‘Pai?’ Perguntei ao entrar em casa. Ninguém respondeu. Fui até a cozinha e vi que o fogão estava fechado. “Droga” Murmurei. Meu pai nunca foi de deixar comida pronta, mesmo quando eu pedia ele fazia o favor de esquecer. Bom, meu nome é e sim, eu sou filha do Neil. Eu sei que muitas meninas gostariam de estar no meu lugar por causa das bandas que meu pai cuida, mas acreditem, não lá a melhor coisa do mundo. Ele nunca está em casa, e nunca tem tempo pra mim. Não tenho irmãs e minha mãe morreu quando eu nasci, então, eu posso dizer que vivo praticamente sozinha. Eu só vejo o meu pai quando ele resolve me levar ao trabalho dele e isso quase nunca acontece porque eu também tenho minha vida não é? Minha escola, meus amigos, e todas as outras coisas que uma adolescente normal tem. Mas ai que está o problema, eu não sou uma adolescente normal, pelo menos não na escola. Eles gostam de me tratar como realeza lá, não que eu não goste disso mais enche sabe? As pessoas ficam te paparicando e nunca deixam de sorrir quando você passa, mesmo que tenham que sorrir falsamente.
Peguei o telefone e disquei o número do celular do Papai.
‘?’ Ouvi ele perguntar do outro lado da linha.
‘Oi Pai’ Respondi meio desanimada.
‘Como você ta?’ Eu pude ouvir muitas vozes ao fundo, provavelmente ele estava em alguma reunião.
‘Eu to bem. Pai, eu te ligo mais tarde, você está em reunião!’ Disse desanimada e pude ouvir ele pigarreando.
‘Não, venha para cá, eu quero te apresentar uma nova banda’ Lá vem meu pai com essa historia, é sempre assim, ele me apresenta uma nova banda que ele vai cuidar e pergunta se eu to pronta pra seguir a mesma carreira que ele. Qual é? Ele realmente acha que eu vou ser baba de uma bandinha de meia tigela? HAHAHA! Pobre Papai. Troquei o uniforme do colégio por uma roupa simples e fui até o trabalho do Papai.
Cheguei lá e vi Lucy mexendo em algumas papeladas.
‘Oi Lucy’ Falei animada apoiando no balcão da recepção.
‘, não se apóie no balcão’ Ela falou colocando as mãos na cintura. Lucy era uma pessoa legal, tinha a idade do meu pai, e eu a considerava minha mãe.
‘Oh. Me desculpe’ Desci sorrindo e ela sorriu balançando a cabeça.
‘Seu pai está te esperando na sala 3’ Ela voltou e mexer nos papeis e eu fui até a tal sala 3.
Porque esses corredores são tão grandes? Olha, eu ainda to na porta 1 e eu já andei um bocado do elevador pra cá....Ah, achei. Abri a porta e dei de cara com Papai e mais quatro garotos bem...erm...bonitos. Eles me olharam imediatamente e eu senti as minhas bochechas esquentarem.
Provavelmente eu estou parecendo um pimentão, me sentei na cadeira oposta dos meninos, do lado do Papai, e ele me apresentou.
‘Bom, essa é a minha filha, ’ Ele disse e os meninos sorriram. ‘Esses são ’ Papai apontou o mais bonito. ‘’ Bonitinho. ‘’ Que olhos... ‘E ’ Que braços são esses? Ri de mim mesma, e todos me olharam, fiquei sem graça e resolvi cumprimenta-los.
‘Oi’ Disse tímida.
‘Oi’ Eles responderam.
‘Bom, , você será a nova responsável pelo McFly’ Oh sim! A Banda deles se chama McFly, nome bem sugestivo... PERAI! EU VOU CUIDAR DELES? O QUE? Olhei para o meu pai com os olhos arregalados e vi ele sorrindo. Que vontade de dar um soco nele agora.
‘Mais pai eu...’ Sabe, eu tenho minha vida e não vou cuidar de quatro garotos lindos, maravilhosos. Não mesmo.
