* Trap Of Heart *
* Byh: Jú-Barbie ;D~ *




Cap.1*


acordou ouvindo alguns barulhos de pedrinhas em sua janela, olhou para o relógio e viu que eram 01:30 da manhã. Se espreguiçou e pensou “Eles nunca chegam atrasados”. Levantou da cama, já estava pronta para sair, apenas pegou o celular e deu uma breve olhada no espelho. Abriu a janela e desceu a escada que ficava ao lado da mesma. Chegando ao jardim, viu que todos os seus amigos a aguardavam.

Toda sexta-feira era a mesma coisa, eles esperavam seus pais dormirem e se encontravam no jardim da casa dela para irem a mansão abandonada dos Beckers.

- Até que enfim que você chegou mana, achei que ia demorar mais... – seu irmão Steve disse.
- Eu demoro para fazer charme, baby! – ela respondeu. – E outra, como você consegue sempre chegar antes do que eu? Nós moramos na mesma casa e eu não entendo como isso é possível... – a garota respondeu meio intrigada.
- Segredo! – foi a única resposta de seu irmão. Ela lhe mostrou a língua, afinal amava seu irmão, por incrível que pareça eles se davam muito bem.
- E aí? Preparados para mais uma festinha alucinante na Mansão dos Beckers? – Danny falou.
- É claro, cara! – Harry disse.
- Hoje vai ser uma das melhores! – Tom afirmou.
- Aé? E por que Fletcher? – perguntou irônica.
- Errr, você já esqueceu que segunda começam as aulas de novo? – ele falou em tom de vitória e desleixo.
- Putz, é mesmo! Eu já tinha esquecido... – balbuciou.
- Meus amores, nosso reinado vai continuar, não esquentem sempre seremos os populares! – Harry disse maroto.
- Êêêêê Judd só pensa nisso? – perguntou.
- Não, ele só pensa é nas menininhas bonitinhas para ele pegar. – disse e todos riram, menos Harry.
- Claro que não! E fique quieta ! – ele disse irritado.
- Não fico coisa nenhuma, você é um imbecil que se acha o gostoso e... – ela foi interrompida por .
- Chega vocês dois! – ela falou meio que rindo da situação, mais tentou disfarçar ao perceber os dois briguentos fuzilando-a com os olhos. – Vamos logo então? – falou rápido antes que começassem a discussão novamente. Era impressionante como discutiam, mas sabia que no fundo daquele “ódio” todo batia um sentimento entre eles, nunca comentara nada, achava que os dois tinham que perceber e se resolver sozinhos. Como diz o ditado: “Na briga de marido e mulher ninguém mete a colher.” Então, não seria ela que iria atrapalhar.



Cap.2*


A Mansão dos Beckers, era o local onde eles faziam bagunça, se divertiam, jogavam conversa fora e tudo mais. Grandes momentos eles vivenciaram lá, afinal naquela casa já havia morado um dos seus melhores amigos. No começo era estranho ir lá e não encontrar o Renato. O amigo já tinha ido embora fazia 6 meses, mais eles ainda lembravam das palhaçadas que aprontavam juntos.
Desde que ele se fora o grupo ficou mais unido, mas ao mesmo tempo incompleto, agora só eram 9. O gênio das idéias mirabolantes tinha se mudado para Nova Zelândia e nunca mais voltara. De vez em quando recebiam alguma notícia, ligação ou cartão postal do garoto. foi a que sentiu mais falta, afinal eram muito próximos e além de tudo namoravam. Renato quis manter uma espécie de namoro a distância, mas a menina preferiu terminar tudo. Sofreu muito com isso, ficou semanas chorando trancada em seu quarto. Seus amigos não sabiam mais o que fazer, até que ela decidiu arranjar forças para se reerguer.
Às vezes, ficava em um canto pensativa, relembrando os momentos bons que tivera com o rapaz...

- Posso saber por que a carinha de tristeza, linda? – Danny perguntou.
- Tristeza? Que tristeza? Impressão sua. Só estou pensando no início das aulas...- respondeu.
- Hãn, sei. A senhorita não me engana. Esqueceu que nos conhecemos desde quando éramos fetos?
- Fetos? Não é pra tanto, né Jones?
- Você me entendeu. – ele deu língua.
Ficaram alguns minutos em silêncio, até a garota soltar um grande suspiro.
- É por causa dele que você está assim, não é?
- Claro que não, não fique fantasiando coisas Danny! – ela tentou parecer confiante, mas era impossível enganá-lo, pois como ele mesmo disse já se conheciam desde que eram “fetos”. Ele sabia cada expressão, cada atitude, cada pensamento dela. Era só olhar dentro dos olhos de que ele sabia o que ela sentia.
- , não me enrole!
- Tá bom, tá bom. Estou pesando nele, às vezes, me dá saudade sabe? Eu sei que já faz tempo, que ele já deve até ter arrumado outra namorada, mas que culpa eu tenho de ainda gostar dele? Queria arrancar esse sentimento fora, mais não dá Danny, não dá. Simplesmente não consigo... – ela falou com lágrimas nos olhos.
- Eu sei, pequena, todos nós sentimos saudades, claro que mais você... Eu... Bom... Não posso dizer que ele está sozinho, porque como você mesma disse já faz tempo. Mas o que você pode fazer é ir levando, você estava conseguindo fazer isso tão bem, e com o tempo você vai gostar de outro, tenho certeza!
- Eu... eu... eu, não consigo mais... me fingir de forte... e... eu não quero gostar de outro eu quero ele de volta...
- Pare com isso! Você é uma das pessoas mais fortes que eu já conheci, você foi uma das únicas que esteve do meu lado quando eu mais precisei. Se não fosse você me apoiando, eu teria cometido erro atrás de erro. Pequena, você ainda está muito machucada, mas acredite em mim, quando menos você esperar vai estar gostando de outro novamente.
- Era o mínimo que eu podia fazer pelo meu melhor amigo, não acha? Aiii, eu não sei se vou conseguir gostar de alguém... eu... – foi interrompida por um beijo de Danny, ele sempre fazia isso quando queria que ela risse, e foi o que aconteceu.
- Danny!!! Seu pervertido.
- O quê? Eu não fiz nada. – fez carinha de bebê.
- Não imagina – ela deu língua.
- Eu só queria que você risse um pouco, não curto te ver tristinha.
- E conseguiu.
- Então? Vem cá e me dá um abraço.
Quando foi abraçá-lo ele a pegou no colo e pulou com ela na piscina da mansão, não dando tempo nem para ela se soltar e fugir.
- Daniel Jones!!! Você molhou toda a minha roupa seu nojento!!!
- Não tenho culpa de você ser ingênua e ainda cair no meu papo de “abraço”. – ele falou fazendo caretas bobas.
Logo em seguida começaram a jogar água um no outro, fazendo todos entrarem na brincadeira.



Cap.3*


- Ei, alguém aí viu o Harry? – perguntou preocupada.
- Hum, preocupada com ele baby? – falou irônica.
- Er, claro que não... – respondeu ficando vermelha.
- Ele deve ter ido ao banheiro, aquele lá vive com dor de barriga – Tom falou malicioso.
- Hahahahaha, que nojento Fletcher – falou gargalhando.
- Êpa, quem falo meu nome? – Harry disse empolgado.
- A . – denunciou, fazendo cara de apaixonada. A menina apenas a encarou.
- Ahhh, foi você? – Harry respondeu com desgosto.
- Errr Judd, só perguntei pra me certificar que você não estava aprontando... – ela tentou se explicar.
- Humhum, sei, sei. – Danny falou dando risada.
- É verdade!!! – alegou, ficando vermelha, mais agora de raiva, não queria que percebessem seus sentimentos por Harry.
- Docinho, pode dizer que você me ama. – Harry falou dando uma piscadinha pra ela.
- Eu amar você? Deus que me livre e guarde! O dia que eu gostar de você vai ser, tipo assim: NUNCA, saco? - o rapaz arqueou a sobrancelha e disse: - Ainda bem, assim fico livre de carregar um fardo como você! – Nesse momento a garota sentiu uma dor no peito, amava ele, e muito, mais escondia esse sentimento, não sabia ao certo o por que de agir assim. De forma racional achava que era correto, só que em seu coração uma voz dizia que era errado. Seria medo? Insegurança? Nem ela entendia... Mas, não era só ela que enfrentava esse conflito, Harry também negava o seu amor à ela.

- Pessoal, olha o que eu trouxe – Tom falou empolgado.
- Hum, deixa eu adivinhar? Comida? – Harry falou pra se livrar daquele papo com .
- Vocês dois hein? Só pensam em comida, comida, nunca vi. – falou rindo.
- De preferência pizza. – Danny piscou pra que ficou sem graça.
- Ei, ei, posso falar o que eu trouxe? – Tom voltou a dizer.
- Já devia ter falado Fletcher. – disse.
- Eu bem que tentei, mais vocês não me deixam...
- Eu deixo, eu deixo. Pode falar Tom. – disse dando pulinhos alegres.
- Obrigado ! Hum, comida eu também trouxe, mais fora isso trouxe muita cerveja. – Ele falou marotamente.
- Cerveja pra quê? – alegou indignada.
- Puff, pra quê? Pra tomar todas, encher a cara, ficar doidão, Hum...quer mais explicações?
- Não, não precisa Thomas. – revirou os olhos ao falar.
- Esse é o grande Tom, sempre lembra das coisas úteis – Harry disse, dando tapinhas nas costas do amigo.
- Então galera, estamos esperando o quê? – Steve falou alegre.
Minutos depois já estavam todos bêbados, falando asneira e dançando que nem loucos. As meninas então decidiram colocar o CD da Britney Spears. Quando começou “Toxic” começaram a cantar alto e fazer coreografia, fazendo os meninos as olharem. Ao chegar no refrão elas começaram a cantar:

“Oh, the taste of your lips
(Com o sabor dos seus lábios)
I'm on a ride...
(Eu entro numa viagem...)
You're toxic
(Você é tóxico)
I'm slippin' under
(Venha rastejando)

Oh, the taste of the poison paradise...
(Com o sabor de um paraíso de veneno...)
I'm addicted to you
(Sou viciada em você)
Don't you know that you're toxic?
(Você não sabe que você é tóxico?)”

A música continuava e elas ainda cantavam o refrão, já não tinham noção do que estavam fazendo, todas estavam em cima de uma mesa grande que os Beckers haviam deixado na mansão, de repente se desequilíbra e caí no chão. Todos vão socorrê-la preocupados, mas a garota começa a rir sem parar do que acabara de acontecer. Todos se entreolham sem entender nada, e logo em seguida berra:

- Meu Deus ela se machucou! Tá sangrando olha!!!
- Shiu, , shiu, você não sabe de nada! E pra que gritar? Ninguém é surdo! – falou com a língua meio enrolada.
- Shiu pra você , deixa eu vê onde você machucou. – falou eufórica, de todos era a única que não estava tão bêbada assim. – Vem, vamos lá em cima, acho que deve ter alguma coisa no banheiro para fazer um curativo. Danny, você me ajuda a levá-la? – perguntou.
- Uhum, ajudo sim. – ele respondeu, pegando no colo.
- Iupiii, estou no colo do Danny meninas! – falou sem ter noção do que realmente dizia, fazendo todos rirem.
- Pronto senhorita, cotovelos e joelhos desinfetados e com curativos, agora vê se sossega, ok? – falou .
- Obrigada , desculpe o incomodo, tá? Aiii, minha cabeça tá doendo. – disse baixinho.
- Não é pra menos, né? – respondeu. – Bom eu vou descer para buscar um copo de água pra você e algo para você comer. Danny, você fica com ela?
- Claro.
- Juízo, e se comportem crianças. – falou rindo, saindo do banheiro.
- Hum, tá melhor? – o garoto perguntou a .
A menina apenas confirmou balançando a cabeça.
- A queda foi feia, sorte que você não se machucou muito, e ainda bem que tinha esse kit de primeiros socorros aqui e deu tudo certo... - ele parou de falar quando viu que ela começou a rir.
- Ei, por que está rindo? Eu falei besteira? – Danny perguntou receoso.
- Não, não. Eu só achei engraçado o jeito de você falar, tentando puxar assunto. – ela disse ainda rindo.
- Ah, é que eu fico nervoso quando eu tô perto de alguém que eu gosto e... - ele parou de falar quando percebeu o que tinha dito e ao ver a cara que fez.
- Hum... – foi a única coisa que ela conseguiu responder, ainda não acreditara no que tinha ouvido, Danny gostava dela? Aquele menino que nunca queria compromisso com ninguém era apaixonado por ela? Mais como? Ele nunca deixou nada transparecer... Teve seu raciocínio cortado quando ele prosseguiu:
- Bom, você é uma das minhas grandes amigas depois da , então você me entende, né? Tenho um carinho muito grande por vocês... - ele disse meio envergonhado, tentando concertar o erro. Será que tinha sido erro mesmo? Ele estava confuso, o álcool em seu sangue, não o deixava pensar direito.
- Ah, sim entendo... – respondeu, tentando esconder a decepção.
- Nossa, eu estou falando besteira, deve estar sendo um porre escutar um bêbado falando, né? – perguntou Danny, tentando ainda quebrar o gelo da situação.
- Não que isso, você não é o único bêbado aqui. Eu de tão bêbada me ralei toda, então...- disse com um meio sorriso.
- É mesmo. – o garoto respondeu retribuindo o sorriso.
Depois disso ficaram em silêncio.



Cap.4*


retornou ao jardim, em busca de algo para levar a amiga e se deparou com Tom e rindo que nem dois retardados, tudo que eles viam era motivo de risada. Steve e estavam comentando alegremente sobre bandas. Harry e estavam aos beijos, se agarrando, pareciam até que iam perder o fôlego a qualquer momento. apenas balançou a cabeça rindo e pensou: “Coitados, quando se lembrarem que fizeram isso, nunca mais vão beber na vida”.
Quando achou água e comida no meio de toda aquela bagunça, escutou alguém lhe chamar, olhou pra trás e não viu nada, retornou a observar seus amigos e novamente escutou uma voz masculina chamar seu nome, olhou correndo para todos os lados, mas não viu ninguém. Era uma voz desconhecida, logo não poderia ser de nenhum dos meninos, mas balançou a cabeça e pensou que estava ficando louca, por mais que não tivesse bebido tanto o álcool devia ter afetado seu cérebro, seus amigos sempre lhe disseram que ela era fraca pra bebidas, tomava alguns goles e já estava rindo que nem idiota. Bom, devia ser isso mesmo. Alguém voltou a chamá-la, mais dessa vez era uma voz feminina, e ela conhecia muito bem, era .

- , , ! Acorda “pequena” – a amiga fez uma voz debochada ao falar “pequena”.
- O que foi ? Nossa, até você cara? Fica me chamando de pequena.
- O que foi? O que foi? Estou chamando você a um tempão e o Tom está de prova, não está? – o menino concordou fazendo um sinal de positivo. – Deve ter pegado, ninguém mais te chama de Barbie por aqui, acho que esse apelido já era.
- Sério que me chamou faz tempo? Ahhh, não! Prefiro Barbie! Pequena foi o Danny que inventou, ele me paga. – falou dando risada. – Mas por que me chamou ?
- Bom, se entenda com ele. Nossa, já tava esquecendo também, como tá a ? Melhorou?
- Aiii caramba!!! Esqueci de levar essas coisas pra ela. Mas, sim, melhorou. Já fiz curativo e tudo. Deixei o Danny com ela.
- Ish... O Danny? Aquele lá não sabe nem cuidar do próprio nariz, coitada da nossa amiga.
- Hahahahaha..., não fale assim do meu bést! – disse mostrando a língua. – Mas, deixa eu ir, afinal, segundo você o Danny não é responsável, e a a essas alturas já teve que aturar poucas e boas lá. – e Tom apenas concordaram com a cabeça, rindo ao mesmo tempo.
Quando estava na escada ainda pode escutar berrando:
- Eiii, cambada a está bem!!!



Cap.5*


Após aquele silêncio perturbador no banheiro, que só os permitiam olhar para o teto, para as mãos ou qualquer lugar, menos um ao outro, Danny resolveu perguntar:

- E o Ricardo... Como andam vocês dois? – se assustou com a pergunta repentina.
- Ah, sei lá. Acho que já era...
- Hum, que chato...
- Pois é...
- Mas você não parece tão triste assim...
- Eu tinha que estar? – ela perguntou curiosa.
- Acho que sim, né? Vocês estavam juntos já ia fazer quase um mês, pareciam até namorados e tudo mais...
- É verdade. Mas começou a enjoar e tal...
- Hãn, entendo...
Ficaram novamente em silêncio. Que saco, nenhum dos dois agüentava mais essa maldita falta de assunto, mas se dependesse de o assunto não ia morrer mais uma vez...
- Bom, posso saber o motivo da pergunta? – nem ela acreditou no que perguntou, foi tão direta, coisa que demorava a fazer, principalmente quando estava sozinha diante de quem gostava. Mas não só ela ficou surpreendida com sua atitude, que até Danny estranhou. - Ah, sei lá... Curiosidade. Não precisava responder se não quisesse...
- Não, que isso, se já era, nem dá nada falar. – disse sorrindo, tentando ser gentil.
- É que tem gente que não curte falar sobre seus relacionamentos, não é? Mais uma vez, sinto muito por ter acabado...
- Eu não ligo, não se preocupe com isso... Nem precisa sentir muito, se eu não estou ligando, por que vai ser você que vai ligar?
- N-não tá ligando? – ele falou meio gaguejando.
- Não! Foi bom enquanto durou, e também acabou porque ele descobriu que eu gostava de outro... – ela falou timidamente.
- Sério? Sorte desse menino de quem você gosta... – Danny tentou parecer simpático, mas no fundo torcia que esse garoto, do qual ela gostava, morresse, não que desejasse mal a ninguém, mas gostava tanto dessa garota que não suportava a idéia de vê-la com outro. Já estava agüentando uma barra quando a via aos beijos com o tal Ricardo, agora outro fulaninho iria atrapalhar de novo? Ele não ia deixar, tinha que fazer alguma coisa. Não sabia bem o que, mas logo pensaria em algo. Talvez pediria ajuda para , era sua melhor amiga e confidente, a única por sinal que sabia de seus sentimentos por .
- É sorte...
O silêncio voltou a reinar, ou seria amaldiçoar os dois? Dessa vez, foi Danny que resolveu agir...
- ?
- Hum?
Daniel, começou a chegar mais perto da menina, não sabia se deveria mesmo fazer o que tinha em mente, mas também, senão fosse agora, não ia ser nunca, tinha que aproveitar esse momento. Sabia que não o tinha pedido para ajudar a toa, então tinha que fazer jus ao pedido da amiga, para tanto ela como ele não se decepcionarem. Ficou de frente para , olhando dentro dos olhos dela, fazendo-a sentir um embrulho no estômago. Ficaram se encarando por alguns segundos até criar coragem e sussurrar:
- Danny, o que foi?
- Shiiii...- foi o que ele disse, colocando o dedo indicador nos lábios da garota. Ela apenas concordou e voltou a olhá-lo. Aos poucos seus lábios se aproximaram intensificando um beijo.



Cap.6*


Ao subir as escadas não pode deixar de lado o que havia lhe dito, como a chamara várias vezes e ela não escutara? Mas e aquela voz? Tinha certeza de que havia outra pessoa lá, mas quem? Tinha até pensando em perguntar mais tarde a , ou até mesmo ao Tom se também ouviram, só que seria loucura. Além de rirem da cara dela podiam a internar em um manicômio ou algo assim. Não, não, melhor não. E chega de pensar sobre essa voz, lembre-se do efeito do álcool, você enfrenta problemas com qualquer tipo de líquido que venha a ter gaseificação em sua solução. Até refrigerante fazia-a mau, aquelas bolhinhas rebolando no copo. Uiii, não gostava nem de pensar.
Ao terminar os lances de escada, percebeu um certo silêncio no banheiro, o que será que tinha acontecido? Ai Meu Deus, passara mal de novo? E Danny? Devia ter ido ajudar e escorregou em alguma coisa e bateu a cabeça e desmaiou? Não,não e NÃO! Vai embora pensamento negativo! Bom, o que quer que tivesse ocorrido, fez ir devagarinho meio receosa a porta que se encontrava meio aberta. Quando ficou visível a imagem em sua mente, nem ela mesmo acreditou. Danny e estavam aos beijos? Que felicidade! Finalmente ele conseguiu se declarar. Começou a dar risos e pulinhos de empolgação, mas logo se calou, afinal não queria atrapalhar aquele momento especial.
Nesse exato momento o que iria fazer? Seus amigos aparentemente estavam se divertindo, menos ela. Pensara em voltar ao jardim e se inturmar em algum assunto, mas achou melhor não, não ia gostar de segurar vela. Olhou em sua volta e viu o corredor a sua frente, resolveu então segui-lo deixando as lembranças voltarem em sua mémoria. Logo mais a frente avistou uma porta fechada. Sim, era o quarto de Renato. Desde a partida de seu amor, ela nunca mais entrou lá e nem nenhum dos seus amigos. Lá dentro era apenas outro local onde se encontravam mais recordações. Dessa vez ela estava tão decidida a entrar lá, que quando pode perceber já tinha colocado a mão no trinco.



Cap.7*


A medida que abriu a porta foi relembrando cada detalhe do quarto...na parede da direita se encontravam diversos pôsteres de bandas que ele e até mesmo os meninos curtiam, tinha do Green Day, The Killers, Queen, Beatles, Blink 182 e até dá Britney Spears. Já na da esquerda ficava a janela que tinha uma vista pro campo florido da cidade, sempre que ela e Renato brigavam olhavam para aquela vista com o pôr do sol. Era inevitável continuarem brigados depois disso. Nessa mesma direção logo ao lado da janela, estava a cama do garoto juntamente com a mesa do computador onde tinha um porta-retrato com a foto deles se beijando. Ela sempre gostara daquela foto, foi a primeira deles desse jeito, tinha sido tirada exatamente no dia em que Renato a pediu em namoro.
No fundo do quarto ficava uma espécie de painel que todos ajudaram a montar com fotos, recados e bilhetes de todos. Antes era apenas um painel "qualquer" que eles haviam criado em mais um dia de tédio, mas ao saber da partida do amigo eles perceberam o quão importante era aquele simples quadrinho. lembrava como se fosse hoje, apesar da tristeza eles resolveram mandar emoldurar o painel e colocaram mais fotos, recados, bilhetes, enfim, tudo de mais estranho, esquisito e sentimental teve seu espaço lá. Tiveram até que discutir com Danny, pela insistência de querer colocar uma de suas boxers. Ele alegava que à havia usado quando conheceu Renato. E é óbvio que depois de confessar uma coisa dessas todos o impediram de vez.
Da forma em que recordava de cada acontecimento percebeu que chorava mais e mais...não tinha como evitar...sentou em um canto do cômodo e chorou tudo que podia. Sentia que esse era o momento para chorar por tudo que a perturbava, com isso passou alguns minutos até seu irmão a encontrar...

- , por que você está aqui? V-ocê tá chorando? Por que veio aqui? Você sabia que ia ficar assim...- sua irmã levantou a cabeça e ao olhá-lo tinha uma expressão tão suplicante em seu olhar, pedia afeto, carinho...- Eu...- ele ia dizer quando percebeu o estado dela.- Ai, vem cá me dá um abraço.- ficaram abraçados por um pequeno período. Ele acariciando os cabelos dela e cantando uma musiquinha que sua mãe cantava quando eram pequenos:

"Papai Walt Disney, estou sonhando com as história bonitas que me destes..." Até se acalmar e falar:

- Stev, eu...eu...bem...eu precisava vir aqui. Uma hora ou outra eu teria que encarar essa situação...- tentava se explicar, mais as lágrimas ainda corriam em seu rosto.
- Eu sei.Mas, você não acha que isso vai te fazer mal? Você já tinha se recuperado, agora vai voltar a ficar triste, em depressão. E nem eu, nem o papai, a mamãe ou ninguém, vai saber o que fazer para curar essa sua dor.
- Ei, eu estou melhor. Juro! Vir aqui me fez bem, pude refletir...
- Se você diz...Só quero que saiba que pode contar comigo pra tudo, você é minha irmã preferida e não gosto de te ver assim, remoendo essa dor.
- Steve, eu sou a sua única irmã! - ela falou secando as lágrimas.
- Eu sei. Por isso que falei que você é a minha preferida. - ele disse com um sorriso expressando ternura.
- Seu bobo.
- Tudo bem, eu posso ser até bobo, mais você vai ser 3 vezes mais boba do que eu senão conseguir chegar no jardim antes de mim. - e saiu correndo.
- Não é justo, você saiu antes! Me espera Steve !!! - ela saiu correndo e gritando, deixando as lembranças daquele quarto em um espacinho reservado em seu coração.



Cap.8*


e Danny levaram o maior susto com a gritaria de e Steve pela casa. Ao perceberem o que estava acontecendo começaram a rir até seus olhares se cruzarem novamente. ficou vermelha e Danny ficou com um sorriso bobo. Acabaram por fim falando ao mesmo tempo:

- Então? - e começaram a rir novamente.
- Primeiro você. - o rapaz disse.
- Não, pode falar antes. - ela disse meigamente.
- Que isso, fala você. - ele deu um sorriso.
- Tá, deixa que eu falo, senão vamos ficar nessa enrolação. - ele apenas concordou com a cabeça dando um meio sorriso e ela prosseguiu: - O que você acha da gente descer? Afinal, já estamos a mais de uma hora aqui, já devem estar sentindo a nossa falta, não acha?
- É acho que é uma boa idéia. - quando já se virava para ir embora sentiu Danny segurá-la e puxá-la, dizendo:

- Mas antes, isso...- dando-lhe mais um beijo caloroso e romântico. Depois desceram de mãos dadas até o jardim.


***

conseguira passar seu irmão na curva da escada e chegou antes dele na porta que dava para o jardim. Começou a pular e a gritar:

- Quem é bobo 3 vezes mais? Hein? Hein?
- Não sou eu não! Eu disse que tinha que chegar ao jardim e não na porta que dá pro jardim! - ele deu língua e tentou driblá-la. Mas a garota conseguiu pular em suas costas, fazendo-o levá-la de cavalinho até lá.
- Pronto ninguém é 3 vezes mais bobo do que o outro. - ela disse.
- Hahahaha muito espertinha você, me fez até perder o folêgo.- ele disse com a respiração ofegante sendo atrapalhado por sua risada.

Logo atrás deles vinham Danny e visivelmente felizes, estavam com a cabeça nas nuvens e acabaram dando um encontrão em Steve e fazendo ambos gritarem. Quando os irmãos perceberam o estado dos dois soltaram um longo suspiro e fizeram caras de bobos apaixonados. Mas foram intemrrompidos quando viram a cara do Casal e de Tom, , , Harry e . E logo entenderam o motivo das feições amedrontadas. Jack, o policial da cidade estava lá. Ele havia recebido ligações de moradores da redondeza e resolvera checar o que estava acontecendo.

- Então o grupinho rebelde de Saint Hivan está atrapalhando o sono dos moradores? - ele disse com sua voz grossa.
- Ah, claro que não Jackzinho...- falou. Ela sabia que ele tinha uma queda por ela, e sempre tentava jogar do seu charme para conseguir livrar sua cara e de seus amigos das confusões que arranjavam.
- Hoje seu charme não vai adiantar Senhorita . Vocês passaram dos limites invadiram uma propriedade!. Isso foge de cogitação! É inaceitável!
- Mais, mais...- ela ainda tentou se explicar, mas o homem a interrompeu.
- Mas nada! Vou ligar para seus pais, e vocês que se entendam com eles.
- J-ja...- estava começando a falar, quando Harry a puxou dizendo:
- Você tá louca? Não complique mais a situação, já estamos encrencados.
- Harry...- ela sussurou.
- , o Harry tá certo melhor você não falar mais nada...- abraçou a amiga.
- É, melhor ninguém mais abrir a boca. - falou e todos concordaram.

Alguns minutos depois os pais de cada um já haviam chegado na Mansão dos Beckers. Os jovens não tiveram nem tempo para se despidir, cada um estava muito ocupado recebendo um sermão de seus pais. Danny e estranharam a ausência dos seus. Se viraram um para o outro sem entender nada, até que Jack falou:

- Ei, vocês dois venham comigo. Sua mãe - apontou para Danny. - E seu Pai - apontou para . - me ligaram e falaram que não poderam vir buscá-los e me deixaram encarregado dessa função.
e Danny não entenderam nada. Seus pais estavam juntos? Se entreolharam novamente mais confusos ainda. E o policial gritou:

- Vocês vem ou não vem? Pra mim tanto faz, será menos trabalho.
Os dois então foram correndo e entraram no carro. Mas puderam ouvir Jack resmungar baixinho:

- Vejam só, essa cidade está decaíndo. Agora virei babá de adolescente. Ve se pode? 5 horas da manhã e eu aqui...- e foi assim o caminho inteiro, fazendo Daniel e segurarem os risos.



Cap.9*


- . meu amor. Me ajude.- uma voz masculina suave e doce dizia.
- Ajudar? Quem?
- Me ajude.
- Hum, quem é você? Onde está? - a garota estava com medo, quem a chamava e pedia ajuda?
- Aqui na floresta. Estou preso em uma armadilha. - a voz sussurou.
- Espera vou te ajudar...- ela disse desesperada.
- Venha, venha...- cada vez mais a voz ia se afastando e ficando baixinha, até sumir...


começou a correr em direção a floresta sombria até escutar outra voz:
- ? ? Acorda!
Ela deu um pulo tão alto devido ao susto, dando uma cabeçada na prateleira que ficava em cima da cabeceira de sua cama.
- Ouchhh!!! Stev, o que foi? Por que me acordou? - ela disse irritada, passando a mão freneticamente no galo que surgira em sua cabeça.
- Calma maninha. Eu só vim ver o que você tinha. Ficou gritando: "Eu vou te ajudar!!! Me espere!!! Não se mexa!!!" - Stev, abriu os braços e começou a fazer uma encenação ridícula.
- Eu gritei isso? - falou confusa.
- Sim. Com o que você estava sonhando? - ele perguntou curioso.
- Não sei, não me lembro...- balbuciou. Mas na realidade lembrava muito bem, mais não iria contar justamente ao seu irmão que estava tendo sonhos estranhos ultimamente, com um garoto todo de branco e com o rosto coberto. Não contara nem para suas amigas, não seria para ele que falaria então.
- E o papai e a mamãe? - ela perguntou, tentando mudar de assunto.
- Sairam. Foram ver como esta indo a obra do Shopping, alguma coisa assim.
- Nossa, mais tão cedo?
- Cedo? Que cedo , já são 3 horas da tarde, você que dormiu demais.
- Já? Meu deus!
Ficaram um pouco em silêncio, até perguntar:

- Estamos de castigo? - tinha medo da resposta, mais precisava saber.
- Você não se lembra do que papai disse ontem a noite? - ela negou com a cabeça. - Ele falou que só poderíamos sair se fossem com eles, e que você não poderia usar o telefone e eu não poderia usar o computador.
- Sério? Eu não me lembro...- disse confusa.
- Como não se lembra? Você ainda disse:"Tudo bem papai. Mas nem adianta pegar meu celular se esqueceu que ele foi pro conserto?"
- Ahhh, dessa parte eu lembro.
- Então, como não lembra do resto?
- LEMBREI!!! - berrou fazendo seu irmão se desequilibrar e cair de bunda no chão. Quando viu a cena, começou a gargalhar sem parar.
- Há, muito engraçado. Eu me machuco e você fica rindo ai...- Steve falou rabugento.
- Eu também me machuquei e você nem se importou. - ela deu língua.
- Tá,tá. Me diga agora, do que você lembrou? - Stev falou se indireitando novamente na cama. - Hahahaha que eu estava com o meu Ipod no último volume enquanto o papai falava, hahahahaha. - começou a gargalhar novamente.
- Mas se você tava ouvindo música como pode responder aquilo? - ele arqueou a sobrancelha.
- Porque quando eu vi ele apontando pra mim eu abaixei o volume. - disse vitorisa.
- Ahhh, espertinha você. Duas vezes ainda.
- Como duas vezes? - ela disse surpresa.
- Hum, duas vezes porque mentiu sobre o celular. Pensa que eu não sei que ele já voltou do conserto?
- Shiuuu, fale baixo Steve...- deu um leve beliscão no braço dele. - Esqueceu que aqui em casa as paredes tem ouvidos?
- Não.
- Então...
- Só me manterei em silêncio caso você me faça algo em troca. - ele disse.
- Oh, Meu deus! Meu próprio irmão me chantagiando? Sangue do meu sangue? Cor da minha cor? Perfume do meu perfume? Wow, ok! Chore coração! O que você quer dessa alma inocente?
- ? Você tá bem?
- NÃO! - ela falou tentando mostrar irritação, sem obter sucesso. - Er, claro que tô! Tá tudo supimpa! Vamos, vamos peça logo!
- Sério, você,às vezes, me assusta. - ele disse com uma cara confusa. - Bom, preciso da sua ajuda com uma garota.
- SABIA!!! - berrou.
- Dá pra parar de me interromper? - ela concordou com a cabeça. - Obrigado. Bem é que eu...hum...eu...
- Ai, Senhor, depois eu que interrompo. Vamos lá, respire fundo e pare de se enrolar.
- Eoagstedidaeoan. - ele falou rápido embolando as palavras.
- O quê?
- EU STEVE GOSTO DA ! - ele disse com receio de qual seria a reação da irmã.
- Shut Up! Shut Up! Shut Up! - ela começou a dizer sem parar.
- É, eu sei...isso é...- foi interrompido novamente por .
- MARAVILHOSO! - ela berrou, pulando em cima da sua cama, sorrindo e batendo palmas.
- V-você acha? - ele disse sem entender mais uma vez a reação de .
- Claro! Você e a juntos? Simplesmente PERFEITO!
- Ufa, achei que você não iria gostar...- Stev disse aliviado.
- Eu? Não gostar? Você só pode estar louco! A é a minha amiga há anos, uma menina meiga, educada, simpática...combina certinho com você! Enfim, dou o maior apoio, embora eu já tivesse percebido um clima entre vocês.- parou para tomar folêgo, afinal em vez de falar ela vomitou as palavras - Pode deixar maninho, vou jogar uns verdes nela pra saber o que ela acha de você e tudo mais.
- Sério?
- Claro! - disse satisfeita.
Steve vibrou, puxando-a para um abraço e começou a dar diversos beijos na bochecha da menina, até que parou de repente e falou:

- Pera aí! Como você já tinha percebido um clima? - perguntou intrigado.
- Puff, meu bem, eu te conheço a 17 anos, seria impossivél não saber cada atitude sua.
- Isso é verdade. Mas dãrde são 18 anos. - ele corrigiu.
- 17! - ela retrocou.
- 18! - ele repetiu.
- Stev, apenas me diga, como eu posso conhecê-lo a 18 anos se eu sou um ano mais nova?
- É isso é verdade. - ele concluiu.
- Ainda bem que as aulas começam segunda, você tá precisando de umas aulinhas de matemática básica. - ela disse sorrindo maliciosamente. Fazendo seur irmão lhe tacar uma almofada antes de se retirar do quarto.



Cap.10*


, estava deitada em sua cama fitando o teto, e pensando no sonho da noite anterior. Não entendia o por que de sonhar com um garoto desconhecido que sabia seu nome e demonstrava conhecê-la muito bem. Uma de tantas suas dúvidas era qual seria o motivo dele manter o rosto coberto? Será que tinha alguma cicatriz? Não tinha olhos? Era todo deformado ou o quê? Logo, abanou a cabeça afim de afastar tais pensamentos. Preferia pensar que era um menino lindo, aquele perfeito que toda a garotinha ingenua sonha encontrar, mas começou a rir de si própria. "Que coisa ridícula, eu tenho 17 anos na cara e pareço uma menininha de 8, que acredita em contos de fada". Mas logo foi interrompida por seu celular que começou a vibrar, olhou no visor e viu que era .

- Fala ! Tudo bom gatinha?
- Oi ! É, tudo e você? - ela sussurou.
- Tudo sim. Amiga por que você tá sussurando?
- Porque eu to de castigo por causa de ontem, eu consegui rapta o telefone e liga rapidinho pra você.
- Ah sim. Mais tá de castigo até quando?
- Tempo indeterminado! Vê se pode? Meus pais são uns vilões mesmo. Mais deixa eu fala rápido antes que me peguem aqui.
- Uhum.
- Só liguei para avisa que todos nós estamos de castigo. Quer dizer...os únicos que parecem ter se livrado foi o Danny e a .
- Nossa eles? Mais eles sempre ficam de castigo e...- falou surpresa, mais nao terminou ao escutar o que dizia.
- Não Pai! Não tô no telefone não! Tô limpando ele! Juro Pai! - berrava. E Logo depois só pode ouvir o "Tu,Tu,Tu" do telefone. Ficou ainda parada olhando pro celular torcendo para que a amiga não tivesse tido mais problemas com essa ligação. Novamente seu celular vibra e ela dá um pulo. Olha outra vez para o visor e avista o nome de . Aperta o botão pra atender e quando vai abrir a boca para falar "Alô" é interrompiada pelos gritos de dando outro pulo.

- !!!!!!
- !!!!!! - diz debochando da amiga.
- Ai, credo! Eu não tenho essa voz, fofa.
- Eu sei, só falei pra te torrar, boba.
- Ok. Ok. Suas babaquices não vem ao caso. Bem, liguei pra te dize que...
- Que todos estão de castigo menos você e o Danny! - falou cortando .
- Nossa as noticias correm rápido, não?
- Hahaha correm meu bem! Mais agora me conte, porque você e o Danny são os únicos que podem usufruir da liberdade?
- Menina, nem te conto. Nossos pais estavam juntos, e...shiu,Daniel Jones, deixa eu contar pra ! Danny quieto! - começou a rir ao ouvir os gritos de Danny dizendo "Eu conto pra Pequena".
- Sério, , como você aguenta esse mané do Jones?
- Tadinho, ele não é mané ...- disse manhosa.
- É eu não sou mané. Viu minha baby me defende. - Danny disse.
- DANNY? - e dizem ao mesmo tempo.
- Esse é meu nome!
- Seu idiota, foi correndo pegar outro telefone. - dizia com raiva - Eu que ía contar pra ...
- Nós vamos contar! - ele disse maroto.
- Tá! Chega! Os dois contam! - disse, tentando por fim a briguinha ridicula.

Ficaram horas no telefone, fofocando de tudo. Era engraçado falar com e Danny ao mesmo tempo. Cada um era tão diferente, era séria e estressadinha. Danny já era o metido a engraçadinho, levava tudo na brincadeira. Era impossivel imaginar os dois se tornando meio irmãos. Na verdade , ainda não entendera muito bem a história. O Pai de e a Mãe do Danny? Bem, estavam namorando e pensando em se casar? Que loucura. Mais essa nova relação entre e Danny fizeram-na dar boas risadas, fazendo-a esquecer do tal garoto de seus sonhos.

Cada um passou o resto do final de semana trancados em suas casas. Menos Danny e , ambos fizeram de tudo para que os amigos conseguissem sair, mesmo que fosse as escondidas. Mas todos estavam com medo de piorarem a situação. Seus pais ainda não haviam engulido a história de que a mansão dos Beckers era um local de encontro deles para esquecer dos problemas. Eles achavam que adolescentes não tinham "problemas". Coitados. Estavam enganados, e muito.



Cap.11*


Finalmente Segunda-Feira chegou. Para alguns era terrivel ter que voltar as aulas. Já para outros era até que legal e divertido, pois poderiam rever seus amigos, contar novidades, fofocar e quem sabe por último pensar em estudar. Para os "Populares" era a mesma coisa de sempre, dar "Oi" para um monte de gente desconhecida, serem bajulados pelos professores e funcionários do colégio, etc, etc, etc. A diversão deles sempre acabava se voltando aos "Nerds". Desses sim davam pena. Estavam lá na deles e de repente eram atingindos por alguma gosma não identificada, levavam surras, chingamentos e qualquer baixaria que se possa imaginar. Bem esse grupo de populares eram aqueles metidinhos do último ano, que se achavam os "Superiores". Mas esse ano todos poderam respirar aliviados os alunos desse período haviam sido transferidos para o colégio da cidade vizinha chamada Devile. Agora o reinado do grupinho de "Barbie" seria eterno. Não teriam que dividir a popularidade com mais ninguém. E diferente dos outros "Pops", eles eram por incrível que pareça educados e não ameaçavam ninguém. Quer dizer, não era bem assim...se os intimavam eles faziam o mesmo e sempre acabavam vencendo. A rivalidade deles estava voltada ao grupo de Kelly. Está era a menina mais nojenta e mesquinha que se possa imaginar. Às vezes, era dificil acreditar que e Kelly eram irmãs. Ambas tão diferentes, mais com um ponto em comum: O ódio. Ele começou a surgir a partir do dia que seus pais se separaram. Uma culpou a outra pelo acontecimento e desde então vivem em um perfeito "Campo De Batalha".


***

e Steve chegaram no colégio e se dirigiram para o local onde sempre ficavam com os seus amigos. A famosa Zona-Verde...

- Hey Baby's! - disse animada.
- Pequenaaa! - Danny falou abraçando a amiga, fazendo-a a ficar roxa sem conseguir respirar.
- Dan...me...sol... - ela tentava dizer.
- O quê?
- Daniel solta ela! - gritou.
- Ah, desculpa Pequena. Tava com saudades.
- Jones, me poupe. Você não a ve há apenas 1 dia. - disse .
- Por isso mesmo. Eu amo ela, tipo assim, do tamanho do universo. - Jones falou abrindo os braços o máximo que podia.
- Hã,hã. - disse.
- Depois de você é claro, meu xuxuzinho. - Danny tentou se redimir e correu para os braços da namorada a enxendo de beijinhos delicados.
- Ah, agora você vai me largar Danny-Boy? Só por que está apaixonadinho...- fez bico.
- Claro que não Pequena.
- Acho bom mesmo. - ela deu língua.
- Irmãozinho juízo. - falou debochada.
- Aiai, é dificil ser gostoso! - Danny balbuciou, sendo interrompido por um coletivo "Cala a Boca Jones!"
- Chega de melação já cedo. Vamos ao que interessa. - Tom falou.
- Ih, lá vem o Fletcher com suas babaquices. - Giovanna revirou os olhos.
- Docinho, não é babaquice. - Fletcher retrucou - Bom...- nem pode começar a falar porque todos acabaram ficando entretidos com o reboliço que ocorria no pátio. Ninguém entendia nada. Qual o motivo de tanta baderna? Logo ficou claro. Havia um menino novo no colégio. Ele aparentava ser mais um tipíco "Nerd" com suas roupas jecas, óculos fundo de garrafa, cheio de livros em uma mão,um papel na outra, a mochila quase escorregando de seu braço, fazendo-o andar cada vez mais desengonçado. Muitos caíram na gargalhada com seu jeito estúpido, outros ficaram encarando-o, algumas meninas ficaram o seguindo para descobrir se ele era bonito ou não. A curiosidade estava quase matando os alunos. Quem seria aquele garoto desajeitado? Da onde viera? Em que sala estudaria? Até o grupinho de ficou cochichando sobre possibilidades do garoto ser um agente da CIA ou do FBI disfarçado e tudo mais. Mais ambos se dispersaram do assunto, ao ouvirem Harry dizer:

- Ele tem estilo!
Todos olharam-no assustados, até se engasgou com o suco que tomava. Mais Judd tornou a repetir:
- Sério cara, ele aparenta ter estilo...
- Concordo até com você meu chapa, mas ele precisa de um bom banho de loja! – Danny falou e todos riram.
- Sim, esse é o grande problema. Ele tem um estilinho digamos que bem brega, mais isso não se torna uma missão impossível para a nossa querida Barbie. – falou sorrindo maliciosa.
- Q-quem eu? - disse assustada.
- SIM! - As meninas berraram atraíndo a atenção por um instante novamente a Zona-Verde.
- Mas por que eu? E como? - ainda não acreditara no que ouvira.
- Por quê? Ai, Barbie quem daqui é a mais conscientizada em moda? A que sempre da dicas de como se vestir pra todo mundo? Quem quem quem? - Giovanna falou.
- Eu?- perguntou timidamente.
- Isso! - fez sinal de positivo com o polegar.
- Tá. Mais a pergunta agora é COMO? - disse elevando a voz.
- Simples baby, ele vai começar a fazer parte do nosso grupo. O que acham? - falou empolgada.
- Por mim tudo bem. - Harry falou.
- Certo. Como todos nós sabemos, para alguém fazer parte do nosso grupo todos precisam concordar com isso. Então? - falou Steve.
- CONCORDAMOS! - todos falaram juntos.
- Ok. Então no intervalo falamos com ele. - Steve afirmou.
- Gente, posso confessa uma coisa? - , disse com os olhos brilhando.
- Fala. - falou.
- Quando eu vi ele eu senti. Tipo, deu um click na minha cabeça, uma voz dizendo: “VOCÊS TEM QUE CHAMAR ESSE MENINO PRO GRUPO!” – concluiu .
- Amiga, isso é o quê? Uma espécie de sexto sentido feminino? – falou debochada.
- Eu estou falando sério, eu tenho esses pressentimentos...
- Acho que você está vendo muito filme feminista lindinha...- disse Harry, fazendo todos segurarem o riso.
- Para seu besta!!! É verdade! Depois não digam que eu não avisei!
- Ok, ok. Ela tem razão. – concordou. Todos a olharam surpresos.
- O que foi? Por que estão me olhando assim?
- Nada não. - Danny falou, tentando não rir.
- Ishe, cara, eu só concordo com a , ué. - tentou esclarecer sua atitude.
- Chamem a ambulância!!! - Harry começou a gritar correndo em volta de e .
- Pra que ambulância? - Elas perguntaram.
- Oras, pra quê? Pra internarem vocês. Hoje é o primeiro dia de aula e já estão piradinhas. - Judd fez cara de louco.
- Harry, não fique chamando a de louca...-Steve falou fazendo todos o fitarem - er...e nem a minha irmã...- procurou concertar a frase. apenas riu. Seu irmão estava mesmo apaixonado por , ele nunca ficara sem jeito na frente de garotas, mas ultimamente isso estava ocorrendo com freqüência.
- Tá, tá! Eu não ligo pro Judd. - deu língua.
- E você Tom, por que tá emburrado? - perguntou.
- Simples, ninguém deixou eu falar aquela hora...- disse de cara amarrada.
- Oh, tadinho do docinho de coco. Diga, o que era? - fez bico.
- Não vo fala mais.
- CU DOCE! - os meninos gritaram.
- Fala logo Fletcher. - disse.
- Na verdade é uma novidade que o Danny e o Harry também deviam compartilhar, mais como são doentes mentais já se esqueceram...
- Eee, que tu tá falando de nós Thomas Fletcher? - Harry e Danny gritaram.
- Eu tô tentando contar aqui para nossos amigos, sobre a nossa maravilhosa idéia, bem mais minha é claro. Enfim nós vamos montar uma banda. - Tom concluiu com um largo sorriso em seu rosto fazendo sua covinha se realçar.
- Que legal caras. - Steve fora o único que conseguira falar. Todas as meninas estavam boquiabertas, sem reação.
- E vocês meninas não vão falar nada? - Harry perguntou sem jeito. E em resposta teve gritos e mais gritos. - Bem, tomarei esses gritos como um SIM!
- Sim, sim e sim! Mil vezes sim. - disse pulando e indo abraçar Judd, mais ao perceber sua atitude se soltou rapidamente do abraço, ficando corada.
- Vocês gostaram então? - Tom perguntou.
- Se gostamos? Amamos! - Fê disse abraçada a Danny.
- Imagine, vocês fazendo shows e nós lá na area VIP, gritando, batendo palmas, cantando.- falava com um sorriso.
- Ai, meu Deus! Vou ter amigos famosos! - gritava histérica.
- E você Pequena, não vai falar nada? - Jones perguntou. continou em silêncio fazendo todos a olharem repentinamente, sem entender a atitude da amiga.
- Caracaaa Maluco! Isso é definitivamente irado! - começava a gritar e bater palmas estilo foquinha.
- Ufa, já estavamos achando que você não tinha gostado...- Tom falou aliviado.
- Eu Amei! Rock'n Roll na veia! - ela disse subindo na mesa e fazendo tipícos sinais de rockeiros, se jogando em seguida nos braços de Tom.

Todos estavam entusiasmados com a novidade que nem escutaram o sinal tocar, quando se deram conta estavam sozinhos no pátio e começaram a correr para suas respectivas salas, afinal ninguém queria levar uma advetência por chegar atrassado logo no primeiro dia de aula.



Cap.12*


Na troca de aula resolveu ir tomar água. Saiu da sala toda empolgada escutando "The Pussycat Dolls" em seu Ipod, estava tão distraída dançando e cantando que mal pode notar que em sua direção vinha o tal "Nerd". Eles deram um tremendo de um encontrão, do qual acabou caindo no chão com o garoto em cima dela. Ela ía resmungar algum palavrão,mas desistiu ao perceber quem era.
ficou extremamente hipnotizada pelos olhos azuis que se escondiam atrás daqueles óculos gigantes. Mais teve seu momento de êxtase interrompido com o garoto gaguejando algo...

- Hã? Desculpa, o que você disse? - Ela tentou parecer simpática, apesar da dor que sentia devido a queda.
- Me desculpe. Mais você estava distraída, e bem, eu também, e...- ele tentava se explicar.
- Não tem problema. Mas será que você poderia sair de cima de mim? - disse com um sorriso fazendo o garoto corar.
- Ai, me desculpe. Que idiota que eu sou. Você está bem? Se machucou? - ele vomitava as palavras a medida que estendia a mão para ajudá-la a levantar.
- Estou bem. Só um pouco dolorida, mas nada que um bom remédio não cure, certo? - ela piscou. - E você? Está bem?
- Yep. Você amorteceu a minha queda e tals...- ele corou mais ainda ao perceber a idiotice que começara a falar.
- Ainda bem, não é mesmo? - disse tentando manter um clima agradável. - Hum, sou . Prazer. - disse com seu sorriso meigo.
- Douglas Poynter. Mais pode me chamar de Dougie. - ele respondeu timidamente.
- Então, Dougie. Você é novo por aqui, certo?
- Sim. Eu me mudei ontem pra cá. Na realidade eu já estava aqui fazia uma semana, em um hotel, mais ontem a mudança chegou e tudo mais...- prestava atenção atentamente a cada palavra, gestos e sorrisos de Dougie.

Os dois ficaram conversando algum tempo, acabaram até perdendo uma aula devido ao papo. O assunto surgia tão rapidamente fazendo ambos se sentirem como amigos de anos. Era uma sensação estranha mais boa ao mesmo tempo.
O sinal do intervalo bateu e o corredor começou a enxer de gente, muitos encaravam os dois jovens conversando, mas eles nem ligavam o assunto estava tão bom que fizera-os esquecer do tempo.
Alguns minutos depois foram surpreendidos por Harry, Tom e Danny. Os três chegaram fazendo a maior zona, como de costume e Danny pegou no colo fazendo a garota se espernear e dar gritinhos. Dougie apenas analisou aquela cena pensando se aquele garoto alto dos cabelos andulados era o namorado de . Mas teve que deixar esse pensamento de lado ao ouvir alguém falando com ele.

- Então, você é o garoto novo? - Harry disse dando uma mordida em seu sanduíche.
- Yep. - Dougie concordou balançando a cabeça afirmativamente.
- Hum, vejo que já conheceu a minha princesinha. - Danny falou abrançando , fazendo-a corar.
- Ah, sim. - Poynter respondeu tentando disfarçar o ciúmes. "Epâ! Pera aí Dougie! Você acabou de conhecê-la, como pode ter ciúmes?"
- Dessa forma, acredito que a já te convidou, certo? - Tom balbuciou com a boca cheia.
- Hã? Me convidar? - Dougie não entendeu.
- Ei guys, antes vamos nos apresentar civilizadamente. - disse.
- Oh, ok. - Danny concordou.
- Dougie, esses daqui são: Tom, Harry e Danny. - a garota disse sorrindo ao apontar pra cada amigo. Nesse momento, Dougie não pode deixar de pensar "Se eles são namorados ela tinha que ter apresentado ele por primeiro,não?".
- Prazer. Eu sou o Dougie.
- Agora sim. Já que nos apresentamos, eu vou fazer o convite. Bom, Dougie você aceita passar o intervalo conosco? - não pode acreditar que estava tendo coragem para perguntar aquilo.
- Sim. Claro. - Dougie respondeu.
- Então, vamos cara. Temos que te te apresentar o resto da galera. - Danny disse simpático.
- Ok. - respondeu Douglas tentando manter a simpatia.

Tom e Harry foram atrás conversando, ou melhor, tentando conversar com Dougie, que mantinha seus olhos vidrados em Danny e que estavam mais a frente rindo e correndo pelo pátio. Mas ao perceber seu estado abobalhado, resolveu se entreter na conversa, afinal não queria que os novos amigos percebessem sua atitude.



Cap.13*


- Ew, você vai comer isso? - perguntou fazendo uma cara de nojo.
- Vou. Por quê? Você quer um pouco? - falou oferecendo um pacote com um monte de sementinhas.
- Eca! - falou ao ver aquilo.
- Ui, gente que frescura. Isso é saudavél. Bem melhor que essa comidinha do colégio, cheia de molho e gordura. - Ela falou com desdém.
- Prefiro mil vezes a comida gordurosa daqui do que esses trecos. Virou passarinho por acaso? - disse irônica.
- Não. Só resolvi mudar meus hábitos alimentares, e esses "trecos" também ajudam a emagrecer. - disse sorrindo.
- Emagrece? Opâ, deixa eu experimentar, então? Deixa, deixa? - fez cara de pidona.
- Claro. Pode pegar quantas quiser.
- Nossa, é bom. Onde você comprou? - As duas começaram com um longo papo sobre "sementes".
- Ewwww. Vocês estão loucas. Minhas amigas viraram passáros. Senhor me ajude! - dizia levando aos mãos ao alto e se virando para não ter que ouvir aquela conversa ou ver aquelas "sementinhas" sendo trituradas na boca das amigas. Ao se virar não acreditou no que via. Forçou um pouco a vista...e...

- Caracaaaaaaaaaa! - gritou.
- Que foi? - e falaram juntas.
- O-olha lá... - Ela apenas apontou.
- Aêêê! Já vamos conhecer o novato. - disse empolgada.
- Legal. Mas ainda não entendi por que você gritou. - disse olhando para a amiga.
- Oras, por quê? Porque, sei lá...Emoção. Quero conhecer gente nova, por falar nisso eu tô bonita? Tá tudo em ordem? - Ela dizia passando a mão nos cabelos a fim de arrumá-los.
- Tá uma diva chuchu. - disse rindo de .
- Credo ! Pra que se arrumar assim? Tudo isso por causa do menino novo ou é pro Harry? - disse maliciosa.
- Er, claro que é pro novato. A aparência é sempre o que conta primeiro fofa. - disse piscando tentando parecer convincente. Mas no fundo era sim para Harry, ela não aguentava mais ficar brigando com ele a toa. Só sabiam discutir, já haviam sim, ficado. Mas acabou de repente. E depois disso eles começaram a se tratar mal e fingir que não tinha acontecido nada. Às vezes quando estavam bêbados tinham recaídas, na realidade eles colocavam a culpa no álcool, mais sabiam muito bem que quando se agarravam era por atração.


