By: Nati
Script: Marry
1° Capítulo da minha fic nova que no momento se chama ULTRAVIOLET, sim é em homenagem á musica dos meninos que o Tom disse que adora. Achei legal fazer uma já que a HIPNOTIZED não vai dar muito certo. E esse nome é provisório também, descobri que a fic não tem nada a ver com a letra de ULTRAVIOLET... Mas podem ler que esta... Grande xP
null acordou com o som do despertador na mesinha de cabeceira do lado de sua cama. Mais um dia de aula, contava os dias pra que esse ano terminasse, a vida dela não estava sendo nem um pouco boa com ele aquele ano. Ela não conseguiu deixar de ignorar o despertador, convenhamos que é dificil, ainda mais quando jogamos ele no chão e parece que ele fica mais alto. Ela resmungou um pouco, pegou o despertador do chão, desligou e o deixou de novo em cima da mesinha. Cambaleou até o seu guarda-roupa, era dificil acordar de manhã todos os dias, quem estuda nesse horário sabe. Pegou sua roupa que já estava no lugar certo desde a noite seguinte e andou até o banheiro. Acendeu a luz fazendo com que os olhos se irritassem, ela reclamou. Fez o que tinha que fazer e desceu as escadas pro café da manhã. Estava uma bagunça la.
“Filha, eu vou ter que ficar até tarde no trabalho hoje, não vou poder voltar pro almoço e acho que nem pra janta.” – a mãe avisou ela, deu um beijo na filha e saiu pela porta.
Era sempre dificil, ela sabia porque a mãe fazia isso, pra fugir do pai dela. O casamento deles estava meio abalado desde que eles se mudaram pra Inglaterra, Bolton pra ser exato. Sua mãe ia pro trabalho e ficava até tarde quando sabia que o marido já estaria na cama. Os pais pensavam que null não sabia, mas estava sempre atenta a conversa dos dois, muitas vezes era uma gritaria.
null abriu a porta da geladeira pra pegar o leite, pegou o cereal e um pote e misturou o leite junto ao cereal no pote. Pegou uma colher na gaveta e olhou pro relógio, ainda não sabia como acordava tão cedo sabendo que as aulas começavam em outro horário. Ouviu o pai descendo a escada.
“Não vou poder vir pro jantar querida, tem dinheiro pra você ir comer em outro lugar se quiser debaixo do vaso. Hoje eu tenho uma reunião importante, tomara que eu seja promovido!” – o pai falou com entusiasmo.
“A mamãe também não vem pro jantar, disse que vai ficar até tarde lá.”
“Bom já vou indo.” – deu beijo na filha e saiu pela porta ignorando o que ela havia dito.
Ela não ligava pra isso, às vezes ela mesma fazia isso quando os pais falavam com ela. Terminou de comer o cereal, pegou a mochila e foi andando pra escola. Não gostava de muito barulho de manhã, por isso ia sozinha pelas ruas (também, quem mais estaria acordado as 6 e meia da manhã andando nas ruas em direção a uma escola? Nem os alunos haviam acordado.)
null parou num parque que tinha perto da escola, sentou num dos bancos e esperou dar a hora certa pra entrar na escola. Como sempre, pegou seu caderno e começou a escrever alguma coisa, ela fazia isso sempre que podia, era uma coisa que ela gostava, escrever coisas num papel, mesmo que ela fosse jogar fora, mesmo que o que ela escrevesse não tinha tanta importância. Perdeu a noção do tempo escrevendo.
“Não vai entrar?”
“Que susto null!” – null gritou.
“Escrevendo de novo? Você não cansa?”
“Às vezes. Que horas são?”
“Faltam quinze minutos pra bater o sinal.”
“Você chegando nesse horário na escola? Surpreendente!” – ela disse irônica.
“Sempre tem a primeira vez pra tudo minha linda.”
“Então vamos entrar, tenho que pegar uma tarefa com a null.”
null conheceu null quando acabava de se mudar pra sua casa. Ele estava andando ali perto e viu ela carregando uma caixa, se ofereceu pra ajudar com a mudança. Desde então eles se falam sempre, null é seu refugio quando precisa do colo de alguém.
“null! Preciso do seu dever de história.”
“Pega la na minha bolsa!”
“Anda logo com isso null porque eu preciso também!” – null avisou.
Mais um dia de aula, é... ainda bem que faltava pouco pro ano terminar. Não sabia como tinha agüentado até agora. Ah! É mesmo, os amigos. Lindérrimos do jeito que eles são, super companheiros, não tem como se perder no meio de tantos problemas. Ficava feliz sempre que lembrava deles.
“E então, vai fazer o que hoje?” – null perguntava pra null enquanto as duas voltavam pra casa.
“Acho que vou passar naquela loja da semana passada pra comprar meu violão.”
“Legal! Eu passo na sua casa e a gente vai junto ta? Vou ficar namorando uns violões por lá também.”
“Sei... Violões...”
“Claro! Você sabe que eu só tenho olhos pra isso!”
“Então ta.” – null disse rindo. – “Passa em casa lá pelas duas.”
“Passo!”
“Até mais então!”
Se despediram e cada uma foi pra sua casa. Não moravam muito longe uma da outra. null foi a primeira amiga que a null fez no momento em que entrou na escola. Conforme null dizia, não se enturmara com ninguém da escola porque ainda não havia encontrado sua alma gêmea, é... null era sua alma gêmea, não do jeito que você está pensando. Elas se completam, mas, na amizade. Gostam das mesmas coisas, e uma sempre ajudou a outra, é pra isso que amigos servem. Desde que se tornou amiga da null, elas não saiam um diazinho separadas uma das outras. Então conheceram a null e a null, foi o que faltava pro quarteto formar... Um quarteto. Estavam precisando mesmo de uma amiga mais inteligente, e outra, mais criativa.
null chegou em casa, jogou suas coisas no sofá e ligou a TV. O que ela ficaria fazendo até as duas da tarde? Começou a assistir um filme a adormeceu no sofá.
“ANDA LOGO null!” – null ouviu null gritando na porta da casa.
“Não...” – ela murmurou com o rosto enterrado no travesseiro.
“Você almoçou?”
“Não...”
“Então anda logo! Eu te alimento!”
“Não...”
“Como não?!”
“Eu to com sono!”
null andou até o sofá que null estava deitada. Viu a amiga deitada de bruços... Não pensou duas vezes quando pulou em cima dela.
“Ai sua vaca!” – null reclamou assim que null saiu de cima dela.
“Vai logo trocar de roupa porque seu violão não vai ficar esperando por você!”
“Tá bom mãe!” – null brincou e null deu língua pra ela.
“Eu queria ver aquele violão ali.” – null pedia pro balconista. – “Lindo...” – ela disse assim que recebeu o violão.
null viu null sentando num banco e tocando algumas notas.
“Já vi que vou ter que esperar.” – null pegou outro violão e ficou tocando com a null.
“De novo null?!” – null reclamava.
“Já é a décima vez que a gente vem nessa loja... Compra logo o que você tem que comprar!” – null dizia.
null só fingia que ouvia, gostava de ir lá ver os violões, mas não comprava nenhum porque queria um especial, um único só dele. Os meninos reclamavam, mas gostavam de ir à loja com ele, aproveitavam e viam os instrumentos também, mas se continuassem voltando sempre pra aquela loja e não comprar nada ia começar a ficar estranho.
“Olha... A null!” – null gritou.
null era mais amigo da null do que os outros meninos eram – fora null. Foi ele um dos meninos da escola que mais se aproximou dela. Eram amigos pra caramba.
“null!” – null gritou.
Levantou e quase deixou o violão cair. Foi abraçar null, não se viram aquele dia, nem no final de semana, ele estava estudando pra prova daquele dia, disse que ia ser importante. null sabia que não porque foi a mesma prova que ela fez, mas como não discutia com null sobre aquilo deixou que o garoto estudasse, não queria que ele fosse mal na prova.
“Saudade!” – ele sussurrou ainda abraçado a ela.
“Saudade!”
null viu os outros meninos e foi cumprimentá-los enquanto null ainda estava abraçada a null.
“Existem outras pessoas que querem ser abraçadas também!” – null falou com uma vozinha de criança.
“Ó bebê!” – null foi abraçar cada um dessa vez.
“Fazendo o que aqui?” – null perguntou curiosa.
“null gosta de vim aqui ver as moscas do lugar.” – null disse e null olhou ao redor. Realmente não tinha ninguém na loja, só os seis e 2 vendedores.
“E vocês, estão fazendo o que aqui?” – null perguntou.
“Eu vou comprar... Aquele violão.” – null apontou pro violão.
“Nossa null! Que lindo!” – null disse maravilhado com o violão.
“Tira o zóio que ele é meu!” – null brincou.
“Bonito mesmo null, não sabia que você tocava.” – null disse olhando pra garota.
“Tem muita coisa que vocês não sabem ainda!”
Ficaram na loja tocando alguns instrumentos, brincando... Até que a fome finalmente os lembrou que eles ainda eram gente e precisavam se alimentar. Foram até um lanche que havia ali perto, comeram e depois voltaram cada um pra sua casa.
“Não me chamaram pra ir com vocês!”
“Desculpa null! Foi uma coisa por acaso, a gente não imaginava ver os meninos lá!” – null conversava com null pelo telefone.
“E daí que não sabia que os meninos iam estar la? E a amizade?”
“Meninos? Que meninos?” – null ouviu null perguntar lá atrás.
“É null, os que você esta pensando.” – null respondeu pra ela.
“Amanhã a gente sai só as meninas. Vamos null!” – null pedia.
“Ta bom. Então vamos!”
“Vamos aonde?” – null perguntou de novo.
“Sair amanhã null.”
“Então vou desligar logo porque ainda não fiz o dever de casa.”
“Você fazendo o dever null? Conta outra!” – null tirou sarro.
“Cala a boca null! Pelo menos uma vez no ano eu tenho que fazer!” – e elas riram com isso.
“Então até amanhã estudiosa!”
“Até vagabunda!”
“Vagabunda é a-” – null nem ouviu o que a null estava prestes a dizer, desligou o telefone deixando null furiosa do outro lado.
null deitou em sua cama rindo, não queria fazer o dever, mas sabia que era preciso. Ela ouviu alguém entrar pela porta da frente e logo deduziu que seria um dos seus pais. Em pouco tempo ela ouviu um copo quebrando, saiu do seu quarto preocupada. Quando ia descer as escadas escutou seus pais brigando.
“Eu trago dinheiro pra essa casa e a única coisa que você tinha que fazer era cuidar da sua filha!” – o pai dela gritou.
“Então eu não posso trabalhar porque tenho que ficar na casa cuidando da NOSSA filha?!”
“Você acha que ficar no hospital conversando com as suas amigas é trabalho?”
“E ficar no escritório vendo as pernas daquelas suas empregadas é trabalho?”
null não agüentou mais aquilo, pegou sua bolsa e a chave do carro, não queria ficar lá pra ver o que acontecia. Por mais que ela quisesse os pais não notaram ela saindo de casa.
Ela ficou um tempo sentada no banco do carro, dirigiu até um pub que tinha mais no centro da cidade, era quarta e talvez não tenha muita gente lá. Parou na frente do pub e se levantou determinada, queria falar com alguém e seu amigo Rick que trabalhava lá sempre a ajudava.
“O que aconteceu pequena?” – ele perguntou assim que viu null entrar no pub.
“O que você acha Rick? Outra briga! Assim eles me matam!” – ela falava enquanto chorava.
“Senta aqui!” – Rick puxou ela. – “Ainda bem que você veio, não queria você lá dentro na hora da briga.”
“Você me salva.” – ela disse abraçada ao Rick.
“Quer alguma coisa pra beber?”
“Com álcool, mas pouco ta?”
“Pode deixar bebê” – ele disse e foi pra trás do balcão.
Enquanto Rick preparava uma bebida pra ela, ela ficava olhando em volta, não tinha muita gente, disso ela tinha certeza. Mais rápido do que ela pensava, Rick terminou de fazer a bebida dela e entregou pra ela.
“Pouco álcool. Vou lá atender aquela mesa e limpar as outras, se precisar me chama.” – ele disse e antes de se afastar deu um beijo na testa dela.
null passava ali perto, não gostava de ir pra casa dele porque não tinha nada pra fazer, morava sozinho. Os outros meninos estavam ocupados com a escola ou garotas. Viu null pela porta do pub e não pensou duas vezes em entrar.
“Não sabia que você freqüentava esses lugares.” – null disse se sentando ao lado de null no bar.
“Como eu disse: tem muita coisa que vocês não sabem ainda.” – ela disse bebendo um gole de sua bebida.
“Aconteceu alguma coisa?”
“Nada que eu não possa esquecer.” – null percebeu que estava sendo dura de mais com o null, a culpa não era dele, era dos pais dela. – “Desculpa null... Mas o que você esta fazendo aqui?”
“Eu passava aqui perto e te vi pela porta, pensei que a gente podia conversar.”
“Ah... Claro!” – ela disse com um sorriso.
A conversa no começo foi meio estranha. Eles não tinham muita coisa pra conversar ultimamente. E agora do nada null parou num pub pra conversar com ela. Conversa vai, conversa vem, null começou a ficar com sono, mas não queria ir pra casa, não agora.
“Você quer que eu te leve pra casa? Você parece cansada.” – ele disse tirando o cabelo dos olhos dela.
“Não quero ir pra casa.”
“E vai dormir onde?”
“Não sei, ainda não pensei nisso.” – eles sorriram.
“Vamos pra minha casa, tem um quarto sobrando lá.”
“Não null, não quero te atrapalhar.”
“Você não atrapalha nada, vamos.”
null pagou Rick e saiu do pub direto pro seu carro, null disse que iria dirigir porque tinha medo que ela dormisse no volante, ele tem mesmo direito de ter medo, ela estava quase dormindo em pé, imagina se dirigisse.
Chegaram na casa de null e null subiu até um quarto que segundo ele era do irmão mais velho. null se deitou na cama e só foi acordar no dia seguinte.
2º Capítulo da historia, eu sei que me empolguei no primeiro, quem faz um capitulo em 4 páginas?! Eu faço xD, mas agora verei se eu consigo fazer um segundo capítulo menor, menos detalhado, não, menos detalhado não porque se for assim a fic vai ficar meio chata. Tomara que quem ta lendo goste né, ta dando muito trabalho isso aqui, mas parece que esta ficando legal. Se você quiser opinar é só me dizer, é legal ouvir o que os outros tem a dizer sobre coisas que eu escrevo, mesmo que eu escreva só uma linha ¬¬, mas é isso, enjoy!
“O que deu em você chegar na escola com o null?” – null perguntava enquanto as quatro andavam até o pátio na hora do intervalo.
“Aconteceu algumas coisas em casa.”
“E você foi pra casa dele?” – dessa vez foi a null que perguntou.
“Eu não! Nunca!”
“Ata, pensei que estava nos trocando por ele!” – null disse fazendo bico.
“Vocês sabem que não. Isso nunca ia acontecer.”
“Então, como você chegou na escola com ele?” – null voltou no assunto.
“Bom, fui no bar do Rick, depois de um tempo o null passou lá, conversamos, fiquei com sono, não queria ir pra casa e o null... Gentilmente me cedeu o quarto do irmão mais velho dele.”
“Que amor! Você diz isso com os olhos brilhando!” – null riu e null mostrou a língua.
“Não sou eu que fico encontrando um certo senhor null escondido todos os sábados lá no Rick.”
“O QUE?!” – null e null perguntaram em coro.
“Quem te contou isso?” – null dizia com os olhos arregalados.
“O Rick ué, eu não sou de ficar seguindo casais.”
“Isso é verdade null?” – null perguntou pra confirmar.
“É gente...”
“E porque não contou pra gente?”
“Queríamos que fosse segredo! É mais gostoso assim.”
“Sei! Agora você virou uma perva!” – null brincou.
“ECA null! Que nojo! Nunca!”
“Mas agora que todas nós estamos sabendo... Como fica o relacionamento de vocês?” – null perguntou.
“Fica do mesmo jeito.” – null deu de ombros.
“Não vai acontecer nada?” – null perguntou estranhando a resposta da amiga.
“Claro que não! Ele também deve ter contado pros outros meninos.”
“Então... Basicamente, fomos as últimas a ficar sabendo?”
“Só você e a null né, porque se não fosse pela nossa amiga master null aqui, vocês ainda não estavam sabendo!”
“Isso é que é amiga viu!” – null disse dando um empurrãozinho na amiga.
null tinha conseguido desviar o assunto, estava contente por isso, não gostava de discutir sobre a sua vida familiar com as amigas, gostava mesmo quando elas conversavam e riam delas mesmas. E também não queria falar do null, se sentia culpada por ter ido na casa dele sem ele saber o motivo direito.
“Vamos lá em casa?” – null perguntava enquanto elas iam embora.
“Não, eu quero ir na casa da null. Ela vai tocar pra gente.” – null dizia.
“Eu não vou tocar nada. Tá doida null?” – null olhou pra ela com cara de desentendida.
“Mas porque na casa da null?” – null perguntou parando e olhando pras amigas.
“Ela tem um violão novo.” – null explicou.
“E não contou pra gente?”
“Temos que refazer o plano do nosso casamento né?” – null disse rindo.
“Ah gente, eu tenho um novo, mas... Sei tocar o mesmo tanto que vocês.”
“Vamos na casa dela.” – null disse e puxou as outras três pra ir com ela até a casa da null.
“E agora, o que vamos fazer?” – null dizia sentado no sofá.
Já era sexta feira, faltavam duas semanas pras aulas terminarem mas estavam todos estudando muito pras provas finais, menos os quatro garotos que não saiam da frente da tv.
“Vamos passar na casa da null.” – null sugeriu.
“Essa é uma ótima idéia se fosse dada pelo null, e não por você null!” – null riu enquanto tentava fazer o carrinho de null sair da pista no vídeo game.
“É mesmo, o que deu em você em null?” – null perguntou curioso.
“Nada, mas eu só quero saber como ela tá. Ela também é minha amiga poxa.”
“Você sempre quer saber como ela tá.” – null disse bocejando.
“Desde o dia em que eu a encontrei no pub, sempre achei que tinha algo muito desagradável acontecendo com ela.”
“null e suas intuições.” – null disse e null riu.
“Olha, se quiser ir na casa dela vai, mas com certeza ela vai ta estudando.”
“Então segura aqui que eu estou indo.” – null entregou o controle pra null e saiu de casa. A casa de null não era longe dali, da casa de null. Por isso null e null eram tão amigos.
“Meu Deus, o que eu to fazendo aqui mesmo?” – null se perguntou enquanto esperava alguém abrir a porta pra ele.
Já estava demorando de mais, a vontade de ver ela era grande, mas o medo de que ela não estivesse lá também era. Depois de mais alguns minutos se convenceu que não tinha ninguém em casa, virou as costas pra voltar pra casa de null quando ouviu a porta se abrindo.
“Desculpa a demora... null” – null disse enquanto secava os cabelos.
“null...” – null não conseguia dizer nada.
“Ta tudo bem null? Quer entrar?”
“É... Claro...” – abaixou a cabeça e entrou na casa dela.
Não era uma casa tão grande, mas era vazia, e fria. Ela era assim porque os pais de null nunca estavam em casa, as vezes passavam dias sem voltar pra casa. Ela sabia que o casamento deles estava com problemas a um bom tempo, mas os pais dela não queriam se separar pra que null não sofresse, pra que ela não sentisse o quanto os pais dela realmente não se gostavam mais.
“Você ta sozinha?” – null perguntou enquanto seguia null pra cozinha.
“Sempre to sozinha. Quer água?”
“Ah! Sim.”
“Olha null, eu me senti culpada aquele dia em que eu dormi na sua casa...”
“Não foi nada.”
“Claro que foi. Você não sabe o que eu tava passando, não achei justo. Desculpa.”
“Não precisa se desculpar null. Sempre que você precisar de um lugar pra dormir, o quarto do meu irmão vai estar vago.” – null disse e null riu.
“Obrigada.”
O silencio tomou conta da casa. Nesse exato momento null se perguntou por que ainda não tinha ido embora, por que ainda estava ali?
“Então... Você veio pra...” – null começou a dizer pra descobrir porque null tinha ido visitá-la.
“Queria saber como você estava.” – ele disse ficando vermelho.
“To bem, obrigada por se preocupar comigo null.”
“Vou indo então, você tem que estudar.”
“null, você também tem que estudar.”
“É, mas, não agora. Tchau minha linda.” – null deu um beijo na bochecha da garota e se deu conta do que tinha falado.
“Tchau.”
null não entendeu o que ele disse com ‘não agora’ mas resolveu não tentar entender, as vezes homens são assim, incompreensíveis. Foi até seu quarto e estudou mais, não queria deixar de viajar com os amigos só por causa de uma prova que ela foi mal.
“Você foi bem nas provas?” – null perguntou pra null enquanto estavam saindo da escola no ultimo dia de aula.
“Pelo jeito eu fui!” – null mostrou o boletim pra amiga. – “E você?”
“Eu também!”
null e null chegaram conversando alto, também tinham tirado ótimas notas nas provas e por isso tinham passado direto, agora elas só tinham que programar as férias.
“A gente podia ir pra praia.” – null falava enquanto andavam pra casa.
“Outra vez? Não tem outro lugar pra ir?” – null perguntou.
“Tem um chalé do meu tio.” – null se intrometeu na conversa. – “Oi linda!” – e cumprimentou null com um selinho. Logo atrás dele viam os outros três.
“E onde fica o chalé do seu tio?” – null perguntou curiosa.
Elas tinham se aproximado de mais dos meninos nos últimos dias, talvez porque null e null estavam namorando sério agora, ou talvez porque sabiam que algo mais podia acontecer com eles e eles estavam querendo saber o que era.
“Não fica tão longe daqui, só umas seis horas de viajem.” – null disse rindo.
“E quem você acha que vai levar a gente?” – null perguntou preocupado.
“null criança, tem gente aqui que já sabe dirigir!” – null disse apertando as bochechas dele.
“Ai! Isso dói!”
“Então a gente sai quando?” – null perguntou ansioso.
“Seu tio já sabe disso?” – null perguntou com as mãos na cintura.
“Já.”
“E desde quando você já sabe que seu tio sabe?”
“Faz umas semanas...”
“Ótimo, e a gente quebrando a cabeça pra escolher o lugar que íamos viajar!”
“Vamos amanhã então né?” – null perguntou abraçando null fazendo com que todos parassem.
“Tem certeza null? Tá muito em cima da hora.” – null dizia.
“Ta nada, faz assim. null e null vão no supermercado, null e null abastecem os carros, null fica cuidando do null pra que ele não faça nada errado porque ele não sabe ficar bem sozinho e eu e a null, cuidamos das contas.”
“Por mim ta tudo bem!” – null disse olhando maliciosamente pra null fazendo com que ela desse um tapinha nele.
“Pode ser amanhã de manhã null?” – null perguntou pra ele.
“Quando você quiser. Mas só uma perguntinha null, a gente vai em quantos carros?”
“Em 2 né!” – null respondeu como se fosse obvio.
“E onde a gente vai arranjar dois carros?” – null perguntou de novo.
null não sabia o que responder.
“Erm... Eu tenho um, podemos ir com o meu, desde que eu o dirija.” – null disse.
“Então ta feito, o meu carro e o da null.” – null disse e logo após se virou pra beijar a namorada.
Eles nem ligaram e deixaram os dois sozinhos, resolveram ir embora porque ficar olhando essas coisas cansam qualquer um.
null chegou em casa junto com as amigas, elas resolveram almoçar lá, na verdade não era almoçar, era comer pizza. Depois de um tempo conversando em como aquela viajem ia ser, resolveram também dormir na casa da null, mesmo ela não querendo. E no meio da noite elas ouvem gritos lá de baixo. ‘Hoje não!’ null pedia.
Ela mesma desceu as escadas com as amigas atrás dela. Todas ouvindo aquela gritaria, insultos, já sabiam porque null não gostava que dormissem na casa dela. Quando a mãe dela pegou um copo null não agüentou mais e tinha que gritar.
“PARA TA LEGAL?! Essa briga de vocês tá me deixando louca!” – saiu correndo pela porta da frente e as amigas vieram atrás.
“null, espera!” – null gritou.
“Ta escuro null, para!” – null pediu.
null parou e se ajoelhou na calçada, estava escuro, estava frio. As amigas vieram e abraçaram ela, deixaram que ela chorasse a vontade.
“Vamos na casa do null.” – null disse se levantando e enxugando as lágrimas.
Ninguém perguntou nada, fizeram todo o caminho em silencio.
“Tem lugar pra quatro?” – null perguntou assim que null abriu a porta e viu as quatro meninas de pijama.
“No quarto do meu irmão.” – null disse e deu espaço pra que todas passassem.
Quando estavam todos no quarto, inclusive null, não agüentaram mais e tiveram que perguntar.
“null, ta tudo bem?”- null perguntou.
“Não! Não ta tudo bem!” – null colocou o travesseiro no rosto e deitou na cama. null não entendia nada.
“É sempre assim?” – null perguntou com medo do que viesse acontecer.
null não agüentou mais e desabou em lágrimas, não queria nunca que suas amigas vissem o que acontecia lá, era sempre mais fácil sabendo que só ela sabia.
“Conversa com a gente!” – null pediu.
null se sentou de novo, limpou as lágrimas que caiam teimosas.
“É assim já faz quase um ano. Eles não se falam e quando isso acontece, eles gritam, quebram copos e vasos um em cima do outro. E eu finjo que não acontece nada.” – null sentiu uma lágrima cair no rosto dela e null que estava sentado ao seu lado limpou.
“Sempre que isso acontece, eu vou até o Rick, bebo, e volto assim que ele me pede. Mas a algumas semanas, null me encontrou lá.” – null colocou a cabeça no ombro de null.
“E foi quando você foi pra escola com ele.”
“É... Desculpa null, você devia ter sabido antes. Depois desse dia, pensei que nunca mais ia acontecer isso, mas daí eles somem por dias. E justo hoje, aconteceu isso!” – null disse chorando de mais. – “E agora eu não quero mais voltar pra lá, não agora!” – ela disse entre soluços.
As amigas consolaram a amiga e depois mudaram de assunto, ficaram conversando sobre a viajem com null no quarto até que eles dormiram, antes de sair do quarto pra voltar pro seu, null colocou a mão no rosto de null que dormia com uma cara triste.
“Volta sempre que quiser.” – null disse perto do ouvido dela.
null abriu os olhos e mirou nos olhos de null.
“Sempre.” – ela disse e voltou a dormir.
3º Capítulo desculpa mas eu acho que menor não vai da pra ser. Só pra deixar mais claro ainda, os personagens tem os nomes das pessoas que eu conheço mas nenhuma situação tem a ver com a realidade. Mas nós somos apaixonadas pelos carinhas, pelo menos algumas meninas. E... Prometo que vai ficar mais legal! Como eu enrolo né?! Então continuem lendo, dessa vez o terceiro capítulo.
null acordou assustada assim que se deu conta que não estava na casa da null, desceu as escadas a fim de preparar um café da manhã pros amigos e o que ela realmente encontrou foi null na porta da casa de null tentando entrar com várias caixas de cerveja.
“Deixa que eu te ajudo.” – ela disse e foi pegar algumas caixas da mão dele.
“Obrigado. O que você ta fazendo aqui?”
“A gente teve alguns problemas na casa da null e viemos parar aqui.”
Eles ficaram quietos e null decidiu começar logo a preparar o café antes que todos acordassem e resolvessem tomar café em outro lugar.
“Já tomou café?”
“Não, acordei cedo pra comprar cerveja antes da gente sair.”
“Você acordando cedo heim, quem diria.”
“Eu digo o mesmo de você.”
Ficaram lá conversando e rindo enquanto a null preparava o café.
“Acho que vamos voltar pra casa agora, temos que colocar outra roupa.” – null disse rindo enquanto comia.
“É, teremos sorte se ninguém ver a gente desse jeito.” – null disse rindo bebendo um gole do suco de uva, só tinha suco de uva na casa de null ¬¬.
“Mas vocês estão bonitas de pijama.” – null falou e as meninas riram. – “O que? É sério!”
“Tá bom null, até daqui a pouco.” – null disse e se despediu dos meninos, assim fizeram as outras meninas.
Foi divertido ver como as pessoas olhavam pra elas de pijama andando pela rua. Elas riam da situação porque sabiam que não era todo dia que se podia andar daquele jeito na rua. Chegaram na casa da null se matando de tanto rir, não tinha ninguém la naquele horário. Se trocaram e depois cada uma foi pra sua casa arrumar as malas. null ficou lá esperando que null tocasse a campainha logo pra que eles fossem as compras, bom, isso não demorou muito pra acontecer.
“Vamos no meu carro.” – null disse assim que ele tocou a campainha.
“Não vai me convidar pra entrar?”
“É... Não.”
“Então eu dirijo.”
“Desde quando?” – null disse rindo.
“Desde quando você abriu a porta da sua casa e disse que vamos no seu carro.”
“Tá bom, só porque você deixou eu ficar na sua casa.”
“Não esquece que foram duas vezes.”
“Isso quer dizer o que?”
“Que eu vou dirigir seu carro na viajem também.”
“HÁ-HÁ-HÁ nem pensar!” – ela disse séria.
“Então, tá. Mas você vai querer que eu dirija depois de saber onde é o chalé do tio do null.”
null não ligou pro que ele estava dizendo, estava mais preocupada se ia chover ou não, não queria que uma chuvinha de nada estragasse suas férias com os amigos.
null e null chegaram até o supermercado e compraram mais coisas do que deviam, e quando iam comprar comida, compravam bastante, esse monte de gente parece que ainda estava em fase de crescimento, mas null e null concordaram que tinham comprado comida de mais.
“Como vocês acham que a gente vai levar esse monte de comida nos carros?!” – null dizia furioso assim que eles chegaram até a casa dele onde tinham marcado de sair.
“Eu sei, eu sei null. Mas com certeza a gente pode deixar um pouco dessa comida aqui.” – null dizia.
“Nem pensar! E estragar a comida enquanto estamos fora?”
“Então a gente leva!” – null disse como se fosse obvio.
“Mas não vai caber.”
“Então o null come um pouco e a gente leva o resto.” – null disse logo pra parar com aquela briguinha boba deles.
“É, boa idéia null!” – null disse com um sorriso no rosto.
“Toma, uma sacola só pra você!” – null disse estendendo uma sacola cheia de comida pra ele comer.
Esperaram até que null terminasse de comer, ele era o único que estava com fome, e que fome.
“null, onde exatamente é o chalé do seu tio?” – null perguntou curiosa pra ele.
“Bom, lembra que eu falei que eram seis horas de viajem?”
“Claro.”
“Então, na verdade são de dez a doze horas de viajem.”
“O QUE? Tudo isso?!”
“É, um pouco longe né?”
“POUCO? Nossa null, podia ter me avisado, agora o null vai dirigir porque eu não vou dirigir dez horas seguidas!”
“Doze horas.”
“Agora são doze?”
Ela saiu de perto do null antes que as horas aumentassem e foi até onde null estava, ele observava tudo o que null conversava com null e achou engraçado depois que ela descobriu que era longe. Ela ficou engraçada com aquela cara de quem não tava acreditando. Ela chegou perto de null rindo da situação, ele estava certo.
“Toma as chaves.” – ela disse quando já estava perto dele.
“Obrigado e, nunca mais fique contra mim, eu sempre tenho certeza.”
“Palhaço!” – ela disse rindo e dando um tapinha no braço dele.
“Vem comigo, no banco da frente.”
“Claro que eu vou, até parece que eu vou deixar você dirigir meu carro sozinho!”
Eles ficaram conversando enquanto null, null, null e null arrumavam as coisas e null tentava fazer null parar de comer, não acreditou que ele deixou null comer aquele monte de coisa.
“Vai ser uma viajem divertida.” – null dizia colocando as malas no porta malas.
“Com certeza vai.” – null disse e depois olhou pra null.
“Então, vamos logo com isso que eu quero chegar lá hoje.” – null disse quebrando o clima entre eles.
“AH null! Olha o que você fez!” – null reclamou.
“O que?” – ela perguntou sem entender.
“Você acabou com o clima entre a null e o null!” – null disse triste e null imitou a cara dela.
null e null pegaram duas garrafinhas de água e começaram a jogar nas duas, não tinha clima nenhum entre eles, elas estavam ficando doidas.
“Ta bom, no meu carro eu quero null!” – null disse escolhendo quem ia no carro com ele.
“null.” – null disse.
“Ainda bem que sou eu!” – ela disse.
“null.” – foi a vez do null escolher.
“Hum... null.” – null falou, mas depois de ver a cara de arrependido de null mudou de idéia. – “Quer dizer, null.”
“Então o null vem comigo.”
“E o null é meu.”
“Seu nada!” – null reclamou fazendo com que todos rissem.
A viajem foi divertida no começo, eles tinham uns radinhos e ficavam conversando um com o outro, null tinha um e null estava com o outro, então eles brincavam. Ficou assim até que a primeira pessoa fechou os olhos, já devem imaginar quem foi né, então, null. E olha que demorou pra ela dormir porque ficavam enchendo o saco dela. Aí a brincadeira com os radinhos foi ficando chata e todos dormiram, menos os que estavam dirigindo.
Assim que saíram do terceiro posto de gasolina, null pegou o radinho e perguntou pras pessoas que estavam no outro carro.
“Será que tem vaca com carne dura porque fica andando muito no pasto?”
Todos riram com aquela pergunta. (n.a: uma amiga minha perguntou isso pro meu pai quando a gente viajou, perguntou pelo radinho porque a gente se comunicava assim com as pessoas do outro carro)
Voltou a monotonia, ninguém conversava, só dormia e null não tava agüentando mais, queria dormir também. Parou o carro e acordou null.
“Sua vez de dirigir.”
“Pensei que não haveria minha vez.” – null disse saindo do carro animada.
“Eu preciso dormir um pouco.” – null disse assim que se acomodou no banco.
“Claro.”
Meia hora depois de ficar dirigindo null não gostou do silencio e colocou uma musica pra tocar, e só pra acordar as pessoas colocou o volume no ultimo.
“Você ta doida?!” – null gritou.
“O QUE?” – null gritou de volta.
“VOCÊ TA DOIDA?!” – os três gritaram pra ela que não conseguiu se conter e riu um monte. Depois de abaixar o volume e se acalmar ela pediu desculpas.
“Vamos almoçar!” – null gritou pelo radinho do carro dele.
“Até que enfim...To com vontade de ir no banheiro.” – null disse.
Depois de uns vinte minutos eles encontram um restaurante que parece ser bom. Saem dos carros e se esticam, viajaram 6 horas sem parar, a não ser pra abastecer e estavam com o corpo doendo.
Entraram no restaurante, comeram bem porque sabiam que mais de seis horas de viajem ainda estavam por vir. Cada um fez o que tinha que fazer no banheiro e voltaram pros carros na mesma formação que antes, mas dessa vez estavam mais acordados, isso que dava tomar refrigerante!
“Preciso ir no banheiro.” – null reclamou.
“A gente acabou de sair do restaurante null!” – null disse bravo.
“Eu preciso!”
“Senta aí e pensa em outra coisa, a gente não vai parar tão cedo.”
“Você não ta entendendo null, eu PRECISO!”
“Para o carro e ele se vira null.” – null pediu.
“Ta bom!”
null parou o carro no acostamento e null correu pro outro lado da estrada.
“Ele ta bem?” – null perguntou preocupada assim que ela desceu do carro que null havia estacionado atrás do carro do null.
“Ele disse que precisava ir ao banheiro.” – null disse.
Todos olharam pra null e ele estava de quatro no chão.
“Meu Deus! Ele ta vomitando!” – null disse e correu pra ajudar null.
“Eu devo ter remédio aqui no carro!” – null disse e correu pro carro procurar o tal remédio.
Os outros correram pro outro lado tentando ajudar null que só ia ficando amarelo.
“Toma!” – null estendeu um copinho pra ele e ele tomou tudo fazendo careta logo em seguida.
“Ta sentindo o que null?” – null perguntou com a cabeça dele no colo dela.
“Ta tudo girando...”
Os meninos colocaram ele no carro de volta e continuaram a viajem. null dormiu o resto da viajem inteira com a cabeça no colo da null e ela fazendo carinho nele.
4° Capítulo agora vai falar de quando eles estavam la no chalé, dessa vez não vai poder ser pequeno, até porque não tem jeito mesmo de fazer um capitulo pequeno... Mas a historia ta sendo interessante, pelo menos é o que eu acho. Vou mandar essa historia pra uma amiga minha, se ela não gostar, eu não escrevo esse quarto capitulo.
“Aqui não é muito espaçoso e só tem três quartos. Eu e null ficamos em um e vocês se viram no outros.” – null disse assim que entraram no chalé.
Não era muito grande mesmo, tinha uma salinha com dois sofás, uma televisão pequena e depois tinha a cozinha. Tinha um escada no fundo da sala onde ia pro corredor dos quartos. Tudo lá era de madeira e parecia velho, mas era quente la dentro e bem aconchegante. Os meninos ficaram todos num quarto e as meninas em outro. Tinha só dois banheiros onde nessa altura já tinha tudo quanto é coisa que você imagina. Eles desempacotaram as malas e colocaram tudo no lugar no mesmo dia que chegaram pra descansar bem e no dia seguinte ir conhecer o lugar.
“Não pega nada nessa TV!” – null reclamava.
“Ah é, nesse horário não pega mesmo. Por isso eu trouxe um DVD!” – null disse mostrando o aparelho.
“Te amo xuxu!” – null disse pegando o aparelho da mão dele e indo ver se conseguia conectar ele com a TV.
“Vou fazer alguma coisa na cozinha, estou com fome.” – null disse e foi na cozinha ver o que tinha pra comer.
“O null ta melhor?” – null perguntou pra null que ficou com ele o tempo todo.
“Ainda ta dormindo na cama dele.”
“Deve ser efeito do remédio.” – null explicou.
Depois de um tempo estavam todos na sala, menos o null que continuava dormindo, assistindo TV e comendo pipoca.
“Eu vou ver se o null já acordou.” – null saiu do sofá onde estava no meio de null e null fazendo com que os dois quase caíssem um em cima do outro porque estavam os dois escorados na null.
“Ta acordado null?” – null perguntou numa voz baixinha.
“To” – ele respondeu sonolento ainda.
null foi até ele e se sentou do lado dele fazendo ele colocar a cabeça dele no colo dela.
“Obrigado.”
“Pelo que?” – ela perguntou confusa.
“Por ter me ajudado.”
“Tudo bem, é pra isso que os amigos servem.” – ela disse sorrindo.
Ele a olhou fundo nos olhos depois que ela disse aquilo.
“Então vamos ser só amigos?” – ele perguntou sério.
“Vamos... Não temos mais nada pra sermos.”
“Temos sim...” – ele disse e aproximou o rosto dele do dela.
Ela tentou recuar mas ele segurou na sua nuca fazendo com que ela não fizesse aquilo. Ele fechou os olhos e foi se aproximando cada vez mais do rosto de null, ela não sabia o que fazer, estava parada, estática. null relou os lábios dele nos lábios de null e ela estremeceu toda, ficaram um tempo um com a boca colada no outro até que null sentiu null abrindo a boca. Ela abriu também fazendo com que o língua dele tocasse a dela. Ela parou o beijo naquele momento, saiu com cuidado da cama de null e depois saiu do quarto. Desceu as escadas e sentou no sofá onde estava null e null que agora estavam um escorado no outro.
“O null ta melhor?” – null perguntou.
“Ta...”
“Ainda ta dormindo?” – null perguntou.
“Não...”
“Vocês ficaram fazendo o que la?” – null perguntou sarcástico.
“Nada...”
“E desde quando nada se chama beijando?” – null disse e null ficou vermelha depois.
“A gente não tava se beijando!” – ela gritou.
“Então a sua boca ta vermelha porque ele te deu um soco?” – null falou quase rindo.
“A gente não se beijou!”
“Ta bom null! Vocês não se beijaram... Trocaram salivinha!” – null disse fazendo com que todos rissem e null parecesse um pimentão ambulante.
“Ah não null! De volta para o futuro de novo não!” – null reclamava.
“Já assistimos três vezes... Vamos fazer outra coisa.” – null sugeriu.
“Então... Vamos jogar strip poker!” – null falou com cara de tarado.
“Só porque a gente não sabe jogar!” – null reclamou.
“Por isso mesmo.”
“Então... Jogamos dorminhoco no lugar de poker!” – null disse.
“Eu ouvi a palavra ‘strip’?” – null perguntou descendo as escadas.
“Parece que você já esta bem melhor.” – null disse dando um soco no braço dele.
“Façam a roda então! Vamos jogar!” – null disse se sentando de um lado da mesinha de centro que tinha na sala.
Enquanto o jogo ia passando, eles iam se dando bem porque como tinham chegado de viajem, não tinham tirado nem os sapatos ainda.
