos encolhêssemos de medo.
“Cara, eu tinha me esquecido de como você pode ser bem má de vez em quando.” – Tom disse, fingindo estar assustado e todos nós rimos.
“Disco voador ou assombração?” – Harry perguntou, praticamente gritando, para que o assunto voltasse as vias de fato. Demoraram um pouco para decidir, eu e tentávamos atrapalhar, mas eles não deixavam. Escolheram por assombração. Quem contou a história foi Tom, que sabia muitas. A história foi tão pesada que ninguém dormiu aquela noite e para melhorar tudo, ainda caia um senhor temporal do lado de fora.

“Fica quieto, Judd!” – reclamava do namorado que estava se cobrindo.
“Você quer que eu morra de frio ou coisa do tipo?” – ele arqueou uma sobrancelha e continuou se mexendo.
“Se for para continuar assim, quero.” – ela sussurrou de volta e fechou a cara. “Você é insuportável quando quer.” – ele rodou os olhos e acabou por deitar de qualquer jeito.
“E é isso que você mais gosta em mim.” – ela sorriu de lado, olhando para ele. “O que te dá tanta certeza?” – ele arqueou uma sobrancelha, devolvendo o olhar. “Eu simplesmente sei.” – ela se aproximou um pouco, fazendo com as pernas de ambos, roçassem um pouco.
“Talvez fosse melhor você não ser tão autoconfiante.” – era impressão dele ou ela estava querendo jogar com ele? Se era, ele iria entrar no jogo também.
“E por quê?” – ela aproximou os rostos, fazendo com que ele sentisse a respiração dela.
“Porque ninguém conhece ninguém ao ponto de ter certeza o que o outro pensa.” – ele passou os dedos pelas costas da menina, por dentro do casaco.
“Eu conheço você bastante bem!” – ela mordeu o queixo dele de leve, fazendo com que ele sentisse um leve frio na espinha.
“O quanto você acha que me conhece?” – ele fez o caminho da coluna vertebral da loira, fazendo com que ela tremesse de leve.
“O bastante para saber que você está louco para me beijar.” – ela roçou os lábios no dele, e ficaram assim por um bom tempo. Quando Harry não agüentou mais, puxou-a com força pela nuca, afundando sua mão em meio aos fios loiros. Ficaram se beijando por bastante tempo e de uma maneira quente.
abraçava o garoto pelas costas com força, como se quisesse uni-lo a ela. Ele a provocava, passando os dedos de leve pela cintura dela e interrompendo os beijos quando ela mais se empolgava. Haviam sentido tanta falta disso, que mal podiam explicar. Harry subiu em cima dela e ela o abraçou com mais força ainda. Quando pararam de se beijar para tomar um pouco de fôlego, o garoto passou a dar leves beijos no pescoço dela, que sentia que se o mundo estivesse acabando naquele momento lá fora, não fazia a mínima diferença. Ela respirava com certa dificuldade e passava as unhas de leve, pela nuca dele. Ficaram um bom tempo só nisso, jogando um com outro e voltaram a se beijar fervorosamente. De repente, escutou alguém rir e lembrou que não estavam sozinhos no quarto, todos estavam lá, apesar de não poderem ver nada, já que ela e ele estavam em uma cama no canto do quarto e falavam sussurrando. Mas mesmo assim, não era do jeito que ela imaginava que fosse ser e nem seria. Ela o empurrou de leve e ambos ficaram se olhando intensamente por um longo tempo mesmo.
“Amo você.” – ele disse enquanto se olhavam.
“Eu também te amo, mas acho melhor nós pararmos por aqui, tem muita gente no quarto!” – ela sorriu envergonhada e ele assentiu, saindo de cima dela e olhando para o teto.
“Acho que vou ter que ir ao banheiro, passar uma água fria no rosto.” – ele riu e ela gargalhou alto. Era bom saber que tinha poder sobre ele. Ele levantou e todos nós ficamos encarando quando ele saiu. De repente a ficha de todos caiu um pouco, eles estavam silenciosos porque estavam se agarrando.
“Esse é nosso garoto.” – Danny falou gargalhando e todos nós começamos a rir e a fazer brincadeirinhas para deixar sem graça.

“Dá para você se acalmar um pouco?” – Dougie riu, abraçando mais forte a prima. Ela morria de medo de tempestades e toda vez que escutava um trovão, era como se alguém a estivesse esmurrando.
“Não, não dá!” – ela tremeu de leve ao escutar um trovão bem alto. – “Eu pedi para vocês não contarem aquela maldita história! Eu sabia que ia acontecer isso, mas ninguém me escuta. Eu não tenho voz no meio de vocês, nem eu e nem a .” – ela o abraçou com força e apertou os olhos quando viu a luz de um raio.
“Tudo bem, tudo bem! Ninguém sabia que ia cair esse temporal, amor.” – ele falou aquilo pela primeira vez e ela tremeu de leve pela intensidade que uma palavra, um simples modo de chamá-la a fazia se sentir.
“É, mas agora está caindo e eu não vou conseguir dormir e vou ficar pensando naquela maldita história e...” – ela podia continuar dando mais mil motivos, mas foi interrompida por um beijo terno e delicado. Ele a beijava com todo carinho, só para acalmá-la, o que funcionava muito bem até.
“Está mais calma?” – ele apertou o nariz da morena de leve e ela sorriu, passando a mão pelo rosto dele.
“Na verdade, ainda não! Mas valeu a tentativa.” – ela deu de ombros e se encolheu quando escutou outro trovão e a chuva batendo com força nas janelas.
“Quer que eu conte uma história?” – ele sorriu alegremente e ela deu de ombros. – “Ok, é um conto de fadas! Era uma vez uma linda princesa chamada e ela vivia em um reino muito bonito e cheio de plantas e coisas do tipo. Perto do local onde ela morava existia uma colônia de lagartos e ela era muito amiga deles, era como se fosse a princesa deles também. Eles se vestiam com roupas bem engraçadas, tinham alguns que se vestiam como ‘Os Jetsons’, alguns quem nem ‘Os Flinstones’, outros normais e por aí vai.” – ele olhou com cara de ‘o que?’ quando ela começou a gargalhar baixinho, deu de ombros e continuou a história. – “E essa linda princesa, queria muito encontrar seu belo, encantador, forte, charmoso primo príncipe que só tinha conhecido quando era bem pequena, só que ele tinha se mudado para outro reino. Isso mesmo.” – ele disse, quando ela fingiu cara de chocada. – “Então, depois de algum tempo ele voltou e eles se reencontraram, só que ela estava prometida para outro príncipe e a família dos dois não aprovava o relacionamento, mas ele não desistiu. Pediu ajuda aos lagartos que gostaram muito dele e não exitaram. Ele enfrentou dragões, escorpiões gigantes e muitas outras coisas com o auxilio dos grandes pequenos lagartos. Depois de um tempo, conseguiu resgatá-la das garras daquele noivo imbecil e enfrentou tudo e todos só para ver esse mesmo sorriso que eu estou vendo agora! Um sorriso que faz com que a gente sinta vontade de acordar todos os dias e ser a pessoa mais idiota do mundo só para vê-lo!”
“Dougie, é exatamente por isso que eu sempre fui completamente apaixonada por você!” – ela falou totalmente envergonhada, ele passou a mão pelo rosto dela e a beijou com cuidado.
“Agora me abraça bem forte, fecha os olhos e pensa na história! Eu sou exatamente como esse príncipe, vou enfrentar tudo por você!” – ela o encarou por algum tempo, deu um selinho nele, fechou os olhos e finalmente conseguiu dormir.

“Ai, que droga! Eu e a pedimos tanto, mas foi a mesma coisa que nada, sempre é.” – eu reclamava baixinho sem ao menos fechar os olhos. A história do Tom tinha me aterrorizado mesmo e agora eu só conseguia pensar nisso.
“Será que dá para você parar de reclamar?” – Danny bufou e rodou os olhos. “Se eu te incomodo tanto, vou me enfiar no meio de algum deles.” – eu disse irritada e apontado para as outras camas.
“Não é que você me incomode, meu amor! É só que você não parou de reclamar.” – ele segurou minha mão em pedido de desculpas.
“É que eu tenho medo dessas coisas, Danny! Eu não mudei muita coisa desde que era criança para os dias de hoje.” – eu dei de ombros, totalmente envergonhada.
“Tudo bem, então vem aqui e...” – ele parou de falar e ficou olhando para um ponto fixo na janela. Porque nós tínhamos que ter ficado ao lado da janela? Droga.
“O que? Ai, meu Deus... O que, Jones?” – eu não conseguia olhar, estava muito assustada para isso e ele parecia assustado demais para parar de olhar.
“O que é aquilo?” – ele semicerrou os olhos e franziu o cenho parecendo confuso. – “Parece muito com aquela árvore que o Tom descreveu.”
“Para com isso, Danny.” – eu me cobri até a cabeça e fechei os olhos com força. Eu não queria ver a árvore da história do Tom. Na verdade, eu era bem nova para morrer.
“Cara, eu preciso mostrar isso para os outros.” – ele fez menção em sair da cama, mas eu segurei o braço dele com força.
“Você não vai sair daqui mesmo, se quiser que alguém veja alguma coisa, grita.” – eu estava mesmo desesperada. Danny sabe assustar uma pessoa quando ele quer.
, isso é sério e muito estranho!” – ele me olhou seriamente e nessa hora eu comecei a tremer de verdade. Para melhorar tudo, se deram uns dois trovões seguidos e o barulho de vento forte nas janelas.
“Danny, para com isso. Não sai daqui, por favor! Ai, meu Deus, eu não quero morrer não, eu sou muito nova! Será que aquela história daquele serial killer é mesmo verdade? E se essa árvore que você está dizendo for a que ele enterra as vitimas e... Danny, posso saber qual o motivo da graça?” – ele estava tentando controlar a gargalhada e botou o travesseiro no rosto para sufocar o barulho, aquilo era ainda mais assustador.
“Você fica tão linda toda assustada e falando coisas sem sentido.” – ele me olhou com um sorriso malicioso e eu senti uma raiva fora do comum subir a minha cabeça. Então ele tinha tirado uma legal com a minha cara, me fazendo pensar que podia morrer e meus amigos também.
“Daniel Alan David Jones, isso não teve a menor graça!” – eu peguei o travesseiro e comecei e bater nele com raiva. – “Você é o cara mais idiota que eu conheço.” – voltei a deitar e virei para o lado oposto ao dele.
“Desculpa.” – ele falou em tom risonho ainda e eu dei de ombros. Ele conseguia ser tão irritante ás vezes. – “Ah, pequena, sério! Eu não sabia que você ia ficar tão assustada, desculpa mesmo.”
“Ok.” – eu respondi secamente e dei de ombros. Seria legal fazer com que ele corresse atrás por um tempo.
“Ah, pequena!” – ele deu um beijo demorado na minha bochecha e me abraçou pela cintura. – “Você ficou tão linda, eu não resisti! Parecia uma criancinha com medo.”
“Danny, foi bem mal da sua parte.” – eu me virei lentamente até ficar de frente para ele que me deu um selinho demorado.
“Juro que nunca mais faço, quer dizer, talvez só mais uma ou duas vezes.” – ele abriu aquele sorriso brincalhão que eu simplesmente amava.
“Você é quem sabe.” – dei língua e bati no ombro dele de leve. Ele ficou me encarando por um tempo e nós começamos a nos beijar. Eu não sei o que acontece toda vez que beijo o Danny, é como se o mundo ao meu redor simplesmente sumisse e eu ficasse com febre, muita febre para ser mais exata. Ficamos nos beijando por um bom tempo, até que eu interrompi o beijo do nada e fiquei o encarando.
“Adoro quando você faz isso.” – ele sorriu, passando a mão pelos meus braços para me esquentar.
“E eu adoro fazer.” – eu disse sorrindo e ele encostou a testa dele na minha.
“Vamos ficar assim para sempre, ok? Não importa o que aconteça daqui para frente.”
“Se você está me oferecendo um romance às escondidas dentro da minha própria casa, bem de baixo do nariz da minha mãe e do seu pai, acho que eu aceito.” – eu ri quando ele acenou afirmativamente que nem uma criança.

“Nós costumávamos dormir juntos.” – Ju falou olhando para Tom. Eles estavam dividindo o mesmo colchão em um canto do quarto. Estavam os dois encolhidos de lado, de mãos dadas, se olhando e sorrindo há muito tempo. Como se compartilhassem um segredo que só os dois sabiam.
“Tudo bem que era só a soneca da tarde, depois de uma grande quantidade de leite na mamadeira.” – ele riu com a lembrança e balançou a cabeça.
“Ah, eram bons tempos.” – ela sorriu e deu de ombros. – “Lembra como nós éramos felizes e despreocupados com tudo? Nós só passávamos o dia todinho brincando, comendo e dormindo.”
“Eu tenho muito que agradecer pela infância que tive.” – ele assentiu, lembrando de muitas coisas ao mesmo tempo. – “Era tudo tão perfeito, como está sendo agora.”
“Tom, eu fui muito terrível quando parei de falar com você?” – ela perguntou seriamente e com o olhar triste.
“Talvez um pouco, mas eu meio que entendi! Eu sempre fui tão tímido com garotas e como você ia saber se eu não contasse? Ok, todo mundo sabia, mas você é bem desligada mesmo.” – ele riu e deu um selinho nela ao ver a cara de indignada da garota. – “O Gus parece ser bem legal.”
“Às vezes.” – ela deu de ombros, mais uma vez pensando em como Tom era totalmente diferente e melhor que o namorado. – “Só que você é diferente! É como se você me conhecesse melhor que qualquer pessoa, até melhor que eu mesma!”
“Talvez seja porque nós crescemos juntos ou não sei. Eu também tenho essa sensação quando nós estamos juntos.” – ele apertou a mão dela de leve e deu um beijo na ponta do nariz da garota.
“Eu estive pensando muito e ainda tenho algum tempo para pensar, mas acho que já me decidi sobre muita coisa.” – ela o abraçou e eles ficaram muito tempo calados, só escutando a respiração um do outro. – “Eu quero você, Tom!”
“Ui, agora.” – ele falou brincando e ela gargalhou. – “Agora, falando sério! Eu sempre quis você, !”
“Vamos fazer as coisas certas agora, ok? Prometo que não vou ser mais uma popular nojenta e assim que o Gus chegar, eu converso com ele.”
“Você nem imagina quanto tempo eu esperei para escutar isso.” – ele a beijou levemente e eles ficaram assim, até pegarem no sono.

E assim foram os restos dos dias! Infelizmente, o fim de semana chegou e nós tivemos que ir embora. Parecia que nós estávamos começando a acordar de um longo sonho. As aulas iriam começar naquela segunda, o que talvez nos trouxesse muitos problemas. Era estranho ver todo mundo arrumando as coisas calados. Um silêncio terrível no carro, ninguém queria tocar no assunto do que seria daqui para frente, todos estavam com medo. Já era finalzinho de tarde, quando o carro de Tom parou no começo da cidade, perto da praia. Nós paramos também, preocupadas que talvez tivesse acontecido alguma coisa.
“Última parada antes de voltar ao mundo real!” – Tom disse saindo do carro, seguido pelos outros. – “Se vocês estiverem muito cansadas, tudo bem.”
“Não, não.” – desceu, nós demos de ombros e fizemos o mesmo. e Dougie desceram abraçados, assim como Tom e . Harry e foram de mãos dadas e eu de cavalinho em Danny, rindo das coisas idiotas que ele falava. Ficamos um tempo, os oito juntos. Observando as ondas baterem na areia, enquanto o sol começava a sumir no mar. De repente os casais foram se separando, nós sabíamos que cada um precisava de um momento a sós antes de voltarmos.