***

- E essa aqui é a . - disse apontando pra amiga, finalizando as apresentações.
- Hã? O que tem eu? - falou assustada, havia se perdido em pensamentos.
- Ish, Dougie não liga pra essa daí não...ela é meio...hum...como posso dizer? - Harry, colou as mãos no queixo e fez cara de pensativo. - Ah! Já sei! Retardada! - ele finalizou.
- Não liga pra eles não Poynter. Vivem se chingando, mas no fundo se amam. - Tom disse.
- O QUÊ? - e Harry perguntaram juntos.
- Isso mesmo. Vocês se amam, mas ficam de cuzisse. - comentou Danny.
- EU NÃO AMO ELE!
- EU NÃO AMO ELA!
Disseram os dois juntos e todos riram. Adoravam deixar os dois nervosos em relação a isso.
- Gente, coitado do Dougie. Ele não deve tá entendendo nada. - falou.
- Cara, logo você se acostuma. - Danny falou rindo colocando a mão no ombro do novo amigo.
- Er, espero. - Poynter comentou.
- ? - a cutucou.
- Oi?
- Cada seu irmão?
- Hum, tem mais pessoas apaixonadas aqui. - disse ao escutar a pergunta de .
- Você meu docinho de coco? - Tom perguntou esperançoso.
- Fletcher, cala a boca! Tô falando da aqui. - ele fez bico - E não, eu não gosto de você! - fez questão de afirmar isso, mesmo sabendo que era uma grande mentira.
- Hãm, o que tem ela? - Fletcher resolveu perguntar, antes que os amigos começassem a zoá-lo pelo outro fora que levara de .
- Ela quem? - Harry se meteu na conversa.
- A . Ela tá apaixonadinha pelo Steve.
- ! - falou meio alto, fazendo os amigos a olharem, e no mesmo momento sentiu sua bochechas corarem.
- O que eu falei de mais? É a pura verdade. - fez cara de inocente.
- É verdade ? - Tom perguntou saltitante.
- Erm...hum...claro que não... - ela sussurou envergonhada. percebendo os olhares e sorrisinhos safados dos amigos, resolveu por fim no assunto.
- Nossa, a , não pode nem perguntar nada? Ela só queria saber onde está o melhor amigo dela. - tentou concertar novamente mais uma situação. Era impressionante como tinha esse dom para safar seus amigos.
- Hãn, amigo? Sei. - Danny falou, mais logo se calou ao perceber o olhar de reprovação de .
- Sim amigo Jones. E aproveitando a pergunta, já respondo para todos antes que fiquem me perguntando. O Stev, foi visitar o James.
- Mas no primeiro dia de aula? Fazer o quê? - Harry perguntou curioso.
- Sim. Parece que o James queria contar alguma coisa sobre a banda.
- Há, o Steve sempre arranja uma desculpa pra faltar a aula. - Tom falou, levando um pedala de .
- Ouch! Ok, ok. Não faço mais esse tipo de comentário. Não é a toa que vocês são irmãos.
- Irmãos? - Dougie resolvera abrir a boca.
- É Poynter. O Steve é irmão dessa Pentelha aí. - Jones disse, e deu língua fazendo todos rirem.

Ficaram o intervalo inteiro conversando, fazendo perguntas a Dougie e tudo mais. Até o inspetor se aproximar deles...

- ?
- Sim. - a menina disse, meio receosa.
- O diretor quer vê-la.
- E-eu?
- Sim a Senhorita. Vamos logo. - se levantou indo em direção ao inspetor quando Daniel sussurou:

- O que a Pequena aprontou? Ih, fez besteirinha é? - a resposta de foi seu dedo do meio, fazendo todos segurarem o riso. A garota foi andando ao lado do inspetor, fazendo todos olharem pra Zona-Verde, mais do que já estavam olhando. Mas nem ligou, o que realmente lhe preocupava não era a fofoca que o colégio iria inventar, e sim o que o diretor queria com ela.



Cap.14*


Ao chegar na secretária se sentou no sofá que tinha lá, ficou apenas 5 minutos esperando, mas parecia uma eternidade.

- Querida pode entrar. - Mrs. Clars disse simpática.
- Obrigada Clarzinha. - disse sorrindo.
- , já falei pra você não me chamar assim. - Mrs. Clars tentava conter o riso.
- Ok. Desculpa. Mais é um apelido fofinho e combina com a senhora.
- Senhorita!
- Oh, desculpe. Senhorita. - não entendia porque ela insistia nessa de "Senhorita" ela já era viúva e vinha com esses acessos de maluquice. Mas mesmo assim gostava muito de Mrs. Clars. Ela era como uma avó para todos do colégio, sempre conseguia amenizar as encrencas de todos, principalmente do grupinho de . Tinha um carinho enorme por eles e percebia que era recíproco em relação a ela.
- Tudo bem. Está desculpa Pequena. Agora entre, antes que Mr. Paul tenha um piripaque.
- Ok. Já fui.
Mrs. Clars ainda pode ouvir a menina resmungar algo como:"Esse Pequena pega mesmo, hein?" e deu risada.


***

- Com licença. - disse.
- Oh, Pequena . Sente-se por favor.
- Ai, esse Pequena pega. Pelo amor de Deus. - ela resmungou baixinho.
- O que foi?
- Nada, não. Eu só disse: "Ai que foto bela".
- Ah, essa aqui? - Mr. Paul apontou para um retrato em sua mesa. apenas concordou segurando o riso, ao reparar na foto. Mr. Paul estava apenas com uma micro sunga vermelha, com um sorriso enorme, fazendo sinal de positivo com a mão direita e com o braço esquerdo esticando, dando assim, para perceber sua "pequena" barriguinha de chope.
- Eu tirei nas Bahamas. Você já foi pra lá?
- Só quando eu era pequena. - "Esse pequena me persegue" ela pensou.
- Ah, você tem que voltar lá agora. Muitas coisa mudaram. Tem até professores que ensinam a surfar. Eu fui tentar aprender e... - Ele parou ao perceber a cara vermelha de de tanto segurar o riso. - Er, bem...eu lhe chamei aqui para pedir um favor. - "Ih, lá vem" a garota pensou.

Uma hora depois...

- Estamos combinados? - Mr. Paul perguntou.
- Ah, sim. - disse com um sorriso falso.
- Então pode ir.
- Hum, bom Mr. Paul eu já perdi uma aula e a outra já vai acabar, será que o senhor, poderia me dar um passe, para eu entregar ao Mr. Phil? Sabe como é, não quero levar falta logo no primeiro dia...
- Ah, claro. Mas vamos fazer assim, você entrega o passe à ele e vai direto para o jardim do colégio como combinado, certo?
- Hum, certo...

- Vê se pode, agora vou ter que ser babá de um adolescente. - saiu resmungando da sala de Mr. Paul.
- Credo, . Por que está assim? - Mrs. Clars perguntou.
- Ahhh, Clars. Adivinhe?
- Vejamos...Foi escolhida novamente para mostrar o colégio para algum novo aluno? - Clars disse.
- Antes fosse só isso. Agora também vou ter que mostrar a cidade. Virei guia turistíca, sabe?. - disse batendo palmas ironicamente.
- Calma, meu bem. Talvez seja divertido.
- Uh...- revirou os olhos. - Bom, deixa eu ir antes que Mr. Paul resolva me chamar pra ser a "moça do tempo" do jornal do colégio.
- Mas, o jornal nem fala sobre o tempo.
- Daqui a pouco vai começar a falar. Aposta quanto? - a menina disse rindo.
- Aiai, só você mocinha.
- Ok. Mas agora estou indo. - Mandou um beijo no ar para Mrs. Clars e saiu da secretária, pensando "Hoje, minha tarde não vai ser nada boa..."



Cap.15*


O sinal tocou, e ficou esperando o tal aluno. Todos começavam a sair e ir curtir a tarde, afinal tinham pouco dever. apenas pensou "Eles tem sorte".

- Pequena! - Danny disse pulando em .
- Danny!
- Vamos pra sorveteria xuxu? - perguntou ao se aproximar.
- Vamos! - Ela disse animada já esquecendo do "favor" pedido pelo diretor.
- Aêêê! Eu quero de chocolate! - gritava.
- Esqueçam! - berrou.
- Ué? Por que? - Harry perguntou.
- Não vou poder ir. - ela bufou.
- Como não? - perguntou.
- Há, adivinhe?
- Ih...o que Mr. Paul pediu dessa vez? - perguntou, tendo medo da resposta.
- Nada mais nada menos, do que eu ser babá de um adolescente recém chegado. - elevava cada vez mais a voz sem se dar conta.
- Shiu, calma amiga. - tentava acalmá-la.
- Calma, calma, calma! Uh! Estou calma! Não tá vendo?
- Docinho não fique assim. - Tom falou.
- Ah. Ok. Respira, respira...- falava pra si mesma.
- Isso respiração sempre ajuda. Mas, você vai pelo menos poder ir na Mansão dos Beckeres? Você sabe que já viro ritual ir lá todo início de ano letivo... - disse.
- Claro! Eu não vou faltar por nada nesse mundo! - disse parecendo mais tranqüila.
- Bom Pequena vamos indo. Qualquer coisa liga. - Jones falou.
- Ok. - a garota disse parecendo ficar triste e irritada novamente.
- Yep, liga. Só discar 009187 que o Super Fletcher aparece! - Thomas disse tentando arrancar um sorriso de e conseguindo essa façanha.
- Bom, Barbiezinha, se cuida. Beijinho. - falou dando um beijo na bochecha da amiga e indo em direção ao estacionamentos onde todos já se encontravam e acenavam para .


***

- Ótimo! O sinal já bateu fazem o que? 15 minutos? E nada desse garoto aparecer...- falava consigo mesma.
- Ai, Meu Santinho! Por favor, que não seja ele! Eu juro que vou me comportar direitinho...eu...eu...hum...eu não vou mais roubar os CDS do Steve! Juro! Promessa! Mas por favor, que não seja ele o garoto...- resmungava ao ver um menino dentuço, gordo, com umas roupas horrivéis se aproximar dela.
- Oi? Voxê é a Xennifer? - ele perguntou com o nariz escorrendo.
- Ewwww. - disse ao ver essa cena.
- Ew?!?! - o garoto perguntou.
- Er, é uma música que eu inventei. Sabe sou boa pra inventar músicas, essa é tipo: "Ew, ew, ew! Meu amigo Will! Você é..." Er...Bom preciso terminar...- disse, nem acreditando na bababiquice que havia falado.
- Ahhh. Lxegal. Precixa di algumax arrumadinhax. Max voxê é a Xennifer? - ele voltou a repetir. "Ceús além disso tudo ele tem a língua enrolada e fala que a minha música precisa ser arrumada".
- Não, não sou ela.
- Obrigadu mexmu axim. Boa xorti com a múxica. Atxé maix.
- Até...- quando o garoto já estava longe ela murmurrou - NUNCA MAIS!
- Tá, tá. Eu sei. Te devo uma. - ela falou olhando pro céu. - É, isso aí ! Isso que dá fazer parte da família de um dos fundadores dessa cidadezinha. Todo mundo acha que pode ficar te pedindo favor e não sei mais o que. Viu? Já está ficando louca que nem a Tia Briana. Falando sozinha e tudo mais. Deve ser mal de família. Só espero que esse "Nerdzão" seja suportavél...- ficou falando sozinha e nem percebeu alguém se aproximar dela.
- Só, espero que você consiga me suportar. - O garoto disse rindo.
"Era só o que me faltava, esse idiota escutou tudo que eu falei...seja simpática , finja que você teve alguma crise, sei lá..." pensava ao se virar para ver quem seria o seu "amiguinho"...



Cap.16*


- V-você? - disse gaguejando.
- Eu sim. Não gostou? - O menino ainda ria, mais agora era da cara de espanto que havia feito.
- Amei! Juro! Ainda bem que é você Dougie. - ela disse abraçando ele, fazendo-o corar.
- Que bom que gostou. E eu posso te garantir que sou suportavél e não sou um "Nerdzão".
- Ai! Você escutou tudo né?
- Escutei sim. Desde a parte do seu pedido pra sei lá que Santo e tals...
- NÃO ACREDITO! VOCÊ ESTAVA TODO ESSE TEMPO AQUI?
- Yep. - disse maroto.
- Te odeio Poynter! Seu nojento. - disse dando tapinhas no braço dele.
- Hey, agressão não!
- Vem cá? Você só sabe rir é? Sério nunca vi alguém que risse tanto... - disse tentando ficar séria, mas era impossível, ela não podia escutar alguém rindo que ria junto, mesmo sem saber qual era a graça ou o motivo.
- Yep. Quando eu tô perto de alguém que eu gosto eu sou bem palhaço. - imediatamente os dois coraram e ficaram em silêncio.
- Hum...er...vamos então? - Dougie perguntou.
- Uhum. Mas vamos ter que fazer nossa Tour a pé, porque meu querido irmãozinho pegou o carro pra ir ver o amigo dele.
- Aé. Aquele James, certo? - concordou com a cabeça - Calma, não vai ser hoje que você estragará seus sapatos. Eu vim de carro.
- Sério?
- Yep.
- Ebaaa! - começou a pular e Dougie voltara a rir. - O que é? Eu tenho cara de palhaça né? Você ri de tudo que eu faço. - ele deu língua.

Ao chegarem no estacionamento, desmanchou o sorriso ao ver uma caminhonete toda suja, que parecia que ía cair aos pedaços a qualquer hora. Ela ficou encarando o "automovél" até Dougie a chamar:

- Hey! Vêm ou não? - ficou procurando Dougie, e ao se virar deu de cara com ele em frente a um conversível cinza meio prata com o capô aberto.
- M-mas, eu achei que era aquele o seu...
- Claro que não, eu posso ter um estilo meio decaído pra roupas, mas tenho bom gosto pra carro, tá?

foi correndo e entrou no carro. Aquele sim, era o carro dos seus sonhos. Simplesmente perfeito. Ao saírem do estacionamento pode ver o menino da língua enrolada entrar na caminhonete, seguido de uma menina, da qual deduziu que era a Jennifer. E nesse momento só pode pensar que a garota não tivera tanta sorte quanto ela.

- Tá pensando em troca? - Dougie disse ao perceber olhando pros dois na caminhonete.
- Hã? - disse sem entender.
- Tá penxandu eim mi trouxca pelu minixnu da linguxa prexa.
- Ui. Não! - disse segurando o riso.
- Ah, bom. Porque eu também não ía deixar você me trocar.
- Há, não? E por que?
- Porque eu sou bem melhor que ele. É só você olhar para esse corpinho, essa voz...- ele ía dizendo fazendo uma voz parecida com aqueles galãs de filmes antigos.
- Convencido. - disse olhando para ele e ficando hipnotizada, só agora percebera que ele estava sem aquele óculos enorme.
- ? ? ?
- Hum?
- Tá no mundo da lua é?
- Por que?
- Eu te perguntei aonde vamos primeiro nessa nossa Tour e você não me respondeu.
- Er, eu tava pensando...
- Então? Já pensou?
- Sim. Preparado?
- Yep.
- Well, Gooo Babyyy!!! - disse empolgada.



Cap.17*


- E agora a com vocês amados turistas a famosa fábrica de doces da cidade de Saint Hivan. Já aviso que não poderemos fazer uma parada aqui, pois os doces se esgotaram... - dizia, imitando uma voz parecida com aquelas moças de telemarketing.
- Não sobrou nenhum? Nadinha pra mim? - Dougie fez bico.
- Sinto muito Senhor. Hahaha...chega. Não aguento mas ficar imitando essa voz enjoada.
- Eu tava gostando. - fingiu Poynter.
- Há, caro Douglas Poynter, mesmo só te conhecendo à menos de um dia, eu sei que você está fingindo.
- Caramba! Você é boa em percebe, hein? Nem minha Mãe percebe...- Dougie disse surpreso.
- Eu sou foda, baby! - ela piscou e ele deu língua.
- Com fome? - Dougie perguntou.
- Sinceramente? Tô morrendooo de fomeee!
- Hum, o que acha de pararmos no...- Dougie ficou tentando lembrar de algum restaurante bom que citara.
- McDonalds? - ela falou com os olhos brilhando.
- E sanduíche mata a fome por acaso? - Poynter colocou as mãos na cintura.
- Yep.
- Hey, eu que falo "Yep".
- Convivência, Baby. Dá nisso. - ela deu de ombros, fazendo-o rir.
- Ok. Você venceu. McDonalds lá vamos nós.
- Ah, vai dize que você não AMA um McLanche Feliz?
- Hahahaha, AMÚÚÚÚÚ sim. - ele imitou um gay.
- Uiii fofa. - fez o mesmo.


***

- Sério, amanhã vou acordar cheia de rugas no meu rosto. - disse terminando de tomar seu suco.
- Rugas? Por que?
- De tanto rir, ué.
- Rir dá rugas desde quando Senhorita?
- Desde...não sei...uma vez eu li em uma revista...- ela deu de ombros.
- Essas revistas femininas. - Dougie revirou os olhos.
- Ai, eu preciso me esconde! - disse se abaixando e ficando debaixo da mesa, deixando um Dougie confuso.
- Oi, Gatinho. Posso me sentar? Ou você tá acompanhado? - falou Kelly com aquela voz enjoada.
- O-oi. Pod...- Dougie nem teve oportunidade de responder pois acabara de levar uma mordida em seu braço, fazendo-o olhar discretamente para baixo da mesa onde uma imitava uma cara de nojo e colocava o dedo indicador perto da boca, insinuando vomitar, fazendo o rapaz morder os lábios para não rir.
- Posso ou não?
- Desculpe. Mas estou esperando minha mãe. - Dougie apontou para uma mulher no caixa.
- Ah, que pena...Nos cruzamos por aí então. - Kelly disse indo dar um beijo no rosto de Dougie, mas ao perceber o que ía acontecer mordeu de novo o braço do garoto, fazendo-o gritar:

- Ouch!
- O que foi?
- Alergia. - falou pegando um guardanapo e levando-o ao nariz.- É uma alergia bem forte, sabe? Que causa uns sintomas estranhos, às vezes...Ish, não tô com o meu remédio aqui - ele falou colocando a mão nos bolsos, segurava para não gargalhar. - Vou ter que ver se minha Mãe trouxe. Foi um prazer...(?)
- Kelly...Kelly - a voz enjoada disse.
- He, Dougie Poynter. Até mais Kelly Hilton. - Poynter se levantou da mesa, deixando uma Kelly com uma cara nada boa retornando a mesa onde estavam suas amigas. Quando viu que a menina já tinha ido, voltou a se sentar na mesa. Dougie ao vê-la também retornou.
- O que foi isso? - Dougie perguntou sem entender.
- Longa história...- disse.
- Pode me contar, tenho todo o tempo do mundo. - Ele disse com um sorriso maroto, apenas o olhou de cara feia.
- Ok. Ok. Eu conto. "Ai, porque ele tem que dar esse sorriso, hein?"



Cap.18*



*Flash Back*


- 1,2,3! Go! - disse. Ela e as meninas estavam no ensaio das líderes de torcida e era a Líder e a Coreógrafa. Todas as tardes depois das aulas elas se dirigiam ao ginásio e ensaiavam. Mas naquela Quarta-Feira resolveram fazer diferente, iriam ensaiar no gramado onde se apresentavam. Queriam ver como ficariam as piruetas e os saltos, afinal Sábado seria a final dos jogos e elas tinham que ter uma ótima coreografia para animar a todos e ganharem pontos dos juízes que iriam assistí-las.

- Não, . Lembra que você tem que ir pra trás nessa hora, não pra frente. - falou.
- Ai, desculpa eu esqueci.
- Sem problemas. Vamos de novo, ok? 1,2,3!
- Merda, errei de novo. - babulciou saindo de perto das amigas e sentando-se no gramado.
- Er, bom meninas...Por hoje é só. Até amanhã nesse mesmo horário. - falou.
- Ok. Tchau. - as outras garotas disseram. - É a Kelly tem razão essa aí é uma pessíma Líder, não sei aonde nós estavamos com a cabeça ao votar nela...- foram discutindo, mas e suas amigas nem escutaram pois já tinham ido conversar com .

- ! Minha Diva! - falou.
- NOSSA DIVA! - , e corrigiram.
- Nada de choro, vamos tomar um sorvete e nos divertir - disse.
- Hum, desculpa meninas, mais não vou não, serei uma pessíma companhia hoje...- disse tentando conter as lágrimas que insistiam em cair.
- Nãnãninãnão! Você vai! , todas nós sabemos que tá sendo difícil pra você ver seus pais se separarem, mas amiga, estamos com você, ok? - disse carinhosa.
- E nossa missão é te fazer dar várias risadas! - falou batendo palmas.
- Isso aí! - as outras três falaram.
- Obrigada. Mas mesmo assim eu não vou. Não quero estragar a diversão de vocês.
- Shut Up Miss ! Você vai e acabo, sacô? - disse.
- Ok. Vocês venceram!
- Aeee! - todas gritaram.
- Ih, meninas não olhem agora, mais olhem lá quem vem vindo. - sussurou.
- Er, não olhem agora, mais olhem? Só você . Mais quem vem vin...- ia dizer quando virou e se deparou com Kelly e sua Trupe de Patricinhas futeis.
- O que aquela vadia tá fazendo aqui? - disse irritada.
- Calma . Não liga pra ela. Tente agir naturalmente. - falava.
- Putz, elas tão vindo na nossa direção. - disse.
- Eu vo mata ela! - falou fechando os punhos.
- Ninguém vai bater em ninguém aqui! Vamos fingir que não vimos e pronto. - falou.
- Hey! - Kelly berrou.
- Não olhem, não olhem. - dizia.
- Hey! Você aí gordona, com rabo de cavalo.
- Quem tá de rabo de cavalo aqui? - Sussurou pras amigas.
- Er, você . - As outras falaram.
- Ai, não! Agora ela vai ve...
- , volta aqui. - as meninas falaram mais já era tarde, havia dado meia volta e estava encarando Kelly.
- Vamos lá antes que ela cometa um assassinato. - falou.
- O que você quer Kelly?
- Eu? Nada! Só queria te dizer que o Guilherme e eu estamos namorando. E nossa, ele beija bem, né? Ops! Esqueci que você nunca experimentou. - nessa hora já estavam a poucos centímetros de sua irmã, preparando-se para dar um belo soco.
- Hey, nada de briga, ok? Vamos . - disse puxando a amiga pelo braço.
- Oh, que coisa meiga, as duas inutéis só podiam ser amigas mesmo, não é? Uma perdeu o garoto que gostava pra própria irmã, e a outra não sabe nem segurar um namorado.
- O QUE VOCÊ DISSE? - berrou, agora Kelly havia pegado pesado.
- Isso mesmo que você escutou Honey. O Renato foi embora e você nem fez nada. E sabe por que? Porque você é uma Inútil, Fracassada. Se faz de santinha, mas no fundo é uma P.U.T.A! - ao escutar isso não se deu por si e deu um belo soco no nariz de Kelly. A garota se desiquilibrou e caiu no chão. então se abaixou e começou a socá-la ainda mais, arrancou um tufo de cabelo da menina, que reagiu ao ato e começou a dar tapas na cara de . As outras meninas que até então assistiam boquiabertas a cena, resolveram tomar uma atitude e foram separar as duas, mais no fim acabaram entrando na briga e começaram a bater na Trupe de Kelly, ou melhor na Trupe da Ornitorrinco. Logo depois o diretor chegou acompanhado dos inspetores, conseguindo assim, interromper a briga. Levou todas a direção e deu um sermão que durou horas.

- Ah, até que não foi tão ruim assim...- tentava animar as amigas, quando estavam retornando ao estacionamento do colégio.
- Uh, claro que não. Estamos suspensas, e temos que fazer uma redação com um tema ridículo...- bufava.
- Não é ridículo , "Como devo tratar o meu proxímo" - fez aspas ao falar - é um tema muito significativo, sabe? Assim você poderá analisar as suas atitudes. - falava irônica revirando os olhos.
- Sério hoje foi demais! - saltitava, fazendo as amigas a olharem confusas.
- É, pra quem não queria brigar, foi muito bom, hein ? Aonde você aprendeu a dar aqueles socos? - perguntava abobada.
- Há, o Steve me ensinou. Por isso que é bom ter um irmão mais velho. - ela piscou pras outras. - Vocês viram como ficou o nariz dela? Saiu sangue.
- Nossa, coitada. Vai pedir pros meus pais pagarem uma cirurgia plástica. - falou fazendo todas rirem.


* End Flash Back *

- E foi isso. - finalizou a história.
- Nossa, depois dessa quero distância de você. - Dougie falou fazendo um sinal da cruz com os dedos.
- Bobo. - ela deu língua.
- Tá, tudo bem vocês brigaram por causa de probelmas pessoais, ou seja, meninos. Mas isso não justifica o fato de você ter se econdido dela, afinal vocês não ganharam a briga? - o garoto disse confuso.
- Yep. Ganhamos.
- E então...?
- E então...NOSSA! - deu um pulo, olhando para seu pulso. - Já tá tarde, vamos? Eu preciso ir pra casa me trocar e encontrar o pessoal. - Foi se levantando, pegou sua bolsa e saiu. Dougie segurou pra não rir, afinal a menina nem tinha um relógio em seu pulso, mas fingiu que não havia percebido e a seguiu até o estacionamento do MacDonalds.



Cap.19*


- Pronto Senhorita! Está entregue.
- Obrigada Mrs. Douglas. - deu um beijinho no rosto do garoto e saiu do carro.
- Heyyy, espero que o dia tenha sido suportavél! - ele gritou, fazendo-a virar.
- É foi legalzinho... - ela disse com a mão no queixo.
- Legalzinho?
- Tá bom. Foi SUPER! Melhoro?
- Yep. - ficaram em silêncio se olhando até perguntar:
- Dougie, você não quer ir na Mansão dos Beckers?
- Hum, eu adoraria, mais tenho que ajudar minha mãe e minha irmã a arrumar a casa nova.
- Ah, tudo bem. Fica pra proxíma.
- É... - ele disse desanimado.
- Bom, caso você mude de idéia me liga, ok?
- Ok. Mas agora tenho mesmo que ir...Tchau. - ele acenou e deu partida no carro.

Ao entrar em casa não pode conter a felicidade começou a dar "Oi" para tudo que via em sua frente.

- Menina, você está bem? - Brit, a empregada perguntou.
- Bem? Eu estou ÓTIMA!
- Se você diz...Vai querer alguma coisa?
- Ohhh, Toy, vem cá garoto! Tudo bem? Ai que fofinhooo... - falou acariciando seu cachorro, esquecendo de responder Brit.
- ? Vai querer alguma coisa?
- Ai, desculpa Brit, hoje estou meio desligada. Vou sim. Leva um copo de água pra mim? - a empregada fez que sim com a cabeça, e começou a subir as escadas correndo, mais voltou e disse:
- Brit, eu já disse que Te amo?
- Não... - Brit respondeu confusa.
- Então...EU TE AMO! AMO TUDO E TODOS! AMO A VIDA!... - e subiu gritando, causando risos em Brit.


***

" S.O.S. Please someone help me!
(S.O.S., Por favor, alguém, me ajude!)
It's not healthy for me to feel this
(Não é saudável eu me sentir assim)
Y.O.U. are making this hard
(V.O.C.Ê. está fazendo isso difícil)
You got me tossin' and turnin' and can't sleep at night
(Você me faz sacudir e virar e não consigo dormir à noite)

This time please someone come and rescue me
(Agora, por favor, alguém venha e me resgate)
Cause you on my mind, It's got me losing it
(Pois você em minha mente me fez perder a cabeça)
I'm lost you got me lookin' for the rest of me
(Estou perdida, você me pegou procurando o resto de mim)
Love is testing me but still I'm losing it!
(Amor está me testando, mas ainda estou perdendo!) "


cantava alto junto com a música, dançando loucamente pelo quarto, apenas de calcinha e sutiã, até Brit entrar no cômodo e se deparar com a maravilhosa cena, foi impossivél conter o riso.

- Ai, Jesus Cristinho! Que susto Brit!
- Que susto digo eu, o que você tá fazendo assim?
- Tentando escolher uma roupa, mais nenhuma presta...
- Como nenhuma presta? Você tem um monte de roupa, se a sua mãe escuta você dizendo isso eu nem sei o que ela vai faze...
- Brit? - fez cara pidona.
- Hum?
- Me ajuda a escolher uma roupa?
- Escuta aqui mocinha, eu sou empregada nessa casa, não sou sua estilista.
- Por favor!
- Ok. Vamos lá. Pega essa calça jeans capri, essa blusa tomara que caia azul bebê, e coloca aquele seu tamanco azulzinho e pronto!
- Brit, sério, você escolhe as melhores roupas. - a menina deu um beijo estalado em Brit, mesmo ela sendo empregada de sua casa, sempre se deram muito bem, para , Brit, era como uma segunda Mãe.
- Tá bom. Agora chega de melação, e se arrume logo, seus amigos já devem estar impacientes te esperando.
- Ih, é verdade. - deu um tapa na testa.
- Tem alguma coisa vibrando aqui...
- Ai, cacilda meu celular, aonde eu coloquei mesmo? Ah, tá no banheiro...
- Banheiro? , vou ajudar a Winny com o jantar.
- Ok. Hey, Brit! Eu já disse que Te Amo? - gritou do banheiro.
- Hahaha Já. Fui.

- Tchau.
- Tchau?
- Hã? Quem tá falando?
- .
- Ah, Oi . Tudo bem?
- Tudo e você?
- Também. Novidades?
- Hãn, não e...HEY! Chega de me enrola, você já tá vindo aqui na Mansão? Tá todo mundo aqui, só falta você, que como sempre tá atrassada.
- Ai, desculpa, desculpa. Tô indo. Chego aí em 5 minutos. Fui.


E desligou na cara de , que ficou que nem boba não acreditando no ocorrido.



Cap.20*


- Chegueiiiii Amiguinhossss! - disse empolgada.
- Shiu! - todos falaram ao mesmo tempo, puxando pelo braço fazendo-a abaixar e se esconder atrás de uns arbustos.
- Credo, eu chego toda feliz e é assim que vocês me recebem? Vocês tinham é que estar...- Danny tapou a boca de .
- Fica quieta ! Promete que vai fica quieta quando eu tirar a mão? - Disse Danny. apenas concordou com a cabeça.
- AGORA SERÁ QUE ALGUÉM PODE ME EXPLICAR O POR QUE DE TUDO ISSO? - disse alto.
- ! - todos a repreenderam.
- Mais que saco, será que dá pra me conta? Ninguém me conta depois querem que eu fique quieta! Nunca vi!
- Fecha a matraca ! - todos falaram juntos novamente, e dessa vez obeceu.
- Ué, não vai reclamar? - Harry perguntou. A garota apenas fez sinal de negação com a cabeça.
- Nem espernear? - Tom disse. negou de novo com a cabeça.
- Não vai fala nada? - Foi a vez de Danny, e ela negou novamente.
- SERÁ QUE DÁ PRA VOCÊ RESPONDE COM A BOCA? - os três meninos gritaram e caiu na gargalhada.
- Shiu! - foi a vez das meninas falarem pros meninos.
- Será que agora você pode dizer o motivo da risada mocinha? - Harry sussurou.
- Simples, vocês falaram pra eu "fecha a matraca", logo eu a fiz.
- Ha-Ha-Ha, engraçadinha você.
- Eu sei. Aprendi com o mestre. - disse olhando pra Harry, que deu língua.
- Ok. Agora será que dá pra todo mundo presta a atenção lá? - disse apontando pros fundos da Mansão.
- O que tem lá? Por que não entramos ainda? - disse sem entender.
- Por causa disso. - continuou com o dedo em direção a Mansão, e continuou a fitá-la com cara de "dã".
- Olha pra lá , não pra minha cara, eu sei que sou gostosa, mais não precisa tanto.
- Se acho a...CARAMBA! Alguém se mudou pra cá! - disse ao se virar para o portão e ver vários homens carregando movéis e mais movéis.
- Descobriu a América agora! - disse irônica.
- E agora o que nós vamos fazer? Não vai te mais lugar pra gente se encontra. E... - dizia em tom de desespero.
- ! Você cheiro hoje? - dizia colocando a mão na testa da amiga.
- Não! Eu só estou feliz, oras.
- Chega de discuti. Eu também como a aqui, quero sabe o que nós vamos fazer... - Tom disse.
- Elementar meu caro, iremos ficar aqui observando até aparecer um dos novos moradores, não é pessoal? - Danny perguntou e todos concordaram, menos .
- Eita. Não vai concordar Pequena?
- Nop. Eu não me arrumei toda pra fica agachada que nem índia da tribo Tupã.
- Há, tá bom. E você tem idéia melhor?
- Yep.
- Qual? - todos perguntarem, afinal ninguém queria ficar escondido atrás de um arbusto até anoitecer.
- Nós vamos lá ver quem são nossos novos vizinhos.
- Tá maluca ? E se forem psicopatas, assassinos, maníacos, fugitivos, assaltantes? - enumerava nos dedos.
- Paciência.
- Paciência? É você realmente não tá bem hoje. - disse.
- Eu não vou ficar discutindo. - e se levantou.
- , se abaixa, vão te vê. - falava.
- Quem vem comigo? - todos fizeram cara de desententidos. - Bando de medrosos! Tudo bem eu vou sozinha.
- Er, ela não falou sério né? - perguntou.
- A-acho q-que f-falou, o-olha l-lá...- dizia gaguejando.
- Eu tô com medo, e se matarem ela? - dizia chorosa.
- Eu vou atrás dela. - Jones falou se levantando.
- Danny, se você não voltar mais...er, bem...só queria que você soubesse que eu te amo...- disse num sussuro.
- Oh, minha lindinha, também te amo. E nada de ruim vai acontecer. - Daniel, deu um beijo estalado na namorada e foi em direção a entrada do local.
- Vocês realmente acham que tudo irá ficar bem? - perguntou se encolhendo e sem querer empurrando Tom.
- Sim, meu docinho. - Tom respondeu abraçando-a, nesse momento a garota nem reclamou, esqueceu que tinha que continuar a fingir que o odiava, e o mesmo aconteceu com e Harry, que também estavam abraçados, e e se abraçaram já que eram as únicas sem seus pares. Ficaram todos assim apreensivos, olhando para o caminho que os amigos haviam percorrido.



Cap.21*


percebeu que os homens já haviam descarregado toda a mudança, pensou em perguntar para algum deles se os novos moradores estavam em casa, mais sentiu um frio na barriga, eles eram mal encarados. Resolveu se esconder atrás de uma árvore proxíma a entrada e quando viu o caminhão ir embora correu para entrar antes que o portão se fechasse.

- Merda! - Danny resmungou. Havia chegado tarde e o portão acabara de se fechar. O jeito era voltar e contar para os amigos o que acontecera e esperarem pelo retorno da amiga.

"Ai, Minha Nossa Senhora! E se ele for mesmo um psicopata? O que eu vo fazer? Melhor eu ficar armada! Dã , aonde você vai arranja uma arma?" pensava, ao andar pela Mansão, aparentemente vazia. Chegou na cozinha, e teve a brilhante idéia de pegar uma colher de pau que estava em uma caixa em cima da bancada da pia. "Bom, melhor isso do que nada, né?"

Cautelosamente foi subindo as escadas e escutou um barulho vindo de algum dos quartos que ficavam no final do corredor, ao chegar na frente da porta do antigo quarto de Renato, ficou meio receosa. Não sabia se deveria entrar ou não. Aos poucos foi abrindo a porta, e pela pequena fresta viu que não havia ninguém. Tomou coragem e entrou, ficou observando a nova decoração do quarto e se encantou com um mural de fotos. "Não é possível eu devo ter algum problema, amo ver mural de fotos" pensou. Ao se aproximar viu que o garoto que aparecia em diversas fotos, não lhe era estranho, mais quem poderia ser? Ficou perdida em pensamentos até que alguém tocou em seu ombro.

- SAI! SAI! NÃO ME MACHUQUE! EU ESTOU ARMADA!!!
- Uau, uma colher de pau deve ser muito boa para se proteger não?
- Er...hum...é sim...ela é mágica.

O "estranho" começou a se aproximar...

- Não chegue perto de mim, seu...seu...seu mascarado! Tira essa máscara!

A pessoa apenas obedeceu e cuidadosamente começou a tirar a máscara horrível de zumbi, que cobria sua face.

- N-não a-acredito...- guaguejou e derrubou a colher no chão.
- Surpresa?
- O que você acha?
- Hahaha, tenho certeza. Hahaha, você tinha que ver a sua cara de assustada foi hilária. - o garoto ria.
- Ha-ha-ha, muito engraçado Poynter. - disse irônica. - Mas o que você tá fazendo aqui?
- Hey, eu que tenho que te perguntar isso. - Ele protestou.
- Eu? Er, bem...vim ver quem é o novo morador e dar boas vindas, oras.
- Então pode dar.
- Hã? Você o conhece? Aonde ele está?
- Bem na sua frente!
- V-você?
- Sim!
- Caraca Maluco! Eu não acredito! Você vai mora na Ex-Mansão dos Beckers! Que máximo! - dava pulinhos alegres no lugar.
- Mansão dos Beckers?
- Yep.
- Não?! Não me diga que a tal Mansão que vocês tanto falaram hoje é essa?
- É sim! Que saco, agora não poderemos mais fugir pra cá e fazer zona quando estivermos entediados. - disse manhosa.
- Nhá, tudo bem. Eu libero ela pra vocês.
- Sério?
- Yep. Mais só quando minha Mãe não estiver em casa.
- Aeee! - correu e se jogou nos braços do garoto, fazendo-o a ergue-la. Entrelaçou as pernas na cintura de Dougie e ficaram se encarando por algum tempo, até ambos saírem do transe.
- Erm...desculpe...foi espontâneo...às vezes...me dá esses acessos...não ligue...
- Hm.
- Bem, será que agora você poderia me soltar? - perguntou a contra gosto, queria muito continuar assim com ele, estava apaixonada..."O que apaixonada? cai na real, você só conhece ele a menos de um dia, como assim apaixonada?" pensou.
- Ah, desculpe.
- Acho que você precisa de uma ajudinha, não é?
- Está disposta a me ajudar?
- Yep.
- Então pega aquela caixa ali, e trás pra cá.
- Sim Senhor! - a garota fez uma reverência e Dougie riu.



Cap.22*


- Que horas são? - perguntava pela milésima vez em menos de 5 minutos.
- 18:59. - Danny respondeu.
- Ainda? Mais era 18:59 a meia hora atrás. Que saco esse tempo que não passa, não chega logo 7 horas, a que não dá nem sinal de vida...- falava.
- , amiga, só falta 1 minuto pras 7 horas. - disse.
- Que seja. Tá demorando muito.
- 19:00 horas! - Danny gritou. - Satisfeita amor?
- Não. Tô preocupada. Ai, o que será que tá acontecendo? - disse nervosa.
- Ninguém sabe, estamos todos preocupados. - Harry disse tirando o celular do bolso.
- Cara, como nós somos burros, por que a gente não ligou pra no celular? - Tom disse batendo a mão na testa.
- Será que é por que todos nós estavamos nervosos, achando que um psicopata matou a nossa amiga e não conseguiamos pensar direito? - disse em tom óbvio. - MEU DEUS! SOMOS COMPLETOS IDIOTAS! - finalizou quando caiu a ficha.
- Bingo. - disse Fletcher.
- Então o que estamos esperando vamos ligar de uma vez. - Judd falou, discando o número da amiga.


***

Dougie e nem viram o tempo passar ficaram horas tentando arrumar o quarto do garoto, mais em vez de arrumar baguçavam cada vez mais. Resolveram descansar um pouco. Dougie trouxe uma jarra de suco de morango com alguns biscoitos e ficaram jogando conversa fora.

- Quem é na foto? - não se conteve, teve que perguntar, queria saber qual o nome do garoto com rosto tão familiar.
- Eu. - Dougie disse sem dar muita importância a pergunta.
- Não brinca! Você está tão...- parou pra pensar em que palavra se adequaria.
- Diferente. - Poynter finalizou.
- Isso.
- Todos dizem a mesma coisa.
- Hum, e por que você mudou?
- Como assim mudei?
- É...tipo deixou de lado as calças largas com as boxers aparecendo, os tênis grandões, as camisetas folgadas e tudo mais...

Dougie ficou em silêncio, e percebeu que tinha falado demais. Não sabia o motivo de Dougie ter se calado e nem o de ter mudado, mais o que quer que fosse ela não tinha o direito de saber, pelo menos foi o que a reação do garoto deixou trasnparecer. Mesmo que a curiosidade quase a matasse, ela teria que respeitar.

- Ai, que mancada. Desculpa. Eu não devia ter perguntado. Não queria que você ficasse mal. Desculpa mesmo.
- Não, que isso...- ele sorriu amarelo.
- Sério desculpa. Não precisa me conta. Você tem esse direito. E...hum...vamos mudar de assunto, certo?
- Nop.
- Não? Tá, agora acho que eu boiei.
- Sabe , você foi a única pessoa que me perguntou sobre essa minha mudança. Nem minha Mãe ou minha Irmã se importaram...Quer dizer, elas estavam tão abaladas quanto eu...e bom...quando elas perceberam a minha mudança já era tarde...
- Ish, agora que eu afundei de vez. - a garota deu um meio sorriso.
- Bom, é que meu Pai foi embora de casa. Assim do nada. Nem deu explicações, sabe? Nós ficamos sem entender nada. Minha Mãe ficou muito mal, só chorava e minha Irmã também. Eu tentei parecer forte mais chegou uma hora que se tornou impossível. Decidi mudar meu jeito de ser e meu modo de me vestir, pensei que dessa maneira tudo ficaria mais fácil, a dor passaria rápido...
- Hum...e passou?
- Nop. Demorou pra passar. Eu e ele eramos muito unidos. Foi difícil tentar achar uma resposta pra atitude dele, e quanto mais eu pensava em alguma, mais ódio eu começava a sentir. E quando realmente nós superamos essa fase, já era tarde pra eu resolver voltar a ser como antes. Resolver agir como antigamente iria me trazer memórias desse sujeito e isso era e é o que eu menos quero. Agora que as duas pessoas que eu mais amo no mundo estão bem, eu não pretendo trazer essas lembranças a tona. - Dougie finalizou com os olhos marejados e a essa altura já estava chorando. Situações como essa tocavam-na de um jeito inexplicável.
- Oh, Dougie...eu sinto muito...- foi a única coisa que conseguiu dizer antes de abraçá-lo.



Cap.23*


Alguns minutos se passaram e os dois ainda continuavam abraçados, agora Dougie já não continha as lágrimas. Estava fazendo-o bem chorar, mesmo que não tenha lhe dito nada, só o fato dela escutá-lo e ser tão atenciosa com ele - que ela mal conhecia -, já o reconfortava. Nenhum dos dois queria se separar do abraço, não queriam que aquele momento acabasse, por mais triste que estivesse sendo, era tão bom estar um com o outro, sentir o cheiro um do outro, o corpo, a respiração...era estranho...mais eles se sentiam completos.

- Acho que tem alguma coisa vibrando. - Dougie disse se separando do abraço.
- É, e mais precisamente no meu bolso. - disse, olhou no visor e viu que era Harry. - CACILDAAA! - berrou, fazendo Dougie derrubar a jarra de suco no lençol.
- O que foi mulher? Por que a gritaria? - perguntou irritado ao ver a "caquinha" que havia feito.
- Eu esqueci do pessoal lá fora e...- ao se virar não conseguiu terminar a frase começou a rir descontroladamente ao ver Dougie todo molhado juntamente com o lençol branquinho, ou que pelo menos era branco.
- Ha-ha-ha, muito engraçado. Ew, eu tô todo melado. Vai querer me abraça agora? - Dougie começou a correr atrás de pelo quarto.
- Chegaaa! Eu cansei, tô sem fôlego. Você corre muito pra uma menina!
- E se eu te contasse que não sou uma menina? - disse marota.
- Ew, fique longe de mim. Eu não sou gay.
- Ah, que pena gatinho.
- Você é maluca.
- Eu sei hahahaha.
- Hey, não vai atende o Judd? Ele não para de ligar.
- Não vou atender. Vamos fazer uma coisa muito melhor. - disse com uma cara safada.
- Vamos?
- Sim, Vamos! Tive uma idéia. Hey, não me olhe com essa cara de safado. Não é nada disso que você está pensando.
- Ah, que droga. - Dougie se fingiu de desapontado.
- Vem. Pega o lençol e a máscara.
- Pra quê?
- Já te explico, mais anda logo.
- Ok.


***

- E aí Judd? - perguntou.
- Nada. Ela não atende.
- Desculpa, mais será que essa não é a hora que entramos em PÂNICO!!! - disse desesperada.
- Calma. Vamos ficar calmos ela está bem. Tudo isso é paranóia nossa. - tentava passar tranqüilidade aos amigos.
- ? ? - Danny dizia balançando a mão na frente do rosto da menina.
- O que ela tem? - perguntou.
- Não sei, ela tá olhando pra lá. - Jones respondeu, olhando para onde a namorada tinha os olhos fixados, e ao ver teve a mesma reação que ela.
- Daniel? Danny? - falava. - Por que vocês estão assim? Se for uma brincadeira acho melhor vocês pararem, agora não é hora pra esse tipo de coisa. A nossa amiga está lá den...- cutucou . - O que foi agora? - em resposta teve o dedo indicador trêmulo de apontando para a Mansão.
- Ela morreu, ela morreu, ela morreu... - dizia aos prantos.
- Calma. A gente não sabe o que tem naquele pano...- Tom tentava reconfortar à todos.
- COMO A GENTE NÃO SABE? AQUELAS MANCHAS VERMELHAS NÃO TE DIZEM NADA FLETCHER? - gritava.
- Ela era tão nova, e morreu de um jeito tão trágico, aiii Deus, por que o Senhor fez isso? - soluçava abraçada com Danny.
- Como nós vamos dizer pros pais dela? Cara, e o Steve? A família dela não vai agüentar...- Harry dizia de cabeça baixa.
- EU VOU MATAR AQUELE PSICOPATA NOJENTO! ELE VAI VER! - gritou e se levantou.
- , volta aqui, não podemos fazer mais nada... - disse com a voz embargada.
- HEY SEU PSICOPATA! EU ESTOU AQUI! PODE ME MATAR! AFINAL ESSE É O SEU PASSATEMPO, NÃO? JÁ MATOU A MINHA AMIGA, ENTÃO O QUE ACHA DE ME MATAR? ASSIM SAÍREMOS TODOS FELIZES E CONTENTES! - berrava pulando e balançando os braços freneticamente.
- O que ela tá fazendo? Ela piro? - Tom sussurava.
- Não sei, mais pelo menos ela tá fazendo alguma coisa...- Danny disse se levantando e fazendo o mesmo que . Minutos depois estavam todos gritando, pulando, e chingando o "psicopata" de diversos nomes.
- Por que ele se jogou no chão com as mãos na barriga? - perguntava.
- São os tiras, eles chegaram e atiraram nele. - disse Jones.
- Cala a boca Danny! Nem teve barulho de tiro! - Harry disse dando um pedala no amigo.
- Ouch! Isso dói!
- Será que ele tá passando mal? - falou.
- Tomara. - Harry disse.
- Tadinho...
- Ahhh , não me diga que agora você tá com pena do assassino?
- Não mais é que...
- Dá pra para de discuti? Obrigada! Ele não tá passando mal, ele tá rindo seus dãrs... - disse calma.
- RINDO? - todos gritaram ao mesmo tempo.



Cap.24*


- Hahahaha eles acham que eu sou um psicopata. - Dougie dizia deitado no jardim.
- E acham que eu morri hahahahahaha.
- Não é melhor a gente para com a brincadeira agora?
- Nop. Vamos nos divertir mais um pouco.
- Hahahaha beleza.

- Há, então o Dougie e a estão nos enganando. O que acham de darmos o troco? - Tom dizia com uma cara maliciosa.
- Eu acho ótimo. Mais vamos fazer o que? - Harry perguntou.
- Isso que não sei...- Fletcher disse pensativo.
- Que tal...- Danny começava a falar.
- NÃO! - todos disseram.
- E se a gente...
- NÃO DANNY!
- Hum, e bom, se nós...
- ISSO! ÓTIMA IDÉIA JONES!
- Mais eu nem contei...
- Não precisa. Agora vamos logo pro meu carro. - Harry disse e todos o seguiram.

- Ué, cade eles? - perguntou.
- Acho que foram embora. - Dougie deu de ombros.
- Cara, e se eles foram chamar a polícia?
- Claro que não. Ou será que foram?
- Ai Meu Santinho, nos ajude vai. Por favor?
- Você é muito religiosa?
- Não. Por que?
- Por que toda vez que tem um problema você apela pros Santos. - Dougie disse rindo.
- É só força de expressão Poynter. - ele riu mais ainda da cara da garota. - Hey, você ouviu isso? - sussurou.
- Isso o que?
- Isso.
- Não tô escutando na... - nesse instante ouviram um estrondo.
- Escutou agora? - Dougie apenas concordou com a cabeça.
- O que nós vamos fazer?
- Eu é que sei, a casa é sua...
- Mais você conhece ela melhor do que eu...
- Eita. Então vem comigo. - puxou Dougie pelo braço.
- Vamos ficar aqui?
- Você tem idéia melhor?
- Nop.
- Então não reclame.
- Mas...é que...fica dentro da lata de lixo é estranho...
- Eu também acho, mais foi a única coisa em que eu consegui pensar. E de graças por não ter nenhum lixo aqui porque ia ser extrema...
- Oqfo?Pqvstocmnemhbk?
- O que? - Dougie falou baixinho.
- Oqfo?Pqvstocmnemhbk? - repetiu.
- Hã?
"Como é lerdo. Dougie me desculpe por isso" pensou e mordeu a mão do rapaz.
- Ouch!
- Shhhhh!
- Doeu sabia?
- Desculpa, mais se eu não mordesse você não ia me entende...
- Como não?
- Er esperto, você tampo a minha boca, como queria que eu falasse?
- Ah é...
- Afinal, por que fez isso?
- Por que eu escutei passos e vozes...
- Pera, eu também tô escutando...
- Vamos ficar em silêncio, ok? - apenas concordou.



Cap.25*


"Atenção! Sabemos que você está aqui! Saia de onde estiver! É melhor se entregar, caso o contrário a sua situação só piorará!"

- Deus, eles chamaram a polícia! O que vamos fazer agora Dougie?
- Eu não sei...melhor a gente sair e esclarecer tudo... - ele já ía se levantando, mais o puxou.
- Não...
- Mas...mas vai ser pior se não saírmos...
- E se saírmos vai ser ruim do mesmo jeito. Você quer ser preso?
- Não...
- Então fique a...- começou a ficar pálida.
- O que foi?
- T-tem a-alguma c-coisa s-subindo e-em m-mim...- ela gaguejou.
- Eu não tô vendo nada.
- M-mais t-tem...
- Vira deixa eu ver.
- Ai, tá subindo, tá subindo. Aiii Meu Pai!!! Entro, entro, entro!!!
- sossega! Ou você quer que eles escutem a gente aqui!
- Não dá, é muita pressão!

- Caramba! Eles estão fazendo o que eu tô pensando? E em uma lata de lixo? - perguntou enojada.
- Ew, que nojo. - Harry disse.
- O que a gente faz? - Tom perguntou.
- Eu sei lá...Se você quiser ver essa cena, e em uma lata de lixo, fique a vontade Fletcher. - falou.

- Chega Dougie, chega! Não dá mais! Eu vou sair! - dizia.
- Não!!!
- Eu não aguento mais! Tá me dando um calorão!
- , fica!
- Subiu!!! Subiu de novo!!!
- Se controle!
- É difícil me controlar quando tem alguma coisa subindo em mim, mais especificadamente no meio das minhas pernas!!!
- Isso não é nada! É impressão sua!
- Impressão? Você diz isso por que não tá sentindo!
- Claro que tô!
- Há, e como?
- Pelo jeito que você fala eu sinto também!
- Cacilda! Eu vo sai Poynter! Tá me machucando!

Todos estavam de boca aberta encarando a lata de lixo, ainda não acreditavam no que ouviam e viam. Sim viam. A lata de lixo se balançava a cada movimento que o "casal" fazia.



Cap.26*


abriu a lata de lixo com tudo e começou a fazer uma dança muito esquisita, balançava os braços e as pernas, pulando descontroladamente e gritando: "TIRA DOUGIE!!! TIRA!!! ME AJUDA!!!"
Dougie se levantou e começou a rir escandalosamente ao ver que era Zukie, seu lagarto de estimação andando sobre .

- Ufa! O que era? - disse se virando para Dougie.
- O Zukie. Meu lagarto.
- Você tem um lagarto? Que gosto estranho pra bicho de estimação! Mais, pera aí, como ele veio para aqui? - os dois conversavam sem perceber que os seus amigos estavam olhando e se segurando para não rir dos pensamentos que tiveram.
- Acho que quando eu peguei o lençol ele entro no meio.
- Putz é mesmo! E o lençol tava na lata de lixo.
- Hahahahahahahahahahaha! - todos os outros riram.
- O QUE VOCÊS TÃO FAZENDO AQUI? - e Dougie perguntaram ao mesmo tempo, olhando-os espantados.
- Vendo e escutando a cena de amor de vocês dentro da lata de lixo! - Danny falou.
- HÃ? CENA DE AMOR? - os dois ainda falavam em coro.
- Bom, a cena de amor que nós achamos que estava acontecendo...- Tom disse.
- VOCÊS ACHARAM QUE A GENTE...?
- Sim achamos. Agora será que da pra vocês pararem de falar em coro? - perguntou.
- Nossa tá bom . A estressada aqui era a , não você. Mais pelo jeito isso pega. - falou.
- Hey eu não sou estressada, só sou apenas...hum...séria. - se defendeu.
- Por isso que combina com o Harry. - Danny disse e logo levou um pedala de Judd.
- Porra! Parem de me bate!
- Então pare de falar besteira Jones!
- Tadinho do meu namorado! - disse abraçando-o.
- Será que vocês podem explicar o que estão fazendo aqui? - perguntou.
- Idem à vocês. - Tom respondeu.
- Simples, nós zoamos vocês com um lençol sujo de suco. Só que vocês foram embora e a polícia apareceu e então nos escondemos na lata de lixo. - Dougie resumiu.
- Agora é a vez de vocês. - disse.
- Nós fingimos ser a polícia, pegamos o amplificador no carro do Harry, e entramos pra procurar vocês e dar um susto, mais no fim vocês que nos deram um susto bem ali. - Tom finalizou apontando para o lixo.
- Uie, chega o lixo já deu tudo o que tinha que dar. - falou.
- Hahahahahaha. - Danny começou a rir.
- O que foi agora Jones? - Harry perguntou revirando os olhos.
- Nada, só achei engraçado tudo isso, eles queriam pregar uma peça na gente, nós fizemos o mesmo e no fim eles nos surpreenderam.