“Eu não vou tirar minha camiseta!” – null reclamou.
“Você perdeu! Agora tem que tirar!” – null dizia enquanto ria.
“Mas ta friuuuu!”
“Ta super quente aqui null! Tira logo!” – null disse.
“É anda logo, não tem nada aí que a gente não tenha visto antes.” – null disse já mal humorada.
“Vamos logo null, estamos perdendo tempo!” – null gritou.
“Ta bom, que saco!” – ele disse e tirou a camiseta.
“Viu, não morreu!” – null tirou sarro.
A brincadeira continuou e como perceberam enquanto o jogo ia passando, as meninas eram bem melhores que os meninos, pois todos eles estavam sem a camiseta, apenas com a calça e a cueca, lógico. Já as meninas, algumas nem tinham tirado as meias ainda.
“Isso não é justo! Vocês conhecem mais o jogo!” – null disse fazendo biquinho.
“Ta bom então, só pra ficar melhor, eu tiro minha meia!” – null disse e tirou as meias dela.
“Eu tiro as minhas também.” – null tirou as dela.
“Grande coisa!” – null resmungou.
Mais umas rodadas e agora era null quem tinha que tirar a camiseta.
“Tem que ser agora?” – ela falou chorosa.
“Você perdeu! Agora tem que tirar!” – null disse imitando o que ela tinha falado pra ele antes.
“Chato!” – ela disse e pegou na camiseta pra tirar, parou e olhou pros meninos que estavam todos olhando pra ela. – “Vocês podem me dar um pouco de privacidade?” – ela pediu.
“Claro!” – os quatro falaram e viraram de costas.
“Não acredito que eu to fazendo isso!” – ela resmungou baixinho fazendo com que só null, que estava do lado dela escutasse.
Bom, a brincadeira foi indo, null também tirou a camiseta dela fazendo com que null não parasse de babar em cima. Depois o jogo terminou, os meninos ficaram todos só com suas boxers e estavam ficando com medo do que viria depois. Todos foram tomar banho pra dormir, foi um sufoco tomar banho só com dois banheiros mas conseguiram. Dormiram as meninas em um quarto e os meninos em outro.
“Ta fazendo o que acordada?” – null perguntou a null que fitava o nada com uma caneca na mão sentada no sofá da casa.
“Não consegui dormir. E você?”
“Depois de levar um soco do null e um chute do null, desisti de dormir lá.” – ele disse fazendo ela rir.
“Que horas são?” – ela perguntou sonolenta.
“Três e meia.”
“Não acredito que ta ficando cada vez mais cedo.”
“Mais cedo o que?”
“Ah... Nada não. Coisa minha. Você quer chá?” – ela perguntou desviando o assunto.
“Quero.”
Ela andou até a cozinha e ele foi atrás dela. Ele ficou observando ela enquanto colocava a água quente com muito cuidado numa caneca pra ele beber.
“Cuidado.” – ela avisou.
Ficaram um tempo os dois sozinhos em silencio bebendo chá sentados na mesa da cozinha, um de frente pro outro.
“Ta tudo bem?” – ele perguntou quebrando o silencio.
“Não tem como ficar melhor.” – ela disse com um sorriso fazendo com que null a olhasse com um brilho nos olhos. Ela percebeu e tratou logo de mudar a feição do seu rosto.
“O que?”
“Não me olha assim!” – ela disse rindo.
“Desculpa.”
“Bom, acho que vou assistir um filme, quer me fazer companhia?” – ela disse enquanto ia pra sala.
“Seria uma honra.” – ele disse rindo.
“Então vai ser... ‘Gatinhas e gatões’?” – ela perguntou mostrando o DVD.
“Não acha que o filme está um pouco velho não?”
“Que nada! A historia é linda!” – ela disse e colocou o dvd no aparelho.
Se sentou na ponta do mesmo sofá que null e puxou o cobertor que ela tinha levado, conforme o filme passava ela via que ele sentia frio, foi até o lado dele e deitou com a cabeça nos ombros dele colocando metade do cobertor nele. Ele agradeceu com um beijo na cabeça da garota.
“Mas que bosta null!” – null reclamou assim que null caiu de cima da cama, indo pra cima da null que estava dormindo no chão.
“Ah! O que?” – null não entendeu, depois de olhar em sua volta entendeu o que tinha acontecido.
“Toma mais cuidado!” – null se levantou e percebeu que null não estava no quarto, achou que ela já tinha acordado e foi até o quarto dos meninos ver se alguém também já tinha acordado deixando null dormindo no mesmo lugar que ela caiu.
No quarto estavam todos os meninos, menos null. ‘Onde será que aqueles dois estão?’ – ela pensava enquanto andava pela casa. Desceu as escadas e olhou pro sofá, viu null dormindo com a cabeça encostada em null que também dormia. Olhou pra cozinha e viu duas canecas, uma em cada canto da mesa. O que estava acontecendo com a amiga que ela não sabia? Resolveu deixar pra la e ir fazer café, seria um grande e cansativo dia pra todos.
null abriu os olhos e viu que null estava dormindo do seu lado, deu um beijo no nariz da menina fazendo com que ela acordasse.
“null...” – ela disse sorrindo.
“null...” – ele retribuiu o sorriso.
Os dois ouviram alguma coisa quebrando na cozinha e a null se xingando pelo que houve. null olhou pro sofá e viu os dois olhando ela.
“Não se preocupem comigo, continuem dormindo.” – ela pediu.
‘Não acredito que ela viu!” – null pensou fazendo uma cara de espanto, levantou do sofá correndo e subiu até o seu quarto deixando um null confuso no sofá.
“Não me pergunte que eu não sei o que aconteceu.” – null gritou da cozinha.
Quando todos acordaram, com a cara amassada, já passava da hora do almoço, resolveram fazer só um churrasco, nada de mais. Colocaram um CD do The Who no rádio e cantavam enquanto cozinhavam, brincavam, conversavam. O almoço foi servido, nada de mais, só um arroz, uma salada e a carne. Conversaram e depois tiraram no pauzinho quem ia lavar a louça, null e null acabaram ‘ganhando’.
“Você ficou bonita só de sutiã.” – null disse pra null enquanto enxugava um prato.
“TARADO!” – ela gritou jogando água nele.
“Mas é sério!”
“Você também ficou bonito.”
“Só de sutiã?”
“Não, sem ele.”
“TARADA!” – ele imitou ela batendo nela com o pano de prato.
Houve uns minutos de silencio.
“Quer sair comigo hoje?” – ele perguntou pra ela.
“null, a gente ta no meio do mato!”
“E daí?”
“Pra onde você me levaria?”
“Pra ver as estrelas naquele lago.” – ele apontou pro lago que dava pra ver pela janela.
“Parece ser lindo mesmo.”
“Então? Topa sair comigo?”
“É...Eu saio com você.” – ela disse fazendo ele abrir um sorriso largo.
“Que roxo é esse na sua testa null?” – null perguntou pra ela.
“Eu caí da cama hoje.”
“Que pena que eu não tava la pra ver.” – null disse fazendo carinha de triste.
“Que pena mesmo, se não eu ia te bater.” – null disse nervosa.
“Stressada você heim!” – null disse.
“Não foi você que caiu da cama e está com um roxo na testa.” – null disse fazendo com que todos rissem.
“Qual é a graça?” – null disse entrando no meio da conversa.
“O roxo na testa da null.” – null explicou.
“Conseguiu deixar roxo ainda!”
“Vamos sair? Eu quero ir pescar.” – null disse.
“Desde quando você pesca?” – null perguntou.
“Hum... Desde quando eu ganhei uma vara.”
Todos se aprontaram e foram até um lago mais próximo onde, conforme null, tinha peixe. Ficaram a tarde lá.
“Dormiu com o null heim null!” – null chegou falando onde null, null e null estavam conversando.
“Que historia é essa?!” – null perguntou sem acreditar no que ouvia.
“Eu dormi com o null ué.” – null explicou como se fosse obvio.
“E usou camisinha né?” – null perguntou.
“Eu não transei com ele. Eu DORMI com ele.”
“Ela dormiu, no sofá, estavam os dois dormindo lá, até roncando, muito fofo.” – null dizia e fazia caras e bocas.
“ÓÓÓÓÓÓ QUE FOFO!” – null e null falaram em coro.
“Cala a boca!” – null disse jogando uma pedrinha nelas.
null, null e null chegaram lá cada um com um violão, se sentaram do lado das meninas e null pegou o violão da mão de null, ele não tocava bem violão e mesmo assim estava com um, ela não entendia.
“Deixaram o null sozinho?” – null perguntou.
“Deixamos, mas ele esta dormindo naquela sombra.” – null disse e apontou pra onde null estava deitado.
“Realmente ele pesca muito bem.” – null disse rindo.
“Que música vai ser?” – null perguntou.
“Ah, a gente pode tentar tocar Green Day pra vocês.” – null disse.
“Tentar?” – null perguntou não acreditando no que ouvia.
“É... A gente não toca muito Green Day.”
“O que vocês tocam?” – null perguntou.
“Hum... Não sei, null começa uma musica aí e a gente continua.” – null disse pra ela.
null começou a tocar uma musica do Beatles, I Wanna Hold Your Hand.
“Beatles é fácil!” – null disse.
null e null acompanharam null na musica enquanto null, null, null e null cantavam. Ficaram ali até o anoitecer, tocando musica, cantando e vendo null dormindo de baixo da arvore.
“FOMEEEE!” – null gritou assim que entraram em casa.
“De novo? Tu só pensa em comer?” – null perguntou indignada.
“Você já tinha que estar conformada linda.” – null disse.
“Faz comida pra mim null?” – null olhou pra ela com cara de pidão.
“Eu não! Não sei fazer nada de comida!” – null respondeu.
“Gente que não sabe cozinhar é foda!” – null disse foi direto pro fogão fazer alguma coisa pra eles comerem.
“null, eu preciso da sua ajuda!” – null gritou do quarto.
null subiu as escadas contra sua vontade, estava com preguiça depois de um dia todo perto de um lago vendo o null dormir.
“Que foi?” – ela perguntou assim que chegou no quarto.
“Qual desses?” – null perguntou mostrando dois vestidos diferentes pra null.
“Desde quando você usa vestido?”
“Desde quando o null pediu pra sair comigo.”
“Nesse fim de mundo? Aonde vocês vão?”
“No lago, ver as estrelas.”
“Sei, estrelas...”
“Qual vestido null!” – null gritou.
“O branco!” – ela respondeu assustada.
“Obrigada!” – null disse abraçando a amiga.
“Quando vocês vão?”
“Depois de comer.”
“Então se apresse!”
“Não acredito que ela aceitou sair com você.” – null dizia pra null enquanto este se arrumava.
“Nem eu!”
“Já arrumou tudo lá?”
“Lá não, mas eu sei o que vou levar pra gente.”
“Não passem a noite lá, vai ficar frio mais tarde.”
“E vir pra cá e dormir em quartos separados ajuda muito.”
“Agente dorme no quarto das meninas e o nosso quarto é todo de vocês.”
“Nossa, valeu dude!”
“Pra que isso?” – null perguntou pra null assim que ela e null entraram na cozinha.
“Um vestido.”
“Desde quando você usa vestido?”
“Desde quando o null pediu pra sair com ela.” – null respondeu no lugar de null.
“E nesse fim de mundo vocês vão aonde?”
“No lago, ver as estrelas.” – null respondeu já colocando a primeira garfada de comida na boca.
“Romântico né?” – null perguntou pras amigas.
“É mesmo, não sei da onde null tirou isso.” – null respondeu rindo.
“Tirei o que?” – ele perguntou quando entrou na cozinha com null.
null se levantou apressada da cadeira onde estava sentada do lado de null deixando que null se sentasse la.
“Cheiroso heim?!” – null disse passando do lado dele indo pra sala, na esperança de deixar os dois sozinhos. As amigas entenderam e correram atrás dela, só null que ficou na cozinha não entendendo a situação.
“null!” – as meninas gritaram e ele correu pra sala.
Depois de um tempo null e null saíram de mãos dadas do chalé deixando as meninas e null na sala.
“Onde será que estão null e null?” – null perguntou.
“Boa pergunta, eu não vejo eles desde, que chegamos.” – null disse.
“Boa noite pra vocês!” – null disse entrando na sala somente com suas boxers. – “Eu e null vamos apresentar pras senhoritas, e senhor, que estão aqui essa noite, uma dança que nunca vocês verão igual.”
“Sentem e tentem relaxar.” – null disse rindo.
“Vocês fumaram cocô?” – null perguntou.
“Vamos ver no que essa loucura vai dar.” – null disse rindo.
null colocou um CD no rádio que tinha musicas da Pussycat Dolls e, ele e null começaram a rebolar dançando no ritmo da musica. null puxou null pra dançar com ele, ela estava quase se matando de rir e não queria ir de jeito nenhum, mas depois que viu null puxando null, ela resolveu ceder.
“E a gente?” – null perguntou pra null.
“Você que sabe.”
Ele se levantou e puxou ela junto com ele, mas eles não foram pro meio da sala onde estavam dançando, null puxou ela pra fora da casa, onde tinha uma mesa e algumas cadeiras em volta.
“Pensei que íamos dançar.” – ela disse assim que chegaram no lugar onde null queria.
“Pensei em alguma coisa melhor.”
Ele se aproximou de null e colocou as mãos na cintura dela fazendo ela colocar os braços em volta do seu pescoço, ele começou a guiar ela numa dança, começaram a dançar valsa, ela não sabia que null sabia dançar. Então null começou a cantarolar alguma coisa em seu ouvido, o que depois seria uma música. Ele cantarolava e cada vez que chegava mais perto do corpo dela, ela ia ficando mais imóvel. null olhou diretamente pros olhos de null e ela encontrou o seu olhar, aqueles olhos azuis. Ele foi aproximando o rosto dele de vagar até o rosto dela. Ela sentiu os lábios dele, quentes, encostados nos lábios dela. Agora sim, ambos não ouviam nada, não falavam nada, mas sentiam o calor um do outro. Deixaram-se agir pelos atos. null sentiu a língua de null na sua, fizeram, então, que o beijo ficasse mais intenso. Ele apertou o corpo dela contra o seu enquanto ela passava a mão pela nuca dele. Quando ouviram um barulho vindo de dentro da casa eles rapidamente se separaram.
“Vão ficar aí fora?” – null perguntou.
“Já vamos entrar.” – null respondeu ainda ofegante.
Ele e null se olharam deixando bem claro um pro outro que não gostariam que deixassem que isso acontecesse de novo. Talvez porque ambos ainda estavam tentando entender a situação, ou porque ainda não sabiam do que sentiam um pelo outro. Mas não queriam de jeito nenhum que estragasse a amizade que eles conseguiram com tanto esforço.
“A gente vai dormir no quarto de vocês hoje ta?” – null perguntou pra null enquanto ela ajudava null e null a limparem a sala, já que null e null foram dormir.
“Por que?” – null se intrometeu na conversa.
“null quer o nosso quarto só pra eles.”
“Então se for assim, tudo bem.” – null respondeu.
“ÔBA!” – null gritou pulando em cima de null fazendo ela cair.
“Vou arrumar o quarto pra vocês então.” – null disse subindo as escadas.
“Quer ajuda?” – null perguntou pra ela.
Ela olhou a situação da sala e de null e null que ainda estavam deitados no chão, mas dessa vez null estava em cima dele fazendo ele pedir água.
“Pode ser!” – null respondeu.
“Olha null, desculpa pelo que eu fiz.” – null disse enquanto arrumava o colchão no lugar certo.
“Não foi só você que fez, que também tenho culpa nisso.”
“Mas nada teria acontecido se...”
“null! Não vamos mais falar disso ta? A nossa amizade vale mais que isso.”
“Então você me desculpa?”
null olhou pra ele com cara de brava, mas depois, com um sorriso, pulou no pescoço dele, abraçando ele.
“Claro que eu te desculpo! Você ainda é meu bebê mais fofo!”
O resto da viajem foi super divertida. Conforme null e null falaram, não aconteceu nada com eles naquela noite. null e null não contaram o que tinha acontecido com eles pra ninguém, null e null não contavam o que acontecia naquele quarto e null e null continuaram com as briguinhas deles, que ninguém entendia.
Na semana seguinte voltaram pra casa. Foi uma viajem cansativa, ninguém queria voltar, mas era preciso.
Enfrentaram mais de doze horas de viajem e chegaram na cidadezinha deles, descarregaram as coisas na casa de null e depois cada um foi pra sua.
null chegou em sua casa, encontrou ela vazia como sempre. Subiu com suas malas até seu quarto e deitou em sua cama querendo descansar. Vendo que não conseguia, pegou um livro e começou a ler. Logo ouviu a porta de sua casa batendo e passos até seu quarto.
“Filha, eu preciso ter uma conversa séria com você.” – sua mãe pediu.
“Tem que ser agora?”
“Não precisa ser agora, mas o mais rápido possível.”
“Então eu posso ir descansar um pouco e depois você me da a noticia?”
“Pode ser.” – sua mãe disse fechou a porta do quarto da filha deixando ela descansando.
“É sério null, não precisa.” – null falava pela milésima vez pra null.
“Você acha que eu vou deixar uma menina inocente igual a você andando sozinha essa hora?”
“null, são quatro da tarde!”
“Isso não impede nenhum homem com más intenções de vir e pegar você.”
“Mas null...”
“Mas nada, eu tenho que...”
“Sua casa fica do outro lado do mundo da minha.”
“Proteger você.” – ele não tinha ouvido uma palavra do que null tinha falado pra ele, mas ela ouviu muito bem o que ele disse.
“ÓÓÓÓ null, você é um fofo. Ainda bem que minha casa é aqui e você pode ir direto pra sua agora.”
“Viu, eu consegui te proteger.”
“Obrigada. Você precisa de alguém pra proteger você enquanto você vai pra sua casa?”
“Claro que não! Eu sou homem, sei me virar sozinho!”
“Então, tchau.” – null disse e se despediu de null com um beijo na bochecha dele. (e que bochecha *-*)
“A gente tem que fazer alguma coisa, não vamos ficar o resto das férias de verão sem fazer nada!” – null gritava pelo telefone enquanto falava com null.
“Não precisa gritar null, não sou surda.”
“Desculpa null, mas a gente precisa fazer alguma coisa.”
“Se tivesse alguma coisa pra fazer nessa cidade.”
“Por isso mesmo a gente arranja alguma coisa pra fazer.”
“Mas a gente chegou de viajem ontem, você não cansa não?”
“Olha null, não quero nem saber, eu to passando na sua casa agora!”
“Mas... Desligou na minha cara.”
“E aonde você acha que a gente vai?”
“Primeiramente, vamos na casa da null e da null, depois a gente vê.”
“Vai ficar sem seu namoradinho hoje?” – null brincou com null.
“Claro que não, é pra lá que a gente vai.”
“Mas você falou ‘a gente vê’”
“Mas eu já resolvi, vamos pra lá.”
“Não te entendo viu.”
As quatro meninas chegaram na casa do null, quando null foi tocar a campainha, null já tinha entrado na casa dele onde se encontrava os outros meninos todos no sofá jogando vídeo game e tocando violão.
“Sentiram nossa falta?” – null perguntou.
“Senti falta é do meu amor.” – null disse abraçando null.
“Eu senti falta da null.” – null disse indo abraçar a menina.
“Também senti sua falta.”
“Ah! Eu senti sua falta null!” – null disse indo correndo abraçar ela que corria do abraço dele.
“Eu senti sua falta null.” – null disse quando a menina sentou no sofá do lado dele.
“Também senti sua falta null.”
null então sentiu seu celular vibrar dentro do bolso da sua calça, rapidamente atendeu assim que viu que era a sua mãe.
“Alô?”
“Filha, a gente vai se mudar.”
“O que?!”
“A gente vai daqui duas semanas.”
“Não!!”
“É preciso!”
“Por que você não me falou antes?!”
“Você não veio falar comigo.”
“Por que mãe?!”
“Seu pai e eu... Vamos nos divorciar.”
“E VOCÊ ACHA QUE FALANDO DESSE JEITO EU VOU COM VOCÊ?!” – ela gritou fazendo com que todos da casa parassem e prestassem atenção na conversa dela com a mãe.
“Eu e seu pai já conversamos sobre isso, não tem outro jeito!”
“EU NÃO SAIO DAQUI!” – ela disse agora chorando.
“Eu preciso de você em casa!”
null desligou o celular, enxugou as lágrimas e deixou a casa de null com todos olhando pra ela. Ela não conseguia acreditar no que estava acontecendo, nunca achou que isso acontecer com a família dela, sempre achou que as brigas um dia pudessem parar e eles podiam viver como uma família. Ela não podia deixar aquela cidade, seus amigos, não podia.
null conversou com sua mãe e seu pai sobre o que eles fizeram. Acharam melhor null ir com sua mãe do que ela ficar ali com seu pai sozinha, já que seu pai ia trabalhar muito de agora em diante. Sua mãe ia se mudar pro Brasil onde sua mãe, vó de null, morava. Elas iam deixar Bolton e provavelmente nunca mais iam voltar. Iam ter outra vida, em outro lugar totalmente diferente. Em duas semanas elas se mudariam.
“Você pode ficar comigo essas duas semanas?” – null perguntou pra null quando ligou pra ela pra saber o que tinha acontecido.
“Posso.”
“Quer que eu passe aí?”
“Não, eu já estou indo na sua casa. Obrigada null.”
null ajeitou suas coisas numa bolsa e foi até a casa de null que não era muito longe da sua. Enquanto ela andava, percebeu como o dia ali estava quente, uma coisa que não era muito freqüente. Foi então que pensou no Brasil, la sim diziam que era quente, e muito. Não queria se mudar dali, ficar meses, talvez anos sem ver os amigos, mas sabia que era preciso, porque se ficasse em Bolton teria que viver sozinha.
“Não precisa ficar assim null, a gente vai te visitar.” – null dizia pra null.
As quatro amigas estavam todas no quarto de null conversando sobre aquilo.
“Vai sim, antes ou depois que eu morrer de saudade?”
“Depende de quando você morrer.” – null respondeu rindo.
“Já falou pro null?” – null perguntou.
“Por que eu deveria?”
“Ele é teu amigo também, não é?”
“Mas seu eu for contar pra ele, terei que contar pros outros meninos também, devem estar achando queu eu sou louca depois de hoje a tarde."
“Não esquenta null, você conversa com ele hoje.” – null disse levando uma almofadada da null. – “Não era pra contar?”
“Claro que não!”
“Eles vem aqui hoje?” – null perguntou confusa.
“Meus pais não estão e... A null pediu.”
“Hey! Agora a culpa é minha né?!”
“As vezes eu acho que todas nós nascemos de uma mesma pessoa.” – null dizia enquanto ria.
Elas ouviram a campainha tocar e correram pro andar de baixo receber os meninos. Eles levaram alguns CDS de jogos pra jogar no playstation que a null tinha. Enquanto isso as meninas ficaram conversando.
“To com fome null.” – null disse pra ela.
“A cozinha é ali, pode ir lá.”
“Ah não, eu tenho vergonha!”
“Ah null, você com vergonha?! Deixe que eu faço alguma coisa pra nós!” – null disse rindo e indo em direção a cozinha.
“TE AMO null!” – ela ouviu os quatro meninos gritando pra ela.
“null, acho melhor você ir falar com a null.” – null disse pra ele.
“Por que? Ela esta com algum problema?” – ele perguntou preocupado.
“Vai falar com ela e você descobre.” – null disse.
“Mas ela esta bem?”
“Vai falar com ela homem!” – null disse empurrando ele.
As amigas sabiam mais que null, sabiam que os dois estavam se apaixonando um pelo outro, mas não tinham coragem de falar. Então, como amigas, chegaram a conclusão que era um dever delas mostrar isso pra null.
“Erm... precisa de ajuda?”
“Não... Não agora null, obrigada.”
“Ham... null... Ta acontecendo alguma coisa?”
“O que?” – null olhou pra null e depois ouviu as amigas rirem. – “Ah null, na verdade nada que não possa ser concertado.” – ela mentiu.
“Posso saber o que é?”
“Eu vou me mudar.”
“Sério?!” – ele perguntou, mas não querendo saber da resposta.
“É null...” – ela respondeu de cabeça baixa.
null pegou na mão da null, que no momento estava segurando uma faca onde estava passando maionese nuns sanduíches que ela estava fazendo. null olhou pra ele e viu que ele estava muito perto. A última vez que o viu perto desse jeito foi na viajem deles. Ela via também um brilho nos olhos dele. Ele se aproximava cada vez mais, sabia que gostava dela e tinha esse sentimento concreto, enquanto ela não queria estragar a amizade deles por uma coisa que podia ser passageira, mas já pensou no que aconteceria se mais que um beijo acontecesse. Ela sabia que gostava dele também. O nariz de null encostou no nariz de null fazendo com que ela desse um sorriso. null se aproximou mais o corpo dele do dela, tirou a faca de sua mão fazendo ela colocar os braços em volta do seu pescoço enquanto ele puxava ela cada vez mais perto pela cintura. Ele encostou os lábios dele de leve nos lábio de null. A menina sentiu seu corpo inteiro estremecer e percebeu que null queria que ela respondesse aquilo tudo não só deixando os lábios encostados. null sentiu que ela não ia fazer nada, estava pronto pra uma bronca e decidiu afastar seu corpo do dela. Mas quando ele ia se afastar null colocou sua língua gentilmente entre os lábios de null. Ele se sentiu tão feliz que tornou aquele toque num beijo que ele sempre quis dar nela. Depois de um tempo eles se separaram, viram que suas bocas estavam extremamente vermelhas e riram da situação.
“Você só fez isso porque soube que eu vou me mudar?”
“Na verdade, era algo que eu queria fazer faz muito tempo.” – ele disse abraçando ela pelas costas já que ela voltou a fazer os sanduíches.
“Quanto tempo?”
“Muito tempo.”
“Você quer deixar isso como?”
“Como? Ham... Vejamos... Eu te vejo todo dia aqui na casa da null e você mora na minha casa enquanto a sua família se muda.”
“Você sabe que isso não vai acontecer null.”
“Você não quer me ver todo dia na casa da null?”
“Não vai acontecer eu ir morar com você. E além disso, vai ser impossível.”
“É você tem razão. Mas pra onde você vai se mudar?”
“Pro Brasil.”
null foi até a geladeira com um copo pra beber um pouco de água.
“Promete que vai me ligar todo dia?”
“Bebê, todo dia.” – ela se virou pra null.
Ele se aproximou dela e beijou seus lábio de leve.
“Quer ser minha namorada?”
“Por duas semanas até que eu posso pensar...”
“Pra sempre?”
“ESSA é outra coisa que não vai acontecer.”
“Por que não?”
“null, eu vou estar no Brasil, cheio de homem só de bermuda nas praias. Uhh... Não vou pensar em você nessas horas.”
“Assim você me decepciona...”
“Óóóó, e até parece que VOCÊ ia pensar em mim.”
“Ia...”
“null...”
“Ta bom, então a gente pode ficar essas duas semanas? Só eu e você? Pra ser as duas melhores semanas da minha vida?”
“Pode null. E tomara que sejam as melhores da sua, porque da minha vai ser com certeza.”
null abraçou ela de novo e a beijou.
“Cadê null?” – null entrou na cozinha e viu um null e uma null com cara de assustados e as bocas vermelhas.
“Cadê o que null?” – null perguntou.
“Os sanduíches...”
“Que sanduíches?” – null perguntou em seguida.
“Ah! Quer saber... Vão pra um quarto!” – null disse e saiu da cozinha batendo os pés com força no chão.
“Até que essa é uma boa idéia.” – null disse pra null com um sorriso malicioso.
“É né? Vai lá que um dia eu chego pra te dá oi.” – ela disse rindo e ele deu um riso meio sem graça.
“UUUUUUUUUUUUU!!!!!!” – null e null ouviram quando chegaram na sala com os sanduíches.
“NA MINHA COZINHA?!” – null gritou enquanto ria.
“Cala a boca null, como se nunca ninguém tivesse feito isso lá.” – null disse e depois riu da cara de desentendida da amiga.
null encontrou um DVD de um filme qualquer e colocou no aparelho pra rodar enquanto comiam sanduíches.
Conforme o filme chato, que pensavam ser de terror mas no momento não era porque era muito engraçado, ainda mais o jeito que as pessoas faziam as suas caras de assustadas, null estava deitado no chão com a cabeça no colo de null que estava com as costas encostada no sofá, onde estavam null e null. No outro sofá se encontrava em uma ponta null e na outra ponta null. null estava com null num sofá de uma pessoa só, imagina o aperto, aperto gostoso.
5º Capítulo
“Acho que eu vou indo pra casa.” – null disse se levantando.
“Já?” – null perguntou triste.
“Tenho que ir porque, é quase dez da noite e tenho que cuidar do meu irmão.”
“Seus pais não estão em casa?” – null perguntou.
“Eles vão sair hoje. Se quiser pode ir em casa null.”
“Então eu vou indo também.” – null disse e se levantou.
“Ta bom, agora vai virar uma suruba la.” – null disse rindo.
“Eu tenho que ir também.” – null disse se levantando.
“Porque?”
“A null quer ir pra casa.”
null e null olharam pra ela com cara de quem não acreditava.
“É sério, eu não dormi noite passada.” – null disse.
“Hum... Ta, vê se dorme hoje então!” – null disse rindo.
Quando os dois casais saíram, null e null se deram conta que só ficaram elas, o null e o null na casa, nem os pais da null estavam la.
“Vão dormir aqui?” – null perguntou pros dois que estavam jogados nos sofás.
“Vamos.” – eles responderam.
“O sofá é todo de vocês.” – null disse subindo as escadas com a null pra buscar travesseiros pros meninos.
“A gente podia conversar null, eu podia ficar no seu quarto.” – null falava aquilo pela décima vez pra null.
“Não null, ou é aqui na sala, ou você conversa com a null pra você ir dormir no quarto que agora é dela.”
null olhou pra null que estava ajeitando o sofá e andou até ela colocando a cabeça dele na frente dela. null olhou a carinha de pidão que ele estava fazendo e começou a rir. null não entendeu e fez cara de desentendido.
“Ta bom null, o quarto é seu.” – null disse entre risos.
“Já disse que te amo?” – ele perguntou pra ela enquanto a abraçava.
“Vai deixar a null com ciúmes desse jeito.”
“null nada! Eu não tenho ciúmes dele!” – ela gritou subindo as escadas pro seu quarto e null foi atrás.
“Eles vão acabar casando.” – null disse pra ela mesma.
“Onde tem uma toalha?” – null disse entrando na sala só com as suas boxers.
“Eu arranjo uma pra você.”
“Obrigado null.” – ele agradeceu entrando no banheiro novamente. Adorava tomar banho altas horas da noite.
“Não quero que você vá embora.” – null disse depois de minutos em silencio em que ele e null estavam deitados nos sofás da sala.
“Eu também não.”
“Então não vá.”
“Não é fácil assim null. Você não entende.”
“Então me explica.”
“Se eu não fizer isso, as coisas podem piorar.”
null andou até o sofá dela e se sentou no chão ficando com o rosto perto do rosto dela.
“Então você não esta fazendo isso por você mesma?”
“Nunca é por mim mesma.”
null passou a mão nos cabelos de null.
“Você acha que quando você voltar a gente vai poder ficar junto?”
“Primeiro viva o momento null, depois a gente pensa no futuro.”
“Então vou viver o momento.”
null aproximou seu rosto do rosto de null e lhe deu um beijo. Um beijo inseguro e medroso, com medo de que pudesse ser o ultimo. null o beijou sabendo que talvez não voltasse pra Bolton, mentiu sabendo que ia ser o melhor a fazer. Conforme o beijo ia se prolongando, ele ia ficando mais intenso. null foi parar em cima de null que estava deitada no sofá. O beijo tomou um proporção tão grande que ambos não conseguiam respirar direito. null parou quando percebeu que estava indo rápido de mais.
“Não faço o que você não quiser.” – ele disse com a testa dele encostada na testa dela.
“null, você é um amor.” – ela sussurrou.
null se sentou na ponta do sofá e null na outra ponta.
“Eu quero ter você pra mim, até quando você for pro Brasil.”
“Eu não posso null.”
“Por que não?”
“Eu não posso me apaixonar por você.”
“Mas eu estou apaixonado por você.” – ele disse sério olhando fundo nos olhos dela.
null se aproximou dele e o envolveu num abraço apertado. Não podia se apaixonar por ele e depois deixar ele sozinho. Mas não podia não se apaixonar por ele. Ele era tudo pra ela. Um amigo, um amor, um irmão. Não queria deixar Bolton, não agora que tudo estava realmente acontecendo.
“Desculpa null.” – ela sussurrou no ouvido dele.
“A gente ainda ta ficando?” – ele disse ainda abraçado a ela.
null afastou seu corpo do dele e deu um tapinha no peito dele.
“Você não pensa em outra coisa não?”
“Hum... Não.”
null aproximou seu rosto do dele e deu um beijo no canto da boca dele. Ele mordeu os lábios e depois beijou null deitando ela com cuidado no sofá.
“Posso dormir com você?” – ele perguntou.
“Pode.”
6º Capítulo agora com a ajuda da Marry a gente colocou a fic no site de fanfic ^^ obrigada Marry! É ela que esta scriptando pra mim. Tomara que estejam gostando da fic... ^^
“Sabe... Esse negócio de você ficar dormindo com o null no sofá tá virando rotina.” – null dizia pra null.
Estavam as duas na cozinha tentando fazer um almoço. Os meninos já haviam ido embora, parece que tinham uma coisa pra resolver. Na noite passada, conforme null tinha dito, ela não deixou null colocar um dedo dele dentro do quarto dela, mas ele tinha dito que dormiram abraçados, igual a null e o null dormiram no sofá.
“E daí?”
“Vocês tão ficando é?” – null provocou null.
“É... Estamos...” – ela respondeu com um sorriso.
null não falou nada. Estava estática. Nunca pensou que um dia ia ouvir a amiga falar isso. null não entendeu a reação da amiga, pensou que ela ia ficar contente, ia sair pulando por aí igual uma doida e escrever em cartazes enormes que ela e null estavam ficando.
“Não vai falar nada?” – null perguntou pra amiga que ainda estava parada.
null saiu do transe e começou a berrar, a abraçar a amiga enquanto pulava fazendo ela machucar null. Depois ela parou, respirou fundo, foi até a porta da frente de sua casa e gritou: “A null TA FICANDO COM O null! ELES...” – ela não terminou porque null fechou a boca da amiga com a mão e a trouxe de volta pra casa novamente.
“Você ta doida?” – null perguntou pra amiga.
“Você ta ficando com o null!”
“E você precisa endoidar assim?”
“Você ta ficando com o null!”
“E precisa fazer essa algazarra toda?”
“Você ta ficando com o null!”
“EU SEI!” – null disse gritando de alegria. Ela sabia que não podia se envolver com ele, mas quando eles estavam pertos, ela esquecia de tudo. Simplesmente vivia com ele outra vida e sabia que tinha que aproveitar porque em pouco tempo estaria em um mundo completamente diferente do qual ela estava acostumada.
“É difícil a vida de quem não tem o que fazer nas férias.” – null disse.
“Eu sei, ainda mais quando estamos na casa da null equipadas só de um violão.” – null completou.
“Então porque na minha casa?”
“Porque... A null ta aqui.” – null disse.
“Eu sou importante. Obrigada meninas.” – null disse rindo.
“É null, a null é mais importante.” – null disse.
“Desculpa aí o... Importante!” – null disse pra null.
“Ta desculpada.”
Num sábado, sem nada pra fazer e com clima de chuva em pleno verão, foram todas na casa da null com a intuição de que algo melhor acontecesse, sempre acontecia quando as meninas estavam juntas. Mas até aquele momento, nada de mais havia acontecido. null tentou ligar pra null diversas vezes, mas não conseguia completar a ligação. null também tentou ligar pra null, mas seu celular estava desligado. Isso tudo estava deixando as meninas cada vez mais irritadas.
Um tempo depois, e muitos filmes e pipocas e refrigerante, estavam jogadas na sala da null, todas, quase dormindo no chão mesmo. Até que o celular de null toca e todas se assustam.
“Alo?...” – ela atendeu sonolenta.
“Amor? Você ta bêbada?” – null perguntou preocupado.
“Eu tava quase dormindo isso sim! Até que uma pessoa que parece que não liga muito pra namorada me liga me perguntando se eu to bêbada!” – null disse fazendo com que as meninas rissem.
“Desculpa amor, mas é que temos uma surpresa pra vocês. Onde vocês estão?”
“Na casa da null.”
“Então a gente já passa aí, só um minuto.” – null desligou o telefone sem nem se despedir da null.
“E depois diz que me ama.”
“Eles estão vindo pra cá?” – null perguntou.
“Disseram que tem uma surpresa pra nós.”
“Tomara que não seja outro bolo de cenoura com formato esquisito.” – null disse rindo.
“Então! É isso!” – null apresentou um pedaço de papel com algumas coisas escritas pras meninas.
“Isso o que? Isso?” – null disse apontando pro papel.
“Isso!” – null disse feliz.
“Mas isso é o que?” – null perguntou.
“Isso é o que vai se tornar isso.” – null respondeu. – “Você tem um violão?” – perguntou pra null que rapidamente estendeu o violão pra ele.
null começou a tocar um cover dos Beatles e null acompanhou ele cantando. null e null batiam seus dedos no sofá no ritmo da musica. Quando a musica terminou todos aplaudiram.
“Então isso é uma banda?” – null perguntou.
“Isso!” – null disse vitorioso.
“Qual o nome?”
Todos pararam de rir e pensaram. Perceberam que não tinham escolhido um nome pra banda, só tinham conversado sobre aquilo. Tinham tido umas idéias, mas nada concreto. E resolveram mostrar pras meninas pra ter sabe né... Uma opinião feminina. E não tinham pensado no nome. Como puderam esquecer a coisa mais importante?
“Hum... Essa é uma boa pergunta. Como é o nome null?” – null disse.
“Erm... O nome... É que... a gente não pensou no nome ainda.” – null respondeu cabisbaixo.
“Hum... E como vocês vão fazer a banda sem nem ao menos sabem o nome!” – null disse.
“É... A gente vai pensar num nome.” – null disse seguro.
“Vocês podiam colocar ‘as borboletinhas alegres’...” – null deu uma idéia.
“Ou podia ser ‘a null ta fumada’” – null disse depois fazendo com que todos rissem.
“Vai dizer que minha idéia não foi a melhor?”
“A minha foi. Você pensou no que pra dar aquela idéia?”
“Em você. Meu borboleta!” – null disse pra null fazendo vozinha de criança.
Passaram o resto da tarde conversando e rindo e tocando violão. Realmente aconteceu alguma coisa boa aquela tarde. Os meninos chegaram lá e deixaram a casa do jeitinho que eles gostavam. Com latas de cerveja e refrigerante jogadas pela sala, meias em cima do sofá e inclusive da null que dormia. Pedaços de pizza pela mesinha de centro e é claro, uma alegria constante, mesmo alguns deles estando bêbados.
Passaram o resto das férias inteiras ajudando os meninos a inventar uma musica, a inventar um nome e passando todo o tempo possível com a null, porque mesmo quando ela não estava perto deles é porque ela estava agarrada num canto com null, os dois não se desgrudavam e por isso as amigas tinham que fazer isso às vezes. Tentaram de tudo pra levantar o astral deles durante as ultimas semanas de null em Bolton, mas não adiantou nada. Resolveram fazer academia, isso durou dois dias. Depois tentaram fazer aulas de dança, foi legal as três primeiras aulas, depois, com o corpo todo doendo, resolveram parar.
“Não acredito que é amanhã que você vai.” – null disse.
Estavam as quatro meninas no quarto da null, dormiram lá pois era a ultima noite de null na cidade, e com suas amigas. Estavam todas cansadas e deitadas na cama da null conversando sobre coisas que amigas costumam conversar e num minuto de silencio null soltou aquilo.
“Nem eu.” – null apenas respondeu.
“Me leva com vocêêêêêê!” – null disse.
“Se eu pudesse eu levava tudo dessa cidade, tudo mesmo!”
“Vou sentir saudade.”
“Eu também.” – null disse em seguida.
“Eu também!” – null gritou.
“Eu também.” – null disse e as amigas deram um abraço grupal.
“Olha, eu não quero que vocês vão no aeroporto amanhã.” – null disse depois do abraço.
“Por que?” – null perguntou confusa.
“Não quero me despedir de vocês e se vocês forem, os meninos vão também e vai ficar ainda mais difícil dizer tchau.” – null disse chorosa.
“Então não vamos no aeroporto.”
“E por isso eu escrevi umas cartinhas de despedida pra vocês e pros meninos, amanhã eu entrego certinho.”
“null... Você me ama?” – null perguntou.
“Te amo null, você me ama?”
“TE AMO!”
“Vocês são doidas.” – null disse rindo.