Remember when we scratched our names into the sand

Tom e ficaram andando pela areia de mãos dadas, olhando para o mar e sem dizer uma palavra. Eles não precisavam falar alguma coisa para saber o que ambos sentiam. Era um sentimento forte demais que compartilhavam. Ele sentou com as pernas abertas e ela sentou encostada nas costas dele.
“Você não vai parar de falar comigo quando chegar lá, não é?” – ele perguntou com o tom de voz temeroso.
“Claro que não, Tom!” – ela entrelaçou a mão na dele que a apertou de leve. – “Eu já disse que assim que chegar lá, vou arrumar tudo.”
“Você não tem medo de perder sua popularidade? Quer dizer, eu sou considerado o mais panaca de todos e você, a garota mais popular.” – ele encostou o queixo no ombro dela, ficando em torpor pelo perfume da garota.
“Tom, eu já me acostumei a viver assim e não me orgulho disso!” – ela suspirou e ficou olhando para as ondas por um tempo. – “Mas se eu perder a porcaria da minha popularidade, que se dane! Eu vou ter você.”
“Uau, ganhei meu dia!” – ele disse brincalhão e ela riu. – “É bom saber que finalmente as coisas vão se arrumar.”
“Tudo vai estar como deveria ter estado desde o começo.” – a loira fechou os olhos e só ficou o escutando, enquanto ele cantava ‘All About You’ no ouvido dela.

sentou em uma das pedras que tinha por ali, enquanto Harry estava de pé tacando pedrinhas no mar. cantarolava baixinho uma música qualquer e ele fazia o ritmo. Pareciam estar em plena harmonia e na verdade, estavam.
“Você saiu do ritmo.” – ela gargalhou sem motivo nenhum aparente e deu um tapa na perna dele. Estava feliz.
“Você que cantou errado.” – ele gargalhou também e sentou ao lado dela. – “Essa parte é a segunda, não a primeira.”
“Não, não viaja, Judd!” – ela balançou a cabeça e riu. – “Você fez o ritmo errado e ponto final.”
“Você já percebeu como nós somos idiotas? Olha, sobre o que nós estamos discutindo.” – ele franziu o cenho e ela gargalhou, se dando conta.
“Talvez nós sejamos um daqueles casais estranhos que só falam besteira.” – ela abraçou as pernas e ele sorriu.
“E que se amam mais que tudo e esquecem tudo por esse amor, até o passado idiota!” – ele passou o braço pelos ombros da loira e ela deitou a cabeça no ombro dele.
“Eu tenho medo do que pode acontecer agora que nós vamos voltar.” – ela suspirou pesadamente.
“Nós vamos voltar às aulas e dar aquele colégio o melhor casal que eles já viram em anos de volta. Eu vou fazer uma ótima temporada de cricket e você vai torcer por mim em todos os jogos.” – ele passou a mão pelos braços dela, enquanto ela sorria.
“Ótimo plano, sabia?” – ela deu um beijo estalado na bochecha dele e os dois viram o pôr do sol, em silêncio.

Eu e Danny ficamos no mesmo local de quando chegamos. Ele sentou e eu deitei a cabeça nas pernas dele, enquanto ele fazia cafuné em mim. Era tão bom ter tudo aquilo, só de pensar que logo estaríamos em casa.
“Vai ser uma tortura!” – ele disse do nada e eu olhei para ele, sem entender. – “Vai ser horrível ver você todos os dias, bem no quarto ao lado, tomar café com você, almoçar com você, fazer tudo com você e ao mesmo tempo não poder fazer nada.”
“Mas sabe de uma coisa?” – eu falei sorrindo. – “Minha mãe e seu pai trabalham à tarde, o que nos dá mais ou menos duas horas sozinhos antes de eles chegarem.”
“Eu não tinha pensado nesse ponto.” – ele deu um sorriso malicioso e eu resolvi implicar com ele.
“Mas isso não quer dizer que eu vá usar essas duas horas todas com você! Sabe, eu tenho muita coisa para fazer.”
“Como o que, por exemplo?” – ele abriu a boca ironicamente e arqueou uma sobrancelha.
“Ah não sei, fazer minhas unhas.” – eu ri brincalhona e ele deu um petelequinho na minha testa.
“Eu sei que você não vai resistir ao meu charme, quando eu entrar no seu quarto com toda minha pinta de galanteador.” – ele deu um sorriso sacana e eu gargalhei. “Danny.” – eu bati de leve no braço dele e balancei a cabeça. – “Esses anos na América te tornaram um garoto meio pervertido.”
“Você ainda não viu nada.” – ele gargalhou alto, quando eu olhei assustada para ele e me levantei. – “Brincadeira!”
“Eu sei.” – sorri e dei um beijo de leve nos lábios dele. – “Eu também estava brincando! Até parece que eu vou resistir a sua pinta de galã.” – nós dois rimos um para o outro e voltamos a nos beijar.

e Dougie andavam abraçados pela praia sem se preocupar com nada, nem para o sol eles estavam olhando direito. Ele a apertou de leve no abraço e ela sorriu, dando um beijo na bochecha do garoto.
“Obrigado pela ajuda com a musica.” – ele parou, ainda abraçado a ela e ficou encarando o mar.
“Não foi nada! Eu até me diverti bastante.” – a morena falou encostando a cabeça no peito dele. – “Mas teria sido mais, se você tivesse me deixado ver a letra.”
“Eu já disse que você vai, no próximo show da banda.” – ele fez voz de bravo e ela deu de ombros.
“E quando vai ser isso?” – ela fez bico olhando para ele, que aproveitou para beijá-la.
“Não sei, nós temos que marcar ainda. Assim que chegarmos vamos correr atrás disso, já está mais que na hora do mundo ver o que é música boa.” – ele sorriu convencido.
“Você é muito exibido!” – ela riu, dando um tapinha no ombro dele.
“Você sabe que nós temos um som muito bom, não custa nada dividir isso com o mundo.” – ele abriu a boca, se fingindo de indignado e ela riu.
“Poynter, você definitivamente acha que tem um rei na barriga.” – ela sorriu brincalhona e deu um beijo na bochecha dele, quando o garoto fez cara de triste. – “Brincadeira, amor! As músicas de vocês são realmente boas.”
“Viu? Todos acham o McFLY a melhor banda do mundo.” – ele sorriu vitorioso e ela balançou a cabeça.
“Eu disse que o som de vocês é bom e não que são a melhor banda do mundo.”
“Ah, você fala demais.” – ele sorriu brincalhão. Olhou-a com ternura e depois beijou a garota com carinho.

Constantly connected to the total unexpected

Depois daquele dia na praia, as coisas mudaram sim. Não para melhor, mas também não estavam piores. Só estavam mudadas. Dougie e ficavam escondidos de todos, sempre que dava, assim como eu e Danny. e Harry já estavam brigados para variar. Uma menina tinha dado em cima dele, ela viu e pensou besteira. não tinha coragem de falar com Gus e ficava adiando, o que estava irritando Tom aos poucos. Naquela sexta todos nós fomos à noite para o estádio da escola, os jogos intercolegiais iriam ser abertos com uma partida de cricket entre o nosso colégio e um outro da cidade vizinha. tinha garantido para Tom que naquela noite resolveria tudo e dava para notar a apreensão nas expressões do garoto.
“Nós vamos ganhar!” – Danny e Dougie falaram alto e levantaram os braços para cima, chamando atenção de todos. Eles adoravam aparecer.
“Menos entusiasmo!” – falou de mal-humor sentando de qualquer jeito na arquibancada. Nós vimos Harry acenar para nós todos e voltar a se alongar.
“Você fica tão chata quando briga com ele.” – deu língua para a loira e eu ri concordando.
“Hey, é hora que nós entrarmos em ação, Poynter!” – Danny disse se levantando e puxando Dougie pelo braço. Nós olhamos para eles e assentimos.
“Hey, , quer dar uma volta? O jogo ainda vai demorar um pouco para começar e tudo o mais.” – eu disse levantando e acenando para os garotos que iam até Harry.
“Não, quero ficar sentada.” – ela disse e cruzou os braços.
“Nossa, que cólica! Ui, que cólica.” – fez uma careta fingida de dor e eu, que sabia de tudo, quase acreditei.
“Você não trouxe remédio?” – eu olhei para ela, fingindo preocupação e levantou depressa.
“Eu tenho remédio no carro. Quer que eu vá buscar?” – a loira perguntou e eu levantei falando que ia com ela.

“Eu não posso sair daqui agora, caras!” – Harry olhava para os amigos sem entender o que eles queriam.
“Harry, é muito rápido e ainda faltam vinte minutos para o jogo começar.” – Dougie mostrou o relógio para o amigo.
“Porque eu? Vocês têm o Tom.” – ele coçou a nuca, desconfiado e Danny fez cara de ‘duuuuh’
“Só que quem é o baterista é você e o Tom não está em condições de pensar em nada agora, ele está mais ocupado em tentar furar o chão.” – Danny mostrou um canto do campo, onde Tom estava andando de um lado para o outro e olhando para o relógio de cinco em cinco segundos.
“Ok, então! Mas vocês sabem que eu não posso demorar.” – Harry suspirou, avisou para um colega do time que tinha algo urgente para resolver, mas que voltava a tempo e saiu correndo atrás dos amigos.

, você está bem?” – olhou preocupada para mim, assim que eu parei encostando nos alicerces das arquibancadas.
“Não muito, acho que é minha pressão.” – eu passei a mão pela testa. Onde estavam os garotos com Harry?
“Todo mundo resolveu passar mal ou o que?” – ela prendeu o cabelo e olhou para um ponto distante. – “É melhor vocês não estarem fazendo o que penso que estão fazendo.”
“O que?” – eu perguntei com a cara mais falsa do mundo e sorri de lado.
“Ok, deixem de ser dramáticos e idiotas e se acertem.” – Danny falou empurrando Harry, me puxou pela mão e nós voltamos para o mesmo local de antes.
“Eles adoram isso.” – rodou os olhos entrou de baixo das arquibancadas para fugir de Harry, o garoto ficou um tempo quieto, mas depois foi atrás dela.
“Talvez eles estejam certos.” – ele deu de ombros, com as mãos nos bolsos.
“Ou talvez eles simplesmente não estivessem mais me agüentando de cara fechada o tempo todo!” – ela riu, se virando para olhar para ele e encostando-se a um alicerce.
“Ou talvez eu seja o culpado, já que ficava dando patada em tudo e em todos.” – ele encostou-se ao alicerce de frente para ela e os dois ficaram se encarando no escuro, apenas pela luz que passava pelas brechas.
“Porque nós temos que ser tão chatos?” – ela falou gargalhando e ele deu de ombros, como se não soubesse a resposta. – “Acho que a pergunta ideal é, porque eu tenho que ser tão insegura e brigar com você o tempo todo?”
“Quanto a você ser insegura, eu não sei responder! Mas sobre nós brigarmos o tempo todo, acho que sei.” – ele sorriu de lado. – “Nós temos gênios muito fortes e parecidos e bom, digamos que eu gosto de te ver com ciúme.”
“Imbecil!” – ela abriu a boca indignada e foi para cima dele. Nisso, ele segurou os dois pulsos da garota com força e eles ficaram a milímetros de distancia. Um sentindo a respiração do outro. estava descabelada e ele um pouco suado por causa do aquecimento. Um estava extremamente sexy para o outro. De repente ele a puxou pela nuca com certa possessividade e os dois trocaram um beijo quente, cheio de saudade e desejo. Ela enfiou uma mão nos cabelos do garoto, enquanto o puxava pela gola da camisa com a outra. Ele a encostou no alicerce e puxou a garota com força pela cintura, fazendo com que ela ficasse na ponta dos pés. Quando pararam para tomar ar, ele mordeu o lóbulo da orelha da loira, enquanto ela passava a bochecha de leve na dele. Voltaram se encarar e sorriram um para o outro. Com toda certeza ela estava pronta.
“Você tem que jogar.” – ela falou com a voz ofegante, sem tirar os olhos dos dele.
“Eu sei.” – ele assentiu, voltando a beijá-la.

O jogo tinha sido normal. É claro que nós ganhamos, por isso que foi normal! Não é para me gabar não, mas nosso colégio tinha o melhor time de cricket! Pelo visto, e Harry tinham se acertado já que ela tinha voltado para sentar conosco com um sorriso gigantesco e assim que o jogo acabou, eles se abraçaram. Ela não deu a mínima para o fato de ele estar um nojo, acho que ela até gostava! Cada um com suas loucuras.
esperou até o final do jogo e o estádio ficar um pouco mais vazio para falar com Gus. Nós todos estávamos sentados em um canto mais afastado das arquibancadas e Tom não tirava os olhos do local em que a loira conversava com o namorado, desculpa, ex-namorado. Eles pareciam discutir feio e nessa altura do campeonato, nós todos já estávamos de olho, para o caso de ele se atrever a fazer alguma coisa com a garota. E não é que ele fez? De repente nós vimos Gus a puxar pelo braço e ela tentar empurrá-lo em vão, já que ele era o dobro de seu tamanho. Tom levantou e ficou olhando seriamente para o local, de repente Gus segurou o rosto da menina com força e Tom saiu que nem um foguete em direção aos dois. Logo que chegou lá deu um soco muito bem servido no nariz empinado de Gus. Os meninos vibraram e nós ficamos chocadas, mais ainda quando Gus partiu para cima de Tom. Os dois começaram uma ‘pequena’ luta e todos nós corremos para o local. Os meninos tiraram Tom de cima de Gus, já que o loiro estava totalmente enfurecido e não sabia o que estava fazendo. Gus tentou partir para cima de novo, mas os três garotos foram para frente de Tom, com cara de poucos amigos.
“Que você ainda está fazendo aqui, idiota? A garota te chutou, se você ainda tem um pingo de dignidade, sai fora!” – Harry falou praticamente gritando e eu pude jurar que queria pular no pescoço dele.
“Então, você me trocou pelo panaca.” – Gus apontou para Tom e deu uma risada seca. – “Você não sabe o que está fazendo mesmo, docinho!” – ele deu de costas e saiu andando rapidamente.
“Ai, meu Deus! Tom, você está sangrando.” – estava com o rosto todo manchado de lágrimas e segurou o rosto de Tom entre as mãos.
“Acho que sim.” – ele sorriu e fez uma careta de dor em seguida, passando a mão pelo nariz para limpar o sangue.
“Cara, você é meu ídolo!” – Dougie falou com um sorriso gigantesco no rosto, quebrando o clima e fazendo com que todos rissem.