Ao escutarem isso todos começaram a rir dos acontecimentos daquela tarde. Ficaram relembrando desde o arbusto até a lata de lixo. Acabaram conhecendo Sam e Jazzie, respectivamente Mãe e Irmã de Dougie. Sam ficou feliz por seu filho ter feito amigos tão rápido e Jazzie logo se enturmou com todos.

- Bom acho melhor nós irmos, já está tarde. - Harry disse se levantando.
- É verdade, meus pais devem estar loucos atrás de mim. - disse.
- Não são só os seus, meu bem. - falou.
- Bom, Foi um prazer Mrs. Poynter e Jazzie. - todos disseram em coro.
- O prazer foi nosso. - as duas responderam.
- ? Você não vem? - gritou do portão.
- Já vou.
- Ok. Mais anda rápido.
- Er, acho melhor você ir então. - Dougie falou.
- Uhum. Bom, Tchau. - disse e deu um abraço seguido de um beijo estalado na bochecha de Dougie. - Às vezes, as mudanças valem a pena. Seja você mesmo. - ela sussurou.
- Tchau Mrs. Poynter e Jay. Foi um prazer. - elas apenas sorriram e acenaram para a menina, entrando logo em seguida em casa, deixando um Dougie abobalhado no jardim, com a mão no rosto e pensando "O que ela quis dizer com isso?".



Cap.27*


Dougie não conseguiu pregar os olhos. Já tinha tentando de tudo, desde leite quente até contar os famosos carneirinhos. Nada adiantava, pelo contrário, o mantinham mais acordado. Por mais que tentasse esquecer o que havia lhe dito mais cedo, não podia, a frase ainda martelava em sua cabeça. Era difícil achar alguma resposta. Bolou teorias absurdas e nada. "Ela é louquinha, mais linda", ao pensar isso sorriu lembrando do incrível dia que passaram juntos. Ele nunca havia se sentido tão bem e feliz depois do ocorrido com seu pai. "É essa mudança para Saint Hivan pode ser melhor do que eu imaginava", deu um longo suspiro seguido de um bocejo. Percebeu a chegada do sono e fechou os olhos, quando estava quase dormindo se levantou bruscamente e gritou:

- É ISSO!!!


***

Todos estavam reunidos como de costume na Zona-Verde, mesmo sendo apenas 07:10 da manhã conversavam alegremente, combinando o que fariam depois das aulas.

- Harry!!! Red Bull já cedo? - perguntou.
- Yep. Energético já cedo faz bem, afinal dormi muito pouco.
- É, ontem chegamos muito tarde em casa. - falou bocejando.
- Me dá um gole Harry? Também to precisando de energia pra aguenta aquela chata da Mrs. Hel e as malditas fórmulas dela. - Tom disse.
- Ishe, nem me fala Fletcher, estamos juntos nessa, temos a mesma aula. Por falar nisso, também quero um gole. - disse.
- Hey! Hey! Hey! Chega! Comprem um pra vocês! Não quero que fiquem babando e passando germes no MEU! - Judd falou nervoso levantando a latinha. Todos se olharam maliciosos e começaram:

- Harry...- Tom.
- Lindo...- .
- Fofo... - .
- Carinhoso...- .
- Amigo...- Steve.
- Gostoso...- .

Todos pararam e olharam para , esperando uma resposta, mas a garota continuava a fitar suas unhas como se fosse algo MUITO interessante. Deram de ombros ao perceber que ela não entraria na brincadeira e continuaram:

- DÁ UM GOLE??? - Falaram todos juntos.
- NÃO!!! - Judd berrou.
- CHATO!!! - Todos.
- OBRIGADO!!! -Harry.
- DE NADA!!! - Todos.
- DÁ PRA VOCÊS CALAREM A BOCA? - gritou.
- Ish, alguém acordou de mau humor. - Steve falou.
- Novidade...- Harry disse sem se importar com o olhar maligno que lhe lançou.
- Alguém viu o Danny? - perguntou.
- Sereve aquele? - Tom apontou para o amigo que vinha correndo tentando se esquivar da multidão que havia se formado no pátio.



Cap.28*


- Oi...- Jones disse sem fôlego.
- Credo Baby, por que correu desse jeito? - perguntou.
- Melhor vocês mesmos olharem...- Danny respondeu.
- Ora, Ora. Acho que temos outro aluno novo. - falou.
- Não sei não. Eu conheço ele de algum lugar... - Tom disse com a mão no queixo.
- É, ele tem um rosto familiar. - Harry alegou.
- Talvez já tenhamos o visto ontem...- deu de ombros.
- Impressão minha, ou ele tá vindo pra cá? - perguntou.
- Ele quem? - perguntou ao desligar seu Ipod, mostrando apenas agora, certo interesse na conversa dos amigos.
- Ele.- apontou.

se virou e encarou o garoto por alguns segundos, e logo abriu um largo sorriso, correspondendo ao do "aluno novo".

- Ei! - ele disse se aproximando.
- Ei! - respondeu.
- D-Dougie? - todos perguntaram confusos.
- Yep. - Dougie assentiu com a cabeça.
- Nossa, você está...- Harry começou a falar, mais parou não sabendo o que realmente dizer.
- Diferente? - Dougie e disseram juntos dando um pequeno sorriso.
- É Cara...- Judd concordou.
- Por que você está se vestindo assim? - Danny perguntou.
- Danny! - o repreendeu, dando um pequeno beliscão em seu braço.
- O que? - Jones perguntou.
- Não se pergunta isso as pessoas! - disse.
- Desculpa e , mas os poucos neurônios do Jones formularam uma boa pergunta, por mais incrível que pareça. - Tom falou.
- Yep. Temos que concordar, afinal vocês não estão curiosas também? - perguntou.
- Sim. - as duas responderam corando imediatamente.
- Então. Bom, desculpa Poynter, mas será que você pode nos explicar? - Steve falou arqueando a sobrancelha.
- Hum, digamos que mudanças, ou melhor, ser você mesmo é o que conta. Independente dos fatos. - Dougie falou e olhou para que deu um sorriso.
- Alôôô? Tipo assim, acho que ninguém aqui entendeu. - disse.

O sinal tocou...

- Seja lá o que for, depois você terá que nos explicar Poynter. - Harry falou antes de se levantar.

Todos se levantaram seguindo o caminho de suas salas, mas e Dougie permaneceram parados se encarando com pequenos sorrisos, esquecendo do resto.

- Oi! - Dougie falou tímido.
- Oi! - respondeu mordendo o lábio inferior.
- Hey! Será que o casalzinho 20 não vai pra sala, não? Nós temos a mesma aula e eu estou esperando vocês, se é que foi possível perceber isso. E dá pra parar de se olharem que nem bobos? Ah, e só para relembrar vocês já se deram "oi"! - falava, tirando os dois do transe.
- Er, acho melhor nós irmos. - falou sem jeito e Dougie concordou com a cabeça.
- Até que enfim, hein? - foi dizendo quando os dois se aproximavam da entrada do colégio. - Achei que nunca íam chegar... - a menina continuava a dizer, mas os dois não se importavam, nem sequer ouviam os comentários estressados de . Estavam muito ocupados olhando um para o outro.



Cap.29*


A aula estava um completo tédio. não conseguia prestar atenção em nada. Geografia para ela era grego. Tá, tudo bem, às vezes, sabia que exagerava um pouco, pois a matéria em si se baseava na "decoreba". Fora isso, sabia que tinha que se concentrar. Já havia faltado a aula passada devido a conversa que tivera com o Diretor. Mas CHEGA! DEFINITIVAMENTE, NÃO DAVA!
A vontade de contar para tudo que acontecera no dia anterior era enorme. Pensou em escrever um bilhete, mas era muito empenho. E mesmo que resumisse, não sossegaria, iria pedir detalhes, e escrevê-los era complicado. Além dessa vontade, algo mais lhe perturbava. O "mosquitinho" da curiosidade a fazia querer falar com Dougie, perguntar o motivo da mudança, por mais que já tivesse idéia do porquê.
Tentou se controlar. O melhor a fazer no momento era voltar sua atenção a aula, ou pelo menos, tentar.

- O Muro de Berlim foi derrubado em 1989, devido ao fato de... - Mr. Phil falava e anotava em seu caderno, quando viu um papelzinho pousando em sua mesa. Olhou para o lado e Dougie deu-lhe um leve sorriso. A garota retribuiu e abriu o bilhete...

(N/a: Em itálico é você, em negrito são seus amigos =D)

Oi, tudo bem?
Aula chata, não? =P
Hum, mais então, o que achou? Gostou?

Ps: Se a lê esse meu "Oi" vai surtar, hahaha.
Dougie.


Oi, tudo e você?
Sim MUITO chata ^^
Da sua mudança? Amei! Mas, bem, não entendi o porquê...Então...Por que? hahaha.

Ps: É ela vai surtar huhuhu \o/
*


Yep. Tudo certo.
Hãn, porque sei lá, nem eu sei direito...acho que o que você falou ontem me fez pensar...
Dougie.


O que eu falei? Sério? Ajudou? Que bom! Fico feliz! =D
Uie, deixa eu dar uma disfarçada aqui senão o Mr. Phil nos manda pra diretoria.
*


Você foi tipo, um anjo que caiu do ceú. No seu caso uma anjinha =P e digo mais o cara lá de cima foi MUITO gentil e generoso...
Ok. Nerd ^^
Dougie.


Anjinha? Bebeu já cedo Poynter? Olha bem pra minha cara, eu pareço uma bruxa, não sei dá onde "Ele" foi gentil.
Eu NÃO SOU Nerd.
*


Nop. Não bebi. Ih, pare de frescura não é bruxa não (só Nerd! Hahahaha brincadeirinha). Claro que foi gentil, me mandou uma anjinha linda...
Dougie.


Então, Obrigada. =)
*


Alguns minutos se passaram e nada de bilhetinhos. queria continuar com aquilo, por mais que as conseqüências fossem a sala de Mr. Paul e uma linda detenção. Mas fez o possível e o impossível para se conter.



Cap.30*


Dougie ficou observando aquela linda menina ao seu lado, que parecia mais uma boneca que acabara de sair da fábrica, mas só tinha a aparência. Era você ir falar com ela que percebia o quão inganados os outros estavam. A menina tinha um papo legal, era engraçada, falava o que pensava, e nunca demonstrou se preocupar com futilidades como as "Patys de Carteirinha". Pelo contrário, ela gostava de ser ela mesma. Sim, se cuidava, se vestia bem e tinha uma total queda pela cor rosa, mas isso não era pecado, era?
Enfim, de tanto se martirizar para não olhá-la ou mandar outro bilhete, Poynter não conseguiu. A vontade era maior e venceu-o fácil.

, eu tava pensando...hum...você vai fazer alguma coisa hoje? Sei lá, se você quiser nós podemos sair hoje...O que acha? Dougie.

Agora era torcer para que a resposta fosse "Sim".

"Por que ela tá demorando pra responde? É só escrever SIM ou NÃO, simples!" - Dougie pensou.

Eu adoraria. Sério. Mas, não dá. O treino das animadoras de torcida começa hoje, e eu não posso faltar. Sorry =/ Fica pra proxíma, ok? Obrigada pelo convite =) *

"Mas, sempre tem que ter um MAS. Que saco. Um treino é melhor que sair comigo? Eu pensei que ela tinha gostado de ontem, mais me enganei. É Poynter, você é um panaca mesmo." - pensou o garoto.

"Merda, por que eu disse que Não? Faltar um diazinho no treino não ia causar problemas. Agora ele tá lá pensando merda. Sim pensando merda. Ahhh, como que eu sei? Pelo simples fato dele não ter dito um "de nada", "ok", qualquer coisa do tipo. Viu? Nossa se interne , deu pra falar sozinha com seus pensamentos, aff." - ficou pensando, ou melhor, conversando consigo mesma em silêncio, até uma linda bola de papel atingir o meio de sua testa, interrompendo-a.

Que cara é essa amiga? O que aconteceu? Não me diga que: "não foi nada". Porque eu te conheço . Anda desembucha ^^ #

Porra, você me conhece bem demais, hein? Ah, é o Dougie. Me chamo pra sair hoje. *

Eu sou foda baby. E isso é ruim e motivo pra cara feia? Eu achei M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O! Você aceitou, né? #

Alôôô! Amiga! Hoje tem treino das animadoras de torcida. Claro que não aceitei. Não posso falta. Ele ficou brabo e nem me respondeu mais... *

Não acredito que você não aceito por causa de um treininho bobo. Me desculpe mais você é uma burra ^^ Aff, lógico que ficou brabo né? Acorda! #

Eu sou a líder esqueceu? A LÍDER! Se eu falta nem sei o que pode acontecer. E nem venha com a história que se eu fugir não vai ter problema e não sei o que. Você sabe que só posso faltar em último caso, ou seja, quando estou falando com o nosso querido Diretor. ¬¬' *

Sua Bunda Mole! #



Cap.31*


não ía deixar a amiga cometer uma loucura dessas, decidiu agir o quanto antes. Queria muito juntar e Dougie. Já havia percebido os olhares apaixonados que eles se lançavam. Em apenas um dia ele conseguiu mexer forte com e isso estava nítido.
rasgou um papel escreveu algo e lançou para trás.

Poynter, eu posso te ajudar. #

Ao ler isso Dougie abriu um grande sorriso. Respondeu imediatamente, esperando com ansiedade para saber qual a idéia da garota.


***

O sinal tocou e os últimos a sair foram Dougie, e . Para a surpresa de , Dougie começou uma conversa animada com ela sobre bandas, mas quando chegaram na porta da sala Mr. Phil os chamou:

- Hey! Vocês três, venham aqui, por favor. - eles se aproximaram. - Bom, hoje será apenas um aviso. Mas a proxíma vez que eu ver vocês trocam bilhetinhos vão todos levar detenção. Entendido? - eles confirmaram com a cabeça. - Ótimo. Podem ir para o intervalo.


***

- , vamos sentar com o pessoal? - Dougie perguntou.
- Ai desculpa. Mais tenho que ir pra reunião das animadoras. Sorry. - Dougie sorriu amarelo e ela deu um pequeno beijo em sua bochecha, saindo logo depois.
- E você , não vai pra tal "reunião"? - disse Dougie, fazendo caras e bocas ao falar "reunião".
- Nop. Essa reunião é só pras Líderes, ou seja, só pra e para a antiga Líder. - falou.
- Hum.
- Agora chega de papo furado, vamos por o nosso plano em prática. - mal terminou de falar e puxou Dougie pelo braço.


***

As últimas aulas foram tranqüilas e de muita diversão. Afinal todos estavam na mesma sala, ou seja, zoação foi o que não faltou para os 9 amigos.

- Tchau meninos. Meninas estou indo pro ginásio, não se atrasem. - disse mandando beijos no ar para todos, antes de sair correndo pelo corredor.
- Sempre correndo a minha Pequena. - Danny falou e levou um olhar de dar medo de .
- Ih, Jones acho melhor você medir as palavras antes de falar. - Harry disse dando tapinhas nas costas do amigo. - Como assim medir? - Danny perguntou confuso.
- Seu mongol. Medir, é maneira de falar. O Harry quis dizer pra você tomar cuidado com o que fala. - Tom esclareceu.
- Ahhh. Mas por que? - perguntou Danny.
- Elele, como tu é lerdo. - Harry disse revirando os olhos.
- Simples, olha lá Danny-Boy. - Tom apontou para duas pessoas mais a frente.
- Mas o que aquele idiota pensa que tá fazendo? - Danny falou fechando os punhos.



Cap.32*


- Tudo pronto? - perguntou.
- Yep. - Dougie confirmou.
- Então anda logo Poynter.
- ! - Danny gritava indo em direção a namorada.
- Amor! Tudo bem? Onde estão seus modos. - falou irônica.
- Não disfarça você tá me traíndo com esse...esse...- Danny dizia apontando o dedo indicador na cara de Dougie.
- Viajou Daniel! Eu estou ajudando o Poynter. Nada demais. - falou e percebeu que Dougie ainda estava ali. - Você ainda está aí? Vai logo! - Dougie saiu correndo.
- ISSO CORRE ANTES QUE EU TE PARTA AO MEIO! - Danny falava sendo segurado por Tom e Harry.
- DANIEL! FECHE A MATRACA E ME ESCUTA! - gritou e imediatamente Danny se calou.
- Que poder. - Tom sussurou para Harry que concordou com a cabeça.
- Silêncio vocês dois! Danny, eu não estou te traindo seu mongo, eu só estou ajudando o Poynter, que é MEU AMIGO! Entendeu? Ou quer que eu desenhe? - disse nervosa.
- Pra esse aí você vai ter que desenhar. - Harry falou levando um pedala de Tom. - Tá eu não vou mais atrapalhar. - Ajudando em que? Posso saber? - perguntou Jones.
- Logo, logo todos vão saber. - falou com um sorriso misterioso no rosto.
- Ih, aí tem coisa. - Tom disse.
- E depois que você e todos descobrirem Daniel, eu quero que você se desculpe com o Dougie. - falou ignorando Tom.
- Tudo bem, eu peço desculpas. Mais e você me desculpa? - Danny perguntou segurando pela cintura. - Elaia, já vi que sobramos. Borâ Fletcher? - Judd falou.
- Borâ.
- Então, me desculpa? - o garoto fez bico.
- Com você me pedindo desse jeito e fazendo essa carinha, claro que desculpo seu bobo. - respondeu recebendo um leve beijo em seus lábios.


***

- ! ! - Steve gritava correndo atrás da garota.
- Hã? Steve?
- Esse é meu nome. - ele fez uma cara engraçada. - Bom será que nós podemos conversar?
- Agora? É que eu estou atrassada pro treino e...- nem pode terminar de falar, logo sentiu seus lábios serem pressionados pelos de Steve.
- O...é...hum...- não sabia o que falar.
- Calma, eu explico. , eu sou apaixonado por você desde...hãn...desde sempre...e me desculpe pelo beijo...mas você quer ser minha namorada? - Steve perguntou sem jeito, corando em seguida.

A garota não acreditou no que acabara de ouvir, fiicou sem reação.

- Acho que isso foi um não...- Steve disse desanimado com as mãos no bolso se virando para ir embora, mas o puxou pelo braço e deu-lhe outro beijo agora mais intenso do que o primeiro.
- Isso foi um sim? - Steve perguntou tentando recuperar o ar.
- Uhum. - respondeu, e o garoto a puxou para outro beijo, e outro, e outro, até e interromperem tudo, agarrando pelo braço e deixando um Steve com cara de bobo no meio do corredor.
- Desculpa. - gritou.
- É, desculpa. Depois a gente devolve ela. - gritou.



Cap.33*


- Meninas, o que foi? Por que a gente tá aqui? A não vai gostar cara. - falava sem parar.
- ! Shiu! Escuta a gente. A tem um plano e precisa da nossa ajuda. - falou.
- Tá disposta? - perguntou.
- Claro. Manda.


***

- Caramba, aonde estão a , e ? - perguntava impaciente. - Você sabe ?
- Nop. - a menina negou, tentando fazer uma cara convincente.
- E vocês viram? - perguntou para as outras 5 meninas do "time" e todas negaram.
- Elas estão fugindo do treino só pode. Ah, mais elas vão ver só. A boazinha morreu. Vão ter um treino pesado. Elas que me aguardem. - resmungava sentada ao lado de , que falou baixinho:
- Se depender de mim e das meninas, não teremos treinos por um looongo tempo.
- O que você disse? - perguntou.
- Nada, nada.
- Há, sei. Você tem alguma coisa a ver com isso não tem ? Fique sabendo que...- falava mais parou ao escutar um barulho vindo do rádio do ginásio...

" Srt. . Por favor compareça ao jardim proxímo a saída do colégio. Mr. Paul está a aguardando. Obrigada. "

- Só o que me faltava. Agora que o treino danço de vez. O que o Mr. Paul quer comigo dessa vez? Que saco. - esbravejava a medida que vomitava as palavras.
- Meninas, hoje não teremos treino. Podem se divertir. - falou, dando pulinhos.

"Espero que dê tudo certo" pensou fazendo sinal de figas.


***

- Ótimo! Muito bom! Cade o Mr. Paul? Falam pra eu vir aqui e nada. Hoje é meu dia de sorte. Eu digo não a um encontro e no fim não tem treino nem nada. Maravilha, porque não me disseram antes, então? - falava sozinha, até ver a sua frente um braço estendindo com uma rosa vermelha na mão.
- Acho que o encontro ainda está de pé. - Dougie sussurou em seu ouvido, fazendo-a arrepiar.
- Dougie? - ela perguntou surpresa.
- Eu...
- O que é isso? - Uma rosa.
- Eu sei seu bobo. Aliás muito obrigada.
- De nada. Mais agora vem. - ele disse segurando na mão da garota a guiando para o estacionamento.
- Hey, espera. O Mr. Paul quer falar comigo eu não posso ir antes de...- ela parou de falar e ficou observando Dougie rir. - Ah, não. Não me diga que não tem Mr. Paul nenhum? - ele negou com a cabeça tentando se recuperar. - Não acredito, vocês me enganaram...- ia dizendo enquanto dava pequenos soquinhos no braço de Dougie.
- Você gosta de me morder e me socar, hein? Mais agora você vai ver...- Dougie começou a correr atrás da garota. Quando a alcançou, pegou-a pela cintura e a virou fazendo-a ficar de cabeça para baixo. Depois de vário gritinhos e chutes ele resolveu soltá-la.

- Ok. Chega. Agora me diga aonde vamos Mr. Poynter?
- Espere e verá.



Cap.34*



*Flash Back*


- Tudo pronto? - perguntou.
- Yep. - Dougie confirmou.
- Então, só recapitulando Poynter, você passa em casa pega a máquina fotográfica, a rosa vermelha, toalha, lanches, enfim tudo que você acha necessário levar e volta aqui pro colégio. - falou.
- Ok. Mas como você vai fazer pra não dar o treino hoje? - Dougie perguntou confuso.
- Deixa comigo, já tenho uma idéia e as meninas vão me ajudar. Relaxa que vai dar tudo certo. Só não esqueça de se esconder no jardim proxímo da saída. - finalizou.
- Yep. Pode deixar. - Poynter disse sorrindo, estava muito ansioso.
- Então anda logo Poynter.
- ! - Danny gritava indo em direção a namorada...


***

- Meninas, o que foi? Por que a gente tá aqui? A não vai gostar cara. - falava sem parar.
- ! Shiu! Escuta a gente. A tem um plano e precisa da nossa ajuda. - falou.
- Tá disposta? - perguntou.
- Claro. Manda. - disse.
- Seguinte, a gente vai na Diretoria, e você vai distrair a Mrs. Clars, enquanto nós duas vamos falar para o Mr. Paul que o banheiro feminino está tendo um vazamento horrível. - contou.
- Tá. Tudo bem. Mais o que eu falo pra Mrs. Clars? E pra que tudo isso? - não entendia.
- Dãrde, tudo isso é pra fazer a e o Dougie sairem. Tipo, dar um pequeno empurrãozinho no "relacionamento" deles. - disse.
- Hãnnn entendi. Ai que cute. Mais você ainda não me respondeu o que eu falo pra Mrs. Clars? - falava .
- Sei lá, você é boa pra inventar histórias. Nós confiamos em você. Só não esqueça que o rádio do ginásio tem que estar ligado pra escutar o "aviso", e faça de tudo pra Clars a chamar. - disse .
- Ok. - concluiu.
- Então... - começou.
- VAMOS LÁ!!! - todas gritaram, colocando a mão uma em cima da outra e depois levantando.

Na Diretoria...

- Mrs. Clars, precisamos falar urgentemente com o Mr. Paul, o banheiro feminino está com um vazamento horrível. - falava rápido.
- Deus! Mr. Paul venha aqui por favor. - Clars ligava para o Diretor.
- O que foi Mrs. Clars? - o homem perguntou abrindo a porta de sua sala, imediatamente e o puxaram pelo braço e foram o levando até o banheiro, contando exageradamente sobre o tal "problema".
- E você , não foi junto? - Mrs. Clars perguntou.
- Não, urgh. Acho muito nojento, ainda mais depois que vi. Eca.
- Vocês estavam no banheiro nessa hora? - a menina apenas confirmou com a cabeça. - Fazendo o que lá? Não é hora do treino das animadoras?
- Yep. Mais a tá muito mandona, e a gente queria irritar mais ela, então nos escondemos lá. Você sabe como ela fica quando começa os treinos, se estressa demais. E também ela estava chata contando sobre um sonho que teve com você dizendo que ficou com medo, sei lá. - disse com desdém.
- Medo? Mais por que?
- Por que você a chamou pelo rádio com uma voz muito maquiavélica, e ela ficou com medo. Disse que a sua voz estava muito diferente. - falava e ao mesmo tempo discretamente ligava o rádio, deixando-o no volume baixo.
- Credo. Mais o que eu disse foi tão ruim assim?
- Foi algo do tipo: "Venha ao jardim proxímo a saída do colégio, o diretor a espera".
- Nossa, eu não falaria assim, seria mais formal, e pode ter certeza não iria assustar ninguém com a minha doce voz.
- Como você falaria então? - aumentou o volume.
- "Srt. . Por favor compareça ao jardim proxímo a saída do colégio. Mr. Paul está a aguardando. Obrigada.", falaria assim. - abaixou o volume.
- Ah, que legal. Ish, já vou indo Clarszinha, antes que a me mate. Beijinho. - e saiu sem dar mais explicações.


* End Flash Back *



Cap.35*


chegou em casa toda encharcada e descalça. Abriu a porta e foi direto para o seu quarto o mais rápido possível para não chamar a atenção de ninguém, já era muito tarde e seus pais não iriam gostar de saber que a filha deles estava até altas horas junto com um rapaz que conhecera a apenas dois dias.
Tomou um banho quente, colou seu pijama e deitou-se em sua cama, com um sorriso de orelha a orelha que não havia desmanchado desde quando chegara. Fechou os olhos e começou a lembrar da tarde gostosa que passara com Dougie. Ele havia a levado para um lugar um pouco antes da entrada da cidade, onde tinha uma linda cachoeira que caía do alto de um penhasco, formando assim um pequeno rio. Estenderam uma toalha no gramado, e Dougie retirou do porta-malas do carro uma cesta de piquenique farta de guloseimas. Após comerem um monte, começaram a tirar diversas fotos, algumas fazendo poses outras com caretas, tinha de tudo quanto é jeito.
Brincaram de pega-pega e esconde-esconde, começaram a suar muito, pois o sol estava forte e correr debaixo de um sol escaldante não é fácil. Quando estava distraída com uma joaninha Dougie a pegou no colo e a jogou no rio, ficaram nadando e jogando água um no outro. Pareciam duas crianças felizes. O sol começou a se pôr, e eles a essa altura já haviam arranjado uma maneira de subir no penhasco e ficar olhando lá de cima mais um dia acabar. Aos poucos se escurecia e as primeiras estrelas começavam a aparecer, viu uma que brilhava mais que todas, e lembrou-se que quando era pequena sua avó lhe disse que a primeira estrela que se vê no ceú é aquela que lhe dará sorte, então você deveria fazer um pedido a ela, e quando menos esperasse ele iria se realizar. Ao recordar disso, fez seu pedido, pediu que aquele momento nunca acabasse, sabia que isso era impossível, mas mesmo assim desejou. Apenas para garantir fez outro, afinal, nunca se sabe, pediu do fundo do seu coração que ela e Dougie fossem amigos acima de qualquer coisa. Dougie ao perceber que a menina encarava o ceú estrelado, abraçou-a e perguntou o que tanto ela olhava, ela explicou, mas não contou seu desejo, senão ele não se realizaria.
Quando percebeu que Dougie estava dormindo, ela sussurou "Pedi que nós fossemos amigos, acima de qualquer coisa" e em seguida deitou sua cabeça no peito do garoto, que tinha escutado tudo, mas fingiu estar dormindo, tentando conter o pequeno sorriso que se instalará em seus lábios.


***

Um mês havia se passado após a saída de Dougie e . Eles haviam se tornado grandes amigos e confidentes. Faziam tudo juntos. Íam a festas, ao clube, as lojas, sorveteria, faziam pequenas viagens...sempre juntos. Quando não estavam juntos todos estranhavam, achavam que os dois haviam brigado ou coisa parecida.
ajudou Dougie a voltar a ser ele mesmo sem se importar com os outros. Saía para fazer compras com ele, renovando o guarda-roupa do menino com roupas do estilo que ele usava antes, calças largas, camisetas compridas, boxers dois ou até três tamanhos maiores do que ele.
Dougie nunca faltava a um ensaio das animadoras de torcida, e ria muito quando tentava parecer irritada e não conseguia, ela apenas ficava nervosa quando estava de TPM, nos outros dias era super meiga.
Que nem Poynter, nunca faltava a um jogo de futebol, ela havia convencido ele de fazer parte do time juntamente com Tom, Danny e Harry. Também não faltava aos ensaios da banda. Sim, ela descobrira que Dougie tocava baixo e contou para os meninos, que logo acabaram com as buscas para baixista e o aceitaram rapidinho, pois se davam muito bem, eram muito sintonizados. A banda ainda estava começando, mais tinha músicas ótimas. Estavam a procura de algum espaço que pudessem tocar, mas estava difícil, ninguém queria contratar uma banda sem nome. Certo dia eles estavam assistindo "De Volta Para O Futuro" e começaram a comentar sobre "Marty McFLY" e assim surgiu o nome, seria McFLY.



Cap.36*


"Cause obviously,
(Porque é óbvio,)
She's out of my league,
(Que ela está fora do meu alcance)
I'm wastin' my time
(Eu estou perdendo meu tempo)
'Cause she'll never be mine
(Porque ela nunca será minha)
I know i never will be good enough for her.
(Eu sei que eu nunca vou ser bom o suficiente para ela)

No, no
(Não, Não)
Never will be good enough for her
(Nunca serei bom o suficiente para ela)

She's outta my hands
(Ela está fora das minhas mãos)
And I never know where I stand
(E eu nunca sei onde me colocar)
Cos I'm not good enough for her
(Porque eu não sou bom o suficiente para ela)
He's good enough for her (for her, for her)
(Bom o suficiente para ela / para ela, para ela)"


Mas uma tarde se passava e os meninos ensaiavam na garagem da casa de Tom. As meninas como sempre estavam assistindo. e não conseguiram segurar o choro, a letra era bonita, porém triste. Ao ver as duas abraçandas debulhando-se em lágrimas pararam o ensaio...

- O que foi? Por que tá chorando docinho? - Tom perguntou passando a mão delicadamente nos cabelos de .
- A-a...m-música é-é l-linda...- a garota respondia entre soluços.
- Ih, vocês são choronas demais... - disse disfarçando a voz embargada.
- E sensíveis. - concluiu.
- Não precisa disfarçar , a gente percebeu umas lágrimas caírem...- Harry disse, e a menina mostrou-lhe a língua.
- Pra quem é a música? - perguntou se recompondo.
- Hã? Como assim? - Danny perguntou assustado, não queria revelar seu segredo.
- É Guys, uma letra dessas com certeza esconde um significado, ou seja, uma garota. Quem é ela? - perguntou.
- Er, bem...- Danny se embaraçava com as palavras.
- Não é pra ninguém, ué. - Dougie tentou ajudar o amigo.
- Shiii, aí tem. - falou.
- Danny, adimita vai, a letra é pra . - Harry tentou dizer baixinho para o amigo, mais e escutaram, se olharam maliciosas e falaram:
- É pra , Daniel? - as duas disseram em coro, fazendo todos ficarem em silencioso, apreensivos a espera da resposta.
- Erm...- foi a única coisa que Danny conseguiu pronunciar.
- Danny, é pra mim? - perguntou receosa, até agora estava calada. No fundo achava que a música tinha a ver com ela, por que, bem, ela tinha um namorado, e sempre pensara que Daniel não era o suficiente para ela, sentia atração por ele, mas sempre soube esconder bem. Achava que era um carinho de amigo, e não amor de verdade.
- Hm, é. - ele disse de cabeça baixa. Ao escutar isso deu um leve sorriso, mas ficou calada, não sabia o que dizer.



Cap.37*


- Ai que lindo. Nunca ninguém escreveu uma música pra mim. - falou quebrando o silêncio que havia se instalado.
- Parabéns Danny, ficou realmente muito bonita. - disse.
- Você acha? - o garoto perguntou envergonhado, ainda olhando para seus pés, não tinha coragem para encarar depois disso.
- Acho sim.
- Obrigado. - ficou alguns segundos pensando e resolveu falar - , e você gostou?
- E-eu? - a garota gaguejava, havia simplesmente amado. Mas tinha vergonha de confessar isso na frente de todos.
- Sim, você amiga. - falou.
- B-bem...euameimuito! - disse rápido.
- Que ? - provocou.
- EU AMEI MUITO! - ela gritou.
- Sério? - Danny perguntou com um largo sorriso.
- Uhum.
- Não precisa ficar com vergonha amor. - Jones falou abraçando-a e beijando-lhe o topo da cabeça.
- É . Você é sortuda garota. Alguém escreveu uma música só pra VOCÊ! - vibrava.
- Tá bom . Todo mundo já sabe. - falou.
- Eu estou feliz por ela, ué. Porque nunca...- ia falando quando todos disseram juntos:
- PORQUE NUNCA NINGUÉM ESCREVEU UMA MÚSICA PRA MIM!!!
- Chatos. - fez bico.
- Calma docinho, se você quiser eu escrevo uma música pra você. - Tom falou abraçando a garota.
- Não Fletcher! Nós não temos nada um com o outro. Nem teria graça. - e saiu batendo o pé.
- O que eu fiz de errado? - Fletcher perguntou confuso.
- Nada. É TPM. - Dougie disse colocando a mão no ombro do amigo.
- Ou ela está aprendendo técnicas de: "Como Ser Irritante Em Uma Semana Com ". - Harry falou e começou a dar tapas no garoto, que para escapar resolveu correr pelo jardim.
- O que vocês acham de pedirmos uma pizza? - Danny disse.
- Ótima idéia Jones. - Tom disse, e todos se dirigiram para o interior da casa do garoto.
- Hey, crianças! - gritou, para Harry e que nem deram bola.
- Querido precisamos educar melhor nossos filhos eles não nos obedecem. - disse a Dougie.
- Crianças!!! Escutem a sua Mãe!!! - Dougie gritou e imediatamente os dois pararam e olharam-no.
- Venham meus amores. Hora do lanche. - disse com uma voz doce.
- Eu hein? Esses dois devem ter cheirado. - Harry comentou com que concordou com a cabeça.
- Vamos logo, senão não ganharam sobremesa. - Dougie concluiu.
- Sobremesa? - e Judd disseram juntos, se olharam, e saíram correndo.
- Nossos filhos estão crescendo. - disse fingindo secar algumas lágrimas.
- Isso não é problema. Podemos planejar outro. - Dougie disse dando uma piscadinha pra garota, que começou a rir.
- Eles estão bem? - perguntou cutucando .
- Acho que sim. - a menina deu de ombros e entrou na casa.



Cap.38*


- Caramba acabou a cerveja. - Tom disse fechando a geladeira.
- Também não tem sorvete. - disse.
- O que vamos fazer? - perguntou.
- Eu que não vou sair pra comprar. - Danny disse se sentando no balcão.
- Ok. Eu vou comprar. - disse bufando, e pegando as chaves do carro.
- Vai com ela. - Dougie disse empurrando Harry.
- Por que eu?
- Porque sim! o Harry vai com você! - Dougie gritou antes que a menina fechasse a porta.
- Então vem logo Harold.
- Será que eles se acertam dessa vez? - cochichou com Dougie.
- Espero. - o rapaz respondeu erguendo os braços.

No Supermercado...

- O que viemos comprar mesmo? - Harry perguntou olhando uma loira peituda.
- Aí Judd. - revirou os olhos - Cerveja e sorvete.
- Hãn. Será que podemos passar na sessão de jogos? Quero ver um novo jogo pro meu vídeo-game. - Harry fez cara de cão sem dono.
- Ok. Vamos logo. - bufou.

Na Sessão De Jogos...

- Pronto Harold? - perguntou batendo o pé.
- Calma. Você não sabe o que significa: "Pesquisar o preço?" - o garoto falou devagar.
- Claro que sei seu besta! Não sou idiota! - ela disse alto, fazendo algumas pessoas a olharem.
- Idiota. - Harry disse baixinho.
- O que você disse Harold Judd? - estava ficando vermelha de raiva.
- I-D-I-O-T-A! - ele soletrou.
- Seu imbecil! Eu te odeio! Você se acha o máximo né? - ela gritava cada vez mais.
- , chega! Tá todo mundo olhando.
- Foda-se que estão olhando. Eu não me importa que todos saibam que você é...- ela foi calada por um beijo de Harry, no começo tentou resistir, se debatendo nos braços do garoto, mas depois se entregou.
- Harry...- a menina sussurou após o beijo.
- Não diz nada. - ele falou soltando-a.
- Erm...hum...eu vou comprar o que a gente precisa, pode ficar aqui, depois eu te chamo. - disse.
- Ok. - Judd murmurrou.

tentou conter o sorriso, mais não consegiu. Esperava por esse beijo fazia tempo. Tudo bem que já havia ficado com ele antes, mas agora ela sentia que ía ser diferente, que as coisas iriam se acertar. Pegou os itens e se dirigiu ao caixa, pagou e resolveu levar as compras para o carro não queria ficar andando com as sacolas dentro do local a procura do garoto. "Mentira! Por que estou mentindo? Eu estou é com vergonha de olhá-lo depois desse beijo. Mas por que? Eu sempre lidei bem com essa situação, não entendo essa minha insegurança agora..." pensava quando se dirigia ao estacionamento.

- Ok, . Vamos lá. Respira garota. Coragem. - ela ía dizendo para si mesma até se deparar com um outdoor.
- Caramba! Não acredito! - ela disse ao terminar de lê-lo. - Preciso contar pro pessoal! - saiu correndo atrás de Harry, mas parou no caminho aor ver um rapaz na porta do Supermercado distribuíndo folhetos relacionados ao outdoor.
- Moço, Moço, me dá um? Obrigada. - e voltou a correr para buscar o amigo. - Ai cacilda, cade o Harry? - ela procurava passando os olhos rapidamente pelas pessoas. "Uma velhinha, não, não é o Harry. Uma mãe com seu filho, não, não é o Harry. Um homem com cara de presidiário, não, definitivamente não é o Harry. Um casal se beijando, não, não é...O QUÊ? UM CASAL SE BEIJANDO? Não pode ser, que cachorro! Ele vai ver só. O que essa loira peituda tem que eu não tenho? Ok, ela tem peitos enormes, mas isso não é motivo pra ele sair agarrando ela, ou é?" pensava.

- Algum problema moça? Precisa de ajuda? - um funcionário lhe perguntou.
- Não. Está tudo bem. - respondeu com o sorriso amarelo.
- Certeza? A sua cara estava com uma expressão estranha.
- Tenho certeza sim. Obrigada. - falou indo em direção ao "casal" pronta pra dar um murro na cara daquela oxigenada.

"A sua cara não estava boa! Ah, qual é? Eu tava com uma cara tão ruim assim? O que? Mas o que ela tá fazendo? Passando a mão na bunda do MEU Harry? Mais ela vai ver!" pensava ao fechar os punhos, de repente se deu conta que ainda segurava o folheto em suas mãos, deu um leve sorriso. "Acho que a baixaria vai ficar pra outro dia."

- Com licença. Harry vamos. - chegou interrompendo o beijo e puxando o garoto. - Ele te liga depois queridinha. - ela ainda gritou ironicamente pra tal loira, que bom, ficou sem entender nada, assim como Harry.



Cap.39*


No carro...

- ? - Harry perguntou olhando pra garota.
- Hum? - ela murmurrou sem olhá-lo.
- Por que você fez isso?
- Isso o que?
- Interrompeu o beijo...
- Oh, desculpa eu sei que você estava gostando amorzinho. Mais eu já avisei que você liga pra ela. Relaxa. - disse irônica.
- Eu tô falando sério . Você ficou com ciúmes? - Harry arqueou uma sobrancelha.
- Eu com ciúmes? Claro que não. "Claro que sim seu mongol" - ela respondeu séria.
- ?
- O que Harry? "Mas que saco ele não se cansa, não?"
- Olha pra mim... - ele segurou o queixo da garota que gelou ao sentir o toque, mas continuou séria olhando para frente.
- Eu estou dirigindo, se é que você ainda não percebeu.
- Tudo bem. Mas bom, será que você pode pelo menos me explicar por que você fez a gente sair correndo do supermercado?
- Quando a gente chegar eu conto pra TODO MUNDO! Entendeu? Ou quer que eu desenhe? - ela falou irritada. Não aguentava mais ficar junto de Harry. Ainda não caira a ficha de que ele tinha a beijado e depois estava aos beijos com outra, e que essa outra era uma peituda siliconada, com fiapos de roupa.
Já Harry queria explicar o que acontecera, dizer que não foi culpa dele. Mas sabia que era cabeça dura e não o escutaria. Talvez fosse melhor não falar nada e esquecer tudo.
Permaneceram o resto do caminho em silêncio.

Na Casa De Tom...

- Cambada cheguei! - Steve gritou ao abrir a porta.
- Baby!!! - disse se jogando no colo do namorado.
- Maninho!!! - falou fazendo menção que pularia no irmão.
- NEM SE ATREVA ! - Steve gritou e a menina fez bico.
- Pula no colo do Poynter. - sussurou maliciosa.
- Eu não. Vou pular no colo do Danny! - disse e ficou de cara amarrada. - Brincadeirinha Baby.
- O que me contam? - Steve disse se sentando em um dos sofás.
- Nada de interessante. - Dougie deu de ombros, voltando a encarar a TV.
- O Jones fez uma música pra . - falou.
- Ah, não. De novo você vai começar com essa história ? - perguntou.
- Que música? O Jones fez uma música? - Steve perguntou surpreso.
- Hey, não menospreze a mente brilhante do meu namorado! - disse.
- Mas eu e o James, também ajudamos com a letra. - Tom falou apontando para si mesmo e estufando o peito.
- Vocês podem ter até ajudado, mas a mente brilhante é a do Danny. - falou dando um beijinho na bochecha do garoto.
- NAMORADO? - Danny exclamou, parecendo só agora ter absorvido as palavras da menina.
- Erm, é...- corou.
- Nós somos namorados? - Danny perguntou com um sorriso nos lábios.
- Bem, eu achei que éramos...não sei...
- Faz o pedido oficial! - , e falaram juntas.
- Hãhãm - Danny limpou a garganta - , você aceita ser minha namorada?
- Claro que aceito! - ela disse com os olhinhos brilhando, recebendo um beijo do garoto.
- Ai que romântico. Agora só falta a e o Tom, a e o Hary e a e o Dougie. - disse.
- Eu estou bem assim. - falou cruzando os braços.
- Eu também. - Tom respondou, não ía deixar barato. Se ela o esnobava ele faria o mesmo.
- ? Dougie? - perguntou.
- Hum? - os dois se fizeram de desentendidos.
- Ah, nada. Deixa pra lá.



Cap.40*


- Voltamos! - Harry disse.
- Já era hora. Podemos pedir as pizzas? - Tom perguntava indo em direção ao telefone.
- NÃO! - gritou, fazendo todos a olharem.
- Mas a gente tá com fome. - Danny disse passando a mão na barriga.
- A fome pode esperar, o que eu tenho pra dizer é MUITO importante!!!
- Diga. - Stev falou.
- É com você e com a sua irmãzinha aí que eu tenho que falar mesmo.
- COM A GENTE? - e Stev perguntaram preocupados.
- Sim. Por que vocês não contaram que o Shopping ía ser inaugurado esse sábado? - apontava o dedo para os dois.
- Ué, simples. Todo mundo já sabia. - Stev deu de ombros.
- Mais ninguém sabia disso! - apontou pro folheto, fazendo todos o olharem.
- Caraca! Vai ter circo e parque de diversões. - dava pulinhos.
- E mais, barracas de comida e jogos. - Tom vibrava.
- Barraquinha de algodão doce, maça do amor e até barraca do BEIJO! - Harry falou dando ênfase a palavra "beijo".
- Por que vocês não nos contaram? - ainda estava intrigada com isso.
- Será que era por que a gente não sabia? - Steve disse com cara de "dã".
- Mas vocês são os "Rushton's" vocês tinham que saber!!! - indagava.
- O que? Vocês são os Rushton's? - Dougie perguntava surpreso.
- Somos. Por que? - disse.
- Mas ninguém chama vocês por esse sobrenome, sempre usam . - Dougie estava confuso.
- Eles não gostam que os chamem de Rushton's. Acreditam que assim o assédio é menor. - deu de ombros.
- Que assédio? - Poynter não entendia.
- Tá lerdo hoje, hein Poynter? Eles não curtem serem paparicados pelo fato de fazerem parte da família que fundou essa cidade. - disse esclarecendo tudo.
- Ahhh, entendi.
- Não acredito que o Papai não nos contou sobre isso. - balbuciava irritada, com as mãos na cabeça - Deve ter sido idéia daquela assistente nova dele, que veio Deus sabe de onde. Tá ela teve uma excelente idéia, eu gostei. Mais por causa disso o Papai começou a ficar estranho com a gente. Chegava tarde em casa, deve tar tendo um caso com ela, só pode. - terminou com a voz falha.
- Garanto que não estão tendo um caso. - Dougie adivertiu.
- Como você pode ter certeza Poynter? - ela o encarou com os olhos vermelhos.

"Poynter? Ela só me chama de Poynter quando está irritada, melhor eu esclarecer logo" pensou o garoto.

- Erm...bem...porque essa "assistente" é a minha Mãe.
- Ai, Meu Deus Dougie. Me desculpa, eu falei sem pensar. Eu adoro a sua Mãe, mas não sabia que era ela. Me desculpa? - falava de cabeça baixa tentando esconder inutilmente o rosto com a mãos.
- Hey, tudo bem. Eu entendo. Ela também fez mistério sobre isso lá em casa, a princípio eu fiquei brabo. Mas depois ela me adivertiu que ía ser legal e que esse suspense fazia parte. Eles queriam surpreender os moradores.
- Ecosjehu. - disse com a voz abafada, devido a almofada que cobria o seu rosto.
- E o que? - Dougie perguntou pegando a almofada.
- Não Dougie! Eu estou muito envergonhada.
- Deixe de frescura. Está tudo bem, eu já disse.
- Sério? - ela mordeu o lábio inferior.
- Uhum.
- Obrigada.
- De nada. Agora me diga o que você falou?
- E conseguiram.
- É, tenho que concordar.
- Ok. Já que vocês esclareceram tudo, vamos pedir as pizzas? - Tom exclamou.
- Vamos escolher o sabor junto com os outros Miss Rushton? - Dougie disse se levantando e estendendo a mão pra garota.
- Bobo.



Cap.41*


O resto da semana correu normalmente. Tiveram alguns testes surpresas, mas nada que não pudesse ser recuperado depois. Os meninos ensaiavam todas as tardes, e com isso haviam desistido de jogar no time titular do colégio, afinal o dom deles era com a música.
As meninas treinavam novas coreografias, e por isso ambos não se viram muito durante a semana. Tiveram tempo pra conversar e sair apenas sexta-feira a tarde.

- Eu estou cansado. Essa semana foi pesada. - Danny falava enquanto esperavam o garçom trazer os sundaes.
- Nem me fale. Ainda bem que hoje já é sexta, e amanhã tem a inauguração e tudo mais. - Harry dizia brincando com um guardanapo.
- Putz. Esqueci de fala pra vocês. - bateu na testa.
- O que? - Dougie perguntou.
- Não me diga que não vai ter mais festa? - Tom dizia - Aquela comida toda, venho sonhado com ela esses dias.
- Não é isso Fletcher. É outra coisa. - disse.
- Ufa, ainda bem. - Thomas colocou a mão no peito aliviado.
- Você só pensa em comida. - revirou os olhos.
- Diga o que você esqueceu . - Danny dizia levando uma colher de seu sundae de chocolate a boca.
- Prometem que não vão brigar comigo? - fez uma cara de dor.
- Yep. Conta logo Pequena. - Harry falou.
- Bom, é que meu Pai falou que queria uma banda pra tocar amanhã, daí pediu pro Steve falar com os meninos, mas eles não podiam, então indiquei vocês, e ele aceitou.
- VOCÊ O QUE? - Dougie disse se engasgando com seu sundae.
- Ui, Tom não precisava guspi seu suco e em cima de MIM! - bufou indo ao banheiro.
- Desculpa. Eu me assustei com a notícia. - Tom gritou sem saber se o escutara.
- Mais a gente não tem nada pronto...- Danny disse.
- Claro que tem. Vocês fizeram várias músicas nesses últimos dias. - incentivava os amigos.
- Só que não estão boas o suficiente e nem terminadas. - Harry falou triste.
- Acho que você terá que cancelar com seu Pai . - Dougie falou.
- Nem pensar! O erro foi meu de não ter contado antes. Mas vocês vão se apresentar sim, e vai ser o máximo! - falou.
- É vocês são ótimos! Vamos lá garotos! - disse.
- O que vocês acham caras? - Tom perguntou olhando para os amigos.
- Por mim... - Harry deu de ombros.
- Ok. - Danny disse.
- Fechado! - Dougie sorriu.
- Eba! - as meninas vibraram.
- Caraca, a gente precisa decidir as músicas. - Tom dizia.
- É pra tocar quantas músicas ? - Dougie perguntou.
- Quatro.
- Meu Deus. Temos que ir. - Danny foi se levantando.
- Hey! E a gente? - perguntou.
- Vamos logo então. Deixamos vocês em casa e vamos ensaiar. - Harry disse.
- Ok.
- Calma gente, falta a . - lembrou-se da amiga.
- To aqui. O que aconteceu? Por que nós vamos embora? Eu nem comi ainda. - a menina dizia sendo levada pra fora da sorveteria.
- Obrigada Fletcher. Por sua causa não comi o meu sundae de morango. - bufava.
- Desculpa . Foi sem querer. - Tom tentava se explicar.



Cap.42*


As meninas ficaram na casa de , enquanto os meninos foram para a casa de Tom ensaiar e escolher as músicas. Elas insistiram que queriam ajudar, mas eles não deixaram. Queriam fazer suspense em relação as músicas que iriam tocar.

- Vamos começar com qual? - Tom perguntava tomando um gole de sua água.
- Não faço a menor idéia. - Harry disse.
- Que tal I'll Be Ok? - Dougie sugeriu.
- Boa! Depois a gente toca Saturday Night, afinal tem um pouco a ver com o dia. - Danny disse.
- Uau o Jones pensou. - Tom disse fazendo os outros rirem, menos Danny.
- Depois pode ser uma mais lenta. - Harry falou.
- Tipo qual? - Dougie perguntou.
- Not Alone? - Judd franziu as sobrancelhas.
- Isso cara. Só precisamos de mais uma. - Jones disse.
- Que tal essa? - Dougie retirou um papel amaçado de seu bolso e mostrou aos amigos.
- Mas a gente ainda não terminou ela Dougie. - Tom falou.
- Eu terminei. Agora só preciso saber o que vocês acham.

Os três ficaram em silêncio lendo o que o amigo escrevera. Olharam-no com uma cara séria, deixando Dougie ainda mais nervoso.

- Vamos Dude! Me digam o que acharam? Vamos tocar ou não?
- Ficou PERFEITA Dougie! - Tom disse sorrindo.
- Sério? - Dougie perguntou com uma cara abobalhada.
- Yep. Vamos só arrumar a melodia pra que a letra se encaixe. Acho que vamos ter que virar a noite ensaiando. - Danny falou.
- Sem problemas por mim. - Harry deu de ombros.
- Só vou avisar minha Mãe. - Dougie disse pegando o celular.


***

- Que saco, eu queria estar lá com eles. - reclamava deitada na cama de .
- Todas nós queriamos amiga. - disse.
- É, a gente queria ajudar e eles foram uns grossos. - falava irritada.
- , eles não foram grossos. Só não queriam que a gente atrapalhasse. - falou e todas as meninas a olharam espantadas.
- O que foi? - perguntou.
- Você defendendo eles? Milagre! - disse.
- Até parece que estou defendendo, eu só falei a verdade.
- Ok. Mudando de assunto. Conta aí pra nós , como está o namoro com o Steve? - perguntou.
- Maravilhos! Ele é perfeito, carinhoso, amigo, sensível, divertido, lindo, gostoso. - contava.
- Ih, meu irmão não é tudo isso não. - falou levando uma almofadada na cara.
- E você e o Danny, ? - perguntou enquanto pegava um chocolate.
- Ah...- a garota suspirou - Ele é um fofo. Se preocupa comigo e é atencioso. - a menina falava enquanto seus olhos brilhavam só de lembrar do rosto de Danny.
- Também, depois de hoje. Até eu iria achar o Jones um fofo. - falou.
- Não começa com a história da música de novo . - adivertiu.
- Eu não disse nada. - .
- Mais ía dizer que eu sei. - concluiu e mostrou a língua.
- E o Poynter ? - perguntou.
- O que tem ele?
- Ah, nem vem. Você gosta dele que eu sei. - falou.
- É tá escrito na sua testa "EU AMO O DOUGIE"! - escrevia no ar.
- Ele é só meu amigo. Vocês não entendem isso. - disse nervosa.
- Se fosse só seu "amigo" você não ficaria nervosa. - provocou a amiga.
- Ah sei lá, eu posso até ser afim dele. Mais tem o Renato...
- ! Alôuuu! O Renato tá na Nova Zelândia. E outra você que quis terminar com ele. Já tá mais do que na hora de sair dessa fossa e ficar com alguém. - disse.
- Eu sei...- falou de cabeça baixa.
- Então mulher. Se deixa levar pela emoção. Tá na cara que o Dougie tá afim de você. Mas você é cabeça dura e não vê. - falou.
- Ou FINGI que não vê. - enfatizou.
- Eu não finjo nada. Eu só...bem...tenho medo de me envolver com alguém, e essa pessoa ir embora...- disse com os olhos marejados.
- Calma amiga. O Dougie não vai embora. - abraçava a garota.
- É. Ele não vai ir embora. Ele tem tudo aqui. Não pode ir embora assim. - dizia contendo o choro.
- Quem garante? - perguntou com a voz embargada.
- Ninguém. Mais se você ficar chorando aí pensando nisso vai ser pior. Aproveite a oportunidade. Ele TE AMA amiga! TE AMA! Já tá claro isso. Mas ele deve ter medo de dizer pra você o que sente, porque sempre quando tenta você resolve reforçar a palavra "amigos" pra ele. Isso o deixa inseguro. - falou.
- Vocês acham que eu deveria tentar? - perguntou enxugando as lágrimas.
- É claro! - todas disseram juntas.
- Mas a certeza tem que vir de você, não de nós. - reforçou.
- E como eu vou ter essa certeza? - perguntou.
- Siga o seu coração. - disse, recebendo novamente olhares de suas amigas. - O que? Eu não posso ser sentimental, às vezes? - as garotas apenas concordaram com a cabeça, murmurrando um "Sim".
- Ok. Agora chega de chorar e vamos ver um DVD, que tal? - perguntou.
- Isso aí! E de comédia, por favor. Por que agora temos que chorar, mais de tanto rir. - falou e as outras concordaram.