“Mas a gente se ama.” – null disse dando língua pra null.
“Vamos logo dormir, estou cansada.” – null pediu.
“De fazer o que?”
“De fazer nada.”
Elas riram e enquanto tentavam dormir ainda rolava umas conversinhas. Foram dormir horas depois do combinado e quando menos esperavam acordaram. Procuraram null pelo quarto, pela casa e nada, ela já tinha ido ao aeroporto.
“Vamos lá!” – null pediu.
“Ela pediu pra não ir.” – null disse.
“E deixou as cartas como ela disse.” – null disse apontando pra onde as meninas dormiram. Tinha um envelope grosso pra cada uma.
“Vou chorar.” – null disse.
null entrou no avião contra sua vontade. Não queria ter que fazer aquilo, nem conhecia a família dela que morava no Brasil. Queria poder passar mais uma semana maravilhosa do lado dos amigos. Precisou de uma bolsa extra pra colocar todos os momentos deles juntos, vídeos, fotos, CD’s, cartas. Ela queria poder nunca mais esquecer deles, se esquecer de null, queria poder levar todos junto com ela. Apesar disso, deixou um pedaço dela com cada um deles. Todas as coisas que ela escrevia num caderno, por mais sem sentido que fossem, ela separou pra cada um dos sete e colocou dentro dos envelopes, com desenhos, musicas e pedidos pra nunca ser esquecida. Todos, mais ainda null, ficou chocado quando acordou de manhã e viu na porta de seu quarto um envelope pendurado, ficou ainda mais chocado quando olhou dentro e encontrou coisas que nunca penso que ia ver em sua vida. Foi aí que percebeu que null havia ido embora e não tinha lhe dito um ‘adeus’ ou um ‘até logo’.
Todos os outros encontros que as meninas e os meninos tiveram eram sem graça. Não tinham a null pra tirar sarro dela, pra brincar com ela, e sem a ajuda dela, não podiam irritar a null. Era um brilho que eles perderam. E foi exatamente isso que null escreveu no seu caderno enquanto estava no avião: Foram brilhos na minha vida que temo nunca mais encontrar novamente.
A viajem inteira foi cansativa, incômoda, chata. Não tinha nada pra fazer e a saudade começava a bater nela. Pensava no que faria final de semana, ao invés de ir na casa da null incomodar a garota, ela iria pra praia. Invés de ficar sem nada pra fazer, ia ficar sem nada pra fazer num calor horrível. Caiu uma lagrima quando pensou em null, as palavras de alguns dias atrás que ele falou pra ela ainda ecoavam na sua cabeça ‘mas eu estou apaixonado por você.’
null não conseguia mais comer, nem dormir, nem tomar banho, estava um completo porco surrado no seu quarto. Os amigos não estavam tão diferentes assim. Saiam pra comer alguma coisa de vez em quando, mas quando olhavam pra cadeira que eles cismavam colocar na mesa simbolizado a null ninguém mais tinha vontade de ficar feliz. Eles viviam uma mesma pessoa.
7º Capítulo
null chegou no Brasil, era quente como todos tinham lhe dito, mas era bonito, era gostoso e ela sentia saudade do friozinho de Bolton. No aeroporto tinham pessoas esperando ela e a mãe. Não reconhecia ninguém.
“Oh! Você é a null? Que grande você esta!” – uma senhora que dizia ser sua tia a abraçou.
“Olha só que linda!”
“Se parece muito com a mãe!”
“Nunca mais te vi!”
“Que bom que você esta aqui!” – tias e avós falavam. Mas pra null não era tão bom quanto pensavam.
“O que será que ela esta fazendo agora?” – null perguntou.
“Deve estar se agarrando com algum brasileiro gostoso.” – null disse pra provocar e recebeu um olhar nada bom de null.
“Vamos esquecer a null só um pouco e tentar viver sem ela?” – null pediu.
“Vamos tentar.” – null disse.
“Então... Quem quer sorvete?!” – null gritou.
Foram todos pra sorveteria tentando não pensar no que null estava fazendo, no que seria se ela estivesse ali, no que seria se nada tivesse acontecido.
“O que será que eles estão fazendo agora?” – null perguntou pra si mesmo enquanto desfazia as malas.
“O que será que ele está fazendo agora?”
Pensava, desfazia as malas, falava com ela mesma, dançava quando uma musica qualquer vinha na sua cabeça.
null resolveu sair pra conhecer a cidade na segunda semana que estava no Brasil. Era enorme, quente e tinha muita gente nas ruas. Não conhecia nada nem ninguém dali e por isso sua tia tinha lhe dado um mapa de como voltar pra casa no caso dela se perder. Ficou imaginando como seria se seus amigos estivessem lá com ela. Deixou esse pensamento de lado quando deu de cara com uma loja de penhores e viu um violão lindo. ‘A cara do null’ ela pensou. Entrou e deu uma olhada na loja, tanta coisa velha, tanta coisa linda, tanta coisa usada. Quando o senhor perguntou se ela queria algo ela apenas virou de costas e foi pra fora da loja. Não queria conversar.
Parou quando viu uma sorveteria, um sorvete naquele momento a faria bem. Ficou sentada numa mesa de plástico com cadeiras de plástico enquanto tomava seu sorvete e via o movimento da cidade, as pessoas não paravam.
Alguns dias depois as aulas de null começaram, nova escola, novo cotidiano, nova vida. Ela mesma achou engraçado quando entrou na escola e descobriu que era a única aluna de fora. Os alunos quase não falavam com ela, não falavam com ela. Uma garota puxou papo com ela depois de algumas aulas.
“Sou null.” – ela disse estendendo a mão.
“null.”
“Você tem grupo pra fazer esse trabalho?” – ela perguntava do trabalho que a professora de português havia passado.
“Hum... Ainda não.”
“Quer fazer com a gente?”
“Claro.” – ela disse alegre.
null acompanhou null até umas mesas no pátio da escola onde se encontravam algumas pessoas que eram parte da sua sala.
“Esse é o Renan, Hugo, Marry, null e Fernando, eles estão fazendo o trabalho no nosso grupo.”
“Ah! Essa é a aluna nova!” – Hugo gritou fingindo que ninguém tinha percebido que null era a aluna nova.
“NÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOO! Sério Hugo?” – null disse rindo.
Eles eram divertidos, null achou que seriam ótimos amigos.
“Você vai fazer o trabalho de português com a gente?” – Marry perguntou.
“Hum...”
“Ela vai sim.” – null respondeu por ela.
“A gente pode te chamar de outra coisa? null é muito grande.” – null pediu.
“Me chamem de null.”
null voltou pra casa feliz naquele dia, tinha feito novos amigos e estava pronta pra começar uma vida diferente.
Os anos foram passando, sentimentos surgindo em cima de sentimentos. Os amigos de Bolton quase nem lembravam mais de null e null ia se esquecendo deles conforme o tempo passava. Ainda se comunicava com eles, claro, através de e-mail, cartas, telefonemas, mas tudo com o tempo se desgasta, e como estavam longe esse tempo encurtou.
As coisas estavam indo bem com null. Passou os dois anos seguintes se adaptando a cidade, fazendo amigos, estudando. Quando finalmente terminou o ensino médio sua mãe resolveu que era melhor ela voltar pra Bolton.
“Mas porque mãe?”
“Seu pai conseguiu a promoção no emprego dele e lá você tem mais chances de encontrar um emprego bom.”
“Eu não vou fazer isso outra vez.”
“Eu sei que é difícil pra você, e é mais ainda pra mim...”
“Você não entende mãe, eu tenho amigos aqui, não posso abandonar tudo outra vez como eu fiz em Bolton.”
“Você vai se reconstruir.”
“Eu não quero mãe.”
“Pensa no assunto e depois você me diz se quer ou não.”
“Eu não sei o que ela tem na cabeça .” – null estava conversando com ela pelo telefone.
“Se é pro seu bem, eu acho melhor você ouvir.”
“E dizer adeus pra todos vocês? Eu não consigo fazer isso outra vez.”
“Talvez só um ‘até logo’ resolva.”
“Marry...”
“Isso é com você null, a gente vai te entender se você voltar pra lá, você é nossa amiga, a gente entende, mas pensa no que é melhor pra você.”
“Parece que você ta me chutando pra fora do Brasil.” – null disse e as duas riram.
“Não, que é isso. Se você for pra lá eu tenho que certeza que um dia você volta pro Brasil e a gente mata a saudade.”
“AAAAAAA FOFAAAAA!”
“Quer me deixar surda?”
“Falando em surda, vamos sair hoje?”
“O que surda tem a ver com sair?”
“Sei lá, mas vamos sair hoje?”
“Vamos, liga pros meninos que eu aviso as meninas.”
“Por que eu sempre tenho que ficar com os meninos?”
“Porque eu votei em você.”
“É sério, a gente espera por você aqui.” – disse de boca cheia.
“E se você não vier mais pra cá, a gente vai até você.” – null disse.
“Então ta, mas me prometam então.” – null disse fazendo bico.
“A gente promete.” – null disse com um sorriso.
“Eu prometo só se você me der o resto do seu refrigerante.” – Hugo disse de olho no refrigerante da null.
“Você não presta mesmo né.”
“Quando você vai?” – Marry perguntou.
“Acho que vou no outro fim de semana.”
“Até lá você já vai ter cansado da gente.” – null disse.
“Posso saber por quê?”
“Por que... A gente vai acampar!”
“Ta doida! Eu não vou não.”
“Por que não null?” – reclamou.
“Eu não gosto, prefiro ir dormir do quarto do Fernando que é quase igual.”
Fernando que até aquele momento não havia dito nada porque estava mais preocupado em comer, desviou seu olhar até o rosto de null e lançou um olhar de quem não gostou do que havia ouvido, quando ela virou a cabeça pra ouvir o que null dizia Fernando pegou um papelzinho e jogou na cabeça da null. Logo depois ela jogou outro papel que acabou acertando . A partir daí começaram a fazer uma guerrinha de papel e chamaram a atenção de todos que estavam na lanchonete comendo seus lanches.
“Deixe eu pegar esses guardanapos, da licença.” – um garçom disse entrando no meio da guerrinha pra pegar os guardanapos deles.
“Estraga prazer.” – Hugo disse sem que ele ouvisse.
“Eu disse que era quase igual.” – null disse assim que chegaram na casa de Fernando.
Todos concordaram em dormir o fim de semana lá, menos ele que queria paz e sossego no primeiro fim de semana depois do termino das aulas.
“Engraçadinha.”
“Ainda bem que sobra espaço pra gente dormir.” – disse rindo.
“Cala a boca, meu quarto nem é tão bagunçado assim.”
“Não mesmo, agora ele está mais ajeitadinho.” – null disse enquanto ria.
Fernando deu um risinho sem graça fazendo os outros rirem logo depois. Seria um fim de semana e tanto, nunca havia dormido tanta gente assim na casa de Fernando e até a mãe dele estava espantada. Mas claro que ajudaram levando comida, não iam viver só da comida da casa de Fernando, até porque aquela comida não ia durar nem o primeiro dia, não com o lá, o menino come um monte e ainda consegue manter o corpo ¬¬, vai entender.
“Verdade ou conseqüência?” – null perguntou pra null enquanto estavam na mesa jantando, sem os pais de Fernando claro.
“Verdade.”
“Você já beijou alguém?”
“Já, e você?”
“Não é minha vez ainda...”
“EEEEEEEEERRRRR!!” – Hugo gritou só pra encher o saco mas fez com que todos rissem.
“Erro de cena, então, null, você já beijou alguém dessa cozinha?”
null olhou em volta e parou com os olhos em cima de Fernando, os dois ficaram vermelhos e não adiantou ela responder mais nada, tinha dado a resposta na hora.
“, você já se apaixonou?”
“As perguntas que você faz pra ele, até parece que ele vai responder...” – null dizia mas respondeu.
“Já.”
“Hugo, você toma banho?”
“Eu não! Desgasta minha beleza.”
“Que gay.” – Marry disse e todos riram.
“Marry, você gosta de mim?”
“Gosto, você é meu amiguinho.” – ela respondeu apertando as bochechas de Hugo.
“Fernando, você é mudo?”
“Só quando eu quero. null, você ama a gente?”
null olhou as pessoas que estavam na mesa, sentiu os olhos marejarem quando lembrou de seus amigos que estavam em Bolton e sentiu a saudade que ela não sentia fazia muito tempo.
“Amo vocês.”
“Você vai se lembrar sempre da gente?” – null perguntou.
“Não é a sua vez, é a minha.” – null protestou.
“E daí?”
“Responde null.” – Marry pediu.
“Vou lembrar sempre de vocês.”
“Eu quero uma foto!!” – Hugo pediu.
“Isso mesmo, pega lá a câmera Fernando.” – pediu.
Fernando subiu as escadas pra procurar a câmera e ouviram várias coisas caindo no chão, algumas se quebrando e alguns palavrões antes dele descer as escadas.
“ACHEI!”
Se aprontaram todos e tiraram a foto na cozinha de Fernando mesmo. Ninguém saiu sério na foto, já tinham quase 18 anos mas quando estavam juntos a maturidade sumia e viviam a vida deles como eles mesmo queriam.
Os amigos passaram o fim de semana o mais juntos possível, até pra ir no banheiro eles queriam ir juntos (n.a.: eu sei que exagerei agora xD). Eles intercalavam estudo com diversão, mesmo estando nas férias faziam cursinhos. Os amigos passaram a tirar foto de todos os momentos juntos, até de quando um passarinho fez cocô na camiseta de null enquanto eles caminhavam de manhã tiraram foto. E até dos momentos mais inúteis, tipo enquanto um dormia, o outro filmava. Eles não tinham mais nada pra fazer e era uma maneira de null lembrar sempre deles.
“Vou sentir saudade de você filha.” – a mãe de null se despedia dela. Ela estava pronta pra entrar no avião e em alguns minutos ia deixar o país pronta pra mudar a vida novamente.
“Também vou sentir sua falta mãe.” – ela disse abraçando a mãe.
“Me liga quando chegar lá.” – a mãe pediu enquanto limpava algumas lágrimas.
“Ligo.”
De repente ouviram uma correria vindo da porta do aeroporto. Seis pessoas correndo igual uns doidos, desviando de malas, pessoas, crianças, e pior ainda, gritando ‘null’.
“Meu Deus, eu não conheço.” – null disse afundando o rosto no ombro da mãe.
“null! Você ainda não viajou.” – Hugo disse assim que chegou perto dela.
“Não Hugo, eu ainda estou no avião.”
“A gente veio se despedir.” – null avisou.
“Viemos dizer ‘até logo’.” – Marry disse abraçando a amiga.
Logo depois os outros abraçaram null na mesma hora, a conclusão disso tudo foi um tombo, caíram todos um em cima do outro, gerando risadas não só de quem estava no abraço mas também de quem estava vendo a cena no aeroporto. Depois de se recomporem novamente se despediram de null individualmente, nunca dizendo adeus.
“Escreve pra gente.” – null disse deixando uma lagrima cair.
“Escrevo sim null.”
null subiu no avião com a mesma sensação da primeira vez que fez aquilo, medo, saudade, tristeza. Tinha medo de chegar em Bolton e as coisas tiverem mudado, tinha medo de sentir saudade, sentia tristeza por estar fazendo aquilo novamente, mas agora por ela mesma. A mesma mala que ela tinha levado com fotos pro Brasil, agora voltava cheia de momentos de lá.
null fez a viajem toda olhando pela janela na esperança de ver um pouco do que seria sua vida de agora em diante. Queria pelo menos imaginar mas não conseguia, se via no mesmo momento pela segunda vez. Estava no avião, chorando de saudade dos amigos que veria em breve, e não nunca mais.
8º Capítulo
“É sério, eu estou em casa.” – null conversava pelo telefone com sua mãe.
“Estou segura mãe... É, o pai foi me buscar no aeroporto... Ainda não falei com eles... Eu ligo pra null sim mãe... Diga que eu também estou com saudade... Tchau.”
Desfazer as malas. Enquanto fazia isso pensava num jeito de falar com null, será que ela ainda seria a mesma? Talvez se tivesse mudado algo não saberia quem seria ela. E se todos tivessem mudado e não andassem mais juntos? E se tivessem esquecido dela? Deixou esses pensamentos de lado quando ouviu a campainha tocar.
“null?” – ela disse assim que viu quem tinha tocado. Ele continuava com a mesma carinha de anjo de sempre, os cabelos bagunçados, a calça caindo, e aquele sorriso no rosto que null sentia tanta saudade.
“null!” – null gritou abraçando ela.
“null!”
“null!”
“null!”
“null!”
“Você chegou quando?” – null disse se desfazendo do abraço.
“Á algumas horas. O que você ta fazendo aqui?”
“Vim te ver, sua mãe ligou lá em casa.”
Formou o silencio, null olhava cada pedaço de null, como ela tinha mudado, estava mais bronzeada, com mais curvas, estava uma adulta. null ficou surpresa em ver que mesmo com as calças caindo null ainda era aquela pessoinha que era à 2 anos atrás.
“Vamos, estão todos te esperando na praça.” – ele disse e estendeu a mão pra null que aceitou fechando a porta atrás de si.
“null!” – gritaram quando viram null e null.
“GENTEEEEE!!!!!!”
null foi a primeira que abraçou a amiga, estava tão feliz em vê-la outra vez. Depois foi a vez de null, deu um abraço apertado e cheio de pulinhos igual ao que null deu. null abraçou a amiga tão forte que ela não conseguia nem respirar direito, null teve que pedir pro amigo se acalmar. null pegou ela no colo e a rodou até não sentir mais o chão. E null, bom, null deu um abraço meio tímido.
“Não precisa ser desse jeito, me abraça direito.” – null pediu.
null fez o que ela tinha pedido e a abraçou como um amigo abraça uma amiga que não vê a tempos. Eles estavam tão felizes que nem perceberam o tempo que passaram abraçados.
“Saudade.” – ela sussurrou no ouvido dele.
“Muita saudade.” – ele sussurrou de volta.
“Sério que você ainda tem?”
“Claro null, foi a ultima coisa que você deixou pra gente e... Eu trouxe...” – null disse mostrando o envelope.
“Eu trouxe também.” – null disse mostrando o envelope dele.
Todos haviam levado seus envelopes, deixaram null emocionada.
“E não mostramos pra ninguém, como você pediu.” – null disse.
null pegou os envelopes e abriu todos, deixaram que todos vissem o que ela deixou pra cada um. Fotos, poesias, musicas, CD’s, cada um tinha um diferente.
“Que legal null.” – null disse assim que pegou um desenho que antes estava no envelope de null.
“Eu e null fazíamos aula de desenho a um tempo atrás.”
“Suas poesias são legais também.” – null disse enquanto lia uma.
“Obrigada.”
“Eu posso pegar esse CD emprestado?” – null perguntou.
“É do null, pergunta pra ele.”
“Você não vai querer de volta?” – null perguntou.
“Eu dei pra vocês, agora vocês fazem o que quiserem.”
“Já que ninguém mais vai falar, eu falo. Vamos sair hoje?” – null disse.
Todos olharam pra ela e riram. null deixou null feliz, ela ainda tinha aquela vontade de sair sempre, mesmo quando as coisas não estavam nada bem null convidava as amigas pra sair, tomar um ar e sempre ajudava. Ela era a mais divertida.
“E pra onde a gente vai?” – null perguntou.
“Vamos pro cinema.”
“Ainda tem cinema aqui?” – null perguntou.
“Tem, agora com um filme por semana.” – null respondeu rindo.
“Vamos?” – null perguntou.
“Vamos!” – todos responderam juntos.
“Então eu vou pra minha casa me arrumar, não quero chegar atrasada.” – null disse e se despediu dos amigos antes de pegar o rumo pra sua casa.
“Arrumar?” – null perguntou não entendendo o que a amiga acabou de dizer.
“Longa história.” – null deu de ombros.
“Então, quando que é o filme?”
“Daqui umas duas horas...” – null respondeu.
“Vou aproveitar e arrumar o resto das minhas coisas.”
“Eu passo na sua casa depois?” – null perguntou antes da amiga se despedir dela.
“Passa. Até mais gente.”
“Você não ia arrumar as suas coisas?” – null perguntou assim que entrou no quarto de null.
“Eu arrumei...”
“E o que é esse monte de roupa aqui?”
“É que não coube no meu guarda-roupa. Eu achei que não ia ter mais roupas minhas aqui, mas tem.”
“Você usava isso?” – null perguntou mostrando um biquíni pra null que estava passando seu lápis no olho.
“Usava...” – ela deu de ombros.
null andou até null e segurou em seus ombros.
“O que aconteceu com a minha null?” – ela dizia enquanto balançava null de um lado pro outro.
“Calma null, usei só umas três vezes.”
“Já me sinto aliviada.”
Boa parte do caminho até o cinema as meninas fizeram em silêncio. Só se ouvia o CD que a null colocou pra tocar no seu carro. Era como se fossem desconhecidas. Uma tinha medo de puxar papo com a outra. Até que a cena daquela tarde bateu na cabeça da null.
“null, o que aconteceu com a null?”
“Por que?”
“Ela saiu mais cedo pra se arrumar e não chegar atrasada...”
“Ah, é assim desde quando null terminou com ela.”
“O QUE?!?!?!?!?!?!”
“Segundo ele, não tava mais dando certo.”
“Cretino.”
“Eu também pensei isso, mas parece que a null não ligou muito.”
“Ta doida?! Ela saiu pra se arrumar!”
“Ah...”
“Preciso conversar com ele.”
“Pensei que não chegariam hoje!” – null disse assim que viu as meninas entrarem pela porta do cinema.
“Não ia te deixar esperando.” – null disse cumprimentando todos.
“Que filme temos hoje?” – null perguntou.
“De volta para o Futuro.” – null respondeu olhando o cartaz.
“Não agüento mais ver esse filme.” – null resmungou.
“COMO ASSIM NÃO?!?!?!?! Ele é O filme null!” – null gritou.
“Então vamos entrar logo porque somos só nós aqui.” – null disse e empurrou todos pra dentro da sala.
Foram todos se sentar nas fileiras da frente, menos null e null que foram pro fundo fazer o que eles sabiam fazer de melhor quando estavam juntos e sozinhos. null sentou de um lado do cinema enquanto null sentou do outro. null ria enquanto null tentava se sentar do lado de null pra ficar abraçado com ela e ela não deixava. E null... Onde estava null?
“null, cadê o null?”
“Acho que vai demorar um pouco pra chegar.” – ela respondeu enquanto tentava manter as mãos de null longe dela.
“Ele disse que tinha que passar num lugar antes... Olha lá ele.” – null apontou pra porta da sala onde ela viu null entrar, com mais alguém.
“Quem é?” – null perguntou cochichando pra null.
“Oi gente.” – null cumprimentou os três e depois olhou pra null. – “Essa é Lisa. Erm... Minha namorada.”
“Oi Lisa.” – null cumprimentou ela.
Namorada?! Não sabia o que fazer, o que pensar, ficou estática. Durante o filme inteiro ela tentava ignorar as risadinhas que o casal null-Lisa davam. Nossa, como ela tinha sido estúpida em pensar que ainda tinha alguma coisa com null. null queria sair de lá correndo, não ia agüentar ficar ali por muito tempo. Namorada...
“POR QUE VOCÊ NÃO ME AVISOU?!” – null gritou assim que ela e null entraram no carro pra voltar pra casa.
“Seria pior se você soubesse antes.”
“Ta sendo pior agora... Como eu pude ser tão estúpida.” – null dizia e batia sua cabeça no painel.
“null, você foi embora por dois anos. Não esperava chegar aqui e encontrar tudo do mesmo jeito né?”
“Esperava... Pelo menos você e null continuam com suas briguinhas.”
“Ah, nem me fale. Queria que ele mudasse e parasse com isso.” – ela disse e null riu.
null chegou em sua casa, seu pai já estava na cama. Ela tomou um banho e depois deitou em sua cama. Se lembrou das ultimas duas semanas que ela passou em Bolton antes de ir pro Brasil. Foram as duas melhores semanas de sua vida. E a frase que ela ainda ouvia : ‘mas eu estou apaixonado por você.’ Naquele momento ela ouviu diferente, ela ouviu um ‘mas estou apaixonado pela Lisa.’ Então foi aí que tudo começou, uma lagrima desceu pelo rosto dela e ela se culpou o resto da noite por ter deixado Bolton. Podia estar tudo tão diferente e melhor, melhor do que estava agora. Ela adormeceu depois de não ter mais forças pra chorar e só foi acordar com uma travesseirada.
“AI!” – ela reclamou.
“Vamos pra casa do null.” – null disse abrindo as janelas.
“Não...”
“Vamos sim null, vai ta legal.” – null pedia.
“Se aquela Lisa tiver lá eu não vou.”
As amigas olharam pra null e disseram pra ela que era melhor deixar passar, não era culpa de null se ele tinha uma namorada agora, ela não podia fazer mais nada. Um dia ou outro ele ia ter uma namorada e ia apresentar ela pra null e aquele dia foi na verdade na noite passada. O que null tinha que fazer era partir pra outra também, arrumar um homem bem gostoso e se exibir com ele na frente de null pra ele ficar com ciúmes.
“Até parece que eu ia fazer isso, vocês são doidas.” – null disse rindo.
“Tá, não precisa de exibir com ele na frente do null, mas é pra você esquecer esse tonto do null.” – null disse.
“E anda logo se não vamos ficar sem comida.” – null disse empurrando null da cama.
“Ainda continua uma bagunça.” – null disse pra null.
“E daí? É minha casa, se eu quisesse pintar ela de amarelo néon eu pintava.”
“Duvido!”
“É, não pintava não.”
“Cadê a comida dessa casa? Eu to com fome.” – null reclamava.
“Que comida? Não tem comida.” – null disse.
“Cadê o null?” – null perguntou baixinho pra null.
“Esta lá fora com o null.”
Ela foi até o quintal dos fundos e encontrou os dois sentados cada um com um violão na mão. E graças que Lisa não estava lá.
“Já acharam um nome pra banda?” – ela disse assim que os dois notaram a menina olhando pra eles.
“Ainda não, mas com certeza vamos encontrar.” – null disse.
null andou até uma cadeira e sentou lá tirando o violão da mão de null e tocando algumas notas.
“Ainda lembra.” – null disse.
“EU PRECISO DE AJUDAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!” – null gritou da cozinha.
“Eu vou...” – null disse e se arrastou até a cozinha.
“Então, por que você terminou com a null?” – null perguntou assim que viu null entrar na cozinha.
“Não tava dando certo.”
null olhou pra ele com cara de quem não tinha acreditado.
“É sério!” – ele se defendeu.
“Conta essa historia direito, eu sei que você ta escondendo alguma coisa.”
“Mas não conta nada pra ninguém ta?”
“Ta null, conta logo.”
“Uns meses depois que você foi pro Brasil, as coisas entre eu e a null esfriaram, e você sabe como eu sou né? Eu preciso sempre de alguém pra mim. Então um dia eu fui pro pub sozinho e conheci uma menina, a gente saiu junto algumas vezes e... Dormimos juntos algumas noites e eu me sentia culpado por estar fazendo aquilo com a null e terminei com ela.”
“Você é um cachorro null.”
“Obrigado.”
“Ainda bem que você terminou com ela. Ela já sabe da historia toda?”
“Tá doida?! Eu não contei pra ela.”
“Então trate de contar pra ela e pedir desculpa!”
“Mas null...”
“Mas nada! Você terminou com ela dizendo que vocês não se davam bem, mentiu muito seriamente!”
“Eu sei...”
“ENTÃO TIRA ESSA BUNDA DESSA CADEIRA E VAI SE DESCULPAR COM ELA PORRA!”
null se assustou com o grito que null deu. E sabia que estava passando da hora de contar a verdade toda pra null. Ele estava decidido mesmo a contar a verdade mesmo que fizesse mal pra ela, e ele tinha certeza que ela ia ficar muito mal com aquilo tudo.
“Aff null, cala a boca. É claro que os homem daqui são muito mais bonitos do que os homens do Brasil.” – null dizia pra ela.
“Você não conhece todos os homens de lá então.”
“E você não conhece todos os homens daqui?” – null disse de boca cheia.
“Hum... Eu acho que conhecer só vocês me basta.”
“Olha, eu tenho uma surpresa pra você.” – null disse pra null enquanto fuçava na sua bolsa.
“Oba! Surpresa!”
null tirou da bolsa dela a ultima foto que eles tinham tirado juntos, antes da null ir pro Brasil. Lá estavam todos com cara de sério, menos null que estava se divertindo muito olhando o decote de null.
“null pervertido.” – null disse rindo.
“Da onde você tirou isso?” – null perguntou.
“Bom, do ultimo dia aqui na minha casa.” – null respondeu.
null encontrou ela e null na foto. Ele estava abraçando ela por trás e tentando fazer cara de mal.
“Não, eu não vou conversar sobre a Lisa” null estava agora na sua casa conversando com null pelo telefone.
“Eu também não conversaria, odeio aquela garota.”
“Eu também, e olha que eu só conversei com ela por dois segundos.”
“Sorte sua.”
“Ainda bem que você e null continuam firme o namoro.”
“Eu sei...”
“O que vão fazer amanhã?”
“Ah... A gente pode ir na casa da null, faz tempo que não vamos lá.”
“Ta bom então, eu tenho que desligar, tchau baby.”
Ainda bem que null não tinha falado nem visto mais aquela Lisa, não agüentou nem ver ela e null juntos no cinema imagina fora dele. Mas e agora? null não podia fugir de Lisa todo o tempo, uma hora ou outra ia ter que encarar a menina, conversar com ela. E ela pedia que esse tempo não chegasse tão de pressa.
9º Capítulo
“Que invasão é essa na minha casa?” – null disse quando ouviu as meninas entrarem na casa dela.
“A gente veio almoçar aqui, tem almoço?” – null perguntou expulsando null do computador dela.
“Não, não tem almoço.”
“Então vamos pedir pizza.” – null disse pegando o telefone e ligando pra pizzaria.
“Vocês são rápidas, eu estou impressionada.”
“Obrigada null. E ah, null, chama os meninos pra virem aqui também.” – null disse.
Depois que a null disse aquilo as três meninas soltaram um ‘Ah não null, nem pensar.’ Fazendo ela rir, mas sabiam que não ia adiantar muito fazer aquilo porque logo depois null pegou seu celular e ligou pra null que automaticamente ligou pros outros meninos e depois estavam os oito (isso mesmo, oito porque a Lisa não foi! Ainda bem) na cozinha da null totalmente calados.
“Vocês podem falar alguma coisa?” – null pediu.
“Cala a boca null.” – null disse.
“Não to mais agüentando isso aqui, vou jogar play station.” – ele disse e foi pra sala da null.
Logo depois null foi atrás dele porque ouviu o barulho de alguma coisa se quebrar. Depois null e null foram ter mais privacidade e deixaram null, null, null e null na cozinha. null mandou um olhar pra null pedindo que ela saísse pra ter aquela conversa com a null.
“null... Vamos lá fora eu preciso conversar com você.” – null se arrependeu muito por ter dito aquilo, agora ela encurtou totalmente o tempo que ela gostaria de ter pra não conversar com null sobre eles.
Os dois se dirigiram até a varanda, sentaram numas cadeiras que tinha lá e ficaram se encarando, um olhava pro outro, não diziam nada.
“Então... O que queria falar comigo?”
“Eu... Ham... fiquei feliz por você ter encontrado uma namorada.” – droga, ela tinha que ter falado aquilo?
“Obrigado null... Sabe foi difícil encontrar alguém.” – ele disse corando.
“null, eu tenho que te pedir desculpas ainda né.”
“Por quê?”
“Desculpa por ter ido embora e não ter me despedido de você.” – ela disse olhando pros seus pés. null se aproximou dela e pegou em seu queixo levantando sua cabeça fazendo com ela olhasse pra ele.
“Acho que foi muito melhor você ter deixado suas coisas comigo do que ter se despedido. Então eu te agradeço.”
“null você... Você ama a Lisa?”
“Não do jeito que eu te amei.”
null olhou pros olhos deles e ele viu que os olhos dela estavam cheios de lágrimas, eram olhos que pediam pra que ele não dissesse o que realmente sentia. Mas ele tinha que dizer.
“null eu, me senti muito mal quando você foi e você fez muita falta, ainda faz, mas quando eu conheci Lisa foi um jeito de, de tentar te esquecer e...”
“Não diz mais nada, eu entendi.”
“Não, não entendeu.”
“Você queria me esquecer deixar tudo o que você sentia por mim de lado, deixar tudo o que EU sentia por você de lado e por isso achou naquela vadia uma saída!”
null riu pelo que null acabava de dizer, não acreditava que ela pensava daquele jeito.
“Por que você esta rindo?”
“Não é nada disso.” – ele disse enxugando as lagrimas dela. – “Me deixa terminar de contar?”
“Ta...” – ela murmurou.
“Até dois dias atrás eu não tinha você, e quando eu te vi no parque eu esqueci da Lisa completamente e depois de ontem no cinema eu não conseguia mais ficar perto dela. Ela só me falava em como eu tinha ficado com você, em como eu pude ficar com você pra depois você me abandonar...”
“Eu não quis fazer aquilo.”
“Então eu terminei com ela. Eu terminei com ela porque naquela noite eu dormi pensando em você e percebi o quanto você me faz falta.”
“null...”
“E eu percebi que eu também te fiz falta.” – ele disse com um sorriso maroto.
“null!”
“Eu sei que vai ser difícil pra gente voltar a ser amigo do que jeito que era, mas eu quero tentar.”
“Eu também.”
null se levantou e ficou de frente pra ela.
“Amigos?” – ele disse estendendo a mão.
null levantou também e apertou a mão dele.
“Amigos.” – e depois se abraçaram. Amigos outra vez, ela estava tão feliz com aquilo.
Depois viram null sair pela porta da cozinha com a cara vermelha e logo depois saiu a null correndo atrás dele.
“SEU CACHORRO! SEU PORCO! NOJENTO!” – ela gritava enquanto corria atrás dele.
null segurou null e fez ela sentar na cadeira que antes ela estava sentando e null fez null sentar na cadeira que antes ele estava sentado. null começou a chorar, estava soltando tudo o que estava guardado nela. null agachou na frente da amiga e abraçou ela.
“Ele é um idiota null, nunca devia ter ficado com ele!” – ela falava entre soluços.
“null, calma, ele não é idiota.”
“CLARO QUE É null! VOCÊ NEM SABE O QUE ELE ME FEZ!” – null gritou e depois olhou com cara de desgosto pra null que estava de cabeça baixa enquanto conversava alguma coisa com null.
“Eu sei muito bem o que aconteceu, ele me contou ontem e eu fiz ele prometer que ia te contar a verdade.”
“Eu preferia não saber disso.” – null disse olhando pra null novamente.
“Ele disse sobre a garota?”
“Disse.”
“E sobre as noites deles?”
“Disse.”
“E sobre a culpa?”
“Disse.”
“E sobre te amar mais que tudo?”
null parou e pensou, null não tinha lhe dito isso, não mesmo. Tinha dito da menina, das noites deles juntos, da culpa enorme que ele sentiu, mas não tinha dito que ele a amava.
“Não, não disse.”
null que ouvia tudo o que elas estavam conversando empurrou null e pegou no braço de null levantado ela pra que ela ficasse de frente pra ele. null e null que não entenderam nada somente se afastaram e ficaram vendo o que estava acontecendo.
“Eu te amo mais que tudo.” – null disse olhando nos olhos dela.
“Acho que esta meio tarde pra você vir me dizer isso. null, eu vou pra casa, não to me sentindo bem.” – null disse e depois saiu da casa.
“Outch.” – null disse fazendo só com que null ouvisse.
null estava inconformado, como pode fazer isso com a null, a mulher que pra ele era a única. E quando tentou dizer isso pra ela, ela simplesmente virou a mão na cara dele. null foi embora da casa de null depois de um tempo com a mesma desculpa que não estava passando bem.
“Arrumamos um casal de amigos hoje, null quebrou um vaso da minha mãe, null e null estavam quase fazendo filhos e, estragamos um casa de amigosl. Dia agitado hoje.” – null disse deitada no sofá da sala. Estavam todos lá assistindo filme, que já tinha acabado. null e null estavam abraçados num sofá e null e null dividiam outro. null estava deitado no tapete perto de null.
“E que dia.” – null acrescentou.
“Acho que vou pra casa, não vai ter janta aqui mesmo né?” – null disse se dirigindo pra porta.
“Eu vou com você, tchau gente.” – null se despediu.
Enquanto andavam o clima ia ficando cada vez mais frio, frio mesmo, estavam entrando no inverno já. null apertou o moletom contra seu corpo.
“Está com frio?” – null perguntou.
“Você não?”
“Vem aqui.” – ele abriu um braço e passou ele em volta do pescoço da null dividindo a blusa dele com ela.
“Aqui está quentinho.” – ela riu.
“O clima vai ficar estranho assim entre a gente?”
“Não esta estranho.” – ela deu de ombros.
“Então me beija.”
“VOCÊ TA DOIDO?!” – ela gritou se afastando dele.
“Tava brincando.” – ele disse rindo.
“Besta!” – ela disse entrando de baixo do braço dele novamente.
“Mas não ia ser tão ruim ia?”
“Para null!”
“Eu sei que você me ama.”
“Convencido.”
“Bom, eu te amo.”
“Para com isso null.”
“Isso o que?”
“Dizer que me ama. Até algumas horas atrás eu me lembro que éramos AMIGOS.”
“Mas eu quero que você saiba. Você é especial pra mim.”
“E pra mim também null, mas acho que a gente tem que ir devagar...”
“Nós estamos indo devagar.”
“Não, não estamos.”
null encontrou sua casa e a casa de null ficava em outro sentido da sua, então era a hora deles se despedirem.
“Te vejo amanha null.” – null disse dando um beijo na bochecha dele.
“null...” – ele segurou no braço dela.
Antes de ela pensar em alguma coisa pra falar pra ele, ela sentiu os lábios dele no dela. Como era bom. Bom de mais... Mas o que ela tava fazendo, não podia. Se afastou dele e foi embora, sem falar mais nada.
“É algo diferente pra se fazer.” – null disse. Estava no quarto da null, junto com as outras meninas na manhã seguinte.
“O que fez vocês virem tão cedo em casa?” – null perguntou sonolenta.
“A null.” – null e null responderam bocejando.
“Eu já imaginava.” – null disse. null era a única que estava meio doida naquela manhã, parecia que nem tinha dormido de tanto que falava.
“Então, vamos patinar.” – null disse novamente.
“Um, eu não tenho patins; Dois, eu to com sono.” – null disse.
“A gente sai pra comprar, a null e a null disseram que também não tinham.”
null segurou nos ombros da null e disse.
“Você não dormiu nada né?”
“Por que você ta me perguntando isso?”
“Pelo tamanho das suas olheiras.”
“Eu não consegui desculpa.”
“Mas podia ter deixado a gente dormir, não temos um estoque de café igual a você” – null disse deitando na cama de null.
“Vamos patinar, por favor?”
“Ta bom, eu vou.” – null disse se levantando da sua cama e indo direto pro banheiro.
“Ta, eu vou também.” – null disse deitando em cima da null.
“Eu também vou.” – null murmurou.
“Legal, agora falta chamar os meninos.” – null disse pegando o telefone. Quando null ouviu o que a null tinha acabado de falar rapidamente tomou o telefone da mão da menina.
“Você não ta acordando a gente a essa hora pra patinar só pra chamar os meninos e conversar direito com o null né?”
“Claro que não...” – null disse, mas null não se conformou. – “Tá, só um pouquinho. É que eu passei a noite inteira tentando achar um jeito melhor de ser feliz com ele e eu encontrei e não vou ter coragem se não tiver mais cafeína no meu sangue então precnull ser agora.”
“O que a gente não faz por você?” – null murmurou ainda em baixo da null.
Chegaram os oito no rinque de patinação (n.a.:não de gelo porque... ainda não é a hora do gelo) e não tinha muito gente lá. Talvez estivessem fazendo coisas melhores num sábado de manhã. null ensinava null a andar com seus patins, null desviava de null, null conversava com null e null e null só davam voltas em silencio.
“Não vai conversar comigo?” – null perguntou.
“Sobre o que?”
“Sobre noite passada?”
“Eu não tenho nada pra conversar com você sobre noite passada.” – ela disse e começou a patinar mais rápido.
“null!” – null gritou. Nossa ia dar mais trabalho do que ele pensava!
null alcançou null, o que foi muito difícil porque não podia andar pelo lado contrario que as pessoas iam, ele descobriu isso quando uma menininha passou o pé nele e gritou pra ele ir pro outro lado. null segurou no braço de null fazendo com que ela parasse e ficou de frente pra ela com a cabeça abaixada tentando recuperar o fôlego.