Depois de toda aquela cena, fomos para a casa de Harry. Afinal, Tom precisava cuidar daquele machucado e nós não tínhamos nada melhor para fazer em uma sexta-feira à noite.
“Harry, aonde tem gelo? E caixa de primeiros socorros?” – sentou Tom no primeiro sofá que viu e seguiu Harry até o banheiro.
“Cara, ela está realmente preocupada.” – Dougie disse, dando tapinhas no ombro do amigo que sorriu.
“Eu acho que apanharia de novo, só para ver tudo isso!” – ele disse com um sorriso bobo e nós rodamos os olhos.
“Você foi muito corajoso de ter feito o que fez.” – sentou no sofá ao lado dele e gritou quando Dougie sentou em seu colo e começou a pular.
“Hey, vou pedir uma pizza.” – Danny disse pegando o telefone e nós assentimos.
Algum tempo depois, voltou com uma caixinha cheia de remédios e uma toalha úmida.
“Isso vai doer.” – ela passou a tolha de leve no nariz do garoto que tinha sido atingido e ele fez uma careta de dor. – “Porque você tinha que ter feito isso, Tom? Olha isso! Já pensou se tivesse quebrado?”
“Ele estava te machucando, você queria que eu ficasse parado e olhando?” – ele deu um gemido de dor, quando ela passou mertiolato.
“Eu sei me defender dele, não foi a primeira vez que aconteceu!” – ela falou sem perceber e todos nós a olhamos assustados.
“Como assim não foi a primeira vez?” – Tom perguntou com a voz visivelmente furiosa.
“O que?” – de repente ela percebeu o que tinha dito, balançou e cabeça e suspirou. – “Eu posso conversar com o Tom a sós?”
Nós nos entreolhamos e fomos todos para a cozinha. Ela ia ter que explicar aquilo para gente mais tarde! Ah, se ia.
“Ele te machucava?” – ele a olhou seriamente, enquanto ela colocava um band-aid em cima do corte.
“Não era sempre, mas ele sabe ser bem bruto quando quer.” – ela deu de ombros e sentou na mesinha de centro, arrumando as coisas que tinha usado. – “Eu fiquei realmente preocupada quando ele partiu para cima de você.”
“Ele é um idiota e mereceu aquilo.” – ele segurou a mão da menina e sorriu. – “Se encostar em você mais uma vez, eu não vou pensar duas vezes antes de fazer o mesmo.”
“Quem diria! Thomas Michael Fletcher é um brigão.” – ela riu e deu um beijo na bochecha dele.
“Não sou brigão não! Só não gosto de ver idiotas machucando a garota que eu amo.” – ele disse com as bochechas pegando fogo e ela achou uma graça.
“O que importa, é que nós estamos livres agora.” – ela pulou no pescoço dele, fazendo o garoto gemer de dor por um machucado no ombro. – “Desculpa, amor!” – ele riu e deu um selinho estalado nela.

“Pizza, não existe coisa melhor que pizza.” – Danny cantarolava do meu lado, enquanto eu ria.
“Deixa de ser idiota, Jones!” – disse, gargalhando e eu taquei uma bolinha de guardanapo nela.
“Hey, olha o jeito que você fala com ele.” – nisso todos me olharam e eu fiquei muito sem graça. – “O que? Só eu posso xingar ele.”
“A protegeu o Jones! Que bonitinho.” – e disseram histericamente e eu quase morri de tanta vergonha.
“Rá, minha namorada é melhor que a de vocês.” – Danny riu, dando um beijo estalado na minha bochecha. Namorada? Como assim, namorada? Nós estávamos namorando?
“Então, quer dizer que vocês estão namorando?” – Harry perguntou com uma sobrancelha arqueada e todos nos encararam.
“Qual o problema?” – Danny sorriu de lado e passou o braço pelos meus ombros.
“Danny e se beijam no parque, no parque se beijam.” – as garotas começaram a cantar histericamente e os meninos ficaram batendo palmas. Sabe, tinha vezes que eu tinha vontade de estrangular meus amigos.

“Quem vai arrumar a cozinha?” – perguntou depois que todos nós terminamos e olhávamos preguiçosamente para tudo.
“Quem perguntou.” – Harry levantou, puxando pela mão para saírem de lá logo.
“Como assim? Desde quando existe uma regra assim?” – a morena perguntou indignada e nós demos de ombro.
“Eu não posso ajudar não, já tive emoções demais para um dia só.” – Tom levantou e assentiu.
“E eu tenho que ajudar o Tom a esquecer essa experiência traumática.” – ela deu um sorriso forçado e saiu puxando ele para a sala.
“Vocês?” – ela apontou para mim, Danny e Dougie.
“Nós temos que ligar para casa agora, não é, ? Sabe como é.” – eu assenti e me deixei ser puxada para a sala com ele.
“Se quiser ir, pode ir também.” – ele bufou de raiva e Dougie riu.
“Não, eu ajudo.” – ele se levantou empolgado e começou a juntar todo o lixo.
“Dougie, porque você está tão empolgado hoje?” – perguntou, começando a lavar a louça.
“Não sei.” – ele deu de ombros e ficou pensativo. – “Talvez porque eu não tenha motivo nenhum para ficar desempolgado.”
“Você é tão estranho!” – ela riu, balançou a cabeça e começou a cantarolar o ritmo de ‘Just My Luck’ bem baixinho. De repente sentiu o garoto abraçá-la pela cintura e encostar o queixo no seu ombro.
“Você vai se surpreender tanto.” – ele murmurou no ouvido da garota, fazendo com que ela sentisse arrepios por todo o corpo.
“O que você quer dizer com isso?” – ela fechou a torneira e ficou olhando pela janela.
“No show. Você vai se surpreender tanto.” – ele beijou o pescoço dela de leve e a morena fechou os olhos.
“Porque você não me conta logo, Dougie?” – ela perguntou com a voz chorosa e ele riu baixinho no ouvido dela.
“Porque é surpresa, oras.” – ele entrelaçou a mão na dela e começou a fazer carinho de leve. – “Sabe, se você se virasse, eu podia te beijar.”
“E se eu não quiser?” – ela falou com ar desafiador e ele voltou a rir.
“Eu vou ter que te convencer.” – ele mordeu o lóbulo da orelha dela e ela sorriu fracamente, sentindo o corpo amolecer. Depois ele passou e distribuir beijos demorados pelo pescoço dela, respirando contra a pele da garota.
“Você é bom nisso.” – ela gargalhou virando-se para ele, que sorriu e piscou. Puxando-a pela cintura para um beijo demorado.


Im starting to fall in love

Aquela semana foi bem corrida. Os garotos finalmente haviam conseguindo um pub legal no centro da cidade para tocar. Passaram a semana inteira ensaiando na garagem da casa do Harry e nós tentávamos ajuda em tudo que era possível, apesar de atrapalharmos mais do que tudo. Veja bem, nós éramos e ainda somo meio atrapalhadas e meio que gostávamos de dar ataques histéricos quando nos empolgávamos com alguma coisa nova e eles tinham que se concentrar.

Finalmente a noite do show chegou. Era um sábado e eles começariam a tocar por voltar das oito, oito e meia. Eles foram antes de nós, pois tinham que afinar os instrumentos, conhecer o local, arrumar tudo em seu devido lugar e coisas do tipo. Nos juntamos todas no carro de e chegamos lá um pouco antes da hora marcada para o inicio. Corremos para os bastidores, já que tínhamos passes livres ali e nos deparamos com uma cena meio engraçada e assustadora. Danny estava sentado ao lado de Tom com uma cara nada boa e Tom parecia estar do mesmo jeito, só que sua pele havia tomado um tom meio esverdeado, como se ele estivesse prestes a vomitar em qualquer momento. Harry batucava no braço do sofá sem parar e parecia ter tomado mais ou menos umas duzentas xícaras de café, sem exagerar. Dougie andava de um lado para o outro, como se tivesse vontade de fazer xixi e fazia uns barulhos meio estranhos.
“Vocês estão nervosos?” – perguntou com um sorriso divertido. Ela não poderia deixar de tirar uma com a cara deles.
“Lógico que não.” – Harry largou as baquetas assustado e olhou ao redor. – “Vocês podiam fazer barulho quando chegam, assim não assustam ninguém.”
“Tom, você está bem?” – correu até Tom que passava a mão pelos cabelos.
“Ótimo!” – ele assentiu com uma expressão assustada.
“Dougie, você por acaso quer ir ao banheiro?” – botou o mão no ombro do primo fazendo com que ele parasse.
“Muito.” – ele fez uma careta de dor e ela franziu o cenho.
“Então vai.” – ela falou como se fosse óbvio.
“Você é louca? Eu não posso ir ao banheiro. Tenho que entrar lá com vontade de fazer xixi, se não nada vai prestar.”
“Qual o problema de vocês?” – eu perguntei rindo e todos me olharam muito sérios. – “Porque quando a zoou vocês, ninguém brigou com ela?” – eu perguntei indignada e todos deram de ombros.
“Hey, não fica assim!” – Danny sorriu, me abraçando. Meu Deus, ele estava tremendo.
“Vai dar tudo certo!” – passou a mão no rosto de Tom, que sorriu e sem nenhum motivo aparente correu para o banheiro. Ok, o som de Tom vomitando todo seu jantar não era nada agradável.

Estávamos sentadas em uma mesa bem de frente para o palco. As únicas que podiam demonstrar muito entusiasmo e botar as garotas assanhadas em seu lugar, eram e . Muitas pessoas conhecidas estavam ali e qualquer ação suspeita, minha ou de , iria virar fofoca e acabar com o relacionamento escondido que nós tínhamos com eles.
“Boa noite!” – Danny falou no microfone e de repente eu senti um orgulho imenso dele. – “Nós somos o McFLY!” – muitos aplausos, assobios e gritos histéricos de garotas idiotas.
“Obrigado!” – Tom começou a falar e abriu um sorriso. Acho que ela estava sentindo o mesmo que eu. – “Vamos abrir a noite com uma música chamada ‘That Girl’ que nós escrevemos há algum tempo atrás. Ah sim, ela é inspirada em uma situação pela qual passei.” – ele piscou para que sentiu as bochechas arderem.
Eu já disse como o som deles é bom? Meu Deus, a música entra na sua alma e não sai mais.

1,2,3,4
Went out with the guys an before my eyes,
There was this girl she lookd so fine.
And she blew my mind,
And I wished that she was mine,
And I said hey wait up cos im off to speak to her.

And my friends said
(you're never gona get that girl, never gonna get that girl)
I dont care
Cos I never met a girl like her
Love was in the air
And she looked at me
And the rest is history

Dude you're being silly cos you're never gonna get that girl
And you're never gonna get the girl

We spoke for hours
She took off my trousers
Spent the day laughing in the sun
We had fun
And my friends they all looked stunned (yeah yeah)
Dude she's amazing and I can't believe you got that girl

(My friends said she's amazing and I can't believe you
got that girl)
She gave me more street cred
I took the books she read
How could i forge t
She rocks my world
More than any other girl
(Yeah yeah)
Dude she's amazing and I can't believe you got that girl
Can't believe you got the girl.

She looked incredible,
Just turned 17,
I guess my friends were right,
she's out of my league
So what am I to do?
She's to good to be true

1,2,3,4

But three days later
Went round to see her
But she was with another guy
And I said fine
But I never asked her why
And since then loneliness has been a friend of mine

My Friends said
(Such a pity, sorry that you lost that girl)
Sorry you slipped away.
They told me every day,
That it'll be ok.
She rocks my world more than any other girl
Dude it's such a pity, and I'm sorry that you lost
That girl!



“Meu namorado é muito sexy, podem falar!” – sorriu de lado, enquanto observava Harry abrir a boca, enquanto tocava.
“Não, a voz do Danny é sexy! Que voz!” – eu disse, me segurando para não subir naquele palco e agarrá-lo. O que acontecia com os caras quando eles subiam em um palco? Eles pareciam milhares de vezes mais charmosos e inacessíveis a qualquer uma.
“O Tom escreveu essa música para mim?” – perguntou com lágrimas nos olhos e nós todas começamos a rir e brincar com ela.
“Hey, alguém quer alguma coisa para beber?” – perguntou se levantando e mandando um beijo para Harry. – “Eu vou ao bar.”
“Só mais um refri para cada.” – falou, enquanto ria do namorado que andava de um lado para outro do palco. Como se fosse fazer xixi ali mesmo, se não se segurasse. – “Ele é louco!”
“Agora nós vamos fazer um pequeno intervalo de dez minutos e já voltamos.” – Danny falou piscando para a platéia depois de terem tocado seis músicas. Ele tinha muita pinta de rock star. Onde eu estava me metendo?


“Duas cocas e duas sprites, por favor!” – disse para o atendente e sentou em um dos bancos de frente para o balcão.
“Olá!” – um cara de estatura média, loiro e com lindos olhos verdes falou com ela.
“Oi!” – ela sorriu simpática e voltou a olhar para o bar.
“Desculpe, eu sou Ben!” – ele falou estendendo a mão.
.” – ela apertou a mão do garoto de leve e deu de ombros.
“Eu estudo no mesmo colégio que você.” – ele sentou no banco ao lado dela e encostou os braços no balcão. – “Desde aquele jogo de cricket que não te tiro da cabeça.”
“Oh, obrigada.” – ela sorriu e botou uma mecha do cabelo atrás da orelha. Já estava acostumada com esse tipo de cantada barata.
“De nada.” – ele começou a se aproximar e ela se afastou.
“Olha, acho que vou ficar só no ‘obrigada’ mesmo!” – ela deu um sorriso cínico e olhou para os lados. O cara tinha ido fabricar os refrigerantes?
“Ah, mas por quê? Nós podíamos nos divertir tanto.” – ele pegou uma mecha do cabelo da loira e ficou brincando com ela.
“Não podíamos não.” – ela afastou a mão dele, delicadamente.
“Posso saber pelo menos o por quê?” – ele voltou a se aproximar e ela suspirou aborrecida.
“Porque ela já tem com quem se divertir.” – Harry falou as costas dos dois e sorriu de leve. Adorava quando Harry era grosseiro desse jeito quando estava com ciúme. Até a voz dele saía mais grossa. Era de dar medo.
“Harry?” – Ben fez uma expressão surpresa e começou a se afastar. – “Cara, ela estava sozinha, então eu pensei que...”
“Dane-se o que você pensou!” – ele olhou para e apontou para a mesma. – “Essa é a minha garota, então fica longe dela.”
“Foi mal!” – Ben levantou os braços e deu de costas para o casal.
“Eu devia deixar você ver caras me cantando mais vezes.” – passou os braços ao redor do pescoço do namorado que a olhou totalmente confuso. – “Você fica tão sexy!”
“Ah, é?” – ele arqueou uma sobrancelha e quando foi beijar a namorada, o homem bateu no ombro dela mostrando os refrigerantes em cima do balcão.

Os garotos passaram o intervalo todo sentados na nossa mesa, falando de como estava sendo aterrorizador e perfeito ao mesmo tempo cantar em cima de um palco, para um monte de pessoas. Fomos interrompidos algumas vezes por pessoas legais que os queriam cumprimentar e também por groupies histéricas. Eu tive que segurar o braço da para ela se acalmar e não pular no pescoço de uma menina que ficou falando como Tom era talentoso.
Depois de alguns minutos, eles voltaram a subir e pegar seus instrumentos. Ah sim, Dougie tinha ido ao banheiro e feito tudo que tinha que fazer. Segundo ele, precisava estar tranqüilo nesse segundo bloco, quando perguntamos o porquê, eles sorriram uns para os outros, mandaram beijos no ar e se encaminharam para o palco.
“Olá de novo!” – agora era Dougie que falava no microfone, o que não entendemos muito bem. Ele era tão tímido. – “Vamos começar esse segundo bloco com uma música chamada ‘Just My Luck’ que eu escrevi, na verdade, recebi uma ajuda com a melodia. Essa música fala sobre um cara sem muita sorte que começa a se apaixonar por uma garota que tem muito em comum com ele! Ela é dedicada para uma garota em especial que eu não posso falar o nome, então... Eu escrevi essa música para você, para falar de como é bom estar descobrindo todos esses novos sentimentos ao seu lado, que descobrir tudo isso, me torna o cara mais sortudo que existe.” – ele terminou de falar com as bochechas mais do que vermelhas e todas nós olhamos disfarçadamente para . Ela estava com um sorriso idiota e lágrimas caindo pelas bochechas. Quando Dougie começou a cantar, todos nós entendemos exatamente do que ele estava falando. Era sobre amar alguém, se sentir sortudo por isso, apesar de todos os contras. Assim como ele e .