Cap.43*


estava em uma praia deserta, em um pequeno morro proxímo ao mar, observando o pôr do sol. Não sabia muito bem porque estava ali sozinha, mas nem se importou. Queria aproveitar a brisa do mar batendo em seu rosto. Se sentia tão bem com a sensação que aqueles pequenos arrepios de frio provocavam-na. Se sentia livre dos problemas. Observou alguns passáros voarem sobre o mar, e sorriu. Como queria nesse exato momento ser um pássaro pra voar para qualquer lugar, conhecer paisagens novas e encantadoras, fazer novas amizades e deixar todo aquele sofrimento para trás.
De repente o ceú escureceu, começou a surgir nuvens carregadas alertando que uma chuva muito forte cairia, ficou imovél quando um raio caiu e acerteou bem no meio do mar, o barulho fora assustador. O medo tomou conta do seu corpo, deixando-a em um estado de choque a medida que escutava passos de cavalo se aproximando. Suas pernas amoleceram ao sentir que alguém a pegou pela cintura e a colocou em cima do cavalo. Sua única atitude foi abraçar aquele corpo a sua frente o mais forte possível e fechar os olhos, afim de espantar o medo.
Pouco tempo depois começou a escutar barulho de pássaros, abriu os olhos cuidadosamente e percebeu que estava sentada em um imenso jardim, o gramado era um verde-vivo, haviam várias flores de todos os tipos, que exalavam um cheiro gostoso dando um ar exótico ao lugar. Vários animais caminhavam por ali, deixando o local mais parecido com um conto de fadas. Analisou calmamente tudo a sua volta e viu que mas a frente havia uma trilha, seguio-a e encontrou um lago, com uma água cristalina. Na beira do mesmo estava um cavalo branco que a medida que o sol batia em suas costas fazia o seu pêlo brilhar. Ficou realmente encantada com a beleza que se encontrava bem a sua frente. Sentiu alguém tocar em seu ombro...
- Hey, não precisa ter medo. - o garoto falou.
- Você? Por que sumiu desse jeito? Como conseguiu escapar da floresta? Oh, Meu Deus, você está bem? Está ferido? - perguntou preocupada.
- Eu estou bem. Não se preocupe. Eu apenas preciso conversar com você. - ele disse calmo.
- Conversar o que? Eu nem te conheço? Afinal, porque você sempre está com o rosto coberto? - ela se aproximava do rapaz.
- Por favor, não me faça essas perguntas... - ele disse se afastando e indo em direção ao lago.
- Mas...mas...eu preciso saber quem é você...essa dúvida me perturba...por favor deixe-me ver seu rosto...- ambos já estavam muito proxímos. tocou o rosto do rapaz que estava coberto ele colocou sua mão em cima da dela, e começou a ajudá-la a tirar o pano que cobria-lhe a face...


- ! ! ! Acorda amiga! Estamos atrassadas. Já são 13:15 e temos que estar na inauguração as 14:00! - falava eufórica.
- Hãn? O que? Deixa eu ver o seu rosto...- falava sonolenta.
- Que rosto? Você tá com febre? - colocava a mão na testa da amiga.
- Ela tá sonhando ainda. - disse arrumando o colchão em que havia dormido.
- Ah, mais ela vai acordar já, já. - falou maliciosa.
- O que você vai fazer ? - perguntou.
- Shiu, silêncio. - pediu - O DOUGIE ESTÁ TE LIGANDO, E DISSE QUE É URGENTE!!! - a garota gritou.
- Dougie? O que aconteceu? Dougie? Dougie? - deu um pulo e pegou o celular.
- Hahahahahahahaha. - todas começaram a rir.
- Ah, suas chatas, me acordaram. - disse tacando um travesseiro em cada amiga, começando assim uma pequena luta.
- Ok. Ok. Chega. Precisamos nos arrumar. - falava com a voz abafada.
- Que horas são? - perguntou.
- 13:40. - disse calma.
- 13:40? - todas falaram juntas e começaram a se arrumar rapidamente.



Cap.44*


- Cadê as meninas Dude? - Danny perguntava preocupado.
- Calma você sabe como são as mulheres. Sempre se atrassam. - Tom disse arrumando o fio de sua guitarra.
- E se ela não vier? - Dougie pensou alto.
- Ela quem Poynter? - Harry perguntou.
- Er, a minha irmã. Ela ficou de trazer a minha palheta que eu esqueci em casa. - Dougie disfarçou.
- !!! - Danny gritou quando viu a namorada se aproximar.
- Amor! Tudo bem? - perguntou dando um leve selinho no garoto.
- Yep e com você? - Jones a abraçou.
- Desculpa atrapalhar o casal Jones, mas cade as outras meninas ? - Tom perguntou.
- A já tá vindo Fletcher! - falou.
- Eu não perguntei dela, eu perguntei de TODAS, é diferente. - Tom corou.
- Não precisa esconder não, Thomas. Eu sei que você gosta dela. - disse com uma cara sábia.
- Hey! - disse ao se aproximar.
- Hey! - os garotos responderam, menos Harry.
- Nossa isso aqui tá incrivél. - dizia abobalhada.
- Tá mesmo. - se intrometeu.
- Viu Fletcher eu falei que ela já vinha. - falou deixando um Tom sem graça.
- Estava me esperando Tom? - perguntou.
- Eu? Não, não. - o garoto mentiu.
- Cadê a ? - Dougie perguntou e todos o fitaram - e a ? - ele terminou.
- Estão fazendo uma competição. Querem ver quem chega antes aqui. - deu de ombros.
- CHEGUEI!!! - gritava pulando no lugar.
- Não valeu . Você saiu antes. - dizia sem folêgo.
- Baby, a vida é assim. Um dia a gente perde, no outro a gente ganha. - disse sorridente.
- Isso me lembra uma música. - disse pensativa.
- Eu quero uma revanche! - falou.
- Tem certeza? - perguntou.
- Tenho! - respondeu com firmeza.
- Fica pra depois então. - falou.
- Tá com medo é? - indagou.
- Não! É que o seu namorado chegou. - apontou para o irmão que chegava junto com James e Dave.
- Steve! - disse dando um beijo no namorado.
- Oi Princesa! Oi pessoal! - Steve acenou pros outros - Jimmy e Dai esse aqui é o Poynter. - Steve apontou para o amigo.
- E aí Dudes, prazer. - Dougie disse simpático.
- O prazer é nosso. - James falou apertando a mão de Poynter.
- Então você é o famoso Poynter? - Dave perguntou.
- Bom eu sou o Poynter, mais não sabia que era famoso. - Dougie falou.
- É mais do que você imagina. - James respondeu maroto, dando tapinhas nas costas de Dougie.
- Cadê a Pequena? - Dave perguntou.
- Não sei ela tava aqui agora pouco. - Harry disse olhando pros lados.
- Vou procurar lá fora então. - Dave deu de ombros e saiu.
- Vocês já vão tocar? - perguntou.
- Não. Primeiro o pai da e do Steve vai inaugurar o Shopping e depois nós tocamos. - Tom falou.
- Então a gente pode ir no parque de diversões né? - dizia empolgada.
- Não sei, o que vocês acham? - Tom perguntou.
- Ah, qual é Fletcher, deixa de ser medroso. - retrucou.
- Eu não sou medroso! - Fletcher respondeu irritado.
- A é? Vamos ver então. Quem chegar por último na montanha russa vai ter que dançar funk no carrosel. - falou.
- Fechado. - Tom disse, os dois apertaram a mão um do outro e saíram correndo.
- A gente vai junto? - perguntou dando pulinhos.
- Lógico eu não perco o Fletcher dançando funk por nada. - Harry disse saindo do palco, e os outros o seguiram.
- E você Dougie, não vem? - Danny perguntou ao amigo.
- Já vou. Só vou terminar de arrumar o meu baixo. - Dougie respondeu.
- Ok. - Jones disse e saiu.
- Help! I need somebody, Help! not just anybody...- Dougie cantava quando sentiu uma pedrinha atingir a sua cabeça. - Ouch! - esbravejou e ouviu alguns risos. Fingiu que não escutara e voltou a cantar. - Help! I need... - foi interrompido por uma voz...
- Help! You know I need someone, Help. - uma voz conhecida cantava.
- Quem está aqui? - Dougie perguntou.
- Toc, toc. - a voz falou.
- Desista eu não vou brincar de "Toc, toc. Quem é?" - Dougie debochou.
- Ah, qual é Poynter? Você é um chato. - disse saindo de traz dos amplificadores.
- Eu não! Você que é criança. - o garoto disse e deu língua.
- Agora me diga, porque você se escondeu aí?
- Porque eu não quero ver o Dave.
- E por que?
- Porque eu vou ter que pagar uma aposta.
- Que aposta? - Dougie perguntou curioso.
- Nossa, não sabia que você era tão curioso Dougie. - a garota disse sarcástica pegando o baixo de Poynter.
- Hey, hey. Larga o meu baixo.
- Nop. Eu quero tocar. - disse com voz de criança.
- E desde quando você sabe tocar?
- Hum... - fez cara de pensativa - desde agora! - fez menção que iria tocar.
- Nem se atreva! - Dougie disse pegando o instrumento de . Suas mãos se tocaram, estavam muito proxímos. Podiam sentir a respiração quente um do outro. A medida que se aproximavam a respiração falhava. As pernas de amoleceram, as mãos de Dougie suavam. Os narizes começaram a se tocar lentamente e...



Cap.45*


- ? ? Você tá aí? - Dave gritava tentando abrir a cortina do palco.
- É o Dave. - sussurou.
- O que a gente faz agora? - Dougie perguntou.
- Vem comigo. - o puxou e saíram pelos fundos.
- Ué? Eu jurava que tinha escutado a cantando. - Dave dizia pensativo. - Acho que eu bebi demais já. - e saiu.
- Pra onde a gente vai? - Dougie perguntava.
- Não sei. Aqui tem bastante gente, dá pra se esconder. - falou olhando pros lados.
- Mas eu não vim aqui pra ficar fugindo, e de um MENINO. - Dougie enfatizou a última palavra.
- Aé? E veio pra que então Poynter? - perguntou.
- Pra ver garotas, afinal eu vou tocar. Ninguém resiste a um baixista gostoso como eu. - Poynter estufou o peito.
- Há, seu safado. - dava tapinhas no garoto.
- Para! Para! para! Você curte me bater nunca vi. - Dougie falou segurando os braços da garota que se debatia para conseguir se soltar.
- Sabe o que é? - se aproximou dele.
- N...não...o...que? - Dougie gaguejou.
- É legal te bater Douglas. - sussurou no ouvido de Dougie fazendo-o arrepiar, aproveitando a fraqueza do rapaz se soltou e começou a correr.
- Hey! Volta aqui! Quando eu te pegar você vai ver só. - e saiu atrás dela.
- Peguei! - Dougie segurou-a pela cintura.
- Me solta Dougie! Me solta! - gritava.
- Nop. Agora você vai pagar! - fez uma cara maliciosa, e começou a fazer cocégas na "amiga".
- Pa...para...Dougie...para!!! Eu vou fazer xixi nas calças!!! - tentava dizer em meio a risos.
- Problema seu! Eu não vou parar.
- Douglas! Para! - ela gritou e ele parou.
- Ok. Eu vou te dar uma colher de chá, mas por pouco tempo.
- Ô, que gentil. Obrigada. - ela falou com as mãos no joelho - Tiro ao alvo! - seus olhos brilharam.
- Você quer jogar? - Dougie perguntou apontando para a barraquinha.
- Aham. Eu amo tiro ao alvo. Sempre quis ganhar um desses ursões, mais nunca consegui. E o Steve é pior que cego em tiroteio.
- Então vem. Eu vou ganhar um pra você.


***

- Hahaha se fodeu Fletcher! - Danny zoava o amigo.
- Não enche Jones. - Tom disse emburrado.
- Ai, amor não fique brabo. - Harry fez voz de gay e apertou as bochechas do amigo.
- Sai pra lá Judd! - Tom o empurrou.
- Aposta é aposta Fletcher. Vai ter que dançar funk. - James disse segurando o riso.
- É, vamos lá Tom. Quero ver se você mexe bem o popozão. - falou.
- Nossa , não sabia que você era tarada por bundas. - disse.
- Ah, todo mundo tem seu lado pervertido, né? - disse inocente.
- Hey, vocês viram a ? - Dave chegou perguntando.
- Ainda não achou ela Dude? - Steve perguntou.
- Nop. - Dave.
- O Dougie também sumiu. - Harry disse.
- Eles devem estar juntos, como sempre. - deu de ombros.
- É Judd, relaxa. Depois ele volta pra você. - James disse.
- Eu sei que ele volta. Mais eu tenho saudades do meu baixinho. - Judd falou como gay e todos riram.
- Dai, o que você quer com a Pequena? - Danny perguntou.
- Cobrar uma aposta. - ele disse sorridente.
- Que aposta é essa que ninguém tá sabendo? - perguntou curiosa.
- Ah, é que a última vez que ela foi nos visitar, a gente jogou poker. E apostamos que quem perdesse ía ter que cumprir um desafio lançado pelos outros. E como ela perdeu, vai ter que arcar com as conseqüências. - James se intrometeu.
- Não creio. E qual é o desafio? - perguntou.
- Fazer um piercing. - Dave disse.
- Só isso? - perguntou incrédula.
- Yep. - Dai concordou.
- Mais isso é fácil demais. - falou.
- Pra Pequena não, ela morre de medo de agulhas. - James disse.
- Hãn, entendi. - falou - Então, tá explicado porque ela tá fugindo.
- Opa. Nossa vez de ir na montanha russa! - Steve falou.
- Aeee! - todos vibraram e se dirigiram pra um carrinho.



Cap.46*


- Nossa Douglas, aonde está o meu urso? - falava irônica, com a mão proxíma aos olhos fingindo proucurar o urso.
- Mal agradecida. Pelo menos eu ganhei uma camiseta. - Dougie falou.
- Nossa! Que prêmio bom, hein? Uma camiseta dos Teletubbies. - revirou os olhos - E aquele papo todo de: "Eu vou ganhar um pra você?"
- Eu só não tive sorte. - Dougie se defendeu.
- Não minta Dougie. É mais fácil adimitir de uma vez que seu talento é tocar e não atirar.
- Tá, você pode estar certa.
- Viu! - a garota deu língua.
- Mas mesmo assim eu vou tentar de novo depois do show. Da...- Dougie parou de falar ao perceber que não tinha ninguém ao seu lado. Olhou pra trás e viu parada com uma expressão de medo olhando pra uma barraca. - , o que foi? Por que você tá olhando assim pra uma barraca de tatuagens e piercings?
- É que...bom...sabe a aposta que eu falei?
- Yep.
- Então, eu preciso por um piercing...
- Essa é a aposta? - Dougie começou a rir da cara de assustada que a menina fez.
- Não ri. É sério. Eu morro de medo de agulhas...- disse com a voz trêmula.
- Desculpe, eu não sabia...Bem, você tem certeza? - a garota fez sinal de afirmação com a cabeça. - Vamos lá, eu prometo ficar do seu lado.
- Obrigada. - a garota deu um leve sorriso.
- De nada. - Dougie retribuiu.
- Dougie?
- Hum?
- Canta Help, dos Beatles pra mim? - pediu.
- Mas, , eu não canto muito bem... - coçou a cabeça.
- Claro que canta, esqueceu que eu já escutei?
- Ok. - ele disse envergonhado.
- Help me if you can, I'm feeling down. And I do appreciate you being around...- Dougie cantava segurando a mão da garota.
- Eu amo essa música...- ela sussurou de olhos fechados, dando um meio sorriso e apertando forte a mão de Dougie quando sentiu a agulha em sua orelha.


***

- Fletcher, não esqueça que você vai ter que dançar funk. - relembrava fazendo os outros soltarem risadinhas.
- Que saco! Eu sei! - Tom respondeu rispído, e se afastou.
- Acho que ele não gostou de perder pra uma garota. - Danny disse.
- Bom, Dude, ninguém gosta de perder pra uma garota. - James falou.
- É, ainda mais quando essa garota é aquela que você gosta. - Harry soltou.
- Nosso Thomas está crescendo. - Steve disse com voz de gay, fazendo os amigos rirem.
- Dude, ainda bem que ele não tá aqui, se escutasse vocês falando isso do jeito que tá irritadinho ía dar um soco em cada um. - Dave disse entrando no meio de Danny e James.
- Ah, nem vem Dave, você também concorda, não se faça de santo. - Jimmy encarou o amigo.
- Ok, ok. Eu concordo sim, mais guardo pra mim a minha opinião, não fico espalhando por aí. - Dai falou sério.
- Aham, sei. Conta outra dude. - Harry falou.
- Ih, eu vou é procurar a que eu ganho mais. Não tô afim de ser o saco de pancadas de vocês.
- Gay! - Danny disse.
- Tá com medinho! - Harry falou e recebeu em resposta o dedo médio do amigo.
- Vamos comer alguma coisa antes do show? - se aproximou com as amigas e todos concordaram.


***

- Viu, até que não doeu. - Dougie dizia.
- Você diz isso porque não foi em VOCÊ que a agulha foi enfiada!!! - resmungava.
- Você reclama demais Dude!
- Mas doeu. E muito. Há, pelo menos ficou legal, né? - dizia apontando para seu piercing de estrelinha na orelha. - Você exagera. Mais ficou legal sim.
- Valeu a pena a dor. - Dougie a olhou de cara feia - E a música e a sua presença também Baby. - apertou fortemente as bochechas do garoto.
- Isso doí. - massageou suas bochechas - Obrigado por lembrar de mim. - sorriu - Quer comer alguma coisa?
- Fresco! - ele deu língua - De nada. Yep, eu quero algodão doceee!!! - dava pulinhos.
- É uma criança mesmo. - rolou os olhos.
- Não Dougie, eu quero o rosa, não o azul. - reclamava.
- Mas qual é a diferença? Tem o mesmo gosto!
- Mais eu quero o rosa. - cruzou os braços.
- Então toma o rosa. - revirou os olhos.
- Eba! Obrigada papys!
- Eu não sou o seu pai!
- Mais parece! Hey, aquele ali é o Dave? - apontou para um garoto de costas.
- Acho que é...o cabelo não nega...
- Hahahaha é verdade. Dougiezinho, segura um pouquinho meu algodão? Obrigada.
- Daveeeeeeee! - gritou pulando nas costas do amigo.
- Pequenaaa! Até que enfim. Aonde você tava? - ele perguntou olhando pra cima para poder enxergá-la.
- Cumprindo a aposta! - respondeu marota.
- Não acredito! Aonde você fez o piercing? - Dai soltou a garota.
- Aqui ó...- ela colou o cabelo atrás da orelha.
- De estrela pra variar...nem combinou com você...imagina...- Dave debochou.
- Mas eu devo a minha coragem ao Dougie. Ele que ficou comigo lá. - disse sorrindo olhando para Poynter que corou e retribuiu. - Meninasss!!! - gritou e saiu correndo para exibir o seu novo "brinco" as amigas.
- Não deixe ela escapar...- Dave disse a Dougie.
- Hã?
- É, Dude. Não deixe ela escapar. Ela é uma garota maravilhosa. Se você não correr atrás logo vai perder ela.
- É tão visível assim que eu gosto dela? - Dougie perguntou timído.
- Sinceramente? É sim. - Dai riu da cara espantada do amigo.
- Mas ela nem gosta de mim, só me quer como amigo...- Poynter suspirou.
- Claro que ela gosta.
- Você acha?
- Eu não acho, tenho certeza! Vai por mim eu conheço a Pequena. Ela só tá insegura...
- Mais com o que? Eu gosto tanto dela, não vou fazer ela sofrer!
- Eu sei Dude, eu sei. Mas no último relacionamento dela, ela sofreu muito. Bem, você conhece a história né?
- Conheço. Do Renato e tudo mais, certo?
- Yep. Então vai com calma, tente entender o lado dela também.
- Ok. Eu vou tentar...



Cap.47*


- Achei você Poynter! Vamos! Está na hora! - Harry puxava o amigo.
- Boa sorte! - Dave gritou.
- Valeu! - os dois responderam antes de sumir no meio da multidão.
- Falou com a sua irmã? - Harry perguntou quando chegaram no backstage.
- Em casa só, por que? - Dougie falou pegando seu baixo.
- Porque, oras, ela não ía trazer a sua palheta? - Harry arqueou uma sobrancelha.
- Aé! Eu liguei avisando que tava no meu bolso. - Dougie respirou fundo.
- Eita, tá andando muito com o Jones, hein? - Judd riu.
- He, deve ser...- Poynter sorriu amarelo.
- O que falam de mim? - Danny perguntou.
- Se achou o importante...- Harry falou girando uma baqueta.
- Estão prontos? - um funcionário que cuidava do show perguntou.
- Sim. - todos responderam.
- Ok. Esperem o Mr. Rushton anunciar vocês e daí entrem. - e saiu.
- Sou só eu, ou vocês também estão nervosos? - Danny engoliu em seco.
- Não é só você não Dude...- Tom falou tentando conter o nervosismo.

"Agora com vocês uma banda nova, McFLY!!!" - Mr. Rushton anunciou.

- É agora caras, seja o que Deus quiser. - Harry falou indo em direção a sua bateria.


***

- Alguém esqueceu um algodão doce lá atrás...- Dave falou abraçando .
- É mesmo. Obrigada Dai. - sorriu - Ok, não precisa fazer essa cara, eu divido com você. Pode pegar. - falou.
- Você é uma gracinha. - Dave beijou a bochecha da amiga.
- Eu sei. - deu língua - Mas fique quietinho agora, eu quero escutar o show.

Os meninos subiram no palco meio receosos, cada um se dirigiu para o seu lugar e Tom começou...

- Boa tarde pessoal de Saint Hivan! - Tom gritou.
- Como vocês estão? - Danny perguntou - Espero que estejam bem. - sorriu amarelo - Er...nós vamos começar com I'll Be Ok, espero que vocês gostem. - ele anunciou e Harry começou a contagem com as baquetas.

As garotas se dirigiram mais a frente, para ficarem próximas ao palco. Queriam mostrar que estavam ali para apoiar os amigos. Cantaram a música de cor, fazendo-os darem um leve sorriso e se sentirem mais confiantes.
Iniciaram "Saturday Night" e todos foram ao delírio. Dave pegou e colocou-a em seus ombros, James fez o mesmo com , Steve com e com .
Depois começaram a tocar os primeiros acordes de "Not Alone", arrancando algumas lágrimas do público.

- Com vocês a nossa última música... - Dougie parou para respirar - I've Got You!

- Vocês já escutaram essa? - perguntou as amigas.
- Não! - as outras quatro responderam.
- Deve ser nova...- falou.
- Silêncio eu quero escutar. - disse voltando a olhar o palco.

"The world would be a lonely place
(O mundo seria um lugar solitário)
Without the one that puts a smile on your face
(Sem aquela que põe um sorriso em seu rosto)
So hold me ‘til the sun burns out
(Então me abrace até o sol se apagar)
I won’t be lonely when I’m down
(Eu não vou estar solitário quando estiver para baixo)


escutava a música atentamente, parecia que cada palavra se encaixava com o que ela estava vivendo com Dougie, mas balançou a cabeça afim de espantar esses pensamentos. Devia ser apenas coincidência...

‘Cause I’ve got you to make me feel stronger
(Porque eu tenho você, para me fazer me sentir mais forte)
When the days are rough and an hour seems much longer
(Quando os dias são duros e uma hora parece muito mais longa)


A medida que escutava, começava a surgir um pequeno sorriso em seus lábios. A letra era tão bonita...

I never doubted you at all
(Eu nunca duvidei de você)
The stars collide, will you stand by and watch them fall
(As estrelas colidem quando você fica pronta e as assiste cair)
So hold me ‘til the sky is clear
(Então me abrace até o céu ficar limpo)
And whisper words of love right into my ear
(E sussurre palavras de amor bem no meu ouvido)


Ao ouvir sobre as estrelas, o sorriso aumentou, teve a certeza de que era para ela a música..."Ok, ! Chega! Pare de pensar isso. Dá onde que o Dougie ía escrever uma música pra VOCÊ? Vocês são só amigos, acorda baby!" ela pensava.

‘Cause I’ve got you to make me feel stronger
(Porque eu tenho você, para me fazer me sentir mais forte)
When the days are rough and an hour seems much longer
(Quando os dias são duros e uma hora parece muito mais longa)
Yeah when I got you
(Yeah, quando eu tenho você)
Oh to make me feel better
(Para me fazer me sentir melhor)
When the nights are long they’ll be easier together
(Quando as noites são longas elas serão mais fáceis juntos)


"Por que ele toca olhando pra mim? Por que ele tem que sorrir assim? Por que quando eu estou com ele tudo parece mais fácil? Por que tudo o que eu sinto está na letra?" se questionava...

Looking in your eyes
(Olhando em seus olhos)
Hoping they won’t cry
(Esperando que eles não chorem)
And even if you do
(E sempre que isso acontecer)
I’ll be in bed so close to you
(Eu vou estar na cama tão perto de você)
Hold you through the night
(Para te abraçar pela noite)
And you’ll be unaware
(E você vai estar inconsciente)
But if you need me I’ll be there
(Mas se você precisar de mim eu estarei lá)


A única sensação que sentia era a de chorar, nem ela sabia o motivo. Estava sendo tão tola..."Por que eu nego que o amo? Por que? Ele é tão perfeito, tão carinhoso...Ele foi capaz de conhecer cada pedacinho de mim em tão pouco tempo. Sempre que precisei ele esteve do meu lado. Por que eu não adimito? Simples. PORQUE SOU BURRA! Sua idiota, diga que ama ele de uma vez..." os pensamentos a atordoavam e a criticavam...

Yeah I got you
(Yeah, eu tenho você)
Oh to make me feel stronger
(Oh, para me sentir melhor)
When the days are rough and an hour seems much longer
(Quando os dias são duros e a hora parece muito longa)
Yeah when I got you to make me feel better
(Yeah quando eu tenho você para me fazer me sentir melhor)
When the nights are long they’ll be easier together
(Quando as noites são longas elas serão mais fáceis juntos)
Oh when I got you
(Oh, quando eu tenho você)"


Algumas lágrimas insistiram em cair. Discretamente ela as enxugou e aplaudiu os meninos quando a música terminou. Eles agradeceram e saíram do palco. Mas Danny fez questão de voltar e gritar: " EU TE AMO, LINDA!!!", causando inveja em várias garotas que conheciam e a olharam com cara de nojo. Essa não deixou barato e ficou se gabando que tinha o namorado mais perfeito de todos.



Cap.48*


, , , , , Steve, James e Dave se dirigiram para a saída do palco. Estavam todos muito felizes e empolgados. Queriam comemorar com os amigos o sucesso do primeiro show.

- O que acharam do show? - Danny perguntou ofegante.
- Maravilhoso! - todos disseram juntos.
- Sério mesmo? - Tom se aproximou.
- Yep Dude! Pra um primeiro show foi demais! - James sorria.
- A gente disse isso pro Danny, mas as células cerebrais dele não sabem processar informações rapidamente. - Harry revirou os olhos.
- Hey, eu escutei isso. - Danny protestou.
- Que bom. - Harry disse.
- O que foi aquela última música? - perguntou animada.
- É, Meu Deus! Muito linda! - continuou.
- Quem escreveu? - foi a vez de .
- O Dougie! - Tom disse.
- Sério Dougie? - o fitou.
- Er...bem...sim...mas todos ajudaram...- Dougie disse timidamente e corando.
- Não precisa ser modesto Dude. Você que escreveu a maior parte dela. - Danny segurou no ombro do amigo.
- Foi pra alguém em especial? - perguntou e Dougie quase se engasgou.
- Ih, começou...- revirou os olhos.
- O que foi? Não posso nem mais perguntar? - cruzou os braços.
- Claro que pode . Mas, me poupe, essa obsessão por letras de música já deu o que tinha que dar. - falou e Dougie só agradeceu mentalmente a ela por tê-lo salvado.
- É, talvez você tenha razão...- se conformou.
- Mas como é que é? O Fletcher vai pagar o mic...digo a aposta? - Steve segurou para não rir.
- Tinha que lembrar disso Steve? - Tom bufou.
- Isso isso, vamos Thomas! - o puxava e todos se dirigiram para o Carrosel, menos , Dave e Dougie que conversavam animadamente.
- Mas então que aposta é essa que o Fletcher tem que pagar? - perguntou.
- Ué, você não tava no palco? - ela afirmou com a cabeça - Então, como não escutou? - Dougie perguntou.
- Como assim ela estava no palco? - Dave arqueou uma sobrancelha.
- Obrigada por me dedurar Poynter. - sorriu sarcástica.
- Não acredito que fiquei te procurando que nem bobo e você estava lá o tempo todo. - Dave fingiu indignação.v - Nem venha Dave. Você já fez dessas comigo. Estamos kits. - disse marota.
- Ok. Dessa vez passa. - Dai se rendeu.
- Hãhãn. Eu também estou aqui. - Dougie pigarreou.
- Oh, nos desculpe Poynter. - colocou uma mão na testa fingindo estar mal por isso.
- Engraçadinha. - deu língua - Agora conte-nos, como não escutou a aposta do casalzinho Fletcher? - Dougie perguntou.
- Acho que isso aconteceu bem na hora que eu vi uma aranha nos amplificadores e daí eu fiquei entretida tentando matar ela. - sorriu de lado.
- Nossa, me adimira você não ter feito escândalo. - Dave disse assustado.
- Baby, eu estava me escondendo. Tinha que manter a pose. - a garota respondeu marota.
- Se achou o próprio 007. - Dougie ironizou e ela deu soquinhos em seu braço - Dave, como você aguenta ela te batendo?
- Bom, acho que ela nunca me bateu. - Dave disse pensativo.
- Ah, o seu problema é comigo é? - Dougie a fitou.
- Yep. - ela sorriu.
- Então você vai ver só. - Poynter fez uma cara de maníaco.
- Nem se atreva Douglas! O Dave me defende! - falou se escondendo atrás do amigo.
- Não me coloque no meio da briguinha de casal de vocês. - Dai soltou e os dois coraram - Hahahaha, vocês tinham que ver a cara de vocês quando eu mencionei a palavra "casal" - Dave gargalhava.
- Er...- murmurrou.
- Hm...vamos pro Carrosel? - Dougie tentou disfarçar.
- Vamos! - disse caminhando no meio de Dougie e Dave.


***

- OMG! Não acredito! - segurava o riso.
- Dúvido que o Tom faça isso. - Harry dizia.
- Vai ter que fazer, senão a mata ele. - disse rindo da situação.
- Só a mesmo pra fazer essa proposta. - Danny falou balançando a cabeça em negação.
- Perdemos alguma coisa? - Dave perguntou se aproximando.
- Nop. O Tom ainda nem entrou. - James avisou.
- E por que não? - arqueou a sobrancelha.
- Porque, bem, é melhor você mesma olhar...- apontou proxímo ao brinquedo.
- Caraca. - Dougie soltou.
- É, nós sabemos. - Steve se pronunciou.
- Esse foi o único jeito que ele achou pra escapar da aposta... - Harry disse.
- Mais beijar uma garota? - perguntou surpresa - Ainda mais esse tipo de garota? Gordinha, baixinha e dentuça?
- Ele estava desesperado Dude. - Danny falou.
- Bom, deve ter funcionado, a parece que desistiu. - James afirmou.
- Se eu fosse você não acreditava muito nisso não...- disse séria.
- Do jeito que vocês falam dela, dá até medo...- Dave falou e todos riram.
- Acredite ela não é assim sempre. - sorriu.
- Olha do que o amor é capaz. - Harry falou.
- ? ? - chamou vendo a amiga passar bufando perto deles.
- Que nojenta nem olhou pra cá...- disse.
- Ainda bem, aquele olhar dela é assustador. - Danny fez cara de pânico.
- Por que ela foi falar com o seu pai ? - James perguntou.
- E eu é que sei...- a garota deu de ombros.
- Não me diga que ela vai usar isso? - falou tentando não rir.
- Pelo jeito vai...- concordou.
- Coitado do Tom. - Dougie disse.
- THOMAS FLETCHER! SOLTE IMEDIATAMENTE ESSA GAROTA E CUMPRA A SUA APOSTA, JÁ! - berrou no ouvido de Tom com uma espécie de mega-fone, fazendo com que o garoto se assustasse e largasse a menina, para tampar seus ouvidos.
- CACETADA ! - Tom esbravejou.
- Cacetada digo eu. - a garota o fuzilou com os olhos.
- Já que você quer tanto me ver dançar vamos de uma vez garota! - ele disse irritado a puxando e entrando na fila do brinquedo.
- Nossa, deu até medo do Tom agora. - Harry falou.
- É, nunca vi ele assim...- Dougie concordou.
- Cantem alguma música de Funk, por favor! - Tom pediu aos amigos antes de subir eu seu lindo cavalinho.
- Ele falou sério? - perguntou.
- Acho que sim. Vamos dar apoio moral então. - Steve disse.
- Danny faz aqueles raps? - disse.
- Sim senhora. - Jones fez continência.
- E os outros estralam os dedos. - pediu.
- E nós cantamos. - disse empolgada.
- Ish, quero só ver...- Harry sussurou para Dougie que riu.
- 1,2,1,2,3,4. - fez a contagem.

"Quer dançar, quer dançar
O tigrão vai te ensinar
Quer dançar, quer dançar
O tigrão vai te ensinar
Vou passar cerol não mão
Assim Assim..."


As meninas cantavam empolgadas em forma de rap, dando várias gargalhadas ao ver Fletcher rebolando, ou pelo menos, tentando rebolar. era a que mais ria, até o momento de Tom descer de seu lindo "Alazão" e fazê-la dançar com ele. Formou-se uma roda em volta do brinquedo. Muitas pessoas riam, outras olhavam incrédulas para aquela cena que julgavam "obscena". As criancinhas que estavam em seus cavalinhos olhavam com os olhos esbugalhados. Algumas menininhas até tentaram imitar , mas foi em vão.
Quando o brinquedo parou a maioria do "público" que assista bateu palmas e assoviu, mas as Mães das crianças começaram a chingar Tom e a vaiá-lo. Uma até tentou dar uma bolsada no garoto, mas o defendeu.



Cap.49*



- Hahahaha, daí a mulher disse: "Você pensa que tá fazendo o que? Você nem sabe rebolar guri!"- Harry imitava a cena que ocorrerá mais tarde.
- O pior de tudo foi ela tentando ensinar o Tom a rebolar certo. - Dougie gargalhava.
- Desce até o chão assim ó...- Dave dançava.
- Vejo que aprendeu direitinho, hein? - James ria da imitação do amigo.
- Qual é Fletcher, vai ficar quieto? - Steve colocou o braço em volta do ombro do amigo.
- Já ouviu aquele ditado: "O silêncio é o amigo dos conscientes"? - Tom perguntou.
- Não. - Steve respondeu franzindo a testa.
- Nem existe esse ditado, mané. - Harry deu um pedala em Fletcher.
- Existe sim, por que eu acabei de inventar. - Tom estufou o peito.
- Ihhh, acho que alguém está pensando na namoradinha. - Danny desenhou um coração no ar.
- , meu amor! - Dougie encenava abraçando Harry.
- Calem a boca! - Tom riu.
- Confesse pra nós aqui caro Fletcher. Você está caidinho por ela, não está? - James perguntou.
- Er, claro que não. - Tom negou.
- Nem vem Tom. Você ficou todo animadinho quando ela te defendeu daquela louca da bolsada. - Dave disse.
- Fiquei agradecido. - Tom corrigiu.
- Aiii, fiquei agradecido. - Harry fez aspas no ar.
- Hoje vocês resolveram pegar no meu pé, hein? - Tom revirou os olhos.
- Porque nós te amamos fofinho. - Danny fez voz de gay e todos riram.
- Chega de zoar o pobre Tom aqui caras. - Steve disse sério e Tom sorriu agradecendo - Afinal, ele não tem culpa de ser um abobado introvertido. - finalizou antes de sair correndo e fazer todos rirem.
- Você me paga por isso Rushton! - Tom fingiu irritação.
- Quanto você quer? 10?50?100 reais? - Steve se aproximou abrindo a carteira. - e todos gargalharam.
- Steve, aproveita que tu tá com a carteira aí e compra bilhetes pro carrinho bate-bate. - James deu tapinhas nas costas do amigo.
- Que exploradores. - Steve revirou os olhos rindo e se dirigiu a bilheteria.


***


- O Tom até que dança bem. - dizia rindo ao lembrar da cena.
- Você quis dizer rebola bem. - corrigiu.
- A que foi a sortuda, viu bem de pertinho. - zoava a amiga.
- É , conte-nos a sua experiência. - falou.
- Dude, vocês não param, hein? - revirou os olhos - Sério, não teve nada demais. - contou.
- Não, claro que não. Você nem ficou vermelha feito um pimentão quando ele fez você dançar com ele, né ? - ironizou.
- Eu estava vermelha de tanto rir da performance dele. - indagou.
- Lógico. Fui eu que dancei até o chão me esfregando nele. - falou.
- Rebolou . - corrigiu de novo e todas riram.
- Calem a boca, suas sacanas. - deu língua.
- Ah, confessa Baby, você bem que gostou...- apertou as bochechas da amiga.
- É óbvio que não. Eu só o provoquei. - falou com ar de superior.
- Há, viu, viu? Adimitiu que quis provocá-lo. - pulava.
- Tá, só um pouquinho vai...- se rendeu.
- Ai que gracinha! - falou.
- Ok. Eu sei que vocês amaram me ver dançando e tudo mais, mas vamos nos divertir agora? - perguntou.
- Ui, se achou a dançarina profissional. - ironizou.
- Eu posso amor. - mandou um beijinho no ar pra amiga.
- Eu achei que a gente já estava se divertindo. - disse depois.
- , amiguinha do meu coraçãozinho, me desculpe a sinceridade, mas você e o Jones se merecem. São lerdinhos que só vendo. - indagou e as outras riram.
- Hey Babes, olhem ali...- apontou para uma barraquinha de doces.
- Não acredito que essa vaca veio. - bufou.
- Nossa isso que é amor fraternal. - disse.
- Ah, agora você vai defende ela ? - olhou séria pra amiga.
- Claro que não amiga. Depois do que ela fez com você e a , nem fodendo que eu volto a ser amiga dela. - afirmou.
- ? Que cara é essa? - perguntou.
- Cara de quem vai aprontar.- falou.
- Tuchê! - piscou fazendo uma arminha com a mão.
- Opa, planinho maléfico para a Kelly e sua Trupe de Ornitorrincos? Tô dentro! - disse empolgada.
- Dude, depois tem gente que diz que vocês são parecidas. - riu.
- Em uma coisa somos...- fez uma pausa - Na vingança! - e todas riram.
- Anda logo , conta aí a sua idéia genial. - pediu.



Cap.50*


- Uau ! Quero morrer sua amiga! - disse espantada com o plano.
- Baby, eu estarei realizando o sonho dela, pode ter certeza. - deu uma piscadinha marota.
- Oh, se vai. Do jeito que a minha irmã é, vai ama. - gargalhou.
- Ok. Ok. Vamos deixar pra nos divertir quando finalizarmos tudo. - ficou séria.
- Yep. - confirmou.
- Esperem no lugar combinado, enquanto eu e a vamos falar com meu Pai e pedir permissão para trabalharmos nas barracas. - finalizou.
- Ok. Boa sorte. - gritou.
- Pra vocês também. - as outras duas falaram saindo da rodinha.


***

- ? - chamou.
- Sim?
- Por que você vai falar com o seu pai?
- Porque quero ter certeza que ele me da permissão pra isso, ué. Antes quando ele me pediu pra cuidar de algumas barracas eu neguei, mas agora é caso de vida ou morte, saco? - arqueou uma sobrancelha.
- Yep. Mais óbvio que ele vai deixar, vai até ama. Você tá arrastando as amigas pra trabalharem junto. - falou.
- Nem to arrastando nada, você e a amaram a idéia de cuidar da "barraca do beijo". - fez aspas imaginárias.
- Ah, mas aí já é diferente né? Beijar o gostoso do Ed ía ser tudo. - os olhos de brilhavam só de pensar.
- Ai, só você pra querer beijar o Edward Deswk. - riu da amiga.
- Dude, adimita, ele é gostoso. - sorriu.
- Ok. Isso eu não posso negar. - disse com uma cara safada.


***


- Nossa que tombão que você levou dude. - Tom dizia a Danny.
- Também você fez aquela barbeiragem toda, queria o que? Que eu saísse ileso? - Danny perguntou.
- Não acredito, repete a última palavra Jones. - Harry pediu.
- Qual? Barbeiragem? - Jones perguntou confuso.
- Não, não a outra. - Harry disse.
- Ain, ileso? - Danny arqueou a sobrancelha.
- Isso essa mesma. - Judd deu um soquinho no ar.
- Olha o Danny, está aprendendo novas palavras. - Dougie riu.
- Soa como uma sinfonia em meus órgãos auditivos. - Tom fingiu tocar um violino.
- Por que? - Danny dizia perdido.
- Esquece meu amigo. É muito para a sua cabeça. - Steve ria dos comentários.
- Hã? - Danny boiava cada vez mais.
- Venha Jones, vamos comprar um energético pra você. - James chamou o amigo.
- Sério? Eu quero um Red Bull então. - Danny sorriu.
- Ve se eu posso com isso. - James revirou os olhos e os outros riram.
- Alguém vai querer alguma coisa? - Dave perguntou.
- Trás uma coca. - Dougie.
- Cachorro quente. - Tom.
- Pizza. - Steve.
- Pipoca. - Harry.
- Ah, qual é? Eu não sou escravo de vocês, vamos Judd você vem comigo. - Dave o chamou.
- Por que eu? - Harry perguntou.
- Porque você foi o último a falar. - Dave disse.
- É isso aí. Apoiado Dave. - Dougie riu.
- Mas que saco...- Harry foi resmungando.
- Hey Dude, aquelas ali não são as meninas? - Tom cutucou Dougie.
- São sim. Por que elas estão se escondendo? - Dougie franziu a testa tentando entender.
- Ali está sua resposta Poynter. - Steve apontou para Kelly e suas amigas.
- A Kelly? - Dougie perguntou.
- Yep. Elas são rivais até a morte. - Tom disse.
- Mas por que? - Dougie ainda não entendia a situação.
- Porque ela fez uma coisa muito grave com a e a . - Steve disse.
- É, foi a maior trairagem. - Tom completou.

"Com a também? Mas ela só me contou sobre a aquele dia no McDonalds" Poynter pensava, queria descobrir aquela charada.

- Vamos falar com elas? - Tom perguntou.
- Elas quem? - Danny chegou falando.
- As meninas. - Steve disse.
- Opa, vamos sim. - James se aproximou e foram em direção as garotas.



Cap.51*


- Hey, o que vocês estão fazendo? - Steve perguntou fazendo , e pularem de susto e os meninos rirem.
- Que susto! - colocou a mão no peito.
- Quase tive um enfarte aqui! - falou.
- Ah, não exagerem. - Tom disse recebendo língua das meninas.
- Mas, digam aí, o que estão fazendo? - Dougie cochichou.
- Esperando a e a . - sussurou.
- E pra esperar precisa se esconder? - James arqueou a sobrancelha.
- Shiii, fique quieto James. - o repreendeu.
- É...e preste atenção. - falou.
- Isso serve pra todos. - disse em tom autoritário.
- O que vocês estão fazendo? - franziu a testa.
- Esperando as duas ué...- Danny deu de ombros.
- Eita, só vocês pra pegarem cadeiras pra sentar. - riu.
- Será que elas vão demorar muito? - perguntou impaciente.
- Acho que não...- falou.
- O que a minha irmã está aprontando dessa vez? - Steve perguntou.
- Aguarde e veja com os seus próprios olhos. - disse marota.
- Quero só ver... - Steve riu.
- Ali! - apontou - Elas estão vindo.

Todos ficaram quietos observando cada passo das duas amigas.


***


- Há, nem acredito que meu Papys deixou! - saltivava.
- Menos, , menos. Ele deixar já era fato. - disse e deu língua.
- Ok. Chega, de papo, vamos logo por em prática o nosso plano! - sorriu.
- Borâ lá sô! - falou.
- Credo, . Daonde você tiro essa? - riu.
- Sei lá, me inspirei no filme da Família Buscapé! - deu de ombros e ambas riram.


***


- Obrigado. - Harry agradeceu ao atendente da barraquinha de pipoca.
- Compramos tudo? - Dave perguntou.
- Deixa eu ver...pipoca pra mim, duas cervejas pra nós dois, a coca do Poynter, a pizza do Rushton...acho que não falta nada. - Harry respondeu.
- Não sei não, tá faltando alguma coisa...- Dave tentava se lembrar.
- Acho que é só impressão Dude. - Harry disse indo procurar os amigos.
- LEMBREI! - Dave gritou - Falta o cachorro quente do Tom.
- Putz é mesmo. Vamos lá comprar. - Judd deu meia volta e os dois seguiram para a barraquinha de "Hot-Dog".


***


- Já era hora! - disse.
- Olha, o Harry e o Dave também estão vindo! - Danny avistou os amigos.
- Estavam vindo, acabaram de ir pra outra barraca. - James disse observando os dois retornarem a uma barraca.
- Sabia! Esqueceram meu cachorro quente. - Tom resmungou.
- Credo Fletcher, o cachorro quente não vai acabar. - revirou os olhos.
- Não se meta . - Tom virou a cara.
- Tá louco, vocês dois, hein? Estão pior que a e o Harry. - disse séria.
- Ele que começo!
- Ela que começo!
Os dois falaram juntos apontando um para o outro e mostrando a língua, parecendo duas crianças.
- Não importa! Fiquem quietos! - Dougie aumentou a voz e todos o olharam assustado.


***


- Oi. Um cachorro quente no capricho, por favor? - Dave pediu simpático a atendente.
- AI, NÃO! - Harry disse alto.
- Que foi Dude? Eu só quis ser simpático com a garota, e que garota...- Dave dizia.
- Não é isso Williams. É aquilo ali que está de costas. - Harry falou rápido, olhando para os lados imaginando aonde poderia se esconder.
- Quem? Aquela loira Hot ali? - Dave perguntou malicioso.
- Essa mesma! Por favor me ajuda Dude. - Harold suplicava.
- Ih, acho que não vou poder não. Ela acabou de te ver aqui, e...bom...só pra informar, ela está vindo pra cá. - Dave tentava conter o riso.
- Pucarana! O que eu faço agora? - Harry perguntava desesperado.
- Acho que é melhor você falar com ela. E além do mais, não vai ser sacrifício nenhum. - Dave riu.
- Muito obrigado Dave-amigo-da-onça-Williams! - Judd o fuzilou.
- Oi gatinho! - Daffy, a loira peituda, falou abraçando-o.
- Er, Oi. - Harry respondeu friamente.
- Nossa, o show foi incrível! Você tocou muito bem! - a garota dizia com sua voz esganiçada.
- Obrigado. - Harry forçou um sorriso.


***


- Cacilda! Torçam pra que a não veja nada. - dizia rápido.
- Não acredito que o Judd tá ficando com a Daffy. - falou indignada.
- Nem eu. - Tom concordou.
- Pelo menos vocês concordam em alguma coisa, não? - disse.
- É talvez...- os dois deram de ombros.
- Mas, a Daffy é Hot. - Danny falou.
- Como é que é Daniel Jones? - o fuzilou.
- Er...nada...- Jones respondeu.
- Acho bom mesmo. - disse cruzando os braços.
- Sem querer ser chato, mas acho que a já viu tudo...- James falou e todos voltaram a atenção para onde e se encontravam.


***


- Me segura , me segura! - dizia ficando vermelha de raiva.
- Calma baby! O que foi? - segurava a amiga.
- Olha lá, aquela vaca da Daffy-dei-pouco-ainda-Rasheld está se esfregando de novo no MEU HARRY!!! - frizou bem as duas últimas palavras.
- Perfeito. - sorriu.
- Perfeito? ela está lá se jogando goela abaixo no Harry, e você diz que é PERFEITO? - se irritava cada vez mais com a cena que via.
- Baby, você não percebe que agora é a hora certa pro plano entrar em ação? - a encarou.
- Verdade, você está coberta de razão. - se acalmou.
- Eu sempre estou. Me siga. - foi em direção a barraca de cachorro quente com ao seu encalço resmungando algo como: "Já não foi o bastante essa Daffy se esfregar nele no supermercado, agora qui também? Mas é uma vad*a mesmo...".



Cap.52*


- Ahãnnn, achei você! - chegou abraçando Dave.
- Pequena! O que fazes aqui! - Dai perguntou entortando a boca para não rir mais.
- Vim aqui entregar esses 5 bilhetes pra essa menina. - sorriu forçado.
- Pra mim? - Daffy fez gestos exagerados.
- Sim, pra você querida! - sorriu cínica.
- Uau! Bilhetes pra barraca de doce, e ainda dá certinho pra todas as minhas amigas. - Daffy dava gritinhos histéricos - Vou falar com as Barbies Girls. Até depois gatinho. - Daffy deu uma piscadinha pra Harry e foi saindo.
- Hey! Garota! Esqueci de falar, quem mandou eu entregar foi aquele carinha ali. - apontou para um garoto alto, musculoso, de olhos verdes, com cabelo preto espetado.
- Obrigada por avisar honey. - Daffy mandou beijinho e foi em busca de suas amigas.
- Eca! Que nojo! - disse e os quatro riram.
- Obrigado ! Você é a minha salvadora! - Harry abraçava a garota.
- De nada Harold. Só quero que fique claro que você me deve uma, ok? - sorriu marota.
- Esse mundo tá perdido, ninguém mais sabe ajudar o proxímo sem esperar nada em troca. - Harry levantou os braços e todos riram.
- Ui ui ui! "Vou falar com as Barbies Girls" - imitava a garota.
- Relaxa . Deixa a Daffyzinha pra lá. - riu.
- Como vou deixar pra lá? Ela...- ficou quieta quando percebeu o que ía falar.
- Ela? - Harry a fitou interessado.
- Ela...er...ela roubou o apelido da ! - respirou aliviada por se lembrar disso.
- Esquece isso Baby. Ninguém me chama mais assim, depois que o Pequena pegou. - deu de ombros.
- Se você diz...- falou.
- Ok. Agora me conta aí, que história é essa de bilhetes pra barraca de doce, hein? - Dave perguntou.
- Surpresa!!! - e falaram juntas.
- Opa! Essa eu quero ver! - Harry se levantou do banquinho que estava sentado.
- Bom, Judd, só deixo claro que a sua namoradinha vai se ferrar. - falou antes de sair.
- Acho que alguém tá com ciúmes. - Dave provocou Harry que sorriu.
- E quem tem ciúmes, é por que gosta. - continuou.
- E quem sorri, é porque gosta mais ainda. - Dave concluiu.
- Eu não gosto da ! - Harry falou nervoso.
- Ninguém disse nada que você gosta ou não...- riu.
- É, você se entregou sozinho, Dude! - Dave riu também.
- Ah, chega! Vamos logo ver qual é a tal surpresa! - Harry fechou a cara e saiu na frente, deixando os dois amigos gargalhando.


***


- Hey! - disse aos amigos que estavam escondidos.
- Já podemos ir? - perguntou.
- Nossa que recepção. - fingiu chateação.
- Não faz drama ...vamos logo. - a puxou e todas foram para a barraca.
- Pra que tanto mistério? - Danny perguntou aos amigos.
- Não sei, mas coisa boa não deve ser. - Tom riu.
- Certeza. Conheço a pentelha da minha irmã. - Steve concordou.
- Não sei quanto a vocês, mais eu vou ver bem de perto. - James se levantou.
- Espera eu vou também. - Dougie disse.
- Nós também! - os outros 3 gritaram.


***


- Ótimo! Que bom que vocês já estão aqui garotas. Podem entrar na barraca, eu só vou fazer uma ligaçãozinha. - disse.
- Que ligação? - perguntou curiosa.
- Calma, vocês já vão saber. - piscou.
- Ok. Vamos entrar então. - deu de ombros e se dirigiu a barraca junto com as outras, para vestirem o avental e o boné de atendentes.

- Alô? - uma voz masculina atendeu.
- Patrick? - perguntou.
- Eu. Quem fala?
- Seu mongo, é a .
- Ah, desculpa. É que a sua voz muda um pouco no telefone.
- Esquece essa mudança, e presta atenção.
- Ok. Diga.
- Você já está vindo aqui pra barraca?
- Já tô na frente.
- Aonde que eu não tô te vendo Pat?
- Aqui .
- Aqui aonde? Pera, você tá me vendo?
- Não!
- Ai cacilda! Você se perdeu? - falava enquanto se virava, ao mesmo tempo que Pat também o fazia, permitindo assim que os dois se dessem um encontrão.
- Imbecil! - disse com o celular ainda no ouvido.
- Monga! - Patrick fazia o mesmo.
- Bom, você já sabe o que fazer, certo?
- Certo.
- Ok. Então quando elas chegarem aqui eu faço um sinal.
- Que tipo de sinal?
- Sei lá...hm...joinha, sei lá...tanto faz...
- Tá.
- Vou me arrumar. Beijo. Bye.
- Beijo. Bye.


E os dois desligaram o celular.

- Não acredito que fizemos isso...- ria.
- Nem eu...- Patrick nem ria mais, já gargalhava.
- Vou falar pro meu pai que você anda bebendo antes de trabalhar e está me levando pro mal caminho junto. - disse marota e Pat deu língua.


***


- Uau, ! Quem é o gatinho? - perguntou.
- Cunhadinha, o que é isso? Vou contar pro meu irmão. - ria da cara que fez - Brincadeira! Tenho que concordar que ele é um pedaço de mal caminho mesmo...- analisava Patrick.
- E bota mal caminho nisso...- se abanava.
- Conta quem é vai...- pedia.
- É o Pat. Ele trabalha com meu pai. Ajuda a organizar eventos como esse. - disse prendendo o cabelo em um rabo de cavalo.
- "É o Pat" Que intimidade é essa amiga? - perguntou e deu língua.
- Elas chegaram! Elas chegaram! - apontava para Kelly, Daffy e o resto das Ornitorrincos.
- Olá! Em que posso ajudá-las? - perguntou.
- Ah, você aqui...- Kelly disse com desdém olhando a garota de cima a baixo - Queremos tudo que temos direito. - Kelly entregou os 5 bilhetes para que sorriu ironicamente.
- Cuidado com a dieta queridinha! - falou de trás da máquina de chocolate.
- O que você disse? - Kelly perguntou tentando ver quem tinha falado.
- Cuidado com a....- dizia quando tampou a sua boca e respondeu:
- Ela disse: Cuidado com a Adélia!
- Aé, Adélia querida como você foi parar aí? - entendeu a situação e começou a falar com um vaso de flor que estava perto do balcão da barraca.
- Eu, hein? Vocês são estranhas! - Daffy debochou.
- Devem ter aprendido com a ! - Kelly disse e as Ornitorrincos riram.
- O QUE? - gritou fechando os punhos, mas sendo segurada por .
- O QUE FOI QUE VOCÊ FEZ ? DERRUBOU TUDO NO CHÃO! - gritava, tentando disfarçar.
- Meu deus, são losers mesmo! - Kelly revirou os olhos.
- Não liga pra elas amiga. - Daffy falou.
- É você tem razão. Mas me conte, quem foi o gatinho que deu os bilhetes pra você? -Kelly perguntava em um estilo totalmente patty.
- Ai, não sei. Não achei mais ele. - Daffy falou com sua voz hiper esganiçada.
- Daffy, arassando corações! - uma das Ornitorrincos falou.