“null... Eu sei... Eu sei que ontem eu fiz besteira... Mas eu quero que você saiba... Que eu...” – foi nesse momento que aquela menininha que tinha passado o pé no null empurrou null em cima de null fazendo ela cair em cima dele e depois gritou que não era pra ficarem parados.
Quando null viu a situação que estava não queria sair dali nunca.
“E eu que antes odiava a garota.” – null disse com um sorriso maroto. null tentou levantar mas ele não deixou. – “A gente precisa conversar.”
“Se estivéssemos numa posição mais confortável eu deixava numa boa.”
“Assim esta ótimo.”
“Então fala logo o que você tem que me dizer null.”
null olhou pra ela, ela olhou pra null com cara de indagação. null deu um sorriso maroto e null fez cara de espanto. null olhou pra ela carinhosamente e ela retribuiu o olhar. Então ele aproximou seu rosto do dela, seus narizes se tocaram, um sentia a respiração do outro e antes de continuar null cochichou.
“Achei que seriamos só amigos.”
“E somos...”
“Que tipo de amigos ficam nessa situação?” – ela disse rindo.
“O tipo de amigos que nós somos.”
“E que tipo é esse?”
“Amigos com benefícios?” – ele disse e depois aproximou mais o rosto dela do dele puxando ela pela nuca. null estava com a boca grudada na boca dela e com a língua fez com que ela abrisse a boca. Suas línguas se tocaram e os corpos se arrepiaram. Aí veio a menininha de antes e tropeçou nos dois.
“Você é chata heim!” – null reclamou pra ela.
“E você é um imbecil!” – ela disse e depois deu um soco no braço de null.
“Apanhando dela? Nunca pensei que veria isso.” – null disse rindo.
“Você ri porque não foi com você, mas doeu.” – ele disse fazendo vozinha de criança.
“Então vamos logo sair daqui antes que ela volte.” – null disse se levantando e logo depois estendendo a mão pra ajudar null a se levantar.
10º Capitulo estou tão feliz que estou no décimo capitulo que vou escrever aqui! ^^ eu sei que o nono capitulo vocês devem não ter entendido, mas o seu bebê McFly fez aquilo porque amava você, tinha ido com a Lisa pro cinema porque realmente estava com ela, mas depois de ver você ele simplesmente não agüentou mais e teve que dizer pra você que ainda te amava. E você, muito, muito, muito confusa mesmo deixou que ele se aproximasse de você e lhe desse um beijo. Não posso dizer quem saiu ganhando porque beijar um McFly é um sonho de consumo acho que de todas nós. Então, essa foi uma breve explicação sobre o capitulo anterior. Divirta-se com o capítulo 10!
“Amigos com benefícios?! Da onde ele tirou isso?” – null perguntou pra amiga. Acabaram de chegar à casa da null e ela estava no quarto conversando sobre o que aconteceu no ringue com null.
“Não sei null, mas acho que vai facilitar pra nós dois.”
“Como assim facilitar null? É claro que vocês foram feitos um pro outro. Por que esse negócio de amigos agora?”
“Você não ia entender, você nem deixa o null se aproximar de você. E você gosta dele.”
“Isso é outra conversa, não começa.”
“Olha, eu tenho certeza que ainda vou poder continuar paquerando outros garotos e ainda por cima, poder beijar o null quando EU quiser.”
“Ou quando ELE quiser.”
“Isso não vem ao caso.”
“Claro que vai! Eu que mando nessa budega!” – null gritou da sala da null.
“Desculpa null, você manda onde?” – null disse descendo as escadas.
“Ham... Ah, é que eu quero assistir De Volta Para o Futuro.”
“E não deixa null, ele assisti esse filme sempre.” – null disse.
“Deixa sim, o filme é super legal.” – null protegeu o amigo.
“É, vamos assistir sim.” – null disse pegando o filme da mão de null e colocando no DVD.
“Isso não é justo.” – null reclamou.
“Eu também acho, mas, a casa é dela.” – null sentando-se no sofá.
O filme ia passando e as pessoas da sala iam dormindo uma em cima das outras, estavam exaustas ainda. Até que null se levanta do nada, fazendo null quase cair do sofá, ele para o filme, fazendo algumas pessoas reclamarem, acende a luz da sala, fazendo mais pessoas ainda reclamarem, sobe em cima da mesinha fazendo a null reclamar e fala.
”Eu acho que a nossa banda devia se chamar.... MCFLY!”
“Você ta doido? Nem pensar null, pensa num nome melhor.” – null disse dando play no filme novamente.
null voltou pro seu lugar triste, tinha sido sua melhor idéia. E isso despertou o interesse dos amigos pra esse nome, mas não queriam dar o braço a torcer, talvez pudessem lembrar de um nome melhor. Foi aí que null saiu correndo do sofá, quase pisando em null que estava deitada no tapete, parou o filme, recebendo palavrões de todos, acendeu a luz, dessa vez recebendo almofadadas e subiu em cima da mesinha de centro, fazendo null gritar um palavrão feio pra ele.
“Eu concordo com o null, a nossa banda deveria se chamar McFly.”
“E você chegou a essa conclusão por que...?” – null disse.
“Por quê?! ALO?! D. JONES!” – ele disse apontando pra TV.
“Ta bom... Quem quer que a banda se chame McFly?” – null disse levantando a mão.
Os quatro integrantes da banda levantaram a mão, inclusive as meninas, MENOS, null.
“Por que não?” – null perguntou.
“Eu ainda prefiro ‘As Borboletinhas alegres’” – ela disse rindo.
“Cala a boca null!” – null disse rindo e jogando uma almofada na amiga.
“Então o nome da banda é McFly?!” – null perguntou subindo em cima da mesinha de centro junto com null.
“Desce daí agora null!” – null mandou.
“Isso mesmo, McFly!” – null disse subindo na mesinha de centro.
“MCFLY!” – null disse subindo também.
“DA PRA VOCÊS DESCEREM JÁ DA MESA?!” – null disse e antes deles descerem viram a mesinha se quebrar.
“A gente da um jeito.” – null disse vendo a cara de brava da null.
“Isso merece uma comemoração.” – null disse.
“Isso o que?” – null disse não entendendo do que ela estava falando.
“O fato de vocês terem escolhido McFly pra banda de vocês invés de As Borboletinhas alegres.”
“É, eu também acho que precisamos de uma comemoração.” – null disse.
“Que tipo?” – null perguntou.
“Vamos pro pub, acho que um cantor de fora esta tocando lá hoje.” – null disse.
“Ótimo, então, vamos logo porque se não depois fica tarde.” – null disse empurrando os meninos pra fora da casa da null.
“Tchau meninos.” – elas falaram em coro.
“Como que ficou o seu negocio com o null?” – null disse procurando uma roupa pra vestir.
“Não ficou.” – ela respondeu.
“O que aconteceu então?” – null perguntou do banheiro.
“Aconteceu que a gente conversou e resolvemos sermos só amigos, acho que isso é o melhor que a gente faz.”
“Se você acha isso.” – null disse.
“CHEGAMOS!” – os meninos gritaram quando entraram na casa da null.
“ESTAMOS DESCENDO!” – null gritou de volta.
As meninas desceram recebendo olhares de aprovação dos meninos.
“Menos ta?” – null pediu.
Se dirigiram pros carros dos meninos e foram até o pub. Até que lá não estava muito cheio, apesar do cantor novo na cidade estar tocando maravilhosamente bem.
“Que lindo.” – null cochichou pra null assim que elas entraram no pub e viram o tal do cantor.
Todos se dirigiram pro bar e pediram uma bebida. null e null fora procurar algumas meninas pra noite, null foi dançar com null, null e null ficaram dançando na pista de dança improvisada do lugar.
“Que cantor é esse?” – null perguntou pra Rick.
“Teddy Geiger, ele chegou aqui essa semana e esta divulgando seu trabalho.”
“Que é ótimo.”
Ela e null ficaram conversando sobre o lugar, sobre como as meninas davam foras engraçados em null e null, sobre como null e null dançavam engraçado e como null e null pareciam bêbadas sem nem uma gota de álcool no sangue. Até que a pessoa menos esperada pra se ver naquele momento entra no pub acompanhada de mais duas amigas. Lisa se aproxima de null e como que se esfregando nele pede uma bebida pra Rick. null que estava vendo aquilo não ficou nem um pouco contente com a situação.
“Eu não sabia que ela vinha.” – null disse pra null.
“Muito menos eu.”
Depois de muitos drinques, musicas e risadas, Lisa puxou null do banco em que estava sentado ao lado de null e o levou até a pista improvisada. null sentiu o sangue ferver e null não sabia o que fazer. Depois de um tempo sozinha ali, null resolveu ir no banheiro jogar um pouco de água no rosto pra ver se melhorava. Mas entrou no banheiro e viu uma null e um null se amassando em cima da pia. null saiu do banheiro morrendo de rir e muito envergonhada. Esperou que os amigos saíssem do banheiro depois mas isso não aconteceu, então ela resolveu voltar pro bar. No caminho viu que Lisa e null estavam se agarrando. Como ela tinha sido estúpida em acreditar que null ainda a amava! Burra! Mas depois veio em sua cabeça que ele estava certo, eles eram só amigos não é? Amigos com benefícios? Resolveu não ligar e virou de frente pro bar pra conversar alguma coisa com Rick, mas ela não conseguia tirar o olho do espelho, que era da onde ela conseguia ver null e Lisa dançando, quer dizer, se amassando.
“Ta tudo bem?” – Rick perguntou quando percebeu que o olhar de null estava perdido.
“Vai ficar.”
“Você gosta dele né?”
“Do null?! Não, não...”
“A quem você quer enganar?”
“No momento, a você.” – ela disse rindo.
“Ele não quer fazer isso, e eu sei que você não. Se vocês não estão juntos então mostra o por que vocês deveriam ficar juntos pra sempre.”
“Não tem como Rick, olha lá! Até ontem ele me amava!”
“Então, vamos dançar.” – ele disse estendendo a mão pra garota.
“Você tem que trabalhar.”
“Agora não.”
Ela aceitou a mão do rapaz e dançou com ele bem perto de null como se fosse provocação. Ela queria que no lugar de Rick agora se encontrasse null. Queria que pelo menos uma vez na vida dela alguma coisa desse certo, alguma coisa durasse. Foi aí que começou uma musica mais lenta, no qual null parou de dançar com Lisa e pediu licença pra dançar com null. null ia negar quando Rick falou que eles deviam ficar juntos.
“Está se divertindo?” – ela perguntou pra null.
“Estou...”
“Claro, com a língua enfiada na garganta de Lisa devia estar mesmo muito bom.” – ela disse com os olhos cheios de lagrimas.
“Pensei que seriamos só amigos.”
“Nós somos só amigos.” – ela confirmou.
Dançaram o resto da musica em silencio, um abraçado ao outro, sentindo o que o outro estava sentindo. null e null desejavam que aquele momento não acabasse nunca. Ouviam a musica embalada com a respiração um do outro.
Did Anyone Try Too Hard
Well I Guess I Did
I Guess I Did Alright
She’ll Break My Heart
'Cause ever since the moment I saw your face
I knew I wanted to be in that place next to you
And now I'll spend my whole life tryin'
To be
the one inside your arms
And I'll try to get by
[Se ninguém conhece Teddy Geiger essa musica é dele, se chama Try Too Hard, é linda, ele é lindo, toca muito bem acústico! E, vale a pena ouvir quem gosta de musica romântica.]
null deixou null em casa, se despediram apenas com um abraço meio tímido. null abriu a porta de casa com cuidado pra não acordar o pai, mas viu na sala várias roupas jogadas no chão. Enquanto andava até as escadas, viu no corrimão, um sutiã. O que um sutiã estava fazendo ali? null andou até seu quarto e viu a porta do quarto de seu pai entreaberta, deu uma olhada lá
dentro e encontrou seu pai dormindo com uma outra mulher que ela desejava ser sua mãe, mas não era. Foi aí que a ficha dela caiu, a família dela estava mesmo se despedaçando, se acabando.
Foi dormir chorando, não queria nunca que sua vida acabasse daquele jeito. Seu pai e sua mãe separados, seus amigos com problemas amorosos inclusive ela mesma. Por que tudo tinha que se dificultar quando se tratava dela? Por que tudo tinha que ser diferente do que era antes? Ela pegou um papel qualquer e uma caneta e começou a escrever, não escrevia pra ela, escrevia pra seus amigos do Brasil. Achou que aquela era uma ótima hora pra escrever o que estava acontecendo na vida dela.
“É, eu preciso de emprego.” – null falava com null pelo telefone.
“E onde você deseja arranjar um emprego?”
“Ah, não sei, onde me paga bem?”
“É, e onde você goste de trabalhar também.”
“Ah, é mesmo. Acho que vou dar uma passada no pub, o Rick disse que anda precisando de ajuda lá.”
“Trabalhar no pub... BEBIDAS DE GRATIS!” – null disse fazendo null rir pelo ‘de grátis’.
“Acho que vou precisar do
dinheiro pra pagar uma escola pra você. Vou indo pra chegar lá hoje.”
“A gente se vê na casa da null hoje né?”
“Claro, eu vou passar lá pra almoçar com vocês.”
“Até mais.”
11º capítulo
“null! Cadê você?” – null gritou entrando na casa da amiga. – “Eu vim aqui só pra comer!” – ela disse rindo.
“Aqui atráááááááás!” – null gritou de volta.
null deixou suas coisas perto da porta e andou até a varanda onde encontrou os meninos tocando violão e as meninas tentando cantar alguma coisa.
“E aí? Como foi lá no Rick?” – null perguntou curiosa.
“Foi... Foi que eu...” – null disse fazendo um suspense.
“Fala logo mulher!” – null disse.
“FOI QUE EU CONSEGUI O EMPREGO!” – ela respondeu pulando. E logo depois todos se levantaram pra abraçar null na mesma hora. – “Por isso que eu vim só almoçar, tenho pouco tempo.”
“O que?” – null perguntou triste.
“Ah não null, fica um pouco com a gente!” – null pediu.
“Eu não posso, tenho que ajudar o Rick com algumas coisas.”
“Por favor, null?” – null disse fazendo a carinha de pidão dele.
“Ta bom, mas só mais um pouco heim!” – ela disse se sentando ao lado de null.
“Desculpa a demora Rick”.– null disse entrando no pub.
“Tudo bem, não chegou tão tarde”.
“Mas ainda é tarde, eu não posso fazer isso, chegar atrasada. E você deveria estar me falando isso”.
“Mas eu não ligo null, é sério. Então vamos logo que eu vou te ensinar a fazer uns drinks”.
“UHUULLLL” – ela comemorou. Não sabia fazer bebida nenhuma, nem suco de saquinho ela sabia direito.
Ficaram lá boa parte da tarde fazendo drinks, até que as pessoas começaram a chegar no local. Primeiro dia de trabalho dela e não achava que ia ser muito legal, mas foi. Durante intervalos de um cliente pro outro ela e Rick iam dançar qualquer musica, ou ficavam inventando drinks novos, ou até falando das pessoas do local. Foi um dia divertido.
null chegou em casa cansada, não ligou se seu pai estivesse em casa ou não, no momento não queria pensar nele, queria só pensar no maravilhoso dia em que ela teve.
No dia seguinte ela acordou super animada, nem sabia o motivo de tanta alegria, talvez o dia seria melhor do que ela mesma imaginava. Ela estava precisando disso agora, um dia melhor, mais feliz, sem problemas. Na porta da casa dela havia uma correspondência, era do Brasil, seus amigos haviam respondido a sua carta. Pro café da manhã, bom, tinha só café. Ela colocou o rádio no ultimo volume enquanto tocava Pussycat Dolls, deu uma limpada no seu quarto.
“Que é isso?!” – null perguntou assim que entrou no quarto da amiga e a encontrou de short e camiseta limpando o armário enquanto rebolava.
“Parece que alguém está de bom humor!” – null disse pulando na cama.
“Hey! Eu acabei de arrumar a cama!” – null reclamou.
“Vamos sair hoje null?” – null perguntou ajudando null a arrumar a cama de novo.
“Pra onde? Vocês já perceberam que não conseguimos ficar um diazinho se quer sem sair?”
“Já. Mas, você ta de bom humor. Vamos patinar.” – null disse.
“Outra vez? Tenho más recordações de lá.” – null disse triste.
“O que aconteceu com você e null?” – null perguntou abaixando o volume do rádio.
“Nada, a gente só brigou outra vez, pra variar.”
“Ele não vale nada null, esquece ele logo.” – null disse firme.
“Você merece mais null.” – null disse.
“Eu sei, mas mesmo assim, vamos patinar, os meninos não vão estar lá.” – null disse com um sorriso no rosto.
Entraram todas no carro da null e foram cantando musica o caminho todo, todo sinal vermelho que paravam as pessoas olhavam com cara de quem não estava gostando pra elas, mas elas não ligavam. Chegaram no local de patinação, aquele dia sim estava cheio de gente. As meninas fizeram a null paquerar um carinha que estava patinando com os amigos e no final, todas as amigas tiveram que conversar com os amigos dele também, mesmo sendo paquerada na cara a null ria de mais com a situação, ficava pensando no que null ia fazer se visse a namorada naquela situação.
No final os meninos não eram o que toda garota quer, sabe né? Bonitos, lindos, mas o papo cansou rapidinho. E as meninas cansaram também. Estavam saindo da pista de patinação sem idéia do que fazer o resto do dia até que o celular da null toca.
“Amor, você ta onde?” – null perguntou preocupado.
“Calma null, eu tava na pista de patinação com as meninas. Por que?”
“Vocês podem passar aqui na casa de null rapidinho?”
“Ta, já chegamos aí.” – ela disse e desligou o telefone. Foi andando até o carro de null sem falar nenhuma palavra. As amigas estavam curiosas, queriam saber pra onde elas iam agora.
“Vai falar ou vai deixar que a gente leia a sua mente?” – null perguntou assim que todas entraram no carro.
“Ah é! Então, os meninos esperam a gente na casa do null.”
“Ah! Logo hoje que eu estou de bom humor?” – null disse as amigas riram.
O caminho todo foi a mesma novela da ida pra patinar. Cantaram com o volume do carro no ultimo, as meninas estavam quase surdas quando chegaram na casa de null.
“Chegamos!” – elas gritaram quando entraram na casa de null.
“A gente sabe.” – null disse sentado no sofá.
“Deu pra ouvir a umas três ruas daqui.” – null disse rindo.
“Vamos que temos uma surpresa pra vocês.” – null disse e empurrou null pra garagem.
Os meninos fizeram elas sentarem numas cadeiras que tinham perto do portão. Os meninos se posicionaram em seus devidos instrumentos e depois da contagem com a batida das baquetas os meninos começaram a tocar uma musica. Deixaram as meninas de boca aberta. Conseguiram fazer uma musica, completa, rápido de mais. E a musica estava linda, mais do que elas podiam esperar em tão pouco tempo. Logo que eles terminaram de tocar a música foram bombardeados por perguntas.
“QUE MUSICA LINDA!”
“Quem escreveu?”
“Adorei! Toca de novo?”
“Como é o nome da musica mesmo?”
“BIS!”
“Da onde vocês tiraram tanta inspiração?”
Os meninos acalmaram as meninas e levaram elas até a cozinha de null, que foi da onde todos comeram um lanche pré-almoço. Quando estavam todos quietos na mesa, os meninos decidiram falar sobre a musica.
“Se chama All About You.” – null disse.
“Tava na cara, não sei por que vocês ainda perguntaram.” – null disse rindo.
“Essa é a reação das primeiras fãs de vocês bebê.” – null disse mordendo seu lanche.
“A gente ta pensando em melhorar ainda mais sabe? Colocar uma orquestra de fundo.” – null disse sonhando com o futuro.
“Vocês ainda não acham que é melhor pensarem nas próximas musicas e depois pensar nesse negocio de orquestra?” – null disse de boca cheia.
“Depois eu é que sou o nojento...” – null reclamou.
null propôs que os meninos tocassem no pub aquela musica junto com covers de Rolling Stones e Beatles, eles gostaram da idéia, agora só faltava que Rick aceitasse tudo. Passaram o resto da tarde conversando sobre outras possíveis musicas, sobre temas pra elas. Ia ser engraçado se tivessem uma musica que depois se chamaria ‘As Borboletinhas Alegres’ (n.a.: isso porque eles devem nem saber como realmente se fala isso xD).
“RIIIIIIIIIIICK!” – null cantou o nome dele depois de atender um cliente naquela noite. O pub realmente estava cheio, mas ela sempre dava um jeito de ignorar as pessoas.
“Que foi null?” – ele disse fazendo a bebida de alguém.
“Uns amigos meus tem uma banda e eles podem tocar aqui nesse fim de semana?”
“Desde quando o null tem uma banda?”
“Desde quando resolveram fazer uma.” – ela deu de ombros.
“A musica é boa?”
“Realmente é boa.”
“Então pode.”
“AAAAAAAAAAHHHH! Obrigada Rick! Te amo!” – ela disse pulando em cima dele pra um abraço.
Foi nesse momento que Rick percebeu o que estava acontecendo. Ele estava se apaixonando por ela. Era uma coisa que antes não ia ter problema, mas agora, com ela trabalhando pra ele, ia ser mais dificil ainda ‘domar’ aquele sentimento. Eles sempre foram amigos, apesar da diferença de idade entre eles.
“Que é isso null, não precisa agradecer.” – ele disse depois do abraço.
Depois daquela alegria e de clientes desesperados pra terem suas bebidas os dois continuaram trabalhando sem trocar uma palavra, mas Rick não parava de olhar pra ela. Era como se ele estivesse hipnotizado pelo jeito em que ela colocava o cabelo atrás da orelha antes de preparar alguma bebida, ou de como ela sorria quando algum cliente contava uma piada pra ela. Era simplesmente... Hipnotizante.
Quando null finalmente teve um tempo pra respirar aquela noite, saiu um pouco do pub pra tomar ar e levou seu celular com ela, não sabia porque ela levava o celular com ela se não recebia telefonema de ninguém aquela hora da noite. Mas naquela noite ela recebeu. null tomou um susto quando o celular vibrou entre suas mãos e viu que quem ligava pra ela era null.
“Me ligando essa hora da madrugada?” – null disse rindo.
“Me ajuda null, eu não sei o que fazer.” – null disse desesperada deixando null preocupada.
“O que aconteceu mulher?”
“A null... Eu... Preciso de você aqui na casa dela, agora!”
“null...”
“AGORA!”
null desligou o celular assustada. Correu pra dentro do pub e disse pra Rick que precisava ir pra casa porque não estava passando bem. Ele deixou, já que o movimento do pub não estava como antes. null saiu correndo, com seu carro, pra casa de null. Abriu a porta e chamou pela null.
“NO BANHEIRO!” – null gritou de volta.
Quando null chegou no banheiro, não sabia o que fazer, não acreditava no que via.
“Ela não saia do banheiro.” – null disse chorando.
null olhou em volta e viu uma poça de sangue ao lado do pulso da amiga. null estava caída no chão, tinha cordado os pulsos e estava pálida.
“Ela... Ainda respira.” – null disse soluçando.
“Temos que levar ela pro hospital, agora null!”
Elas colocaram uma toalha pra parar o sangramento da ferida e a levaram até o carro de null que dirigiu o mais rápido que pode até chegar no primeiro pronto-socorro que ela viu. Quando levaram null pra dentro, rapidamente uma enfermeira veio junto com uma maca e a levou pra um quarto. Depois null e null viram a correria de médicos e enfermeiros pro quarto em que levaram null.
“A gente tem que avisar os outro.” – null disse.
“Eu... Eu...” – null gaguejava.
“Eu ligo null, senta aqui e tenta ficar calma.” – null disse empurrando a amiga pra sentar num banco. null primeiro ligou pra null e depois pros meninos que por sorte estavam todos na casa de null. Em pouco tempo chegaram no pronto socorro um null pálido de susto, uma null com lágrimas nos olhos, um null tentando acalmar a namorada, um null assustado e um null preocupado. null rapidamente abraçou null que começou a chorar, não queria ter que ter visto aquela cena. E depois lembrou de null, que estava no banheiro com null.
null não consegui falar, null passeava de um lado pro outro e null tentava fazer com que a enfermeira lhe dissesse o que estava acontecendo com null. Um médico entrou no quarto em que os amigos esperavam.
“Eu preciso falar com um familiar.” – ele pediu.
“Os pais dela estão viajando.” – null respondeu séria.
“Alguém tio, ou avô?”
“Moram em outro país.”
“Algum irmão?”
“Olha aqui doutor! Ela não tem ninguém nesse momento! Os únicos que ela tem agora somos nós!” – ela alterou a voz. – “Então por favor, como está ela?” – null pediu respostas com os olhos cheios de lágrimas.
O médico pediu que todos se sentassem e ficassem calmos, embora ficar calmo é uma péssima coisa pra se pedir naquele momento.
“Ela não estaria aqui se tivessem demorado mais um pouco.” – ele começou a explicar. – “Ela perdeu muito sangue e está muito fraca por causa disso. Ela vai precisar ficar aqui pelo menos por uns dois dias e depois pode descansar na casa dela mesmo. Então, alguém pode me dizer porque ela fez aquilo?”
“Eu fiquei de dormir na casa dela. E no meio de um filme ela levantou e foi no banheiro. O filme acabou e ela não saiu de lá. Eu fui ver porque ela não saia e encontrei ela... Ela caída no chão com os pulsos cheios de sangue. Eu não sabia o que fazer, peguei o telefone... Peguei o telefone e liguei pra null.” – null disse chorando. null abraçou ela que começou a chorar mais ainda lembrando do que viu.
“Eu sinto muito por você ter visto aquilo.”
“Então doutor, a gente vai poder vê-la quando?” – null perguntou.
“Só amanhã de manhã, provavelmente, então eu aconselho vocês a voltar pra casa e só voltar amanhã cedo.”- o médico disse e se despediu deles.
“Então eu vou pra casa, quer carona null?” – null perguntou.
“Quero sim.”
“Da carona pra mim também null?” – null pediu.
“Claro, mais alguém quer carona?” – null perguntou antes de ir embora e todos os outros responderam que não.
null, null, null e null ficaram mais um tempo lá tentando entender a situação, afinal, por que a null faria uma coisa dessas com ela mesma? Quando null percebeu que já era tarde de mais, quer dizer cedo de mais, pra estar num hospital, decidiu embora.
“Vamos null?” – null chamou.
null não respondeu, só levantou.
“null, null?” – null perguntou.
“Me da uma carona?” – null pediu.
“Dou sim... null?”
“Eu já vou, eu vim com meu carro.” – ele respondeu.
null andou até ele e ergue seu rosto pra que eles se olhassem direito. Os olhos de null estavam vermelhos de tanto chorar, seu rosto tinha uma feição triste que não era de se ver muito nele. null o abraçou antes de ir embora.
Depois de deixar todos em suas casas null chegou na sua cansada, ainda era dificil pra ela andar com null ao seu lado, ou até pensar no que estava acontecendo na sua vida naquele momento. null chegou em sua casa e encontrou seu pai tomando café, foi até ele pegar uma xícara.
“Você está chegando agora?” – ele perguntou.
“Estou.”
“Onde você esteve?”
“Você não quer realmente saber pai, eu te conheço.” – ela disse indo em direção a porta da cozinha.
“Você poderia pelo menos me responder por que está chegando tarde de mais em casa.”
“Eu estou trabalhando pai, e hoje, justamente hoje, uma das minhas melhores amigas tentou se matar e pra piorar eu descobri que você está saindo com outras mulheres. Minha vida não pode ficar pior.” – ela disse com lágrimas nos olhos.
“Eu sinto muito filha, mas o que você queria que eu fizesse, eu e sua mãe já não temos mais nada.”
null ia saindo da cozinha porque não agüentava mais ter que ouvir as historias de seu pai. Infelizmente ela deu de cara com uma mulher que não aparentava ter mais que cinco anos que ela mesma. null sentiu o ódio subindo e se virou pro seu pai.
“Ela tem idade pra ser minha irmã mais velha. Você me da nojo.” – ela disse e depois subiu as escadas direto pro seu quarto.
null queria descansar, parar de pensar em seus problemas, mas quando tentava só vinha mais problemas ainda. Ela não tinha idade pra estar suportando tudo isso e mesmo assim continuava firme. null caiu no sono de tão cansada que estava e só foi acordar a tarde. Desceu as escadas, comeu alguma coisa e entrou em seu carro em direção ao hospital. null chegou lá e a primeira pessoa que viu foi null, ele estava dormindo nos bancos de espera.
“null...” – null cochichou o nome dele balançando-o.
“Hum... null?”
“null, você precisa ir pra casa.”
“Não, eu quero ver a null.”
“null, primeiro vai pra sua casa, toma um banho e depois volta aqui.”
“Ta...” – ele disse se dirigiu pra porta da frente.
null viu ele entrando no carro e depois saindo com ele do estacionamento. null andou até a recepção e perguntou o numero do quarto em que null estava. null andou até o quarto dela esperando ver uma null saudável novamente. O que null viu foi uma null deitada na cama com cara de cansada. Ela ainda estava pálida mas tomando soro. null se aproximou da cama e se sentou ao lado da amiga tentando fazer com que ela acordasse.
“null...” – null sussurrou.
“null... Você ta melhor?” – null perguntou preocupada.
“Estou, obrigada por ontem eu não sei o que passou pela minha cabeça.”
“Não precisa agradecer null, só nunca mais nos dê um susto como esse.” – null pediu fazendo carinho no rosto da amiga.
“Onde estão os outros?”
“Estão vindo...”
“E o null?” – null perguntou.
“Ele... Saiu do hospital agora.”
“Como...”
“Ele passou a noite aqui null.”
Assim que null acabou de dizer aquilo os outros amigos chegaram no quarto. Chegaram todos preocupados, mais ainda null que assim que viu a amiga deu um abraço apertado nela. Você não sabe como consegue viver sem seus amigos ou sua família, e quando esse pensamento te passa pela cabeça você percebe o quanto importantes eles são. Os amigos são sua família, sua família são seus amigos. Você os ama cada vez mais e se perdesse um deles, uma parte de você se perderia também. É assim que null se sentiu na noite passada, como se uma parte dela tivesse ficado com null no momento em que ela encontrou a amiga no banheiro. E foi daquele jeito que a amizade daquelas oito pessoinhas ficou ainda mais concreta, quando viram a falta que null ia fazer pra eles.
12° Capítulo prometo que vai ser um capítulo mais feliz que o outro porque até eu fiquei deprimida depois que escrevi... É muito triste...
Depois dos dias em que null passou no hospital os amigos a levaram pra casa, agora o que ela tinha que fazer era descansar o máximo possível. Os meninos estavam escrevendo outra musica e ainda não sabiam que iam tocar no pub no fim de semana. null achou o almoço de quinta na casa da null uma ótima oportunidade pra dar aquele recado.
“Você não devia estar descansando null?” – null perguntou pra ela.
“Eu estou bem Judd, não se preocupe.”
“null, pega aquela panela pra mim por favor?” – null pediu.
“Você vai fazer o que?” – null perguntou antes de entregar a panela pra amiga.
“Minha macarronada...” – null deu de ombros.
“A null vai fazer macarronada?!” – null perguntou com um brilho nos olhos.
“Vou...” – ela disse sem entender nada.
“A null vai fazer o que?” – null chegou perguntando na cozinha.
“Você pega o bonde andando e ainda quer sentar na janela pra dar tchauzinho né! A null vai fazer macarronada!” – null disse.
“Sério null?!”
“É gente! O que tem eu fazer minha macarronada?”
“Sua macarronada é ótima null! A gente não come desde que você foi pro Brasil.” – null explicou.
“E...?”
“null! A gente aaaaaamaaaa sua macarronada!” – null disse fazendo um gesto enorme com as mãos.
“Bom mesmo, pensei que vocês não queriam que eu fizesse minha macarronada...”
“Ta brincando né? Quando eles quiserem isso vão estar doentes.” – null disse rindo.
“E além disso, eu tenho uma surpresa pra vocês.”
“Mais uma?!” – null disse parecendo criança.
“Vocês são doidos mesmo. Nesse fim de semana vocês vão tocar no pub.”
Houve um silencio na cozinha, não escutavam mais nada. Todos tinham levada um susto com aquilo. E daí ouviram a null chegar na casa da null.
“Me avisam sempre em cima da hora!” – ela reclamou. – “O que aconteceu?”
“Eles vão tocar no pub no fim de semana e estão com essa cara.” – null apontou pra eles e depois que ouviu null fez a mesma cara que os amigos. – “Alguém pode me dizer porque essas caras?”
“A GENTE VAI TOCAR NO PUB!” – null disse pulando e indo abraçar a amiga.
“NO PUB!” – null se juntou a null.
“ESSE FIM DE SEMANA!” – null foi atrás dos amigos.
“E TEM MACARRONADA PRO ALMOÇO!” – null disse e pulou em cima dos amigos fazendo todos caírem no chão da cozinha quase levando copos junto com eles.
Almoçaram mais felizes que nunca. Tinha macarronada da null e mais, eles iam tocar no pub no fim de semana. Não estavam nem um pouco preocupados com que musica iam tocar, claro que ia ser All About You, mas mesmo assim uma musica só ia ser muito pouco. As meninas deram a idéia de fazer alguns covers e os meninos gostaram. Logo depois do almoço e de lavar a louça e de encher o saco da null só mais um pouquinho os meninos tiveram que ir na casa do null ensaiar e levaram as meninas junto, assim elas podiam ajuda-los com algumas coisas.
“Sério, toca All About por último.” – null dizia.
“Tem certeza? Não acha melhor tocar no meio?” – null confirmava.
“Acho que se for por ultimo deixa um gostinho de quero mais.” – null disse.
“Concordo com a null.” – null completou.
“Mas e se não gostarem?” – null perguntou.
“SE não gostarem, vocês tocam outro cover.” – null deu de ombros.
“Então acho que devemos deixar por ultimo.” – null concordou.
“Eu ainda acho que está faltando alguma coisa.” – null disse.
“E se tocarmos aquela que estamos escrevendo?”
“Mas não está pronta.” – null disse desanimado.
“Vamos terminar hoje e daí tocamos ela depois de All About lá no pub.” – null disse determinado.
“Que musica que é?” – null perguntou curiosa.
“Nenhuma. Vai ser surpresa. Dá licença.” – null disse empurrando as meninas pra fora da garagem.
Elas se alojaram na sala de null onde ficaram conversando sobre nada. Como os meninos estavam demorando e não deixaram elas entrarem na garagem pra se despedirem elas foram embora, afinal ficar na casa de null sem nada pra fazer não era muito legal quanto pensavam. null deu carona pras amigas e depois foi pro pub.
“RIIIIIIIIIIIIIICK!” – null gritou assim que entrou no lugar.
“Fala null, meu anjo!” – ele disse dando um beijo na bochecha da amiga.
“Os meninos virão tocar aqui nesse fim de semana, está tudo combinado já. Tudo bem?”
“Claro. Vão tocar musicas deles?”
“Duas, uma das musicas é surpresa.” – null disse fazendo careta logo depois.
“Mas você vai descobrir logo, não se preocupe.” – Rick disse e depois deu atenção a um cliente que acabara de entrar no lugar.
A noite de trabalho não foi nem um pouco cansativa. Quase sem nenhum movimento, o que deixou os dois surpresos com aquilo. Passaram os momentos que tinham a sós conversando, brincando. Rick adorava a risada dela, como era encantadora. null gostava da companhia dele, ele era divertido e sempre fazia ela se sentir segura. Rick conversava de frente com ela e ela estava apoiada no balcão. Conversavam sobre como se conheceram.
“Eu lembro de você caindo no primeiro dia de aula.” – Rick disse.
“E você foi muito cavaleiro quando me ajudou a levantar.” – ela disse rindo.
“E depois, você bateu na porta do meu armário.” – Rick disse chegando mais perto dela.
“E você segurou o algodão no meu nariz pra parar de sangrar.” – ela percebeu o que estava acontecendo.
“Daí, você esqueceu seu lanche?” – ele perguntou.
“Isso, e você dividiu o seu comigo.” – ela disse sorrindo.
“E depois.” – ele se aproximou ainda mais dela colocando as mãos na cintura dela.
“Me deu carona pra casa.” – ela disse e logo após sentiu os lábios dele em cima dos seus.
null sentiu um arrepio vindo de dentro dela. Nunca se imaginou beijando Rick, eles sempre foram amigos mas nunca havia rolado alguma coisa com eles. null sentiu a língua dele tocar a língua dela e resolver deixar que aquilo acontecesse, afinal, não podia mais ser ligada ao null, ele mesmo não tinha mais nada com ela.
null passava na frente do pub naquela hora. Tinham acabado um ensaio de horas e ele estava muito cansado. Ele ia abrir a porta pra entrar no pub mas viu pelo vidro da porta null e Rick se beijando. Alguma coisa dentro de null impedia ele de entrar no locar e acabar com aquilo, embora fosse a coisa que ele mais queria no momento. Ele não conseguiu dizer nada, saiu de lá de correndo e foi pra um barzinho lá perto. Talvez ficasse melhor bebendo em algum lugar onde não se lembrasse de null, mas bebeu pensando nela.
null interrompeu o beijo olhando fundo nos olhos de Rick. Rick olhou pra ela e mediu todo o seu rosto. Ele passou o dedo em cima dos lábios da garota fazendo ela fechar os olhos e cochichou no ouvido dela.
“Eu gosto de você.”
Pronto, foi isso que deixou a null mais confusa ainda. Ela não podia gostar de null, mas ela AMAVA null. E agora, um de seus melhores amigos acabou de beija-la, e pior ainda, disse que gostava da menina. Ela tinha que esquecer de null de qualquer jeito e soltou um ‘Eu também’ pro Rick que recebeu aquilo com um sorriso. Talvez se ela estivesse com Rick seria mais fácil esquecer o que sentia por null.
null andava até seu carro, não sabia porque estacionava tão longe, talvez pra ver as pessoas á noite, ela gostava de observar. null passou em frente ao bar que ficava na esquina, null viu a garota passando lá na frente e foi atrás dela. Sem dizer nada e sem conseguir andar direito null a seguiu até seu carro. null virou pra trás pra ver quem a estava seguindo e deu de cara com um null bêbado.
“Você (ic!) não devia (ic!) ter feito aquilo (ic!)” – ele dizia entre soluços.
“Aquilo o que null?” – null perguntou sem entender.
“BEIJAR O RICK!”
“null, você tem problema? Nós somos só amigos, dá um tempo.” – ela disse com um aperto no coração.
“Ta legal, somos só amigos.” – ele disse parecendo menos bêbado que antes.
“Quer uma carona null? Você não vai chegar muito longe desse jeito.”
“Eu liguei pra Lisa, ela vem aqui.”
null sentiu uma pontada no estomago.
“Então é assim? Eu não posso ficar com ninguém e você pode?”
“É... É isso mesmo!”
“Vê se cresce null!” – null disse com lágrimas nos olhos.
Ela entrou no carro e deu partida percebendo outro carro encostando atrás dela e vendo null andando até lá, parece que era Lisa mesmo. Não acreditou quando null disse aquilo, como assim? Ela não tinha direito a mais nada? Se fosse assim, ela ia fazer as coisas do jeito dela. null que tirasse aquele pensamento de que ela fosse só dele porque no momento, null só conseguia sentir um grande ódio por ele.
null chegou em sua casa e subiu até seu quarto. Encontrou as luzes acesas e ouviu várias risadas vindo lá de dentro. Abriu a porta e encontrou as suas amigas conversando em cima de sua cama.
“Que invasão é essa?” – null gritou.
“A gente precisava conversar com você.” – null disse séria.
“Por quê?”
“Porque você consegue resolver as coisas de um jeito melhor.” – null disse.
“Por quê?”
“Porque você é mais forte que nós todas juntas.” – null disse.
“Por quê?”
“Ah! Dá pra parar com esses por quês?” – null disse rindo.
“Ta, ta desculpa. Então, o que vocês querem me dizer?” – null perguntou se ajeitando na cama junto com as amigas.
“Vamos enumerar por ordem.” – null disse.
“Eu preciso de um conselho, null precisa nos contar uma coisa e a null precisa de nós três.” – null explicou.
“Começa então null, agora só eu escuto você.” – null disse rindo.
“Acho que eu vou dar uma segunda chance pro null.” – null disse recebendo olhares de surpresa das amigas, nenhuma delas sabia daquela mudança de pensamento ainda.
“E você pensou nisso quando?” – null perguntou de boca aberta.
“Nos dias no hospital. null me mandou tantos doces e flores e passava todo o tempo possível comigo. Quando eu acordava eu sempre encontrava ele do meu lado.”
“ÓÓÓÓÓÓÓ QUE LINDOOO!” – as amigas gritaram juntas, não queriam nem saber que horas eram ou quem estava dormindo, o momento agora era só delas.
“Pára! Agora me digam, o que vocês acham disso?” – null perguntou curiosa.