You and I have got a lot in common
We share all the same problems
Luck and Love and life arent on our side

Im in the wrong place at the wrong time
always the last one in a long line
waiting for something to turn out right, right

Im starting to fall in love
Its getting too much
Not often that I slip up
Well its just my luck
Yeah yeah

Rain clouds are gathering in numbers
Just when I put away my jumper
Luck and love still not on my side

I still refuse to be a sceptic
Cause I know that you could still correct this
Maybe this will be my lucky night, night

And Im starting to fall in love
Its getting too much
Its not often that I slip up
Its just my luck

Just my luck
Just my luck
Just my luck now
Yeah you know its just my luck

Just my luck
Just my luck
Just my luck now
Something will turn out right

Just my luck
Just my luck
Just my luck now
Waiting for something, waiting for something to turn out right, yeah

Im starting to fall in love
Its getting too much
Its not often that I slip up
Its just my luck

Its just my luck
Luck



Depois que o show acabou, nós ainda ficamos bastante tempo no pub. Se me lembro, acho que até as duas da madrugada. O pessoal gostou tanto do McFLY, que marcaram mais dois shows para eles naquele mesmo local e o dono do pub, disse que na próxima semana convidaria um produtor, amigo dele. Os garotos não podiam estar mais empolgados com tudo aquilo.
“Foi incrível!” – Danny falou e todos nós concordamos.
“O único problema foram as novas fans histéricas que vocês ganharam.” – eu falei fazendo careta.
“Você está com ciúme?” – Danny perguntou com um sorriso provocador.
“Lógico que não!” – eu voltei a fazer careta e todos me olharam.
“Você está com ciúme sim.” – apontou para mim e começou a rir.
“Eu não. Quem quase bateu na menina que veio falar com o Tom, foi a .” – eu realmente não queria passar por namorada ciumenta enjoada. Apesar de estar me sentindo exatamente como uma.
“Lógico, ela quase pulou no pescoço dele! Ai, como você canta bem! Sua guitarra é linda! Sua voz é perfeita e fofa!” – ela imitou uma voz histérica e todos nós começamos a gargalhar.
“Teve uma que quase pediu para casar com o Harry.” – fechou a cara e todos nós assentimos, lembrando da garota.
“Bom, é assim que vai ser daqui para frente.” – ele falou em tom exibido e todos nós começamos a tacar coisas nele.
“Acho bom você se comportar, Judd! Se não, você sabe exatamente o que vai acontecer.” – ela não devia ter falado aquilo. O clima ficou pesado e nós ficamos pensando se ela terminaria com ele novamente, como havia feito uma vez no passado. – “Meu Deus, vocês levam tudo tão a sério! Não é nada disso. Ele sabe o que vai acontecer, mas não é nada de terminar o namoro.”
“Ah sim.” – Danny falou debilmente e todos nós rimos. – “E o que exatamente vai acontecer?”
“Vocês só precisam saber, que quando ela quer ser má, ninguém se compara.” – Harry falou com uma cara assustada e todos nós voltamos a gargalhar a falar sobre o show.


Don't lose yourself in your fear


estava na biblioteca fazendo trabalho de biologia. Tinha se saído mal na prova e como a professora era legal, deu uma segunda chance para a garota. Tom tinha se oferecido para ajudá-la, mas ele não era muito bom na matéria e ela sabia que se tivesse aceitado, não iria conseguir terminar o trabalho a tempo. Afinal, quando estava com Tom, tinha muita distração e coisas mais interessantes para fazer do que um trabalho sobre células.
“Olá!” – a loira escutou uma voz muito conhecida e suspirou pesadamente. Por favor, Deus! Aquilo era tudo que ela menos queria naquele momento.
“Gus, se você não se importa, não dá para conversar agora.” – ela coçou a testa e fechou os olhos quando ele sentou-se a sua frente.
“Eu não vou demorar.” – ele botou alguns livros em cima da mesa e sorriu. – “Como anda a nova vida?”
“O que você quer dizer com isso?” – ela finalmente o encarou e franziu o cenho.
“A nova vida, sabe? Já percebeu quantas pessoas não falam mais com você? Ou talvez, quantas vivem apontando para você com um sorriso debochado quando está ao lado daquele panaca.”
“Aonde você quer chegar com tudo isso?” – ela ainda não tinha parado para reparar naquilo tudo. Ok, mentira! Ela estava reparando e muito naquilo tudo. Sentia-se tão incomodada que mal podia explicar.
“Eu quero só saber como é viver uma vida tão diferente da qual se tinha algumas semanas atrás.” – ele deu de ombros.
“Eu não me importo com tudo isso mais.” – ela tentou falar com firmeza, mas aquilo saiu de uma forma vacilante.
“Tem certeza? Porque parece até que querem te tirar do comitê organizador de festas! Eu escutei a Karen falar sobre isso mais cedo.”
“Como assim me tirar do comitê?” – ela praticamente gritou e recebeu um olhar severo da bibliotecária.
“Andam dizendo por aí que você não é mais a mesma desde que começou a namorar um dos panacas.” – ele arqueou uma sobrancelha.
“Mas a namora um deles e ninguém tem nada contra isso.” – ela deu a primeira justificativa que veio a cabeça. Não queria envolver a amiga nisso, mas não estava raciocinando direito.
“Acontece que o Mr. Judd é um ótimo jogador de cricket e isso faz com que ele seja suportável para os outros.” – ele falou como se fosse óbvio e depois sorriu. – “Porque você entrou nessa, linda? Aquele cara não pode te oferecer nada do que você está acostumada a ter e você sabe disso.”
“Eu gosto dele!” – ela falou totalmente transtornada e ele percebeu.
“O quanto você gosta dele? O tanto para mudar sua vida toda aqui? Jogar todas as suas influências fora por causa de uma paixonite de momento? Se fosse você, pensaria muito bem sobre isso tudo.” – ele sorriu de lado, pegou os livros, deu um beijo no rosto da garota e foi embora. Já tinha feito exatamente o que queria, deixado a garota totalmente em dúvida.


Eu estava vendo televisão, totalmente jogada no sofá. Estava quase dormindo, quando senti alguma coisa meio pesada cair em cima de mim. Abri os olhos totalmente assustada e era Danny.
“Sai de cima, você é pesado!” – eu ri, enquanto tentava empurrá-lo.
“Você está sexy!” – ele sorriu de lado me olhando de cima a baixo e eu quase morri de vergonha. Porque eu tinha que ter posto um short e uma blusa de alcinha? Sim, estava calor, mas Danny morava ali e o pai dele e minha mãe não estavam em casa.
“E você é um pervertido por me olhar desse jeito.” – eu correspondi ao sorriso dele, e quando ele abaixou a cabeça para me beijar, eu o empurrei, fazendo com que ele caísse no chão.
“Você vai pagar por isso, mocinha!” – ele olhou para mim e eu dei um pulo do sofá, correndo escada acima.
“Não vou não.” – eu gritei gargalhando e sem perceber tropecei em um degrau caindo com tudo no chão. Porque eu tinha que ser tão distraída? Droga.
“Será mesmo?” – ele parou perto de mim e foi se abaixando até ficar completamente deitado sobre mim.
“Danny, isso não tem graça e se alguém chegar?” – é claro que tinha graça, mas eu tinha que pensar pelo lado lógico também.
“Meu pai ligou avisando que vai chegar tarde, porque tem reunião e pelo que eu saiba sua mãe trabalha até as oito, mais ou menos.” – ele saiu de cima de mim e sentou ao meu lado, mexendo no bolso.
“O que você está fazendo?” – eu perguntei assustada e ele começou a gargalhar.
“Para de ter a mente tão poluída, garota.” – ele finalmente tirou o tão conhecido cordão de prata com o pingente de estrelinha do bolso. – “Já está mais do que na hora que você voltar a usar isto!”
“Acho que sim.” – eu sorri e ele afastou o cabelo da minha nuca e botou o colar de volta ao meu pescoço.
“Pronto, agora eu posso voltar ao que estava fazendo antes.” – ele voltou a deitar em cima de mim e eu gargalhei. Os hormônios dele estavam tão a flor da pele.
“Não se eu não deixar.” – eu tampei a boca com as mãos e ele arqueou uma sobrancelha.
“Como se fosse só aí que eu posso beijar.” – onde ele estava querendo chegar? Ele abaixou a cabeça e começou a distribuir leves beijos pelo meu pescoço e passar o indicador de leve na curva da minha orelha. Droga, aquele era meu ponto fraco. – “Porque você está arrepiada?” – ele perguntou como se não soubesse. Ok, era hora de eu entrar em ação também.
“Ah, você não sabe?” – eu ergui as sobrancelhas e ele fez que não. Então, eu o puxei pela nuca com força e nós nos beijamos. Porque toda vez que eu o beijava parecia milhões de vezes melhor que a última? Ele me puxou pela cintura com força e enfiou uma mão embaixo da minha blusa, passando-a pela minha coluna. Ou estava muito calor ou então Danny estava me fazendo sentir aquilo. Meu cérebro não conseguia mais controlar meu corpo e eu estava fazendo as coisas antes de pensar duas vezes. Como, por exemplo, tirar a blusa dele sem motivo algum aparente. Meu Deus, que peito era aquele! Eu já tinha visto quando nós jogamos strip pôquer, mas não tão de perto.
“Direitos iguais.” – ele sorriu de lado e eu o olhei confusa. – “Se eu fico sem blusa, você também fica.” – dei de ombros e deixei que ele tirasse minha blusa. Ficamos nos encarando por muito tempo, então ele levantou e me puxou pela mão, subindo as escadas. Será que era agora? Que fosse, eu estava preparada, tinha certeza. Quando chegamos ao final do corredor, ele me encostou na parede e me puxou pela cintura com força, fazendo com que eu praticamente tirasse os pés dos chãos. Enfiei as mãos nos cabelos dele e segurei um gemido, quando ele começou a passar o indicador pela minha coluna, enquanto beijava meu pescoço.
, Danny! Cheguei.” – eu escutei a voz da minha mãe gritando lá de baixo e nós praticamente demos um pulo. Separando-nos sem ar e olhando um para o outro com medo. Eu corri para meu quarto para vestir uma blusa e Danny abaixou a cabeça, tentando se concentrar. Aquilo não estava certo.


“Você e ele quase... ?” – perguntou com um sorriso. Nós estávamos sentadas em uma mesa do refeitório, conversando na hora do almoço. Eu tinha acabado de contar para elas o que tinha acontecido na tarde anterior.
“Acho que sim.” – eu dei ombros meio sem graça.
“E como foi?” – e perguntaram ao mesmo tempo. Era tão estranho ter que responder aquelas perguntas.
“Olha, nós não chegamos a fazer muita coisa.”
“Mas se sua mãe não tivesse chegado vocês teriam feito, não é?” – perguntou totalmente empolgada.
“Provavelmente sim.” – eu cocei a cabeça e suspirei.
“Isso que eu chamo de amasso bem dado.” – falou e todas gargalharam, até eu não pude deixar de rir.
“Mas sabe o que é mais estranho?” – eu suspirei e elas esperaram que eu falasse. – “Depois disso, ele se distanciou um pouco! Quer dizer, pode ser só coisa da minha cabeça, mas eu senti que ele fica me evitando um pouco.”
“Ele só deve estar confuso!” – falou e nos mandou calar a boca quando viu os garotos se encaminharem a nossa mesa.
“Olá, damas!” – Tom falou sorrindo e sentou ao lado da namorada que se afastou um pouco. O que estava acontecendo?
“Sentiram nossa falta?” – Harry perguntou, dando um selinho em que assentiu. Danny parecia bastante distante e Dougie estava brincando de guerra de amendoins com .
“Você está bem?” – Tom perguntou para que apenas assentiu, sem encará-lo.
“Terminei, vejo vocês na aula!” – a loira se levantou e Tom olhou para todos nós em busca de uma explicação. Nós demos de ombros e ele foi atrás dela.
“O que aconteceu? E não vem me dizer que não aconteceu nada, porque eu sei que sim.” – ele a puxou pelo pulso quando estavam no meio de um corredor.
“Não aconteceu nada, Tom! Agora me solta, por favor?” – ela puxou o braço e ele soltou.
“O que mudou entre a gente, ?” – ok, ele estava mesmo falando sério. Ele nunca a chamava pelo nome.
“Eu só acho que isso não está dando certo, Tom!” – ela suspirou pesadamente e olhou para o chão. Machucava dizer aquilo.
“Eu já devia saber.” – ele deu um sorriso triste e botou as mãos nos bolsos. – “Estava sendo bom demais para ser verdade. Quer saber? Eu pensei que você tinha mudado, que estava pouco ligando para esse mundo idiota que você vive, mas não.”
“Tom, não fala assim!” – ela sentiu um bolo na garganta e os olhos encherem de lágrimas.
“Eu pensei que podia ser melhor que isso, mas eu sou assim! Vivo sonhando com um monte de coisas que nem existem.” – ele deu de ombros e foi embora, deixando totalmente sem chão.


Just know that these things will never change for us at all


“Mamãe, eu já disse que não é isso que quero para mim!” – falou pacientemente. Estava jantando com a mãe, o irmão e Dougie que tinha passado a tarde toda jogando videogame com o primo.
“Mas é o mais certo a se fazer.” – a mãe da garota disse, como se não tivesse escutado o que a filha tinha acabado de falar. – “É uma ótima faculdade com o melhor curso de medicina do país!”
“Eu não vou cursar medicina.” – ela rodou os olhos e suspirou, tentando manter a calma.
“Porque não, ? É o melhor para você.” – ela ergueu as sobrancelhas. – “Veja seu irmão, ele me escutou e está se dando muito bem na faculdade de direito.”
“Ah, e você já perguntou se ele está gostando? Se ele se sente bem assistindo aquelas aulas estúpidas sobre direito criminal e tudo o mais?”
“Hey, não me mete nisso.” – o irmão da garota a olhou com raiva. Não queria fazer parte daquilo, não naquele momento.
“Eu não quero terminar que nem o Adam, mãe! Ele faz só o que você gosta desde que o imbecil do nosso pai foi embora.” – ela falou com lágrimas nos olhos e Dougie sentiu um aperto no coração.
“Ele simplesmente me escuta, porque eu quero o melhor para vocês.” – ela falou com raiva.
“Não, você quer o melhor para você!” – ela deixou as lágrimas caírem e Dougie sentiu seu coração ser esmagado. – “Você quer que tanto eu quanto o Adam realizemos seus sonhos, mas eu tenho meus próprios sonhos para levar em consideração.”
“E qual seu sonho? Se tornar uma fotografa medíocre que não ganha mais do que o dinheiro suficiente para pagar o aluguel?”
“Titia, a senhora deveria ver as fotos que ela tira. Do jeito que ela é agora, no futuro ela não vai nem chegar perto disso. Ela vai ter muito sucesso.” – Dougie não podia ficar calado enquanto via aquilo tudo.
“O que você quer dizer com isso, Douglas?” – a mãe da garota, virou-se para o sobrinho.
“Eu só estou falando que a é uma das pessoas mais incríveis que eu conheço, que não desiste tão fácil das coisas que deseja e que talvez a senhora poderia enxergar isso as vezes! O Adam sabe exatamente do que estou falando, a Rachel sabe, as amigas dela sabem. Por acaso, a senhora já sentou e viu as fotos que ela tira? O álbum que ela fez do Adam e da Rachel e deu no aniversário de namoro deles?” – Dougie falava o mais educadamente possível, mas sabia que estava criando uma guerra com a tia.
“Estava realmente muito bonito e o mais legal é que ela tirou todas as fotos sem que nós soubéssemos.” – Adam finalmente falou. A irmã estava precisando de seu apoio naquele momento.
“Isso é coisa de momento, ela se dará muito melhor fazendo exatamente o que eu falo para ela fazer.” – Kirsten disse e levantou da mesa. – “Agora ela é só uma garota cheia de sonhos tolos!”
“Você devia me apoiar assim como eu vejo a mãe de todas as minhas amigas fazerem.” – levantou da mesa e saiu porta a fora. Dougie olhou para Adam, que fez menção de ir atrás da irmã.
“Deixa que eu vou.” – Dougie murmurou e foi até a varanda da casa, aonde a namorada estava sentada nos degraus de entrada. – “Quer sair daqui?”
“Acho melhor não.” – ela enxugou as lágrimas com raiva.
“Só duas palavras... Perseguir carros.” – ele ofereceu a mão para ela, que olhou para cima e sorriu de leve, aceitando o convite.


