Things I’ll Never Say
Por: Boo e Loly’s
Betada por: Jú Judd
Revisada por: Brille


- Então, o trabalho pode ser lá em casa, só que o meu primo vai estar lá, tem problema? –perguntou.
- Não tem problema não. Então hoje, depois da aula, na , ok? – falou.
- Tanto faz – deu de ombros e as três olharam para mim.
- Ah... Pode ser – Eu falei desconcertada. É meio incômodo andar com as três meninas mais populares do colégio quando se é uma loser.
- Então tudo bem! – Disse – Ah... Oi Tom! – E ela deu oi para Tom, que logo em seguida cumprimentou , e depois eu. Mas eu fiquei tão surpresa com isso que abaixei a cabeça envergonhada e encarei meu tênis. Ué, nem venham brigar comigo, foi involuntário encarar meu tênis, que por sinal estava bem sujo.
- Tudo bom com vocês, amores? – Tom perguntou e as meninas falaram que sim. Ele olhou para mim e eu gelei. Ele estava falando COMIGO! Senti meu rosto corar mais ainda e fiquei sem saber o que responder. Merda! Eu sempre faço isso quando estou nervosa. Responda ele, !
- Ahn... É... Uhum... Pode ser – Ótimo, , agora sim que ele te acha uma idiota!
- Então eu vou indo – Tom disse depois de rir da minha vergonha estúpida. Saiu lindo e charmoso junto com seus amigos.
Aiai. “I’m falling in love again, ain’t nothing I can do...”
- O que você falou? - perguntou para mim.
- Nada não... – Resmunguei. MERDA! Eu não sei nem mais distinguir o que eu falo do que eu penso, mas que tapada!
- Mas que idiota – resmungou, achando que eu não ia escutar. Bom, acho que ser loser tem suas vantagens, pelo menos eu não sou mesquinha igual a elas.
- Bom, a gente vai ao shopping antes, né? – Disse – Você quer ir junto? – Ela perguntou virando-se para mim.
- Nem precisa, eu encontro vocês na sua casa depois – Eu respondi para e fui me afastando, mas consegui ouvir brigando com .
- O que você tem na cabeça, mulher?! – gritou para – Imagina se ela aceita sair com a gente?!
- Eu só queria ser gentil – falou em defesa. Eu não pude ouvir mais nada porque saí do colégio e fui em direção a minha casa.
Quando cheguei tomei banho, almocei e fui me arrumar. Apesar de eu não ver Tom, poderia haver meninos bonitos lá. Parei na frente do guarda-roupa e o encarei. Com que roupa eu ia lá? Eu não podia chegar com calças largas, All Star e uma blusa imensa do Boys Like Girls, quando elas iriam estar de saia, top e salto. Merda mais uma vez!
Apesar de eu não gostar, minha mãe insiste em comprar blusinhas baby-look e sandálias de salto. Peguei, com muito desgosto, uma das blusas pretas e uma das sandálias também pretas e, por fim, peguei a calça mais justa que eu tenho.
Olhei-me no espelho. MERDA!
E agora tá na hora de eu ir para a casa da . MERDA AO QUADRADO!
Demorei uns 5 minutos para chegar lá, mas gostaria de ter demorado mais. Toquei a campainha e ouvi resmungar de lá de dentro:
- Aff, deve ser a loser da .
- Sejam gentis – disse e abriu a porta – Oi, entre.
Que falsas. Tá bom, não são todas falsas, a fala tudo na cara mesmo. Olhei para trás de e vi o amor de minha vida lá. PERA! O QUE ELE ESTÁ FAZENDO AQUI? Arregalei os olhos e entrei na casa.
- Thomas! Você e a se merecem! Nenhum dos dois é bom no vídeo-game! – falou rindo. Como assim “se merecem”? Eles estão juntos?
- Tinham que ser primos! – falou rindo também e eu me aliviei. Então eles eram só primos.
Ficaram jogando vídeo-game por um bom tempo e eu ficava pensando quando nós íamos fazer o trabalho
- A gente não vai fazer o trabalho? – perguntei aflita. e riram de minha pergunta, enquanto colocava a mão na cabeça e falava “nerd, nerd, nerd, nerd...”. Só o Tomzinho que não riu ou tirou sarro de mim. Ele somente estampou um sorrisinho tímido em seu rosto.
- Não, não – disse , respondendo a minha pergunta – A gente deu pra... – e começou a estalar os dedos – Como que era mesmo? – ela agia como se estalar os dedos fosse ajudar a criatura a lembrar de alguma coisa. É nessas horas que eu afirmo que é melhor ser loser.
- O cara da matemática – disse , completando a frase.
- É! Ele falou que faz o trabalho pra gente. – disse
- Esses losers fazem tudo por nós! – comentou. MERDA! Os losers são muito idiotas (é nessa hora que você esquece que eu sou loser) , eles fazem tudo por esses pops metidos (é também nessa hora que você esquece que o Tom é pop).
- Então, eu vim aqui pra nada? – conclui. Acho que falei merda (que novidade!), porque a arqueou uma sobrancelha para mim, com uma cara de ofendida.
- Olha aqui, garota: não quer ficar popular? A porta está destrancada. – falou furiosa. e deram cotoveladas nela e sussurrou “Olha os modos, !”
- Eles saíram pela porta destrancada. – respondeu ao resmungo de , que revirou os olhos. Acho que algo aqui não vai dar certo, mas, pensando pelo lado bom, vou passar a tarde com o Tom. Sentei-me, pedindo desculpas pelo “mau comportamento”. Olhei para Tom e ele estava sorrindo tímido, olhando para a televisão.