‘Não aceito um não . Você já ta quase terminando o colegial, não tem porque não arranjar um trabalho’ Foi a ultima coisa que ele falou antes de me deixar sozinha com aqueles quatro seres estranhos.
Me virei e vi eles conversando animadamente sem sequer notarem minha presença. Bufei. Ótimo, cuidar de quatro panacas e ainda agüentar o colégio. Oh deus, o que eu fiz para merecer? Olhei para eles e dei um tapa na mesa fazendo com que eles me olhassem imediatamente. Se eles pensam que podem mandar em mim e fazer o que quiserem, coitados! Eu vou ser a pior baba do mundo dessa bandinha de nome esquisito.
‘Então galera o negocio é o seguinte, eu não quero isso. Eu não queria cuidar de vocês. Eu tenho minha vida, meus amigos, colégio, namorado e uma vida que não merece ser desperdiçada cuidando de uma bandinha que tem o nome mais estranho do mundo’ Ok, eu não deveria ter dito isso. Eles me olharam com tanta raiva que se olhar matasse, eu estaria mortinha da silva.
‘McFly não é esquisito’ Disse o menino dos olhos lindos. Como é o nome dele? Oh sim, .
‘Que seja’ Revirei os olhos. ‘Eu nem sei o que meu pai faz’ Suspirei e me sentei na cadeira. Eles se entreolharam e riram. E claro, eu não entendi NADA.
‘Você só precisa ficar cuidando da gente lá em casa’ Disse o tal do . O QUE? FICAR NA CASA DELES? EU NÃO VOU SER DOIDA A TAL PONTO.
‘Vocês estão falando sério?’ Perguntei meio assustada e eles concordaram. Cara, eu ia mesmo morar com eles, que pesadelo.
1 semana depois...
‘SAI DAQUI ’ Gritei.
‘Mas...’ Ele começou e eu taquei uma almofada na cara dele.
‘Eu não quero saber, sai de perto de mim’ Cruzei os braços e sentei no sofá olhando fixamente para a televisão.
‘Você é uma pessoa má’ Ele começou a fingir que estava chorando. Poxa, parece tão real. Eu fui até ele e enchi o rosto dele de beijos.
‘AHÁÁÁ’ Ele gritou e começou a fazer cócegas em mim de novo. Quando eu falo pro que eu vou matar o ele não acredita, mas eu ainda vou fazer isso e pobre daquele que tentar me impedir. Os meninos saíram e sobrou pra mim cuidar dessa peste. Quando ele finalmente parou eu já tava quase sem ar.
‘NÃO QUERO MAIS FALAR COM VOCÊ’ Gritei e subi pro meu quarto.
Nessa ultima semana tudo tinha sido estranho, eu conheci eles e a gente já parecia irmãos. Eu tinha que acordar todos, fazer comida, lembrar eles dos compromissos, TUDO era eu. Mais eu gostava disso, eles eram as melhores pessoas que eu pude conhecer e eu não sentia falta de sair com meus amigos e namorado. Me joguei na minha cama, e quando eu tava pegando no sono ouvi alguém bater na porta. Me virei lentamente e vi adentrar o quarto. Bufei e enfiei minha cara no travesseiro de novo.
‘...eu tava só brincando...’ Ele começou e eu olhei pra ele.
‘Não quero saber’ Virei o rosto novamente e fechei os olhos. Era impressão minha ou ele acariciava minhas costas? Mordi o lábio e involuntariamente sorri. Ele beijou meu pescoço e eu virei olhando diretamente nos olhos dele. Ele estava sorrindo. Me apoiei nos braços ficando mais perto dele.
‘Não provoca...’ Supliquei e ele gargalhou. Se deitou por cima de mim devagar e me beijou. Eu senti tudo parar, eu não conseguia ouvir nada, sentir nada mais alem dele, se eu não estivesse deitada eu poderia ter desmaiado. Ele olhou para mim novamente e eu sorri vendo ele sorrir em seguida. Ouvimos alguém bater na porta e pulou da cama indo até a gaveta de Cd’s. Eu me levantei tão rápido que quase acabei caindo. Fui até a porta e a abri.