“Oi!” – sorriu quando o namorado abriu a porta e mostrou uma caixa grande e uma sacola. – “Pizza e filmes.”
“Você está com pena de mim porque fui abandonado pelos meus pais que foram fazer uma segunda lua de mel na Itália?” – ele sorriu brincalhão, pegando a caixa da pizza das mãos dela e dando espaço para que ela entrasse.
“Exatamente!” – ela abriu um sorriso e tirou o casaco, deixando-o em cima do sofá.
“Fico muito agradecido.” – ele foi para a cozinha e deixou a caixa da pizza no balcão. – “Que filmes?”
“Ahn, Tartarugas Ninjas.” – ela mostrou a caixa de DVD e ele a abraçou.
“Eu já disse que você é a melhor namorada do mundo?”
“Hoje ainda não.” – ela riu e mordeu a bochecha dele de leve. – “Então, vamos?”
“Espera, sua mãe deixou você vir aqui há essa hora?” – ele apontou para o relógio que marcava quase nove horas.
“Judd, ela me deixou dormir aqui.” – ela sorriu e tirou os tênis, ficando só de meias.
“Ah, eu esqueci como sua mãe pensa que eu sou um cara indefeso.” – ele botou a pizza na mesa de centro e o DVD no aparelho.
“Ela acha que você é a pessoa mais doce do mundo, que eu não podia ter escolhido melhor! Mas você também sabe que ela é bastante liberal com essas coisas.” – a loira se jogou no sofá e abriu a caixa da pizza.
“Eu sempre esqueço de como ela é legal.” – Harry piscou para a namorada e sentou ao lado dela.


“Aquele ali.” – apontou para um carro vermelho que passou por eles. Sem que percebessem já estavam no inicio da alta estrada. Não faziam nenhuma noção do tempo quando estavam juntos. Aquilo era tão bom.
“Seu pedido é uma ordem.” – ele sorriu e aumentou um pouco o som que estava tocando ‘Busted’, aquela música era perfeita para aquele momento.
“Dougie, porque a gente faz isso mesmo?” – ela perguntou em tom divertido e ele deu de ombros.
“Acho que nós meio que somos curiosos demais e queremos saber para onde as pessoas estão indo mais ou menos.” – ele parou de perseguir o carro vermelho e fez uma curva.
“O que você está fazendo?” – ela olhou confusa para o primo e ele apenas sorriu.
“Cansei de querer saber para onde aquelas pessoas vão.” – ele deu de ombros e ela ficou ainda mais perdida. – “Prefiro te mostrar um lugar especial.”
“Dougie, você é tão estranho!” – ela olhou de relance para ele e ficou os cinco minutos que faltavam para chegarem ao local, calada.
Ele estacionou perto do final de um barranco muito alto, saiu do carro e a puxou pela mão. Agora ela entendia do que ele estava falando. Aquele lugar era totalmente perfeito. Podiam ver toda a cidade dali de cima. As pequenas luzes apagando e acendendo, os carros que pareciam tão pequenos andando pelas avenidas.
“Isso é lindo, mas você já olhou para cima?” – ele apontou para o céu e apertou a mão da morena de leve. Não, aquilo nem se comparava com o céu. Era o céu mais estrelado que ela já tinha visto, aquilo era tão bonito que ela não conseguia lembrar de nada do que tinha acontecido algumas horas atrás.
“Sabia que você ia ficar desse jeito.” – ele sorriu e sentou no capô do carro, puxando-a para encostar-se às costas dele. – “Qualquer dia você pode trazer sua máquina aqui.”
“Não seria má idéia.” – ela deu de ombros e encostou a cabeça no peito dele, ainda encarando o céu estralado.
“Eu posso ser seu modelo.” – ele levantou e foi até uma árvore fazendo uma pose ridícula, com as mãos na cintura. – “O que você acha?”
“Que você é gay.” – ela gargalhou alto e balançou a cabeça.
“Ai, você consegue ser tão cruel!” – o garoto falou com a voz afeminada, fazendo com que ela gargalhasse cada vez mais.
“Eu não acredito que me apaixonei por uma biba nojentinha.” – ela cruzou os braços e fez expressão de decepcionada.
“É uma pena, você está desperdiçando seu precioso tempo comigo, amorzinho!” – ele fez cara de indiferente e analisou as unhas.
“Droga de vida.” – ela suspirou e ele riu, fazendo careta e abraçando-a pela cintura.
“Eu não sou gay e você sabe muito bem disso, quer dizer, eu posso ser de vez em quando com os caras.” – ele deu de ombros e ela segurou o rosto dele entre as mãos.
“Obrigada por tudo, de verdade!”
“Eu não agüento te ver daquele jeito.” – ele encostou a testa na dela e encarou os olhos escuros da prima. Ela sorriu e o abraçou com força. Sabia que quando estava com Dougie, nada podia lhe aborrecer ou entristecer.


Eu não estava conseguindo dormir. Aquela semana havia sido muito esquisita e eu só tive tempo para parar e pensar em tudo naquela noite. Na verdade, eu estava fugindo de toda aquela confusão. Desde aquele dia em que minha mãe quase me pegou com Danny, ele estava afastado. Perdi a noção de quantas vezes tentei falar com ele, tentei entender o distanciamento sem razão aparente do garoto. Quando ficávamos sozinhos, ele passava o tempo todo trancado no quarto ou arranjava alguma desculpa para sair e ficar fora até a hora de alguém chegar em casa. Aquilo estava começando a me irritar. Se ela não queria mais nada, era só falar ao invés de ficar fugindo que nem uma criança assustada.
Joguei meu cobertor longe e levantei. Não queria ficar no meu quarto e estava uma chuva tão boa. Pode parecer idiota, mas eu adoro olhar para o nada quando está chovendo. Sempre me sento na poltrona perto da janela e fico horas lá, observando os pingos caírem e molharem tudo. Só pensando na vida ou na maioria das vezes, em nada. Desci as escadas em silêncio para não acordar ninguém e me encaminhei para minha janela preferida. Quando fui sentar na poltrona, alguém já estava lá. Era Danny.
“Ah, oi!” – ela sorriu sem jeito e eu apenas acenei com a cabeça. – “Insônia?”
“Sim.” – eu assenti e fiquei calada.
“É um saco, não é?” – ele estava tentando ser simpático. Ah, muito legal da parte dele passar a semana toda me tratando friamente e de repente decidir ser um doce de pessoa.
“Tanto faz!” – eu dei de ombros e fui para cozinha. Uma caneca cheia de lente quente, não iria nada mal.
“Você está chateada, não está?” – ele falou encostando-se no balcão da cozinha.
“Era de se esperar, não é?” – peguei a caixa de leite na geladeira e derramei um pouco na caneca. Uma rosa com uma carinha idiota. Era infantil e ridícula, mas eu a adorava.
“Bonita caneca!” – ele deu um sorriso irônico e brincalhão e eu o encarei, séria. – “Eu estava só brincando!”
“Não é por isso, Jones.” – eu prendi o cabelo com raiva e suspirei. – “Você me tratou mal a semana toda, totalmente indiferente a mim e agora decide que quer ser educado?”
, isso tudo é tão complicado.” – ele coçou a testa. – “Depois do que aconteceu aquele dia, sabe, de sua mãe quase ter nos visto e tudo o mais! Eu fiquei realmente inseguro em relação a tudo.”
“E porque você não me falou? Ao invés de sentar e conversar, você preferiu me deixar com a cabeça cheia de dúvidas. Isso é bem estilo seu mesmo.” – eu esqueci totalmente do leite. Só conseguia olhar fundo nos olhos azuis dele. – “Se você não quer mais nada, fala! Porque eu cansei de ficar esperando uma decisão sua.”
“Não é tão simples, você sabe disso.” – ele falou sussurrando. Tinha mesmo medo que alguém descobrisse qualquer coisa.
“Sei sim, mas também sei que o que sinto por você é muito forte e que eu não quero ficar vivendo nessa de ter você hoje e amanhã não.”
“Me desculpa, mas...” – ele olhou para baixo e suspirou pesadamente. – “Eu realmente gosto de você.”
“Mas não está disposto a encarar seu medo do mesmo jeito que eu estou.” – eu dei de ombros, com lágrimas nos olhos e subi para meu quarto. De repente, o sono chegou muito forte.


estava sentada no colo de Harry. Tartarugas Ninjas passava na televisão, mas nenhum dos dois dava a mínima atenção para o filme. Quando chegou em uma parte que os dois já tinham decorado, se olharam e Harry começou a beijar a namorada. Eles eram assim. Era impossível ficar meia hora juntos no mesmo lugar, sem se amassar. Existia uma grade tensão sexual entre os dois e só eles sabiam o tamanho da mesma.
estava com as pernas abertas de frente para Harry e puxava os cabelos da nuca do garoto com certa força e o loiro a beijava sem parar, era um beijo ardente e cheio de desejo pela parte de ambos. Harry segurava a cintura da namorada com possessividade e cada vez mais a apertava contra si, suas mãos estavam enfiadas na camiseta da garota e ele podia sentir a pele quente dela.
Quando já estava com falta de ar e não dava mais para continuar o beijo, a garota o partiu e ficou encarando os olhos azuis do namorado fixamente. Ele era tão bonito e charmoso, era exatamente tudo aquilo que ela havia esperado.
Ele a encarava da mesma forma e fazia um carinho de leve com as pontas dos dedos, na cintura da loira. De repente sorriam um para o outro. Um sorriso só deles, de quem estava prestes a fazer algo muito bom, algo que iriam compartilhar juntos.
“É melhor nós subirmos.” – ela falou com a voz meio rouca pela falta de ar.
“Ah, você já deve estar com sono.” – ele sorriu sem graça e balançou a cabeça. Como tinha chegado a pensar que ela queria? Aquele era só mais um dos amassos típicos dos dois.
“Quem disse que eu vou subir para dormir?” – ela arqueou uma sobrancelha e cruzou os braços.
“E não vai?” – ele fez o mesmo que ela e ficaram se encarando por um bom tempo.
“Eu prefiro fazer outras coisas, mas se você não... Tudo bem.” – ela deu de ombros e quando estava começando a sair de cima dele, ele a puxou pelo pulso.
“Você quer dizer que já está preparada? Porque se você ainda não estiver, tudo bem.”
“Harry, eu quero... Eu quero você!” – ela segurou o rosto dele entre as mãos e sorriu segura. Queria Harry naquele momento como jamais havia desejado. Era algo que ela não podia explicar, apenas demonstrar.
“É melhor nós subirmos mesmo.” – ele sorriu de lado e a puxou pela mão, para subirem as escadas. Chegaram ao quarto do garoto e a loira foi direto para a janela. Queria dar uma olhada no céu. – “Você é a melhor coisa que já me aconteceu!” – ele sussurrou no ouvido dela e ela sentiu um leve arrepio na coluna. Virou para o namorado e o puxou pela gola da camisa para um beijo. Ao se desequilibrar ele a encostou com tudo na parede, puxou-a pela cintura fazendo com que ela ficasse nas pontas dos pés e gemeu de leve quando ela passou a unha pelas costas dele.
“Eu te amo.” – ela sussurrou e ele sorriu para ela, se aproximou, mas não a beijou. Queria brincar um pouco com a namorada. Adorava fazer aquilo! Começou a dar leves beijos no pescoço dela e passava levemente a mão pela nuca dela, ponto fraco de , ele sabia.
“Eu também te amo.” – ele roçou os lábios nos dela, mas não a beijou. Aquilo estava fazendo com ela ficasse louca, mas ela não iria parar! Era até divertido. Harry passou a língua de leve nos lábios dela e ela sorriu. Ficaram se olhando de uma forma maliciosa e ele voltou a beijá-la com intensidade. Ela decidiu que estava na hora de se deitarem e empurrou de leve até a cama. Os dois caíram, ele por baixo e ela por cima. Ficaram muito tempo só beijando, conhecendo o corpo um do outro até que Harry a virou a ficou por cima dela. não pensou duas vezes e tirou a camisa do namorado. Ficou encarando o peito dele. Realmente o cricket fazia muito bem a Harry.
“Você vai ficar só olhando?” – ele perguntou em tom brincalhão com um sorriso de lado. Ela o puxou pelas mãos para que ele se deitasse em cima dela de novo e voltaram a se beijar, cada vez com mais intensidade, mas de uma forma lenta. Como se um quisesse seduzir ao outro. apertou os ombros de Harry com a mão e ele soltou um leve gemido, parou de beijá-la e tirou a blusa da loira delicadamente. – “Você é linda!” – ele falou com os olhos brilhando de desejo e ela sorriu sem graça.
Harry passou a distribuir leves beijos pelos ombros de , enquanto passava os dedos de leve pela nuca dela. Via que a garota se arrepiava a cada toque seu e isso fazia com que ele a desejasse mais. Enquanto isso, ela passava a mão pelas costas e pelo peito dele, gemendo baixinho no ouvido do garoto a cada toque mais atrevido dele. O loiro passou a mão pelas coxas dela e ela sentiu que estava muito, muito quente ali dentro. Como ele conseguia fazer aquilo? Ou melhor, porque tinha esperado tanto tempo? Ele baixou a alça do sutiã da loira e deu um beijo no ombro dela. Ela o puxou pelo cós da calça e desabotoou os botões e abriu o zíper da mesma. Harry sorriu de lado para ela que correspondeu, afundou o rosto no pescoço da garota e lambeu a curva dele aos poucos, fazendo com que ela soltasse um gemido mais alto. Finalmente ele conseguiu desabotoar o sutiã dela e o jogou longe. Olharam um para o outro e ficaram muito tempo daquele jeito. Exatamente como mais gostavam, um afogado nos olhos azuis do outro.
“Eu nunca vou esquecer isso!” – ele falou praticamente sussurrando e ela sorriu feliz. Harry era o homem perfeito para ela! Podia sentir naquele momento que ele era sua alma gêmea, aquele com quem ela ia passar a vida toda.
“Promete que nós nunca vamos nos separar?” – ela passou a mão pelos ombros dele.
“Eu não consigo mais viver sem você!” – ele falou e logo em seguida voltou a beijá-la. Estava fazendo a coisa mais certa de toda sua vida, podia ter certeza.