“Eu acho que você ta certa. O null ainda te ama e todas sabemos disso. Ele nunca deixou de te amar nem por um segundo, null. Ele merece uma segunda chance e você sabe que eu concordo com isso.” – null disse sobre os olhares de aprovação de null e null.
“Ele realmente se importa com você null. E vocês formam um casal muito lindo.” – null disse apertando as bochechas da amiga.
“Então amanhã eu falo com ele.” – null disse determinada.
“null... Sua vez.” – null disse rindo.
“Acho que tá na hora de eu contar pra vocês que...” – null fez um suspense.
“QUE?!?!?!?” – as amigas gritaram impacientes.
“Eu e o null estamos namorando.”
“ALELUIA IRMÃOS!”
“Tava na hora né null, se vocês não ficassem juntos logo eu mesma fazia isso acontecer.” – null deu de ombros.
“Também acho, e depois do dia no pub, eu também achei que alguma entre vocês ia acontecer.” – null disse piscando o olho pra amiga.
“O que aconteceu?!?!?!?!” – null, null e até null perguntaram.
“Tá brincando que você não sabe null! Bom, eu fui no banheiro arejar minha cabeça...” – null começou a contar e foi interrompida pela null.
“Arejar a cabeça no banheiro?”
“Deixa eu terminar de contar. Então, eu abri a porta e dei de cara com um ‘agarra-agarra’ nada discreto da parte de dona null aqui e o senhor null.”
“UUUUUUUUUUUHHHH!!!!” – as amigas tiraram sarro de null que agora virava um pimentão ambulante.
“Então, falta a null agora.” – null disse pra mudarem logo de assunto.
“null?” – null perguntou.
null se inclinou pra pegar sua bolsa e tirou de dentro dela uma caixa. null pegou a caixa e leu.
“Teste de gravidez? Você tá grávida null?” – null perguntou espantada pra amiga.
“Não desceu faz quase duas semanas e... Eu to assustada.”
“Você tem certeza?”
“Tenho.”
“Quantos testes você comprou?” – null perguntou.
null virou a bolsa pra baixo e cairam vários testes de gravidez de diferentes marcas.
“EITA! Agora muitas outras mulheres vão ficar sem saber se estão grávidas ou não. Você comprou a farmácia inteira.” – null disse rindo.
“Não brinca com isso null, é sério o negocio agora.” – null disse séria.
“Faz pelo menos três. Vai lê e faz xixi.” – null empurrou a amiga pro banheiro.
null se trancou lá dentro e fez xixi com medo do que descobriria. Depois de fazer xixi como mandava na caixinha ela sentou na tampa do vaso e assistiu enquanto os tracinhos mudavam de cor. Cinco minutos depois as meninas estavam assustadas, não demora muito pra fazer um teste de gravidez de caixinha. As amigas começaram a berrar o nome da amiga e ela destrancou a porta. null voou até a pia onde estavam os testes e olhou pras amigas.
“Você já olhou null?” – null perguntou pra ela.
“Não...”
“O que aconteceu?” – null perguntou curiosa.
null andou null e ajoelhou na frente da amiga. Olhou nos olhos dela e disse.
“null, amiga, você tá grávida.”
Todas no banheiro ficaram assustadas com a noticia. Estava demorando pra cair a ficha.
“Tem certeza null?” – null perguntou chorosa.
“Tenho null, tem a mesma resposta em todos os testes.”
null abraçou a amiga e começou a chorar em seu ombro. null e null se juntaram ao abraço depois. Do banheiro só dava pra ouvir os soluços abafados de null.
“E agora o que eu faço? Como minha vida fica? Como o null vai reagir?” – null perguntava pras amigas.
“Você conta pro null e depois conta pros seus pais, eles tem que saber. Sua vida não vai mudar, vai ficar mais colorida. null, você vai ter um filho, vai ser lindo igual a você e ao null e nós vamos ser tias.” – null disse pra amiga.
Elas se deitaram todas na cama da null, cabiam todas lá. Ficaram conversando até todas dormirem.
13º Capítulo
“Café?” – null perguntou pra null que chegava na cozinha na manhã seguinte.
“Quero. Então, é hoje?”
“É, hoje eles vão tocar no pub, você vai?”
“Vou pensar.” – null disse se sentando.
“Você sabe que não vai poder ficar adiando essa conversa entre você e null e pra sempre.”
“Eu sei, mas, sei lá. Eu não sei o que dizer.”
“Deixa as coisas fluírem naturalmente.” – null disse rindo.
“Qual é o motivo da risada?” – null perguntou entrando na cozinha.
As amigas olharam pra ela e começaram a rir mais ainda.
“O que foi?” – null perguntou sem entender.
“Seu cabelo!” – null disse rindo.
null saiu da cozinha correndo e deixou as amigas rindo por lá. Depois null entrou na cozinha sem entender nada.
“Por que a null saiu correndo daquele jeito?”
“O cabelo dela tava assim!” – null disse tentando ajeitar seus cabelos do mesmo jeito que os cabelos de null estavam.
As amigas caíram na gargalhada. Passaram a manhã inteira juntas, na casa da null mesmo. Fizeram coisas que a séculos não faziam, como, por exemplo, inventar penteados, comer brigadeiro (n.a.: de manhã é muito melhor), conversar sobre coisas absolutamente sem sentido, tocar violão e ver revistas.
Quando a tarde já terminava, Rick ligou pra ela pedindo pra ela ir até o pub abrir a porta pros meninos pois eles iam mais cedo. null convidou as amigas pra irem com elas e aceitaram logo na primeira. Não iam deixar uma oportunidade dessas de falar com eles passar batido.
“A quando tempo vocês estão aqui?” – null perguntou chegando no pub onde encontrou os quatro meninos do lado de fora com várias caixas.
“Acho que... Umas meia hora.” – null respondeu depois de olhar no relógio.
“Então não faz muito tempo.” – null deu de ombros.
null olhou de rabo de olho pra null enquanto abria a porta e viu que o menino não parava de olhá-la. Ela não queria falar com ele, não depois do que havia acontecido na noite passada.
“Pronto. As madames podem entrar e colocar tudo no lugar.” – null disse assim que abriu a porta.
“Obrigado de novo null.” – null agradeceu a amiga dando um beijo em sua bochecha.
Enquanto os meninos arrumavam os instrumentos as amigas ficavam assistindo tudo do bar onde bebiam algum refrigerante. null estava tentando arranjar força pra ir falar com null, não sabia o que aconteceria. null olhava pra null sempre que podia e o garoto olhava pra ela de volta. null desviava o olhar de null que não parava de olhar pra ela. null estava com medo, não sabia como ia conversar com null aquele assunto tão delicado, nem sabia se era uma ótima hora pra aquilo estar acontecendo.
Os meninos já tinham acabado de arrumar tudo e agora conversavam com as meninas numa das mesas. Rick ainda não tinha chegado, o que era estranho pra null pois ele nunca chegava tarde. Aí resolveram conversar sobre coisas pessoais. null e null se isolaram deles numa outra mesa ali perto e assim fez null e null numa outra mesa. null e null foram pra perto dos instrumentos deixando null e null sozinhos na mesa.
“Desculpa pelo que eu disso ontem null.” – null se desculpou depois de alguns longos segundos em silencio.
“Você não acha que esta na hora de parar de pedir desculpas?” – null perguntou seca.
“Eu não agüentei quando vi você e o Rick se beijando.”
“Então foi por isso que você fez aquela ceninha toda?”
“null...”
“null... Aprenda a conviver com o que você tem.”
“Mas o que eu realmente quero é você.”
“Então por que você não me mostra isso?”
“Não tem jeito de te mostrar null...”
“Então não me magoe do jeito que você anda fazendo.”
null e null ficaram mais um tempo se olhando até que ouviram um grito vindo de perto dos instrumentos. Era null abraçando null. Parecia que tudo tinha dado certo.
“EU VOU SER PAI GENTE!” – ele gritou fazendo eco no lugar.
“O que?!” – os três garotos perguntaram juntos.
“Isso mesmo! Minha princesa aqui está grávida!” – null disse com um sorriso enorme estampado no rosto.
Os amigos todos foram cumprimentar o casal que agora estavam sorrindo mais que nunca na vida. null estava extremamente feliz, pro espanto de null que pensava que ele não ia querer o filho. null reparou que null e null, assim como null e null estavam com as mãos dadas, null se sentia feliz de que tudo finalmente tinha dado certo pras suas amigas. Esperava que fosse assim com ela também.
Rick chegou no lugar e logo depois com o pub cheio numa sexta feira, o McFly teve sua primeira apresentação fora da garagem de null. Foram até pessoas que estudaram com eles, pessoas mais jovens que já conheciam os meninos. E pra desespero de null, Lisa estava lá também, sempre que essa guria aparecia alguma coisa ruim acontecia.
“Eu sei que você não gosta dessa garota.” – Rick falou no ouvido de null quando passou por ela e a viu olhando pra Lisa com cara de quem um dia ainda matava ela.
“Claro que eu gosto dela!” – null disse.
“A gente sabe que você não gosta null.” – null disse entrando na conversa.
“Claro que eu gosto gente.” – null repetiu.
“E desde quando?” – null perguntou.
“Hum... Desde quando eu voltei pra cá.”
“Você não trocou uma palavra com ela ainda.” – null deu de ombros.
“Ta bom, eu não gosto dela.”
“Eu sabia!” – Rick, null, null e null falaram juntos.
“Vocês sabiam o que?” – null perguntou do outro lado do salão onde estavam os meninos com os instrumentos.
“Nada, nada.” – null respondeu.
null olhou pra amigas que davam risadas sem parar e depois descansou o olhar em cima de Rick que a olhava com um sorriso no rosto. null pensou no beijo da noite passada, não tinha contado pras amigas. Até que não seria mal se deixasse as coisas rolarem normalmente com Rick, ele era bonito: um homem alto, loiro, de olhos azuis, com o corpo trabalhado (n.a.: se é que vocês me entendem quando eu digo trabalhado xD), e além de tudo, ele era gentil com ela. Ela riu lembrando das vezes que pediu pra ele não abrir o pub e ir tentar carreira como modelo mas ele não queria de jeito nenhum.
“Alôôôô Terra chamando null!” – null gritou.
“Oi!” – null respondeu.
“O que você tava pensando?” – null perguntou pra amiga que ainda estava com o olhar perdido em Rick.
“Em nada.” – ela respondeu sorrindo.
“Olha, eu vou voltar pra casa e tomar um banho antes que mais gente entre aqui.” - null disse se levantando.
“Eu vou com ela.” – null disse se levantando e seguindo a amiga.
“Ah! Eu vou com vocês!” – null gritou e saiu correndo antes que as amigas saíssem do pub.
null olhou em volta e viu que estava quase cheio o lugar, nunca tinha visto o pub daquele jeito. Depois de ouvir Rick gritando pela milésima vez o nome dela pra ir ajudá-lo, ela foi até a parte de trás do balcão e atendeu a primeira pessoa que viu na frente.
Finalmente o bar tinha acalmado. Depois de fazer vários drinks e encher vários copos de cerveja null e Rick estavam exaustos. A banda ia tocar logo e as três amigas de null estavam conversando com eles antes. Rick se aproximou de null e a abraçou por trás fazendo os joelhos dela tremerem.
“Gostei do beijo de ontem.” – ele disse no ouvido dela.
“Ainda bem. Porque eu também gostei.” – ela disse com um sorriso.
null olhou a cena no bar e ficou vermelho de raiva. Queria sair dali e gritar mais uma vez pra ela que a amava, mas não podia mais fazer isso. null estava com outro, ele estava com outra. Por que tinha que ser tão dificil assim?
Rick aproximou seu corpo ainda mais do corpo de null e beijou seu pescoço.
“O que você está tentando fazer?” – ela perguntou.
“Fazer você minha.”
Então ta, null tinha que esquecer null. Não conseguia mais viver pensando nele e olhando pro lado dele para vê-lo com Lisa. Ela a odiava mas tinha que fazer o que era certo. Afinal, null e ela eram só amigos. Amigos mesmo, com benefícios talvez, mas acima de tudo amigos.
Rick virou ela de frente pra ele e beijos seus lábios. null deu outra olhada pro bar e ficou roxo de raiva. Não acreditava no que estava vendo. null percebeu que ele estava sempre olhando pra lá e deu uma olhada pro bar também. null deu um sorriso, o que estava acontecendo ali? A amiga não contava mais nada pra ela. null pensou então no por que da null estar fazendo aquilo, seria pra esquecer de null de uma vez por todas ou apenas pra deixá-lo com ciúmes?
null se virou de frente quando ouviu que eles estavam prontos pra começar a tocar. Rick ainda continuava abraçado a ela.
“Agora vamos tocar uma musica nossa, fizemos ela a pouco tempo mas, conforme nossas fontes confiáveis, ela está ótima.” – null disse no microfone e depois dando inicio em All About You. [n.a.: se aqui você colocou o Harry, vai ficar estranho, então tente imaginar como se fosse o Tom =D]
null prestava atenção em null o tempo inteiro. O jeito como ele tocava, jogava os cabelos de lado, o jeito como ele sorria enquanto acompanhava a musica cantando, o jeito como ele a olhava. Olhou pras amigas e riu vendo elas pulando enquanto eles tocavam. A musica terminou e a tão esperada musica surpresa começou logo depois.
Well I met this girl, just the other day,
I hope I don't regret, the things that I said no,
And when we're laughing joking with each other now,
I'm glad I met this girl
She didn't walk away,
I think she was impressed and was having a good time,
And when we're laughing joking with each other,
Spending all our time together...
When she walks in the room my heart goes boom!
Ba ba ba ba ba da ba,
I tried to take her home but she said,
You're no good for me...
Essa musica deixou as meninas de boca aberta. Pra quem será que tinha sido? Estavam doidas pra saber da onde tiraram a letra. Eles conseguem fazer uma musica boa em tão pouco tempo, o que deixou elas ainda mais contentes. Eram seus bebês ali tocando, em pouco tempo elas poderiam vê-los em um estádio ou até então fora de Bolton.
Os meninos terminaram a música, se despediram sobre o aplauso de todos ali e os quatro desceram do palco prontos pra encontrar suas mulheres, mas foram parados por algumas pessoas que queriam tirar fotos com eles, queriam autógrafos.
“Mas que bando de aproveitadora!” – null reclamou chegando perto do bar onde null e Rick estavam.
“Calma null, se eles ficarem ainda mais famosos vão ser muito mais que só essas pessoas.” – null tentou animar a amiga mas percebeu que não deu certo quando ela virou a cara mostrando a língua.
“Parece que vão demorar pra chegar aqui.” – null disse triste.
“Então vamos conversar sobre algo mais importante.” – null disse.
“Então conversem vocês que eu vou trabalhar.” – Rick disse e deu um beijo em null antes dele ir atender um cliente.
As amigas olharam pra ela com cara de espantadas. Não acreditavam no que viam.
“O que foi?” – null perguntou sem entender.
“Nada... A não ser o fato do Rick ter te beijado.” – null disse ainda com essa cara O.O
“Desde quando?” – null perguntou com um sorriso.
“Desde ontem...” – null abaixou a cabeça envergonhada.
“E NÃO CONTOU PRA GENTE?” – null gritou.
“Você anda traindo a gente? Vamos ter que fazer igual fizemos com a null?” – null perguntou rindo.
“Como fizeram com a null?” – null perguntou sem entender.
“Ué! Nós renovamos nosso contrato de casamento!” – null disse mostrando um anel que ela tinha no dedo. null ergueu seu dedo com o anel e null fez o mesmo. Todas olharam pra null e ela ergueu o dedo com o anel dela. No anel de cada uma tinha gravado o nome das quatro. Elas fizeram isso pra deixar a amizade mais forte, mais do que já estava. Era um jeito divertido de cada uma mostrar o quanto se amavam.
“Então, voltando ao assunto...” – null começou.
“Ah não gente, eu não quero falar sobre ele aqui.” – null reclamou.
“Por que não?” – null perguntou sem entender.
“Ele pode ouvir.”
“Ele quem?”
“Ele ele.” – null disse apontando pra null. – “Ou ele ele?” – ela disse dessa vez apontando pra Rick.
“Os dois.” – null respondeu.
“Então ta, nós vamos dormir na sua casa e você conta.” – null disse com um sorriso no rosto.
“Resolveram morar lá agora?”
“Claro!” – as três amigas responderam juntas.
“E eu vou levar o null.” – null disse toda sorridente.
“Minha casa agora vai virar um motel?” – null disse rindo.
“Que nada, não se preocupe meu bem.” – null disse.
“Então eu vou levar o null também.” – null disse.
“Ta bom! Levem seus namorados! Eu não ligo.” – null disse recebendo um obrigado das amigas.
Os quatro meninos chegaram logo depois conversando alto. Cada um foi cumprimentar suas devidas namoradas e null, estava com a Lisa. Como null sentiu vontade de pular no pescoço dela e arrancar cada fio de cabelo loiro oxigenado dela. null deixou os amigos pra trás e foi trabalhar, sempre sobre os olhares de Rick e... De null. Nossa! Como isso incomodava ela!
“Eu não quero ouvir som nenhum durante a noite!” – null dizia no carro onde se encontravam todas as suas amigas.
“Não vai ouvir.” – null prometeu.
“Isso mesmo, vamos manter o controle de natalidade okay?”
“Ta bom null! Não fazemos isso na casa dos outros.” – null disse rindo.
“E desde quando a null é outros?” – null perguntou rindo e recebeu um olhar matador de null.
Chegaram na casa da garota, seu pai não estava. Os meninos entraram direto pra cozinha prontos pra comer alguma coisa. É incrível como eles nunca estão satisfeitos. As meninas subiram pro quarto de null trocar de roupa, colocar uma roupa mais confortável. Deitaram na cama de null e conversaram até que os meninos chegaram lá. Pra alegria, ou não, de null, Lisa não estava lá, mas null estava. Não conseguia conversar direito, null não parava de olhar pra ela. Era um saco! Conversaram não sobre coisas pessoais, isso era pra ser conversado só entre elas e provavelmente só entre eles. Dormiram todos jogados num canto no quarto. Deixaram na cama só null e null o que deixou ela mais furiosa ainda. Os amigos mandavam mais na casa dela do que ela mesma! null dormiu olhando o rosto de null, como ele é lindo. Seus olhos, mesmo fechados, seu nariz, sua boca, suas bochechas, ah... Suas bochechas, como ela adorava! Por que tinha ele tinha que dificultar tudo, por que ELA tinha que dificultar tudo? Eles tinham tudo pra estar juntos e agora tem um monte de motivos pra não estar juntos.
14º Capítulo
No meio da noite null acordou e percebeu um certo peso em cima dela. Olhou pro lado e encontrou null, com o braço em cima dela. Resolveu deixar quieto, eles eram acima de tudo amigos e nada podia acontecer com ele dormindo. Mais algum tempo depois ela sente outro peso em cima dela. Olha pros seus pés e vê a perna de null em cima da dela. Aquilo estava começando a ficar estranho. Adormeceu e acordou quando sentiu a mão de alguém em seu peito. Olhou pra baixo e encontrou a mão de null. Ela chacoalhou ele na tentativa de acorda-lo mas não dava dando certo, ele tinha mesmo um sono muito pesado. Foi quando ela sentiu outra mão em seu peito, aí não dava mais.
“null seu tarado tira a mão de mim!” – ela gritou.
O garoto deu um pulo da cama e foi cair do outro lado. Os amigos acordaram assustados com o grito. Ainda não era nem de manhã e já estavam gritando?
“O que aconteceu?” – null perguntou sonolenta.
“O null estava com a mão em mim!”
“Para de gritar.” – null pediu com a cabeça afundada no travesseiro.
“O QUE ACONTECEU?!” – null perguntou sem acreditar no que ouvia.
“O null... Estava com as mãos nos meus peitos!” – null disse novamente.
“Eu estava o que?” – null perguntou se levantando do chão.
“Isso mesmo que você ouviu.” – null respondeu.
“Não estava não, não estava nem perto de você!”
“Estava perto DE MAIS de mim!”
“Não estava!”
“Estava sim!”
“Hey crianças. O null é sonâmbulo.” – null explicou.
“O QUE?!” – null e null perguntaram juntos.
“Isso mesmo, ele é sonâmbulo, agora voltem a dormir.”
null olhou pra null e null olhou pra null. Ela colocou várias almofadas e bichinhos de pelúcia no meio da cama pra separar ela do null, depois de virou de costas pra ele e adormeceu. null deitou na cama sem entender, mas com um sorriso no rosto. Ele tinha dormido perto DE MAIS de null. [n.a.: eu peguei a idéia da Anninha... Eu usei ta fofah? Brigadah de qualquer jeito... Tomara que vocês gostem ^^]
null acordou cedo, não conseguia mais dormir com tantos roncos em volta dela. Desceu as escadas e fez café, seu pai ainda não tinha chegado, talvez tenho voltado pra casa, pego uma roupa e saído de novo pro trabalho. Era sábado e não tinham nada pra fazer. Enquanto null bebia seu café olhando pela janela da cozinha ouviu passos descendo as escadas.
“Bom dia.” – null cumprimentou a amiga.
“Dia.”
“Acordou cedo.”
“Com tantos roncos tinha que acordar mesmo.” – null disse rindo.
“É, acordei por causa disso também.” – null disse pegando uma xícara.
As duas se sentaram na mesa, uma de frente pra outra, não falavam nada, ainda estava no horário de abrir a boca e conversar, estava cedo de mais. Algum tempo depois ouviram a null entrar na cozinha, se arrastando de tão cansada.
“Bom dia.” – null cumprimentou as amigas enquanto pegava uma xícara de café.
“Dia.” – as amigas responderam.
null se sentou ao lado de null. As três agora se olhavam, e olhavam suas xícaras, sem dizer uma palavra. Depois ouviram a null chegando na cozinha, reclamando.
“Mas que saco, eles só roncam.” – ela dizia.
As amigas olharam pra ela que estava pegando café e ainda reclamando do ronco dos meninos e desataram a rir. Riam tanto que null não agüentou e riu também.
“Coitada de você.” – null disse pra null.
“Por que?”
“Você e null não vão dormir na mesma cama?”
null entendeu e riu ainda mais, as amigas estavam quase fazendo xixi na calça de tanto que riam.
“A gente devia gravar eles roncando.” – null disse.
“Boa idéia!” – null disse e foi direto buscar um gravador.
As amigas subiram as escadas em silencio pra não acordar os meninos. Ligaram o gravador quando chegaram no meio do quarto e null cochichou perto dele.
“Este é o som de null, null, null e null roncando. Na casa da null. Divirtão-se.”
Elas passaram o gravador perto de todos os meninos segurando pra não rir. Realmente era engraçado. Pararam na frente de null porque ele tinha parado de roncar. As meninas ficaram esperando que ele desse um ronco, mas não dava. null abriu os olhos e encontrou as quatro meninas olhando pra ele com um gravador perto dele.
“O QUE É ISSO?” – null gritou.
As amigas riram mais ainda e desceram as escadas correndo. Deixaram o gravador cair no chão do quarto e null pegou pra ouvir o que tinha gravado. Depois de ouvir a fita desceu correndo atrás das quatro meninas que estavam escondidas. null, null e null acordaram com aquele barulho todo e desceram procurando por null.
“O que aconteceu?” – null perguntou.
null subiu as escadas de novo com os amigos atrás dele, pegou o gravador, voltou a fita e deu play pros amigos escutarem. Depois que a fita acabou os quatro desceram correndo procurando pelas meninas.
“Garotaaaaaasss...” – null cantou.
“Cadê vocêêêêêêêêêêssss.” – null cantou depois.
null abriu a porta do banheiro e elas não estavam lá. null foi até a cozinha e olhou em todos os armários. null andou até a janela e procurou atrás das cortinas. null foi ver se elas estavam num quartinho de bagunça. Mas elas não estavam em lugar nenhum. Os meninos ficaram pensando num lugar onde ainda não procuraram quando viram as meninas passarem correndo na frente deles indo pra fora de casa ainda rindo. Os meninos não pensaram duas vezes, correram atrás delas.
“Estão achando engraçado é?” – null gritou alcançando null.
“Ficam rindo aí porque não são vocês.” – null abraçou null, com cuidado pra não machucar o bebê, null dizia isso sempre pra ela.
“A gente ainda vai gravar vocês roncando!” – null disse ainda correndo atrás de null.
“E vai colocar na internet pra todos ouvirem!” – null disse quando finalmente conseguiu segurar null.
null estava com null no chão tentando fazer ela ficar sem se mexer. Estavam todos no quintal da frente da casa de null de pijama e jogados na grama. null tentava sair de baixo de null em vão, ele era mais forte que ela e não conseguia.
“Acha engraçado agora null?” – null perguntou quando finalmente ela parou de se debater.
“Acho.” – ela disse rindo.
“A gente vai fazer pior com vocês.”
“Acho que não.”
“É? Por que?”
“Porque vocês não tem coragem.” – null disse mostrando a língua pra null.
null colocou a mão na frente da boca de null fazendo com que ela ficasse assustada.
“Você quer apostar quanto que eu ainda faço alguma coisa que surpreenda você?”
“Humhamhemhumhamhomhem.”
“O que?”
“HiraHãohamhimahoma.”
“Não to entendendo.”
null então colocou a ponta da língua na mão dele fazendo com que ele tirasse a mão dele da boca dele rapidamente fazendo uma careta de nojo.
“Então, eu não tenho o que apostar com você.” – ela disse.
“Um beijo.”
“Você ta querendo de mais null, depois dessa noite acho que você ganhou muito mais que um beijo.”
“Eu não lembro de nada null, eu juro pra você.”
“Então ta, um beijo.” – ela disse revirando os olhos.
“Então vamos fazer isso direito. Você me da um beijo se eu fazer uma coisa que realmente surpreenda você.”
“Isso.”
null olhou pra ela com cara de satisfação. Ainda não tinha em mente o que ia fazer mas seria uma coisa que ela nunca ia ter imaginado antes, disso ele tinha certeza. null olhava pra null que ainda a olhava. Eles ainda não se mexeram nem um pouco, null ainda estava deitado em cima de null. null foi aproximando seu rosto do dela. Ela quando percebeu aproximou o seu rosto do dele também. null passava as mãos nas costas de null e respirava perto de seu nariz [n.a.: nariz mais lindo ^^]. null encostou seu nariz no nariz de null. Ele começou a aproximar mais a sua boca da boca dela. Ela virou o rosto e passava os lábios na sua bochecha sentindo a respiração de null em seu pescoço. null deu uma mordidinha na orelha de null e ela beijou o canto da boca dele. null começou a passar seus lábios pela bochecha da garota em direção a boca dela. null encostou os lábios nos lábios dela e ela virou o rosto. Começou a levantar e deixou null na grama deitado olhando pro céu. Ela não podia ficar com ele agora, não agora. Mas ela ia sim provocar null.
As meninas estavam todas na cozinha de null tentando fazer o almoço enquanto os meninos assistiam futebol na sala e gritavam a cada jogada mal marcada pelo juiz ou a cada gol. As meninas riam quando eles começavam a xingar os jogadores.
“Então, como anda a nossa mamãe?” – null perguntou pra null que mexia uma panela no fogão.
“Melhor impossível.”
“Que bom então.” – null disse com um sorriso enquanto lavava a louça.
“Vocês vão no hospital comigo né?” – null perguntou pras amigas.
“O papai que tem que ir, não nós.” – null disse.
“Mas vão comigo também? Eu quero vocês lá.”
“Ta bom, então vamos.” – null disse.
“Mas que droga, o juiz roubou o jogo inteiro!” – null entrou na cozinha com os amigos reclamando do jogo mal marcado.
“E a ultima jogada, era pra ser um pênalti!” – null disse.
“Pelo visto o jogo foi bom.” – null disse rindo.
“Foi ótimo!” – null disse ironicamente se sentando na cadeira.
“Quando o almoço fica pronto?” – null perguntou.
As meninas olharam estranho pra ele.
“O que?”
“Isso não é pergunta que um null faça, e sim um null.” – null disse rindo.
Todos almoçaram e as meninas deixaram a louça pros meninos lavar. Ali era assim, quem cozinhava, não lavava a louça e sim quem assistia futebol. Depois da limpeza na cozinha, que foi muito demorada, os oito deitaram no sofá e ficaram em silencio pensando em alguma coisa pra fazer até o final da tarde, que era quando null precisava sair pra trabalhar. null levantou do sofá de repente e andou a sua jaqueta da onde tirou um CD de dentro. Andou até o rádio e colocou o CD pra tocar no ultimo volume. Puxou null pra dançar com ele e null puxou null que puxou null que puxou null que puxou null que ia puxar null mas ele não deixou, depois ia puxar null mas ela não queria ir. Ficaram dançando enquanto null e null ficavam rindo dos amigos. null se aproximou de null no sofá.
“Quer dançar?”
null pensou um pouco e se virou pra null.
“Claro.”
null se levantou do sofá e puxou a garota com ele. Agora estavam os oito amigos dançando no meio da sala com a musica no ultimo volume, no meio da tarde. Isso que dá não ter o que fazer.
I'm bringin' sexy back
Them other boys don't know how to act!
I think it's special what's behind your back.
So
turn around and I'll pick up the slack!
(Take em' to the bridge!)
Dirty babe...
You see these shackles? Baby I'm your slave
I'll let you whip if I misbehave!
It's just that no one makes me feel this way
(Take em' to the chorus!)
[n.a.: Sexy Back do Justin Timberlake, é pra levantar o popo da cadeira e rebolar, é bom pra quando vc ta fazendo brigadeiro de panela xD]
Dançaram até ficarem cansados. Os oito foram correndo pra geladeira da null a procura de água. O dia estava esquentado. O verão estava chegando.
Sentaram todos no sofá e adormeceram assistindo TV. Fazia muito tempo que não passavam um dia juntos como aquele. Mataram a saudade e viveram o momento, como sempre falaram.
15º Capítulo estão gostando da fic? Então levantem o bracinho o/
“Veio feliz hoje.” – Rick disse quando null entrou no pub.
“Foi um dia feliz.” – ela respondeu sorrindo.
“Fez o que de bom hoje?” – ele disse vendo ela andar até na frente do bar ficando de frente pra ele.
“Passei o dia com os amigos.”
“Amigos? Homens?”
“E mulheres. Esta com ciúmes?”
“Não... Só queria saber mesmo. A gente precisa sair junto um dia desses.”
“É... Eu sei.”
“Amanhã?”
“Onde você quer ir num domingo Rick?”
“Eu quero passar o dia com você.” – ele disse aproximando mais o rosto do rosto dela.
“Fazendo o que?”
“Esse não é um bom horário pra dizer.”
Ele aproximou mais ainda o rosto do dela e tocou os lábios dele nos lábios dela. Ela deixou ele beija-la mas sempre pensando no que tinha acontecido com ela e com null mais cedo. Com Rick não tinha preliminares, ninguém provocava o outro, não era divertido. E com null, era diferente. Era gostoso, mesmo que não acontecesse um beijo.
A noite no pub foi menos agitada que a noite passada. Entrava gente ainda perguntando quando o McFLY ia tocar outra vez no pub, parece que tinham gostado. Rick e null passaram boa parte do tempo que tinham sem atender clientes conversando entre beijos. Eles pareciam que se escondiam de alguém, pois só se beijavam dentro do pub, não se encontravam fora de lá.
Depois de terminarem o trabalho e fecharem o lugar null foi até a sua casa, Rick morava do lado oposto que ficava o caminha de sua casa.
null chegou em casa e não encontrou seu pai, fazia tempo que ela não o via. Estava começando a achar aquilo muito estranho. Andou pela casa e viu como ela estava limpa, quando ela e os amigos querem limpar a casa realmente eles conseguem. null subiu até seu quarto e entrou em seu banheiro pra tomar um banho quente, gostava da água quente. Ficou ali em baixo da ducha aproveitando o quentinho e lembrando do que aconteceu no seu dia. Tinha sido um dia cheio, mas alegre. Ela lembrou-se então dos seus amigos no Brasil, ela ainda não tinha respondido a ultima carta deles. Onde será que eles iam viajar nas férias de verão?
Ela saiu do banheiro e pegou a ultima carta deles que havia recebido, todos haviam escrito um pouquinho pra ela. Ela se sentou na cama e pegou uma folha na gaveta e começou a escrever uma carta em resposta pra eles. Quando terminou, ficou impressionada no tanto de coisas que escreveu, realmente tinha muita coisa pra contar pros amigos. Quando ela foi guardar a carta que escreveu com o envelope onde tinha a carta que recebeu, percebeu uma coisinha a mais dentro. Pegou o envelope nas mãos e abriu ele inteiro, tirou lá de dentro uma foto, a ultima foto deles na casa do Fernando, se lembrou daquele dia e a saudade apertou ainda mais.
No dia seguinte, quer dizer, tarde seguinte, null acordou ainda com sono, olhou pro seu celular e percebeu que tinha varias ligações perdidas. Algumas de null, outras de null e algumas de Rick. Ela resolveu tomar um banho primeiro, assim podia começar seu dia, quer dizer, tarde, muito melhor. Depois do banho foi até a cozinha comer alguma coisa, seu pai ainda não havia voltado pra casa, onde será que estava? Depois sentou no sofá, ligou a televisão e pegou o telefone pronta pra ligar pras pessoas que haviam ligado pra ela mais cedo.
“Oi sumida! Até que enfim!” – null disse no telefone assim que atendeu.
“Eu estava dormindo, estava cansada. Agora me diga o que quer comigo?”
“Vamos saiiiiiiiiirr????”
“Não sei, acho que hoje eu vou sair com o Rick.” – null disse com um sorriso.
“UUUUUUUUUUUUUU!!!”
“Não se empolga.”
“Então ta, vai lá! Gatona!” – null disse rindo.
“Para null!”
“Ela vai sair com a gente ou não?” – null perguntou do lado de null, fazendo com que null também ouvisse e começasse a rir.
“Ela não vai, tem compromisso com outra pessoa hoje.” – null respondeu pra null.
“Que pessoa é mais importante que a gente?”
“O papa!”
“Ela vai sair com o papa?”
“Vai.”
“null! Pega um autografo dele pra mim?” – null berrou no celular.
“PEGO!” – null gritou de volta.
“Tchau amiga, vou quietar essa criança que está do meu lado.”
“Tchau.”
null desligou o telefone e começou a rir mais que nunca. Ficou pensando onde ia arrumar um autografo do papa pra null, apesar dela não sair com ele, ela achou engraçado null ficar pensando que realmente saiu com o Papa. null agora discava outro numero, ia ligar pra Rick.
“Pensei que você tivesse desaparecido outra vez!” – Rick disse assim que atendeu o telefone.
“Não, da próxima vez eu aviso todos.” – ela respondeu rindo.
“Estava com saudade.”
“ÓÓÓÓ FOFUUUU! Eu também estava.” – não tanto quanto ela estava de null.
“Então, vamos sair hoje?”
“Vamos, mas pra onde você quer ir?”
“Eu passo aí na sua casa e vamos no parque. Pode ser?”
“Como você quiser.”
null desligou o telefone e correu pro seu quarto colocar uma roupa digna de se sair de casa. Parou de se trocar quando ouviu a campainha tocando. Rick era mesmo rápido. Ela foi prendendo seus cabelos de qualquer jeito até chegar a porta, mas quando abriu, deu de cara com quem não esperava.
“null... O que você está fazendo aqui?” – ela perguntou surpresa.
“Eu esqueci meu celular aqui ontem.” – ele disse meio sem graça.
“E só foi perceber hoje?” – ela deu de ombros.
“Fazer o que. Você sabe como eu sou.”
“É, sei. Então, entra, procure seu celular, fique a vontade.”
null deu espaço pra ele passar pela porta. null não conseguia parar de pensar em como ela estava linda, mesmo com uma calça jeans, um all star e uma blusinha simples. Depois de ver null subindo as escadas direto pro seu quarto ele começou a procurar seu celular pela sala.
“VAI SAIR HOJE?” – null perguntou pra ela.
“VOU. DAQUI A POUCO.” – null respondeu.
Quando null ouviu aquilo seu coração deu um pulo. Sabia que ela ia sair com Rick, mas aonde eles iriam num domingo? null não queria que ele ferisse os sentimentos de null, muito menos tratasse ela mal. null continuou procurando seu celular e ouviu null descendo as escadas direto pra cozinha. Pronto! Finalmente encontrou seu celular!
“Estava onde?” – ela perguntou bebendo um copo de água.
“Na mesinha, do lado do abajur.”
“Da próxima vez eu lembro você de levar.” – ela disse rindo e quase se engasgando.
“Vai ser bom.”
Um silencio incomodo ficou entre eles. null observava cada traço de null e ela tentava não olhar pra ele. null pensava no que tinha acontecido na tarde anterior. null afastou logo os pensamentos quando ouviu alguém buzinar na frente da casa da null. Rapidamente ele disse um tchau e saiu pela porta, dando um oi meio de longe pra Rick. null saiu de casa sem entender aquela reação. Entrou no carro de Rick, cumprimentou ele com um selinho e foram direto pro parque.
“Não no meu nariz!” – null pedia.
“Você passou no meu também!” – Rick ria com uma colherzinha de sorvete estendida perto do nariz da null.
“Só um pouquinho.”
Rick passou a colher com sorvete no nariz na menina deixando a ponta do nariz dela toda coberta de sorvete. null ria sem parar, tinha feito isso na bochecha dele. Rick depois segurou o rosto da menina com as mãos, deixando o sorvete dele ao lado dele no banco, segurou o rosto de null e lambeu o sorvete do nariz dela [n.a.: eca!]. Depois foi traçando um caminho de beijos até a boca dela, onde beijou ela com vontade mesmo. Rick não sentia aquela paixão saindo dela, talvez não fosse ele o que ela queria, mas ia esperar ela mesma perceber isso.
“Vamos pra casa agora.” – ele disse puxando a garota que foi até ele reclamando que queria ficar mais.
“Está escuro mulher! Não quero você trabalhando doente depois de tomar esse sereno!” – Rick disse.
“Tá bom, você venceu!” – ela disse emburrada e entrou no carro.
“Não precisava ter me trazido até a porta.” – null disse pra Rick na frente da porta da casa dela.
“Eu quero que você chegue direitinho na sua casa.”
“Então, agora que estou aqui, o que você vai fazer?”
Rick se aproximou dela puxando-a pela cintura. Colocou seus lábios em cima dos lábios dela que a cada toque na sua pele se arrepiava. Ela sentiu a língua dele tocando a língua dela, não estava gostando muito da situação, talvez devesse deixar que acontecesse até o ponto em que ela sentisse algo a mais por ele. Rick virou null de costas pra porta empurrando-a com um pouco de força. Enquanto Rick a beijava ia prensando-a cada vez mais contra a porta. null não conseguia parar de pensar que com null era diferente. null nunca ia empurrar ela do jeito que Rick a empurrou. null primeiro de tudo ia ser delicado, não do jeito que Rick estava sendo. Aquilo estava deixando null cada vez mais incomodada, resolveu parar.
“Rápido?”
“É, um pouco.”
“Desculpa...”
“Er... Eu vou entrando Rick, até amanhã.” – ela se despediu dele com um selinho.
null entrou dentro de casa correndo. Como podia pensar em null enquanto Rick a beijava? Aquilo entre null estava indo longe de mais. Ela tinha que esquecer null definitivamente, pra ela, null já havia a esquecido. Mas ela estava errada. Com null era a mesma coisa, enquanto beijava Lisa, ele não parava de pensar que podia estar beijando a null, podia estar com ela naquele momento, assim como antes, assim como ele sempre quis, mas naquela hora não podia. null se martirizava, podia muito bem estar com null se tivesse sido um pouco mais fiel aos seus sentimentos. Ele iria fazer alguma coisa pra tê-la de volta, mesmo que não desse certo e que fosse do pior jeito possível, ele TINHA que ficar com null.
null encontrou a casa sozinha novamente. Mas que droga! Onde seu pai estava? null já estava ficando preocupada com o sumiço dele. Bom, resolveu relaxar mais um pouquinho com um banho, que não durou nada pois a campainha tocou. Sempre que tentava fazer algo pro bem dela, a campainha tocava.
“Mas que saco heim! Não tem outra campainha pra tocar?” – ela reclamou descendo as escadas.
null abriu a porta e deu de cara com as três amigas de pijama e cobertor e travesseiros de baixo dos braços.
“Minha casa virou refugio pra fugitivas?” – null perguntou assim que olhou cada amiga atentamente.
“Não consegui dormir.” – null disse entrando na casa de null.
“E acabou não ME deixando dormir.” – null disse entrando logo atrás de null.
“Que acabou não ME deixando dormir.” – null entrou logo em seguida.
“Então agora você não vão ME deixar dormir?” – null perguntou rindo.
As amigas já subiam as escadas, com sono, quase caindo, se instalaram no quarto de null enquanto estava tomava o restinho de banho que lhe faltava. Quando voltou ao seu quarto, estavam todas dormindo, menos null.