- Amor – eu falei – eu te amo, eu quero estar com você todos os dias, para te fazer feliz, e eu creio que esse é o momento de eu te dizer tudo o que eu senti todos esses anos... - Mas eu paro subitamente de falar, porque Tom colocou o seu dedo indicador sobre a minha boca, em sinal de silêncio.
- Casa comigo, ? – disse Tom ajoelhado em apenas um joelho e com um lindo sorriso estampado no rosto, deixando a mostra uma covinha muito fofa na bochecha esquerda que, por sinal, é muito parecida com a minha.

Mas é bom eu parar de sonhar porque eu jamais falaria essas coisas para o Tom. E agora eu me encontro andando pela rua em um caminho que me parece levar a minha casa, já que eu não sei como eu vim parar aqui.
Ei, mas o que estou fazendo? Dei meia volta e voltei para a casa de . Abri a porta e encontrei Tom sozinho na sala.
- Tom... Eu tenho que falar com você. – falei tentando me acalmar e chamando a atenção dele pra mim.
- Ah, . Você saiu daqui do nada e tão rápido que nem deu tempo de as meninas perguntarem se você queria ir ao cinema com elas, Danny, Harry e Dougie – Tom falou como se me devesse uma explicação. Oh deuses, ele é tão fofo e tão atencioso.
- Mas por que você não foi? – perguntei, esquecendo do meu objetivo inicial ao voltar aqui. MERDA!
- Ah... Você não foi e... Bom... Eu não gosto de ser vela – ele respondeu e sorriu fracamente. Será que ele queria ficar... Comigo?! Voltei ao meu nervosismo inicial.
- Escuta, Tom... Eu tenho que te falar antes que eu perca a coragem... – gaguejei e ele me olhou interessado e confuso – Eu... Eu...
- Você...? – Tom me incentivou a continuar. Que merda! Será que eu não faço nada certo nessa vida?!
- Eu... Não sirvo pra ser popular – O QUÊ?! Eu realmente falei isso?! Não! MERDA, , MERDA!
- Ah – Tom parecia confuso e decepcionado. Mais confuso do que decepcionado – Não ligue, você acostuma.
- É... Então... Tchau – me virei e sai correndo dali pensando “QUE MERDA! Eu me odeio! estúpida!”

xxx

Tom chegou ao colégio e foi direto até o armário. Ele estava atrasado, mas quem se importava? Abriu o armário e encontrou um bilhete na porta do mesmo:

“If I could say what I want to say
I’d say I want to blow you away
Be with you every night
Am I squeezing you to tight?
If I could say what I want to see
I want to see you go down
On one knee
Marry me today
Guess I’m wishing my life away
With these things I’ll never say…
xoxo,


Um pequeno sorriso se abriu no canto de sua boca. Ele pegou o bilhete, dobrou com cuidado e o guardou no bolso, já que as palavras estavam guardadas na mente e no coração.
Eu gostaria de estar ali, mas eu estava na aula de Física. MERDA! Mas eu gostei de saber que eu fiz algo certo na minha vida ao menos uma vez.


Fim

N/A.: Agradecemos a Dessa por ser a nossa Fletcher, nossa inspiração e a dona da NOSSA monocova situada na bochecha esquerda.
Ah, e agradecemos às leitoras, pois sem vocês, não colocaríamos a fic no site o/
E, obviamente, agradecer à beta *__*~
Fic feita por uma Jones e uma Judd depois de alucinações com o Tom máster sexy no DVD do Motion In The Ocean...hahaha ;P

xoxo
Boo e Loly’s

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