Cap.53*


escutou atentamente a conversa e começou a fazer "joinha" pra Patrick, que estava concentrado jogando em seu celular.

- Pat? Pat? Aqui ó? - sussurava fazendo gestos.
- O que é isso ? - riu.
- Não me zoa. Eu estou tentando chamar a atenção do Pat, mas acho que o celular dele deve estar mais interessante...- bufou.
- Certeza que um jogo é mais interessante que essas daí...- disse.
- Patrick, olha pra cá! - começou a dar pulinhos e bem na hora Kelly olhou pra dentro da barraca.
- Credo! Ninguém te avisou que a competição de poli-chinelo é do outro lado fofa? - a garota riu sarcástica.
- Avisaram. Mas também me disseram que a profissional de roda-bolsinha estava sendo exibida aqui! - sorriu vitoriosa.
- Profissional de que? - Kelly perguntou a fitando vermelha de raiva.
- De poli-chinelo Kel. Acho que você precisa limpar os ouvidos de vez enquando. - deu uma piscadinha e foi ajudar , na "super poção".
- Sério Dude, você é minha ídolo! - sorria abobada - Só você tem coragem de dizer essas coisas pra minha irmã.
- Obrigada. Obrigada. - dizia marota, fazendo reverência.
- Ih, só não elogia muito senão ela fica convencida. - se aproximou.
- Ela já é convencida por natureza. - riu.
- Puxei do meu brother! - sorriu.
- Hey, o Steve não é assim não. - defendeu o namorado.
- Quando você casar, vai sabe do que eu tô falando. - piscou.
- Nossa, já pensa em casar ? - provocou e deu língua.
- Daqui a pouco eu faço um strip-tease pro Patrick. - falou impaciente.
- Tá louca? Na nossa frente não! - fazia sinal da cruz.
- Vai pra um Motel ! - disse.
- Como vocês são maldosas. - dizia tentando conter o riso.
- Ele tá olhando, faz o sinal, faz, faz! - apontava pro rapaz freneticamente.
- Não precisa, você já fez por mim. Obrigada . - falou e todas riram
- Enfim te achei! - Pat olhou Daffy de cima a baixo com um olhar sedutor.
- Estava me proucurando amor? - a garota respondeu passando a língua sobre os lábios, com a intenção de ser "sexy".
- Ulala! Se ele me olhasse assim acho que eu derretia. - se abanava mais uma vez.
- Credo , tá com fogo nas ventarolas? - perguntou.
- Deve ser aqueles calorões da menopausa. - gargalhou da própria piada.
- Hey, a piadista sou eu! - protestou.
- Acho que perdeu o posto. - riu.
- Como é que é? Vai demora muito pra trazer os nossos doces? - Kelly gritou.
- Só mais um pouquinho... - sorriu forçado.
- Uhhh, losers! - Kelly disse jogando o cabelo pra trás.
- "Vai demora muito?" - remedava fazendo as outras rirem.
- , você está impossível hoje. - ria.
- Já está pronto? - Dougie apareceu na parte de trás da barraca.
- Nossa daonde você veio? - perguntou assustada.
- Do trem fantasma, aqui atrás. - Dougie respondeu.
- Foram no trem fantasma e nem nos chamaram? - disse emburrada.
- Claro, vocês estão demorando muito com essa tal "surpresa", nunca vi tanta enrolação. - Dougie entortou a boca.
- Baby, só mais alguns minutinhos e pronto! Vai lá na frente assistir de camarote! - sorriu e Dougie retribuiu logo saindo.
- Coloco tudo? - perguntou.
- Tudinho! - sorriu maliciosa.


***


- E aí Dude? O que elas disseram? - Danny perguntou.
- Que só mais uns minutinhos e pronto. - Dougie respondeu.
- Que minutinhos, hein? - Tom se sentou no chão.
- Eu que o diga. - Harry se sentou ao lado do amigo e os outros concordaram.


***


Cada menina ficou encarregada de cutucar uma das Ornitorrincos, mas como elas eram em 6 e elas em 5, ficou com a missão de cutucar Kelly e Daffy.

- Hey! - todas falaram juntas e na hora que a Trupe se virou elas tacaram uma tortada na cara de cada uma. Elas entraram em desespero, e começaram a chingar e a gritar coisas do tipo: "Meu cabelo, estrago toda a minha chapinha!", "Minha maquiagem!", "Meus brincos importados!", etc.
- Vocês vão ver só! - Kelly dizia tentando subir no balcão, mas foi mais rápida e empurrou o balcão, fazendo-o cair e gritando logo em seguida:
- Manda ver !

com a ajuda das outras meninas, derrubou a máquina de chocolate, fazendo com que o conteúdo caísse todo em cima das rivais, deixando-as extremamente ensopadas de doce.

- Olha só o meu estado! - Daffy dizia irritada. - E você? - apontou para Patrick que ria descontroladamente - É um idiota por ajudar elas. - e saiu pisando fundo.
- Você estragou toda a minha roupa! - Kelly gritava com - Eu estou parecendo uma porca, toda suja assim. - resmungava.
- Eu diria que está parecendo mais uma Keldelicious! - ria.
- Não, melhor do que isso , ela parece uma...- tentou dizer mais não conseguiu, a vontade de rir era maior.
- Porcalicious!!! - , e falaram juntas batendo as mãos e rindo ainda mais.
- Ai! Huh! Vocês me pagam! Vocês me pagam! - Kelly esbravejava antes de sair com as suas amigas em seu encalço.
- Caraca meninas, batam aqui! - Tom levantava as mãos.
- Nossa Dude. Essa foi uma das melhores idéias que vocês já tiveram. - Danny dizia impresionado.
- Tinha que ser idéia da Pequena! - Dave a abraçou e deu vários beijinhos em seu rosto, deixando um Dougie com uma cara nada boa.
- Foi minha idéia, mas o desenvolvimento todo foi da . - disse.
- Aé? Chega mais , conta o que você colocou naquela mistureba toda? - James a abraçou.
- Hum...chocolate, algodão doce, chantilly, cereja, geléia, farinha, confeti, bala de goma, jujuba... - contava nos dedos - Ahhh, e o melhor de tudo desinfetante. Acho que foi só isso.
- Só isso! - Steve riu.
- Que desperdício. - Danny negava com a cabeça.
- Eu também acho. - Tom concordou.
- Agora já era! - ria lembrando da irmã toda suja.
- Hey pessoal, o que vocês acham da gente ir no trem fantasma? - vibrava.
- Ótima idéia minha linda. - Danny falou beijando-a de leve.
- Ué, mais vocês já não foram? - arqueou a sobrancelha.
- Nop. - Dave respondeu.
- DOUGIE!!! SEU MENTIROSO!!! - todas as meninas gritaram.
- Foi só uma brincadeirinha. - o garoto respondeu fazendo cara de criança inocente.
- Deixam o lesado do Poynter pra lá...quem vai no trem? - Harry disse.
- EU!!! - James, Dave, Steve, , , , , Danny e Dougie levantaram a mão.
- Ok. Fecha 10 comigo. Vou comprar os bilhetes. - Harry disse antes de sair.
- Ué, vocês não vão? - James perguntou olhando Tom e .
- Não, eu tenho um encontro marcado. - Tom estufou o peito.
- Aposto que é com aquelazinha lá...- disse com desdém.
- Olha eu não devo satisfações a você, mas já que você quer tanto saber...Sim, é com aquela menina. - ao escutar isso sentiu seu estômago embrulhar, tentou disfarçar, mas Tom percebeu que ela ficara mexida e se sentiu vitorioso.
- E você , por que não vai? - perguntou.
- Eu vou cuidar da barraca do beijo. - sorriu.
- Uau, minha amiga é pegadora. - falou.
- Cala a boca ! - segurou para não rir - , eu posso cuidar né?
- Claro. É só você falar com o Patrick e dizer que é minha amiga. - sorriu.
- Ok. Vou atrás do Pat então. - sorriu e deu um tchau coletivo aos amigos.
- Ué? Onde a vai? - Harry perguntou ao chegar.
- Falar com o Pat. - Tom murmurrou antes de sair.
- E ele? Vai aonde? - Harry arqueou a sobrancelha.
- Em um encontro. - Dave respondeu e Judd deu de ombros antes de seguir os amigos até a fila do brinquedo.



Cap.54*


- Gente temos que escolher nossos pares. - dizia.
- Eu vou com você princesa. - Steve a abraçou.
- Eu e a . - Danny levantou a mão.
- Agora falta vocês decidirem. - fitou os outros.
- Eu vou com a ! - Dave e Dougie falaram ao mesmo tempo.
- Ish, a tá com concorrência. - riu.
- Então ? - Dougie a olhou.
- É, então...- Dave disse.
- Erm, então é que eu vou com o James, ele já tinha me pedido antes, não é Jimmy? - beliscou o amigo.
- Hm...é verdade, eu já tinha pedido. - James sorriu amarelo.
- Ah, então vamos juntos Poynter? - Dai perguntou.
- É o jeito né...- Dougie pensou alto e imediatamente corou - Só não tente nada comigo Williams, eu sou muito novo. - tentou disfarçar fazendo uma piadinha.
- Fique tranqüilo amorzinho, ninguém descobrirá nosso segredo. - Dave vez voz de gay e todos riram.
- Acho que nós sobramos...- Harry falou encarando .
- É...- a garota disse olhando suas unhas.
- Bom, quer ir comigo? - Harry perguntou timído.
- Tá. - ela deu de ombros, tentando conter a felicidade.
- Hey, venham aqui. - chamou Dave, Dougie e James.
- Fala Pequena. - Dave disse.
- Vocês viram que tem só 3 carrinhos, certo? - ela perguntou olhando-os.
- Certo. - os 3 responderam.
- Então, o que vocês acham de ficarmos por último e assim como quem não quer nada fazer com que o Harry e a entrem nesse terceiro carrinho? - sorriu enigmática.
- Ahá, saquei o que você quer. - James disse.
- Fechado! - Dave falou.
- Já tá na hora desses dois se acertarem. - Dougie sorriu.

Discretamente eles foram deixando as pessoas passarem em sua frente, até estarem no final da fila. Saíram correndo para trás do brinquedo a procura de algum tipo de botão ou controle para desligá-lo, demoraram um pouco até que acharam um botão vermelho que dizia "emergência", se olharam maliciosos e em seguida apertaram o botão.

- Ué? Cade o resto do pessoal? - perguntou olhando pra trás.
- Devem ter ficado com medo. - Harry riu.
- Será? - arqueou a sobrancelha pensativa.
- Acho que sim. Bom, vamos? - Judd deu a mão para , que aceitou e assim se sentaram no carrinho.

Alguns minutos depois...

- É impressão minha ou o carrinho tá parado? - olhou assustada para Harry.
- Acho que parou sim, que estranho...- Harry fingiu estar preocupado.
- Aiii, e se for aquele tipo de trem fantasma que tem pessoas fantasiadas de montros e tudo mais que nem no PlayCenter? - se encolheu no banco e sem querer encostou em Judd.
- Calma , não fica com medo. Eu estou aqui pra te proteger. - o garoto disse a abraçando.


***


- Será que deu tudo certo? - perguntava ansiosa.
- Bom, até agora não escutamos nenhuma briga...- Dougie disse.
- Menos mal...- sorriu.
- Er, só acho que temos um pequeno probleminha...- Dave falou olhando para a fila.
- Qual? - os outros 3 perguntaram.
- Acho que ninguém está com paciência pra esperar. - Dave disse rápido.
- Pra isso temos uma solução. - James sorriu maroto.
- E qual é? - perguntou.
- Essa...- James foi na frente da fila, subiu na cadeira do atendente do brinquedo e gritou:
- INFELIZMENTE TIVEMOS PROBLEMAS TÉCNICOS NO BRINQUEDO E TEMOS QUE FECHÁ-LO PARA AJUSTES!!! PEÇO DESCULPAS A TODOS, E POR FAVOR QUEM JÁ ENTREGOU O SEU BILHETE O PEGUE DE VOLTA E SE DIRIJA A BARRACA DE PIPOCA PARA GANHAR UM PACOTE DE GRAÇA! OBRIGADO!

Algumas pessoas chingaram, já outras, ficaram felizes por receberem pipoca de graça.

- Grande James. - Dave deu tapinhas no ombro do amigo.
- Excelente idéia Jimmy. - o abraçou.
- Parabéns dude. - Dougie apertou a mão do garoto.
- Com licença, mas a senhorita é a filha do organizador, não é? - um rapaz perguntou.
- Sou sim. Por que? - franziu a testa.
- Bom, já que o brinquedo que eu cuido foi fechado, queria saber para qual eu devo ir. - ele perguntou.
- Ah...hum...pode ir pra roda gigante. - sorriu de lado.
- Obrigado. - o rapaz sorriu.
- Espero que precisem mesmo de alguém lá...- riu.
- Só você, hein Pequena? - Dave beijou o topo da cabeça da amiga.
- Acho que precisamos tirar os outros do brinquedo e só deixar o Harry e a lá. - Dougie falou nervoso com o que via.
- É mesmo. - bateu a mão na testa.


***


- Você escutou isso? - sussurou.
- Parece barulho de outros carrinhos. - Harry deduziu.
- Será que esqueceram só a gente aqui? - levantou a cabeça que até então estava encostada no peito de Harry.
- Acho que sim...- Harry falou. Mas ele sabia que ninguém tinha os esquecido, tinha absoluta certeza que os amigos haviam os deixado lá de propósito.
- Tá frio, né? - passava as mãos no braço.
- Fica mais pertinho de mim que já esquenta. - Harry a abraçou forte.

Ficaram alguns minutos em silêncio, apenas sentindo o cheiro e o toque um do outro...

- Harry? - o chamou.
- Eu. - ele sorriu.
- Você, er...gosta da Daffy? - a garota não acreditou que havia conseguido perguntar o que tanto a atormentava.
- Nop. - Harry falou passando a mão sobre os cabelos da menina.
- Ma..mas você beijou ela no supermercado aquele dia. - se indireitou e o encarou.
- Você não me deixou explicar nada. - Harry olhou fundo nos olhos dela.
- Precisava explicar? Eu vi Harold, eu vi. - olhou pro lado tentando conter as lágrimas.
- Você viu, mas não deixou eu explicar. - Harry insistia.
- Então explique...- disse com a voz embargada.
- Ela que me agarrou . Eu juro. Eu odeio aquela garota. Ela sabe que eu gosto de uma menina, e fica fazendo isso só pra provocá-la. - Harry falou.
- Ah, coitada dessa menina. - disse triste olhando para baixo.
- ? - Harry delicadamente segurou o queixo dela - Essa garota é você, e sempre vai ser você!
- Sério? - olhou nos olhos de Harry.
- Sério. - ele disse se aproximando cada vez mais do rosto da garota, até seu nariz tocar a bochecha dela. Seus lábios se tocaram lentamente, briu um pouco a boca permitindo que a língua de Harry explorasse a sua, intensificando um longo beijo. Ambos estavam felizes e sorriam durante o ato, há tanto tempo esperavam esse acerto, e agora estavam sóbrios. Sabiam exatamente o que faziam. Não se importaram com o depois, apenas com o agora.



Cap.55*


- Vocês prenderam eles lá? - Steve ria.
- Sim, foi o único jeito deles se acertarem. - disse.
- Quero só ver se eles não se resolverem...- negava com a cabeça.
- Além de saírem cheios de roxos por terem brigado, eles vão é destribuir roxos em vocês. - dizia e os quatro deram língua.
- E se eles fizeram algo lá? - Danny disse malicioso.
- Cala a boca Jones! - Dave deu um pedala no amigo.
- Só pensa besteira. - James riu.
- Cuidado em . - Dougie advertiu e a garota ficou pálida.
- Ai, agora eu tô com medo...- falou cobrindo o rosto com as mãos.
- Não ligue pra eles linda. É mentira. - Danny a abraçou.
- Melhor fica de olho, hein? - riu.
- , você tá convivendo muito com os meus amigos, já está falando como eles. - Steve disse tentando ser sério.
- Oh, como meu irmão se preocupada comigo. - apertou as bochechas de Steve.
- Para! Você sabe que não gosto disso. - ela deu língua - Bom, como eu sou um bom irmão e amigo, comprei entradas para a última sessão do circo.
- Dude, eu tava louca pra í. - dava pulinhos.
- Eu também! - falou beijando o namorado.
- Já vai começar, vamos? - Steve olhou no relógio.
- VAMOS! - todos disseram.
- Esperem! Falta a e o Harry. - disse.
- Então anda logo, liga o brinquendo. - James falou.

e Harry não pararam de se beijar, queriam aproveitar ao máximo e colocar um ponto final ao tempo que perderam por bobagens e brigas. Quando o carrinho chegou na porta de saída do brinquedo todos os amigos ficaram olhando, não sabiam o que falar, se deveriam ou não interromper aquele momento.
Os meninos olhavam impressionados para a ferocidade, da qual o casal se beijava. As meninas esboçavam um pequeno sorriso, achando aquela "paisagem" a mais romântica que já haviam visto.

- AEEEEEEEEEEE!!!! - todos gritaram ao mesmo tempo e começaram a se abraçar, e somente nesse instante foi que Harry e perceberam que estavam sendo observados. A garota corou por completo e escondeu o seu rosto no ombro de Harry que estava com um sorriso abobado nos lábios.
- Ai que vergonha. - dizia.
- Vergonha do que Baby? Vocês se amam! - pulava e gritava.
- Já era hora! - sorria pra eles.
- Ai que fofo, eu vou chorar. - segurava as lágrimas, era a mais emotiva das amigas.
- Harold-Garanhão-Judd! - Danny falou empolgado.
- Parabéns Dude! - James, Steve e Dave gritaram.
- Ai que emoção mais um casal de namorados! - batia palminhas.
- Er, bem...nós não estamos namorando...- Harry disse timidamente.
- NÃO?! - todos olharam-no assustado.
- É, não...- abaixou o olhar, não conseguia acreditar que alguns minutos atrás era a pessoas mais feliz e que agora a sua felicidade tinha ido por água abaixo. Ela teria que voltar a realidade e agir como sempre, ou seja, ignorar o ocorrido.
- Por que eu ainda não tive tempo de pedir. - Harry olhou sorrindo para - , você aceita namorar comigo?
- É óbvio Harold Judd! - a garota abriu um enorme sorriso e o beijou apaixonadamente.
- Tão namorando! Tão namorando! Tão namorando! - as meninas cantavam.
- Hey, hey, hey, vamos parar com a sessão de amassos e vamos pro circo, já deve ter começado a apresentação. - Steve disse e todos concordaram.
- , aonde você vai? - perguntou ao ver a amiga indo em direção oposta.
- Ao banheiro, estou super apurada. - fazia gestos exagerados.
- Hahahaha então vai, eu guardo um lugar pra você. - ria.
- Valeu Baby. - e saiu correndo.

Dougie escutara tudo e seguiu a garota, esse era o momento ideal para dizer tudo que sentia. Não podia mais esconder esse sentimento, era estranho, mas somente com ele se sentia bem, mesmo ele estando irritado e sendo grosseiro com todos, ela estava lá. Fora ela que fez ele ver que o que importa é o que a pessoa é por dentro, que ninguém deve se esconder dentro de um casulo e formar uma barreira deixando transparecer o que não é realmente. Ao lado daquela garota que ele tinha vivido dias maravilhosos. Em tão pouco tempo aquela amizade surgiu e se transformou em algo a mais, sem nenhum deles se dar conta. Já estava decidido. Iria se declarar e ponto!



Cap.56*


- Banheiro, banheiro, aonde fica o banheiro? - falava para si mesma fazendo algumas pessoas a olharem achando que era louca, mas nem ligou, a vontade de ir ao banheiro já havia domado o seu cérebro só permitindo processar um belo vaso sanitário em sua mente.
- Achei! - falou ao encontrar o local, ficou alguns minutos lá, se arrumou, retocou a delicada maquiagem que usava e saiu.
- Ok. Agora raciocina , pra que lado fica o circo? - olhava para os lados - Lembrei, é depois da barraca do beijo.
- ? - berrou.
- ? Ainda aí? - fitou a amiga.
- Aham! Mais vem aqui rapidinho. - gritava, chamando a amiga com gestos.
- Fala. - disse ao se aproximar.
- Fica aqui um pouquinho? Eu tô com fome. - fazia cara de cão sem dono.
- Também né amiga, beijar um montão de gente deve dar uma fome desgraçada. - ria - Vai lá, mas rapidinho, porque o pessoal tá me esperando no circo.
- Vão no circo e nem me chamam é? - fez bico.
- Você que optou pela barraca, Baby. - falou e deu língua.
- Ok, eu sei. Fui. - saiu.

"Legal, agora eu vou ter que ficar beijando um monte de gente que eu não conheço e não sei nem aonde enfiaram essas bocas nojentas...Uiii...que nojo, não quero nem imaginar" - pensava encarando a enorme fila - "Será que não tem alguém conhecido? É...que...sei lá...né...é melhor beijar alguém conhecido...Pera!!! Aquele ali é o Tom?" - forçou um pouco a vista - "É ele sim! Mas beijar ele? Ele com certeza está na fila por causa da . Beijar ele seria, tipo, BEM estranho" - foi dispersa de seus pensamentos quando um garoto de olhos e cabelos castanhos claros de estatura mediana, se sentou a sua frente. Ela sorriu. "Bom, talvez não seja tão ruim assim".

- Dougie! - Tom gritou ao ver o amigo.
- Tom! O que faz aqui? - Dougie o encarou.
- Er, você sabe né...a carne é fraca. - ficou vermelho - Você pode ficar aqui um minutinho? Eu queria comprar uma balinha. - Tom piscou.
- O que eu não faço pelos amigos...- revirou os olhos - Vai lá Dude. - sorriu.
- Brigadão Poynter. - Tom beijou a bochecha do amigo.
- Hey, boiolisse não. - Dougie limpou o local do beijo rindo. - Que fila enorme, só espero que a garota seja Hot. - falou consigo mesmo.
"Putz a garota é rápida, hein?" - Dougie pensava ao ver a fila a sua frente diminuir rapidamente - "Opa! A garota não era a ? Ahá, tava explicado por que o Tom estava aqui, só espero que ele volte logo, não tô afim de levar porrada por beijar ela" - o garoto ria de seus próprios pensamentos.


***


- Dave? O que foi? - James perguntou ao ver o amigo inquieto.
- A , Dude. Ela ainda não chegou. - Dave falou impaciente olhando para a entrada do circo.
- Dave? - James o chamou de novo.
- Hum? - Dai murmurrou ainda fitando a entrada.
- Você ainda gosta dela, né? - James o fitou sério.
- Não. Da onde você tiro isso? - Dave fingiu.
- Nem tente me enrolar. - James adivertiu.
- Ok. Você venceu. Eu ainda gosto dela, mas ela gosta de outro. - Dave falou cabisbaixo.
- Eu sabia. Mas, bom, tem certeza que ela gosta de outro? - James arqueou a sobrancelha.
- Tenho. - Dai disse triste.
- Que barra. - Jimmy segurou o ombro do amigo.
- É...bom...eu vou procurá-la. - Dave se levantou.
- Certo. - James revirou os olhos, sabia que não conseguiria manter o amigo ali.


***


"Cadê a ? Não aguento mais! Eu não dou pra essas coisas." - pensava ao dar um selinho em um garoto - "Ok. Quem é o próximo?" - encarou a fila - "Não, não pode ser! O Dougie?". Por mais que tentasse se convencer de que era algo ruim, não pode deixar que um sorriso se instalá-se em seus lábios.

"Finalmente vou conhecer a tal beijoqueira, e comprovar que não é a " - Dougie pensava quando um cara bem alto, desistiu e saiu da fila, possibilitando-o de ver - "?" - instantaneamente ele sorriu e se dirigiu até ela.

- Oi...- Poynter disse sorrindo timidamente.
- Oi...- retribuiu.
- Er...eu estava guardando o lugar pro Tom, não sei onde ele está. - Dougie olhava pros lados tentando disfarçar o nervosismo.
- É, eu deduzi isso, afinal era a que estava aqui. - sorriu docemente.

"Meu deus, até nervosa ela fica linda!" pensou o garoto.

- Como é que é? Vai beijar ela ou não garoto? - um homem gritou.
- Se você não sabe aqui é a barraca do beijo e não da conversa. - outro gritou visivilmente irritado.

- Hm...bom...posso? - Dougie olhou que estava tremendamente vermelha olhando para seus pés.
- Er...po...pode...- ela disse com a voz falha.

Lentamente seus rostos foram se aproximando, Dougie sorriu ao ver que ela já estava de olhos fechados.
Delicadamente puxou o rosto dela para mais perto, beijando o canto da boca da garota. ao sentir o toque macio dos lábios dele, estremeceu, sentiu que seus pêlos da nuca arrepiaram. Aos poucos Dougie encostava seus lábios no dela, passou a língua sobre o lábio inferior fazendo com que ela abrisse a boca, permitindo que o beijo se intensificasse. estava com a mão direita na nuca de Dougie, bagunçando seus cabelos de leve e com a mão esquerda segurava o rosto do garoto. A medida que o beijo se concretizava eles ficavam mais ofegantes, Dougie mordeu o lábio inferior de , fazendo-a gemer baixinho. Tudo a volta deles parecia ter sumido. Só sentiam um ao outro, a respiração , a pele, o toque.
Partiram o beijo dando pequenos selinhos, era impossível conter o sorriso que se formara. Se fitaram por alguns instantes até...



Cap.57*


- Não Dougie. Desculpa. - disse em um sussuro quase inaudível antes de sair correndo, deixando um Dougie completamente anestesiado, sem ligar para comentários como: "Nossa, você beija tão mal assim?" ou "Seu mal hálito assustou a garota". Afinal, ele tinha beijado , a SUA garota.


***

Não muito longe dali, alguém observava aquela cena com os olhos marejados. Já era tarde demais. Havia perdido. Sim, era um completo perdedor. Escondeu seus sentimentos deixando a chance escapar. Agora seu grande amor estava com outro e feliz. O melhor a fazer era sofrer em silêncio...


***

- ? - chamou a amiga quando se esbarraram.
- O que deu nela? - Tom perguntou ao se aproximar.
- Você viu o que eu vi? - disse ainda olhando a amiga que sumia no meio da multidão.
- Er...o beijo? - Tom arqueou a sobrancelha.
- É...- continuava com o olhar perdido.
- Yep. Só não entendi uma coisa...- Thomas falou.
- O quê? - disse finalmente o olhando.
- Eles não se gostam? Então...
- Sim. Mas você sabe, a é confusa com os sentimentos dela...- falou triste. Ela sabia o que a amiga estava passando. Sabia que por mais que ela negasse amava Dougie. Tudo bem, ela podia estar confusa, mas tentar brigar com o coração e procurar seguir a razão nem sempre seria a coisa certa a fazer, ela só esperava que não percebesse isso tarde demais.
- ? - Tom a acordou de seus pensamentos.
- Hm? - a garota murmurrou.
- Vamos falar com o Poynter?
- Vamos.


***

correu o mais rápido que pode, nem ela sabia bem o motivo. Ela gostara do beijo. Ele havia sido do jeito que ela imaginara a tempos. Suave, delicado e apaixonante. Sua vontade era de beijar aqueles lábios macios várias e várias vezes, dizer para aquele garoto que o amava, que o queria para sempre. Mas não podia. Algo a impedia, era como se fosse uma força maior que ela, que a esmagava, que a triturava, não deixando-a fazer o que realmente queria. Lágrimas quentes começaram a cair insistentemente, e parecia que com elas, sua rapidez para correr aumentava. Não via ninguém a sua frente, estava muito distante dali. Era como se ela estivesse presente-ausente. A imagem que se formava em sua mente era o rosto de Dougie, fazendo com que, um pequeno filminho começasse a passar em sua cabeça.


***

- Dougie? - Tom o cutucou.
- Hã? O quê? - o garoto se assustou, ainda estava sentado no banquinho da barraca.
- Vai atrás dela. - incentivou.
- Mas...mas...ela saiu correndo, acho que eu fiz besteira...- Dougie dizia nervoso.
- Vai ver você beija mal...- Tom tentou fazer uma piadinha, e o beliscou - Tá bom, desculpe. O que tá esperando Poynter?
- Anda logo Douglas, vai procurar ela. - o empurrou impaciente.
- Isso! É isso que eu vou fazer! - Dougie disse confiante, parecendo só agora ter absorvido a idéia dos amigos.
- Boa sorte! - gritou, antes que Dougie saísse em disparada.


***

estava ofegante, correra demais. Olhou a sua volta e percebeu que estava bem longe do festival. Nem ela sabia ao certo que lugar era aquele, mas nem ligou. O cenário repleto de grandes árvores, com uma completa escuridão, deixava o lugar mas adequado para o sofrimento. A única luz que havia era a da lua que criava reflexos e formas no chão com os galhos das folhagens que se balançavam constantemente com o vento.
Se sentou encostando-se em um tronco, chorando tudo que podia. Ela tinha que pensar, precisava achar uma solução. Não queria sofrer de novo. Mas será que assim não estava sofrendo do mesmo jeito?


***

Dougie já havia revirado todos os lugares e nada de achar . "Onde será que ela se meteu?" pensava.
Procurava entender a reação da garota, mas não conseguia. Talvez ela precisasse mesmo de um tempo, mas esse tempo já havia se esgotado. Ele precisava de uma resposta. Não dava mais para continuar assim.
Andou mais um pouco e se deparou com a barraca de tiro ao alvo. Sorriu para si mesmo.


***

- Sua idiota! Pra que correr? Fugir dos problemas não adianta nada. Como você é patética . Você sabe que gosta dele, não adianta esconder... - falava sozinha entre soluços - Uma vez na vida nós temos que arriscar...então arrisque! Você não tem nada a perder. Ser feliz e amar alguém é um erro? Claro que não sua retardada! Pare de sofrer por coisas tolas... - cada vez mais se irritava consigo mesma. Não entendia por que era tão medrosa e se escondia dos problemas.

Escutou alguns barulhos e ficou em silêncio. Será que alguém a observava? Cuidadosamente se levantou seguindo o som se deparando com Dave sentado na grama.

- Dai? - ela se sentou ao lado dele.
- Oi...- ele disse fitando a lua.
- Pensei que estava sozinha aqui...
- Hm...

O silêncio tomou conta do lugar, nenhum dos dois sabia o por quê. Sempre foram tão amigos, tinham assuntos variados, se protegiam, se consolavam, se ajudavam. Por que agora o clima parecia denso?
"Que saco, por que o Dai está assim?" pensava.



Cap.58*


- Dai, o que foi? - criou coragem para perguntar.
- Nada...- ele disfarçou.
- Não minta pra mim Dave. Eu te conheço. - o fitou.
- Não é nada. Sério. - deu um meio sorriso.
- É aquela garota? - sussurou.
- É...- Dave encarou seus pés.
- Calma Dai. Tudo vai se resolver e vocês vão ficar juntos. - disse docemente, detestava ver seu amigo sofrer.
- Acho que não...- falou com a voz vaga.
- Você sabe que estou aqui pra tudo não sabe? - ele concordou - No que precisar conte comigo. Sou sua amiga pra qualquer hora. - sorriu e o abraçou - Se ela não perceber logo o quão especial você é, eu juro que bato nela. - finalizou, fazendo com que Dave desse um riso fraco.
"Você não imagina o quanto quero que ela perceba isso." Dave pensou ao sentir o doce perfume da pele macia dela.


***

A apresentação do circo terminou, e todos resolveram ir para a casa dos Rushton's passar o resto do final de semana. e Tom se juntaram aos amigos e foram a procura de Dave, Dougie e .

- Dougie!!! - Danny falou.
- Finalmente te achamos Dude. - Harry disse.
- Vamos lá pra casa. - Steve o chamou.
- Vão indo que eu já vou. - Dougie disse, mirando sua arma no meio do alvo.
- Não acredito que você vai ficar jogando tiro ao alvo. - Tom revirou os olhos e Poynter deu língua.
- Ok. Te esperamos lá. - Steve falou, antes dos garotos irem embora.


***


- Meninas, vocês viram a ? - perguntou.
- Não. - todas disseram.
- Ela disse que ia ao banheiro e não voltou até agora. - estava preocupada.
- Relaxa Baby. Ela já deve estar em casa.- falou.
- É, você tem razão. - disse.
- Eu dirijo. - falou animada, tentando mudar de assunto. Não queria contar o que vira, podia se precipitar e causar problemas.


***


- , como está seu lance com o Poynter? - Dave perguntou do nada.
- Esse é o problema...- suspirou.
- Como assim? - Dai arqueou a sobrancelha.
- Er, a gente se beijou...- disse baixinho.
- E isso é ruim?
- Nop.
- Então...
- Eu estou confusa Dave. Não sei o que eu faço...- se levantou do colo do amigo.
- Fica com ele. - Dai tentou passar confiança, por mais que doesse em seu coração.
- Não é tão simples assim...- colocou as mãos na cabeça.
- Claro que é. Você gosta dele, já tá mais do que na cara.
- Esse é o problema, eu não gosto...
- N-ã-o...g-o-s-t-a? - Dai gaguejou, uma ponta de esperaça surgiu em seu peito.
- Não! Eu o amo! - algumas lágrimas caíram.
- Mais um motivo pra você ficar com ele. - Dave falou, secando uma lágrima que insistiu em cair. Sua esperança havia ido embora. Parecia que alguém tinha lhe dado uma facada no estômago.
- Você acha? - a garota o encarou.
- Sim...- deu um meio sorriso.
- Oh, Dave. Você está mal e eu aqui falando meus problemas. - abaixou a cabeça.
- Pequena, você sabe que seus problemas são meus também. - ele segurou no queixo dela e olhou fundo em seus olhos.
- Obrigada Dai. - o abraçou forte. Sabia que tinha um amigo incrível ao seu lado e faria de tudo para ajudá-lo com a garota que o fazia sofrer. Mal ela sabia, que era ela essa pessoa.
- Chega de agradecimentos e vai atrás dele. - Dave partiu o abraço.
- Eu te amo Dai. - a garota beijou-lhe a bochecha.
- Eu também...até demais... - sussurou as últimas palavras para si mesmo.



Cap. 59*



chegou em casa e viu que não havia ninguém. "Todos devem estar no festival" pensou. Festival, essa palavra a perturbava, a fazia lembrar do que acontecera. Precisava resolver essa situação. Resolveu tomar um banho e tentar relaxar. Tinha que pensar bem no que falaria a Dougie. Torcia para que ele a escutasse e não estivesse irritado com a sua atitude infantil, embora soubesse que era bem provável.

Se despiu e ligou o rádio.

"Help me, if you can, I'm feeling down
(Ajude-me, se você puder, eu me sinto pra baixo)
And I do appreciate you being round
(E eu vou apreciar a sua luta na existência)
Help me, get my feet back on the ground,
(Ajude-me, coloque meus pés de volta no chão)
Won't you please, please help me, help me, help me? Ohhh
(Você não vai, por favor, por favor ajude-me, ajude-me, ajude-me? Ohhh)"

"Esses foram The Beatles com Help"
o radialista falou e sorriu sozinha, parecia até coisa do destino tocar bem a música que ela cantara com Dougie mais tarde.

- Talvez seja um sinal...- falou para si mesma, mas abanou o ar.

Minutos depois entrou no quarto enrolada em uma toalha, foi até o guarda-roupa sem dar muita importância para a música que tocava.

" I heard you're doing OK,
(Eu ouvi dizer que você está bem)
But I want you to know:
(Mas eu quero que você saiba:)
I'm a dick
(Eu sou um besta)
I'm addicted to you
(Eu sou viciado em você)
I can't pretend I don't care
(Eu não posso fingir que não me importo)
When you don't think about me
(Quando você não pensa em mim)
Do you think, I deserve this?
(Você acha que eu mereço isso?)"


- Nossa, o cara devia estar sofrendo muito por amor quando escreveu essa música. - falou ao terminar de colar seu all star rosa com estrelinhas.
- Nada mal. - olhou para sua imagem no espelho. Usava uma calça jeans claro simples, com uma blusa branca de alcinha com alguns escritos em rosa e seu all star.
- Enfim o ressuscitei, hein? - olhou para seu calçado, quem visse acharia que ela havia pirado por completo, mas não, esse era o seu normal.

"I'm trying to forget that
(Eu estou tentando esquecer que)
I'm addicted to you
(Eu sou viciado em você)
But I want it
(Mas eu quero isso)
And I need it
(Eu necessito disso)
I'm addicted to you
(Eu sou viciado em você)
Now it's over
(Agora tudo acabou)
I can't forget what you said
(Eu não posso esquecer o que você falou)
And I never wanna do this again
(E eu nunca quero fazer isso de novo)"


acabou de se maquiar e ficou prestando atenção na letra. Não, ela não podia deixar tudo acabar sem antes ter começado. Tinha que agir.
Escutou a porta da sala bater e deu um pulo, vozes começaram a surgir, quando as reconheceu desceu correndo, tinha certeza que Dougie estaria lá.



Cap.60*


- Pequena! - Danny a abraçou.
- Oi! - sorriu de lado, passando o olhar pela sala.
- Onde você se meteu? - perguntou.
- Em lugar nenhum. - respondeu.
- Como em lugar nenhum? - a encarou.
- O que vamos fazer? - falou, não queria contar para ninguém o que acontecera.
- Ver filme. - se jogou no sofá.
- Legal. Vou beber água. - se dirigiu a cozinha, tinha esperanças de encontrar Dougie lá.
- Hey. - Harry falou.
- Hey. - respondeu fracamente ao ver que só ele se encontrava no local.
- Amor, , venham ver o filme. - os chamou.
- Você vem? - Harry perguntou se dirigindo à porta.
- Já vou.
- Ok.

ficou alguns minutos sentada na bancada da pia se culpado. "Viu, sua idiota! Fugiu dele e agora é ele que foge de você". Seus olhos rapidamente ficaram marejados, decidiu sair um pouco, precisava espairecer.

- Vai sair? - Steve perguntou ao ver a irmã pegar uma jaqueta meio estação preta no armário próximo a porta.
- Vou. - disse se vestindo.
- Aonde vai? - perguntou.
- Por aí. - deu de ombros e bateu a porta com força.
- Ela tá estranha, né? - fitou os amigos.
- Uhum. - todos concordaram.
- O que será que aconteceu? - Danny perguntou.
- Não faço a menor idéia. - Tom falou jogando um olhar cúmplice para que assentiu.
- Oh, o filme já começou. - James apontou para a TV. Ele fora o único que percebera o olhar dos dois amigos.
- Tartarugas ninjas? - Dave chegou.
- Onde você estava Dave? - Danny arqueou a sobrancelha.
- Por aí. - Dai deu de ombros.
- Eita, hoje é o dia de todo mundo estar "por aí" - fez aspas.
- Hã? - Dave não entendeu.
- Shiiii, prestem atenção no filme. - jogou almofadas nos dois.

Duas horas depois...

- Ai que tédio. - falou.
- Concordo. - se sentou ao lado da amiga.
- Vamos jogar verdade ou desafio? - James sugeriu.
- Não. Já tá muito batido esse jogo. - Steve se espreguiçou.
- Então de uma idéia bonzão. - James se emburrou.
- Não tenho. - Steve riu.
- Que beleza. - Dave revirou os olhos.
- Eu tô com fome. - Danny passou a mão na barriga.
- Eu também. - Tom e Harry falaram fitando as amigas com olhares suplicantes.
- Ok. Nós vamos preparar algo. - se levantou.
- Como assim nós? - perguntou séria.
- É, como assim? - a encarou.
- Não reclamem. Vamos! - puxou as duas.

Na cozinha...

- O que vamos fazer? - perguntou.
- Sei lá, a idéia foi sua. - deu de ombros.
- Hm...que tal batata frita e hambúrguer. - disse abrindo um ármario.
- Boa. Mas desde quando você sabe fritar batatas? - arqueou a sobrancelha.
- Eu não sei. - deu de ombros.
- E nós também não. - falou.
- Legal, voltamos a estaca a zero de novo. - se sentou.
- Não sabemos fritar ou cozinhar, mas sabemos ligar para o McDonald's. - abriu um sorriso.
- Os meninos vão preferir pizza. - disse.
- Problema deles, eu já enjoei de pizza. - falou.
- Então tá. - disse pegando o telefone. - Prontinho. Daqui a meia hora eles entregam aqui.
- E de sobremesa o que vamos comer? - perguntou.
- Credo, nem comemos ainda e você já está pensando na sobremesa? - riu.
- Podemos fazer um bolo. - sugeriu.
- Ah, isso eu sei fazer. - disse.
- Pode começar então. - apontou para o fogão e todas riram.

Na sala...

- O que perturba a sua mente, meu caro Williams? - James perguntou ao amigo que estava sentando em uma poltrona da sala com o olhar triste.
- Ah, Dude, eu vi a e o Dougie se beijando... - Dave passou as mãos nervosamente pelo cabelo.
- Ahá, agora tá explicado por que ela estava estranha. - Jimmy sorriu de lado - Mas, o que você vai fazer?
- Nada.
- Dai, tem certeza? Você vai ficar mal Dude.
- Prefiro sofrer em silêncio. - Dai sorriu fraco.
- Você que sabe...
- É, eu que sei...


Cap.61*


- Pronto. Agora é só esperar o bolo crescer. - fechou o forno.
- Yep. Bora pra sala? - disse.
- Aham. - concordou.
- AHHHHHHHHHHH!!! - todas deram um grito.
- O que aconteceu? - perguntou.
- Apagou a luz, dã. - disse.
- Isso eu sei, monga. - falou.
- Meninas aonde vocês estão? Não enxergo nada. - dizia tentando segurar em algo.
- Aiiiii, tem alguma coisa no meu braço!!! - se sacudiu.
- Er, sua lesa. Sou eu. - falou.
- Vamos achar velas. - sugeriu.
- Boa idéia. - as outras disseram.
- Aqui! Achei! - avisou.
- Acende logo e vamos pra sala. - disse.
- AHHHHHHHHHHHHH!!! - gritaram de novo.
- Parem de gritar. - Harry disse chegando com dificuldade a porta da cozinha.
- Foi só a campainha. - Danny falou abraçando .
- Er, Danny...eu não sou a . - disse.
- Larga a minha namorada Jones. - Harry falou.
- Desculpa . Não consigo enxergar nada. - Danny riu.
- Sem problemas. - sorriu.
- Pronto, velas acessas. Vamos. - falou.
- Até que enfim vocês chegaram. - Tom falou comendo algumas batatas.
- Quem teve a idéia de pedir McDonald's? - Steve perguntou.
- Eu. - levantou o braço.
- Tinha que ser a minha namorada. - Steve a beijou de leve.
- Será que a volta logo? - perguntou.
- Não sei, ela nunca foi de sair assim. - Steve disse dando um gole em sua coca.
- E o Dougie que não chegou até agora. - Tom falou de boca cheia.
- Ew Fletcher. - cobriu o rosto.
- Ew, o quê? Tá escuro, você nem está vendo nada direito . - Tom revirou os olhos.
- Idiota. - bufou.
- Lesada. - Tom retrucou.
- É, ele deu um bolo na gente. - Harry disse sem dar importância a briga dos dois.
- Nossa que cheiro de queimado...- Danny falou.
- Ai Meu Deus! O bolo! - saiu correndo até a cozinha, levando um tombo.
- ? Você tá bem? - Judd tateava as paredes tentando se aproximar da namorada.

O bolo queimou, e somente Danny e Tom tiveram coragem de comê-lo. Ficaram esperando a luz voltar, jogando conversa fora. Vez ou outra os meninos assustavam as garotas para se aproveitarem da situação e poderem abraçá-las.
No fim pegaram no sono ali mesmo. e Danny dormiram abraçados em um sofá, Steve e foram para o quarto do garoto, e Harry deitaram em outro sofá, Tom e ficaram em colchonetes e James e Dave roncaram no chão.


***

Dougie chegou e viu que todos já estavam dormindo. Ótimo, assim poderia fazer o que queria sem que ninguém o incomodasse. Subiu as escadas e foi até o quarto de , entrou cuidadosamente, tentando não fazer barulho, mas acabou tropeçando em um puff que se encontrava próximo a porta. Ficou estático, torcendo para que ninguém tivesse acordado. Para sua sorte continuaram todos em um sono profundo. Abriu a mochila e pegou uma lanterna, passeando aquela fraca luz por todo o quarto, foi até o banheiro e não encontrou . Achou estranho, aonde será que ela estaria a essa hora? Abanou o ar a fim de afastar qualquer pensamento negativo e começou a arrumar as coisas que trouxera.


***


estava à horas andando pela pequena cidade, já tinha perdido a conta de quantas vezes havia passado pelo mesmo quarteirão. Pegou o celular e olhou o horário, "Maravilha, 3 e meia da manhã" - pensou - "Melhor eu voltar". Apertou a jaqueta contra o corpo, apesar de ser final de primavera a noite estava gélida. Para espantar aquele silêncio que tomava conta durante o caminho, resolveu cantar alguma música. Mas não lembrava de nenhuma. "É sempre assim, quando a gente precisa não lembra" revirou os olhos, rindo de si mesma "Isso é realmente patético".


Cap.62*


A garota resolveu que seria melhor entrar pela porta dos fundos. Conhecia bem seus amigos, e sabia que se estivessem acordados a bombardeariam de perguntas. E isso era o que ela menos queria no momento. Estava confusa, com a mente atordoada. Mas não seriam essas pequenas coisas que atrapalhariam sua decisão. Havia pensado o bastante e estava determinada. Não importava se sofreria depois. Bom, na verdade importava, mais isso era conseqüência de algo que não teria dado certo, e seu relacionamento nem ao menos começara. Então para que se desesperar e fugir dos sentimentos que estão completamente explícitos?


***


Dougie arrumara tudo que havia levado. Cuidou dos mais simples detalhes. Queria que tudo ficasse perfeito. Estava inquieto, a cada instante achava algum defeito nos objetos e os trocava de lugar. Olhava de 5 em 5 segundos para o relógio, e nada das horas passarem ou de chegar. A preocupação começou a palpitar em sua mente.

- Será que ela está bem? - Dougie falava consigo mesmo - E se alguém a seqüestrou? - bocejou ao se deitar, fechando os olhos logo em seguida - MEU DEUS! E SE ACONTECEU ISSO MESMO? - gritou e deu tapas em seu rosto, para se acalmar - Calma, Dude. Ela está bem. Ela está bem. - se levantou e foi ao banheiro lavar o rosto. O sono já estava fazendo-o delirar.


***


subiu as escadas nas pontas dos pés. Quase tropeçou com a escuridão, mas conseguiu se equilibrar. Parou em frente a porta de seu quarto e deu um longo suspiro. Estava sonhando com um banho quentinho e com sua cama aconchegante.
Abriu a porta e tirou seu all star, largando-o em um canto qualquer. Forçou um pouco a vista para conseguir enxergar a sua volta. Foi aí que percebeu que haviam velas acessas espalhadas por todo o chão do quarto, junto com pétalas de rosas. No meio do cômodo se encontrava um edredom vermelho estendido com algumas almofadas, também vermelhas, em forma de coração e mas ao canto um violão.
Em cima de sua cama estava um enorme urso de pelúcia, idêntico ao qual ela havia visto na barraca de tiro ao alvo.
"O que é isso?" - pensou - "Acho, que estou sonhando, só pode." - Começou a se beliscar o mais forte possível para ter certeza de que tudo era real.
Ouviu um barulho vindo do banheiro e ficou estática ao ver quem saira de lá. Sentiu borboletas no estômago e seu coração começou a palpitar rapidamente, parecia que sairia pela boca.

Dougie não estava diferente. Esboçou um largo sorriso ao vê-la e suas mãos ficaram trêmulas. Começou a suar frio. Agora o que faria? Tinha medo de se aproximar e fugir novamente. Será que devia falar o que fora fazer ali? Ou seria melhor deixar ela se explicar?
"Bom, quem me deve explicações é ela." pensou.



Cap. 63*



Ao mesmo tempo que Dougie obtinha esses pensamentos, também se questionava. Ela achava que quem deveria falar era ele, mesmo sabendo que estava errada.
Não importava que a voz em sua consciência ecoasse, emitindo pedidos insistentes para que, ela falasse tudo que havia pensado. Era impossível. Sua voz não saía. Abriu e fechou a boca algumas vezes sem exalar som algum.
Justamente agora que precisava das palavras, elas não queriam ser emanadas.

Os minutos se passavam e eles apenas se olhavam, dando risos nervosos. Mas, de repente, como em um impulso, Dougie e se aproximaram. O garoto sorriu e passou um de seus braços em volta da cintura da garota. A mesma, passou os braços em torno do pescoço de Dougie. A respiração de ambos falhava. Os narizes se encostaram e aos poucos as bocas se cerraram. Poynter contornou o desenho dos lábios de com sua língua, fazendo com que a garota abrisse lentamente a boca permitindo que o beijo se intensificasse. segurava forte os cabelos de Dougie, fazendo-o gemer baixinho.
O beijo era quente e a cada medida se tornava mais agressivo. Dougie passeava a mão que estava livre por debaixo da blusa da garota, puxando-a cada vez mais para perto dele. Os lábios se encaixavam em perfeita sintonima. O desejo era intenso. Os dois desejavam isso mais do que tudo. Sabiam que qualquer palavra estragaria o momento, por isso se deixaram levar.

Poynter a guiou até o ededrom, deitando-se sobre ela. Deu pequenas mordidas no lábio inferior de e em seguida começou a beijar delicadamente seu pescoço, a fazendo estremecer com cada toque.
Dougie cessou o beijo com vários selinhos. Olhou profundamente nos olhos de e pode ver que eles brilhavam, sorriu para ela que retribuiu.

- Dougie...- sussurou.
- Shhhh. - ele colocou o dedo indicador sobre os lábios da garota - Não diz nada. Só escuta, ok? - pediu, e concordou com a cabeça.

Dougie pegou o violão e começou a dedilhar algumas notas de uma canção que era familiar a ...

"Cause I’ve got you to make me feel stronger
(Porque eu tenho você, para me fazer me sentir mais forte)
When the days are rough and an hour seems much longer...
(Quando os dias são duros e uma hora parece muito mais longa...)"


O garoto cantava com os olhos fechados, conseguindo transmitir todos os seu sentimentos para aqueles simples versos.

"Oh when I got you
(Oh quando eu tenho você)"


Ele terminou e olhou para , que estava completamente encantada, com um doce sorriso em seus lábios.

- Er, então...gostou? - Dougie perguntou tímido.
- Douglas, eu amei. - engatinhou até o garoto e lhe deu um longo beijo.
- Sério? - ele a olhou ao partir o beijo.
- Sim. - ela sorriu.
- Espera, tem mais uma coisa que eu quero te dar...- Dougie se levantou e foi até a cama, pegando o enorme urso de pélucia - Toma.
- Ahhh, Dougie. É aquele que eu queria. Como você conseguiu ganhá-lo? - ela perguntou abraçada ao urso.
- Hm...bom, depois de duas fichinhas eu consegui. - arqueou a sobrancelha - Tá bem, cinco fichas. - ela ainda o encarava - Ok, oito.
- Ahá, eu sabia que você era uma negação nessa brincadeira. - Dougie deu língua.
- Hey, qual vai ser o nome dele? - Dougie apontou para o urso.
- Ah, qual é Dougie. Eu não tenho mais idade pra ficar dando nomes a bicinhos de pelúcia. - riu.
- Ok. Eu escolho então...- Poynter colocou a mão no queixo - Que tal, Pimpão?
- Ui, não Dougie. Não combina com ele. - a garota fez uma careta.
- Pooh?
- É fofo. Mas já existe um urso com esse nome. Quero um original. - sorriu.
- Há, depois você diz que dar nome é coisa de criança...- Dougie revirou os olhos - Douglas?
- Dougie! Mesmo eu gostando muito de você, eu não vou dar seu nome a ele.
- Por quê? Quando você sentir saudades de mim é só abraçar ele. - sorriu maroto.
- Porque não. Pra que eu vou querer abraçar um urso se eu tenho você sempre perto de mim? - disparou e logo em seguida escondeu seu rosto nas costas do urso.
- Não precisa se esconder. - Dougie se aproximou e segurou no queixo de - Eu adorei ouvir isso. - sorriu - Pelo menos, você ainda não me trocou por ele. - apontou com a cabeça para o urso, e a garota deu um soquinho em seu braço - Hey, se nós vamos namorar você tem que parar de me dar esses tapas! - Douglas segurou o braço de .
- Namorar? - falou com a voz falha, seu coração bateu mais rápido ao ouvir essa palavra.
- Er...se você quiser...- Dougie corou e em resposta recebeu um beijo - Isso foi um sim? - perguntou.
- Uhum. - mordeu o lábio inferior.

Poynter a puxou para perto dele, fazendo-a deitar entre suas pernas. Ficou acariciando os cabelos de e sussurou em seu ouvido: "Eu Te Amo!".



Cap. 64*



estava ficando sonolenta, tentando lutar contra seus olhos que pesavam cada vez mais. Queria mantê-los abertos, para poder gravar esse momento em sua memória.

- Dougie...- sussurou com a voz falha.
- Hum? - o garoto continuava a acariciar seus cabelos delicadamente.
- Me desculpa...- fechou os olhos lentamente.
- Não tem o que desculpar...- Dougie falou doce.
- Dougie, eu preciso escutar de você...me diz...me desculpa? - a voz de saía cada vez mais baixa.
- Te desculpo, linda! - Poynter falou beijando a testa da namorada.
- Obrigada... - deu um meio sorriso.

Ficaram alguns minutos em silêncio...

- Dai...- murmurrou.
- Dai? - Dougie perguntou estreitando os olhos.
- O urso...- a garota balbuciou em um tom de voz fino, antes do sono a domar por completo.

Dougie fitou o quarto por algum tempo, tentando entender o que quis dizer. Até se deparar com o urso de pélucia próximo ao edredom. Sorriu para si mesmo. havia escolhido um ótimo nome. Afinal o bichinho tinha uma cor creme-amarelada, que lembrava perfeitamente os cabelos de Dave. Juntamente com um sorriso maroto traçado em sua face, que por incrível que pareça, se tornava idêntico ao do amigo.
Ao pensar isso, lembrou-se que teria que agradecer Dai, por ter incentivado-o a ir com calma e tentar entender o lado de . Ele realmente era um grande amigo.
"Mal posso esperar para contar ao David. Ele vai ficar feliz em saber que ajudou." Poynter pensou ingenuamente.


***


acordou com alguns raios de sol que invadiam o quarto, indo em direção aos seus olhos. Aos poucos foi se acostumando com a claridade. Virou-se lentamente para o lado e encontrou Dougie sorrindo para ela.