“O que aconteceu?” – null perguntou pra ela indo se sentar ao seu lado.
“Eu ando tendo muito enjôo,e minha cabeça dói, e hoje eu dormi tanto a tarde porque estava cansada que não consigo dormir mais.”
“É normal null, você está grávida, esqueceu?”
“Me dorme?” – null perguntou pra amiga.
“Você sabe que o responsável por fazer você dormir é o null e não eu né?”
“Por favor!”
“Ta bom, ta bom. Vamos preparar uns leitinhos pra gente, talvez assim você durma.”
Mas não dormiu. Ela pegou no sono depois de um lual na sala da null, seguido de filme romântico, mais musica, mais livro e mais conversa. Dormiram as duas na sala mesmo, e foram acordar só na manhã seguinte quando ouviram barulhos vindo da cozinha.
[n.a.: esses barulhos vocês só descobrirão no próximo capítulo. Huahuahua liga não, to fumada hoje =P]
16° Capítulo espero que seja melhor que o 15°
“null? O que você está fazendo aqui?” – null perguntou assustada.
“A null me ligou, parece que vamos ter churrasco aqui.” – null respondeu contente.
“Churrasco?” – null perguntou confusa.
“Desde quando que eu não estou sabendo?” – null perguntou dessa vez já de pé indo na direção de null que ainda estava procurando alguma coisa na cozinha.
“Desde ontem a noite. Disseram que não ia ter nada pra fazer e a null deu a idéia de fazer um churrasco aqui.”
“Espera. Vocês fazendo churrasco?” – null perguntou rindo.
“O que tem?” – null perguntou curioso.
“Não vai sair nada além de carne queimada, e no final de tudo vamos acabar comendo pizza.”
null terminou de dizer aquilo e se sentiu estranha, correu até o banheiro e null ficou assustado com o que viu. null começou a rir quando viu a cara do menino, estava mesmo muito assustado.
“É só enjôo matinal, coisa de grávida.” – null explicou rindo.
“null!!!!!!!!!!!!” – null gritou o nome do namorado e foi correndo até ele.
“Bom, vou ajudar a null e... Trocar de roupa. Aproveitem bem a cozinha... Acho que já estão aproveitando... E eu continuo falando!” – null disse e saiu da cozinha com a imagem de null e null se beijando na cabeça, era muito cedo pra ficar vendo aquelas coisas.
Poucos minutos depois que null subiu as escadas, os outros meninos já haviam chegado na casa e se instalado. Eles se acomodavam rápido, e fazendo a maior bagunça. O engraçado é que quando não tinham nada pra fazer, todos resolviam ir na casa da null, porque não podia ser na casa da null como antes? Tinham que bagunçar logo a casa dela?!
null desceu as escadas quando já estava pronta, viu que já estavam todos comendo. Além de invadir a casa dela no começo da manhã, nem esperaram ela se trocar e já estavam comendo. Isso é que são amigos.
“Obrigada por terem me esperado.” – null disse irônica assim que entrou na cozinha.
“Não olha pra gente assim não, a null que quis comer.” – null explicou.
“É null, desculpa, mas é que não teve jeito.” – null se desculpou.
“Ta, se for assim então eu desculpo.” – null disse se sentando com os outros na mesa.
“Então se não fosse pela null você não ia desculpar a gente?” – null perguntou.
“Hum... É.”
“Obrigado null.” – todos agradeceram a menina que caiu na gargalhada junto com a null.
Depois do almoço foi a vez das meninas lavarem a louça, eram as regras. E sabem que quando colocam mais de uma mulher tem que ter conversa, acho que em qualquer lugar elas não conseguem ficar paradas, tem que conversar mesmo que for com uma desconhecida [n.a.: meio exagero, mas eu, quando lavo a louça com mais alguém, tenho que conversar, ou até cantar xP].
“Quando você vai no medico null?” – null perguntou.
“Está marcado pra sexta, vocês vão comigo né?”
“Vamos null. Nós e o null, claro.” – null disse.
“É... O null...” – null disse triste.
“O que tem o null?” – null percebeu a tristeza na voz da amiga.
“Desde que eu disse que estou grávida, não é mais a mesma coisa.”
“Como assim não?” – null perguntou surpresa.
“Parece a mesma coisa pra mim.” – null deu de ombros.
“Mas não é. Antes ele ia na minha casa só pra ficar de bobeira, agora não. Antes, a gente saia sempre, mesmo que for pra ficar sentados no parque de mãos dadas, agora não. Isso ta me deixando louca.” – null explicou.
“Foi por isso que você não conseguiu dormir?” – null perguntou.
“Foi.”
“null, você não tem que se preocupar. Com certeza null ainda deve estar em choque com a noticia. Mas ele te ama.” – null confortou a menina.
“Tomara que seja só isso.”
“Então... Outro dia na casa da null, sem nada pra fazer.” – null suspirou sentado no sofá.
“Filme?” – null perguntou.
“Não. Assistimos todos.” – null disse.
“Dança?”
“Outra vez?” – null perguntou.
“Então... Ensaio.”
“Meus dedos doem.” – null reclamou.
“Então o que fazemos?!”
“Vamos patinar!” – null gritou da cozinha.
“Vamos?” – null perguntou.
“Vamos.” – null concordou.
“Então vamos.” – null disse já se levantando do sofá.
“Dude, esse negocio não tem ninguém.” – null disse assim que chegaram no local onde patinavam.
“Por que será? Nunca ficou vazio.” – null disse.
“Vamos entrar, pelo menos ainda tem gente que TRABALHA aqui.” – null disse apontando pra um homenzinho baixinho do outro lado do balcão.
Pegaram os patins e entraram no ringue. Era muito gostoso lá. Muitos momentos divertidos, e outros nem tanto, passaram lá. null e null apostavam corrida pra ver quem conseguia atravessar o ringue mais rápido. null e null dançavam. null e null só andavam e conversavam, null tomava todo o cuidado quando null se atrapalhava quase caindo. null e null andavam um do lado do outro, observando os amigos. Quando null começou a rir.
“O que aconteceu?” – null perguntou assustado.
“Lembra... Lembra daquela menininha?” – null perguntou rindo.
“Que menininha?”
“Aquela que te chamou de... Imbecil!” – e null ria ainda mais.
null ainda pensava no que ela estava falando. Menininha que chamou null de imbecil? De repente veio a imagem da menina na cabeça de null. A menina que empurrou null em cima de null e que depois deu um soco nele chamando-o de imbecil pois ele estava deitado no chão com null em baixo dele. null começou a rir junto com null. null não agüentava mais rir, era muito engraçado. Ela riu tanto que acabou se desequilibrando e caindo. null viu e começou a rir mais ainda. null ria mais ainda também. Aí foi a vez de null se desequilibrar e acabar caindo, quase em cima de null. Eles riam de mais.
“Eu tenho que agradecer a menininha ainda.” – null disse sério.
null parou de rir e olhou pra ele com cara de quem não acreditava que ele tinha dito aquilo.
“Seu bobo!” – ela disse dando tapinhas nele que tentava desviar.
“Sou bobo, mas você gosta.” – ele disse piscando pra ela.
“Para null!” – ela disse séria. – “Você não pode dizer isso.”
“Por que?”
“A gente não ta mais junto, a gente não pode.”
“Nem sermos amigos... Com benefícios?”
“Muito menos isso null. Você está com a Lisa, e eu com Rick. Somos amigos, só amigos agora.”
“Ta...”
“Hey! Onde vamos passar as férias de verão heim casalzinho ai do chão.” – null perguntou rindo.
null se levantou e ajudou null logo em seguida. Eles andaram até onde os amigos se encontravam, pelo jeito patinaram bastante, principalmente null e null.
“Não sei, não tinha pensado nisso ainda.” – null disse.
“Praia?” – null perguntou.
“Sei não... Tem lugar melhor?”
“O chalé do meu tio.” – null disse todo sorridente.
“É... Outro verão lá não ia matar ninguém.” – null disse olhando pra null que ficou vermelha.
“Então ta marcado!”
“Não... Eu ainda tenho que conversar com o Rick, vai que ele quer ajuda nas férias?” – null disse.
“Tomara que ele deixe.” – null disse.
“Se ele não deixar, você vai mesmo assim.” – null disse com um sorriso.
“Aproveito e perco meu emprego também né?” – null disse rindo sarcástica.
Voltaram pra casa da null onde descansaram, dormiram, dormiram mesmo porque tinham se cansado no rinque e não tinha mais nada pra fazer. Só foram pra casa quando null saiu pra trabalhar. Ainda não sabiam da onde ela tirava tanta força pra trabalhar até de madrugada todo dia exceto domingo.
“Rick, eu preciso conversar com você.” – null pediu quando viu ele atendendo o ultimo cliente da noite.
“Fala minha princesa.” – ele disse já chegando perto da garota e a puxando pra mais perto pela cintura.
“Hum... Eu e o pessoal, estamos pensando em ir passar o verão fora da cidade.”
“Que ótimo!”
“Então... Será que... Eu vou poder ir?”
“Claro que vai, você merece.”
“Certeza que não vai precisar mesmo de mim?”
“Tenho null... E... Eu também tenho uma coisa pra te contar.”
“Então conte!” – ela pediu toda sorridente.
“Eu vou fechar o pub.”
“O que?! Por que?” – ela perguntou surpresa.
“No sábado, um homem me ofereceu uma oferta pra me gerenciar enquanto modelo, e eu aceitei.”
“Rick...”
“Ele disse que eu tenho ótimas chances, igual você me dizia. E, eu acho que agora é a minha hora.”
Os olhos de null estavam cheios de lágrimas. Nada durava com ela, o que ela tinha de errado?
“Não chora linda.” – Rick pediu colocando as mãos no rosto da garota. – “Fique sabendo que mesmo longe meu coração ainda vai ser seu.”
“Longe?” – ela deixou uma lagrima escorregar pelo rosto dela.
“Eu... Vou me mudar amanhã, vou pra Nova York.” – ele explicou.
“E eu?”
“null, você não me ama, não esconda isso. Quem você merece deve estar no quarto agora bolando a letra de uma musica, pensando em você. Quem você merece é o null.”
null sentiu um aperto no coração. Rick devia ser a ultima pessoa a dizer aquilo. null sentiu Rick abraçando ela. Aquela era a despedida deles, depois daquela noite ela não veria Rick muito cedo. null não parava de pensar em como seria sua vida sem ele, Rick a ajudava quando ela mais precisava. Rick deu forças pra null esquecer null de vez e agora ele ia embora? Ela tentou pensar no bem em que Rick estava fazendo pra si mesmo, ele ia virar modelo. Ia ficar famoso e sair daquela cidadezinha. Ia buscar um sonho que a muito tempo estava apagado. E como ele mesmo disse: seu coração ainda ia ser de null.
null sentiu os lábios de Rick prensando os seus. Ia ser dificil viver ali a partir de agora.
null e Rick se despediram e ela foi pra casa. Segurando o choro pois não queria deixar as coisas mais difíceis do que já estavam.
null chegou em casa arrasada, ela chegou corando tudo o que não chorou durante o caminho. Ela fechou a porta atrás dela e sentou no chão da sala chorando. Por que com ela?
null subiu as escadas e tomou um banho demorado tentando esquecer do que Rick tinha lhe dito. Tentando esquecer que ele ia embora. Tentando esquecer que ela podia, talvez, nunca mais ver o amigo, ex-namorado, a pessoa que lhe dava forças, o Rick.
null estava tão desligado do mundo que nem percebeu que seu pai tinha voltado pra casa. O pai dela ouviu o choro da filha, ouviu ela tomando banho. Ouviu ela desligando a luz do quarto pra ir dormir. Ele levantou da cama e atravessou o corredor pra chegar até o quarto da filha.
“Está acordada?” – o pai cochichou.
“Estou.”
O pai dela foi andando até encontrar a cama, sentou ao lado da filha e null acendeu o abajur que conseguia iluminar pouca coisa envolta dele.
“Por que você estava chorando?”
“Onde você estava?” – eles perguntaram juntos.
“Você responde primeiro.”
“Eu acho que, estava chorando porque, uma das pessoas mais importantes pra mim vai embora amanha. Pai, eu não sei o que eu vou fazer sem ele aqui.” – ela começava a chorar de novo.
O pai a abraçou enquanto ela chorava cada vez mais. Pela primeira vez desde que ela chegou do Brasil seu pai estava ao seu lado. Abraçando ela, confortando ela, conversando com ela. O pai colocou as mãos envolta do rosto da menina fazendo com que ela olhasse diretamente pra ele.
“Você ainda tem as outras pessoas importantes.”
null olhou pras mãos dele e as tirou de seu rosto. Ficou olhando pras mãos do pai e percebeu uma aliança na mão direita.
“Onde você estava?” – null perguntou o mais seca possível.
“Filha...”
“Pai, onde você estava?”
“Filha eu... Fui pra Essex e...”
“E se casou lá?” – null estava começando a ficar brava.
“Filha... Eu e sua mãe já estamos separados faz tempo.”
“E por isso você tem que se casar com qualquer uma? Eu por acaso conheço ela?”
“Ela não é qualquer uma e sim, você a conhece. É aquela da cozinha.”
“Você sempre da um jeito de piorar as coisas mais ainda.” – ela disse e se levantou da cama, colocou seu all star e saiu da casa. Agora sim estava começando a ficar muito pior. O que mais pode acontecer com ela naquela noite?
17° Capítulo
null andava na rua de madrugada. O clima não estava frio e nem quente. Ela andava enquanto as lagrimas ainda escapavam de seus olhos. Ela não sabia o que fazer, pra onde ir. Num momento tudo podia acabar ficando pior ainda. Não, não tinha como ficar pior do que já estava.
null foi caminhando e de repente parou. Olhou pro lado e a primeira coisa que viu foi a casa de null. Ela tinha andado até la e nem tinha reparado. Sabe quando você anda de bobeira e de repente se vê parada na frente de uma sorveteria, ou na casa da sua amiga, ou namorado, ou sei lá onde? Foi isso que aconteceu com você agora, e você parou na casa de null. null foi até os fundos da casa e viu a janela de null e as luzes acesas. Subiu numa escada onde tinham plantas, e foi até o quarto de null.
null estava sentado na sua cama, escrevendo mais musicas, naquele momento estava com uma imaginação fértil. Ele levou um susto quando ouviu alguém batendo na sua janela. Caiu da cama achando que podia ser um ladrão ou coisa parecida.
null sentou numa bancadinha que tinha do lado de fora onde tinham mais plantas. Ela bateu na janela de null e achou estranho o menino ter caído da cama sem nem ter olhado pra janela primeiro. null encostou a cabeça no vidro, não estava se sentindo bem.
“null...” – ela chamou.
null se levantou assustado, olhou pra janela e viu a null escorada. Correu pra ajudar a garota que agora estava pálida. Abriu a janela com cuidado. Pegou a menina no colo e a levou até a cama dele. null passou a mão da cabeça dela, estava com febre. null suava frio. Tremia e cada vez mais ficava branca. Ela via tudo rodando.
“null... O que aconteceu?” – null perguntou preocupado.
“Eu...”
“Você comeu alguma coisa hoje?”
null apenas negou com a cabeça. Não tinha comido nada mesmo. Acordou, almoçou pouca coisa e passou o resto do dia sem comer. null desceu as escadas da casa dele correndo. Procurou alguma coisa comível na geladeira, pegou um suco de uva. Olhou no armário e não tinha nada, se lembrou do bolo que sua mãe havia feito a poucos dias, pegou um pedaço pra ele e um pra null e subiu as escadas correndo. Ele entrou no quarto e encontrou null mais branca do que podia imaginar. Sentou ela na cama e deu o suco de uva pra ela beber. Depois pegou um pedaço de bolo e deu na boca da menina. Enquanto ela mastigava, null comia o seu pedaço de bolo.
“Obrigada null.” – ela agradeceu o menino que comia seu pedaço de bolo muito concentrado.
“Não foi nada null, não se preocupe.” – ele disse de boca cheia fazendo a menina abrir um sorriso.
Eles ficaram la na cama comendo e quando terminaram ficaram um bom tempo se olhando, um medindo o corpo do outro. Fazia tanto tempo que null não ia até o encontro de null, ela estava com saudade daquele quarto. null andou até ela e ficou de frente a ela. Ele sabia basicamente o motivo pelo qual ela tinha ido até a casa de null.
“Quer me contar o que houve?” – ele perguntou sentado na frente de null.
“Você já deve saber o motivo né?”
“Seu pai?” – ele perguntou receoso.
“Ele casou. Eu nem acredito que ele fez isso!” – ela disse com lagrimas nos olhos. – “Eu ainda tinha uma mínima esperança de que ele podia um dia voltar com a minha mãe e agora ele faz isso?”
“null...” – null sussurrou chegando mais perto dela ainda. Nossa como a voz dele a confortava.
“E isso foi pra piorar minha noite que já estava muito pior. Se é que da pra ficar pior ainda.”
“Eu não to entendendo.”
“O Rick vai se mudar amanha. Eu to sem emprego, sem namorado, com um amigo a menos.” – ela falava e algumas lagrimas caiam dos olhos dela.
null chegou mais perto ainda dela e a abraçou. null chorou no ombro de null lembrando do que acontecera algumas horas atrás. Como ela podia ser tão boba em pensar que seu pai ia voltar com sua mãe um dia, ou pensar que Rick poderia fazer ela esquecer de null. Ela foi parando de chorar quando lembrou do que Rick tinha dito pra ela. Rick tinha dito pra ela que quem ela realmente merecia era null. Como ela queria que ele estivesse certo. null segurou o rosto da menina com as mãos envolta do rosto dela. Ela não conseguia pensar em como ele estava bonito, em como ele estava cheiroso, em como ele era bom com ela. Ela queria que ficar com null não fosse tão complicado como estava sendo.
“Quer dormir aqui?” – null perguntou.
“Se não for incomodo”.
null se levantou e andou até o seu guarda roupa tirando um travesseiro e um cobertor. Colocou o travesseiro do lado de null e ia saindo do quarto.
“Onde você vai?” – ela perguntou antes dele apagar as luzes.
“No quarto do meu irmão.” – ele deu de ombros.
“Fica aqui comigo?”
“Tem certeza?”
“Tenho.”
null apagou as luzes e encostou a porta. Andou até a cama e deitou ao lado de null. null colocou o cobertor em cima dele depois de se mover mais pro canto da cama. A cama não era pequena então cabiam os dois, mas ainda ficavam bem próximos. null se virou de frente pra null e ela de frente pra ele. null sentia a respiração dele no rosto. null aproximou mais o rosto dele do dela e beijou seu nariz dando boa noite logo em seguida.
“Nunca mais me de um susto desse.” – ele pediu.
“Nunca saia de perto de mim.”
“Feito.” – ele disse e fechou os olhos.
null viu ele fechando os olhos e fechou logo em seguida. null percebeu e abriu os olhos assistindo ela dormir. Ela pode ter perdido alguém que realmente a ama, mas não perdeu null, aquele que sempre pensa nela, que é apaixonado por ela. null assistia enquanto ela dormia, sentia o perfume dela, o que ele adorava.
null acordou no dia seguinte e ao seu lado encontrou null ainda dormindo. Ficou assistindo ele dormindo. O ronco dele era tão engraçadinho que ela dava risinhos quando ouvia [n.a.: xD]. Ela estava com uma vontade de tomar banho, mas ali na cama estava tão quentinho. Ela criou coragem pra levantar e pegou algumas roupas no armário de null. Ainda havia uma camiseta dela ali, achou estranho estar ali. Anos sem ir à casa de null e encontrar uma camiseta dela no armário? E era dela mesmo, não da Lisa. Estava escrito null na etiqueta da camiseta branca. Ela pegou uma calça de null e foi pro banheiro tomar banho.
null acordou com o barulho do chuveiro. Olhou pro seu lado e não encontrou null lá, então era ela que estava tomando banho. null foi até a cozinha preparar alguma coisa pra eles comerem de café da manhã. Seus pais não estavam na cidade, estavam na sua segunda lua de mel e deixaram null tomando conta da casa.
null saiu do banho com as calças de null nos seus joelhos, como ele conseguia usar aquelas calças enormes? Ela procurou por um cinto e não encontrava em lugar nenhum no guarda-roupa.
“Procurando por isso?” – null perguntou segurando um cinto.
“Nossa! Que susto null!” – ela disse segurando as calças e pegando o cinto das mãos de null.
“Eles estavam atrás da porta.” – ele disse rindo.
“Da próxima vez eu lembro.”
null a olhava de cima pra baixo. Estava linda. Simples e estranha na calça dele, mas linda.
“O que foi?” – ela perguntou sem entender o por que daquele olhar.
“Você está linda.”
“Menos null! Agora vamos logo que eu estou com fome. O que tem pra comer?”
“Bom... Pra quem não comeu nada ontem essa reação foi muito estranha.” – ele riu descendo as escadas.
Eles tomaram o café da manhã que, conforme null tinha dito, eram panquecas. Mas não se pareciam com panquecas, parecia alguma coisa estranha, talvez um monte de ovo mexido jogado tudo em cima um do outro, mas estava bom.
“Eu disse que estava.” – null estava se sentindo O cozinheiro quando null disse que estavam boas as panquecas.
null subiu pro seu quarto pra tomar banho e null ficou lavando a louça. Ela tinha até esquecido o que havia acontecido na noite anterior, estar com null a fazia outra pessoa. Ela ouviu a campainha tocando e foi atender, rindo porque mesmo com o cinto a calça ainda caia.
“null?” – null perguntou surpreso.
“null...”
“O que você está fazendo aqui?”
“Eu passei a noite aqui, tive que ter umas conversas de mulher pra mulher com null.”
“Mulher, sempre achei que ele fosse mesmo.” – null disse rindo.
“Então, o que VOCÊ veio fazer aqui?”
“Tem ensaio hoje. Aqui.”
“Legal! Eu posso assistir?” – ela perguntou sorridente.
“Por mim tudo bem.”
“Legal! Posso chamar as meninas também?”
“Pode.”
null correu até o telefone pra ligar pras amigas.
“Onde está o null?” – null perguntou quando percebeu que null não estava por perto.
“Ele está tomando banho. Sabe como é né, mulher demora pra se arrumar e ele está la em cima faz um tempão.” – null disse e ela e null riram enquanto falavam sobre null ser uma mulher.
Pouco tempo depois estavam os oito amigos na garagem da casa de null. As meninas sentadas prestando atenção nas letras da musica e os meninos tocando super felizes. Elas foram expulsas da garagem quando os meninos falaram que iam ensaiar uma musica nova, eles faziam tanta questão de não mostrar as musicas que assustava as meninas.
“Ta bom! A gente vai fazer brigadeiro!” – null disse brava saindo da garagem.
As meninas se situaram na cozinha, null fazia o brigadeiro de panela enquanto as outras amigas conversavam com ela da mesa.
“Então... null... Por que você está usando a calça do null?” – null perguntou.
“HUUUUUUUU já voltou com o null?” – null perguntou com um sorriso no rosto.
null olhou pra outras meninas e estavam todas sorrindo. Será que elas pensavam mesmo que ela e null haviam voltado? null começou a rir quando pensou aquilo.
“Não, a gente não voltou.” – null disse rindo.
“E você acha graça disso?” – null perguntou sem entender.
“Não, eu acho graça da cara de vocês.”
“Por que você veio pra cá?” – null perguntou do fogão.
“Aconteceu uns negócios ontem e andando, eu vim parar na casa do null. Daí a gente conversou um pouco e dormimos.”
“O que aconteceu? Você quer contar?” – null perguntou.
“O Rick, foi ou vai embora hoje e...”
“O que?” – null perguntou sem deixar null terminar o que ia dizer.
“Ele quer virar modelo agora.” – null disse com um tom de tristeza na voz.
“E o que mais aconteceu?” – null perguntou curiosa.
“Meu pai casou. Em Essex com uma mulher uns cinco anos mais velha que eu. Eu nem acredito que tudo isso aconteceu muito rápido ontem. Veio tudo de uma vez só em cima de mim.”
“Está melhor agora?”
“Estou, acho que agora não tem como minha vida ficar pior.”
“Na verdade tem.” – null disse.
“Tem?”
“Imagina se a Lisa aparecesse aqui. Ia ser horrível. Pra todas nós.”
“Ia mesmo, ainda bem que ela não apareceu.” – null disse.
“Então, pra esclarecer tudo aqui. Você está desempregada?” – null perguntou pra null.
“Estou. Agora a gente pode ir viajar!”
“null, você ta desempregada e ainda pensa em viajar?” – null disse.
“Eu ainda tenho o dinheirinho do meu pai, esqueceu?”
Elas ficaram rindo e comendo brigadeiro, finalmente a null terminou de fazer porque já estava demorando de mais pro brigadeiro ficar pronto. E quando os meninos sentiram o cheiro de comida não demoraram muito pra sair da garagem e pegar uma colher pra se juntarem as meninas na mesa.
Naquele dia ficaram todos na casa de null assistindo filme, tocando e cantando, acabando com o resto de comida que tinha nos armários da cozinha dele.
Eles até combinaram a viajem deles, ao qual iam pro chalé do tio do null recebendo vários votos do null pra que eles realmente fossem. Deixaram combinado que depois que null voltar do obstetra na sexta eles iam direto pro chalé.
null achou muito bom ter ido até a casa de null na noite seguinte. Ele faz com que ela fosse a única na vida dele, ele da toda a atenção a ela mesmo quando ele não tem nada a ver com o que aconteceu. Ele fez com que null esquecesse do ocorrido, fez com que ela ficasse feliz o resto do dia, fez com que ela ficasse feliz novamente. [n.a.: capítulo pequeno mas porque eu gostaria que vocês lessem uma coisa boa.]
18º capítulo
“Que nervoso null, é amanha o medico.” – null conversava com null pelo telefone na noite de quinta.
“Fica fria null, a gente vai ta lá com você.”
“Não sei o que eu seria sem vocês viu.”
“ÓÓÓÓÓÓ! Isso foi uma declaração de amor?”
“Hum... Não. Foi só a verdade.”
“Que sem graça null!” – null disse e a amiga riu.
“Então, amanhã vai ser a viajem também.” – null lembrou.
“Hum... É mesmo. Como será que ta o chalé do tio do null?”
“Velho... Bem mais velho.”
“E fedido.”
“E bonito.”
“Tomara que ninguém mais vá.”
“Tomara mesmo null, só a gente é muito bom.”
“E nada mais.” – null completou.
“Então, amanhã eu passo na sua casa pra gente ir ao médico e comprar comida pra viajem depois.”
“Então ta null. Até amanhã.”
“Até.” – as amigas se despediram e desligaram o telefone.
null estava nervosa com essa idéia de ir ao obstetra desde o começo da semana. Sempre ligava pras amigas pra que elas a acalmasse. O null, andava na mesma. Conforme ela mesma dizia pras amigas ele não estava o mesmo. Ele não ia à casa da null, não ligava pra ela e só conversava com ela quando se encontravam na rua ou na casa dos amigos. Não se encontravam mais como antes. Aquilo deixava null cada vez mais triste.
“Vamos null, o médico não vai te machucar!” – null dizia.
As amigas chegaram todas na casa da null no dia seguinte. A amiga estava trancada no banheiro dizendo que não sairia de lá pra ir até o obstetra.
“null, vai dar tudo certo. A gente vai estar lá com você.” – null dizia tentando acalmar a amiga.
“E se o null não estiver lá?” – null resmungou do outro lado da porta.
“A gente vai buscar ele.” – null disse.
“E se ele não quiser mais ser pai?”
“null... Por que você está dizendo isso?” – null perguntou.
null abriu a porta do banheiro e encarou as amigas. Ela estava com os olhos inchados, de como quem chorou a noite inteira. Ela não pode falar nada porque as amigas foram até ela e a abraçaram.
“Não fiquem longe de mim nunca!” – null murmurou.
“Nunca.” – as amigas disseram.
As garotas chegaram no consultório onde se encontravam algumas grávidas. Algumas sozinhas, outras com, provavelmente o pai do lado, outras com mais filhos. null olhou em volta e percebeu o quanto tinham que ajudar a amiga naquele momento, e o quanto null tinha que ajudar null também. Falando em null... Onde ele estava?
“Meu Deus, só falta ele não vir.” – null disse com lágrimas nos olhos.
“Ele vem sim, calma.” – null tentava acalmar a amiga.
null saiu de perto das amigas e foi pra fora do consultório ligar pro null. Talvez ele só tenha esquecido do compromisso, mais nada.
“Onde você ta?” – null perguntou assim que null atendeu o telefone.
“Em casa. Por que?”
“Como assim porque? A null está agora no obstetra e você não chegou!” – null quase gritou no ouvido de null.
“Ah... É mesmo. O obstetra.” – null disse desanimado.
“Você não vem?”
“Tem que ir?”
“null, é sua responsabilidade também. Eu e as meninas que não temos nada a ver com a gravidez da null estamos aqui e você que é o pai deve estar sentado no sofá assistindo pela quinta vez De volta Para o Futuro.” – null falou já ficando brava.
null olhou em volta. null tinha razão. Não ia deixar null passar por aquela fase sozinha se ele também tinha culpa daquilo. E null também estava certa de outra coisa, ele estava mesmo sentado no sofá assistindo pela quinta vez De volta Para o Futuro.
“null... null... Você ainda está aí?” – null chamou.
“Estou null. Ham... Segura a null aí que eu já estou indo.” – null pediu.
“Ela não vai sair daqui.”
null andou até a sala de espera onde as amigas esperavam. null já estava mais calma. Quando null entrou na sala null rapidamente olhou pra amiga que esboçava um sorriso. null já se sentia mais aliviada.
“Ele só perdeu a hora. Já está vindo.” – null disse confortando a amiga.
“Eu disse que ia correr tudo bem.” – null disse assim que saíram da clinica.
“Já da pra saber o sexo?” – null perguntou animada.
“Só na próxima consulta.” – null disse com um sorriso.
“Tomara que seja uma menina linda igual a mãe.” – null disse dando um selinho na namorada.
“Eu quero um menino.”
“Desde que meu sobrinho seja saudável, eu não ligo.” – null disse entrando no carro.
“A null vai comigo.” – null avisou.
“Ta bom, vamos pra sua casa mesmo né?”
“É. Até logo.”
“Qual é o sexo da criança?” – null perguntou sorridente.
“Por que você e a null não fazem uma? Vocês perguntam até a mesma coisa.” – null disse rindo.
“E com a mesma cara.” – null disse fazendo null rir mais ainda.
“Ah... Só queria saber o sexo do meu sobrinho.” – null fez bico.
“Não liga não null. Ainda não sabem o sexo.” – null respondeu pro namorado.
“Vocês compraram comida?” – null perguntou.
“Compramos.” – null disse levando mais sacolas de comida pra dentro do carro.
“E compraram o remédio do null?”
“Compramos.” – null disse jogando o remédio pra null.
“E pegaram as chaves de lá?”
“Ta aqui amor. Não se preocupe ta tudo resolvido.” – null disse.
“Quem vai comigo?” – null perguntou do carro.
null, null, null e null correram pro carro. null e null olharam aquilo espantados. Da ultima vez tiveram que sortear quem ia em cada carro e agora, eles se exprimiam no carro de null.
“Você não vem null?” – null perguntou.
“Não, eu tenho que passar num lugar antes e o null vai me dar uma carona.”
“Então eu vou ter que ir segurando vela?”
“Boa sorte.”
null entrou no carro e seguiu o carro de null. Estavam indo em algum lugar que null não conhecia ainda. Era um bairro não muito distante dali, um bairro residencial.
“Que monte de casa igual.” – null disse de boca aberta.
“Deve ser horrível morar aqui.” – null disse fazendo careta.
“Onde a gente ta indo?” – null perguntou sem entender onde estava.
“Na casa da Lisa.” – null deu de ombros.
null olhou pra null que estava sentado ao seu lado, no lugar do carona. Ela não acreditou no que ouviu. Aquela... Aquela coisa ia com eles? Uma semana inteira com a Lisa do seu lado? As amigas perceberam como null tinha ficado branca depois que null disse onde estavam indo.
“Vai ser divertido.” – null disse quebrando o silencio que estava no carro sem saber o por que daquilo.
“É... Vai ser divertido.” – null disse com um sorriso.
Algumas horas de viajem depois estavam todos caindo de sono, inclusive null que se segurava pra não dormir enquanto dirigia. Ela procurou pelo carro algum CD, tinha que ter algum ali perto. Encontrou um... Parecia velho. Ela tinha gravado, disso tinha certeza pois tinha seu nome escrito de caneta no CD e um monte de desenho em volta. Ela colocou pra tocar no som do carro. E... Começou a tocar Beatles.
“Beatles!” – null disse animada cantando Yellow Submarine.
“null... Abaixa o valume.” – null disse sonolenta.
“Ah não gente. É Beatles!”
“BEATLES?” – null perguntou sorridente.
“BEATLES!”
“Beatles? Onde?” – null perguntou acordando do sono.
“No rádio. Ouve!” – null disse aumentando o volume.
null, null e null se entreolharam.
“BEATLES!” – eles gritaram juntos.
“Será que vocês podem gritar Beatles mais baixo?” – null disse brava.
“null... Não dá pra gritar baixo.” – null disse.
“E daí? Então não gritem!”
null olhou null, null e null. Fizeram sinal contando até três e gritaram “BEAAAATLEEEEEESS!” deixando null brava porque tinha perdido o sono.
“Finalmente comida.” – null disse pulando do carro de null assim que pararam num restaurante na beira da estrada.
“Vê se come bastante pra depois dormir bastante e não atrapalhar gritando Beatles durante a viajem.” – null pediu.
“Mas não fui só eu que gritei.”
“Mas gritou. E isso que importa.”
“O que aconteceu?” – null perguntou pra null que acompanhava aquela conversa entre a null e o null.
“Eu encontrei um CD do Beatles no meu carro e coloquei pra tocar. Começamos a gritar Beatles e a null não gostou por que estava dormindo.” – null explicou rindo.
“Beatles? Eca!” – Lisa reclamou entrando na conversa.
“Você não gosta de Beatles?” – null perguntou surpreso pra namorada.
“Não. E não sei por que vocês gostam.”
“Está perdendo tempo. Beatles é a melhor banda do mundo!” – null disse fazendo um gesto com as mãos.
“Depois de McFly é claro.” – null disse.
“Uuuuu. Nem tem fama e já ta metido?” – null disse rindo.
“Vocês escreveram mais musicas?” – Lisa perguntou.
“Escrevemos...”
“Estão lindas as musicas deles.” – null disse pulando pra perto dos outros amigos que estavam escolhendo onde iam sentar.
Mais algumas horas depois de viajem estavam todos entediados no carro de null. Já tinham ouvido o CD do Beatles incontáveis vezes. Já tinham deixado a null estressada. Já brincaram de ‘eu nunca’. Já fofocaram. Tinham feito de tudo e ainda não estavam nem perto do chalé.
“É impressão minha ou essa viajem está mais longa?” – null disse antes de bocejar.
“Eu acho que está mais longa.” – null disse.
“O que a gente faz agora?” – null disse desanimado pegando na mão da namorada.
“Não sei... Pensa em algo null.” – null pediu.
“Ah... Sei lá.” – null respondeu desanimada.
null olhou pros cantos quando entrou numa estrada de chão junto atrás do carro de null. Eles abriram um sorriso quando descobriram que estavam chegando no chalé do tio do null.
“Ainda bem que estamos chegando.” – null disse suspirando fundo.
null não queria chegar logo. Podia muito bem ficar dirigindo por aí, não queria ter que agüentar aquela Lisa tão cedo. Droga! Estavam vendo o chalé do tio do null de longe já.
“Aqui não mudou nada.” – null disse ajeitando as calças depois que desceu do carro.
“Não mesmo. Continua velho do mesmo jeito.” – null disse fazendo careta.
“Velho... Parece bem... Interessante lá dentro.” – Lisa disse disfarçando uma careta de nojo.
“Bom, meninos em um quarto e meninas em outro. Controle de natalidade.” – null disse levando suas malas pra dentro da casa que fez um barulho estranho assim que ele pisou lá dentro.
“Tem certeza que é segura aí dentro?” – null perguntou rindo.
“Se cair eu te seguro.” – null disse passando do lado da namorada com mais mala.
“Ai que casa mais fedida!” – Lisa só reclamava desde que chegaram no chalé.
“Você se acostuma com o tempo.” – null disse já ficando brava. Como aquela menina irritava!
“E esses mosquitos vão ficar aqui pra sempre?”
“Lisa, aqui é puro mato se você não notou ainda!” – null disse.
“Não tem nem piscina?”
“Não, mas tem aquele lago ali.” – null disse apontando pra janela que dava pra ver o lago.
“Ai... A gente vai ficar uma semana mesmo?”
“Olha aqui Lisa, já encheu. É uma semana nesse lugar fedido, cheio de mosquito e sem piscina sim! E se não quiser ficar aqui eu te convido pra ir embora!” – null explodiu de raiva.
“E deixar você e o null aqui? Nem pensar!”
“Quer saber?! Engole esse null! Só ele pra conseguir te aturar mesmo!” – null disse saindo do quarto vermelha de raiva.
As amigas saíram atrás de null deixando Lisa sozinha ali. Não sabiam como mas tinham que encontrar um jeito qualquer de aturar a garota por uma semana inteira. INTEIRA!
“FOMEEEE!” – null gritou entrando na cozinha onde se encontravam null, null, null e null conversando.
“De novo null?” – null perguntou indignada.
“É... De novo.” – null deu de ombros.
“Eu já faço a janta null, espere um momento.” – null disse.
“Então... Eu acho que esse é um convite pra eu me retirar daqui. Até mais!” – null disse virando as costas direto pra sala.
“Então... Continuando a conversa. É só não conversar com ela durante a semana.” – null continuou.
“E ver ela e o null se comendo?!” – null perguntou.
“Você ta com ciúmes do null?” – null perguntou com um sorriso no rosto.
“Eu não! Nem pensar!” – null desconversou.
“null, você ta a fim do null.” – null afirmou.
“Ah... Eu... Não.”
“Então ta! Eu que estou a fim do null! E morrendo de ciúmes por que ele vai passar a semana inteira beijando aquela sona da Lisa e não a mim!” – null disse irônica.
As meninas se olharam e ouviram os meninos rindo na sala. Então se deram conta que eles estavam ouvindo toda a conversa.
“Eu gosto do null ta! Mas parem com isso!” – null cochichou pras amigas.
“Ta ta, agora vamos fazer logo essa janta porque meu bebezinho está com fome.” – null disse levantando da cadeira e indo procurar alguma coisa nas sacolas pra fazer como janta.
“Bebezinho!” – null gritou da sala e de repente todos caíram na risada.
“A gente podia fazer um lagal amanhã.” – null disse enquanto comia.
Estavam todos na mesa, num silencio pois ninguém queria conversar. Estavam cansados e as meninas não conversavam porque não queriam que Lisa participasse de alguma conversa entre elas.
“O que é um lagal?” – null perguntou confuso.
“É um luau no lago. Um lagal.” – null explicou.
“Mas á noite?” – null perguntou de boca cheia.
“Não, á tarde. É um lagal junto com solzal.” – null disse tentando encontrar as palavras pra formar solzal. [n.a.: thanks Yuka e Bah!]
“Da onde você tá tirando tanto al?” – null perguntou confuso.
“Sim ou não?” – null resolveu nem ouvir o que o namorado dizia.
“Eu acho uma ótima idéia.” – null disse sorrindo.
“E depois podíamos nadar no lago.” – null disse.
“Mas lá tem peixe... Não tem?” – null perguntou confuso.
“Não...” – null deu de ombros.
“Então da ultima vez eu passei horas esperando um peixe por nada?!”
“Não foi por nada. Você aprendeu como colocar isca no anzol e coisas parecidas.” – null disse rindo.
“Nadar parece bom.” – null disse.
“Então, um lagal junto com um solzal e depois nadar!” – null disse animado.
“Anda logo Lisa!” – null batia na porta do banheiro esperando Lisa sair de lá. Ela estava á tempos lá dentro.
“Estou saindo!” – Lisa respondeu.
“Você também estava saindo à 10 minutos atrás!”
“Pronto! É todo seu!” – Lisa abriu a porta e deixou que null passasse.
Lisa andou até o quarto das meninas onde estavam todas de pijama deitadas na cama conversando. Assim que Lisa entrou no quarto a conversa entre elas parou.
“Não parem por minha causa.” – Lisa pediu.
“Não foi por sua causa. Foi por causa do null.” – null disse olhando pra porta onde o null se encontrava.
null chamou a namorada e eles saíram do quarto de mãos dadas.
“Ah... Que lindo os dois juntos.” – null suspirou.
“Espera! Eu que devia estar falando isso e não você!” – null disse rindo.
“Eu queria que o null ainda fosse assim.” – null disse cabisbaixa.
“null, não tem um quarto sobrando ainda?” – null se lembrou do quarto com a cama de casal que ela e null dormiram da ultima vez que foram pra lá.