You make me dream Doing the little things, those little things you do.


não agüentava mais ficar em casa assistindo os mesmos filmes de sempre que passavam na televisão tarde da noite. Era uma sexta-feira de madrugada e se ela quisesse, podia muito bem estar em uma daquelas festas badaladas e idiotas em que todo mundo fica bêbado e faz coisas que nem lembra no dia seguinte. Convites não faltavam desde que terminara com Tom há uma semana atrás. Como sentia falta dele e aquilo doía tanto que todas as noites ela chorava até dormir. Sentia-se tão idiota por ter feito aquilo logo com ele. O cara que mais gostava dela em todo mundo, o que a via exatamente como ela queria ser vista. Olhou para a janela e viu a chuva cair com força na rua, deu de ombros, vestiu um casaco e saiu de casa sem fazer qualquer barulho.
Precisava daquilo.
Sentiu as primeiras gotas baterem em todo o seu corpo com força e sorriu. Aquilo podia parecer totalmente idiota para qualquer pessoa, mas para ela tinha um significado a mais. Quando era criança, pensava que se tivesse algum problema, a chuva levaria embora e quando o arco-íris tomasse conta do céu, sua vida era renovada. Nunca mais tinha feito aquilo e de repente achou que era exatamente o que mais precisava. Começou a andar pela vizinhança, até chegar à pracinha e sentou em um balanço. Não tinha medo de ficar na rua uma hora daquelas, era uma cidade muito pequena com índice de violência menor ainda, morava ali a vida toda, todos a conheciam. Olhou para um banco um pouco distante do local em que estava e sentiu seu coração praticamente pular do peito. Alguém parecia estar passando pelo mesmo problema de insônia e ela sabia exatamente quem era.
Levantou e ficou parada alguns segundos, tomando coragem para ir até o garoto sentado e olhando para o céu, deixando que a chuva molhasse seu rosto.
“Oi!” – ela disse com as mãos enfiadas nos bolsos do casaco e ele a olhou. Não conseguiu explicar o que se passou na mente dele naquela hora. Ela estava ali bem na frente dele, estava sorrindo timidamente, exatamente do jeito que ele mais gostava, mas ainda era a garota que o tinha dispensado uma semana atrás por causa de sua popularidade.
“O que você está fazendo aqui?” – ele franziu o cenho e evitou o sorriso.
“Eu só quis andar um pouco.” – ela deu de ombros e abaixou a cabeça.
“À essa hora, com essa chuva?” – ele perguntou ironicamente e a loira suspirou.
“É, eu sou estranha.” – ela sorriu de leve para quebrar o clima, mas ele não correspondeu.
“Sei disso mais que ninguém.” – ele falou tirando os cabelos molhados da testa.
“Tom, não faz isso, por favor.” – ela falou com a voz embargada e ele sentiu um aperto no peito. – “Você não sabe o quanto me dói.”
“Me desculpa.” – ele levantou e a abraçou com toda força. Sabia exatamente o quanto doía, se não mais. Mas não queria vê-la daquele jeito. Machucava mais ainda quando ela chorava, quando ela parecia querer sumir do mundo.
“Quem deve desculpas por tudo sou eu.” – ela o encarou com os olhos semicerrados pela chuva que caía forte no rosto dos dois. – “Eu fui... Quer dizer, eu sou tão estúpida ligando para todas essas coisas que não vão me levar a lugar nenhum.”
“Só me responde uma coisa.” – ele a encarou profundamente. – “Você é feliz?”
“Eu tenho minha família e tenho as meninas.” – ela respondeu a primeira coisa que veio a cabeça.
“Não foi isso que eu perguntei! , eu posso te dar toda a felicidade do mundo, porque você também pode me dar, você sabe disso.” – ele segurou o rosto dela entre as mãos. – “É só você dizer que sim.”
“Tom, tudo é tão complicado! Você sabe que não dá para eu simplesmente mudar minha vida de uma maneira totalmente diferente. Tem que ser aos poucos, eu tenho que me moldar a tudo isso e...” – ela não estava falando coisas que faziam muito sentido para ele que acabou por se afastar.
“Se você quisesse mesmo, você não se importaria com nenhuma dessas besteiras! Eu te esperei a minha vida toda, esperei por um momento em você olhasse para mim de verdade, sem se importar com o que os outros iam pensar disso! E quer saber? Esse joguinho de ganhar e perder já está me cansando, eu não agüento mais esperar por uma decisão sua todos os dias em que eu acordo.” – ele falou com raiva e ela o olhou chocada. Não sabia que ele sofria tanto com aquilo tudo, ele realmente a amava e quando ela o viu se afastando de costas cada vez mais, entendeu exatamente o que ele sentia. Ela o amava, amava com todas as suas forças. Ele sempre fora a pessoa mais preocupada com ela toda sua vida. Sempre fora o que a fizera rir quando queria chorar ou esmurrar alguém. Sempre fora o que a esperou, independentemente de tudo de mal que ela o fizesse.
“Tom!” – ela gritou com força e pouco se importou para as pessoas que acordaria uma hora daquelas. Ele parou, mas não se virou. A loira correu até ele e o abraçou com força, não conseguia parar de chorar, mas precisava falar o que sentia. – “Tom, eu te amo e quero que o mundo se dane! Tudo que eu mais quero é ficar com você, de verdade.”
“Tem certeza disso? Eu não quero me machucar mais, .” – ele a olhou e ela assentiu, ficando na ponta dos pés e dando um selinho demorado nele. – “Você não sabe como eu estou feliz agora.”
“Eu sei exatamente o que você sente.” – ela sorriu e eles ficaram se olhando por um bom tempo.


Estávamos todos na casa do Harry. Era uma madrugada de sexta-feira e nós tínhamos que festejar. Ligamos todos para nossas casas e avisamos que íamos dormir lá. Porque tínhamos que festejar? Simplesmente pelo fato de os garotos terem feito um show perfeito na frente de alguns produtores que estavam de passagem para cidade. Os caras simplesmente adoraram o som do McFLY e até disseram que com alguns pequenos ajustes, eles poderiam ser os novos Beatles.
Enfim, pediram o telefone de contato dos garotos, deram os cartões deles mesmos e disseram que iriam entrar em contato logo. Nós simplesmente não acreditamos e decidimos que aquela noticia merecia uma comemoração especial.
No caminho, passamos no mercado e compramos algumas bebidas. Harry e Tom já eram maiores de idade, então não tínhamos problemas com isso. Bom, não foram algumas bebidas, na verdade foram muito e sim, aquele foi um dos maiores porres que todos nós já tomamos em todas as nossas vidas. Mas quer saber? Valeu a pena!

“Vocês vão mesmo fazer isso?” – eu perguntei fazendo careta, enquanto olhava e deitadas, enquanto Harry e Tom derramavam tequila no umbigo das loiras. ainda estava em duvida e Dougie tentava convencê-la de que era uma brincadeira legal e inocente.
“Qual o problema?” – arqueou uma sobrancelha me olhando e eu dei de ombros.
“Você devia fazer também.” – falou gargalhando e apontou para Danny que estava sentado no chão, dedilhando alguma coisa no violão.
“Vocês estão bêbados!” – eu falei, balançando a cabeça e todos me encararam como se eu tivesse dito algo muito estúpido.
“Todos nós estamos, querida!” – Tom disse, enquanto botava o limão na boca de , que se controlava para não cair na gargalhada.
“Espere a gente! Espera!” – Dougie falou eufórico quando concordou em entrar naquela brincadeira. Olhei para Danny que ainda continuava no mesmo canto. Nós ainda estávamos brigados e mal nos falávamos, só éramos simpáticos um com o outro pelos nossos amigos que não tinham nada a ver com nossos problemas.
Voltei a olhar para o três casais. fez uma careta muito estranha quando sentiu a tequila cair em seu umbigo e não pude segurar a gargalhada. Porque quando estamos bêbados tudo parece mil vezes mais engraçado?
Harry fez a contagem e no já, todos eles abaixaram sugando o conteúdo no umbigo das namoradas, depois entre os peitos das garotas e depois pegando o limão na boca das mesmas. Quem ganhou foi Harry. Era para Tom ter ganhado, só que na hora de pegar o limão, ele e acabaram se empolgando e não se soltaram mais, o clima estava mesmo começando a esquentar entre os dois. Dougie se demorou demais no umbigo de por algum motivo muito óbvio. As coisas entre os dois também começavam a esquentar.


“Harry, você ainda tem aqueles jogos legais?” – Dougie perguntou visivelmente bêbado. Ele estava sentado no colo de , que havia tentado o empurrar a todo custo quando ele se sentou lá, mas não conseguiu. Depois de algum tempo desistiu.
“Lógico!” – o loiro assentiu, enquanto abraçava por trás e tomava um gole da bebida da garota.
“Vamos jogar?” – Dougie falou empolgado e começou a pular no colo de , que passou a gritar e a dar tapinhas nos ombros dele para que ele parasse.
“Vamos, vamos!” – Tom e falaram ao mesmo tempo, se olharam e começaram a gargalhar que nem dois idiotas! Eles ficavam tão problemáticos bêbados.
“Quem se dispõe a pegar?” – Harry olhou para todos e de repente todos olharam para mim, até o idiota do Jones!
“Porque eu?” – eu perguntei indignada e todos começaram a dar explicações diversas.
“Porque você é a !”
“Porque você é pequena!”
“Porque você está um pouquinho mais sóbria!”
“Porque você é legal!”
“Porque você tem boa memória!”
“Porque você sim, ué!”
“Ok, seus panacas! Eu já estou acostumada a ser a empregada de vocês mesmo, não sei por que ainda reclamo.” – eu dei língua para todos e subi as escadas em direção ao quarto de Harry. Ok, eu estava mesmo tonta, mas aquilo era tão divertido! Lembrava exatamente aonde Harry guardava os jogos. Era na parte de cima de seu guarda-roupa. Fui até lá e abri as portas, não dava para pegar nenhum jogo sem ajuda de alguma cadeira ou coisa do tipo, já que minha altura nunca facilitou muito minha vida. Olhei ao redor e achei um banquinho que deveria servir para alguma coisa. Levei-o com certa dificuldade para perto do guarda-roupa. Porque dificuldade? Bom, eu estava bêbada e toda vez que eu me desequilibrava, achava muito engraçado e tinha que parar para rir.
Harry tinha uma quantidade de jogos fora do comum. Juro, eram muitos jogos mesmo. Eu podia levar ‘Banco Imobiliário’, mas não estava com cabeça para fazer conta. Tinha ‘Jogo da Vida’, mas todos nós tínhamos jogado isso tanto na nossa infância, que não conseguíamos nem escutar mais o nome sem fazer careta. Estava na ponta dos pés quando achei ‘Detetive’, ah, aquele era bom.
.” – escutei uma voz grossa atrás de mim, tomei um susto e me desequilibrei totalmente. Acho que acabei escorregando do banco, já que estava bem na pontinha dele. Não sei, só sei que fui ao chão com tudo. Machucando meu braço e minha bunda, mas sabe de uma coisa? Aquilo doeu sim, mas foi bem pouco. Não consegui e explodi em gargalhadas. Aquele com certeza, foi um dos tombos mais cômicos que já tomei na minha vida. Não conseguia parar de rir, era uma risada tão gostosa que era impossível parar e depois de escutar a gargalhada alta de Danny, é que tudo piorou! Agora eu estava rindo do meu tombo e da gargalhada dele, perfeito! – “Você está bem?” – ele perguntou indo até mim e tentando controlar o riso.
“Acho que sim.” – eu enxuguei as lágrimas que tinham caído dos meus olhos e tentei controlar minha respiração.
“Deixa eu te ajudar.” – ele me puxou pela mão e segurou minha cintura com força. Nessa hora senti minhas pernas amolecerem. Danny tinha esse efeito sobre mim, não adiantava fugir. – “O que você estava fazendo?”
“Procurando os jogos que me pediram para procurar.” – eu falei como se fosse óbvio e ele sorriu ao perceber nossa proximidade. Estávamos muito perto um do outro.
“Nós podemos fazer uma coisa melhor.” – ele roçou a boca na minha e por pouco não cedi. Como assim? Ele me tratava mal o tempo todo, tinha medo do que sentia por mim e de repente decidia que queria me beijar? Ah, ele ia ficar querendo! O empurrei com delicadeza e voltei a subir na cadeira.
“Tenho que achar os jogos.” – eu continuei olhando lá para dentro e tentando lembrar do que eu tinha acabado de achar antes de cair.
“Eu queria conversar com você!” – ele coçou a nuca e sentou na cama de Harry. Eu podia sentir que ele estava me olhando e aquilo não me incomodava nenhum pouco.
“Pode falar!” – eu disse dando de ombros. Mas que porcaria eu tinha achado antes de cair mesmo?
“Sobre nós dois, .” – ele suspirou e ficou um tempo calado. – “Eu odeio não estar com você, odeio esse clima que se instalou entre nós dois nessas duas semanas que passaram. Andei pensando muito em tudo isso e vi que você está totalmente certa em relação ao negócio do medo e tudo o mais! E eu percebi que eu tenho medo de enfrentar meu pai, mas tenho muito mais medo de não te ter comigo.” – quando ele terminou de falar, eu comecei a gritar e pular empolgada. Acho que ele pensou que era pelo que ele tinha dito, porque abriu um sorriso enorme e cheio de si.
“Olha, Danny, lego! Lego, lego, lego, lego!” – eu tirei um balde enorme cheio de lego do armário e quase caí pelo peso que aquilo tinha. Pulei no chão e botei o balde em cima da cama de Harry.
“Você ouviu alguma palavra do que eu disse?” – ele me olhou meio decepcionado e eu sorri para ele. Era claro que tinha escutado tudo que ele tinha falado, só tinha gritado por causa do lego, porque fazia muito tempo que não via um daqueles e fazia me lembrar muito nossa infância.
“Ouvi sim e se você tem coragem de enfrentar tudo isso, eu estou com você!” – eu estava muito bêbada sim, mas estava sendo sincera e lembraria daquilo no dia seguinte.
“Você me dá a coragem que eu preciso!” – ele sorriu e me abraçou. Ah, como eu tinha sentido falta daquilo.


“O que você está fazendo?” – olhou para o namorado como se ele fosse idiota. Assim que eu e Danny descemos, todo mundo começou a dar escândalo quando viu as duas caixas enormes de lego que trazíamos. Fomos todos para o quintal gigantesco com piscina da casa de Harry e nos sentamos no meio da grama para brincar.
“Eu só estou brincando.” – ele falou como se fosse óbvio e ela rolou os olhos.
“Judd, você é burro? Isso não é para ficar brincando, é para usar sua imaginação e montar um monte de coisas.”
“Eu faço do jeito que eu quiser.” – ele deu de ombros e voltou a fazer barulhos de guerra com os dois bonequinhos. Ah, qual é! Nós estávamos todos completamente bêbados, o que vocês queriam?
“Não faz não, porque é feio assim.” – ela tomou os bonecos amarelos da mão dele e os botou de lado.
“Você é uma chata!” – ele fez cara de triste e cruzou os braços. Ela o encarou por algum tempo e começou a sentir-se culpada. Será que ficava chata quando estava bêbada?
“Toma esse.” – ela deu um boneco para ele e pegou uma boneca. – “Esse é você e essa sou eu, vamos brincar.” – ele abriu um sorriso enorme e os dois começaram a fazer vozes para os brinquedos.
“Cadê o teto?” – gritou mais alto do que necessitava e todos nós rimos. – “Eu quero o teto. Tom, amor, cadê o teto?”
“Na sua cabeça.” – ele apontou para o teto que fazia de chapéu e começou a gargalhar.
“Olha só.” – ela pegou a peça e começou a rir junto com o namorado.
“Para de rir!” – ele gritou passando a mão na barriga. – “Sua risada, me faz rir mais.”
“Você falou que minha risada é feia?” – ela o olhou, totalmente indignada e ele ficou sério no exato momento.
“Não, ela é encantadora e me faz rir, porque eu fico feliz.” – ele a abraçou e deu um beijo na testa da garota, que tinha começado a gargalhar por algum motivo desconhecido.
, me passa a pecinha vermelha?” – eu apontei para a peça que estava ao lado da morena e ela passou para mim.
“Porque nossos namorados não podem ser normais que nem os outros?” – ela apontou para Danny e Dougie que corriam ao redor da piscina que nem dois idiotas e gargalhavam alto, como se aquilo fosse a coisa mais engraça que já haviam feito.
“Não sei. Será que é porque os nomes deles começam com D?” – eu olhei para ela com uma expressão pensativa e ela fez o mesmo. Totalmente papo de bêbado.
“É uma boa teoria! Talvez as pessoas que tenham D, sejam mais retardadas ou coisa do tipo.”
“Socorro, socorro, eu vou morrer! Eu não sei nadar, socorro!” – Danny gritava que nem uma criança desesperada. Dougie tinha empurrado ele na piscina e agora olhava assustado para o amigo sem saber o que fazer.
“Eu te salvo, Danny!” – Tom levantou rápido com alguma dificuldade e pulou na piscina, olhando confuso ao redor. – “Hey, Jones, cala a boca e se acalma! Agora levanta e olha aonde essa piscina bate em você.” – Danny olhou assustado para Tom e levantou lentamente, ficando totalmente vermelho quando percebeu que a água nem batia em sua cintura direito. Todos nós explodimos em gargalhadas.