- Bom dia, minha Princesa! - Dougie deu um pequeno selinho na garota.
- Bom dia! - disse se espreguiçando.
- Dormiu bem? - ele a abraçou.
- Yep. E você?
- Eu não dormi.
- Como assim não dormiu? - o encarou.
- Não dormindo, ué. Fiquei te vendo dormir. - ele sorriu.
- Não acredito. Que graça tem em me ver dormindo? - ela fez charme.
- Toda.
- Bobo. - riu, e Dougie a puxou mais para perto, dando um longo beijo.

Na sala...

e Tom eram os únicos que já haviam acordado. Então, resolveram acordar os amigos de uma maneira nem um pouco agradável. Ligaram a TV e colocar um videoke. Tom começou a cantar suavemente, enquanto ajudava com o backvocal.

"Tonight
(Esta noite)
I'm gonna have myself a real good time
(Eu irei me divertir)
I feel alive
(Eu me sinto vivo)
And the world is turning inside out
(E o mundo virando do avesso)
Yeah!
(Yeah!)
And floating around in ecstasy
(E flutuando ao redor em êxtase)

So don't stop me now
(Então não me pare agora)
Don't stop me
(Não me pare)
Cause I'm having a good time
(Porque eu estou me divertindo)
I'm having a good time
(Eu estou me divertindo)"


agora já não cantava mais, e sim berrava.

"I'm a shooting star leaping through the sky
(Eu sou uma estrela cadente saltando pelo céu)
Like a tiger defying the laws of gravity
(Assim como um tigre desafiando as leis da gravidade)
I'm a racing car passing by like Lady Godiva
(Eu sou um carro de corrida ultrapassando como Lady Godiva)
I'm gonna go go go
(Eu irei, vou, vou, vou)
There's no stopping me
(Nada vai me parar)"


Todos acordaram em um pulo ao escutar o "me" bem afinado de . Tom aumentou o volume no último e os dois começaram a gritar descontroladamente, subindo no sofá e fazendo uma espécie de dança bizarra.

"I'm burning through the sky
(Estou queimado pelo céu)
Yeah!
(Yeah!)
Two hundred degrees
(Duzentos graus)
That's why they call me Mister Fahrenheit
(É por isso que me chamam de Senhor Fahrenheit)
I'm trav'ling at the speed of light
(Estou viajando na velocidade da luz)
I'm gonna make a supersonic man out of you
(Eu quero transformá-lo num homem supersônico)"


Os amigos a princípio xingaram os dois, mas no fim entraram no ritmo e começaram a cantar junto.
Steve e desceram as escadas correndo, assustados com a gritaria e logo começaram a rir com a cena ridícula que viam. Seus amigos todos descabelados e com os rostos amaçados, pulando e gritando como completos alucinados.

"Don't stop me now
(Não me pare agora)
I'm having such a good time
(Eu estou me divertindo)
I'm having a ball
(Estou aproveitando)
Don't stop me now
(Não me pare agora)
If you wanna have a good time
(Se você quiser se divertir)
Just give me a call
(Apenas me ligue)
Don't stop me now ('cause I'm havin' a good time)
(Não me pare agora[porque eu estou me divertindo])
Don't stop me now (yes I'm havin' a good time)
(Não me pare agora[sim, eu estou me divertindo])
I don't want to stop at all
(Eu não quero parar de jeito nenhum)"


No quarto de ...

- O que esses loucos estão fazendo lá embaixo? - disse abraçada a Dougie.
- Não faço a menor idéia. Vamos ver? - Dougie perguntou maroto.
- Sim. - sorriu e entrelaçou suas mãos com as de Douglas.

Era impossível conter o sorriso que se instalara em seus lábios. O que estava sentindo era inexplicável, nem ela mesma conseguia identificar. Era um misto de alegria, felicidade, amor e prazer, que invadiam o seu corpo dando a impressão que em qualquer momento ele explodiria de tanta emoção. Nunca se sentira assim com nenhum garoto.
Antes, achava que Renato era o garoto de seus sonhos. O cara perfeito, que se sonha em casar, ter filhos e uma enorme casa. Mas, agora, ficava nítido que havia errado. Dougie sim, era o rapaz ideal. Tinha sorte em tê-lo encontrado. Precisava contar logo para todos a novidade."Mas, e se eles acharem que me precipitei? Falarem que devo esperar mais? Que o Renato vai sofrer?" começou a se questionar mentalmente.

- Princesa? - Dougie a acordou do transe.
- Oi...- falou.
- Está tudo bem? - ele a encarou.
- Sim. Por quê?
- Você parou de repente, e ficou com uma expressão estranha...- Dougie disse preocupado.
- Não é nada. - tentou sorrir.
- Certeza? - Poynter passou as costas da mão no rosto da garota.
- Yep.
- Então, vamos. - ele a puxou.
- Er...Dougie? - disse tímida.
- Hum?
- Ah, bom, será que poderíamos guardar segredo sobre o nosso namoro? - falou receosa, tinha medo da reação do garoto.
- Mas..por quê? Eu queria tanto contar para todos...- ele a fitou confuso.
- Só por enquanto, ok? - olhou fixamente nos olhos de Dougie.
- Se você quer assim. - Poynter sorriu e deu um leve beijo na garota - Nem pro Dave eu posso fala? - Dougie fez cara de pidão.
- Não faz essa cara...- riu.
- Por favor?
- Ok. Contamos só para o Dai. - sorriu.

É, talvez contar para David não fosse má idéia. Afinal entre todos ele e Danny eram os que mais sabiam sobre sua vida e a ajudavam sempre. Não que as meninas não a ajudassem, mas sempre fora mais marota e arteira, se relacionando melhor com os garotos. Isso se devia, ao fato de ter um irmão mais velho que na maioria das vezes era obrigado a carregá-la para todos os lugares, por ela ser uma pestinha e o forçá-lo a levá-la.

Na sala...

- Vocês são loucos! - disse deitada no colo de Danny.
- Aonde já se viu cantar "Don't Stop Me Now" para acordar os outros? - Harry estava emburrado.
- Foi só uma brincadeira Judd. - riu do amigo.
- É. Não sabem levar na esportiva. - Tom completou.
- Nossa, eu vi e escutei bem? - falou - Thomas e amigos? Se entendendo? Não creio!
- Acho que é isso mesmo...- concordou.
- As coisas mudam. - James disse.
- E como. - Steve bocejou.
- Hey! Tudo bem? - James perguntou.
- É...- Dai disse desanimado.
- Ih, Dave. Não adianta ficar com essa cara de enterro. - Bourne disse.
- Eu sei Jimmy. Mas está difícil...- David passou as mãos no rosto.
- Essa música do Queen ía ficar mais excitante se o McFLY cantasse. - Danny falou do nada.
- Jones, você é meio lesado. Mas tenho que concordar agora. - Tom o fitou sério.
- Viu? Eu tenho neurônios. - Danny deu seu melhor sorriso.
- Nós podiamos tentar tocála. - Harry sugeriu.
- Ah, não! Já cedo falando da banda, não! Me poupem! - tampou os ouvidos e todos a encararam - O que foi? Não é que eu não goste, pelo contrário, mas por favor deixem esse assunto pra depois. Vamos conversar sobre outra coisa...
- Tipo o quê? - Tom perguntou.

Nesse momento todos se calaram e tentaram pensar em um assunto. Logo o silêncio desapareceu, com algumas risadas vindas do andar de cima. Todos imediatamente olharam para as escadas e viram Dougie e descendo-as, rindo e de mãos dadas.



Cap. 65*



e Dougie pararam no último degrau e nem se deram conta dos olhares maliciosos e desconfiados sobre eles. Estavam felizes, era fato.
Quando David viu a cena seu estômago embrulhou. Antes se tinha alguma esperança, agora ela havia se esvairado. Como pode ser tão idiota? Sua dor aumentou ainda mais, quando viu Dougie cochichar algo no ouvido de fazendo-a rir docemente. Ah, como amava aquele sorriso doce, o jeito meigo, o perfume, a risada, as broncas, o corpo, a sinceridade, a alegria, a pele macia, os conselhos...Ela era a garota perfeita.

- Hãnhãn! - Danny pigarreou fazendo e Dougie perceberem os olhares curiosos sobre eles, e tirando Dave de seu pequeno transe.
- Hey! - sorriu de leve.
- O que vocês estavam fazendo lá em cima? - Steve perguntou sério.
- Conversando? - Dougie arqueou a sobrancelha e olhou para como se pedisse ajuda.
- Sim. Conversando ué? - deu de ombros, tentando parecer convincente.
- Aham, sei. E como o Dougie chegou? Como subiu? Ele dormiu aqui? Onde? - Steve bombardiava-os de perguntas, apesar de Dougie ser seu amigo, ele não estava gostando nada daquela situação.
- Amor, deixa eles. São amigos. Não precisa se preocupar. - tentou amenizar o clima.
- É Dude. O Dougie sempre dormiu aqui, como qualquer um de nós. Pra que toda essa preocupação? - Harry falou.
- Ah, sei lá...Como meus pais foram viajar, eu sou o responsável por ela. - Steve respondeu.
- Calma papai. Eu estou bem, olha...- deu uma voltinha - Estou inteira. - ela piscou e todos riram.
- Engraçadinha. - Steve deu língua.
- Vamos comer? - Tom perguntou.
- Você vive com fome Fletcher. - revirou os olhos.
- O problema é meu garota. - Tom disse ríspido.
- Ih, já vão começar, é? - perguntou.
- Começar o quê? - os dois a fitaram.
- Nada, nada. - desconversou.
- Já vamos comer. Mais antes esses dois vão ter que explicar o que estavam fazendo lá em cima. - perguntou apontando o dedo indicador.
- A gente já falou. Conversando. - Dougie disse.
- Mas como vocês chegaram? E...- começava a perguntar mais foi cortada por James.
- Que tal deixarmos isso pra lá? - Jimmy disse, e Dave o olhou agradecendo.

Os amigos deram de ombros e seguiram para a cozinha, fingindo que nada havia acontecido. Embora soubessem que entre e Dougie estava rolando alguma coisa.


***


Tomaram o café da manhã, e ficaram conversando por algumas horas. e Douglas trocavam alguns olhares e sorrisos, às vezes, discretos outras vezes não. Tentaram se controlar o máximo para não se agarrarem na frente de todos. Dougie mais ainda, mas respeitou o pedido de para manter tudo em segredo. "É por pouco tempo!" pensou.
No começo da tarde todos foram embora para suas casas. Na hora de se despidirem Dougie deu um beijo no canto da boca de que sorriu de leve. Ninguém percebeu, bom, apenas uma pessoa, Dave.


***


- Dave? - Jimmy o chamou pela milésima vez.
- Hum?
- Dude, eu estou te chamando faz um tempão.
- Ah, desculpa. O que você disse?
- Perguntei se vamos ensaiar hoje.
- Pode ser...
- Dai, você não pode ficar assim.
- Como se fosse fácil. Ela está com outro e feliz. E eu aqui, sofrendo que nem um idiota, sendo que ela nem percebe, porque me considera só um amiguinho. - Dave falou irritado.
- Não é fácil, dude. Eu sei que não é. E ela não te considera um "amiguinho". - fez aspas - Ela te considera o melhor amigo dela. E sim, você é idiota.
- Nossa obrigado! Que incentivo. Você é um amigão. - David disse irônico.
- Eu só disse a verdade. Você tá sendo um idiota por sofrer por ela.
- Tô né? - Dai disse triste.
- Tá. Mas você tem duas opções.
- Tenho? Quais?
- Primeira, você esquece ela e arranja outra. Ou segunda, corre atrás dela e diz tudo o que sente desde...hum...desde sempre.
- Será? - David perguntou incerto.
- Yep.
- E se a nossa amizade mudar?
- Ela só vai mudar, se um de vocês mudarem um com o outro. E da parte dela dúvido que isso aconteça. Ela conhece a gente há anos. E logo no primeiro dia vocês ficaram amigos. Eu lembro até que o Steve ficou brabo, achando que ela estava roubando os amigos dele. - Jimmy riu ao lembrar-se.
- É verdade. Daí em diante eu e ela não nos desgrudávamos mais. Depois chegou o Jones, todo tímido no colégio e ela foi conversar com ele. No outro dia ele já fazia parte do nosso grupinho e ela sempre dizia que a nossa amizade ía ser pra sempre. Que eu e ele éramos os melhores amigos dela. Fizemos até um juramento. - Dai também ria das lembranças.
- Então dude. Nada vai mudar. Eu só acho que você deve pensar bem. Talvez o amor que você acha que sente por ela, seja apenas um carinho muito grande. - James colocou a mão no ombro do amigo e foi até seu quarto. Deixando um Dave pensativo na sala.


***


- Pode entrar. - disse ao ouvir alguém bater na porta de seu quarto. - Hey! - ela sorriu quando viu que era Steve.
- Hey! - ele sorriu fraco.
- O que foi?
- , você sabe que eu me preocupo muito com você, não é? - Steve segurou a mão da irmã.
- Sim. - ela concordou com a cabeça.
- Que apesar de algumas vezes você ser uma pentelha, eu a amo não sabe?
- Sei. - disse confusa.
- Então, me explica essa história do Dougie.
- Ah, isso?
- É...
- Bom, quando eu tava chegando em casa eu vi alguém sentado no degrau, na frente da porta. E era ele. Daí, ele disse que não queria acordar ninguém e ficou esperando ali fora. Então eu falei para ele entrar e dormir no quarto de hóspedes. Simples assim. - falou rápido, inventando qualquer coisa que veio em sua cabeça.
- Sério? - Steve arqueou a sobrancelha desconfiado.
- Yep. - sorriu sapeca ao lembrar da noite anterior.
- Ok. Bom eu vou sair com a e vou voltar tarde. Nossos pais ligaram e falaram que chegam amanhã de manhã, porque a confraternização do shopping foi prolongada, algo assim. Bom, se cuida. - Steve beijou a testa da garota.
- Ah, tudo bem. Opa o negócio tá ficando sério, hein? - riu maliciosa e Steve deu língua.
- ? - ele a chamou antes de fechar a porta.
- O quê?
- Desculpa ter te enchido com esse assunto.
- Que isso Steve. Eu entendo. Também me preocupo com você. Mas, agora vai logo, antes que você se atrase. - jogou uma almofada em direção ao irmão.
- Hey! Tá bom, não precisa tentar me matar. Tchau. - o garoto disse antes de fechar a porta.
- Bobo. - riu.

ficou alguns minutos deitada em sua cama, fitando o teto e pensando. Não pode deixar de sorrir ao lembrar de Dougie. A noite passada havia sido perfeita, tudo estava sendo maravilhoso. Não existiam palavras que pudessem definir o que estava sentido. Saiu de seus pensamentos quando escutou seu celular vibrar.

"Tô passando aí em 10 minutos. Me espere na porta. Amo você! Dougie"



Cap.66 *



imediatamente levantou e começou a procurar seus tênis. Revirou o quarto inteiro e só foi achá-los embaixo da cama. Olhou pela janela e viu que estava ventando, pegou um casaco qualquer, dando uma olhada no espelho para se certificar que sua aparência estava razoável. Ajeitou algumas mechas de cabelo que insistiam em ficar arrepiadas e passou lápis nos olhos para realçá-los.
Desceu as escadas correndo. Estava ansiosa. Abriu a porta e deu de cara com um Dougie ofegante e com as bochechas rosadas.

- Hey! O que...- começava a dizer mais Dougie a beijou intensamente.
- Vem! - o garoto disse ao partiu o beijo ao mesmo tempo que estendia a mão para a namorada.
- Aonde nós vamos? - perguntou curiosa.
- Espera. Você já vai saber. - Poynter sorriu.
- Ahhh, não! Você vai ter que me contar!
- Não seja curiosa minha princesa. - Poynter beijou-a na testa, e abriu a porta de seu carro.
- Ok, senhor cavalheiro. - deu um meio sorriso e se sentou no banco do passageiro.
- Hey, hey! O que você pensa que está fazendo? - Dougie arqueou a sobrancelha.
- Ligando o rádio? - respondeu como se fosse óbvio.
- Palhaça. - Douglas riu, e deu língua.
- Uau, Beastie Boys? - falou mais para si mesma.
- Fight for your right. - Dougie quase berrou o nome da música, logo em seguida começando a batucar com os dedos no volante no ritmo da música, e cantando-a completamente empolgado, fazendo rir das caras e bocas que ele fazia.

"You wake up late for school - man you don't wanna go
(Você acorda atrasado para escola - cara você não quer ir)
You ask you mom: "Please?" - but she still says, "No!"
(Você pede a sua mãe: "Por favor?" - mas ela ainda diz: "Não!")
You missed two classes - and no homework
(Você perde duas aulas - e está sem o dever de casa)
But your teacher preaches class like you're some kind of jerk
(Mas seu professor dá aula como se você fosse um tipo de idiota)"


- Pare de rir e se prepare para o refrão.!- Poynter alertou, e a garota só confirmou com um aceno de cabeça segurando a risada. - No três, certo?
- Certo!
- 1,2,3!!!
- You gotta fight for your right to paaaaaaaaaaaaaarty!!!!!!!!! - os dois berraram juntos, começando a rir em seguida.
- Você é louco Poynter! - disse rindo e virando-se para a janela.
- Posso ser louco. Mas sou o louco que você ama!
- Quem disse? - ela o fitou.
- Não precisa dizer, está estampado na sua testa: "Eu Amo O Dougie Gostoso!" - fez gestos com uma das mãos.
- Convencido. - ela deu um soquinho em seu braço, e voltou a mudar a estação de rádio.
- Vai mudar de novo?
- Sim.
- Mulheres. - revirou os olhos.
- Vai demorar muito para chegar? - perguntou se ajeitando novamente no banco.
- Só mais um pouquinho. Enquanto isso, coloca esta venda.
- Para quê? - perguntou confusa.
- Não faz perguntas, só coloca.
- Ok, Mr. Mistério.

Alguns minutos depois...

- Chegamos! Espera que eu vou abrir a porta, e nem pense em tirar a venda. - Dougie disse abrindo a porta - Ah, quer saber? Vou te levar. - ele a segurou no colo.
- Poynter! Me solta! - falava em meio a risos.
- Pronto. Agora segura na minha mão que eu vou te guiando.
- Quero só ver, hein? - disse dando pequenos passos.
- Ok. Fique aqui. E não tire a venda ainda. - ele a posicionou de costas para a porta do local - Droga! Cadê as chaves? - começou a procurar nos bolsos da calça, fazendo rir baixinho.
- Achei!
- Posso tirar? - ela perguntou tentanto desamarrar o nó.
- NÃO! - Dougie meio que gritou - Deixa eu arrumar uma coisa antes.
- Mais que demora.
- Certo. Pode tirar agora. - ele deu um longo suspiro, tentando conter a ansiedade.
- Uau! - foi a única coisa que conseguiu pronunciar.
- Então...gostou? - Dougie perguntou mordendo o lábio inferior.
- Se eu gostei? Eu amei! Sempre foi meu sonho ficar presa em um shopping de noite. Tá, eu não estou realmente presa porque você tinha a chave e...Hey! Como você conseguiu a chave?
- Esqueceu que a minha mãe trabalha com o seu pai? - a garota negou - Então, ela precisava fazer uma cópia das chaves daqui, e como estava sem tempo eu me ofereci e fiz uma cópia para mim. - concluiu com um sorriso maroto.
- Espertinho você, hein? Mas isso é roubo! E se descobrirem? - ela perguntou.
- Só vão descobrir se eu ou você contarmos. - ele disse a puxando para um longo beijo. - Espera! Tenho mais uma surpresa.
- Que linda! - disse ao ver a fonte do salão central ser ligada e iluminada por várias luzes coloridas.
- Só não ganha de você. - Dougie sussurrou no ouvido da namorada, fazendo-a arrepiar.


***


O tempo passou com uma rapidez imperceptível, obrigando-os a voltar para suas casas, afinal no dia seguinte teriam aula bem cedo. Dougie deixou na esquina da casa dela, a pedidos da mesma, que estava com medo que algúem os visse e desconfiasse de algo. Ele ficou esperando, para ter certeza que ela chegaria segura em casa e logo em seguida deu a partida.

tomou um banho e logo depois foi se deitar. Quando estava pegando no sono seu celular vibrou.

"Oi Pequena! Td bem? Preciso falar com você amanhã, pode ser? Beijos. Dai"


***


- Será que ela vai responder? - Dave balançava as pernas freneticamente.
- Calma. Você acabou de mandar a mensagem David. - James disse se sentando no sofá.
- E se ela não responder?
- Ela alguma vez deixou de responder? - Jimmy o encarou.
- Nop.
- Então, sussega.
- Você tá certo. Vou prestar atenção no filme, aliás, que filme que é?
- Tartarugas Ninjas.
- Ah...
- Dai?
- Hum?
- Para prestar atenção no filme tem que olhar pra tela da televisão e não do celular. - James bufou se irritando com o amigo.
- Desculpe. Acho que vou pegar uma cerveja. - Dave se levantou e foi até a cozinha.
- Daveee! - James o chamou.
- O quê?
- Celular. - Bourne apontou para o aparelho.

"Oi meu amor! Td e aí? Ok, tbm quero falar com vc. Mas vc não voltou p/ Devile? Bjão s2"

- Que cara é essa? - Jimmy perguntou ao ver a cara completamente abobalhada do amigo.
- Ela me chamou de "meu amor" James! A me chamou de "MEU AMOR"! - Dai começou a gritar e correr pela sala.
- David? David? DAVID! - James gritou mais alto que Dai.
- Que foi? - Dave se acalmou.
- Você não vai responder?
- Ah, é mesmo.
- Babaca. - Jimmy sussurrou.
- Hey! Eu ouvi isso.
- Era pra ouvir mesmo.
- James?
- O que é agora David?
- Eu não sei o que responder... - Dai fitou a tela do celular.
- Diz que você já voltou, mais que vai amanhã de novo para Saint Hivan. Simples. - Jimmy deu de ombros.
- Não dude. Eu quero alguma coisa bonita para responder o "meu amor" dela. - Dave suplicou.
- Dave! Acorda ela sempre te chamou assim. Não viaja. E agora me deixa ver o filme porra. - James aumentou o volume da tevê.

"Td tbm. Voltei, mas amanhã vou pra Saint Hivan de novo =P. Até amanhã minha pequena. Durma com os anjos. Bjaum"

Dave escreveu, mais não achava coragem para apertar o botão de "enviar". Será que não estaria muito ousada a mensagem?

- Dá logo esse celular aqui. - Bourne pegou o celular da mão de Dai e apertou o botão.
- Hey, seu burro! Eu ía arrumar a mensagem. - Dave protestou.
- Me poupe Williams, você já está a mais de meia hora digitando e apagando. Agora já foi.
- Mas...mas...- Dai tentava achar algum argumento.
- Mas nada! E vê se cala a boca e me deixa ver o final do filme.
- E se ela não gostar? - Dave resmungou subindo as escadas.
- Boa noite para você também Williams. - James gritou ironicamente.



Cap.67 *



Ver o pôr do sol e sentir aquela brisa fresca bater em sua face, era a melhor coisa que podia presenciar. Realmente a represa de Saint Hivan lhe trazia boas lembranças. De repente, a garota começou a pensar em como havia chegado a ponte que ligava-se a caixa da água do local. Não lembrara de ter caminhado até lá ou ter pego alguma carona. Pensou e pensou, mas nada. Não adiantava. Resolveu não se importar, afinal já estava ali. Escutar e ver as gaivotas que por ali passavam era algo mágico. Seria tão bom se tivesse papel e caneta para escrever todas as suas sensações presentes. Mas, como não tinha, decidiu sentar-se e observar aquela paisagem maravilhosa. Porém, a brisa começou a ficar mais forte e a garota colocou as mãos nos bolsos do casaco afim de esquentá-las e, ao fazer isso percebeu que dentro de um deles econtrava-se papel e caneta. Como vieram parar ali dentro? Nem ela sabia. Parecia que alguém escutara seus pensamentos e fizera surgir os objetos. Começou a escrever quando sentiu alguém tocar seu ombro, olhou pra cima e...

- Agora não. Deixa eu dormir. - se virava na cama, ajeitando melhor a coberta sobre seu corpo - Cinco minutinhos, vai? - seu celular continuava a vibrar - Você não vai desistir, não é? - e o celular insistiu em vibrar, parecia que escutava-a - Ok. Você venceu! Já levantei, viu? Só espero que seja importante, senão... - pegava o celular.
- Merda! Como eu coloquei o celular para despertar as 7:15 da manhã? Legal, legal. Estou completamente atrasada. Por que as aulas têm que começar as 7:30? Por quê? É injusto! Nas Segundas deveriam começar as dez horas, assim os alunos teriam tempo pra se recomporem da ressaca e tudo mais. Mas não! - resmungava enquanto procurava suas roupas.
- Banho! Vou ter que tomar um banho "The Flash". Vamos lá garota, você consegue.
- Uau! Meu recorde. Banho em 3 minutos? Ok. Roupas? Roupas? Cadê minha calça jeans grafite? - começou a revirar todo o cômodo - Caramba! Onde eu coloquei? - nesse momento se olhou no espelho - Ah, eu já estou com ela. Que patético , que patético. - negou com a cabeça como se estivesse repreendendo alguém, mas não, o negócio era com ela mesmo.
- Blusa, casaco, maquiagem, mochila, é, acho que não esqueci de nada. - começou a sair do quarto - Ah, meu celular. Que idiota. - pegou e fechou a porta.
- Certo, são exatamente 7:23. Preciso chamar o Steve, espero que aquele bobão tenha me esperado, já que me acordar que é bom nada. - entrou no quarto do irmão - Yupi! Hoje é meu dia! Cama toda arrumada e nenhum sinal dele. Se acalme , se acalme. Ele deve estar te esperando lá embaixo, no carro. É, deve sim.
- Bom dia Winny! O Steve está me esperando lá fora? - a garota perguntou entrando na cozinha.
- Bom dia ! Seu irmão? Acho que ele não dormiu em casa não. - Winny respondeu enquanto coava o café.
- Ótimo! Você sabe se ele deixou o carro aqui? - batia os pés no chão freneticamente, a medida que olhava para o relógio da cozinha.
- Deixou sim. Você vai tomar café? Está fresquinho. E eu fiz aquele bolo de chocolate que você adora. - Winny sorriu.
- Desculpa Win, mas eu estou realmente atrassada. Quando eu voltar dá aula eu como, prometo. - saiu pela porta dos fundos.
- ? - Winny a chamou.
- Sim?
- Você vai para aula descalça? - apontou para os pés da menina.
- Ai Meu Deus! Esqueci de colocar meus tênis. - bateu na própria testa - Ah, sorte que tem esses aqui. - pegou o par de all star que se encontrava próximo a porta - Brigada Win. Tchau.
- Mas ... - Win tentou chamá-la novamente - Você pegou um tênis de cada cor. - terminou a frase e começou a rir.


***


estava no final da última aula antes do intervalo, quando lhe passou um bilhetinho.

Hey, o que aconteceu para você quase chegar atrassada?
#


Quando ía começar a responder o sinal tocou. Mal começou a guardar seu material e já estava em frente a sua carteira perguntando.

- Calma, . Respira. Vamos indo pra cantina que eu te conto. - disse rindo da amiga.
- Ok. Mas anda, conta logo.

- E foi isso. - terminou de fazer a retrospectiva da sua manhã agitada, enquanto pegavam suas bandejas e se dirigiam para a mesa de costume.
- Não acredito que você chegou a tempo amiga. Impressionante. - estava incrédula.
- Eu sei.
- Mas, então, você não sabe? - falou.
- Não sei do quê? - perguntou.
- Não sabe que o Steve passou a noite na casa da . - concluiu.
- O quê? Não acredito! Aquele filho da mãe nem para me contar. - fingia indignação.
- Acho que não era pra ninguém saber... - deu de ombros.
- Ah, claro. E como você ficou sabendo, então?
- A me contou, oras.
- E por que eu sou sempre a última a saber das coisas? - estava magoada.
- Se você chegasse no horário iria ficar sabendo junto com todas as meninas. - disse e deu língua.
- ! - Danny exclamou ao ver a namorada - Senta aqui do meu lado. - indicou o lugar para a garota - Hey Pequena!
- Hey Danny! - o comprimentou.
- Por que chegou atrasada? - Jones perguntou.
- Porque ninguém me esperou, sabe? - encarou Steve.
- Er...eu...desculpa mana. - Steve falou sem jeito. Será que já sabia sobre a noite passada e iria contar para todos?
- Tudo bem, eu entendo que buscar a namorada é mais importante do que trazer a própria irmã. - a garota piscou para o irmão e se sentou, fazendo-o respirar aliviado.

Todos começaram a conversar animadamente sobre sábado, relembrando os melhores momentos de Tom dançando funk e Kelly e sua trupe sendo encharcadas de doces nojentos. Mas não pode deixar de reparar que Dougie ainda não havia chegado a mesa. Onde será que ele estaria? Queria tanto vê-lo, beijá-lo, abraçá-lo, mas teria que se conter. E se ele estivesse se agarrando com alguma broaca pelo corredor? Logo, esse pensamento foi embora ao ver ele se aproximar.

- Até que enfim Poynter. - Harry disse - Achei que ía ficar sem meu Red Bull.
- A fila da cantina estava enorme. - Dougie falou se sentando - Oi . - abriu um enorme sorriso ao vê-la bem ali a sua frente.
- Oi Poynter. - falou timidamente.
- Tudo bem? - o garoto perguntou.
- Tudo e com você? - ela sorriu.
- Também. - e ficaram se olhando por alguns segundos, sorrindo que nem dois bobos até Danny, Harry e Tom começarem a tossir e assobiar ao perceberem o clima, fazendo as meninas darem risadinhas e suspiros.
- Hum, então, o que vamos fazer hoje? - Dougie perguntou aos amigos procurando disfarçar.
- Ensaiar. - Judd, Fletcher e Jones responderam em uníssono.
- Legal. - Douglas respondeu e o sinal tocou.


***


Dougie agradeceu mentalmente quando a antepenúltima aula acabou. Agora teria a melhor aula do dia, matemática. Não que estivesse ansioso para fazer cálculos, mas essa era a aula que teria junto com . Que vontade imensa que ele tinha de beijá-la e contar para todos que estavam namorando. Porém não podia, teria que esperar decidir quando seria o momento certo, o que não conseguia entender, mas tudo bem. Ou não?
O garoto chegou na sala e se sentou na carteira ao lado da namorada, essa sorriu docemente e virou-se para frente ao ver o professor entrar. No final da aula o diretor deu um aviso através do som.

"Bom dia alunos, tenho um aviso importante para dar aos estudantes do quarto ano. Como vocês sabem, a última aula de vocês é educação física, e hoje faremos uma divisão. Os meninos, que fazem parte do time de futebol, treinaram no campo, enquanto as meninas, animadoras de torcidas treinaram no ginásio. Obrigado. Tenham todos um ótimo final de aula."

Ao escutar isso Dougie sorriu, agora sim o que tinha em mente daria certo.



Cap.68 *



O sinal soou e todos se dirigiram para seus respectivos locais onde teriam a aula de educação física. ainda ficou na sala anotando algumas resoluções que estavam no quadro, quando Dougie se aproximou sorrindo deixando um papel sobre a carteira da garota, no qual dizia: "Estou esperando você na sala do material de esportes no ginásio. Não aceito não como resposta. Amo você. Dougie". Ao terminar de ler olhou para a porta da sala e sorriu involuntariamente. "O que o louco do meu namorado quer?" pensou. "Opa, gostei disso. MEU namorado." repetiu mentalmente, feito uma boba ao sair da sala.

Na porta do ginásio...

- Mas como assim o ginásio está fechado para reformas? O diretor pirou ou o quê? - reclamava.
- Ele falou mesmo ginásio? Vai ver nós entendemos errado. - falou.
- Desculpa . Mas então todas nós somos retardadas, porque entendemos exatamente isso. - disse.
- Relaxem meninas. O Mr. Paul deve ter esquecido de nos avisar. - falou calma.
- Maravilha! Onde vamos ensaiar agora? - continuava irritada.
- No campo. - deu de ombros.
- Dã . Esqueceu que os meninos vão treinar lá? - deu um pedala na amiga.
- Não. Mas lá tem espaço e cabe todo mundo. - disse seca.
- A não vai gostar disso. - comentou.
- Não vou gostar do quê? - falou ao chegar.
- Disso! - as amigas apontaram para o aviso.
- O Ginásio está fechado para reformas. Por favor, não entrem. Obrigado. Ass: À direção. - leu alto e escutou uma risadinha conhecida atrás dos arbustos.
- Agora o que vamos fazer ? - perguntou.
- Ensaiar. - disse o óbvio, encarando as plantas, conseguindo ver alguém agachado usando um moletom cinza.
- Mas onde, grande gênio? - ironizou.
- , nós já decidimos que vai ser no campo. - disse - Tudo bem para você, ?
- ? - estalou os dedos na frente do rosto da amiga.
- Hã? Ah, tudo bem. - concordou segurando o riso ao perceber que Dougie havia se desequilibrado quase sendo visto.
- Então vamos indo. - disse pegando sua mochila.
- Mas precisamos dos bastões, dos pompons e das fitas, que estão dentro do ginásio. - lembrou.
- Enquanto à isso não se preocupem. O diretor deu permissão para eu buscar os objetos. - disse rapidamente, até se assustando com a sua inteligência ágil em arranjar mentiras.
- Ok. Não se atrase, líder. - falou antes de seguir as amigas.

Ao ver que elas já estavam longe o bastante não se conteve e começou a gargalhar alto. Dougie realmente tinha uma mente incrível para bolar planos.

- Hey! Não ria! Se eu tivesse caído e elas me visto tudo seria descoberto. - Dougie protestava, ao mesmo tempo que tirava algumas folhas que caíram sobre seu moletom da Atticus.
- Desculpe. Mais foi engraçado. A reação delas de: "Ai Meu Deus! O diretor não nos avisou". - fazia uma imitação com a voz bem fina, rindo depois.
- Isso que você não viu a antes. - Dougie também começou a rir.
- Ok. Respira , respira. - a garota dizia tentando ficar séria.
- ? - Poynter a chamou.
- Hum? - disse, mordendo o lábio inferior para parar de rir sem sucesso.
- Você acha bonito alguém usar dois tênis de cores diferentes? - Dougie falou sério.
- Não sei. Por quê? - o fitou confusa.
- Porque bem, você está usando tênis diferentes.
- Ah não! Não acredito! Só me faltava essa. - olhou para os pés e Dougie começou a rir.
- Ficou bonito. - Douglas disse sorrindo.
- Conta outra Poynter. Se fosse um branco e outro preto até vai. Mas um rosa e outro azul-claro? Meu Deus! Eu virei daltônica, só pode. - discutia com ela mesma.
- Você usando tênis iguais ou diferentes, fica linda do mesmo jeito. - Dougie disse abraçando a namorada por trás.
- Sério? - virou o rosto para poder olhá-lo.
- Uhum. - Poynter disse aproximando mais seu rosto ao da garota.
- Er. Com licença. O ginásio está mesmo fechado? - uma garota com cinco cores no cabelo e um piercing no lábio perguntou ao casal.
- Sim. - Dougie e responderam juntos.
- Ah, obrigada. - ela disse sem jeito e foi embora.
- Garota estranha. - Douglas comentou.
- Droga! Logo agora que eu ia te contar que vou pintar meu cabelo assim e colocar um piercing no lábio. - deu um soquinho no ar.
- Engraçadinha. - Dougie falou antes de beijá-la.
- E fazer uma tatuagem. - disse entre o beijo.
- Ah, daí sim ía ficar hot. - o garoto sorriu malicioso antes de abrir cuidadosamente o ginásio.

No campo...

- Que calor! - se abanava ao ver os garotos correndo sem camisa em volta do campo.
- Ihhh , desistiu do Fletcher? - disse irônica.
- Ah, cala a boca ! Eu nunca fui a fim do Fletcher! - falou irritada antes de ir conversar com um dos jogadores de futebol.
- Ela gosta dele! - riu.
- Certeza! - concordou e se sentou no gramado.
- A tá demorando né? - perguntou se sentando ao lado da amiga.
- , relaxa. Nós acabamos de chegar. Logo ela aparece. - disse acenando para Danny.
- ! - Harry falou abraçando a namorada.
- Amor! Tudo bem? - perguntou.
- Yep. O que vocês estão fazendo aqui? - Judd arqueou a sobrancelha.
- Esperando a madame para ensaiarmos. - deu de ombros.
- A também sumiu? - Tom perguntou se sentando.
- Como assim, também sumiu? - entrou na conversa.
- É que o Dougie sumiu. Estranho, né? - Danny falou.
- Muito estranho. - disse deitando a cabeça no colo de Jones.
- Pera aí! Será que eles estão juntos? - perguntou maliciosa.
- Será? - Harry a fitou.
- Não sei. Mas, que esses dois estão escondendo alguma coisa, estão sim. - concluiu.
- É pode ser...- Judd disse.

No ginásio...

- Dougie! Você é realmente louco! E se nos pegarem aqui? - dizia ao ver o namorado trancar a porta da sala do material de jogos.
- Ah, não tem problema, assim todos vão descobrir que estamos juntos. - Poynter disse segurando na cintura da garota.
- Logo todos vão saber. Eu prometo. - olhou fundo nos olhos dele.
- Mas, por que temos que esperar tanto para contar? - Dougie mexia nos cabelos da garota.
- Não sei. Eu tenho medo... - desviou o olhar do de Dougie.
- Medo? De quê? - Poynter segurou no queixo dela.
- Eu não sei. Talvez medo de acharem que estou fazendo algo errado, de me criticarem, de dizerem que se eu sofri tanto pelo Renato, e que já estou com você dizendo que o amo. - se afastou e voltou a encarar o chão.
- , você acha que está fazendo algo errado? Me amar é errado? - Dougie parou na frente de .
- Não Dougie! Meu amor por você é incomparável. - falou deixando algumas lágrimas escorrerem por sua face.
- Você ainda gosta do Renato? É isso? - Poynter olhava fixo para ela.
- Não. Eu gosto de você, só de você. - ela, agora o fitou.
- Então não tenha medo. Eu vou sempre te proteger, ok? Não se importe com os outros, apenas com nós dois. - ele disse passando as costas da mão nas bochechas de .
- Obrigada. - sorriu.
- Eu te amo sabia? - o garoto falou segurando o queixo dela.
- Ama mesmo? - fez uma cara sapeca.
- Amo! Muito, muito, muito! - e a beijou.

No campo...

- Hey, Tom! Que cara é essa, dude? - Danny cutucou o amigo.
- Não é nada. - Fletcher respondeu seco, continuando a olhar para um ponto fixo a sua frente.
- Sei. - Danny disse olhando para o mesmo lugar que o amigo - Ah! Entendi tudo! Tá com ciuminhos da com o Brad. - Jones riu.
- Não estou nada! - Tom disse emburrado - Só não acho que precisa ficar tocando no braço dele para ver o quão forte ele é. - fez gestos.
- Viu como está com ciúmes? - Daniel deu um tapinha no ombro do amigo, fazendo-o bufar - Se você gosta dela, corre atrás, antes que o Brad conquiste ela. - deu uma piscadinha antes de se levantar e deixar um Tom pensativo.
- Correr atrás como? - Fletcher falou consigo mesmo.


***


- Linda! - Steve beijou a namorada.
- Onde você estava? Fiquei procurando você! - disse ao partir o beijo.
- Falando com o Dai. - Stev respondeu.
- O David está aqui? - arqueou a sobrancelha.
- Yep. Ele e o James. - o garoto a abraçou.
- Para?
- Conversar sobre a banda e falar com a minha irmã. Falando dela, onde ela está?
- Ninguém sabe. - deu de ombros.
- Ok. Vou pedir para o Dave ligar para ela. Já volto. - deu um selinho na namorada.


***


- Dai, liga para no celular. - Steve falou.
- Hum, ok. - David respondeu pegando o aparelho.
- Não vai ligar? - James perguntou.
- E se ela estiver ocupada? - Dai o fitou.
- Liga de uma vez Williams!
- Ok. Ok. Já estou ligando.

No ginásio...

Dougie e se beijavam intensamente, e a medida que sentiam o toque um do outro, o beijo se tornava mais agressivo. A garota puxava os cabelos dele com força, fazendo-o gemer, enquanto ele passava uma das mãos por debaixo da blusa dela. Ele foi guiando-a para a mesa que estava no local, permitindo que ela deitasse sobre o móvel. puxava o garoto pelo cós da calça, trazendo-o cada vez mais para perto. Nesse momento pareciam que os dois eram um só. Dougie começou a beijar o pescoço da garota, dando alguns chupões. Ele voltou a beijá-la nos lábios ao mesmo tempo que tentava tirar a blusa dela, quando o celular de começou a tocar.
Eles se afastaram ofegantes, e pode ver que os lábios do garoto estavam vermelhos. Foi até sua mochila e pegou o aparelho, lendo no visor "Dai".

- Quem é? - Dougie perguntou com a voz falha.
- O Dai. - disse quase em um sussurro.
- Não vai atender? - ele apontou para o celular, e apenas mexeu a cabeça afirmativamente.

- Alô? - tentou falar normalmente.
- ? É o David. Hum, eu estou aqui no colégio e queria saber se podemos conversar? - Dai perguntou tímido.
- Ah, tudo bem. Onde você está?
- No campo. Mas estou indo pro portão da saída. Nos vemos lá?
- Sim. Já estou indo.


- Dougie, er, eu tenho que ir falar com o Dai. - disse receosa.
- Ah, você tem mesmo quer ir agora? - Dougie fez bico.
- Yep.
- Ok. Mas antes... Me dá um beijo de despedida. - Poynter falou puxando-a.
- Pára Dougie! Chega! Eu preciso ir agora. - disse depois de alguns minutos. - Tá né... Eu te ligo depois. - Dougie disse antes que ela saisse - EU TE AMO! - ele gritou vendo-a correr.
- EU TAMBÉM! - ela virou e mandou um beijo no ar.


Cap.69 *


David estava nervoso. Andava de um lado para o outro e suas mãos não paravam de suar. Sentia um frio na barriga o qual não conseguia distinguir se era bom ou ruim. O que quer que fosse, não o impediria. Já havia tomado uma decisão. Estava confiante. Ou não?
Olhou novamente para o pátio e avistou correndo em sua direção. Sim, seria agora que ele declararia todo o seu amor por ela. Aquela que ele conhecia desde pequeno e que desde então fez sua vida se tornar perfeita.

- Dai! - abraçou o amigo - Tudo bem, amor?
- Tudo e você pequena? - Dave sorriu nervoso.
- Tudo ótimo! Então, quem começa? - o fitou séria.
- Hã? Começa? Começar o quê? - David estava anestesiado com a beleza da garota.
- Dã Dai! Quem vai começar a contar o que queria?
- Ahhhh, isso? Não sei. - o garoto deu de ombros, sentindo novamente aquele embrulho no estômago.
- Já sei! Vamos jogar pedra, papel e tesoura. Quem ganhar começa, fechado? - ela perguntou dando pulinhos no lugar.
- Fechado. - Dai fez sinal de positivo.
- 1,2,3 e já! - falou - Droga deu empate. Vamos de novo. 1,2,3 e já!
- , para de colocar papel. - Dai disse.
- Olha só quem fala. Você também só está colocando papel. - deu um pedala nele.
- Ok.Ok. Eu conto dessa vez. Preparar armas, apontar, fogo! - Dai gritou feito uma criança feliz e começou a fazer barulhinhos com a boca como se fosse uma arma.
- Dave! Pare com isso! - começou a rir.
- Se esconda , antes que eu te acerte! - Williams disse apontando a arma, que era o seu próprio dedo, para a garota.
- Não! Não me mate! - falou antes de sair correndo.
- Eu vou te acertar! - David gritava.
- Não vai não! - respondeu virando a esquina, indo em direção a praça da cidade. "Onde vou me esconder?" a garota pensava.
- , chega! Cansei! Você corre muito. - Dai dizia ofegante – Pequena...Cadê você? Ah, sério. Aparecevai!E eu desisto. - falou fazendo figas.
- David-Mentiroso-Williams, acha que eu não estou vendo você fazer figas? - disse baixinho para si mesma, observando o amigo do alto da árvore.
- Sério Pequena, apareça! - Dave olhava para os lados tentando encontrá-la sem sucesso.
- Morra bandido! - falou pulando da árvore e apontando sua "arma" para ele - Pow!Pow!Pow! - fez barulhinhos com a boca.
- Oh, não! Você me acertou! - Dave colocou as mãos no peito e começou a cambalear.
- Deixa de ser gay. - começou a rir.
- Quem me chama de gay, também merece a morte. Bang! Bang! - Dai "atirou" em , antes de morrer.
- Argh, estou sangrando. Me sinto cada vez mais fraca e minhas entranhas doem. Ergh, não consigo respirar, eu não consigo, ah, ah, ah...- estava com uma mão na testa e outra na barriga.
- Morre logo ! - David gritou.
- Hey! Você estragou minha encenação!- protestou.
- Isso era uma encenação? - Dave começou a rir.
- Sim! Do que você está rindo? - ela o fitou séria.
- Desculpa . Mas, sinceramente, você não leva o menor jeito para atriz. - falou entre risos.
- E você não leva jeito para defunto, porque, caso não saiba, pessoas mortas não falam. - disse emburrada começando a andar.
- Ohhh, ela ficou brabinha! - David começou a fazer cócegas na garota, que de tanto rir acabou caindo no gramado.
- Para Dai! Chega, hahaha, por favor. - ela tentava falar - Pá..pára!
- Ok. Eu paro! - Dave ergueu os braços, se sentando logo em seguida.
- Chato! - deu língua.
- Quer mais cócegas é? - Dave a olhou maroto, e imediatamente ela negou - Boa garota! - deu uma piscadinha.
- Eu sei que sou. - a menina se convenceu.
- Não é boa para escolher tênis. Você já reparou que...
- Está com um tênis de cada cor? - continuou a frase fazendo uma voz grossa - E daí? - deu de ombros.
- E daí que amanhã, no colégio todas as meninas vão estar usando um tênis de cada cor. Tipo no filme das Meninas Malvadas, saca?
- Ahá! Andou assistindo Lindsay Lohan, é? Hahaha. Seria engraçado todas me copiando, como se eu fosse a Regina George. - ria do próprio pensamento.
- Ía sim. - Dave disse indo em direção às balanças do local.
- Hum, Dai? - o chamou um tempo depois de estarem se balançando.
- Diga. - Dave encarava um ponto fixo a sua frente, tentando arranjar coragem para declarar-se.
- EueoDougieestamosnamorando. - disse rápido e baixinho.
- Hã? - David, deu um pulo. Ele havia entendido certo?
- Lá vai. Eu e o Dougie estamos namorando. - sentiu suas bochechas corarem e olhou para os pés. Ficou esperando a resposta de Williams, mas não a obteve. - Não vai dizer nada? - ela arriscou.
- Ah, meus parabéns! - foi a única coisa que Dai conseguiu responder ao sair de seu transe.
- Obrigada. - sorriu levemente.

Agora estava tudo acabado. A única pontinha de esperança que restava em seu coração havia se evaporado. Precisava admitir, era realmente um loser. Demorou tanto para falar sobre seus sentimentos que outro foi lá e a tirou dele. E o pior de tudo, não era qualquer um, era Douglas Lee Poynter, um de seus melhores amigos.

- Você está feliz? - David perguntou depois de um tempo.
- Sim. Muito! Nunca me senti tão bem. Mas, você é o primeiro e único a saber.
- Hum.
- Sabe Dai, eu pedi para o Dougie guardar segredo, porque eu tenho medo que todos me critiquem, dizendo que eu não fui fiel ao Renato, ou algo assim... - sentiu algumas lágrimas caírem em sua face - E eu sabia que contando primeiro à você eu teria um ombro amigo, alguém que me ajudaria...
- Fico feliz por confiar em mim. - Dave abraçou-a forte - Não se importe com os outros, eles não sabem dos seus sentimentos, Pequena. Siga seu coração. - Dai também começou a chorar silenciosamente, não sabia como estava conseguindo arranjar forças para reconfortar a menina que tanto amava. Ele estava sofrendo, era fato. Mas acima de tudo queria vê-la bem, mesmo que não fosse com ele.
- Mas...mas eu não sei o que meu coração quer...- afundou o rosto no peito do amigo.
- Co-como não sabe? - David gaguejou.
- Não sei...ele está confuso...eu estou feliz com o Dougie...eu gosto muito dele, é um sentimento diferente...só que...- a garota não conseguiu terminar a frase, devido ao choro compulsivo que dominava sua mente e seus movimentos.
- Só que...? - Dai acariciava os cabelos dela delicadamente, tentando acalmá-la.
- Só que, eu tenho medo que ele me deixe, volte para a cidade dele e esqueça de mim facilmente, como se eu não significasse nada...
- , - disse segurando o rosto dela com as duas mãos - o Dougie ama você! Esse sentimento é visível desde quando eu o vi. Ele olhava diferente para você, e ele não vai fazer você sofrer. - enxugou as lágrimas que caíam com as costas da mão - Acredite, se ele fizer vai se ver comigo...- Dai quase sussurrou essa última frase.
- Obrigada Dai, mesmo. Eu te amo tanto. Não sei o que faria sem você. - abraçou-o com ternura, se sentia segura nos braços do amigo - Agora é a sua vez de contar. - passou as mãos no rosto e se indireitou no balanço.
- Erm, hum, contar o quê? - Dave tentou fugir do assunto.
- O que você queria, oras. - cruzou os braços.
- Ahhh, era só para pedir um conselho, nada demais. - deu de ombros - Mas, já resolvi. - sorriu nervoso.
- Certeza? - ela o encarou séria.
- Yep. Não se preocupe .
- Se você diz...- preferiu não tocar no assunto, se ele não queria lhe contar não insistiria. Mas, que algo estava acontecendo ela tinha certeza, e se David não queria lhe contar ela iria descobrir sozinha.
- Bom, vamos? Já está ficando tarde. - Dai se levantou - Eu te deixo em casa.
- Ok. Mas, eu vou andando Dai, não quero incomodar. - pegou sua mochila.
- Não é incomodo, eu vou ter que pegar o James lá mesmo. - Dave sorriu de lado.
- Hãn, está bem.


***


estava a mais de uma hora pensando no que deveria fazer, se contava ou não, se terminava ou não. Ela no fundo sabia que estava tendo uma atitude infantil. Afinal, ninguém pode prever o futuro, se ela estava feliz tinha que viver o momento, o presente. E não ficar fantasiando possibilidades de abandono e traição.
Seu celular começou a vibrar, olhou no visor e viu que era Dougie. "É agora." pensou.

- Alô? - a garota falou sorrindo.
- Princesa! Tudo bem? - Dougie sentia seu coração palpitar apenas por escutar a respiração da garota do outro lado da linha.
- Yep e com você?
- Também. Hum, e como foi sua tarde? Falou com o Dave? - não pode conter a ansiedade, queria saber logo o que acontecera.
- Foi boa. Falei sim.
- E ele? - Poynter perguntou receoso.
- Deu parabéns, e nos apoiou.
- Isso quer dizer que...?
- Que amanhã todos vão saber que estamos juntos. - respondeu docemente.
- Mal posso esperar para contar. - Dougie sorria feito bobo.
- Eu também.
- Eu te amo muito, . - a garota abriu um largo sorriso, era tão bom ouvir essas simples palavras.
- Eu também, Dougie.
- Agora preciso desligar, minha irmã quer usar o telefone. - Dougie bufou e riu.
- Tudo bem.
- Hum, posso passar para te pegar amanhã?
- Claro.
- Ok, então. Até amanhã. Durma bem, meu amor.
- Até. Você também.


se jogou na cama e suspirou alto. Estava vibrando de felicidade, seu estômgao dava voltas e mais voltas. "Como eu pude pensar em terminar?" falou alto consigo mesma antes de cair no sono.


Cap.70 *



Um mês havia se passado, desde a conversa com Dave e a revelação do namoro de e Dougie, que não foi bem uma "revelação", de modo que todos já desconfiavam de tal fato.
Pode se dizer que foi um tempo bom que transcorrera para todos, mas sentia a falta de David. O garoto não ligara mais e nem dera noticia. Sempre que ela lhe telefonava, ele inventava alguma desculpa, falava que estava ocupado com a banda, colégio, problemas familiares ou que estava em um momento, er... digamos que "quente" com uma garota. Tudo mentira, claro. Para Dai o melhor a fazer era se afastar de , talvez assim conseguiria esquecê-la mais rápido.

- Para quem você estava ligando ? - perguntou para amiga quando se dirigiam a saída do colégio.
- Não, não respoda . Deixa eu adivinhar - disse irônica - Já sei! David! - gritou.
- É... - respondeu cabisbaixa.
- Hum, , sério, desista de ligar para ele. Sempre que você liga ele inventa uma história cabeluda. - colocou a mão no ombro da garota.
- Eu sei, mas é só um momento difícil. Ele está mal. Apenas isso. - falou mais para si mesma, a fim de se convencer.
- Amiga, desculpa. Mas, se ele está com problemas, deveria procurar os amigos para ajudar e não evitá-los, como está fazendo com você. - se manifestou.
- Você tem razão. A quem eu quero enganar? O Dave mudou, não me quer mais por perto. E se essa é a decisão dele vou respeitá-la. - falou séria, sentindo uma pontada no peito.
- Isso aí Pequena! Agora o que acham de irmos tomar um sorvete? Tenho uma novidade para vocês. - falou misteriosa.
- Que novidade? - perguntou curiosa.
- Só contarei na sorveteria. - sorriu.

Na Sorveteria...

- Já chegamos. Conta logo ! - suplicou.
- Bom, adivinhem quem está vindo para cá amanhã? - arqueou a sobrancelha.
- Não faço a menor idéia. - disse.
- Quem? - perguntou interessada.
- O Austin. - riu ao ver a reação das amigas.
- Austin, aquele Austin que é seu primo gostoso? - estava incrédula.
- Sim. Esse mesmo. - piscou.
- O que ele vem fazer aqui? - perguntou.
- Conversar com meu pai a respeito de emprego, afinal ele está terminando a faculdade. Fora que terá um jantar em família para meu pai e a mãe do Danny anunciarem o tal noivado. - disse.
- Ah, entendi. - voltou a tomar seu sorvete - O QUÊ? SEU PAI E A MÃE DO DANNY VÃO FICAR NOIVOS? - quase guspiu o sorvete após ter processado a última frase.
- Sim. Vocês sabem como é, eles já estão saindo faz um tempo, então decidiram oficializar. - deu de ombros.
- E a sua mãe? Aceitou? - perguntou.
- Uhum. Ela também está namorando. A única infeliz na história é a Kelly. - fez uma careta ao falar da irmã.
- Foda-se a Kelly! - falou e todas concordaram rindo.
- É, pelo jeito você não vai ter escapatória, fará parte da família Jones amiga. - disse.
- É o jeito...- fingiu tristeza, e lhe tacou um guardanapo - Hey! Foi brincadeira. Eu adoro o Jones. - disse jogando o guardanapo novamente para .
- Ele vai ficar na sua casa? - perguntou de repente.
- Vai, e é sobre isso que quero falar com vocês. Hum, será que vocês como boas amigas, poderiam me acompanhar até a rodoviária para buscá-lo amanhã? - fez carinha de cão abandonado.
As amigas se olharam e tomando como um incentivo falou:
- Ok. Só porque somos boas amigas. - e deu língua.
- A propósito , o Austin disse que está com saudades de você. - provocou, arrancando um "uau" das amigas.
- Parem! Somos só amigos, ok? - tentou se defender.
- Aham, sei. - revirou os olhos.
- para sua informação, e de todas aliás, eu estou muito feliz com o Dougie. Obrigada. - disse séria antes de se levantar e ir embora do local.
- Ih, acho que ela ficou braba...- disse o óbvio.