‘Oi Pai’ Sorri meio forçado e ele entrou no quarto sorrindo vendo mexer nos meus Cd’s. olhou para o Papai nervoso e sorriu.
‘Eu não acho o meu Cd dos Beatles, vim pegar o da ’ Ele disse e Papai balançou a cabeça concordando. Eles começaram um papo sobre a gravadora e essas coisas, eu desci e me joguei no sofá. Como foi que eu deixei isso acontecer? Eu só conheço ele a uma semana e eu tenho um namorado. Droga! Soquei o sofá e resolvi sair um pouco.
Coloquei o primeiro casaco que vi e pude sentir o cheio do perfume do ali, não me importei e vesti o longo casaco. Sai de casa e coloquei a toca, estava bastante frio. Caminhei até um café que Lucy sempre freqüentava. Entrei e a vi lá no fundo. Era realmente o que eu precisava. Fui até ela e me sentei, vi ela sorrir e retribui.
‘O que te traz aqui moçinha?’ Ela perguntou e eu fiz uma careta.
‘Preciso de alguém pra me ouvir...’ Falei olhando pros meus próprios pés.
‘Pode contar...’ Ela falou e eu comecei a contar tudo, desde o começo, até o que tinha acabado de acontecer em casa. Ela ficou bastante surpresa e eu percebi que ela também não achava aquilo certo.
‘Eu não acho isso certo...’ Eu não disse? ‘...vocês acabaram de se conhecer...’ Isso eu sei. ‘... e você sabe que não é amiga deles...’ Mentira! A gente se tornou muito amigos. ‘...você só trabalha pra eles.’ Wow! Me chamou de empregada.
‘Eles são meus amigos Lucy, uma semana pode não ser muita coisa mas eu já considero eles como irmãos.’ Eu falei e ela sorriu docemente pra mim.
‘Eu sei querida.’ ODEEEEIO quando me chamam assim. ‘Mais as coisas não são assim...’ Lá vem a bronca. ‘Seu pai não ia gostar de ficar sabendo uma coisa dessas.’ Ela falou e eu arregalei os olhos.
‘VOCÊ VAI CONTAR?’ Gritei e ela balançou a cabeça negando. Ufa! ‘Obrigada Lucy’ Me levantei e a abracei. ‘Agora eu tenho que ir...’ Falei acenando para ela e saindo de lá. Poxa, eu me senti bem melhor.
Cheguei em casa e vi algumas malas em cima do sofá. Quem iria viajar? Subi as escadas e vi meu Pai mexendo nas minhas coisas.
‘Pai...o que houve?’ Perguntei e ele olhou para mim triste.
‘Sua escola vai ser transferida para o Canadá, quero que você vá para lá’ Ele falou e eu senti meu mundo acabar.
‘Mas...’ Eu olhei desesperada para ele que balançou a cabeça. ‘Quando eu vou?’ Perguntei e ele me entregou a passagem.
‘Hoje’
Acho que vocês podem imaginar como eu estou me sentindo agora não é? Eu acabei de entrar no táxi e consigo ver meu pai e meus melhores amigos se afastando devagar. Eu ia começar uma nova vida mas quem disse que eu queria? A única coisa que eu queria, era estar perto do dele novamente.
‘, É A ULTIMA VEZ QUE EU VOU TE CHAMAR’
deu um pulo e bateu a cabeça na prateleira que ficava acima de sua cama.
‘Minha nossa’ Resmungou. ‘Que sonho doido’ Passou a mão na cabeça e pegou o telefone.
‘?’ Gritou e percebeu que a amiga riu do outro lado.
‘’ gritou no mesmo tom e riu.
‘Eu tive um sonho MALUCO’
‘O que foi dessa vez?’ perguntou. E sorriu.
‘Eu era filha do Neil’
FIM!
N/A: Não ficou nada boa, e eu não gostei :x mais tá ai pra quem quiser ler *-*