Cap.11

Era um domingo cinzento, sinal de que o natal e o fim do ano se aproximavam cada vez mais! Eu tinha passado o sábado inteiro dormindo e acho que todos os meus amigos também, só fomos dormir naquela madrugada de sexta-feira para sábado, quando os garotos caíram de uma arvore e não se machucaram por pouco. Ainda sentia os resquícios da ressaca. Nunca tinha bebido tanto como naquela noite, que horror! Mas ao contrario de muita gente, eu lembrava exatamente tudo que tinha acontecido, ainda lembro até hoje. O meu medo era que Danny não lembrasse e aquilo que tinha acontecido, não passasse de uma reconciliação sem sentimento nenhum, feita no calor do momento.
", você pode descer aqui um segundo? Precisamos conversar." - minha mãe disse botando a cabeça para dentro pela porta do meu quarto. Ela estava séria, mas com uma voz alegre e calma. O que será que estava acontecendo? Vesti uma blusa mais quente e a segui até a cozinha. Danny e o pai estavam sentados na mesa redonda em que fazíamos as refeições e estavam com canecas cheias de café na frente de ambos. Alan estava sorrindo de leve e Danny parecia muito sem graça. O que será que estava acontecendo?
"Bom dia, !" - Alan disse me dando um beijo na bochecha. Sabe, ele era um cara muito legal e eu já o considerava como um amigo.
"Bom dia." - eu puxei as mangas da minha blusa para cobrir as mãos, devido ao frio forte que estava fazendo.
"Danny, acabou de conversar conosco, filha!" - minha mãe disse sentando-se ao lado de Alan e eu quase engasguei com minha própria saliva.
"Você vai ficar calada?" - Alan olhou para mim, depois de alguns minutos em silêncio. Eu não tinha o que falar, eu nem sabia o que ele tinha falado!
"Eu não sei o que falar." - praticamente sussurrei e minha mãe me passou uma caneca cheia de chocolate quente, já que eu não gostava muito de café.
"Eu contei tudo para eles!" - Danny finalmente se manifestou e eu o olhei confusa. - "Quer dizer, sobre nós dois e tudo o mais."
"Oh!" - foi a única coisa que conseguiu sair da minha boca naquele momento.
"Nós entendemos o que vocês sentem um pelo outro, isso não vem de hoje, já fazem anos." - minha mãe começou a falar e eu senti meu rosto queimar de vergonha. - "Não sei de onde o Danny tirou que nós não íamos aceitar o relacionamento dos dois! Aliás, nós sempre torcemos para que isso acontecesse, o fato de eu estar casada com Alan não os tornam irmãos."
"Nós damos todo o apoio para os dois, porque sabemos que o que sentem é verdadeiro." - Alan falou e foi a vez de Danny queimar de vergonha. - "Mas, vocês são jovens de mais e eu sei que meu filho está em uma idade em que os hormônios estão agindo muito."
"Pai!" - Danny repreendeu o pai totalmente envergonhado e eu não pude deixar de rir.
"Pedimos que vocês tomem cuidado com essas coisas e tudo o mais!" - ele falou seriamente e minha mãe assentiu. Aquilo era tão constrangedor. - "Nada de invadir o quarto da garota no meio da noite, Jones! Se ele fizer isso, grite e nós o trancamos no porão." - ele falou brincalhão e eu gargalhei junto com minha mãe.
"Pode deixar, Alan!" - eu fiz sinal de positivo e Danny deu de ombros.
"Obrigado por serem tão compreensivos." - ele falou timidamente e apertou minha mão de leve por de baixo da mesa. Finalmente, eu teria um pouco de paz na minha vida!


estava parada na porta de entrada da casa de Tom. Tinha dito alguns dias atrás que estava preparada para tomar o primeiro passo. Afinal eles já estavam juntos há quatro meses e ela se sentia tão segura com ele do que jamais havia se sentindo com qualquer um. Naquele fim de semana os pais de Tom estavam fora, no interior, uma viajem só de casal. Olhou para o vestido simples que estava usando e sorriu de leve. Suspirou e sentiu seus ritmos cardíacos aumentarem e um frio intenso na barriga. Contou até dez e tocou a campainha com a mão um pouco trêmula. Sabia muito bem o que ia acontecer naquela noite. Não tinha medo, só estava nervosa e um pouco ansiosa.
"Oi!" - Tom abriu a porta com um sorriso e franziu o cenho, rindo. - "Qual o problema?"
"Você, nesse avental." - ela continuou rindo e ele corou de vergonha.
"Eu estava ahn... Cozinhando e... Sabe como é." - ele deu de ombros e deu um leve sorriso, deixando à mostra a covinha que a namorada tanto gostava.
"Para mim?" - ela deu seu melhor sorriso e um selinho demorado nele.
"Lógico que não!" - ele fez uma expressão óbvia, fechando a porta depois que ela entrou. - "Você não tem comida em casa? Eu só estava fazendo a MINHA janta"
"Você é muito engraçado, Fletcher!" - ela cruzou os braços e deu língua para ele, que sorriu e a abraçou pela cintura com carinho, dando-lhe um beijo na testa.
"Senta aí, ok? Eu termino tudo em um instante."
"Posso ajudar em alguma coisa? Quer dizer, eu não sou muito boa na cozinha e tudo o mais, mas posso dar uma força." - ela deu de ombros e o seguiu até a cozinha.
" , volta para a sala agora!" - ele empurrou a loira de leve e fez com que ela se sentasse no sofá. - "Olha, está passando um daqueles programas nojentos de plástica que você adora! Divirta-se, enquanto eu cuido do nosso jantar." - ele saiu apressado da sala e ela encarou a televisão sem entender quase nada, mas com um sorriso bobo no rosto. Sabia que aquela seria a noite mais linda de sua vida!


"Eu não sabia que você cozinhava tão bem!" - falou após ajudar Tom a retirar os pratos da mesa e botar na máquina de lavar louça.
"E eu não sabia que você era tão problemática com esse lance de cirurgia e tudo o mais." - ele falou com um sorriso divertido, encostando-se no balcão no meio da cozinha. A garota tinha passado praticamente o jantar inteiro falando de como seria legal ser cirurgiã, ou legista ou alguma coisa do tipo. Talvez algumas pessoas a achassem doente por ter o sangue tão frio, mas apesar de toda a estranheza, o namorado achava aquilo tudo encantador. Ela tinha um objetivo na vida, queria fazer algo que gostava, independente do que fossem falar ou de quanto a pagariam por aquilo e esse era um dos motivos pelo qual sempre fora apaixonado por ela e nunca desistira. tinha a força e a coragem, da qual ela precisava para si mesmo, independente dos obstáculos que aparecessem.
"Eu não sou problemática, Tom!" - ela deu língua para o loiro e encostou-se ao lado dele. - "É só o que eu gosto."
"Eu sei disso." - ele assentiu e entrelaçou a mão na dela. - "Hey, eu tenho uma coisa para te mostrar." - ele sentiu as bochechas esquentarem um pouco e ela sorriu de leve, assentindo. Deu um beijo na testa da namorada e a puxou pela mão para que subissem as escadas. Andaram pelo corredor, devagar, sem pressa nenhuma. Apenas aproveitando aquele momento. Tom respirou fundo e reuniu toda coragem que ainda sobrava em seu corpo. Tinha medo que gargalhasse ou o achasse um idiota sem noção, mas tinha feito exatamente aquilo que sempre quis fazer para a garota em um momento como aqueles.
"Tom!" - ela falou com a voz trêmula e surpresa um pouco depois de entrar no quarto do namorado. Ele tinha arrumado tudo, estava tudo tão perfeito! O cômodo estava em perfeita ordem, com velas vermelhas e brancas acesas em todas as estantes e cômodas. A cama estava coberta com um lençol branco e fino com algumas pétalas de rosas vermelhas, jogada sobre ela. Aquela era a coisa mais bonita que alguém já havia feito por ela.
"Bom, eu quis que fosse... Ahn, sabe, especial!" - ele colocou as mãos no bolso e olhou pela janela totalmente sem graça.
"E você conseguiu!" - ela sorriu com os olhos cheios de lágrimas, mas segurando o choro. Aquele não era o momento para isso. - "Nunca ninguém fez uma coisa dessas por mim." - ela disse, enquanto abraçava o garoto por trás, encostando sua cabeça nas costas dele.
"Ah, então já tiveram muitos outros?" - ele perguntou brincalhão e colocou a mão sobre a dela, fazendo um carinho de leve.
"Claro que não, Tom!" - ela sorriu e sentiu o rosto esquentar de vergonha. - "Na verdade, nunca teve nenhum!"
"Como assim?" - ele se virou para ela e a encarou nos olhos. - "Você namorou tanto tempo com o Gus."
"Mas eu nunca senti que ele fosse especial o bastante para isso!" - ela deu de ombros e passou a mão pelo rosto dele.
"Oh!" - ele disse simplesmente. Estava surpreso demais para dizer qualquer coisa que fosse, exceto. - "Bom, eu também."
"Essa é a noite das surpresas!" - ela falou com a boca entreaberta. Sabia que Tom não tinha muito jeito com garotas e que sempre nutrira um sentimento forte por ela, mas pensava que ele já tinha tido outras experiências.
"Acho que sim!" - ele sorriu e segurou o rosto dela entre as mãos, como se ela fosse a coisa mais delicada em que ele já havia tocado. Aproximou os lábios lentamente e deu um beijo carinhoso, lento e terno na namorada. não sabia explicar exatamente o que sentia naquele momento, mas aquele frio na barriga e aquele arrepio na espinha eram extremamente bons. Passou os braços pelo pescoço de Tom e se entregou ao beijo que foi se intensificando cada vez mais e mais.
Thomas abraçou a loira pela cintura, fazendo com que ela tirasse os pés do chão e o abraçasse com mais força. Ele sorriu, durante o beijo e ela também, pegou a garota no colo e ela soltou um grito assustado, seguido por uma gargalhada dos dois. Ficaram um tempo só se olhando e Tom finalmente a deitou na cama, caindo devagar por cima dela. sorriu de um jeito infantil e puro, aquele jeito que fez com que ele se apaixonasse por ela desde o momento em que passou a ver garotas de uma forma diferente.
"Te amo!" - ela falou passando a mão pelo rosto dele e fazendo carinho na nuca do garoto com a outra mão.
"Te amo!" - ele falou baixinho no ouvido dela e passou a distribuir beijos pelo pescoço da loira. afundou as mãos no cabelo do garoto e mordeu o lóbulo da orelha dele, fazendo com ele soltasse um sussurro.
O loiro abaixou a alça do vestido da namorada e beijou seu ombro, enquanto ela desabotoava os botões da camisa dele, quando finalmente terminou, Tom sentou-se e tirou a camisa, fazendo com que ela segurasse a respiração. Ele era tão bonito! Porque tinha demorado tanto para se tocar de que ele era o garoto ideal para ela? Tom sorriu e voltou a se deitar por cima dela, dessa vez a beijando com mais intensidade, fazendo com que ela apertasse os ombros dele. Ele tirou o vestido da garota e sorriu, fazendo com que ela sorrisse de volta. Aquele era um momento só dos dois, só eles sabiam o que estavam sentindo. Não tinham como expressar. - "Para sempre!"
"Para sempre!" - ela concordou com um sussurro, enquanto sentia-o desabotoar seu sutiã.


"Não tem a mínima graça jogar com você!" - disse, ao ver que ganhava mais uma partida de Tekken.
"Não esquece que eu venci as quatro primeiras partidas, meu bem!" - Dougie falou irônico e apertou os botões do controle com raiva.
"De que adianta ganhar as quatro primeiras e depois perder as outras seis?" - a morena perguntou com as sobrancelhas arqueadas.
"Mais uma partida!" - ele semicerrou os olhos e a encarou com raiva. Quando se tratava de videogame, Dougie podia acabar sendo bem grosseiro e diferente do normal.
"Sem problema nenhum, querido!" - a garota deu um sorriso de lado e voltou seu olhar para a televisão.
"Você é tão chata quando quer." - ele rodou os olhos e escolheu o lutador que queria, fazendo com que a prima desse uma risada seca.
"E você é tão grosseiro quando perde! Sério, Poynter, você tem que analisar bem essa sua competitividade, porque isso pode acabar te fazendo ma..." - ela parou de falar assim que escutou um trovão forte e fechou os olhos com força.
"Me fazer o que, amor?" - ele perguntou cínico e sorriu de lado. Sabia que ela morria de medo de trovão e achava aquilo extremamente fofo. Ela sempre parecia uma criancinha assustada quando escutava o som forte de um.
"Nada, vamos jogar." - ela olhou para os lados tentando disfarçar, mas não conseguiu por muito tempo, já que começaram a dar mais e mais trovões.
"Isso, isso aí!" - Dougie falava em tom vitorioso, enquanto ganhava da prima com facilidade, já que a garota estava amedontrada. - "Ultimo round!" ele falou com um sorriso irônico e assim que começou a lutar, a luz acabou. - "Mas que porcaria."
"Ai, meu Deus! Ai, meu Deus! Ai..." - essa era a única coisa que conseguia falar. Tinha entrado em pânico total naquele escuro todo e com aquela tempestade do lado de fora.
"Hey, calma, calma!" - Dougie segurou a mão dela com carinho e ajudou-a a levantar. - "Vem, eu tenho velas em algum lugar."
"Dougie, eu estou com medo! Muito medo." - ela tremia de leve e ele podia sentir aquilo. Andou cegamente pelo quarto, em busca de alguma coisa que pudesse iluminar o local, enquanto segurava a mão da garota com força.
"Achei." - ele falou e pegou uma caixa de fósforos que sempre guardava ao lado das velas. Não fazia sentido ter as velas, sem algo para acendê-las. - "Pronto!" - ele disse depois de acender quatro e poder enxergar o rosto da namorada que estava cheio de lágrimas. - "Hey, não precisa ficar assim." - ele a abraçou forte e sorriu de leve.
"Você não tem noção de como escuro me dá medo, ainda mais com toda essa tempestade e esses malditos trovões que não param um segundo." - ela enfiou o rosto no peito dele e fungou.
"Mas eu estou aqui. Lembra daquela história que eu te contei lá no chalé?" - ele ergueu o rosto dela pelo queixo e a garota sorriu, assentindo.
"Lembro sim! Você é meu príncipe." - ela falou em tom brincalhão e ele gargalhou baixinho.
"É isso aí, e não vou deixar nada de mal te acontecer, porque eu sempre vou te proteger." - ele deu um selinho demorado nela, que o puxou pela nuca, fazendo com que o beijo fosse mais intenso. Não souberam quanto tempo aquele beijo durou, mas podiam afirmar com certeza que aquele tinha sido o melhor da vida de ambos, dando inicio a melhor noite que eles podiam se lembrar.
"Dougie..." - soltou assim que se separaram para recuperar a respiração.
"Me desculpe!" - ele sorriu meio envergonhado e se afastou um pouco. olhou para o garoto, totalmente confusa. Mas o que ele estava fazendo?
"Desculpar?" - ela sentou ao lado dele na cama, vendo-o dar de ombros.
"Acho que exagerei um pouco no beijo e tudo o mais! Eu não quero te pressionar a fazer nada que você não queira." - ele falou encarando a chama da vela se mexer de um lado para outro, por causa do vento forte que entrava pela brecha da janela.
"Me pressionar." - ela falou em voz alta e sorriu de leve. Ele realmente era exatamente tudo com que ele sonhara e muito mais do que imaginara todos esses anos esperando ser notada pelo primo. - "Você não vai me pressionar a nada, por que... Ahn, porque eu quero." - ela finalizou com as bochechas totalmente vermelhas.
"Oh!" - ele disse, não podendo evitar o pequeno sorriso que tomou seus lábios. - "Você, ahn... Tem certeza?"
"Sim." - ela assentiu e olhou nos olhos azuis do namorado, timidamente. Dougie sorriu e ela sorriu de volta. Um sorriso que eles guardavam somente um para o outro. Um sorriso que nunca tinha sido dado à mais ninguém em todo aquele tempo. O garoto segurou o rosto da namorada entre as mãos e encontrou os lábios dela com delicadeza. passou a mão pelos ombros dele e enfiou as mãos nos cabelos de Dougie. Com o passar do tempo, o beijo foi começando a se intensificar e Dougie deitou-a na cama, caindo delicadamente sobre ela que passava as mãos pelas costas dele por baixo da blusa.
Ele passou a beijar o pescoço da garota levemente, enquanto ela fazia carinho na nuca dele. Dougie sentou-se e tirou a blusa, voltando a deitar por sobre a namorada que sorria de leve. Ele abriu os botões da blusa de manga comprida dela e tirou lentamente.
"Te amo!" - ele sussurrou no ouvido dela.
"Eu sempre te amei." - ela sussurrou de volta e Dougie olhou-a com todo carinho que possuía naquele momento. Tinha feito com que ela sofresse por causa de todo seu medo e insegurança de enfrentar os obstáculos que teriam pela frente e sentia-se extremamente culpado por aquilo. Mas sabia que ela nunca o havia culpado e aquilo trazia um pouco de alivio.
"Hoje, agora e sempre." - ele falou em tom de clichê e ela gargalhou baixinho. Não tinha um momento sequer que não gargalhasse na presença de Dougie, até em momentos sérios como aquele, mas era justamente isso que fazia com que ela se apaixonasse cada vez mais. Dougie voltou a beijá-la e ela o abraçou com mais força, diminuindo mais ainda o espaço entre os corpos.