***


- Que ódio! Como as minhas amigas podem ser tão...tão BURRAS? O Austin é... - não pode temrinar de falar.
- Falando sozinha? - escutou uma voz conhecida atrás dela.
- Dougie! - a garota se virou e abraçou forte o namorado.
- Tudo bem? - ele perguntou entrelaçando sua mão com a da menina.
- Yep. Por quê? - ela o fitou.
- Você parecia irritada.
- Ah, tive meio que uma briga com as meninas...- falou chutando uma pedrinha que estava na calçada, fazendo Poynter rir - O que foi?
- Sabia que você fica linda irritada quando chuta pedrinhas?
- Seu bobo. - deu um leve tapinha nele.
- Hum, vai fazer alguma coisa amanhã? - Dougie perguntou.
- Nã...Ahhh, vou sim! Tenho que ir na rodoviária com as meninas. - disse desanimada.
- Rodoviária? Para quê?
- Buscar o primo da . - deu de ombros.
- E a não pode ir sozinha? - Poynter falou sério.
- Ela pediu para eu e as meninas irmos junto. - a garota respondeu normalmente.
- Hum...
- Ah, não me diga que você está com ciúmes do Tin. - apertou as bochechas do garoto.
- Não estou. - Douglas disse seco.
- Oun, baby. Ele é só meu amigo. E outra, é você que eu amo, entendeu? - ela parou na frente dele.
- Eu sei, mas tendo uma namorada linda dessas, preciso ficar esperto. - Dougie disse tímido.
- É por isso que eu te amo. - deu um selinho no namorado antes de seguirem o caminho para a casa da garota.


***


- Está entregue. - Dougie falou em frente a porta da casa.
- Obrigada. - a garota sorriu.
- Quer dizer que está tendo uma festa na sua casa e a senhorita nem para me convidar, é? - Dougie falou ao ouvir o som alto vindo da residência.
- Há, se eu soubesse da festa teria convidado. - falou rindo ao abrir a porta, mas logo sua expressão mudou ao ver quem se encontrava no sofá.


Cap.71 *



"Eu estou ficando louca, ou isso é real?" pensou ao ver Dave e Kelly se beijando no sofá. "Isso é um sonho? É, deve ser um sonho e quando eu contar até três eu vou acordar e tudo vai sumir." respirou fundo "Ok, 1,2..." fechou os olhos.

- ? - Dougie a chamou.
- Ahn? - a garota abriu os olhos assustada.
- Por que você ainda nã...- Poynter ía dizendo enquanto puxava pela mão e entrava na casa - ...ão entrou...- terminou quase em um sussurro.
- Bom, acho que agora você entendeu o motivo, certo? - perguntou ao ver a expressão de Douglas.
- Yep. Mas, nossa. Uau! - Dougie dizia rápido ao passar o olhar pelo cômodo e ver Bourne, Hall, Leonard e Steve quase sem roupas agarrados com as amigas de Kelly.
- Eu não acredito nisso... - falou com a voz embargada indo em direção ao som.

"Dance, Dance
(Dance, Dance)
We're falling apart to half time
(Nós estamos nos separando na metade do tempo)
Dance, Dance
(Dance, Dance)
And these are the lives you'd love to lead
(E essas sãos as vidas que você ama conduzir)
Dance, this is the way they'd love
(Dance, é esse o jeito que eles amariam)
If they knew how misery loved me
(Se eles soubessem como a miséria me amou)

You always fold just before you're found out
(Você sempre esconde-se logo antes de ser descoberta)
Drink up its last call
(Beba ao último chamado)
Last resort
(Último recurso)
But only the first mistake and I...
(Mas somente o primeiro erro e eu...)"


- Ah, Steve liga o som de novo...- James falou com a língua embolada.
- Eu não desliguei o... ? - Steve disse alto fazendo com que todos se separassem - Não é nada do que você está pensando e...- tentava se explicar.
- Steve, você não me deve explicações e sim a . Não acredito que você traiu ela com essa aí. - apontou com desdém para Sam, amiga de Kelly.
- Foi ela que me agarrou e...
- E você correspondeu. - falou secamente.
- Steve, deixa a sua irmãzinha para lá, vamos aproveitar a festa. - Kelly falou sentando no colo de Dave - Hey, eu conheço você de algum lugar, não? - a garota perguntou apontando para Dougie.
- É, acho que já nos vimos uma vez...- Dougie sorriu amarelo.
- Não vai me apresentar ele, amiga esquisita da minha irmã? - Kelly disse ironicamente.
- Oh, desculpe querida. Onde está a minha educação, não é? Este daqui é o Dougie, meu namorado. - falou com uma voz totalmente paty.
- Prazer lindinho. - Kelly se levantou e deu dois beijos na bochecha de Dougie, deixando-o sem reação e fazendo ficar vermelha de raiva.
- Vejo que já esqueceu o Renato. - a garota riu e continou a falar sem dar chances de responder - Ah, está sabendo da novidade?
- Novidade? - arqueou a sobrancelha.
- Eu e o Dave estamos namorando. - Kelly voltou a sentar no colo do garoto - Ele não contou a você?
- Não. - respondeu rispidamente olhando para David esperando alguma explicação.
- Bombonzinho, você não contou para ela? - a garota acariciava os cabelos loiros do menino - Eu pensei que vocês eram amigos.
- Pois pensou errado. Nós eramos amigos! Passado! Não somos mais! - elevou a voz, e nesse momento Dave sentiu o mundo desabar sob seus pés.
- Erm, hum, acho que nós já estamos indo. - James falou saindo da casa, sendo seguido por Hall, Leonard e as amigas de Kelly.
- Me liga depois gatinho. - Sam deu uma piscadinha e entregou um papel a Steve.
- Eu vou tomar água. - falou fazendo uma careta e indo para a cozinha.

não conseguia acreditar no que acabara de acontecer. Seu estômago doía de raiva, seu coração parecia querer sair pela boca, seu sangue fervia de acordo com sua vontade de bater em Kelly.
Apoiou as mãos na pia e respirou fundo, precisava se acalmar.

- Está tudo bem? - Dougie colocou a mão no ombro da garota.
- Claro. - sorriu fracamente.
- Hey! Eu sei que não está, não precisa mentir para mim. - ele olhava fundo nos olhos da namorada.
- Hunf...- começou a chorar.
- Oh, venha aqui princesa. Não chore. Eu estou aqui, eu sempre estarei aqui. - Poynter abraçou-a forte.
- Obrigada.
- Agora enxugue as lágrimas e vamos esclarecer essa história. - Dougie passava as costas das mãos no rosto da menina.
- Não Dougie! Eu tenho que resolver isso sozinha, mas não agora, não tenho condições. - sorriu de lado.
- Tudo bem, eu entendo.
- Desculpa...- disse baixinho.
- , sério, tudo bem. - Dougie beijou a testa da namorada.
- Obrigada. Você é o melhor namorado do mundo. - sorriu sincera.
- Olha lá hein, vou ficar convencido. - Dougie riu - Mas agora preciso ir. Qualquer coisa me liga. - disse antes de beijá-la.
- Ok. Obrigada de novo.
- Eu te amo. - Douglas falou antes de sair pela porta dos fundos.


***


- , precisamos conversar. - Dai falou ao ver a menina.
- Agora não David! - disse rápido subindo as escadas.
- Nossa que estresse. - Kelly zombou.
- Querida, faz um favor? Me esquece! - gritou antes de fechar a porta do quarto.
- Credo, que mau humor. - Kelly disse olhando suas unhas.
- Kelly, vai embora. - Dave passou as mãos pelos cabelos.
- Mas por que bombonzinho? - a menina fez uma voz melosa.
- Sério, Kelly, vai para casa.
- Como?
- Sei lá, não importa como, apenas vá.
- Não faz isso comigo gatinho.
- KELLY! VAI AGORA PORRA! - David gritou.
- Grosso! - Kelly disse pegando sua bolsa - Só não me ligue depois bêbado dizendo que me quer para esquecer a . - fechou a porta com força.
- Merda! - Dai falou deitando-se no sofá.
- A não quis falar com você também? - Steve perguntou sentando-se em uma poltrona.
- Nop.
- Fizemos cagada, né? - Steve disse.
- Sim, uma puta cagada. Mas isso não vai ficar assim, eu vou subir e falar com ela. A precisa me escutar. - Dai falou decidido.
- É melhor não. Deixe ela esfriar a cabeça.
- Não! Eu preciso falar agora! - Dave disse subindo as escadas.
- Ok então. Boa Sorte.


***


- Como eles puderam fazer isso? - falava sozinha - Eu esperava isso de qualquer pessoa, menos deles...

Para ela seu irmão podia dar uma festa e não avisá-la, isso era superável. Mas, trair a namorada, que por coincidência era uma de suas melhores amigas, era inadmissível.
- Ai Meu Deus, e a ? Vou chegar para ela e falar o quê? , >i>"Hey, , eu sei que você ama meu irmão, mas ele te traiu com a Sam oxigenada."? Lógico! Que espécie de amiga eu sou? Eu não acredito que isso aconteceu. - a garota afundou a cara no travesseiro.
- Vai embora! - ela gritou ao ouvir batidas na porta.
- , me deixe explicar. - David entrou no quarto.
- David, eu não quero explicação nenhuma. Não somos mais amigos, você quis assim. - sentou-se na cama. - Como eu quis assim?
- Não atender meus telefonemas e inventar desculpas imbecis foram ótimos avisos para me fazer perceber que você não queria mais a minha amizade.
- Eu quero a sua amizade . Na realidade, eu quero mais que amizade. - Dai se aproximava da garota - , eu amo você. Amo demais. Por favor fica comigo.
- Williams, você está bêbado. Não sabe o que diz. - o afastou.
- Eu sei sim, e repito, eu amo você.
- David, vai embora, por favor. - a garota se levantou e abriu a porta do quarto.
- Não! Me deixe explicar. - Dai começou a chorar - Eu não quero te perder, eu não quero!
- Pensasse nisso antes de fazer o que fez com a nossa amizade. Agora, por favor, me deixa em paz!

fechou a porta e escorregou até o chão chorando incontrolavelmente, escutando entre seus soluços Dave também chorar e pedir desculpas.



Cap.72 *



acabara adormecendo deitada no chão, tanto era seu cansaço após longas horas de choro que nem se importou com a comodidade do piso sólido e congelante. Sua vontade era de sumir e ficar longe por muito tempo. Parecia que aos poucos todos a sua volta estavam começando a decepcioná-la, com raras exceções. E, sim, Dougie era uma delas. Como ele conseguia ser tão fofo? Realmente ela era uma garota de sorte. E com esse pensamento acordou e começou a sentir as dores em seu corpo. Definitivamente ela escolheria lugares mais apropriados para dormir da próxima vez que algo desse gênero acontecesse. Ou melhor, seria não acontecer.
Levantou-se aos poucos tentando constatar que ainda tinha ossos inteiros em seu corpo. Encostou o ouvido na porta e percebeu que Dave não estava mais lá. Deu um longo suspiro, sem saber bem, se dava-o por alívio ou exaustão. Dirigiu-se a cômoda ao lado da cama e pegou seu celular observando que já passava da meia-noite. Sentou-se na ponta da cama e pensou no que deveria fazer. Depois de alguns minutos, a garota foi ao banheiro tomou um banho rápido e começou a procurar por alguma mala, ela não poderia mais ficar naquela casa, pelo menos não agora. Precisava espairecer antes que cometesse algum erro. Quando encontrou uma mala preta embaixo da cama, abriu-a e começou a por o máximo de roupas que podia, afinal ela não sabia quanto tempo ficaria longe de casa.

- Hum, deixe me ver...roupas, tênis, escova e pasta de dentes, escova de cabelo...é...acho que peguei o necessário. Agora só falta ligar para o Dougie...- jogou-se na cama. Temia que o namorado não a deixasse ir a sua casa. - Ok, vamos lá...- pegou o celular e começou a discar o número que já sabia de cor.

- Alô? - uma voz sonolenta atendeu.
- Dougie? É, desculpe...mais...- falava nervosa.
- ? O que foi? Aconteceu mais alguma coisa? - Dougie dizia rápido ao escutar a voz deprimida da namorada.
- Não, tá tudo bem. Quer dizer, não tem como ficar bem...- a garota disse triste.
- Eu sei...- Poynter odiava ver a garota que amava magoada daquele jeito.
- Dougie, será que eu poderia passar o final de semana na sua casa? Isto é, se não for incomodar e se a sua mãe deixar e...- ía dizendo.
- Claro! Espera 10 minutos que eu já passo aí. - Dougie disse animado esquecendo do sono que dominava-o minutos antes.
- Hum, ok. Beijo.
- Beijo.


se olhou no espelho e constatou que a sua aparência não era das melhores. Os olhos inchados e a fisionomia de cansaço eram nítidos, mas nem se incomodou em maquiar-se. Não estava com vontade de fazer nada, nem sabia como havia tido forças para arrumar suas coisas.
Respirou fundo e deu uma boa olhada em seu quarto. Ela não sabia o porque mais sentia que não voltaria a vê-lo tão breve. Fechou a porta cuidadosamente e desceu as escadas em silêncio, não queria que ninguém a visse sair. Mas como sua sorte estava completamente de mal a luz da sala acendeu repentinamente e foi possível observar Steve próximo ao sofá com uma cara nada boa.

- Aonde você pensa que vai ? - Steve falou seco.
- Não te interessa. - disse mais ríspida ainda.
- Claro que interessa. Sou seu irmão.
- Infelizmente. - a garota revirou os olhos e continou a dirigir-se a porta.
- Você não vai sair! - Steve se posicionou em frente a porta - Não, antes de me dizer aonde vai com essa mala. - Já que você quer tanto saber...Eu vou para a casa do Dougie. Satisfeito? - ela se desvincilhou dos braços do garoto.
- Você não vai! - Steve disse.
- Como é?
- Isso mesmo que você ouviu.
- E quem é você para decidir o que eu devo ou não fazer?
- O responsável por você enquanto nossos pais não estão.
- Ha-ha-ha. Adorei essa piada. - disse sarcástica.
- Não foi piada!
- Dá licença! - ela o ignorou.
- Não!
- Eu vou embora quer você queira, quer não. - ela tentava o empurrar sem sucesso.
- Você já parou para pensar no que a cidade vai começar a falar sobre a filha de um dos donos desse lugar?
- Não me interessa!
- Vão falar que a querida filha do Mr. Rushton está dormindo na casa do namorado novato na cidade, sem permissão dos pais e...
- Steve quem é você para me dar lições de moral depois de tudo que fez hoje a tarde? - disse sentindo as lágrimas grossas pesarem sobre sua face, e antes que seu irmão pudesse lhe responder fechou a porta com tudo e saiu correndo em direção ao carro de Dougie que estava parado em frente a casa.


***


- É aqui que você vai dormir princesa. - Dougie disse ao entrar no quarto de hóspedes de sua casa. - É pequeno e simples, porém confortável.
- Adorei! É lindo! - falou andando pelo quarto com um sorriso bobo nos lábios. Nunca vira um cômodo tão bonito e bem ajeitado. Parecia uma casa de bonecas. As paredes pintadas com um roxo claro faziam um excelente contraste com os móveis brancos e delicados. A colcha também em um lilás fraco combinava perfeitamente com as cortinas da mesma cor. Alguns quadros com paisagens bonitas estavam espalhados pelo local, transmitindo um ar de harmonia e paz. Bem o que precisava no momento. Sentou-se na cama e fitou Douglas que não havia tirado os olhos dela desde que entraram no lugar. O olhar do garoto juntamente com seu pequeno sorriso transmitiam ternura e compreensão.
- Obrigada. - sorriu sincera - Obrigada mesmo.
- Você não tem que me agradecer. - Dougie também se sentou na cama.
- Claro que tenho. Se você não estivesse do meu lado tudo estaria sendo mais difícil... - a garota deu passagem para que algumas lágrimas caíssem de seus olhos.
- Você sempre me terá por perto. - Poynter enxugou as lágrimas da garota - Sempre!
- Obrigada.
- Bom, agora eu vou deixá-la dormir. Você ficará bem? - o garoto colocou sua mão sobre a da garota.
- Sim. Eu tenho que ficar. - sorriu de lado.
- Boa noite minha princesa. - Dougie beijou levemente os lábios da namorada - Eu amo você acima de tudo. - sussurrou no ouvido dela antes de levantar-se e sair do quarto.


***


As mais diversas flores espalhadas por um vasto jardim que em seu centro possuía uma grande e bonita árvore eram iluminados pelo pôr do sol de uma linda tarde de um céu extremamente azul sem nuvens. Balançar na balança presa nos troncos da árvore que em suas cordas tinham pequenas flores enroladas era um verdadeiro sonho. A brisa leve batia em sua face trazendo-lhe paz.
Escutou uma voz familiar chamar seu nome, virou-se e encontrou por quem tanto havia esperado. Aquele menino que sempre usava máscaras ou se escondia decidiu-se revelar. Dougie! Sim, era ele que sempre invadira seus sonhos desde que Renato fora embora. Ele aproximou-se de e estendeu-lhe a mão. A garota segurou-a e uma música lenta começou a tocar, fazendo-os dançar no ritmo da delicada melodia. Dougie vestia um terno branco com um tênis branco largo de skatista e os cabelos levemente bagunçados. usava um vestido branco com pequenas borboletas contornadas por cristais, uma sándalia branca de salto fino e os cabelos levemente andulados com pequenas flores espalhadas por ele.
As fadas e os duendes pareciam estar no local observando aquele lindo casal. Mas, de repente, como em um súbito tudo ficou escuro e a única coisa que se pode ver e ouvir foi Dave e Kelly se beijando. Ao término do ato ambos olharam para e começaram a rir. A garota começou a sentir-se tonta e enjoada. As faces dos dois sobrevoavam e giravam entorno de sua cabeça...


acordou em um pulo. Olhou a sua volta e constatou que fora apenas mais um de seus sonhos. Levantou-se e foi ao banheiro lavar o rosto. Olhou-se no espelho e não pode deixar de perceber que um sorriso brotara em sua face. Sim, ela agora havia realmente descoberto quem era o seu garoto misterioso.


Cap.73 *



arrumou-se rápido, vestindo uma calça jeans clara com uma blusa rosa e uma jaqueta branca, juntamente com seu adidas rosa, dando o toque final com um simples rabo de cavalo e ajeitando sua franja para o lado, como de costume. A fome dominava seu estômago, afinal estava sem comer desde Sexta-feira a tarde após a saída da soverteria. Abriu a porta do quarto e sentiu um cheiro bom vindo do andar debaixo. Desceu as escadas devagar com medo de acordar Sam ou Jazzie.
Chegou a porta da cozinha e mordeu o lábio inferior ao ver a cena a sua frente. Dougie Poynter apenas de boxers tentando abrir sem sucesso o pote de caramelo para despejar em cima de suas panquecas. "Deus, como ele consegue ser tão lindo já cedo?" pensou, antes de ter um ataque de risos por Dougie ter espirrado caramelo em cima de seu corpo semi-nu.

- Oh, vejo que a Bela Adormecida acordou! - o garoto sorriu enquanto tentava se limpar.
- Bom dia! - beijou a bochecha do garoto.
- Só isso? Apenas um beijinho na bochecha? - ele fez bico.
- Sim. Você está todo lambuzado e eu não posso me sujar, tenho que ir a rodoviária, esqueceu? - ela piscou e sentou-se em um dos bancos.
- Ah, é. - Poynter bufou.
- Quer dizer que eu tenho um namorado prendado? - mudou de assunto, não queria brigar com Dougie por causa de ciúmes logo cedo.
- Yep! Eu preparei tudo! - Dougie estufou o peito e arqueou a sobrancelha. - Ok, foi minha mãe que fez. Eu só arrumei a mesa. - entortou a boca.
- Há eu sabia! - a garota bateu a mão na mesa.
- Também não precisa humilhar, né? - Dougie fez doce.
- Oun, mais a mesa ficou linda! - piscou - Adorei essa rosa azul!
- Comprei especialmente para você. - Dougie pegou a flor e entregou para a namorada.
- Obrigada. - a menina beijou-o delicadamente.
- Então gostou das panquecas? - o garoto perguntou vendo-a pegar a terceira guloseima em menos de 5 minutos.
- Sim. Amei! Sua mãe cozinha muito bem, aliás, onde ela está? Queria agradecê-la. - tomou seu suco.
- Saiu com a Jazzie. Foram passar o dia em Devile. - sorriu malicioso.
- Ah, meu Deus! E agora quem vai me proteger de você e sua falta de coordenação motora para abrir potes de caramelo? - fez cara de assustada.
- Ninguém! Você está presa aqui comigo e vai viver em uma casa suja de caramelo! - Dougie fez uma voz grossa e logo começou a rir.
- Eu dormi tanto assim? - falou recuperando o fôlego.
- Hum, yep. Já são 13:15. - Dougie deu de ombros.
- Nossa, eu tenho que encontrar a em 15 minutos. - levantou-se apressada.
- Você quer que eu te leve? - Poynter também levantou.
- Não, não precisa. Não quero te atrapalhar, você tem que se trocar ainda. - sorriu de lado.
- Tem certeza? - Dougie a abraçou por trás.
- Yep. Eu quero andar, respirar ar puro. - abriu os braços.
- Ok então eu...
- DOUGIE! VOCÊ ME SUJOU! - falava tentando olhar para suas costas.
- Claro que não sua boba! Já me limpei! - Dougie deu língua e corou de vergonha.
- Hum, desculpa. - ela fez voz de criança.
- Só desculpo se você me prometer uma coisa. - Poynter sussurrou no ouvido dela.
- O-o q-quê? - a garota gaguejou, era impressionante o poder que Dougie tinha sobre ela.
- Que irá ver meu ensaio e dos dudes hoje as quatro e meia na casa do Harry.
- Prometo. - sorriu e o beijou apaixonadamente - Agora tenho que ir. - dirigiu-se a porta - Ah, a propósito amei seu novo perfume de caramelo! - gritou antes de sair, fazendo Douglas rir sozinho.


***


"! Onde você se meteu? O ônibus do Austin chega em menos de 5 minutos! É melhor você aparecer ou o Poynter terá uma namorada morta! =) "

, leu a sutil mensagem de em seu celular e não pensou duas vezes antes de começar a correr pelas ruas da cidade, pois sabia que quando a amiga era "gentil" desse jeito seria capaz de tudo.

- Ca...cal...calma...j..já...cheguei...- disse com a respiração ofegante, apoiando as mãos nos joelhos.
- Uau! Bateu seu recorde! Conseguiu chegar em 3 minutos após minha mensagem. - sorriu irônica ao conferir o horário em seu relógio.
- Engraçadinha. Mas, onde estão as meninas? - passou os olhos pela rodoviária.
- Ok, vamos lá! A foi visitar a avó, teve que ir a biblioteca do colégio terminar o trabalho de História e a ligou avisando que o Steve queria conversar urgente com ela! Ufa! Terminei.
- Então o idiota do meu irmão vai contar tudo...- falou baixinho consigo mesma.
- O que você disse ? - perguntou.
- Não nada. - sorriu amarelo.
- Oh, veja lá! O ônibus chegou! - apontou para o automóvel.

"Já reencontrou o tal de Tin? Amo você pra sempre! Não esqueça da promessa! Seu Dougie s2" sorriu ao ler a mensagem que acabara de receber, começou a digitar a resposta quando ouviu gritar:

- AUSTIN! QUE SAUDADES!
- , minha prima preferida! Como você cresceu! Tudo bem? - o garoto falava ao terminar o abraço.
- Eu cresci? Veja só você honey, está musculoso. Parece até modelo. - analisava o primo de cima a baixo, deixando-o envergonhado - E, sim, eu estou ótima e você? Fez boa viagem? Ah, lembra da não é? Merda, só um instante minha mãe está ligando, provavelmente para saber se você já chegou. - bufou e se afastou dos amigos.
- Hey! - Austin sorriu para .
- Hey! - a menina retribuiu o sorriso.
- Não vai abraçar o seu amigo não? - Tin fez uma cara marota.
- Tin! Que saudades de você! - o abraçou forte.
- Eu também pequena, eu também!
- Mas então como é morar no Havaí? - perguntou fascinada com a mudança de Austin, aquele garotinho meio gordinho, baixinho e dentuço, havia tornado-se um lindo homem. Alto, magro, musculoso, a pele bronzeada, os dentes perfeitos e brancos, o cabelo loiro espetado e queimado pelo sol e os olhos verdes brilhantes. Tudo em perfeita sintonia com sua voz e modo de se vestir.
- É maravilhoso ! Aprendi a surfar e tudo mais. - o menino contava-lhe tudo com muita alegria.
- Nossa, um dia você me leva lá para conhecer, não é? - fez cara de criança pidona.
- Claro!
- Eba! - pulava no lugar batendo palmas, fazendo Tin rir.

- EU NÃO VOU MÃE! Mãe...mas MÃE!? - alterava-se ao telefone, chamando a atenção de todos - Tá, Mãe! Eu já entendi! EU SEI! Vou levar ele para casa! COMO NÃO É PARA ELE IR? ONDE VOCÊ QUER QUE ELE FIQUE? PLANTADO FEITO UMA ÁRVORE EM ALGUM LUGAR? Quem está gritando? Eu não estou gritando! Você que está nervosa querida mamãe! Sim! Ela está aqui! Ok, eu falo com ela! Beijos! - desligou o celular e jogou-o com raiva dentro da bolsa.

- O que aconteceu? - perguntou.
- Minha Mãe, quer que eu ajude a arrumar as coisas para o jantar e exigiu que o Tin passeie pela cidade. - revirou os olhos.
- Claro que não! Eu vou ajudar também! - Austin sorriu.
- Austin, parece que você não conhece a sua Tia! - disse séria.
- Ok. Melhor não contrariar. - Tin riu.
- E ? - chamou.
- Sim? - fitou-a.
- Mamãe perguntou se você não pode fazer companhia para o Tin e mostrar o que mudou na cidade e tudo o mais.
- , é que...- não sabia como falar que já tinha compromisso.
- Por favor? - vez manha.
- Tudo bem. - aceitou, não gostava de deixar as amigas na mão.
- Obrigada baby! Amo você! Cuide bem dela Tin! Já estou levando as suas malas! Se cuidem! Beijinhos! Tchau! - falava rápido antes de dirigir-se ao estacionamento.
- Pequena, se você não quiser me fazer companhia não tem problema. - Tin falou doce.
- Não, tudo bem. - sorriu de lado, bom talvez o passeio não demorasse tanto.

Na casa de ...

- Mãe cheguei! - falou entrando em casa.
- Ainda bem filha! Venha aqui na sala de jantar preciso que você me ajude.
- Sim?
- Qual é a melhor toalha? Branca, creme ou vermelha? - a mulher apontava para os panos.
- Creme? - sugeriu.
- Obrigada querida! Mas, então como Tinzinho chegou de viagem? - a mãe de perguntava enquanto estendia a toalha.
- Bem.
- E a pode fazer companhia para ele?
- Yep! Essas horas eles devem estar relembrando os velhos tempos. - riu.
- Que bom filha! Que bom! Agora vamos até a cozinha, preciso ver se o frango está pronto.
- Mãe, você não acha isso estranho?
- O que estranho?
- Você arrumando o jantar de noivado do Papai com a Mãe do Danny? - e sua mãe começavam uma conversa sobre relacionamentos. Mas, o que as duas não sabiam era que Kelly havia escutado tudo.


***


- Hahahaha, daí você se escondeu na casa da árvore até eles irem embora! - ria descontroladamente relembrando sua infância.
- Sim, hahahaha e você foi distrai-los e esqueceu de me avisar que já podia descer.
- Eu se...Oh, meu Deus! Que horas são? - falou de repente.
- 17:45, por quê? - Tin arqueou a sobrancelha.
- Merda, esqueci de ir no ensaio dos garotos!
- Quer que eu te leve?
- Não precisa baby! É aqui perto. - se levantou.
- Ok, então. E me desculpe por fazê-la perder seu compromisso.
- Que isso, a culpa não foi sua. Eu deveria ter avisado que ía me atrasar.
- Sério, desculpe mesmo.
- Esqueça isso Tin.
- Hum, certo. Nos vemos a noite?
- Yep! Tchau! - a garota se despidiu e saiu correndo rumo a casa de Harry.


***


- Caralho, só dá caixa postal! - Dougie tacou o celular no sofá.
- Calma dude. Às vezes, pode ter acabado a bateria. - Harry falou.
- Mas então ela poderia ter ligado de um telefone público, sei lá. - Dougie passava a mão pelos cabelos, estava preocupado.
- Acho que a conversa com o Austin deve estar boa. - comentou Danny inocentemente.
- DANNY! - Tom e Harry o repreenderam.
- O que foi? - Jones perguntou tomando um gole de sua água.
- Fique quieto! - Harry deu um pedala nele.
- Ouch! Por que é sempre eu que levo os tapas? - Daniel reclamou baixinho.
- Dudes eu tenho que ir. Tchau! - Tom disse do nada e saiu sem responder as perguntas dos amigos.
- O Dougie que parece estar sendo chifrado e o Tom que vai embora sem mais nem menos? - Danny comentou, recebendo um olhar feio de Dougie e outro tapa de Harry - Tá bom, tá bom! Eu vou ficar quieto!
- Dougie, por que você não liga para a ? - Judd sugeriu.
- É boa idéia. - Poynter sorriu desanimado e pegou o celular.

- Alô? - uma voz afetada atendeu.
- ? - Dougie perguntou.
- Não! É a Kelly! Quem fala? - a garota perguntou.
- Ah, oi Kelly. É o Dougie! A sua irmã está?
- Oh gatinho, ela acabou de sair com a nossa mãe. É importante? - Kelly abriu um largo sorriso.
- Hum, eu só queria saber se a estava aí...- Poynter falou desanimado.
- Ah, não, não. Ela está com o Tin, com certeza se divertido e...Oh, Dougie, desculpe! Eu e a minha boca grande...- Kelly fingiu sentir-se culpada.
- Que isso, não se incomode, você não tem culpa. - Poynter respondeu sentindo uma pontada em seu estômago.
- Sério, me desculpe eu não devia ter falado nada.
- Sem problemas...
- Mesmo?
- Yep.
- Hum, você quer deixar algum recado? - Kelly disse gentil.
- Nop. Obrigado Kelly. Tchau!
- De nada. Beijinhos gatinho.


- E aí? - Harry perguntou ao ver o amigo desligar o aparelho.
- Ela está com o Tin...- Dougie bufou.
- Ih, eu disse que... - Jones começou - ...eu disse que a pipoca tinha acabado Harry! - tentou consertar.
- Dougie? Aonde você vai? - Judd perguntou mais não obteve resposta.


***


- Quem era no telefone Kelly? - perguntou a irmã.
- Engano! Você acredita que acharam que esse número era da farmácia? - Kelly encenou e revirou os olhos retornando a cozinha.
- Agora sim que meu plano está começando a dar certo. - Kelly falou sorrindo cinicamente.



Cap.74 *



- Merda! Que demora pra atender a porta! - batia o pé impaciente em frente a casa de Harry - Desisto! Ou eles não estão mais aqui ou não querem me receber! - falou antes de dar as costas e começar a caminhar rumo a sua casa, ou melhor, a de Dougie.
- ? - Harry a chamou.
- Hey Judd!
- Desculpa a demora, é que nós estavamos jogando video-game, sabe como é...estavamos concentrados. - Harry disse encabulado.
- Tudo bem. Er, o Dougie está aí? - perguntou esperançosa.
- Não. Ele saiu daqui faz...- Judd conferiu em seu relógio - ...uns 15 minutos.
- E, hum, você sabe me dizer se ele estava bem? - mordeu o lábio inferior.
- Olha , não vou mentir para você. Ele ficou realmente puto por você não ter avisado que não viria e está morrendo de ciúmes do Austin. - Harry foi sincero, sincero até demais.
- Ele falou tudo isso para você? - a garota encarou os próprios pés.
- Nop! Mas estava bem visível no rosto dele.
- Hum...
- , posso te fazer uma pergunta?
- Você já fez. - abriu um pequeno sorriso, fazendo o amigo rir - Claro que pode Harry.
- É, você e o Austin, sabe como é, vocês estão, hum...juntos?
- Não Harold! Eu não estou traindo o Dougie com ele, somos apenas amigos! - falou séria.
- Desculpe .
- Tudo bem. - a garota respondeu com a voz embargada.
- Pequena, eu sei que não está tudo bem. - o amigo a abraçou.
- Está sim. - tentou sorrir e conter as lágrimas que insistiam em cair.
- Mesmo?
- Mesmo. - ela balançou a cabeça afirmativamente - Hum, o Dougie disse para aonde ia?
- Não. Sinto muito ... - Harry passou a mão pelos cabelos.
- Hãn, ok. Eu vou indo. - falou.
- Você não quer entrar?
- Não, obrigada.
- Certo.
- Nos vemos a noite? - ela perguntou.
- Sim.
- Então, até. - despediu-se.
- Até.


***


- Droga! Eu sou um namorado tão ruim assim? - Dougie se questionava enquanto caminhava para casa. "Ela está com o Tin, com certeza se divertido" as palavras de Kelly ecoavam em sua cabeça. Não queria acreditar que logo agora que estava tudo bem, alguém resolvera aparecer para atrapalhar.
- Ah, se eu ver esse Austin na minha frente eu vou quebrar a cara dele. - Poynter continuava a falar sozinho, com as mãos nos bolsos da calça, quando seu celular começou a vibrar. Olhou no visor e viu que o número era de sua casa, provavelmente era ligando para pedir desculpas. Encarou o aparelho por mais alguns minutos e o desligou.
- Desculpa , mas eu preciso pensar. - ele falou olhando para o celular já desligado.


***


- Ótimo! Só dá caixa postal. - falou sozinha, já havia perdido as contas das vezes que tentara ligar para Poynter e ele não a atendeu. - Certo, chegou a hora de voltar para casa. - ela falou antes de começar a arrumar novamente a sua mala.
Em poucos minutos já estava tudo pronto, apenas deu mais uma olhada pelo local para checar se estava tudo em ordem e se não esquecera nada. Chegou em frente a porta e ficou parada, não pode evitar que as lágrimas voltassem a rolar pelo seu rosto. Será que seu namoro iria acabar? Ela não sabia, e evitava pensar no assunto, apenas o fato de Dougie evitar suas ligações, já eram para ela, um sinal de que tudo estava acabado.
Retirou do bolso da jaqueta uma carta e leu o que estava escrito na frente: "Para Dougie", deixou uma pequena gota de lágrima cair sobre o nome antes de colocar o envelope sobre a mesa próxima a porta, juntamente com a rosa azul que ganhara mais cedo dele. Pegou sua mala e foi embora.


***


- ? - falou ao abrir a porta.
- ? - perguntou meio assustada.
- Tudo bem baby? - a amiga disse dando passagem para que a outra entrasse.
- É, tudo. E com você? - perguntou receosa.
- Tudo ótimo! Que bom que você chegou. Eu e o Steve estamos vendo filme e comendo pipoca.
- Ah, é? - a garota arqueou a sobrancelha.
- Yep. Ah, Steve você comeu tudo! Vou preparar mais, fique a vontade , a casa é sua mesmo. - riu e foi para a cozinha.
- Maninha! Você voltou! - Steve levantou e foi abraçá-la.
- Você contou a ela? - perguntou séria.
- É...- o garoto começou.
- Steve?
- Não, mais eu vou contar. - ele sorriu de lado.
- Quando? A pode ser fácil de enganar, mas eu não. E se você não contar eu irei contar para ela! - falou firme.
- Contar o quê? - perguntou.
- Contar que o Ste...- começou.
- Contar que eu fiz uma surpresa para você, amor. - Steve interrompeu a irmã, que balançou a cabeça em negação.
- Sério? Que surpresa? - perguntou empolgada.
- Com licença, eu vou para o meu quarto. - falou ríspida.
- Aconteceu alguma coisa entre vocês? - perguntou estranhando a atitude da amiga.
- Não, claro que não! A só está naqueles dias... - Steve desconversou.


***


- Posso entrar? - perguntou antes de entrar no quarto de .
- Yep.
- Você não está pronta? - a amiga perguntou.
- Para? - falou sem tirar os olhos da revista que lia.
- O jantar de noivado dos Pais dos nossos amigos.
- Ah, isso? Eu não vou. - disse ainda sem fitar a amiga.
- , eu entendo o que você está passando, mas você não pode ficar desse jeito para sempre. - tirou a revista das mãos da amiga, para que essa a olhasse.
- Entende? - enrugou a testa.
- Sim, o Steve me contou.
- Contou?
- Uhum. E eu sei que estar na TPM é horrível, mas, não podemos deixar ela nos dominar. - sorriu.
- Ah, sim. Você tem razão. - forçou um sorriso. "O Steve me paga!" pensou.
- Então, levanta logo dessa cama e vai se arrumar, estamos esperando você lá embaixo. - disse antes de sair do quarto.
- É, talvez seja melhor eu ir. O Dougie vai estar lá e quem sabe a gente possa se entender. - sorriu sozinha, ao entrar no banho.


***


- ? ? ? - Dougie chamava ao entrar em casa - Não, não pode ser! Ela não pode ter ido embora... - o garoto se lamentava - Eu não devia ter evitado ela! Não devia! - sentou-se no sofá e passou as mãos pelo rosto, escutou um barulho vindo da cozinha e foi correndo para lá - ? É você? - ele sorria, ainda tinha esperanças, mas chegando lá não encontrou ninguém. Suspirou alto e retornou a sala. Olhou para a mesa perto da porta e viu a rosa azul e um envelope escrito seu nome. Reconheceu a letra, era de . Não tinha coragem para abrir a carta, a raiva de si mesmo era tão grande que pegou os móveis a sua frente e começou a jogá-los longe.
- VOCÊ É UM IDIOTA POYNTER! UM IDIOTA! - gritava várias vezes.

Na casa de ...

- Eu achei que vocês não vinham mais. - falou ao ver os três que faltavam chegar.
- A culpa é da que demorou para se arrumar. - brincou.
- E pelo jeito valeu a pena. - Austin apareceu logo atrás da prima, analisando que vestia uma calça jeans escura, com algumas estrelas em strass, uma blusa lilás, uma jaqueta justa preta e um scarpin preto. O cabelo estava liso, solto com a franja para o lado.
- Er, obrigada. - corou.
- Vamos, entrem e divirtam-se! - falava animada.
- , até que enfim, pensei que você não vinha! - abraçou a amiga.
- Ela não vinha, mas eu consegui convencê-la. - sorriu.
- Por que não vinha baby? - perguntou, conhecia muito bem, e algo lhe dizia que a amiga não estava legal.
- Ah, TPM, sabe como é. - falou baixinho, agradecendo mentalmente por lembrar da baboseira que Steve havia inventado mais cedo.
- Hum, mas já está melhor, certo? - tentou arrancar a verdade da amiga.
- Yep. - piscou.
- , você sabe por que a Dona não foi na rodoviária hoje? - fez uma cara engraçada.
- Porque ela foi na biblioteca do colégio, não é? - estranhou a pergunta.
- Ela queria que nós pensassemos isso, mas ela fez outra coisa. - a fitou.
- O que você fez ? - voltou a atenção para a amiga, que estava corada.
- É que, hum, oTomqueriaconversarcomigo. - respondeu embolado.
- Repete, acho que eu não entendi direito. - estava incrédula, finalmente Tom resolvera declarar-se.
- O-Tom-queria-conversar-comigo. - falou devagar.
- Sobre? - sorria.
- Ele gostar de mim. - mordeu o lábio inferior.
- E você? O que ele fez? Como foi? Nos conte tudo! - entrou na conversa.
- Ué, eu pensei que vocês duas já sabiam. - apontou para e .
- Só sabiamos que ele foi falar com ela. - deu de ombros - Mas, anda logo! Conta .
- Tá, ele me ligou dizendo que queria conversar algo sério comigo e pediu para ir lá em casa hoje a tarde, e que ninguém podia saber. Eu aceitei, mas fiquei preocupada com o que poderia ser esse tal assunto, fora que ele se atrasou e isso me deixou mais curiosa e nervosa. Quando ele chegou, só pediu para eu me sentar no sofá, pegou o violão e tocou uma música linda. Depois ele disse que tinha escrito para mim e me pediu em namoro. Resumindo foi isso. - estava totalmente vermelha.
- Aiii que lindo! - as outras três falaram juntas.
- Agora você não pode dizer que ninguém nunca fez uma música para você. - zombou a amiga.
- Ok. Dispenso comentários. - falou e as outras riram.
- Sobre o que é o assunto? - Tom perguntou abraçando pela cintura.
- Sobre vocês! - piscou.
- Parabéns! - sorriu - Já era hora!
- Obrigado Pequena! - Tom retribuiu o sorriso.
- Está tudo bem mesmo? - cutucou .
- Sim! Não se preocupe. - sorriu de lado.
- Ok. Mas, qualquer coisa já sabe. - falou antes de ir conversar com os amigos.
- Harry, eu posso falar com você? - perguntou ao amigo.
- Claro. - ele sorriu e seguiu-a para um local mais afastado.
- Pode falar Pequena.
- Hum, você tem notícias do Dougie? - mordeu o lábio inferior.
- Desculpe, , mas não tenho. Tentei ligar para ele mas só dá caixa postal. - Judd sorriu de lado.
- É, eu sei...- a garota encostou-se na parede.
- Fique tranqüila, o Poynter se faz de forte, mas no fundo ele está sofrendo com a dúvida. Logo ele aparece aqui, vocês conversam e tudo se resolve. - Harry segurou o rosto da amiga.
- Eu espero que seja assim mesmo. - sorriu fraco.
- Vai ser! - Harold beijou a testa da amiga - Vamos voltar para a festa?
- Pode ir, eu já vou.
- Ok. Fique bem.
- ? Tudo bem? - Austin perguntou.
- Tudo. - ela disfarçou.
- Você não me engana, mas se não quer me contar eu respeito. Agora você não pode negar um delicioso pedaço de bolo de chocolate, que a espera lá na sala. - Tin sorriu.
- Isso é golpe baixo. - riu.
- Eu sei. - o garoto deu língua e a puxou.


***


- Alô? - Harry atendeu o celular.
- Harry? É o Dougie. Dude, eu perdi a . Eu perdi ela...- Dougie falava desesperado.
- Ryan? Fala Dude! Tudo bem? - Judd disfarçou.
- Ryan? Que Ryan, o quê! Deixa de gracinha Judd. - Poynter respondeu nervoso.
- Espera. O quê? Eu não consigo te ouvir direito. - Harry falava alto, e Dougie pode ouvi-lo falar algo como "É meu primo. Vou lá fora atender."
- Foi mal Dougie. - Harry desculpou-se.
- Tudo bem...- Dougie estava mais calmo.
- Você não perdeu ela! - Judd disse após alguns minutos de silêncio.
- Como você sabe? - Poynter suspirou.
- É só olhar para ela.
- Como assim? Ela está aí na festa?
- Sim.
- E-eu, achei que ela não ía...- Douglas disse baixinho.
- Eu também. Mas o fato é que ela veio e está bem triste.
- Dúvido! O tal do Austin está aí para alegra-la se é que você me entende. - Dougie foi irônico.
- DOUGIE! PARA DE SER INFANTIL DUDE! - Harry se irritou, e depois olhou para os lados para ver se alguém havia escutado, por sorte estavam todos distraídos e nem perceberam seu acesso de estresse.
- Eu não estou sendo infantil...- Dougie murmurrou.
- Ah, não? Não atender as ligações dela e não escutar as explicações dela não é imaturo, huh?
- Mesmo assim, nada vai apagar a traição dela...
- Poynter! Ela não te traiu porra!
- Foi ela que te disse isso, não foi? - Dougie perguntou.
- Foi, por quê?
- Meu caro Harry, é obvio que quando se trai você não vai adimitir.
- Dougie, eu confio na ! E você também deveria confiar, ela é sua n-a-m-o-r-a-d-a! - Judd falou a última palavra devagar.
- É, você tem razão...- Poynter suspirou.
- Eu sempre tenho. Agora se arruma e vem para cá já! - Harry falou e desligou na cara do amigo.


- Espero que o Dougie não seja tão cabeça dura e acredite na . - Harry falou sozinho antes de entrar na casa novamente, mas, o que ele não sabia era que Kelly havia escutado tudo.



Cap.75 *


- DAVE! Bombonzinho, você veio! - Kelly abraçou o garoto.
- Oi Kel! - ele sorriu de lado - Oi Pessoal! - Dai comprimentou e todos responderam, menos .
- E o bolo? Está bom? - Austin perguntou.
- Uma delícia! - mordeu mais um pedaço do doce.
- Bonita roupa ! - Kelly falou cínica.
- Oh, você gostou honey? Depois eu dou o telefone do meu estilista para você mudar o seu guarda-roupa de brexo. - sorriu.
- Como você é gentil. - Kel sorriu debochada.
- Tinzinho, deixa eu te apresentar o meu namorado. - Ao escutar isso, sentiu uma pontada no estômago, ainda não estava preparada para encarar Dave depois de tudo.
- Dave, esse é o meu primo Austin. Austin esse é o meu namorado Dave. - Kelly disse com sua voz afetada.
- Prazer cara! Espero que você esteja cuidando bem da minha prima. - Austin piscou, e Dai sorriu amarelo.
- Ele está cuidando Tin, pode ter certeza! - Kel apertou as bochechas de Dave que corou - Honey, será que eu posso roubar o Tinzinho um pouquinho?
- Fique a vontade amiga! - imitou a voz de Kelly que fingiu não ligar.
- Dai, faça companhia para a . - Kel mandou um beijinho para o namorado e saiu com Austin ao seu encalço.
- Er, oi...- David disse.
- Nossa, acho que estou escutando vozes do além. - falou irônica.
- , sério, nós precisamos conversar. - Dai segurou o braço da menina.
- Eu não quero conversar com você. - disse tentando soltar seu braço.
- Mas eu quero! - Dave falou firme.
- Pois, então, converse sozinho. - a garota disse com desdém.
- , me escuta, por favor. - Dai falou com uma voz chorosa.
- Ok, mas seja rápido. - revirou os olhos.
- Me desculpe por ontem, não era a minha intenção você descobrir daquele jeito. - Dai falava baixinho.
- Tudo bem, Dave. - disse sem acreditar que estava realmente o perdoando.
- Sério, você não está braba? - Dave agora sorria.
- Braba não, mas magoada sim. - Dai não entendeu, ele havia se declarado e ela estava magoada? - Você podia ter me contando que estava namorando ela e tudo o mais, eu iria entender. - o fitou pela primeira vez.
- Iria? - Dave arqueou a sobrancelha.
- Sinceramente? Não! - riu, aquela risada gostosa que David tanto gostava - Mas, talvez você consiga dar um jeito nessa patricinha mimida. - fez gestos exagerados.
- Obrigado .
- Não me agradeça, apenas me prometa que não vai ficar mais bêbado e não me dirá coisas sem sentido. - deu um soquinho no braço dele.
- Eu prometo. - ele sorriu de lado, tentando disfarçar a tristeza. Então era isso? Ela achava que ele não gostava dela de verdade?
- Amigos? - perguntou, e Dai afirmou com a cabeça recebendo um abraço apertado de . Bom, ele podia não tê-la como queria, mas tinha a amizade, e isso já valia a pena.
- Agora eu vou procurar a minha namorada. - Dai fez uma cara engraçada e riu.
- Vai lá. - Julaian fez joinha.


***


- O que você quer Kelly? - Austin perguntou nervoso.
- A sua ajuda. - Kelly falou séria.
- Ah, nem venha! Não vou te ajudar com seus planinhos fúteis. - Tin se virou pronto para ir embora.
- Ou você me ajuda, ou todos saberam o seu segredo. - Kel o chantageou, Austin fechou os punhos e suspirou alto.
- O que eu tenho que fazer? - ele perguntou.
- Bom garoto! - sorriu - Simples, terá que levar a para o jardim e tentar beijá-la.
- Pra que isso, se o namorado dela nem está aqui?
- Ele vai vir, eu escutei o Judd no telefone com ele.
- E como eu vou saber a hora de levá-la para lá?
- Eu vou fazer um sinal, e o resto deixa comigo. - Kelly abriu um largo sorriso.
- Kel, eu não acho que isso seja uma boa idéia...- Austin advertiu.
- Você não tem que achar nada! Só me obedeça, ou caso o contrário já sabe. - Kel deu um tapinha no ombro do primo.
- Por que você quer estragar a vida dela? - Tin perguntou.
- Porque eu já cansei de sempre ser deixada de lado. Todos preferem ela do que a mim! - Kelly estava irritada - Eu quero tudo que é dela! TUDO! - ela reforçou a última palavra - Agora vai, antes que desconfiem.
- Ok.
- Kelly? - Dave a chamou.
- Bombonzinho! Tudo bem? - Kel beijou-o.
- Não, não está tudo bem! - ele falou sério.
- O que aconteceu gatinho? - Kelly fez bico.
- Você sabe muito bem o que aconteceu! Não se atreva a magoar a , senão...
- Senão, você vai dizer para todo mundo que a ama? - a garota debochou - Acorda Williams! Ela só gosta de você como amigo, e nada mais!
- Eu estou avisando se você machucar ela vai se ver comigo! - David segurou forte no braço dela.
- Me solta, você está me machucando.
- Entendeu? Vai se ver comigo! - Dave a soltou.
- Que medo! - ela zombou - Ah, a propósito está tudo acabado! - Kelly sorriu e deu as costas para ele.


***


- Dougie, até que enfim! - Harry disse ao ver o amigo entrar eufórico.
- Onde ela está? - Poynter foi direto.
- Não sei dude...- Judd coçou a nuca sem jeito.
- Alguém viu a ? - perguntou para os amigos.
- Nops. - eles negaram.
- Meninas?
- Desculpa Dougie, faz tempinho que não vemos ela. - sorriu sem jeito.
- Hey Poynter! - Kelly comprimentou o garoto.
- Hey! - ele falou desanimado.
- Procurando alguém? - Kelly perguntou e piscou discretamente para Austin, que imediatamente levou ao jardim.
- A , você viu ela?
- A última vez que eu a vi, ela estava no jardim. - Kel sorriu.
- Obrigado. - Dougie sorriu tímido.


***


- , me desculpa...- Austin disse cabisbaixo.
- Desculpar pelo quê? - arqueou a sobrancelha.
- Por ter feito você se atrasar. Se não fosse eu, você teria chegado a tempo ao ensaio e seu namorado não estaria achando que estamos tendo um caso.
- Deixa de ser bobo Tin. Não foi culpa sua.
- Você pode dizer que não foi, mas eu estou me sentindo culpado...- Tin fez uma voz chorosa.
- Austin, sério, você não teve culpa. Acredite. - segurou na mão dele.
- Eu só vou me sentir melhor se você me deixar fazer uma coisa.
- O quê? - sorriu.
- Isso...- ele segurou o rosto da garota e a beijou. , tentou resistir, mas no fim acabou cedendo, e se deixando levar.
- ! - Dougie gritou ao ver a cena, chamando a atenção de todos.
- Dougie, eu posso explicar...- disse rápido, sentindo as lágrimas escorrerem por seu rosto.
- Não precisa explicar nada, o que eu vi foi o suficiente! - Dougie disse irritado antes de ir embora.
- Dougie! Espera! Deixa a explicar! - Harry tentou segurá-lo.
- Explicar o que, Judd? Eu vi! Eu vi ela beijando esse idiota! Agora me larga porra! - Poynter pediu.
- É verdade ? - Harry a fitou, não queria acreditar nos fatos.
- É, mas...- não conseguia falar.
- , eu achei que você tinha me dito a verdade hoje a tarde quando foi na minha casa procurar o Dougie...- Harry estava nervoso.
- Eu disse, acredite em mim...- implorava.
- Depois disso é difícil acreditar. - Tom respondeu por Judd.
- Nós confiavamos em você! - Danny resolveu falar - Você era a minha melhor amiga!
- Danny, por favor, deixa eu explicar...- a garota estava desesperada.
- Você enganou todos nós! - Harry falou.
- EU NÃO ENGANEI! - gritou.
- A culpa não foi dela, foi minha! - Austin disse firme.
- Não se meta seu imbecil, a conversa não é com você! - Tom cerrou os dentes.
- Meninas, vocês acreditam em mim, não é? - olhou para as amigas.
- Eu queria acreditar, . Mesmo. Mas, nós vimos...- disse.
- Sinto muito...- falou.
- ? ? - olhou para as outras duas.
- É difícil, espero que você entenda. - falou.
- Não, eu não entendo! - se alterou - Eu pensei que vocês fossem meus amigos, que me apoiariam! Mas, pelo contrário, estão do lado do Dougie, que vocês conhecem a menos tempo do que eu! E caso vocês não estejam lembrados fui EU quem o apresentei a vocês! EU! - gritava.
- Vamos para casa . - Steve falou para a irmã.
- NÃO! Eu não vou com você! Eu tenho nojo de você, depois de ontem quando eu vi você se agarrando com a Sam! Eu tenho nojo de TODOS VOCÊS! - soluçava.
- Você fez o que Steve? - perguntou incrédula.
- Eu...
- Ele ficou com a Sam, amiguinha da sua irmã, ou melhor, se comeu com ela! - falou pelo irmão.
- Vocês dois não prestam! - Harry falou com desprezo.
- Venham! - Dave que até agora estava quieto falou, puxando e Steve.
- Alguém precisa ir atrás do Dougie! - Danny comentou.
- Mas, quem? Ninguém está em condições...- olhou para os amigos.
- Eu vou! - Kelly se ofereceu.
- Não tem problema? - Tom a fitou.
- Nenhum. O Dougie precisa de um ombro amigo, que seja de fora para apoiá-lo e que entenda ambos os lados. - Kel sorriu.
- É, você tem razão. - concordou.
- Obrigada Kel. - sorriu fraco para a irmã, que retribuiu.