“Ah, mas vai saber o que o null fez com ele.”
“Eu não sei você, mas é melhor desencanar desse negocio de que o null não ta o mesmo com você.” – null disse se levantando.
Logo null e null levantaram e iam saindo do quarto quando Lisa perguntou pra elas confusa.
“Que negocio?”
“Um negocio...” – null deu de ombros e foi com a amiga até a cozinha.
“Eu não vou conseguir dormir com ela no mesmo quarto.” – null disse pegando um copo de água.
“Eu nem quero pensar nesse assunto.” – null disse sentando na cadeira.
“Nem precisa. Você vai comigo dormir no NOSSO quarto.” – null disse entrando na cozinha.
“Isso. Vão! E me deixem sozinha.” – null disse fazendo bico.
“Desculpa amiga, mas é o pai do meu filho.” – null disse rindo.
“É a mulher da minha vida. O que mais eu posso fazer. Vocês que durmam com a Lisa!” – null disse rindo e saindo da cozinha de mãos dadas com null.
No meio da noite, null já não conseguia mais fechar os olhos. Não conseguiu dormir sabendo que Lisa estava no mesmo cômodo que o dela. Não conseguia fechar os olhos, ou parar por um instante. null levantou e desceu as escadas direto pra sala onde encontrou tudo escuro, só iluminado em alguns pontos por velas. Olhou no sofá e viu que null estava lá tentando escrever alguma coisa num caderno.
“null Jones escrevendo no escuro? Nunca pensei que veria isso.” – null sussurrou no ouvido de null assim que desceu as escadas sem que ele percebesse.
“Eu sei que isso só você que faz, mas, eu tinha perdido o sono.” – null disse seguindo as meninas com os olhos vendo ela sentar no sofá ao lado.
“Música nova?” – null perguntou.
“Talvez se torne uma.” – null sorriu.
“Não conseguiu dormir por que?”
“Acho que meu subconsciente não deixou.”
“Fez uma boa escolha quando pensou em escrever.”
null sorriu com o comentário da garota.
“Vêm aqui, eu divido meu cobertor com você.” – null disse dando espaço no sofá pra que a garota se deitasse ali.
null se deitou entre as pernas de null. Encostou a cabeça dela no peito dele. Pegou o caderno e a caneta das mãos dele e começou a rabiscar alguma coisa.
“Uma garota...” – null leu o que ela escreveu.
“Cada um escreve duas palavras. O que você acha?”
Eles ficaram lá boa parte da noite escrevendo aquilo. Riam a cada coisa estúpida que escreviam. Passaram aquele tempo como os amigos que não eram a tempos atrás. Pra null e pra null aquele foi um dos melhores momentos do mundo.
[n.a.: demorei pra atualizar porque estava com uns problemas de inspiração, mas acho que já está tudo resolvido.]
19°capítulo desculpem a demora pra escrever este...
null acordou no outro dia de manhã. Não conseguia mais dormir. Sentou em sua cama e olhou na cama ao lado, onde null devia estar. ‘Ela deve estar fazendo café’ null pensou. Ela deu uma olhada mais pra lá e encontrou null dormindo profundamente, essa não acordava tão cedo. null olhou mais pro fundo do quarto e encontrou Lisa dormindo, e pior ainda, roncando. ‘Ela ronca como um porco!’ – null pensou, e riu logo depois que caiu a ficha do que tinha falado [n.a.: thanks Renan!]. null lutou contra a preguiça pra levantar da cama. Ainda era muito cedo por isso muita gente ainda não ia ter acordado. null desceu as escadas coçando os olhos que ainda teimavam em fechar. No pé da escada, ela olhou pro sofá. null e null dormindo juntos de novo? Ela rapidamente abriu um sorriso e andou bem devagar até a cozinha pra não fazer barulho e acordar os dois que dormiam tranquilamente no sofá.
Lisa acordou assustada depois que sentiu alguma coisa em sua testa. Correu até um espelho mais próximo pra ver se tinha alguma coisa realmente nojenta lá, e não tinha. Era tudo imaginação dela. Lisa olhou pro quarto e só encontrou a null deitada na cama. Ela foi até o quarto dos meninos procurar por null. Lisa abriu a porta do quarto com cuidado pra não acordar os meninos. Fitou todos e não encontrou null, a cama que devia ser dele não estava nem arrumada. Onde será que ele estava? Acabou deixando Lisa preocupada. Ela desceu as escadas indo até a cozinha onde encontrou null fazendo café.
“Cadê o null?” – Lisa perguntou olhando em volta da cozinha.
“Nossa garota! Que susto! E não, eu não sei onde o null está.”
“E a null, ela não devia estar aqui com você?”
“Olha, eu não sei tá legal.”
“Eu procurei eles nos quartos e não estavam lá...”
“Procura direito. Já procurou no armário? Ou no banheiro?” – null perguntou.
“Não... Vou indo procurar.”
Lisa saiu da cozinha e deixou null torcendo pra que ela não olhasse pro sofá. Felizmente ela não viu e depois que ouviu passos já no andar de cima da casa null correu até o sofá pra acordar o casal.
“Acordem! Andaaaaa!” – null chacoalhava os dois.
“Que foi null?” – null perguntou com os olhos fechados.
“Acordem antes que o dia fique péssimo! Principalmente pra vocês.”
“Por quê?” – null perguntou se aconchegando mais perto de null.
“Porque você tem uma namorada muito ciumenta!”
null e null levaram um susto depois do que null disse. Eles se enrolaram no cobertor tentando levantar. Caíram no chão, rolaram, quase derrubaram o abajur da mesinha. null, já de pé, correu até um espelho mais próximo pra arrumar os cabelos. null, depois de lutar muito contra o cobertor, conseguiu ficar de pé. null foi até ele e arrumou os seus cabelos. null quase fazia xixi na calça de tanto que ria da situação.
“null! Aí está você!” – Lisa disse enquanto descia as escadas indo até onde null se encontrava e lhe dando um abraço.
“Oi... Lisa.” – null cumprimentou a garota seco.
“Onde você estava?”
“Eu... Estava lá fora, tomando um ar.”
“E a null estava com você?”
“Estava.”
“E... Vocês estavam lá fora, com essa roupa?” – Lisa perguntou estranhando o namorado que estava só com um calça e a amiga que estava de shorts e uma blusinha.
“É. O que tem nisso?” – null perguntou não entendendo a pergunta da namorada.
“É que parece que está frio lá fora.”
“Não, está muito quente. Hoje vai ser um dia lindo.”
null e null só ficaram caladas ouvindo a conversa deles. Uma vez ou outra elas riam das desculpas esfarrapadas que null dava. Lisa era realmente muito ciumenta.
“Eu vou tomar um banho. Já eu volto.” – Lisa disse dando um selinho em null e logo após subindo as escadas. Quando ouviram a porta do banheiro fechar se acabaram de tanto rir.
“Essa foi por pouco!” – null disse rindo.
“Nossa, eu que não queria ter um namorado como ela.” – null disse indo pra cozinha deixando null e null sozinhos na sala.
null e null pararam de rir e se olharam. Recolheram as coisas do chão em silencio. null subiu pra guardar o cobertor e o travesseiro. null ficou sozinha na sala tentando colocar em ordem tudo o que se lembrava da noite anterior. null deitou no sofá e olhou pra mesinha de centro onde um caderno e uma caneta estava. null pegou o caderno e leu o que estava escrito.
‘Uma garota linda e alta, chegou à cidade desconhecida e deserta e deixou a vida dos moradores muito mais melhor. Ela era cheirosa e corajosa e deixou vários homens e meninos caídos por ela. Ela tinha aquele ar de garota sexy e de boneca. Conheceu um garoto bundudo e vagabundo e mostrou pra ele como a vida realmente deve ser.’ null e null acabaram de escrever a historia ali. Pelo menos foi o que ela se lembrava, ela caiu no sono logo depois. Mas, mais embaixo na folha, null continuou escrevendo.
‘Ela fez com que aquele garoto bundudo e vagabundo prestasse atenção nela, amasse ela. Aquela garota um dia sumiu e no lugar dela uma outra menina tomou conta do garoto bundudo. Essa garota era superficial, fútil, nada parecida com a garota de antes. Então um dia, do nada, a garota especial voltou. Aquela garota cheirosa de antes. Cujo cheiro o garoto bundudo nunca se esqueceu. O coração do garoto bundudo ficou ainda mais agitado quando sentiu o mesmo perfume pelo qual lutou tanto pra sentir novamente. A garota cheirosa trouxe consigo aquela coragem de antes deixando todos mais confiantes com suas escolhas. A garota cheirosa fez escolhas péssimas em algumas partes de sua vida, assim como o garoto bundudo. Mas agora, enquanto a garota cheirosa estava ao lado do garoto bundudo, nada mais importava pros dois. Contando que o garoto bundudo sempre sinta o cheiro da garota cheirosa, estava tudo bem.’
null abriu um sorriso depois que leu o que null escreveu. Se era sério tudo aquilo que null tinha escrito, a garota cheirosa era uma garota de sorte.
null desceu as escadas novamente e encontrou null lendo o que tinha escrito no caderno.
“Curiosa.” – ele disse logo depois que se sentou ao lado dela.
“Romântico.” – ela disse e olhou pra ele.
“Gostou?”
“A garota cheirosa é uma garota de sorte.”
“Assim como o garoto bundudo.”
“Posso saber quem ela é?” – null perguntou ainda confusa se queria ou não saber.
“Se você me contar ao certo quem seria o garoto bundudo.”
“Eu conto.” – ela disse rindo.
“A garota cheirosa, é a melhor de todas. É aquela que sempre te faz rir e esquecer que um dia existiu outra pessoa no lugar dela. A garota cheirosa, é você.” – null respondeu olhando fundo nos olhos de null.
O corpo inteiro da menina estremeceu assim que ele respondeu a pergunta dela. Apesar dele já ter falado milhões de vezes que a amava, nenhuma das vezes ele a convenceu disso.
“Então... Quem é o garoto bundudo?” – null perguntou fazendo com que null voltasse pro mundo real novamente.
“O garoto bundudo, tem uma bunda linda, boa de mais pra apertar.” – ela disse e null começou a rir. – “O garoto bundudo é tudo que uma garota pensou em ter. Ele é atencioso, romântico, amigo, inteligente, bonito. O garoto bundudo está junto comigo desde que eu cheguei aqui. O garoto, é o null.”
“Que null?” – null perguntou confuso.
“Talvez aquele null apresentador daquele programa de TV. Eu nunca conversei com ele antes e nem o vi pessoalmente mas ele sempre esteve ao meu lado quando eu precisei.” – null disse num tom engraçado.
“Boa sorte com ele então.” – null fez carinha de triste [n.a.: *-*]
“Pára seu bobo! É claro que é o null null!”
Eles começaram a rir, nunca na vida deles eles conversaram tão abertamente assim e riram da situação. Nessas horas eles estariam brigando novamente mas, só estavam rindo. De repente null ficou sério. null percebeu e parou de rir.
“Quando a gente vai ficar junto?” – null perguntou de repente.
“null...”
“Quer dizer. A gente, se ama não é? E por que não dá pra ficarmos juntos?”
“É complicado null. Você tem a Lisa e o nosso caso parece que não vai ser o mesmo que foi um dia.”
“É... Parece complicado mesmo.” – null disse com um tom de tristeza.
“Não faz essa cara null.” – null pediu passando as mãos pelo rosto do garoto.
“Por quê?”
“Porque você fica parecendo um menininho que perdeu o chocolate.” – null disse rindo.
“Será que dá pra vocês pararem de namorar e vir me ajudar a fazer o café?” – null pediu da cozinha.
null e null se olharam e levantaram do sofá em direção à cozinha onde null estava toda atrapalhada com todas as panelas e xícaras.
“Pra que tudo isso?” – null perguntou indo apagar o fogo do fogão porque o leite tinha derramado.
“É pro café.” – null respondeu.
“E precisava de tudo isso?” – null perguntou confuso ainda parado no vão da porta.
“Claro! É nosso primeiro café da manhã aqui.”
“Não vai ajudar?” – null perguntou pra null.
“Eu não sei o que fazer.”
“Coloca a mesa.” – null disse.
“Na primeira gaveta.” – null disse pra null depois que o garoto fez uma cara de interrogação.
“AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!” – a casa inteira estremeceu com esse grito.
“É a Lisa.” – null disse dando ombros.
“Que gritaria é essa?” – null apareceu no pé da escada com as mãos na cabeça.
“É a Lisa.” – null respondeu fazendo careta.
null foi deitar no sofá e deixou os três na cozinha.
“null! SOCORROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!” – ouviram mais um grito.
“O que será que ela quer?” – null perguntou emburrado subindo as escadas.
“O que aconteceu?” – null perguntou no pé das escadas com null apoiado nela.
“É a Lisa.” – null disse dando língua.
null e null foram até o sofá onde null se encontrava. Eles estavam com cara de cansados, pelo jeito a noite deve ter sido boa, pelo menos pra null e null. De repente viram Lisa correndo descendo as escadas, chegou no pé da escada ofegante vestida apenas com uma tolha.
“O que aconteceu?” – null perguntou surpresa.
“Uma aranha. ENORME!”
null e null quase começaram a rir. Se a aranha fosse enorme mesmo toda aquela novela que a Lisa fez foi por uma boa causa, agora, se a aranha não passasse de um pontinho peludo que se move, então é muito engraçado mesmo. null desceu as escadas segurando um copinho de plástico com a mão dele em cima.
“Era isso.” – ele disse colocando o que tinha no copo em cima da mesa.
As meninas olharam curiosas pra criatura que estava lá. Lisa subiu pra terminar de se trocar rapidamente depois que null desceu. null e null se entreolharam, olharam pro animalzinho, se olharam de novo e caíram na risada.
“É isso?” – null perguntou inconformada.
“É. E nem pode se chamar de isso. É tão pequeno.” – null disse rindo junto com as meninas.
“Só podia ser algo vindo da Lisa.” – null disse e voltou a fazer o que estava fazendo antes, o café.
“Em que você foi se meter heim?” – null brincou com null.
“Trate de comer! Eu estou fazendo isso desde manhãzinha!” – null disse.
Estavam todos muito acordados e sentados em volta da mesa com um prato cheio de panquecas, pelo menos era o que a null disse que eram. As panquecas estavam com uma cor estranha, talvez porque estavam queimadas, e tinha alguma coisa em cima delas que não parecia ser comível.
“Você fez tudo mesmo amor?” – null perguntou pra namorada.
“Fiz! E vocês vão comer!”
Todos olharam pro prato e depois pra null. Estavam esperando ele experimentar primeiro.
“O que?” – null perguntou confuso.
“Você primeiro.” – null disse.
null olhou pro prato, pegou um garfo e tirou um pedaço da panqueca. Respirou fundo e colocou dentro da boca. Engoliu sem precisar de muito esforço.
“Hum... Está bom.” – null disse pegando mais um pedaço da comida.
Logo todos começaram a comer.
“Está bom mesmo. Parabéns null.” – null cumprimentou a amiga.
Por muito tempo só ouviam o barulho de talheres batendo nos pratos.
“A gente vai fazer o lagal hoje?” – null perguntou.
“Vamos, depois.” – null disse de boca cheia.
“É, temos que arrumar um pouco mais essa casa e depois a gente vai.” – null continuou.
“Você pensando em organização? O que está acontecendo?” – null brincou com null que recebeu um olhar muito intimidador vindo da Lisa.
“Eu ando convivendo muito com pessoas desorganizadas, isso está me deixando doida.”
“Isso foi uma indireta pra gente?” – null perguntou sorrindo.
“Não, foi direta mesmo.” – null deu de ombros.
“Uia! Essa foi boa!” – null disse batendo a mão dela na mão de null.
“Não fique tão contente, ainda tem volta.” – null disse num tom vingativo.
“Que seja! Eu terminei! Meninos, vocês lavam a louça. Eu vou arrumar o quarto... Das meninas.” – null disse depois de pensar um pouco.
“Arruma o nosso também.” – null pediu.
“Eu não estou num bom dia pra entrar naquele quarto.”
“E se a null entrar ela morre, então pensem em outra pessoa.” – null disse protegendo a namorada.
null olhou pra namorada que jogou um guardanapo amassado nele.
“Eu não quero cheirar meia de vocês!”
null olhou pra null que ria da situação.
“Nem pensar null, eu não vou arrumar o quarto de vocês.”
“Ta bom! A gente arruma!” – null foi vencido pelas meninas.
“Não vai perguntar pra mim?” – Lisa perguntou.
“Eu sei que você não arrumaria.”
“E como você sabe disso?”
“Pelo tamanho da aranha de hoje.” – null deu de ombros.
“E se eu limpasse?”
“É melhor você não ir muito longe com isso, você vai se arrepender.” – null avisou.
“Você quer limpar?” – null perguntou pra Lisa.
Lisa pensou bem. Poderia estar cometendo um erro mas não queria ser deixada de lado pelas pessoas que ela teria que conviver por uma semana. Podiam tirar sarro dela a vontade, ela só queria que a tratassem igual os meninos tratavam null, null, null e null.
“Eu limpo.” – Lisa disse por fim.
“Meus pêsames pra você.” – null disse subindo as escadas com null.
“Eu acho melhor você pegar uma mascara, usar luvas e uma roupa ante radioativa, não se sabe o que vai encontrar no quarto deles.” – null disse pra Lisa depois que ela deixou os pratos na pia pros meninos limparem.
“Eu acho que vocês estão exagerando.” – null disse.
“Eu acho que não amor. Eu conheço vocês muito bem pra saber o que eu to falando.”
“Eu concordo com a null.” – null disse.
Então começaram uma discussão sobre o quarto dos meninos. E depois dos meninos se convencerem de que o quarto deles era realmente muito bagunçado começaram a limpar a casa pra depois saírem pro lagal.
“Hoje está um dia lindo.” – null disse estendendo um lençol em baixo de uma arvore perto do lago.
“Lindo mesmo. Pronto pra um lagal.” – null disse feliz estendendo o lençol dela.
“Vem aqui passar protetor solar null.” – null pediu pro namorado que estava pronto pra pular no lago.
Lisa estava deitada um pouco mais á frente da arvore, onde não tinha sombra nenhuma. Estava, segundo ela, tentando pegar um corzinha. null passava o protetor nela mesma, null passava o protetor no null que não parava quieto e null passava protetor na namorada.
“Que ajuda?” – null perguntou pra null.
“É, eu quero.” – null disse estendendo o produto pra null e virando de costas pra ele.
“Vai entrar na água hoje?”
“Não sei, talvez mais tarde. Eu vou tocar um pouco com a null primeiro.”
“Depois eu venho aqui pra tocar com vocês.” – null disse entregando o produto de volta pra null depois que ele terminou de passar nela.
“null! Volta aqui.” – null pediu.
“O que?”
“Sua vez de passar né?” – null estendeu o produto pra null novamente que não pegou.
“Passa em mim?” – ele pediu com aquela carinha fofa que só ele sabia fazer. [n.a.: e que carinha *-*]
“Você anda muito engraçadinho ultimamente viu! Vem cá que eu passo em você.” – null disse dando espaço na sua frente pra que null sentasse lá.
Lisa olhou pros lados e viu que na água já estava null e null enquanto null passava protetor em null e null... Passava protetor no seu namorado. Alguma coisa entre aqueles dois estava pra acontecer e Lisa tinha certeza que não seria a primeira que ficaria sabendo. Tinha que prestar mais atenção no seu namorado pra que qualquer uma não pegue seu lugar. Qualquer uma não né? Ex-namorada de null.
“Pronto, agora pode ir.” – null disse dando tapinhas nas costas de null pra ele levantar.
“Obrigado null.”
null pegou seu violão e foi até o lado de null que estava tocando alguma coisa. Logo null e null começaram a tocar musicas conhecidas por todas as amigas e null e null cantavam enquanto null e null tocavam.
Mais tarde os meninos se juntaram as meninas e tocavam as musicas do McFly e até algumas que ainda não estavam prontas. null olhou pra onde Lisa estava, ela estava deitada no sol faz tempo, ela ia torrar se não saísse de lá.
“Lisa? Você não quer ir com a gente na sombra?” – null perguntou pra Lisa do lado dela.
“Não, eu consigo ouvir daqui.”
“Ah, então tá.”
“null!” – Lisa chamou a garota que já estava voltando da onde ela saiu.
“Sim?”
“Você ainda gosta do null?”
“O que?” – null achou estranha aquela pergunta.
“Você entendeu muito bem. Você gosta do null ou não?”
“Claro que não Lisa. Nós somos só amigos. E ele é seu namorado né? O que eu podia fazer?”
“Você promete que são só amigos?”
“Prometo Lisa.”
“Então tá, obrigada null.”
null deu as costas pra Lisa e voltou pra sombra. Será que ela não gostava mesmo de null, ou será que gostava e não tinha coragem de admitir aquilo pra ela mesma. Eles eram amigos, claro. Eles se beijaram escondido algumas vezes, eles se conhecem mais que ninguém. Eles já tiveram alguma coisa, mas será que não era hora dela entrar num acordo consigo mesma? Não adiantava tentar fazer ciúmes pra ele ou dar em cima dele se ela não sabia se era o que ela realmente queria. Tinha que pensar mais na sua situação com null, se ficar com ele realmente vai ser bom. Tomara que ela não tome a decisão errada novamente.
20º capítulo
“null? Tá tudo bem?” – null chamava a amiga que tinha o olhar perdido desde que chegou da conversa rápido com Lisa.
“Ah? É... Estou.” – null forçou um sorriso que só foi percebido por null.
“Então, que musica vocês estavam querendo tocar mesmo?” – null perguntou logo em seguida.
“Nossa, você tá agitado hoje heim.” – null disse rindo.
“Você não sabe o quanto.” – null piscou pra namorada.
“Hey! Seria bom se vocês deixassem essas conversas pra serem ouvidas só por vocês.” – null disse fazendo careta.
“Então, a musica que a gente tava querendo tocar...” – null chamou a atenção dos amigos. – “Como é o nome mesmo null?”
“Don’t You. Do Jesse McCartney. A musica é linda e a gente vai tocar pra vocês.”
null pigarreou um pouco e olhou pra null.
“Ta bom, a null vai tocar. Eu vou cantar.” – null disse fazendo careta.
“Ah vai, não reclama. Sua voz é linda.” – null disse pra menina que fez cara de quem não estava acreditando no que ouvia.
“É ótima pra assaltar casas. Eu canto e as janelas se quebram.”
“Que seja null. Você vai cantar e pronto!” – null mandou.
null pegou o violão da mão de null, na verdade ela puxou tão forte que quase machucou a null que estava do seu lado. Ela ajeitou o violão nas suas pernas e começou a tocar os primeiros acordes. Logo depois null começou a cantar a musica seguindo o que null tocava.
Oh I say thinking about you always
And I don't
Want it to be different
By the way
Liking it where im standing
And I wont move unless you force me to
Everyday something about you changes
It's a show
Living for the moment
If I may
I wanna be there to see you but I knoe
Youre keeping me here for fun
Wo-hoo
Don't you leave me
Wo-hoo
I will never let you go
Wo-hoo
Don't you leave me
Don't you go
You're a dream
Floating around in nowhere let me sleep
Thinking about your face the way it seems
Im swiming around your ocean
Im in deep
BABY DON'T WAKE
ME UP
null ia cantando os ‘Wo-hoo’ pra incrementar a musica. Os meninos e a null iam batendo as mãos no ritmo da musica. Os meninos nunca tinham escutado aquela musica. null nem prestava atenção nos amigos, muito menos no que a musica falava, ele só conseguia prestar atenção na voz de null. Era linda, suave. Ela conseguia chegar em notas que ele mesmo nunca imaginou ela fazendo. Ela era de mais.
Os olhos de null brilhavam conforme null cantava. Ela notou aquilo e começou a rir. Ele era lindo quando prestava atenção em alguma coisa. Era realmente muito lindo, null até parecia mais inteligente prestando atenção daquele jeito.
“É isso!” – null disse radiante depois de tocar o final da musica.
“Nossa! Vocês são ótimas.” – null disse de queixo caído.
“Querem participar da banda?” – null perguntou.
As meninas riram.
“Não, obrigada null querido. Mas nós temos projetos pra nós mesmas.” – null respondeu.
“O que vocês pretendem fazer?” – null perguntou curioso.
“Aulas.” – null deu de ombros.
“Tem uma academia de musica perto da minha casa. A gente vai se inscrever lá depois das férias.” – null explicou.
“E... Vão fazer o que?” – null perguntou mais curioso ainda.
“A null quer fazer aula de canto e de piano. Eu vou fazer mais aulas de violão e guitarra. A null quer aprender a tocar baixo e a null vai na bateria.” – null respondeu.
“Até imagino a null com uma barrigona tocando bateria.” – null disse rindo.
“HÁ-HÁ muito engraçadinho null.” – null disse dando língua.
Passaram mais algumas horas ali tocando, cantando, ouvindo as piadinhas bobas que null contava e riam só pra deixar ele feliz.
“To super cansada!” – null se jogou no sofá quando chegaram no chalé.
“Não é só você.” – null se jogou em cima da null.
“Eu estou mais ainda.” – null se jogou em cima de null fazendo null reclamar.
“Eu to o dobro!” – null se jogou em cima das amigas fazendo null reclamar mais ainda.
“O que será que elas tem?” – null perguntou vendo a cena no sofá.
“Cansaço null.” – null deu de ombros.
“Por que? A gente só ficou deitado na sombra.”
“Mas a gente teve que passar protetor nas belezinhas, cuidar pra não pegar resfriado, pra não machucar, pra estar bem alimentado.” – null ia enumerando nos dedos enquanto respirava fundo.
“Alguém viu a Lisa?” – null perguntou olhando por todos os cantos da sala.
“Foi tomar banho.” – null simplesmente disse.
Todos na sala acharam estranho null ter respondido. Não era ela mesma que odiava a Lisa?
“Que foi?” – null perguntou confusa.
“Erm... Nada! MONTINHO NA null!” – null disse pulando em cima da null fazendo null correr pra tirar a namorada de lá pois null já estava pra pular em cima de null.
“A gente faz a janta hoje.” – null avisou depois que conseguiu sair do montinho.
“É?” – null perguntou confuso.
“Claro, elas tiveram que cuidar da gente hoje e coisa e tal, acho mais que justo.”
“É, eu concordo com o null.” – null ergueu o braço.
“Pra minha coisinha eu faço até dois jantares.” – null disse beijando null.
null olhou pros dois com cara de nojo e recebeu uma almofadada de null.
“Tá bom! Eu ajudo!”
“Ótimo! Pra cozinha agora!” – null disse andando até a cozinha.
“NÃO!” – null gritou parando o garoto.
“O que?”
“Pro banho null. Vocês só vão fazer a nossa comida quando estiverem bem lavados... E vestidos.” – null disse olhando pros quatro.
“Tá bom. Eu vou pro banho.” – null subiu as escadas de cabeça baixa.
“Já ele volta.” – null deu de ombros.
“Por quê?” – null perguntou confusa.
“É... A Lisa está tomando banho ainda.”
Então viram null descendo as escadas e caíram na risada, riram mais ainda quando viram a cara de quem entendia nada que null havia feito.
“Não ta pronto null! Olha! Ainda ta duro!” – null estava ensinando null como fazer macarrão.
“Mas já está aí faz tempo.” – null retrucava.
“Está aí há exatamente... 5 minutos!” – null disse olhando seu relógio.
“null, relaxa e descansa o popozão.” – null pediu.
“Cara. Nunca mais vou cortar cebola.” – null disse limpando os olhos.
“E só por isso precisa chorar?” – null perguntou estranhando o comportamento do amigo.
“Cheira isso.” – null estendeu a cebola cortada pra null que respirou fundo em cima da cebola.
“HORRIVEL!” – null disse limpando os olhos.
“O macarrão já ta pronto?” – null perguntou da cadeira onde estava sentado.
“Não.” – null respondeu.
null andou até o macarrão pra ver se era mesmo verdade. E era.
“Anda macarrão, fica pronto logo.” – null conversava com o macarrão.
“Não adianta conversar com ele.” – null disse ao amigo.
null, que estava ao lado de null, ainda estava cortando aquela cebola horrível, teve que espirrar e bateu a cabeça dele nas costas de null. Vocês sabem que quando vamos espirrar não da pra ficar com a cabeça parada. null levou um susto e deu um tapa no braço de null que fez ele derrubar toda a salada que ele estava picando.
“Pronto! Agora não temos salada!” – null disse olhando bravo pra null.
“Esses meninos só sabem fazer bagunça.” – null disse depois de ouvir o barulho vindo da cozinha.
As meninas estavam todas na sala, inclusive a Lisa, todas banhadas esperando o jantar que os meninos tanto queriam fazer.
“Se ficar bom eu como.” – null disse rindo.
“Mas não pode ficar com uma forma estranha. Como as suas panquecas.” – null riu.
“Mas vocês comeram e não reclamara.” – null deu língua.
“É só porque estava bom.” – null deu de ombros.
“Vamos assistir TV?” – Lisa perguntou mudando de assunto completamente.
“Não dá. A TV não pega a essa hora. Tem que colocar algum filme.” – null explicou.
“Ótimo, eu trouxe ‘Meninas Malvadas’ pode ser?”
As quatro amigas se olharam. Ela podia ser a Lisa, mas ‘Meninas Malvadas’ era um filme muito bom. Lisa tinha um bom gosto pra filmes.
“É... Pode ser.” – null disse e Lisa levantou direto do sofá pras escadas correndo. Entrou no quarto, mexeu em algumas coisas e depois voltou à sala correndo carregando o filme consigo.
Algum tempo depois e vários barulhos de copos quebrando na cozinha, os meninos avisaram que a janta estava pronta.
“Até que enfim, eu quase comi a null de tanta fome!” – null disse andando até a cozinha.
“Ah amor! A culpa é do macarrão!” – null colocava a culpa toda no coitado do macarrão.
“Hum... Pelo menos a cheirinho está bom.” – null disse se sentando na mesa ao lado de null.
“O cheiro está, vamos ver se está com o gosto bom agora.” – null disse se sentando e estendendo o prato pra que null a servisse.
null pegou o prato dela e colocou um pouco de cada coisa que estava na mesa, ele sabia como a null era, ela gostava de comer e mesmo assim mantinha o peso com muita facilidade. null colocou o prato na frente dela e todos que estavam na cozinha esperaram ela dar a primeira garfada pra ver se estava bom mesmo. null mastigava devagar matando todos de curiosidade.
“E?...” – null perguntou curioso.
“É, realmente está muito bom. O macarrão é o melhor.” – null disse de boca cheia. Logo todos começaram a se servir e comer em silencio porque a fome era tanta que agora só queriam saber da comida. Só se ouvia o barulho de talheres batendo no fundo dos pratos e de vez em quando alguma risadinha por coisas bobas.
“Ah... Sinceramente, eu preciso da receita do macarrão. Quem que fez?” – Lisa perguntou logo depois de comer.
“Foi eu!” – null e null disseram juntos.
“Você só ficou olhando e conversando com ele null! Eu que fiz o resto.” – null disse pra null.
“Que nada! Eu que fiz tudo! Você só ficou do meu lado!” – null retrucou.
Todos estavam percebendo que ia começar uma discussão de quem fez o macarrão então acharam melhor terminar antes de começar.
“Então... Prontos pra assistir ao final do filme?” – null disse fazendo todos prestarem atenção agora nela.
“null, minha querida, nós estamos. Agora... Vocês... Tem a louça pra lavar.” – null disse mandando um beijo no ar pra ela e indo pra sala terminar de assistir o filme que antes as meninas estavam vendo.
“Boa sorte pra vocês.” – null disse e foi atrás de null.
“Ham... Não esqueçam das panelas.” – null disse logo depois e saiu da cozinha ainda discutindo com null atrás.
“Aiai, quem foi que inventou essa regra mesmo?” – null perguntou pensativa fazendo as amigas rirem.
“Acho que foram nós.” – null disse se levantando e se pondo na frente da pia onde começava a lavar os pratos.
“Finalmente terminaram! O filme já está quase no final.” – null disse dando espaço pra null se sentar ao seu lado.
“Engraçadinho!” – null deu língua pra ele.
Assistiram até o final do filme. Este terminou tarde e com o cansaço que todos estavam sentindo adormeceram todos na sala mesmo, nas posições em que estavam.
“Ai meu pescoço.” – null reclamou assim que acordou no dia seguinte. Ela tinha dormido no ombro de null numa posição onde não a poupava da dor.
null se levantou de vagar e andou cambaleando até a cozinha. Olhou pra fora da janela e viu que o tempo estava fechado. Era muito estranho aquilo porque no dia anterior estava um calor horrível.
“Será que hoje chove?” – null perguntou pra si mesma. Logo tirou esses pensamentos chuvosos da cabeça quando a dor no pescoço voltou.
“Ai meu Deus!” – null gritou assustando todos na sala.
“O que aconteceu?” – null perguntou assustado.
“Pesadelo.” – null respirou fundo.
Todos reclamaram, mas não só de null, da dor no pescoço também.
“Fica calma. Foi só um pesadelo.” – null disse pra ela passando as mãos do rosto assustado da menina.
null sorriu e depois se levantou indo até a cozinha.
“Seu pescoço também dói?” – null perguntou pra null assim que ela entrou na cozinha.
“Não. Mas minhas costas sim.”
“Café?”
“Não. Leite?”
“Não.”
null andou até a janela e olhou pra fora. Viu o tempo fechado.
“Será que hoje chove?” – null perguntou pra null.
“Acho que sim.”
“Que pena. Ontem o dia estava tão lindo.”
“Bom dia minhas pequenas.” – null cumprimentou as meninas assim que ele entrou na cozinha.
“Dia.” – as meninas disseram juntas.
“Tem café? Ou leite?”
“Tem os dois. Qual você quer?” – null perguntou mostrando a caixinha de leite que ela havia pegado da geladeira.
“Quero café com leite.” – null disse sorrindo.
null tinha razão. Não demorou muito e começou a chover. Mas não era uma chuvinha qualquer não, era uma CHUVONA. Ficaram assustados de como o tempo ali mudava muito de uma hora pra outra. Não demorou também pra que a energia acabasse. Agora estavam presos numa casa de madeira velha, com uma chuva super forte lá fora e sem energia. O que poderiam fazer?
“Mau-mau!” – null gritou toda feliz.
“Isso null! Mau-mau!” – null disse sorrindo.
null subiu até o quarto dos meninos procurando pelo baralho dele e quando achou desceu as escadas novamente. Todos se aconchegaram do lado da mesinha de centro pra jogar um bom mau-mau.
“Eu não sei jogar gente. Acho que eu vou deixar essa passar.” – Lisa disse.
“Mas tá chovendo Lisa, o que você vai fazer?” – null perguntou.
“Ler. Qualquer coisa eu estou no quarto.”
“Uma a menos.” – null cochichou pra null.
Bom, demorou de mais pra aquela rodada acabar. Pra quem sabe como jogar sabe como demora uma eternidade pra terminar uma partida de mau-mau.
“Cansei. Preciso fazer xixi.” – null disse se levantando e andando em direção ao banheiro.
“Ela não para de ir fazer xixi.” – null comentou.
“Porque ela está grávida.” – null deu de ombros.
“Ah... Pensei que era outra coisa.”
“Que coisa null?” – null perguntou.
“Ah... Pensei que ela estava indo fazer xixi porque não conseguia ficar do meu lado.”
“Ah null! Pelo amor né.” – null disse com cara de brava.
“Ta bom, eu sei que estava errado.”
“Olha. Ganhei!” – null disse levantando os braços.
“Ah... Isso não é justo! Você não disse mau-mau!” – null disse.
“O que aconteceu?” – null perguntou, estava totalmente fora daquela conversa.
“EU GANHEI!” – null gritou.
“Mas você não disse mau-mau.”
“E nem precisa! Vocês não estavam nesse mundo e... EU GANHEI!” – null disse pulando pela casa toda.
“Ah... Que droga.” – null disse jogando as cartas na mesa.
“EU GANHEI!” – null gritava pela casa.
“Faz alguma coisa null, pede pra ele quietar a periquita!” – null disse rindo.
null correu atrás do namorado pedindo pra que ele parasse de gritar pela casa. Estava parecendo uma menininha feliz porque tinha acabado de ganhar sua bonequinha. null logo parou de gritar e pular assim que null disse aquilo.
null andou até a janela e ficou assistindo a chuva cair. Estava numa boa hora pra tomar um banho de chuva. A chuva já nem caía mais forte e nem fraca. Ia molhar, mas não ia machucar.
“Banho de chuva?” – null perguntou chegando perto da garota.
“Talvez.”
“Eu conheço esse seu olhar, você quer banho de chuva.”
“Tá bom, eu quero.” – null disse rindo.
null abriu um sorriso e num piscar de olhos pegou a menina no colo e saiu da casa gritando “CHUVA!”. Logo estavam todos lá fora correndo um atrás do outro pra derrubar na lama.
“Não null! Eu não!” – null pedia enquanto ele corria atrás dela.
“Você é minha vitima linda! Tem que ser você.” – Ele disse correndo ainda mais alcançando a menina e a derrubando na lama.
“ECA!” – ela gritou assim que sentiu a lama pelo corpo todo.
“Você fica linda de marrom, já te falaram isso?” – null disse pra menina. null estava deitada de barriga pra cima na lama e null estava em cima dela pra que ela não saísse lá de baixo tão cedo. null esticou a mão até o rosto de null e passou lama no rosto inteiro dele tirando uma careta do rosto dele.
“Você também fica lindo de marrom.” – ela disse rindo.
“A é? Acha engraçado?”
“Na verdade... Acho.” – ela disse rindo mais ainda.
Então null começou a espirrar lama em null, mas espirrava mais lama nele mesmo do que nela. Depois null começou a esfregar o rosto sujo dele no rosto quase limpo da garota. Ela não conseguia se mover, só ria com as coisas que ele fazia.
null parou um momento com o rosto em cima do rosto da garota. Pingava lama do nariz dele pro rosto dela. Ele passou os dedos em volta da boca dela pra limpar, mas sem muito sucesso. Então ele teve uma idéia. Pegou ela no colo novamente e a levou se debatendo até o lago onde se jogou com ela lá dentro.
“Que gelado null! Você podia me avisar que ia fazer isso!” – null disse tremendo.
null chegou mais perto dela e abraçou a menina pela cintura.
“Eu esquento você.”
“Acho que não, você está mais frio que a água.”
null passou os dedos limpos em volta da boca da menina limpando a lama, dessa vez com sucesso. null fez o mesmo com ele.
“Eu acho que marrom não combina tanto assim com você.” – null disse pra ela que riu.
“É? Eu acho que você devia usar mais essa cor.” – ela disse agora limpado as bochechas do garoto.
“null?” – null chamou a menina. Ela parou de fazer o que estava fazendo e ficou encarando ele. Ele aproximou o rosto de vagar do rosto dela. Ao mesmo tempo trazia o corpo dela mais pra perto do seu. null respirava fundo e null só fazia o que sabia que era certo.
“null?” – null chamou o menino. Ele apertou ainda mais o corpo dela no corpo dele aproximando mais ainda os rostos. Os narizes se tocaram, sentiam a respiração um do outro. null lentamente tocou os lábios da garota fazendo o seu corpo todo arrepiar. null cuidadosamente beijou ela, deixou que null lhe dissesse o que fazer. Ela beijava ele, sabendo que era errado, ele tinha uma namorada. De repente tudo parou quando ela sentiu a língua dele tocar a sua. O corpo dela estava mole, queria se lembrar pra sempre daquele momento. null passava as mãos pelo cabelo de null bagunçando mais ainda. null apertava a cintura dela. De vagar ele pegou ela no colo, ela passou as pernas em volta da cintura dele. Eles não paravam de se tocar um minuto, suas bocas não separavam. O beijo ia ficando mais intenso a cada movimento que eles faziam. null brincava com os cabelos de null e ele passava as mãos pelas costas da garota. Então a chuva começou a cair mais forte. Os pingos dessa vez machucavam. null partiu o beijo e encostou a testa dela na testa de null.
“Acho melhor a gente voltar.” – ela sussurrou. null saiu da água de mãos dadas com null. Os dois sorriam mais do que imaginavam, e isso foi percebido assim que entraram em casa novamente e viram todos os amigos, envolvidos nas toalhas, sorrindo como eles.
null e null tiveram um momento deles, um momento que fazia muito tempo eles não tinham. E nesse momento não pensaram em mais nada, em nenhuma conseqüência.