Eu estava na varanda do meu quarto tentando me concentrar a pintar alguma coisa decente, mas tudo que vinha a minha cabeça era grandes bandejas cheias de frutas. Qual era o meu problema, afinal? Quer dizer, isso não é uma coisa muito empolgante de se pintar e totalmente sem criatividade. Suspirei pesadamente e fiquei olhando para a rua a minha frente. Muita coisa tinha mudado em apenas três meses desde aquela conversa com o pai de Danny e minha mãe. e Tom estavam mais apaixonados do que nunca e praticamente não se largavam. e Harry continuavam brigar por tudo e por nada, mas nada como as brigas de antes. e Dougie começavam a se assumir aos poucos, como se estivessem preparando os familiares para o grande final. E eu? Bom, eu estava em um relacionamento muito estável e totalmente perfeito com Danny, apesar da vigilância constante de Alan e minha mãe. Naquele fim de semana eles resolveram viajar para festejar o quinto ano de casados. O que realmente foi um milagre, já que eles custavam a nos deixar sozinhos, com medo de que fizéssemos algo que não queriam. Ah, qualquer hora isso ia acabar acontecendo mesmo. Quer dizer, eu já tinha dezessete anos e ele dezoito e nossa relação já começava a passar para um nível superior, digamos assim.
Escutei um barulho de porta batendo e não quis me virar, sabia que era Danny. Ele me abraçou por trás e apoiou o queixo no meu ombro, fazendo com que eu sorrisse de lado.
"Uvas?" - ele falou em um tom de escárnio que me fez rir.
"Eu sei, eu sei! É só que eu não consigo me inspirar." - falei dando de ombros e encostando a bochecha na dele.
"Eu estava brincando! Uvas são bem legais, eu gosto de uvas!" - ele começou a falar empolgado e eu revirei os olhos.
"Suco de uva e melão é meu suco favorito, na verdade, eu sou bem sofisticado." - eu falei antes que ele soltasse a frase que sempre vinha depois de todo esse papo de comida preferida dele e de como ele era sofisticado por isso.
"Mas é verdade." - ele fez cara de indignado e me soltou, indo mexer nas minhas coisas. Porque ele gostava tanto de fazer aquilo? Só para me irritar mesmo.
"Jones, dá para deixar minhas coisas em paz? Você sabe como isso me irrita?" - eu peguei minha caixinha de jóias e botei no lugar de novo.
"Sei, por isso mesmo que eu faço." - ele sorriu de lado e quando menos esperei, me puxou pela cintura e me beijou de uma forma delicada e terna, porém mais sedutora.
"Panaca!" - eu apertei o nariz dele, após o beijo e nós ficamos nos olhando por um bom tempo. Às vezes nós fazíamos isso sem motivo algum e aquilo era uma das coisas que eu mais gostava. Eu podia passar horas só olhando para aquela imensidão azul acinzentada.
"Te amo!" - ele falou ficando com a bochecha um pouco vermelha e eu sorri sentindo as minhas esquentarem também. Eu podia sentir que aquela era hora, que nós dois estávamos prontos para aquilo, não importava o que os outros falassem.
"Também te amo e confio em você!" - ter dito aquilo foi o sinal para que ele seguisse em frente e assim ele o fez. Segurou meu rosto entre as mãos e me beijou da mesma forma que anteriormente, ficamos um longo tempo assim e quando me dei conta já estava deitada na cama com ele por cima de mim, apoiando os cotovelos do colchão para não pesar muito. Aquela foi a noite mais perfeita de toda a minha vida!


O ano começou horrível! Eu não tinha meus melhores amigos de infância do meu lado, todos estavam frios uns com os outros e tudo era tão mudado. Lembrar daquilo realmente me faz mal, mas depois eu vou lembrando de todos os bons momentos que tive no chalé, no primeiro show dos garotos, em tudo e me sinto extremamente feliz e agradecida por aquele ano ter sido exatamente do jeito que foi!
Foi naquele ano que acabamos o colegial e começamos nossa vida de adultos, fechando assim com chave de ouro nossa época de adolescência.
e Harry procuraram um apartamento em Londres um pouco antes de se formarem e uma semana depois do baile se mudaram para a capital. Ela começou a fazer alguns trabalhos como modelo fotográfica e fez bastante sucesso, o que deixou Harry realmente enciumado. Ele fez faculdade e jogou cricket em um grande time inglês, mas de nada adiantou, porque um ano depois a banda começou a fazer sucesso e ele se dedicou só a isso, fazendo com que morresse de ciúme das groupies e fãs histéricas.
e Dougie finalmente se assumiram e conseguiram consentimento da família depois de algum tempo de luta, mostrando que eles aceitando ou não continuariam juntos, receberam muito apoio de Adam e Rachel também. Ficaram mais algum tempo em Surrey, mas logo conseguiram um pequeno apartamento para alugar em Londres e se mudaram. trabalhou como fotógrafa e com isso pagava a faculdade de Publicidade, sendo ajudada pela bolsa que tinha conseguido e pela mãe que finalmente aceitou a opinião da filha e viu que o trabalho dela era extremamente bom. Dougie fez faculdade de Arqueologia por algum tempo e realmente se interessava pelo curso, mas largou. Seu interesse maior era a banda que começava a deslanchar.
e Tom ficaram noivos no baile de formatura, o que chocou a todos nós no começo, mas depois nós analisamos por outro lado. Quer dizer, eram e Tom, era óbvio que uma coisa dessas ia acontecer. Logo se mudaram para a capital também e esperaram um ano e meio, o tempo bastante para conseguirem uma vida estável em Londres, para se casarem. começou na faculdade de Medicina e trabalhava em um hospital perto de casa, Tom fez Astronomia por um tempo, mas logo trancou o curso para se dedicar inteiramente ao McFLY.
Eu e Danny pegamos o embalo e nos mudamos para Londres também, mais ou menos um mês e meio depois de Harry e . No começo foi difícil, mas com a ajuda que tivemos fomos fazendo nossa vida e logo não tivemos mais problemas com dinheiro. Eu comecei minha faculdade de Relações Públicas, o que segundo Danny seria muito útil para a banda. Ele começou o curso de Publicidade, juntamente com , mas não era exatamente o que queria e ficou aliviado quando a banda começou a fazer sucesso, assim poderia trancar o curso.




EPÍLOGO


"Você ainda vai ficar trancada nesse quarto por muito tempo?" - Danny falou entrando no nosso quarto, enquanto eu estava jogada na cama com o laptop em cima de um travesseiro.
"Acabei de terminar." - eu sorri e olhei para o teto. - "Nós estamos muito atrasados?"
"Só vinte minutos, mas acho que se você não começar a se arrumar já, vai ser muito mais." - ele abotoou a blusa, pegou o suéter preto em cima da poltrona e vestiu.
"Me arrumo rapidinho." - disse fechando o laptop e pulando da cama, pegando meu vestido que estava na porta do armário já. - "Só preciso tomar um banho." - ele me puxou pelo pulso e me deu um beijo demorado. Até hoje os beijo de Danny fazem com que eu perca totalmente meu chão.
"Você não me deu atenção o dia todo! Eu merecia isso." - ele sorriu e eu dei um selinho nele, correndo para o banheiro.


"Aleluia! Devem ser eles." - abriu a porta da enorme casa que ela e Tom dividiam e sorriu. - "Vocês estão atrasados uns trinta minutos."
"Culpa dela." - Danny apontou para mim deu um beijo no rosto de , passou a mão na barriga extremamente visível dela e entrou para falar com os garotos.
"O que você fez com o Jones para se atrasarem tanto?" - veio andando até a porta com um jeito elegante que tinha adquirido com os anos de modelo e sorriu de lado.
"Não é nada disso, suas bestas!" - eu ri e beijei todas no rosto. - "Eu só passei o dia escrevendo e me perdi."
"As memórias?" - perguntou com os olhos brilhando e as outras duas sorriram. - "Já juntei todas as fotos que me pediu e vou tirar mais algumas hoje."
"Ótimo, mas eles não podem saber." - fechou a porta e logo resmungou que precisava ir ao banheiro, porque o bebê adorava se divertir à custa dela.
"Que desculpa você deu para o Jones?" - perguntou pegando a badeja de doce que eu tinha nas mãos e eu e a seguimos em direção a cozinha.
"Que estava trabalhando em uma coisa nova e muito importante, ele quis saber o que era, mas eu comecei a falar um monte de coisas que ele não entende, deixando-o totalmente confuso e ele resolveu que tocar violão era o melhor que fazia." - eu ri acompanhada das outras e nós fomos para a sala aonde os garotos conversavam de alguma coisa totalmente idiota e riam de forma mais retardada ainda.


"Mentira que foi você que fez esse mousse, Danny!" - Dougie falou após encher a segunda taça do mousse de chocolate que tinha para a sobremesa.
"Não, não é mentira." - ele deu língua para Dougie e riu. - "Isso é o que acontece quando você é abandonado pela sua mulher por mais de uma semana e não tem nada mais interessante para fazer."
"Oh, tadinho!" - eu ri e dei um beijo estalado na bochecha dele, fazendo com que todos rissem em seguida.
"Amor, eu quero mais. Põe?" - empurrou a taça para que Tom a servisse.
"Amor, já é a quarta vez seguida que você repete." - ele olhou chocado para a esposa e ela revirou os olhos.
"Eu estou comendo por dois agora, Thomas! Você já viu o tamanho da minha barriga? Eu estou com seis meses, preciso me alimentar muito bem." - ele assentiu calado e a serviu mais do que as outras vezes.
"Você fica totalmente assustadora de vez em quando!" - Harry falou olhando para a morena agora, já que não podia mais ficar usando química no cabelo e na opinião de todos estava muito melhor, e assentiu.
"Meus hormônios trabalhando, Judd! Só isso." - ela comentou de uma forma simples, como se estivesse falando do clima e todos nós rimos.


Nós sempre superávamos o natal dos anos anteriores e aquele não foi diferente. Fizemos o amigo oculto mal-feito de sempre, já que todos já sabiam qual pessoa cada um tinha tirado, não conseguíamos guardar segredos entre nós. Dougie e deram a noticia que seriam papais em alguns meses. e Harry começaram a discutir pela falta de tempo que os dois tinham para ter um filho também, mas acabaram concordando que até o final daquele ano ela ficaria grávida e logo já estavam se beijando, como se a discussão nunca tivesse acontecido. Chegou uma hora em que os garotos se reuniram perto da piscina para tocar como sempre faziam e nós corremos para o quarto de para arrumar as coisas do álbum de memórias. Queríamos agradecer pela vida maravilhosa que eles nos davam, por todos os momentos em que eles fizeram com que o pior dos dias se transformasse no mais perfeito e acima de tudo queríamos celebrar nossa amizade que devia estar fazendo cerca de vinte anos.
Passada mais ou menos meia hora eles foram nos procurar e nós os enxotamos do quarto, dizendo que estávamos muito ocupadas fofocando e que eles atrapalhariam. Finalmente terminamos e nos encaminhamos para o quintal, dando para eles o álbum. Eles pareciam não acreditar no que estavam vendo e depois de muitas risadas disseram que tinham algo para nós também. No fim de tudo, era uma música que eles tinham composto para expressar tudo que sentiam por cada uma de nós. Olhamos umas para as outras e escutamos uma das músicas mais perfeitas e serem compostas.


All About You.

It's all about you (It's about you)
It's all about you baby
It's all about you (It's about you)
It's all about you

Yesterday you asked me something I thought you knew
So I told you with a smile
It's all about you

Then you whispered in my ear and you told me too
Said you made my life worthwhile
It's all about you

And I would answer all your wishes
If you asked me to
But if you deny me one of your kisses
Don't know what I'd do

So hold me close and say three words like you used to do
Dancing on the kitchen tiles
It's all about you, yeah

And I would answer all your wishes
If you asked me to
But if you deny me one of your kisses
Don't know what I'd do

So hold me close and say three words like you used to do
Dancing on the kitchen tiles
Yes, you made my life worthwhile
So I told you with a smile
It's all about you

It's all about you (It's about you)
It's all about you baby
It's all about you (It's about you)
It's all about you

It's all about you (It's about you)
It's all about you baby
It's all about you (It's about you)
It's all about you

It's all about... you





N/A: Então, pessoas, fim de TTYD! Ficou meio grande e talvez vocês tenham achado tudo meio corrido, mas é que eu costumo fazer as coisas assim... Peço mil desculpas por todos os erros de script que tive em um capítulo em especial, por toda a demora para as postagens, mas é que tive vários problemas com relação à algumas coisas, que prefiro nem comentar, até achei que não devia mais postar essa fic, mas alguns comments me incentivaram e agradeço a todas que continuaram a ler mesmo com todos os problemas.
Acho que é isso e até o próximo projeto que já está sendo escrito o/
Nina.

N/B: Odeio finais, por isso vai ser curto. ><
Obrigada Nina, por ter me forçado a aprender scriptar, e me ameaçado pra ser sua beta oficial. xP Depois do mundo do script, a minha vida ficou mais mágica, sério! Oo
Nem sei se eu tenho direito aos agradecimentos, mas eu me sinto ‘tia’ dessa fic e vocês não sabem como eu estou comovida ._.
Obrigada a todo mundo que teve paciência em esperar as att’s, e até a próxima! ;]
Lorena.



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