***


- Esperem! - gritou.
- O que foi ? Vai querer humilhar a gente mais um pouco? - falou sarcástica.
- Não! Eu vim aqui ajudar. - falou.
- Mesmo depois de ter descoberto que eu te trai? - Steve perguntou sem jeito.
- Stev, eu já sabia de tudo. - sorriu.
- J-já? - Steve gaguejou.
- Sim. A Sam me ligou ontem e contou tudo. Disse que você estava bêbado, e que ela só fez isso porque a Kelly a ameaçou. - contou.
- Eu sabia! - socou o capô do carro.
- E foi ela também que vez o Austin te beijar. - Dave falou.
- Como você sabe disso? - o fitou.
- Eu escutei ela falando com ele. Ela sabia que o Dougie viria, então armou tudo para te ver sofrer. - Dai disse.
- Aquela...ergh! Ela me paga! - fechou os punhos - Vocês, então acreditam em mim, não é? - olhou para os três.
- Claro Pequena! - eles a abraçaram.
- Obrigada. - ela sorriu de lado, pelo menos tinha amigos verdadeiros que não desconfiavam dela.


***


- Até que enfim te achei! - Kelly disse sentando-se no banco ao lado de Dougie.
- Hey! - ele disse desanimado.
- Dougie, eu sinto muito. - a garota colocou a mão em cima da dele.
- Eu só queria entender o por que, sabe? - Poynter passou as mãos pelo rosto.
- Eu sei, mas, a é assim. Ela usa as pessoas, e quando elas não servem mais ela descarta e se fingi de santa, sorte que dessa vez todos perceberam quem ela realmente é.
- Merda! O pior é que eu amo ela! - Dougie deixou algumas lágrimas cairem.
- Com o tempo você irá esquecê-la. - Kelly sorriu de lado.
- Acho difícil. Eu nunca senti o que eu sinto por ela por nenhuma garota. Foi com ela que eu aprendi a ver a vida de outro jeito...- ele suspirou.
- É difícil, mas você precisa esquecer. Só assim ela vai ver que você não liga mais para ela, e que o que vocês viveram também não significou nada para você.
- Eu não consigo...
- Eu posso te ajudar. - Kelly levantou o queixo do garoto e o beijou.



Cap.76 *



Um mês havia se passado, e os amigos nunca mais se falaram. Depois do que acontecera todos separaram-se. Danny, Harry, Tom, Dougie, , , e Kelly andavam juntos. Sim, Kelly havia pedido transferência do Devile High School, e agora era a líder do grupo e namorava Dougie. Tudo como ela planejara.
, Steve, e Dave - que também pedira transferência - formaram um novo grupo que gostavam de chamar de "Losers" não que eles tivessem virado uns, porém os fatos davam a concluir isso.

- O que vamos fazer hoje Losers? - perguntou aos amigos.
- Hum, que tal assaltar o shopping? - Steve sugeriu, fazendo com que os alunos que passavam perto da mesa deles saissem correndo com medo de serem assaltados.
- Eu amo esse colégio! Todo mundo acredita no que a gente fala. - disse tomando um gole do seu suco.
- Também, depois do que a Kelly espalhou sobre a gente era de se esperar Pequena. - falou.
- Ew, nem me lembre dessa ornitorrinco! - falou, fazendo os outros dois rirem.
- Fazia tempo que você não falava isso. - Steve lembrou.
- Pois é, bons tempos. - disse olhando para a mesa dos populares onde estavam seus antigos amigos, rindo de qualquer coisa idiota que Danny havia falado. percebeu e sorriu para , que retribuiu sem graça.


***


- O que foi ? - perguntou, ao ver que a amiga observava a mesa onde estava .
- Eu tenho saudades deles...- falou triste.
- Eu também, mas o que eles fizeram não foi certo. - disse.
- A gente não sabe se foi certo ou não porque não deixamos eles explicarem. E tem outra, se a está com eles é porque ela realmente sabe o que aconteceu. - respondeu irritada, estava guardando isso a muito tempo, precisava falar.
- Eu sei...- concordou.
- Qual é o assunto? - perguntou.
- A ...- deu de ombros.
- De novo isso? - disse debochada.
- De novo sim. E não finja que não está ligando porque nós sabemos que você está. - disse séria.
- Ok. Só que nós não podemos fazer nada. Eles fizeram e pagaram! - falou.
- , ninguém aqui nessa mesa deixou eles se explicarem. - falou alto.
- Quem explicar, o quê? - Danny perguntou.
- A e o Steve. - respondeu.
- Ah, não. Por favor, esse assunto já deu o que tinha que dar. - Harry bufou.
- Vamos ser francos, eles fazem falta. - Tom se pronunciou.
- Eu não queria concordar, mas é verdade. - Danny disse.
- Certo, eles fazem falta. Só que não tem como voltarmos atrás...- Judd falou.
- Como não? É só escutarmos eles e pronto! - disse.
- É, mas tem o Dougie e a Kelly. - Fletcher lembrou.
- Eu tenho certeza que o Dougie também quer voltar a falar com eles. - Danny sorriu.
- Falaram o meu nome? - Dougie disse sentando-se.
- Yep. - os outros concordaram.
- Ih, estavam falando mal de mim pelo jeito. - Poynter riu.
- Dougie, nós queremos perguntar uma coisa...- começou.
- Perguntem, ué. - Douglas deu de ombros.
- Fala Harry. - cutucou o namorado.
- Fala . - Judd olhou para a amiga.
- Tom? - sorriu.
- ? - Tom falou.
- Danny? - disse.
- ? - Danny falou.
- Har...- começou a dizer.
- Dá para vocês falarem logo? - Dougie se irritou.
- Ok, eu falo. - Tom disse - Poynter, você sente saudades deles? - Fletcher apontou com a cabeça para a mesa dos Losers.
- Por que a pergunta? - Dougie perguntou.
- Por que a gente quer saber? - falou o óbvio.
- Anda, responde. - insistiu.
- Não! - Dougie falou firme, tentando parecer o mais convincente possível, mas a verdade era que sentia saudades, principalmente de .
- Verdade? - Danny o fitou sério.
- Sim! Agora eu tenho que ir, a Kelly está me esperando. - Poynter respondeu rápido indo embora.
- Ele não me convenceu...- comentou.
- Não mesmo! - disse e todos concordaram.


***


- Uma flor para outra flor! - Dave disse entregando uma rosa azul para .
- Que cantada mais clichê, Dai! - riu - Mas mesmo assim obrigada. - a garota sorriu.
- Dave você vai ter que se esforçar mais para conquistar a minha irmã. - Steve riu.
- Ah, droga! Pensei que ela já estava no papo. - Dave deu um soquinho no ar.
- Hey, eu estou aqui! - ergueu os braços, e David a pegou no colo - Me larga Williams! Eu acabei de comer, e você sabe que emoções fortes me deixam enjoada e me fazem vomitar! - gritava.
- Nem vem ! Eu não caio mais nessa! - Dave disse colocando a menina de ponta cabeça em seu ombro, saindo correndo com ela.
- Merda! Vou ter que inventar algo melhor! - gritou para e o irmão que começaram a rir.

Dougie que passava por ali viu a cena e sentiu um vazio no peito, como tinha saudades daquela garota, de sua risada, de seus tapas, de suas surpresas. Sorriu involuntariamente ao lembrar do dia em que a beijou pela primeira vez, voltou a olhar para e Dave e viu que eles brincavam de pega-pega, pareciam muito felizes, mas não pode deixar de perceber que a menina segurava uma rosa azul, igual a que ele havia a dado no dia em que brigaram e com isso seu sorriso se desmanchou.

- Dougie? Docinho? - Kelly o tirou do transe.
- Oi? - Poynter respondeu.
- Está tudo bem? - ela o fitou.
- Yep. - ele sorriu.
- Ótimo!
- Aonde nós vamos? - o garoto perguntou.
- Nós não! Você. - Kel sorriu, e as amigas riram.
- Certo, eu. - Poynter revirou os olhos, não aguentava mais a namorada.
- Você vai ao ginásio e arruma todas as coisas das lideres de torcida, enquanto eu falo com o Mr. Paul. - Kelly deu um selinho no namorado e saiu sendo seguida por sua trupe.


***


" , favor comparecer a sala do Diretor" ouviu-se pelo alto falante.

- O que eu fiz agora? - bufou.
- Calma, , às vezes, não é nada. - sorriu.
- Na verdade nunca é nada. É sempre alguma mentira que a Kelly inventa. - falou irritada - Já cansei de ser acusada de roubar o gloss dela, de colar cola na cadeira dela, de espalhar folhetos com a foto dela e um bigode, de xingar ela... - enumerava nos dedos.
- Bom, xingar você xinga. - Steve disse.
- Ok, isso é verdade, mas não vale. - deu língua - Bom, melhor eu ir ou senão vão me acusar de sugar a alma dos pobres adolescentes dessa escola. - falou, fazendo os amigos rirem.


***


- Pode entrar. - Mr. Paul falou ao ouvir as batidas na porta.
- Com licença. - falou.
- Pequena . Quanto tempo. - Mr. Paul sorriu.
- É, uma semana que não venho parar aqui. - sorriu irônica.
- Hahaha, sempre brincalhona. Sente-se por favor. Mrs. Clars pode pedir para a Kelly entrar. - o diretor ligou para a secretária.
- Mr. Paul, , com licença. - Kelly falou com sua voz afetada.
- Então, Kelly pode começar. - o homem falou.
- Bom, como o Senhor sabe a é a líder de torcida, mas como ela mesma me contou, está cheia de coisas para fazer então ela me pediu para ser a líder no lugar dela. - Kelly sorriu.
- COMO É QUE É? - perguntou alto.
- Não é isso senhorita ? - Mr. Paul perguntou.
- Claro que não! Eu nunca disse isso, ainda mais para essa...essa ornitorrinco aí. - se alterou.
- Eu não disse Mr. Paul? Ela fingiu ser minha amiga, queria que eu acreditasse que ela não queria mais ser a líder para chegar aqui para o Senhor e me humilhar. - Kelly fingiu uma voz de choro.
- Mas é mentira! Eu nunca falei nada! - se levantou, estava pronta para dar um tapa na cara de Kelly.
- , tenha modos. - Mr. Paul a repreendeu - Bom, depois dessa cena, ficou claro que a senhorita não tem condições para continuar sendo a líder de torcida. Então, a partir de hoje quem cuidará das coreografias será a senhorita .
- Mas...- tentou se explicar.
- Não tem mas nem meio mas. Estamos combinados. Passar bem Senhorita . - Mr. Paul sorriu e apontou a porta.
- Isso não vai ficar assim Kelly, não vai! - apontou o dedo na cara da garota.
- ! Vá agora! Antes que eu tenha que tomar medidas drásticas. - o diretor falou e ela obedeceu a contra gosto.


***


- Eu não acredito! Quem ela pensa que é? Ela me paga! Ah, não tenho dúvidas de que irá me pagar! - chorava de raiva no banheiro feminino. Escutou vozes vindo do corredor e se escondeu em uma das cabines.
- É, eu também estou chateada...- uma voz conhecida falou.
- Eu conheço essa voz...- falou baixinho - São as meninas! - sorriu.
- Eles vão ter outra chance, esse produtor não sabe o que perdeu. - disse.
- Mas esse era um dos mais conhecidos meninas. Se ele contratasse o McFLY ganharia milhões. - estava com raiva - Só que ele tinha que ser burro, e achar que uma banda de garotas que usam micro-roupas lucrará mais do que os meninos.
- Nós temos que ser fortes, e animar eles. - comentou.
- Se a , estivesse aqui ela saberia o que fazer. - disse triste.
- É, ela sempre tinha soluções para tudo. - abraçou .
- Eu tenho saudades dela. - começou a chorar.
- Nós também...- e abraçaram a amiga e sairam do banheiro.
- Yeah! Elas sentem a minha falta! - saiu da cabine e começou a pular - Espera aí! Tive uma idéia! - ela falou consigo mesma e saiu correndo.


***


- Pra que a pressa, maninha? - Steve perguntou.
- Steve, você sabe se o papai está no escritório? - falava rápido.
- Acho que sim, por quê? - Steve arqueou a sobrancelha.
- Preciso falar com ele urgente.
- Aconteceu alguma coisa? - perguntou.
- Não! Quer dizer sim! Ah, não sei! - jogou-se no gramado.
- Conta aí o que o Mr. Paul queria. - Dave se sentou ao lado dela.
- Que a Kelly fosse a líder de torcida e não eu. - contou.
- E você aceitou? - a fitou.
- Claro que não! Mas, daí a Kellyzinha inventou uma história ridícula e ele caiu feito patinho. - imitiou um pato.
- Ah, Pequena só você para levar as coisas sérias na brincadeira. - Dai riu.
- Se eu naõ fizesse isso estaria mal pelos cantos. - deu de ombros - Agora me deixem ligar para o papai!


***


- Oi bebê! - Kelly pulou no colo de Dougie.
- Nossa, que felicidade é essa? - o garoto perguntou.
- Você não vai acreditar! - Kelly falou.
- Se você me contar eu vou. - Dougie sorriu.
- Adivinhe quem é a nova líder de torcida? - Kel abriu um largo sorriso.
- Você? - Dougie perguntou incerto.
- Yes! - a garota batia palminhas.
- Mas, e a ? - Poynter tentou parecer indiferente.
- Ah, eu inventei uma história para o Mr. Paul e ele acreditou. - Kelly deu de ombros.
- Por que você fez isso? - Dougie a fitou sério.
- Por que eu queria ser a líder de torcida? - Kelly respondeu com outra pergunta.
- Só que para isso não precisava tirar a a força, você sabe o quanto isso era importante para ela? - Poynter elevou a voz.
- Eu pensei que você já tinha esquecido ela. - Kel debochou.
- E esqueci! Mas o que você fez não é certo!
- Ah, docinho. Foi uma mentirinha de nada. - Kelly tentou beijá-lo.
- Não importa! Quer saber Kelly? Está tudo acabado! - Dougie tirou a garota a força de seu colo e foi embora. - Bebê, espera! Não podemos terminar assim...- Kelly gritava - O que vocês estão olhando seus babacas? O show acabou! - ela gritou para as pessoas que haviam parado para ver a briga.



Cap.77 *



Dougie estava decidido, ele escutaria e faria de tudo para voltar com ela. Não aguentava mais viver uma mentira, ele ainda a amava, ela era o amor da sua vida. Kelly era só um divertimento, como todas as meninas que ele ficou enquanto namorava Kelly. Coitada, se ela soubesse que Poynter a traia todas as noites com uma garota diferente, teria um ataque eplipatty, ou epiléptico, tanto faz.
Poynter encontrou sentada sozinha em uma mesa, observou ela por alguns minutos esperando a coragem surgir. Apenas quando percebeu que várias pessoas olhavam-no com uma cara estranha foi que resolveu falar com ela.

- Sério que você conseguiu? Eu não acredito! Eu te amo! Muito, muito, muito! Obrigada mesmo! Beijos querido. - falou desligando o celular e levantando-se dando de cara com Dougie.
- D-dougie? - ela falou com a voz falha.
- É, a Kelly tinha razão, você só usa as pessoas! Eu vim aqui disposto a te escutar e quem sabe voltar com você e escuto isso! Com certeza devia ser mais um dos seus Boy-Toys. - Dougie bufou - Eu sou burro em acreditar que você não fez nada!
- Dougie do que você está falando? - estava assustada.
- Não se faça de santa ! Sabe de uma coisa? Nunca mais fale comigo! - Poynter disse irritado.
- Mas, eu não falo mais com você seu imbecil.
- Então é melhor continuar não falando. - ele sentou-se no banco onde ela estava sentada antes.
- Realmente eu não entendi nada. - ainda o encarava.
- Por favor ! Não precisa mais fingir, eu já sei de tudo! Aliás, todos já sabem.
- Sabem o quê?
- Que você dorme com qualquer um. - Dougie falou sem pensar, e recebeu logo em seguida um tapa de .
- Eu te odeio Poynter! Te odeio com todas as minhas forças! - começou a chorar.
- O que está acontecendo aqui? - Austin se aproximou.
- Ah, agora está completo! O Casalzinho reunido! - Dougie zombou, batendo palmas.
- Você está bem, ? - Tin ignorou Poynter.
- Sim...
- Ele sabe que você tem outros casos? - Poynter perguntou sarcástico.
- CALA A BOCA POYNTER! - gritou.
- Acho melhor você se cuidar meu amigo, essa daí não presta! - Douglas falou.
- Vamos embora Austin. - pediu.
- Isso leva o seu namoradinho logo. - Dougie provocou.
- Ele não é o meu namorado! - falou.
- Não foi o que pareceu aquele dia na casa da . Vamos lá , me diga com quantos você dormiu enquanto namorava comigo?
- Olha lá como você fala dela, seu filho da puta! - Austin falou antes de dar um soco no nariz de Dougie, que caiu no chão.
- Com ninguém Poynter! Eu amava você! A burra da história sou eu por ter um dia gostado de você! - soluçava.
- Conta outra ! - Dougie debochou - Ninguém acredita em você! Acho que só esse burro aí que ainda atura as suas traições sem dizer nada.
- POYNTER O AUSTIN É GAY! - gritou e Dougie ficou sem reação.
- Vamos embora daqui , ele não merece as nossas explicações. - Tin abraçou a garota que chorava sem parar.

- Oh, Meu Deus! Dougie o que aconteceu? - perguntou.
- Aquele idiota do seu primo me bateu. - Dougie passou a mão no nariz e viu que estava sangrando.
- O Austin? Mas por quê? - enrugou a testa.
- Porque eu disse que a não prestava. - Poynter disse.
- A troco do quê, Douglas? Você nem sabe o que aconteceu realmente. - advertiu.
- E vocês sabem por acaso? - Dougie a fitou.
- Não, mas...- não sabia o que dizer.
- Então...- Poynter sorriu de lado.
- Vamos levar você para a enfermaria. - cortou o assunto.
- Dude, o que aconteceu? - Danny se aproximou com Harry e Tom a seu encalço.
- O Austin me bateu. - Douglas deu de ombros.
- Cade esse imbecil? Eu vou bater nele! - Harry fechou os punhos.
- Eu te ajudo! - Tom levantou a mão.
- Meninos, por favor. Vamos esquecer isso. - disse e todos concordaram.


***


- Está melhor? - Austin perguntou.
- Sim, obrigada. - sorriu fraco.
- Nada que um sorvete de chocolate não resolva, não é mesmo? - Tin sorriu para ela.
- É verdade...- ficaram quietos - Austin, nós precisamos conversar. - interrompeu aquele silêncio constrangedor.
- Você tem razão.
- Desculpa...- pediu.
- Por?
- Por ter contado o seu segredo, mas eu já não aguentava mais os insultos do Dougie sobre eu e você...- ela abaixou a cabeça.
- Tudo bem, Pequena. Já estava na hora de eu assumir o que sou realmente, você só me ajudou. - Austin levantou o queixo da menina.
- Sério? - sorriu de lado.
- Sim. E além do mais, eu que deveria pedir desculpas por ter ajudado a Kelly. Se eu tivesse dito não, nada disso teria acontecido e você ainda teria os seus amigos e o seu namorado.
- Não, foi melhor assim, pelo menos eu pude perceber quem eram os meus verdadeiros amigos. - disse triste.
- Você sente falta deles, não é?
- Eu não devia, mas sinto...- a menina suspirou alto.
- Calma, . Tudo vai ficar bem. Você vai ver. - ele a abraçou.


***


- O Poynter está bem? - perguntou a .
- Sim, a enfermeira do colégio disse que ele não quebrou o nariz, apenas teve uma leve fratura, mas se ele se cuidar e passar a pomada que ela receitou logo sara. - disse.
- Que bom. - Steve falou.
- É...- concordou.
- Nós vamo ficar assim por muito tempo? - perguntou.
- Eu não quero! Não aguento mais isso! - disse chorosa.
- Ninguém aguenta. - entrou na conversa.
- Amigas de novo? - perguntou.
- Amigas! - as quatro colocaram a mão uma em cima da outra e levantaram para cima.
- Até que enfim! - Harry falou.
- Tudo voltou ao normal então? - Danny perguntou empolgado.
- Os fatos indicam que sim. - respondeu.
- Aleluia irmãos! - Jones pulou.
- Menos Daniel, menos. - disse ao namorado.
- Eu levo um soco e todos ficam felizes? - Dougie brincou.
- Hey Dude, como está o machucado? - Steve perguntou.
- Melhor, obrigado. - Dougie sorriu.
- Fala, Steve, ! - Tom acenou para os amigos e foi atender o celular.
- Amigos, então? - Poynter perguntou tímido.
- Sempre! - Steve falou dando um abraço em Dougie.
- Pessoal, vocês não sabem! - Fletcher chegou feliz.
- Realmente não sabemos. - Jones riu.
- Um produtor acaba de me ligar, um tal de Fletcher, e ele quer nos ouvir tocar amanhã no estúdio! - Tom falou rápido.
- Não acredito! Como ele descobriu a gente? - Harry perguntou abobado.
- Segundo ele alguém com o sobrenome Rushton ligou e insistiu um monte, dizendo que a banda era boa. Mandou até um CD com as músicas que tocamos na inauguração do Shopping. - Tom concluiu.
- Obrigado Steve! - Poynter deu tapinhas nas costas do amigo.
- Eu agradeço o carinho, mas não fui eu. - Steve falou.
- Não? Mas quem pode ter sido então? - Danny coçou a nuca.
- A ! - os quatro meninos falaram ao mesmo tempo.
- Eu sou um idiota! - Dougie falou do nada.
- Por quê? - Judd perguntou.
- Porque com certeza ela estava falando com esse tal de Fletcher quando eu fui falar com ela antes de ganhar um soco no rosto. - Douglas apontou para o nariz.
- Poynter, sinceramente você é um babaca! - Jones deu um pedala nele.
- Hey! Quem leva os tapas é você! - Dougie protestou e todos riram. É, os velhos tempos haviam voltado.



Cap.78 *



Dougie estava a mais de uma hora deitado em sua cama pensando em como tinha sido burro por não ter escutado . Agora era tarde demais, tudo estava perdido.

- Filho, posso entrar? - Sam perguntou.
- Pode. - Dougie indireitou-se na cama.
- A Daph estava limpando a sala e encontrou essa carta endereçada a você. - Sam sorriu.
- Obrigado mãe. - Poynter retribuiu o sorriso.
- Você está bem? - Sam estava com um ar preocupado.
- Sim, mãe. Não se preocupe. - Dougie sorriu.
- Se você diz. Caso precise de algo pode me chamar. - Samantha beijou a testa do filho e saiu do quarto.
- Já tinha até esquecido da carta da . - Dougie falou sozinho. Ficou alguns minutos fitando o envelope e percebeu que seu nome estava borrado, com certeza havia chorado. Criou coragem e abriu.

"Dougie, talvez quando você ler essa carta nós já tenhamos nos resolvido, mas mesmo assim eu a escrevo. Desculpe por não ter ido hoje ao ensaio, e nem avisado que iria me atrasar. O celular ficou sem bateria, e a Kathy pediu para eu sair com o primo Gay dela. É, o Austin é gay. Mas, isso fica entre nós, certo? Ninguém sabe, quer dizer, só eu, talvez a Kelly e agora você. E não ria disso! Eu sei que você deve estar rindo, mas não é engraçado, e ele não é aqueles Gays escandalosos sabe? Quem ve ele acha que é um garoto normal, haha.
Hum, e caso você leia e nos ainda estejamos brigados quero que você saiba que independente do que aconteça eu sempre vou te amar! Eu posso negar quando você me perguntar, mas é mentira. Você é o meu grande amor! E depois de ontem eu tive certeza disso. Acredito que você deve estar se perguntando como eu tenho certeza, não é? Bom, eu sempre sonhei com um garoto desconhecido que me ajudava e me protegia, e ontem em um desses meus sonhos ele se revelou e adivinha? Era você! Eu sei que é estranho, mas pra mim foi como um sinal, sabe? Destino, Premonição ou Déjà-Vu.
Certo, vou parar de falar.
Com amor, sua eterna !

Ps: espero que um dia você me perdoe ;x"


Douglas terminou de ler a carta e começou a sorrir e a chorar ao mesmo tempo. Todos os seu sentimentos estavam misturados. Se ele tivesse lido a carta antes, saberia a verdade e nada disso teria acontecido. Teria acreditado em e não cairia nas armações de Kelly. Se sentiu um dos piores seres do mundo. Não sabia o que deveria fazer, quer dizer, na realidade sabia, mas tinha medo e insegurança. E se ela não aceitasse?
"Você só saberá se mandar!" uma voz ecoava em sua consciência.

", nós precisamos conversar. Me encontre na praça do centro da cidade, em meia hora. Dougie"


***


- Não acredito nisso! - falou incrédula.
- Mas é verdade. - sorriu satisfeita.
- Me conta de novo. - pediu batendo palminhas.


*Flash Back*


- , o que você acha dessa blusa? - Austin perguntava a garota enquanto estavam em uma loja do shopping.
- Hum, eu acho que você deve levar essa azul, ela vai combinar com aquela jaqueta que você comprou. - a garota sorriu.
- O que eu faria sem você? - Tin deu um beijinho na bochecha da garota e entrou no provador dando uma discreta olhadinha para o vendedor que parecia também ser meio afeminado.
- Vamos aonde agora? - perguntou ao amigo quando saíam da loja.
- Não sei eu pensei em comermos alguma coisa, o que acha? - Tin sorriu.
- Eu acho perf...Oh, desculpe! - ela falou ao esbarrar em alguém.
- Não foi nad... - a pessoa começou a responder.
- VOCÊ? - e Kelly gritaram ao mesmo tempo.
- Retiro as minhas desculpas. - falou seca.
- Como se eu precisasse delas. - Kelly disse com sua voz afeta.
- Já que você está aqui, vamos aproveitar para acertar umas coisinhas... - sorriu irônica.
- Eu não tenho nada para acertar com você. - Kelly jogou seu cabelo para trás e começou a andar.
- Ahhh, tem sim! - alcançou a garota e deu um soco no rosto dela que caiu no chão - Esse foi por mim! - falou se preparando para dar outro soco - Esse pelo Dougie! - acertou a barriga de Kelly - Esse pelos meus amigos! - deu um tapa na cara - E isso é pelo Austin! - terminou puxando um enorme tufo de cabelo de Kel.
- você vai ver. - Kelly se levantou do chão a muito custo, tamanha era a dor que ela sentia dos socos, e tapas de .
- Vou ver é? Pode vir me bater então! - abriu os braços, mas antes que Kelly pudesse dar algum tapa patty nela Austin pegou-a e colocou-a sobre seus ombros saindo com ela correndo pelo shopping antes que os seguranças os alcançassem.
- Austin, deixa eu acabar com aquela vadia! - se debatia.


* End Flash Back *

- Satisfeita? - cruzou os braços marota.
- MUITO! Ela teve o que mereceu! - gargalhava - Mas e as compras? E o Austin?
- As compras o vendedor guardou para a gente, com toda essa correria esquecemos na frente da loja. E o Tin, bom, ele foi pegar depois se é que você me entende. - piscou sapeca.
- Ele vai voltar para o Havaí? - a amiga perguntou.
- Sim, amanhã! - sorriu fraco, sentiria saudades do seu amigo gay.
- Quem é, ? - perguntou ao escutar o celular da amiga vibrar.
- O Dougie. Ele quer conversar. - falou com o olhar perdido.
- E você vai, certo? - sorriu.
- Eu deveria? - fez uma cara engraçada.
- É óbvio! Se arruma logo vai! - arrastou a amiga para o banheiro.
- Você tem certeza? - perguntou dando um último retoque na maquiagem.
- Tenho! Agora chega de enrolação e vai logo Dona ! - a empurrou.
- Espera, deixa eu pegar o moletom dele. - voltou para o quarto.
- Moletom? - a amiga arqueou a sobrancelha.
- É, ele deixou aqui no dia que me pediu em namoro e eu esqueci de devolver. - deu de ombros - O que foi?
- Esqueceu, sei. - segurou o riso.
- É verdade! - protestou.
- Eu não disse que não é. Agora vai logo sua enrolada. - empurrou a amiga para fora do quarto.


***


- Ela não vem! - Dougie batia as mãos impacientemente nos joelhos.
- Quem não vem? - uma voz afetada perguntou.
- K-kelly? - Dougie gaguejou.
- Eu mesma. - a garota sorriu - Estava esperando quem?
- Ah...ninguém. - Dougie respondeu rápido, não queria que Kelly estragasse tudo dessa vez.
- Hum, será que nós podiamos conversar? - Kelly segurou no rosto de Dougie.
- Se for rápido. - Poynter olhou para o relógio "15 minutos atrasada" pensou.
- Dougie, me desculpe. Eu não queria que nada disso tivesse acontecido. Preciso admitir, que fui eu que mandei o Austin beijar a e ele é gay, fora as vezes que a acusei, sendo que era eu quem colocava cola na minha cadeira e tudo o mais. Eu sei que errei, e eu quero o seu perdão. Acredite em mim, eu mudei. - Kelly sentou fingindo chorar.
- Tudo bem, Kel. Está tudo bem, afinal todos merecem uma segunda chance. - Dougie agachou em frente a garota.
- E nós? Merecemos uma segunda chance? - Kelly o fitou.
- Kelly eu...- não pode terminar de falar, Kelly o beijou de surpresa.

- Espero que o Dougie ainda esteja aqui...- olhava em volta - Crianças brincando no parquinho, um cachorro passeando com sua dona, um casal se beijando e...Não pode ser! Dougie? - perguntou baixinho - Foi pra isso que ele me chamou aqui? Para ver o quanto ele é feliz com essa falsa? - começou a chorar, precisava ir embora dali, sua cabeça girava.
- Não Kelly! Isso não é certo! Eu não gosto de você, eu amo a ! Desculpe. - Dougie falou - ? - ele viu a garota virando-se e indo embora - espera! - ele a chamava indo atrás dela.
- Obrigada São Pedro, só me faltava essa, começar a chover. - falava sozinha, colocando o moletom vermelho de Dougie. Suas lágrimas se misturavam com as gotas frias da chuva. Agora que ela achava que poderia ter um final feliz com o garoto que amava, ela acabara de vê-lo beijando a pessoa que mas lhe fez mal. - Como ele pode fazer isso comigo? Brincar com os meus sentimentos? - atravessava a rua sem olhar para os lados.

- Eu conheço esse moletom! É o Dougie! - Dave forçou um pouco a vista para enxergar através dos vidros embaçados do carro - É ele sim! Agora ele vai pagar por todo o mal que fez para a . - Dai não pensou duas vezes e acelerou o carro.

A única coisa que pode ver foi as luzes fortes de um carro vindo em alta velocidade em sua direção, e os gritos de Dougie a chamando.



Cap.79 *



- Alguma notícia? - perguntou chegando junto com Danny ao hospital.
- Nada. - respondeu com os olhos inchados.
- Foi tudo culpa minha. - David se lamentava - Eu achei que era o Dougie...- ele chorava desesperadamente.
- Calma, Dave. Ela vai ficar bem. - tentava acalma-lo.
- A culpa não foi sua, se ela não tivesse me visto beijando a Kelly ela não sairia correndo daquele jeito. - Dougie falou com a voz embargada.
- VOCÊ FEZ O QUÊ? - gritou - Poynter, você é um imbecil! Chamou ela para conversar, mas no fundo queria que ela visse você beijando a Kelly. - batia com força em Dougie.
- ELA APARECEU DE SURPRESA! EU NÃO TIVE CULPA! - Dougie gritava.
- Vocês podem fazer silêncio, por favor? Estamos em um hospital. - uma das enfermeias pediu.
- Desculpa. - sorriu sem graça - Eu te odeio Poynter! - ela murmurrou, apenas para Dougie.
- A Kelly nunca mais vai atrapalhar as nossas vidas! - disse.
- Como você pode ter tanta certeza, amiga? - perguntou.
- Hoje de manhã eu escutei minha mãe no telefone com meu pai, e eles decidiram mandá-la para um colégio interno na Suíça. Um dos mais rigorosos por sinal. E eles também querem que ela freqüente um psiquiatra. Agora ela vai aprender a se comportar. - sorriu fraco.
- Ainda bem, ainda bem. - falou.
- Se algo de ruim acontecer com ela eu vou me culpar para sempre. - Dave falou de repente.
- Ela vai ficar bem, vocês vão ver. - Harry tentou animar os amigos.
- Se eu tivesse escutado ela, nós ainda seriamos amigos e nada disso estaria acontecendo. - Douglas falou triste.
- Vamos parar, ok? Não adianta ficarmos se lamentando pelo passado. Vamos nos preocupar com o presente, com a que está mal. - Tom falou.
- O Fletcher tem razão. - Steve concordou.
- Olha o médico está vindo. - avisou.
- Como ela está doutor? - Steve perguntou.
- Bom, ela chegou aqui incosciente e teve uma grande perda de sangue. Tivemos que fazer uma transfusão o mais rápido possível. Mas, tudo correu bem. Ela acordou, mas quebrou o braço e terá que ficar em observação por alguns dias para nos certificarmos que não haverá complicações. - o médico disse.
- Viu, eu disse que ela ía ficar bem! - Harry abraçou .
- Nós podemos ver ela? - perguntou.
- No momento eu recomendo que apenas dois de vocês vão vê-la. - o doutor sorriu.
- Quem vai então? - Danny perguntou.
- Eu posso ir? - Dave perguntou receoso.
- Claro Dai. - Steve sorriu sincero.
- Só ele vai? - o Doutor encarou os jovens.
- Eu também vou. - Dougie disse - Er, se não tiver problema. - terminou sem jeito.
- Tudo bem, vão vocês dois. Nós ficamos aqui. - sorriu.
- Vocês dois me acompanhem por favor. - o médico falou, e os três seguiram por um longo corredor - É aqui, quarto 203. Eu só peço para que entre um de cada vez. - o homem sorriu e deixou-os sozinhos.
- Posso ir primeiro? - Dave perguntou.
- Pode. - Dougie sorriu fraco.

- Hey! - sorriu de lado.
- Hey, Pequena! Como você está? - Dai sentou-se na cadeira ao lado da cama.
- Toda quebrada, mas bem. - ela riu de leve.
- Não brinque com essa situação, . - David pediu e começou a chorar.
- Oun, baby. Eu estou bem, fora de riscos. - segurou a mão de Dave.
- Eu sei, mas só de pensar que algo de ruim poderia ter acontecido com você e por minha culpa é horrivel.
- Shiii, não se preocupe mais com isso. - a garota acariciava a mão dele.
- Me perdoa por tudo? - Dai a fitou.
- Dai, não tem o que perdoar. Esses últimos meses foram difíceis para todos, mas, tudo voltou ao normal. - falou marota.
- Eu amo tanto você! - Dai beijou a testa de que deixou uma lágrima escorrer.
- Eu também, eu também. - ela disse baixinho, beijando a mão dele.
- Acho melhor eu ir agora, tem mais alguém que quer te ver. - Dave falou - Se cuida! - ele sorriu e saiu.
- Deixa eu adivinhar quem é? Steve? - olhou para a porta entre aberta.
- Não, é o Dougie! - o garoto respondeu tímido.
- SAI DAQUI! EU NÃO QUERO VOCÊ AQUI! VAI EMBORA! - ela começou a gritar.
- Rapaz, por favor, vá embora! A paciente precisa de repouso. - umas das enfermeiras falou para Dougie enquanto outras entravam no quarto e davam uma injeção em para ela se acalmar.
- Eu sinto muito. - David colocou a mão no ombro de Poynter.
- Tudo bem, eu errei, agora tenho que pagar, certo? - ele sorriu fraco.
- Me desculpa dude. - Dai abraçou o amigo.
- Está desculpado já. - Dougie deu alguns tapinhas nas costas de Williams.

Uma semana havia se passado e estava recebendo alta.

- Ah, finalmente eu vou embora! - falava feliz para Kirsten, a enfermeira que cuidara dela enquanto esteve internada.
- Espero que você volte para nos visitar. - Kirsten falou enquanto ajudava a garota a arrumar a mala.
- Kiki, eu prometi, e vou cumprir! Juro! - beijou os dois dedos indicadores.
- Acho bom mesmo. - a mulher fez cócegas nela - Está tudo pronto, agora é só esperar a sua carona.
- Tomara que não tenham esquecido. - mordia o lábio inferior com força.
- , de todos os pacientes internados, você foi a que teve mais visitas. Realmente você tem amigos sinceros e verdadeiros. - Kirsten sorriu.
- É, eu tenho, né? - sorriu de lado.
- E o menino das rosas azuis? - Kiki perguntou marota.
- O que tem? - a encarou.
- Você não vai perdoá-lo?
- Eu queria, mas não sei se consigo... - a garota suspirou.
- Você o ama! E o amor supera tudo, querida. - Kirsten a abraçou.
- Com licença. - bateram na porta.
- O que você faz aqui, Poynter? - o encarou séria.
- Vim te buscar.
- Não, obrigada. O Steve é quem vem me buscar. - ela cruzou os braços e sentou-se no sofá que tinha no quarto.
- Ele não pode vir e me pediu para buscá-la. - Dougie disse sério.
- Então eu vou ligar para o Dave vir. - tirou o celular da bolsa.
- Ele está ocupado. - Poynter já estava se irritando.
- Como você sabe? - arqueou a sobrancelha.
- deixa de ser teimosa e vem comigo. - Douglas puxou-a.
- Boa sorte, querida. - Kiki piscou, e sorriu sem graça.

- Você não vai falar nada? - Dougie perguntou, não aguentava mais aquele silêncio.
- Não tenho nada para falar. - virou para a janela.
- Ok, você é quem sabe. - Poynter deu de ombros e ligou o rádio.

"But your teacher preaches class like you're some kind of jerk
(Mas seu professor dá aula como se você fosse um tipo de idiota)
You gotta fight for your right to paaaaaaaaaaaaaarty!
(Você tem que lutar, pelo seu direito, de festejaaar!)
You pop caught you smoking - and he said, "No way!"
(Seu pai te pegou fumando - e ele disse "Nem pensar!")
That hypocrite - smokes two packs a day
(Aquele hipócrita - fuma dois maços por dia)
Man, living at home is such a drag
(Cara, viver com seus pais é uma merda)
Now your mom threw away your best porno mag [Busted!]
(Agora sua mãe jogou fora sua melhor revista pornô [No flagra!])"

Ao escutar a música começou a chorar baixinho, por que as coisas tinham que ser assim? Por que essa maldita música tinha que tocar e fazê-la lembrar do dia em que Dougie a levou escondido no Shopping já fechado?
Douglas percebeu, mas disfarçou e continuou a batucar a mão no volante ao ritmo da música e a cantá-la baixinho.
O resto do caminho seguiu assim, com a garota chorando e Dougie querendo abraçá-la e dizer que estava tudo bem.

- Chegamos. - ele falou estacionando o carro e olhando-a pelo canto do olho.
- Obrigada. - disse com a voz embargada, saindo do carro.
- , espera. - Dougie a chamou.
- Sim? - ela respondeu sem encará-lo.
- Toma. - o garoto entregou um pedaço de papel para ela - Por favor, leia. - ele sorriu fraco e ela apenas balançou a cabeça em afirmação, pegando suas malas logo em seguida e entrando em casa.



Cap.80 *



- Querida, que saudades! - a mãe de a abraçou.
- Como você está? - o pai perguntou passando a mão delicadamente no rosto da filha.
- Bem. - ela sorriu.
- Nós viemos o mais rápido possível. - a mãe disse.
- Eu sei. - falou.
- Nós pensamos que iriamos te perder. - o pai disse com a voz trêmula.
- Hey, eu estou bem. É sério. Chega de choradeira. - falou enxugando os olhos marejados.
- Certo! Agora suba e vá se arrumar, temos uma supresa para você. - a mãe disse limpando o rosto molhado.
- Surpresa? - enrugou a testa.
- Sim, mais ande logo! - o pai beijou a testa da filha.

entrou no seu quarto e viu que em cima da cama havia um vestido rosa tomara que caia, com alguns cristais dando forma a pequenas borboletas, uma sandália prata de salto fino e uma tiara igual a de uma princesa.

- Parecido com o meu sonho. - ela sorriu sozinha.


***


- Ela não desconfiou de nada? - Steve perguntou a Dougie.
- Se desconfiou disfarçou muito bem. - Poynter respondeu.
- Espero que ela continue lerda. - Dave comentou e os outros dois riram.
- Hey, você três! Não é hora de bater papo. Vamos! Andem logo! Precisamos terminar isso antes que a chegue! - chamou a atenção dos amigos.


***


- Uau, você está linda! - Brit comentou ao ver descer as escadas.
- Obrigada. Mas, vejo que não sou só eu quem me produzi, huh? Aonde vamos? - fitou os pais.
- Segredo. - o pai piscou e todos entraram no carro.


***


- Está tudo certo? Não esqueceram de nada? - perguntava ansiosa.
- você já perguntou isso umas dez vezes em menos de cinco minutos. - falou.
- Desculpa, mas eu estou nervosa. - respondeu.
- Silêncio, ela chegou. - cochichou.
- Alguém quer me contar onde estamos e por que eu tenho que usar essa venda? - perguntava impaciente, queria saber o que estava acontecendo.
- Quando contarmos até três você pode tirá-la. - a mãe sussurou.
- 1,2,3! -os pais da garota contaram.
- Surpresa! - todos falaram, e não pode conter as lágrimas. Todos os seus amigos estavam no salão de festas do clube da cidade, e haviam preparado uma festa de boas vindas para ela. A emoção era tanta que a garota se perdeu nos detalhes. Globo de luzes, DJ, bexigas em forma de coração, nas cores rosa, lilás e prata, uma mesa farta de seus doces preferidos, fora as faixas que diziam: "Seja Bem-Vinda", "Sentimos a sua falta", "Uma vez Pequena, sempre Pequena", "Nós amamos você", "Nos desculpe".
- Gostou? - as amigas abraçaram-na.
- Eu amei! Vocês são os melhores amigos que alguém pode ter. - controlava o choro.

- Boa noite! Gostaria de pedir a atenção de todos, por favor. - Steve subiu no palco do local - Obrigado. Bom, como todos sabem minha irmã sofreu um acidente, mas graças a Deus e aos médicos ela está bem. Eu, em nome de todos os amigos dela gostaria de pedir desculpas pelos erros que cometemos. Todos nós erramos e sabemos disso. Mas, quem não erra? Somos seres humanos! - sorriu tímido - , ESSA É PRA VOCÊ! - Steve gritou e ele, Hall, Leonard, Bourne e Williams começaram a cantar.

"It's more than a habit
(Eu sou mais, do que um hábito)
I'm more than an addict
(Eu sou mais, do que um vício)
I'm parked here outside of you door
(Eu estou estacionado aqui na porta da sua casa)
Know you never lock it
(Você sabe, você nunca tranca)
Got your keys in my pocket
(Tenhos suas chaves no meu bolso)
Lights all out
(Luzes todas apagadas)
But I know for sure I am...
(Mas eu tenhho certeza, eu tenho...)

Ten steps away from you
(Dez passos de distância de você)
From you and him
(De você e dele)
Redemption, it that a sin?
(Redenção, isso é um pecado?)

I'd never run him over
(Eu nunca atropelaria ele)
I wouldn't wanna dent my car
(Eu não ia querer amassar meu carro)
I'd never rip your throat out
(Eu nunca ia cortar sua garganta)
Cos that could leave a nasty scar
(Porque isso deixaria uma cicatriz feia)
So I'm gonna go out
(Então eu vou sair)
Get drunk with my friends
(Me embebedar com os meus amigos)
Try to get myself outta this funk
(Tentar me tirar dessa fossa)
I'd never screw my life up
(Eu nunca vou acabar com a minha vida)
Because of how sick you are
(Por causa dessa loucura)


Ao escutar o refrão teve certeza de que quem escrevera a letra fora Dave e agora sim ela acrediatava que ele realmente a amava.

You walk by the river
(Você anda ao lado do rio)
As you start to shiver
(Assim que você comece a tremer)
Two headlights are following you
(Dois feixes de luz estão te seguindo)
As he pulls you closer
(Assim que ele te puxa pra perto)
My engine's ticking over
(Meu motor começa a arrancar)
It's my choice
(É minha escolha)
To do what I do
(Fazer o que eu quiser fazer)

I'm talking about a split decision
(Eu estou falando sobre uma decisão dividida)
Made in anger, you know?
(Feita com raiva, sabe?)
I'm talking something that could change my life forever
(Eu estou falando de algo que pode mudar minha vida pra sempre)
Is it worth it? No
(Vale a pena? Não)
Is it worth it? No
(Vale a pena? Não)
Should I stay here and watch the show?
(Eu deveria ficar aqui e assistir o show?)
Or maybe...it's time to go
(Ou talvez...é hora de ir)

I'd never run him over
(Eu nunca atropelaria ele)
I wouldn't wanna dent my car
(Eu não ia querer amassar meu carro)
I'd never rip your throat out
(Eu nunca ia cortar sua garganta)
Cos that could leave a nasty scar
(Porque isso deixaria uma cicatriz feia)
So I'm gonna go out
(Então eu vou sair)
Get drunk with my friends
(Me embebedar com os meus amigos)
Try to get myself outta this funk
(Tentar me tirar dessa fossa)
I'd never screw my life up
(Eu nunca vou acabar com a minha vida)
Because of how sick you are
(Por causa dessa loucura)"


- Obrigado! - Dave falou quando terminaram - desculpa e Jazzie, Eu amo você! - ele gritou e riu. Dai havia encontrado alguém para ele, e ela era nada mais nada menos que a irmã de Dougie, sua cunhada. "Que hilário!" pensou.

- Agora com vocês McFLY, a mais nova banda! - Tom falou.
- Com contrato! - Danny gritou e Dougie deu um pedala nele.
- O que é? É verdade, oras! - Jones deu de ombros - Quem quiser nos chamar para fazer shows, fale com o nosso produtor! - Danny deu seu melhor sorriso e todos riram.
- Obrigado pela propaganda Danny! - Dougie riu, e olhou para Harry que começou a contagem com as baquetas.

"I never meant the things I said
(Eu nunca quis dizer as coisas que eu disse)
To make you cry, can I say I'm sorry?
(Para fazer você chorar, Posso dizer que eu sinto muito?)
It's hard to forget and yes I regret
(É difícil esquecer e sim, eu me arrependo)
All these mistakes
(De todos esses erros)

I don't know why you're leaving me
(Eu não sei por que você está me deixando)
But I know you must have your reasons
(Mas eu sei que você deve ter suas razões)
There's tears in your eyes, I watch as you cry
(Há lágrimas em seus olhos, Eu assisto enquanto você chora)
But it's getting late
(Mas está ficando tarde)

Was I invading in on your secrets?
(Eu estava invadindo os seus segredos?)
Was I too close for comfort
(Eu estava perigosamente perto?)
You're pushing me out
(Você está me afastando)
When I'm wanted in
(Quando eu quero entrar)
What was I just about to discover?
(O que eu estava a ponto de descobrir?)
When I got too close for comfort?
(Quando eu cheguei perigosamente perto?)
And driving you home
(Levando você para casa de carro)
Guess I'll never know
(Acho que nunca saberei)

Remember when we scratched our names
(Lembra quando nós escrevemos nossos nomes)
Into the sand and told me you loved me?
(Na areia e você me disse que me amava?)
And now that I find that you've changed you mind
(E agora que descubro que você mudou de idéia)
I'm lost for words
(Estou perdido nas palavras)

And everything I feel for you
(E tudo que eu sinto por você)
I wrote down on one piece of paper
(Eu escrevi em um pedaço de papel)
The one in your hand, you won't understand (Esse na sua mão, você não entenderá)
How much it hurts to let you go
(O quanto dói te deixar partir)


chorava mais com cada parte da música, mas essa que falava do papel chamou a sua atenção. Lembrou de mais cedo quando Dougie a deixou em casa e lhe entregara um papel, que nem tivera tempo de ler, mas agora ela sabia o que tinha escrito nele. Eram todos os sentimentos de Dougie, as suas desculpas.
Ele realmente estava tentando de tudo para tê-la de volta, e ela sentiu que a música foi a última tentavia. Ela não poderia deixá-la escapar.

Was I invading in on your secrets?
(Eu estava invadindo os seus segredos?)
Was I too close for comfort
(Eu estava perigosamente perto?)
You're pushing me out
(Você está me afastando)
When I'm wanted in
(Quando eu quero entrar)
What was I just about to discover?
(O que eu estava a ponto de descobrir?)
When I got too close for comfort?
(Quando eu cheguei perigosamente perto?)
And driving you home
(Levando você para casa de carro)
Guess I'll never know
(Acho que nunca saberei)

All this time you've been telling me lies
(Todo esse tempo você esteve me dizendo mentiras)
Hidden in bags that are under your eyes
(Escondidas em bolsas que estão debaixo dos seu olhos)
And when I asked you I knew I was right
(E quando eu perguntei, eu sabia, eu estava certo)

But if you turn your back on me now
(Mas se você descontar em mim agora)
That I need you most but you chose
(Quando eu mais preciso de você)
To let me down, down, down
(Mas você só me desaponta, desaponta, desaponta)
Wont you think about what you're about
(Você não vai pensar no que está a ponto)
To do to me and back down?
(De fazer comigo, e voltar atrás?)

Was I invading in on your secrets?
(Eu estava invadindo os seus segredos?)
Was I too close for comfort
(Eu estava perigosamente perto?)
You're pushing me out
(Você está me afastando)
When I'm wanted in
(Quando eu quero entrar)
What was I just about to discover?
(O que eu estava a ponto de descobrir?)
When I got too close for comfort?
(Quando eu cheguei perigosamente perto?)
You're pushing me out
(Você está me afastando)
When I'm wanting in
(Quando eu quero entrar)

Was I invading in on your secrets?
(Eu estava invadindo os seus segredos?)
Was I too close for comfort
(Eu estava perigosamente perto?)
You're pushing me out
(Você está me afastando)
When I'm wanted in
(Quando eu quero entrar)
What was I just about to discover?
(O que eu estava a ponto de descobrir?)
When I got too close for comfort?
(Quando eu cheguei perigosamente perto?)
And driving you home
(Levando você para casa de carro)
Guess I'll never know
(Acho que nunca saberei)


- Pequena, nós te amamos! - Danny gritou e receberam várias palmas pela música. Todos haviam se emocionado e chorado com a sinceridade transmitida pela letra.

"Me perdoa?" foi a mensagem que recebera após o pequeno show particular que tivera.

"Eu seria uma boba se não perdoasse." ela respondeu.

- Acho bom que reconheça! - Dougie sussurou no ouvido dela, fazendo com que os pelos da nunca arrepiassem.
- Convencido. - ela deu um tapinha no braço dele.
- Você que me deixa assim! - ele sorriu e a beijou apaixonadamente - Eu te amo!
- Eu também. - o abraçou forte e voltaram a se beijar calorosamente, as pessoas presentes no local batiam palmas e assobiavam. As bexigas presas ao teto foram soltas e caíram sobre os dois que pausaram o beijo e olharam sorrindo para cima, voltando a se beijar logo em seguida.

Um ano depois...

Ver o pôr do sol e sentir aquela brisa fresca bater em sua face, era a melhor coisa que podia presenciar. Realmente a represa de Saint Hivan lhe trazia boas lembranças. De repente, a garota começou a pensar em como havia chegado a ponte que ligava-se a caixa da água da represa. Não lembrara de ter caminhado até lá ou ter pego alguma carona. Pensou e pensou, mas nada. Não adiantava. Resolveu não se importar, afinal já estava ali. Escutar e ver as gaivotas que por ali passavam era algo mágico. Seria tão bom se tivesse papel e caneta para escrever todas as suas sensações presentes. Mas, como não tinha, decidiu sentar-se e observar aquela paisagem maravilhosa. Porém a brisa começou a ficar mais forte, e a garota colocou as mãos nos bolsos do casaco, afim de esquentá-las e ao fazer isso percebeu que dentro de um deles econtrava-se papel e caneta. Como vieram parar ali dentro? Nem ela sabia. Parecia que alguém escutara seus pensamentos e fizera surgir os objetos. Começou a escrever quando sentiu alguém tocar seu ombro, olhou para cima e viu Dougie sorrindo feliz para ela. Aqueles olhos azuis brilhavam mais com o reflexo do sol, fazendo um ótimo contraste com a pele clara do garoto. Ele estendeu-lhe a mão e ela segurou-a. Abraçaram-se e ficaram observando o sol se pôr.

- Eu vou amar você para sempre! - Dougie beijou carinhosamente o topo da cabeça de .
- Eu também! Por toda a eternidade! - ela o abraçou mais forte e sorriu.

Tudo pareceu uma espécie de Déjà-vu, ou poderia ser mesmo obra do destino. De qualquer forma, isso não importava mais, afinal, ela havia superado os seus medos e encontrado o garoto dos seus sonhos.

"Times like these we'll never forget
(Tempos como esses nós nunca esqueceremos)
Staying out to watch the sunset
(Ficar fora para assistir o pôr-do-sol)
I'm glad I shared this with you
(Estou contente que compartilhei isso com você)
You set me free!
(Porque você me liberta!)
Showed me how good my life could be
(Me mostrou quão boa minha vida podia ser)
How did this happen to me?
(Como isso aconteceu?)"

McFLY - No Worries



FIM!




*_Baby's acabou!
Eu estou feliz e triste ao mesmo tempo. TOH virou minha xodó, parte da minha vida. Aprendi muito escrevendo ela. Eu só tenho a agradecer a todas vocês (não vou citar nomes porque tenho medo de esquecer alguém =/)! Aquelas que acompanharam a Fic desde o começo e me ameaçavam, elogiavam e brigavam comigo pedindo att! OBRIGADA MESMO! Se não fossem vocês eu teria desistido. Eu chorei escrevendo o final, afinal, era 01:50 da manhã. Eu já tinha ficado o dia inteiro terminando ela, ou melhor, reescrevendo VÁRIAS vezes os últimos capítulos, então minha saniedade mental já estava abalada com tantas brigas e vontande de bater na Kelly e no Dougie ;x!
Espero que vocês tenham gostado =)! E mais uma vez MUITO OBRIGADA!
Foi graças a TOH, que eu pude conhecer vocês, e bater altos papos na Tag do FFADD e no MSN! ;D~*
Amo todas vocês, do fundo do meu coração s2!

*_ Uma parte em especial de agradecimentos para a Sally, minha beta linda =)~* Obrigada por me aturar e me incentivar a continuar com TOH até o final. Adoro muito você baby ;] ~*
E para a Clarinha! Yeah, não esqueci de você Dylana =P~* Obrigada por vir falar sempre comigo no MSN e por ter se tornado uma das minhas grandes amigas, mesmo a distância. E muitas fics juntas virão! Pode ter certeza! Adoro-a³³²²³ ~*

*_ Agradeço também Mamãe e Papai por fingirem que acreditavam que eu estava indo de madrugada ao banheiro e "NÃO" indo dormir por ficar escrevendo Trap Of Heart =P~*

*_E para finalizar, não posso deixar de agradecer ao McFLY, por ter tornado a minha vida perfeita! E em especial o Dougie, hahaha! Ok, cala a boca Juliana =P~*

*_Quem quiser me adicionar no MSN fique a vontade: juju_crazy_@hotmail.com

*_ See ya! ;*jinhos ~*

Minhas Fics (McFLY):
* Stop! You Are Dangerous! (finalizada) - parceria com Vivi's e Carol Cunningham
* Heart Of Glass (em andamento) - parceria com Clarinha
* Show Business / Biz (finalizada na parte de: Hein?) - parceria com Clarinha
* Trap Of Heart (finalizada)



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