Lisa observava a algazarra dos meninos lá de cima e ficou de boca aberta quando viu null em cima de null. Ficou observando os dois, enquanto eles se enlameava, enquanto null levava ela até o lago, enquanto null limpava o rosto de null, enquanto eles se beijavam. null não foi feito pra ficar com Lisa, definitivamente. ‘O que eu to fazendo aqui então?’ – Lisa se perguntou com lágrimas nos olhos. Ela pensou em sair dali, pegou seu celular e subiu na cama, ainda bem que estava dando sinal. Ligou pra Suzan, uma amiga sua, pediu pra que ela fosse busca-la no dia seguinte. Lisa tinha que deixar null, ainda mais depois do acontecimento na chuva.
21º capítulo com participações especiais de Karol (aniversariante de sabado dia 12 ^^), Flah e Jubs, as tres menininhas que eu conheci e que já são especiais pra mim. Esse capítulo é pra vcs ^^
Durante o resto do dia, choveu. Brigaram pra ver quem ia tomar banho primeiro e sortearam quem ia fazer o almoço e a janta. Quem saiu ‘ganhando’ no sorteio foram null e null. Todos achavam que era injusto ter os dois na cozinha mas null prometeu que só iam cozinhar, mais nada.
“Dá próxima vez podem ser eu e null né?” – null disse piscando pra namorada.
“Ah tá! Vocês vão cozinhar é no quarto!” – null disse rindo deixando um null e uma null com vergonha.
“Vocês viram a Lisa?” – null perguntou assim que percebeu que a namorada não estava na sala junto com o resto do pessoal.
“Deve estar no quarto, não a vi saindo de lá hoje.” – null respondeu.
“Eu vou procurar por ela.” – null se levantou do sofá e subiu as escadas sob o olhar de null.
‘Talvez o nosso beijo não tenha significado muito, nunca significa muito mesmo.’ – null pensou dando de ombros logo após.
null entrou no quarto das meninas e encontrou Lisa arrumando sua mala. Achou aquilo estranho, estava, por acaso, indo embora?
“O que você está fazendo?” – null perguntou fazendo com que Lisa prestasse atenção nele e não mais na mala.
“Eu vou pra casa.”
“Por quê?”
“Eu não agüento mais isso aqui null. Esse lugar não é pra mim.”
“Mas é só por mais alguns dias então a gente vai embora junto.”
“Meu lugar não é do SEU lado null.”
“Claro que é Lisa, eu sinto que é...”
“Não, não é! Outra pessoa devia estar no meu lugar e eu acho que você realmente sabe quem é.”
“Mas Lisa...”
“A Suzan vem me buscar, ela deve chegar daqui à umas duas horas.”
“Lis...”
“Não sou eu quem você quer.” – Lisa disse se aproximando de null.
“Então, quem eu quero?” [n.a.: bobinho xD]
“Acho que é aquela que você estava beijando.” – os olhos de Lisa se encheram de lágrimas e ela saiu rapidamente do quarto. Ela gostava de null, e não só como mais um em sua vida. Lisa havia se apaixonado por ele e depois viu o jeito como ele é ao lado de null, não teve como errar, null amava ela e Lisa estava apenas atrapalhando.
null se sentou na cama e afundou seu rosto em suas mãos. Era muita coisa acontecendo em pouco tempo. Alguns dias atrás ele tinha certeza de tudo o que acontecia com ele. null só saiu do quarto quando ouviu que o almoço estava pronto.
“Só a gente mesmo pra almoçar as... Quatro horas da tarde?!” – null disse consultando o relógio.
“Pois é, e nossa janta sai que horas hoje?” – null perguntou rindo.
“HÁ-HÁ! Muito engraçado!” – null disso mostrando a língua.
“Lisa, você pode me passar a salada?” – null perguntou rindo.
Lisa nem se mexeu, estava com o olhar perdido.
“Lisa?” – null chamou ela novamente, dessa vez atraindo a atenção de todos na mesa.
“O que?” – Lisa perguntou assustada.
“A salada...”
“Ah sim!” – Lisa entregou a salada pra null.
“Está tudo bem com você?” – null perguntou pra Lisa.
“Sim, sim. Está.”
Durante todo o resto do jantar eles conversaram animados, esquecendo o incidente da salada. Novamente sortearam um casal, dessa vez pra lavar a louça. Os ‘sortudos’ foram null e null.
“Não pense em fazer outra coisa a não ser lavar a louça, senhor null!” – null advertiu o namorado.
Logo depois do almoço Lisa desceu do seu quarto com as suas malas, a Suzan já estava pra chegar. As malas dela chamaram a atenção de todos na sala. Onde ela estava indo? Por que estava indo? Lisa se aproximou de null pra se despedir dele.
“Obrigada por tudo null, foram os três dias mais divertidos da minha vida.”
“Aonde você vai?” – null perguntou sem entender.
“Eu vou pra casa, meus pais estão precisando de ajuda.”
“Ah! Então tá, obrigado por ter vindo.” – null abraçou Lisa e rapidamente percebeu o olhar furioso de null em cima dele.
Lisa se despediu de todos com um abraço, mas quando chegou em null ela só deu ‘tchau’ meio de longe. A Suzan logo buzinou e os meninos ajudaram Lisa a levar as malas dela até o carro. Assim que Lisa entrou no carro se desmanchou em lágrimas.
Todos estavam sentados na sala. Assim que Lisa foi embora eles jogaram cartas, Banco Imobiliário, Eu nunca e jogaram conversa fora. Já eram mais de oito da noite e eles não sentiam um pingo de cansaço. Ficar em casa sem sair pra nada dava naquilo, aliás, eles estavam cercados de lama lá fora. null colocou um filme qualquer no DVD e null e null estouraram a pipoca. Todos assistiram o filme super concentrados, coisa que não costumava acontecer com freqüência. null, null, null e null dividiam o maior sofá, mesmo no maior aperto. null sentava num sofá num canto da sala e null num sofá do lado oposto da sala. null e null dividiam o chão forrado de cobertores.
O primeiro filme tinha acabado e eles queriam assistir mais. null colocou outro filme do DVD mas acabaram dormindo deixando só null e null acordados. null percebeu meio atrasada, que o filme estava chato e foi preparar um chá pra ela na cozinha. null, que não conseguia mais ver o filme, ou melhor, ouvir o filme por culpa dos roncos, resolveu fazer companhia à null na cozinha.
“Olha null, desculpa tá?” – null se virou de repente pra ele.
“Desculpa por quê?” – null perguntou confuso se sentando na mesa, literalmente, porque esses meninos de hoje em dia não são nem um pouquinho educados.
“Com certeza foi minha culpa ela ter ido embora.”
“Não foi sua culpa null, não se preocupe.”
“Por que ela foi? Seja sincero comigo.”
“Certeza que você quer sinceridade?”
“Absoluta.”
“Então lá vai. A Lisa foi embora porque eu disse que eu já não a amava. Ela viu a gente se beijando e não quis mais nada comigo.”
“Então... Se eu não tivesse te beijado...” – a culpa estava invadindo null. null desceu da mesa e andou até ela, ficando de frente com ela.
“Eu também te beijei hoje e foi daquele jeito que eu quero te beijar todo dia. Você não teve culpa de nada, o único culpado sou eu por ter mentido pra Lisa pra mim mesmo e... Pra você.”
Os olhos de null se encheram de lágrimas e ela queria mais do que tudo que ele parasse de falar. Ela não queria escutar ele dizendo que a amava e no dia seguinte encontrar ele agarrado com outra garota. Ela não queria ter que amar ele de novo.
“null, é melhor você ficar quieto.”
“Não null, agora que eu comecei a falar eu vou terminar e você vai me ouvir.”
“null, não.” – null levantou suas mãos na altura do peito dele a fim de empurra-lo pra fora da cozinha mas null segurou suas mãos.
“Eu só fiquei com a Lisa pra encontrar um jeito mais fácil de te esquecer. Enquanto eu estive com ela dizia que a amava e essa mentira foi virando verdade até o dia em que eu te vi de novo.” – lágrimas caíam do rosto de null, ela não fazia idéia de onde tirava forças pra ouvir o que null dizia.
“Pára null.” – null pedia.
“Desde aquele dia eu nunca havia me sentido tão feliz e quando eu te beijei de novo eu voltei a sentir como é bom te amar, ter você aqui perto de mim. E eu sinto que te amo até hoje. E a Lisa percebeu o que eu sinto por você, por isso ela foi embora. Ela foi embora porque eu te amo.” – null tinha as mãos em volta do rosto dela que estava molhado devido as lagrimas que ainda caiam.
“Por que você está fazendo isso?”
“Eu não quero cometer o mesmo erro duas vezes.” – null foi aproximando seu rosto do rosto de null. Ela, pra surpresa de ambos, se afastou dele, tirou suas mãos do seu rosto e subiu até seu quarto se perguntando por que não queria aquilo, por que ela fugiu de null se ele era a única coisa que ela mais queria.
null voltou a se sentar no sofá atordoado pelo que havia acontecido na cozinha. Nem ele, nem null conseguiram dormir aquela noite.
“O que vocês estão fazendo?” – null havia ouvido um barulho e desceu as escadas pra ver o que estava acontecendo.
“Ai mulher! O que aconteceu com você?” – null perguntou assustado. null estava com os olhos vermelhos e inchados e os cabelos bagunçados.
“Foi uma péssima noite.”
“Vamos, eu te ajudo.” – null apareceu de algum lugar e empurrou null pro banheiro. – “Tá legal! O que aconteceu?”
“O que?” – null não tinha entendido. Ainda estava tentando descobrir da onde null apareceu.
“Como ‘o que?’ O null está na mesma situação física que você. O que vocês fizeram?”
“A gente conversou. Foi isso.”
“Ele precisa apanhar?”
“Não.” – null riu fracamente, ela sabia que a amiga era capaz de fazer aquilo. – “Então. Aonde vocês vão?”
“Vamos voltar pra casa.”
“Por quê?”
“Parece que a chuva de ontem vai ficar pior mais tarde, trate de fazer as malas.” – null deu o recado e deixou null se arrumando no banheiro.
“Okay crianças. Como a null não está em condições de dirigir, eu mesmo vou dirigir o carro dela.” – null começou.
“O QUE? Não o meu carro!” – null disse assustada.
“Mas null, você nem consegue ficar em pé direito.” – null disse pra amiga.
“É... Isso é verdade. Mas muito cuidado então null!”
“Sim senhor, senhor!” – null bateu continência.
“null, null, null, vocês vão comigo.” – null chamou.
“O que?” – null perguntou assustada, de novo.
“Você vai comigo, com a null e com o null.” – null explicou dando de ombros.
“O que?” – foi a vez de null perguntar assustado.
“O que tá acontecendo com vocês heim?” – null perguntou desconfiada.
null e null se olharam e entraram no carro, no banco de trás. Deixaram um espaço maior possível entre eles. null e null estranharam o jeito que os dois se tratavam. Até null e null se perguntaram por que estavam fazendo aquilo, eles dormiram boa parte da viajem, a outra parte, aconteceu isso:
“Gente, eu vou mudar de CD ta? Não agüento mais ouvir Beatles.” – null disse desligando o rádio.
“Coloca The Who.” – null pediu.
“Não, coloca Busted.” – null pediu.
“Pra que? Busted não presta.”
“Pelo menos é melhor que The Who!”
“The Who é muito melhor que Busted! Tocam muito melhor!”
“Você deve estar doido null!”
“Quem ta doida aqui é você!” – começaram a gritaria.
“Olha aqui garoto! Ninguém mandou você fazer aquilo ontem!”
“Eu sabia que você também queria! Ninguém mandou você dar pra trás!”
“Isso tudo não aconteceria se a gente nunca tivesse ficado junto! Gostaria de voltar no tempo pra nunca ter ficado com você! Eu ia estar passando muito melhor agora!”
null não acreditou no que ouviu. Como assim? null pensava que ter ficado com ele foi uma perda de tempo? Então por que ela beijava ele como se o amava?
“Então é isso que você acha da gente?” – null perguntou quase que num sussurro.
“É. É isso mesmo.” – null respondeu com certeza.
“Então eu acho melhor...”
“PRONTO! Gente! Vocês já botaram tudo pra fora né?! Vamos nos acalmar agora!” – null pediu, antes que null dissesse alguma coisa pra piorar tudo.
“É, também acho que está na hora. Eu vou colocar Fall Out Boy pra tocar...” – null disse meio sem graça.
“Até que enfim! Estou morrendo de fome!” – null disse descendo do carro assim que pararam num lugar na estrada pra comer.
“Sei, você comeu salgadinhos a viajem inteira!” – null disse rindo.
“Ele não tem fundo null, você devia estar acostumada com isso.” - null disse rindo.
null viu a null descendo do carro e foi ao encontro dela.
“O que aconteceu contigo?” – ela perguntou assustada.
“Nada null, nada.”
“Eu vou bater no null!”
“Não null, dessa vez quem precisa apanhar sou eu.”
null entrou na lanchonete deixando null falando sozinha. null precisava de um momento pra ela colocar seus pensamentos em ordem. Mas se enganou achando que durante o almoço pudesse fazer isso. Ela e os amigos se divertiram muito, como sempre faziam juntos. Eles com certeza eram os melhores amigos que alguém podia ter.
“Até que enfim em casa.” – foi isso que null disse pra si mesma quando abriu a porta da frente da sua casa.
Ela voltou cansada da viajem e sentiu uma ponta de tristeza por ter chegado tão rápido assim. Voltou pra sua casa fria, vazia, pro seu pai que não parava em casa. Ela subiu as escadas até seu quarto. Jogou sua mala num canto da sala e depois se jogou na cama. Afundou o rosto no travesseiro e ficou lá, pensando em tudo que tinha acontecido com ela naqueles últimos quatro dias. Começou a chover. null andou até a janela do seu quarto e ficou olhando pra rua. Os carros passavam apressados. As pessoas corriam pra suas casas pra se proteger da chuva. Seu pai chegava em casa. Espera aí. Seu pai chegava em casa? null desceu as escadas correndo pra ver se realmente era seu pai.
“null? Já em casa?” – o pai dela perguntou assustado.
“Ia ter um temporal lá e a gente resolveu chegar mais cedo. O que você está fazendo aqui tão cedo?”
“Acabou a energia lá no prédio e mandaram a gente pra casa mais cedo.”
“Cadê a mulher da cozinha?”
“Que mulher da cozinha?”
“Aquela que você casou.” – null disse dando língua.
“A Phoebe. Ela foi buscar as sobrinhas dela no aeroporto.”
“Espera aí. Ela se chama Phoebe?”
“É. Por quê?”
“Parece um barulhinho estranho. FI-BI” – null disse rindo.
“Muito engraçadinho mocinha.”
“Espera mais um pouquinho.”
“O que foi dessa vez?”
“Sobrinhas?! E elas vão ficar onde?”
“Aqui.” – o pai deu de ombros.
“Você deve estar brincando comigo.”
“Não.”
“Droga!” – null disse subindo as escadas novamente.
“Aonde você vai?”
“Me preparar mentalmente pra receber em casa as FI-BI em miniatura!”
null tomou um banho pra ver se sentia melhor, não teve muito sucesso. Sentou no vão da janela novamente e ficou olhando a chuva cair. Seu celular tocou.
“Oi null!”
“null... Tudo bem?”
“Tudo...”
“Mesmo?”
“Mesmo null. Não precisa se preocupar com nada.”
“Então tá. Você que pediu.”
Silencio.
“Então... Como foram as primeiras horas na casa da dona null?” – null perguntou rindo.
“Você acredita que Phoebe vai trazer as sobrinhas dela pra morarem aqui?”
“Que barulhinho foi esse?”
“Que barulho?” – null perguntou confusa.
“FI-BI”
“Ah! É o nome da mulher do meu pai.”
“Ah... Mas então... Tem certeza que é pra morar mesmo?”
“Não sei. Eu não perguntei com mais certeza.”
“Ah... Então trate de saber. Liga pra mim depois. Beijo!”
“Tchau.”
null voltou a olhar a rua. Dessa vez ninguém passava correndo, nem pessoas, nem carros. A chuva aumentava a cada minuto. Foi quando ela viu o carro da Phoebe entrando na garagem da sua casa. null não quis nem descer pra conhecer as sobrinhas dela. Resolveu ficar mais um tempo no quarto, olhando o nada. A chuva agora estava parando.
“null! Desce aqui!” – o pai dela chamou.
null levantou do vão da janela com muita dificuldade. Ela não queria ir lá pra baixo e colocar um sorriso no rosto pra cumprimentar a mulher do pai dela. Ela não queria fingir que estava feliz por conhecer as sobrinhas daquela que pegou o lugar de sua mãe do coração do seu pai. null desceu as escadas sem muita pressa. No pé da escadas estavam seu pai e Phoebe, muito bem arrumados. Ao lado de Phoebe estavam três meninas, mais ou menos da idade de null.
“null, minha filha. Eu e a sua mãe.”
“Ela não é minha mãe.” – null advertiu.
“Eu e a Phoebe, vamos sair pra jantar. Essas são as sobrinhas dela. Karolina, Flávia e Juliana. Até mais tarde meninas.” – o pai dela disse aquilo tudo e não esperou mais nem um minuto e saiu pela porta acompanhado de Phoebe.
“Então você é a null?” – Karolina, uma menina morena, que parecia ser a mais nova delas, perguntou.
“Ahm... É... Eu sou a null. Mas pode me chamar de null.” – null forçou um sorriso.
“Eu sou a Flávia, mas pode me chamar de Flah.” – uma menina com um sorrisão falou.
“E você pode me chamar de Jubs.” – a outra garota, que parecia ser a mais velha disse.
“Podem me chamar de null, então...”
Karolina olhava pras três com um sorriso e as três olhavam pra ela. Esperavam que ela dissesse algo.
“Ah! É mesmo. Pode me chamar de Karol!” – ela disse rindo.
“Vocês vieram de onde?” – null perguntou indo até a cozinha.
“A gente veio do Brasil. Daqui dois dias tem aniversário da Karol e ela quis vir pra cá.” – Flah explicou.
“Estão com fome?” – null perguntou abrindo um armário.
“Sim.” – elas responderam juntas.
“Você já foi pro Brasil?” – Jubs perguntou sentando à mesa.
“Já. Eu cheguei de lá faz alguns meses. Morei lá por dois anos.” – null respondeu.
“Então você sabe como tudo lá é lindo né?” – Karol perguntou rindo.
“E como sei.”
As quatro passaram boa parte da noite conversando na cozinha, depois que cansaram de lá foram conversar na sala. null não queria se convencer de que tinha gostado das meninas. Ela tinha em mente meninas fúteis, que só pensavam nelas mesmas, mas foi diferente. Elas tinham grandes coisas em comuns, tinham tudo pra serem boas amigas. null prometeu a elas mostrar a cidade e apresentar os amigos que ela tanto falava. Karol, Flah e Jubs dormiram no quarto de null aquela noite. O que deixou o pai de null muito surpreso quando viu as quatro dormindo juntas num colchão colocado no chão do quarto.
22º Capítulo pequeno porque deu problema no meu pc, e no meu disquete, e os problemas aumentaram de mais, então é pequeno, mas vale a pena. As meninas continuam na historia, e eu faço surpresa quanto ao que elas vão ser na fic... É isso...
“Coloca mais saaaaaaaall!” – Flah dizia pra Jubs que estava fazendo ovos mexidos pro café da manhã.
“Já tem sal de mais mulher!”
“Como faz café? Alguém sabe?” – Karol estava toda enrolada no café e null foi ajudar ela.
Depois de um tempo e briguinhas insignificantes pra saber a quantidade de sal que colocar nos ovos, o café da manhã estava pronto. Elas comeram sem ligar muito pra quem estava dormindo. Conversaram bastante, riram bastantes, parece que eram amigas a décadas.
“Alô?” – null ligou pra null depois do café.
“null?”
“null?”
“Bobona?”
“Chorona?”
“EU MESMA!”
“SOU EU!”
“null, a gente vai almoçar aí hoje tá?”
“Tá?”
“É, a gente votou e a sua casa ganhou. A gente aproveita e vê as sobrinhas daquela mulher da cozinha.”
“A Phoebe...”
“É! O barulhinho!” – disse rindo.
“Tá, eu espero vocês então. Ahm... Até o null vem?” – null perguntou meio sem graça.
“É... Ele vai sim. Então daqui a pouco a gente bate aí na porta da sua casa.”
“Quem você está querendo enganar?”
“Tá bom, a gente não bate na sua porta. A gente entra diretão.”
“Isso. Até mais chorona.”
“Até mais bobona.”
“Visitas?” – Flah perguntou assim que null desligou o telefone.
“Sim. Meus amigos vão passar aqui pra almoçar.”
“Legal! Conhecer gente nova!” – Jubs disse feliz.
O pai de null apareceu no pé da escada com uma bolsa ao lado e logo depois Phoebe desceu. “A gente vai passar essa semana na casa da sua avó, parece que ela está meio doente e a gente vai ajudar.” – o pai de null disse.
“E o seu trabalho?” – null perguntou. Normalmente o pai dela não trocava o trabalho por nada, e agora vai passar uma semana longe de casa pra cuidar da mãe dele?
“Eu pedi licença por essa semana, eles deixaram.”
“Estou pronta amor.” – Phoebe disse.
“Até mais princesa.” – o pai se despediu de null com um beijo na testa. – “Cuida bem da casa.”
“Até mais.”
“Até mais meninas!” – Phoebe acenou da porta.
“A casa é só nossa?” – Flah perguntou depois de um longo silencio.
“É... É nossa.” – null respondeu.
“YUPIIIII! A CASA É NOSSA!” – Jubs disse pulando indo até a cozinha.
“Não se contentem muito porque daqui a pouco temos visita.” – null subiu as escadas até seu quarto.
Fechou a porta atrás de si e andou até a janela onde ela sentou no vão. Viu seu pai sair com a FI-BI de carro. É, as coisas na vida dela agora estavam completamente mudadas. Ela viu quando a chuva começou a cair novamente, nem com devagar e nem com tanta intensidade.
null se levantou vagarosamente do vão da janela e se trancou no banheiro. Tinha que tomar um banho, deixar as preocupações de lado.
“Nossa! Que chuva!” – null entrou na casa da null sem nem ao menos bater. Era assim já, eles eram ‘da casa’. [n.a.: pra vocês mesmo! Viraram da minha família! ^^ UAHSuahs]
“Chuva mesmo! E olha que estamos no verão.” – null reclamou arrumando seus cabelos no espelho do banheiro.
“É mesmo. Verão não podia ter chuva. É verão! Dias de sol e calor! E não de chuva!”
“Já entendi null! Eu vou conversar com alguém sobre essa chuva toda e ver se dá pra parar e trazer o sol de volta.” – null disse descendo as escadas. Ela ouviu o barulho de gente chegando lá em baixo e rapidamente se trocou pra receber os amigos.
“É bom mesmo por que...” – null parou quando viu na cozinha três meninas desconhecidas – “Quem são elas?”
“As sobrinhas da Phoebe. Flah, Karol e Jubs.” – null apresentou elas pro resto do povo.
“Oi...” – elas disseram meio sem graça. Era muita gente olhando pra elas ao mesmo tempo. Nessas horas a vergonha não escapa.
“Erm... Acho que eu vou tomar um banho...” – Jubs disse e subiu as escadas com Karol e Flah atrás.
“Bonitas.” – null disse e logo depois levou um tapa de null.
“Claro! Vieram da minha terra. O Brasil!” – null disse rindo.
“E quem disse que as garotas daqui não são bonitas?” – null perguntou indignada.
“Ninguém...” – todos deram de ombros.
“Okay! Vamos começar a fazer o almoço? To com fome!” – null pediu.
“Vamos nada. Você não vai relar o pé nessa cozinha.” – null disse empurrando null pra fora da cozinha.
“Por quê?” – null perguntou confuso.
“Vocês vão fazer uma sujeira danada aqui. E depois não vão limpar.”
“É mesmo. Esperem na sala!” – null pediu.
“Então... As sobrinhas da Phoebe são legais?” – null perguntou o que tanto a incomodava.
“São legais sim. A gente tem mais em comum do que imaginava.” – null respondeu.
“Você não vai nos trocar por elas né?” – null perguntou com voz de choro.
“null meu bebê. Vocês moram no meu coração, ninguém vai tirar vocês de lá. E as meninas, são minha primas agora. Elas fazem parte da família.”
“Falando em bebê. Como anda o nosso bebê null?” – null se virou pra null que lia uma revista muito concentrada.
“NOSSO bebê?” – ela perguntou sem entender.
“É. O meu, o da null, o da null e o do null.” – null respondeu da forma mais natural possível.
“Anda muito bem. Semana que vem tem o primeiro ultra-som.” – null respondeu com um sorriso enorme no rosto.
“ÓÓÓÓÓNNN que fofo.” – as meninas disseram com voizinha de bebê.
“Quero vocês lá.”
“Não sei não. O pai que deve ficar lá.” – null disse.
“E depois desses dias eu duvido muito que o null não vai querer ir com você.” – null disse piscando pra amiga.
“É. E, eu preciso muito dele agora.”
“Por quê?” – null perguntou surpresa.
“Eu resolvi contar pros meus pais. Não sei como eles vão reagir então eu preciso dele do meu lado.”
“Com certeza eles vão ficar contentes.” – null alegrou a amiga.
“Não sei não. Tenho minhas duvidas.”
“Vai ficar tudo bem.” – null disse.
“Oi... Precisam de ajuda?” – Flah tinha chegado na cozinha com Karol e Jubs atrás dela.
“Claro. Toda ajuda é bem vinda.” – null disse dando espaço pras meninas se ajeitarem na pia.
“Então. Gostaram daqui?” – null disse puxando conversa.
“Ah... O caminho do aeroporto pra cá até que é legal.” – Jubs respondeu rindo.
“E essa chuva... Nossa que chuva!” – Karol disse olhando pra fora, onde chovia mais ainda.
“O que tem a chuva?” – null perguntou confusa.
“É molhada. E eu não gosto dela.”
“Ah Karol... Já eu adoro a chuva.”
“Não sei o que você tem na cabeça. Chuva é horrível.” – null disse pra amiga.
Enquanto faziam o almoço null deu falta de uma pessoa. Procurou-a com o olhar, pela cozinha, pela sala. Ele não estava. É... null não estava. Ela pensou nele, sempre pensa nele. Queria vê-lo novamente, queria saber como ele estava. Queria conversar com ele.
“Ele vem depois.” – null disse pra null.
“Ele quem?” – null voltou dos seus pensamentos.
“O null.” – null deu de ombros.
“Eu nem queria saber dele.” – null tentou mudar de assunto.
“Nãããããããooo! Eu estava procurando por ele”.– null riu irônica.
“Quem é null?” – Flah perguntou curiosa...
“Um ser noj...” – null começou, mas null continuou pela amiga.
“Um ex-namorado da null.”
“Ele nem chegou a ser meu namorado!” – ela disse indignada.
“Mas...”
“Mas nada null.” – null saiu da cozinha brava. Como assim ‘namorada’ no null? Ela nunca sonhou em ser namorada dele. Nunca! Talvez... Só um pouquinho, bem de vez em quando. Mas aquilo era uma coisa que no momento ela não suportava pensar, imaginar ou até lembrar.
“Hey pessoas!” – null gritou assim que chegou na casa de null.
“Hey null!” – responderam.
“Nossa... Ensaiaram bastante hoje heim!” – null disse rindo.
“Pois é... Estamos contentes porque você veio xuxu!” – null disse indo abraçar null que saiu correndo dele e foi parar na cozinha.
“O que tem de almoço?” – null abriu espaço entre as meninas e colocou o dedo dentro de uma panela com molho.
“Que nojo null! Sai daqui!” – null expulsou ele da cozinha.
“Você voltou xuxu?” – null perguntou.
“Eu heim! Vou no banheiro!”
“Nossa, o que deu nesse povo?” – null perguntou em voz alta.
Ele subiu as escadas e ao procurar a porta do banheiro viu a porta do quarto de null aberta. Ele andou até lá, talvez ela não estivesse por perto e ele pudesse pelo menos sentir o cheiro dela de novo.
“null?” – null perguntou quando viu ele na batente da porta.
“null?”
“Ta procurando?...”
“O banheiro...”
“Porta errada. É a outra.”
null se virou pra ir em direção ao banheiro mas mudou de idéia.
“O que você está fazendo aqui?” – ele perguntou pra null.
“Eu... To... Eu estou vendo a chuva.”
“Ah... Esqueci que você gosta da chuva.”
“Mas essa chuva está mais forte que o normal.”
Pronto. Foi só ela falar que tudo na casa ficou sem energia. E sabem que quando chove de mais e fica nublado a casa fica escurinha, mas ainda dá pra ver direitinho.
“Bom... Pelo menos não é noite.” – null disse e foi em direção ao banheiro.
“Ham... O almoço ta pronto?” – null perguntou.
“Ta null, pode vir comer.” – null deu de ombros.
null, null e null correram da sala em direção à cozinha, estavam com fome mesmo!
“null, antes de você se sentar, você pode chamar a null?” – null pediu.
null se sentou, se acomodou em sua cadeira e...
“null!!!!!!!!!!!!!!!” – gritou.
“Se fosse assim até eu chamava ela!” – null deu de ombros.
“Agora chama o null.” – null pediu.
“null!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!” – null gritou.
Em pouco tempo estavam null e null no pé da escada com a mão no peito.
“Que foi?” – null perguntou assustada.
“O almoço ta pronto.” – null disse com um sorriso.
null notou o que ele não tinha notado quando havia chegado na casa de null, as três meninas, no momento, estranhas pra ele.
“Erm... Quem são vocês?” – ele perguntou pra elas meio sem jeito.
“Ah! Elas são minhas... Primas!” – null disse sorrindo.
“Flah, Jubs e Karol.” – null continuou.
“Prazer, null.” – ele disse mais sem graça ainda.
“Olha que lindo! null com vergonha!” – null soltou rindo.
Foi aí que a cozinha toda se encheu de risadas e deixaram o null mais vermelhinho possível!
23º Capitulo o capítulo anterior a Jubs scriptou pra mim. Brigada fofah! ^^
Almoçaram todos no escurinho mesmo. Fazendo piadinhas o tempo todo, mas não dava pra evitar. Como sempre, as meninas sabiam como fazer uma boa comida. Mesmo tendo pouco espaço e muita gente pra alimentar. Assim que terminaram de almoçar foram tentar ligar a televisão, mas, como já sabiam, não conseguiram nem chegar perto de conseguir ver aqueles sisquinhos que ficam na televisão quando ela fica fora do ar.
“Droga de chuva!” – null reclamou e se jogou no sofá.
“Hoje ela piorou de vez, olha lá fora! Quem sair morre!” – null disse apontando pra janela.
“E agora? Sem TV, sem luz! O que a gente faz?” – null perguntou desesperado.
“Quer mesmo que eu responda?” – null perguntou rindo.
“Epa! Epa! Vão pra um quarto! De preferência que não seja o meu!” – null riu.
“Vamos jogar cartas, sei lá. Ficar parada aqui não vai dar muito certo.” – Flah disse.
“Okay! Cartas!” – null disse e subiu as escadas correndo, logo depois voltou. – “null, onde você guarda seus baralhos?”
“Na gaveta de cima da minha escrivaninha.”
“Você vai deixar ele mexer assim no seu quarto?” – Karol perguntou desconfiada. “Vou, eu mexo assim no quarto dele.” – null deu de ombros.
Logo depois estavam todos jogando ‘Polícia e Ladrão’ com cartas, iluminados só com as velas que encontraram em cima da estante da sala. Eles estavam superconcentrados no jogo. Não se mexiam, não falavam nada. Só olhavam um para o outro.
“A-HÁ! Presa em nome da lei Jubs!” – null gritou de repente.
“Que chato! E eu fazendo de tudo pra que não descobrissem.”
“Eu sou de mais nesse jogo!” – null falava enquanto fazia dancinhas em volta da mesa.
“Ta bom null, todos nós entendemos. Agora... Jubs vai ter que pagar um mico.” – null disse fazendo com que null parasse de dançar em volta da mesa e pensasse em algum mico pra ela pagar.
“Seja bonzinho comigo null.” – Jubs disse fazendo carinha de criança que perdeu o pirulito.
“Tá bom... Eu quero que você imite um leão fazendo mágica e chupando sorvete de massa direto do pote.”
“Você deve estar brincando né?” – null perguntou com cara de quem não tava acreditando que ele ia fazer aquilo com a Jubs.
“Eu? Claro que eu to brincando! Vocês deviam ver a cara que fizeram!” – null disse rindo mais do que conseguia.
“HÁ-HÁ! Muito engraçadinho null!” – null disse jogando uma almofada no namorado.
“Mas, o que a Jubs ia fazer mesmo?” – Flah continuou.
“Ah! Eu te amo também Flah!” – Jubs disse irônica pra amiga.
“Deixando o momento ‘eu te amo e blábláblá’ de lado! Eu quero que você beije o null.” – null disse.
“E desde quando isso é pagar mico?” – null perguntou inconformado.
“Não sei... Mas eu acho!”
“Eu não vou beijar o null! Eu conheci ele hoje!” – Jubs protestou.
“Mas que coisa! Vocês estão atrasando o jogo!” – null disse brava.
“Tá tá! Então... Dá três voltinhas pulando num pé só dizendo que eu sou gostoso!” – null disse abrindo um sorriso no rosto.
Jubs fez careta, mas depois aceitou o mico.
“null é gostoso! null é gostoso!”
A sala explodia em risadas. Eles nunca iam imaginar a Jubs fazendo aquilo. Mas ela fez, e deixou a null com uma pontinha de ciúmes.
Depois da brincadeira de ‘Policia e Ladrão’ já ter ficado sem graça, eles resolveram brincar de Banco Imobiliário, mas como não tinha pecinha pra todos, os meninos somente brincaram enquanto ouviam as meninas conversando.
“Vocês vão gostar daqui com certeza. Se não fosse essa chuva a gente estaria... Estaria fazendo o que nesse momento?” – null
perguntou confusa.
“Estaríamos patinando null.” – null respondeu.
“Que legal! Eu adoro patinar, apesar de cair de vez em quando...” – Karol disse.
“Liga não... Nosso null também cai bastante.” – null se intrometeu na conversa.
“E posso saber por que eu caio bastante?” – null perguntou.
“Por causa da sua cabeça um pouquinho pequena.” – null ironizou.
“É mesmo null, sua cabeça ficou maior. O que aconteceu?” – null perguntou rindo.
“Ele deve ter caído da cama.” – null disse pensativa.
“Acho que ela não ficaria assim só caindo da cama...” – Flah riu.
“Eu acho que é a chuva!” – null disse.
“Mas a chuva ia fazer um estrago desses?” – null perguntou rindo.
E começaram uma conversa divertida tentando descobrir como a cabeça do null ficou tão grande de repente. Enquanto conversavam null escondia as risadas e quase perdia o fôlego por isso, não sabia como podia aturar os amigos conversando desse jeito sobre sua cabeça ainda!
“Canta pra mim?” – null pediu pra null. Estavam em mais um momento ‘nada pra fazer’ e null perguntou pro namorado, de repente.
“Canto...” – null puxou o fôlego pra cantar pra null, mas null interrompeu ele.
“Toca violão pra mim null?”
Todos olharam espantados pra null. Pensavam que eles nunca mais iam se falar, nunca mais iam pedir nada um pro outro e ela provou o contrário.
“Que foi?” – null perguntou confusa.
“Eu... Eu toco violão pra você null, cadê ele?” – null perguntou.
“No meu quarto.” – null respondeu e null subiu até o quarto dela pra pegar o violão.
“NÃO TO ENCONTRANDO!”
“Eu vou ajudar ele.” – Flah disse já subindo as escadas.
“Tem certeza que está aqui?” – null perguntou procurando em o violão em todo canto do quarto.
“O que você e a null tiveram?” – Flah perguntou direta. null se assustou com a pergunta.
“O que?” – null perguntou assustado.
“Disseram pra mim que você e a null namoraram... Foi mesmo?”
“É... Não foi bem isso não. Mas onde está o violão?”
“Pode me dizer o que aconteceu?”
“Por que você quer saber Flah?”
“Porque eu fiquei curiosa. Eu quero saber se você gosta dela ou não.”
“Você percebeu que você mudou de pergunta?”
“Percebi. Você pode me responder as perguntas null?”
“Tá eu respondo.”
null se sentou na cama. Era difícil conversar sobre esse assunto com alguém, ainda mais alguém que ele não conhecia e era prima da null. Era difícil pra ele ter que lembrar o que ele e null passaram juntos, todos os momentos.
“Antes de ela ir pra Brasil, a gente ficou. Foram as duas semanas mais felizes da minha vida.” – ele começou. – “Então ela viajou, eu conheci uma outra garota e namorei com ela. A null voltou e, a gente ficou junto escondido dessa minha namorada. Minha namorada descobriu, foi embora, eu e a null brigamos e hoje, por algum motivo desconhecido, ela falou comigo.” – null soltou tudo de uma vez, sem nem ao menos respirar.
“Nossa. E você gosta dela?”
“Eu... Eu não sei.” – ele disse confuso.
“Bom. Obrigada por ter contado tudo pra mim. O violão fica atrás da porta.” – Flah disse e saiu do quarto. Ela tinha em mente que podia fazer alguma coisa pela prima. E fazer com que ela e null ficassem juntos novamente era uma ótima opção.
“Encontrou?” – null perguntou assim que null chegou na sala.
“Encontrei, estava atrás da porta.”
“Então... Canta null.” – null pediu de novo.
This girl that moved up the road from me,
She had the nicest legs I've ever seen.
Back then, she wrote me letters just to say she loved
me,
But now her face is just a memory.
Now seven years have gone,
And I've grown up but she's moved
on,
and some how I'm still holding on to her!
I still got so many unsaid things that I wanna say,
And I just can't wait another day,
I wish she knew.
I still wait up wondering if she will remember me,
But there's no way for me to know.
“Vocês fizeram outra musica e nem contaram pra nós?” – null perguntou indignada.
“Era surpresa.” – null disse pra namorada. – “Gostaram?”
“Mas é claro! A música é linda!” – null disse animada.
“Que bom.” – null tinha um sorriso enorme no rosto.
“Então... A vez é de vocês agora.” – null disse.
“Ah não! Nem pensar!” – as meninas disseram e rumaram pra cozinha.
“Por que não?” – null perguntou indo atrás delas.
“Quem tem uma banda aqui são vocês.” – null respondeu.
“Banda? Qual o nome?” – Karol perguntou interessada.
“McFly.” – null respondeu contente.
“Já fizeram algum show em algum lugar?” – Jubs perguntou.
“Num pub, onde a null trabalhava. A gente se apresentou uma vez. Estamos precisando fazer mais apresentações.” – null disse.
“A gente prepara uma.” – null disse contente.
“Ah é. Com certeza null!” – null disse irônica.
“E por que não?”
“Vai dar muito trabalho.”
“E daí. Nós estamos em várias pessoas.” – null disse.
“Vamos tentar?” – null perguntou receosa.
“Tá bom vamos.” – null se convenceu.
“Sério?” – os meninos perguntaram juntos.
“Sério. Vocês merecem.” – null disse pra eles.
“Já disseram que a gente ama vocês?” – null perguntou indo abraçar as meninas e quando se deram conta estavam brincando de pega-pega dentro de casa.
“Ufa... Essa brincadeira cansa.” – null disse se deitando no sofá.
“E quando você estiver mais barriguda não vai nem correr direito.” – null disse sentando no chão, ao lado do sofá onde null tinha se deitado.
“É verdade...” – null passou a mão na barriga dela. Ainda não tinha aquela barriga de grávida, mas estava começando a crescer.
“Será que vai ser uma menina?” – null perguntou contente.
“Tomara que seja.” – null entrou na conversa.
“Você quer uma menina?” – Flah perguntou duvidosa.
“Quero, pra ser linda igual a mãe.”
“ÓÓÓÓÓ! Que lindo o casal de pombinhos.” – null disse com um sorrisão.
A amiga delas estava grávida e parecia que ainda não tinha caído a ficha direito. Em nove meses todos iam ser titios e titias, iam ter um bebê pra ajudar null a cuidar.
“CHOCOLATE!” – Jubs gritou de repente.
As meninas todas se levantaram e foram pra cozinha. Reviraram os armários procurando chocolate e não encontraram em lugar nenhum.
“Não tem chocolate na sua casa null?” – Karol perguntou tristinha.
“Ops! Acho que não.” – null disse com cara de culpada.
“BRIGADEIRO!” – Jubs gritou de novo e lá se foram as meninas pegar os ingredientes pra fazer o brigadeiro. Leite condensado, chocolate em pó
“Hum.... Gostoso...” – null disse comendo o brigadeiro da sua colher.
“Vocês são umas chocólatras, isso sim!” – null disse rindo.
“Olha quem fala.” – null disse indignada.
Depois de um tempo tentando fazer pelo menos a televisão pegar, conseguiram colocar o áudio pra pegar, mas antes que não saísse do ar de novo, eles escutaram metade da noticia.
“Aconselhamos vocês a não saírem de casa, uma chuva pior ainda esta por vir. Então tentem não sair de onde estiverem.”
“UUUUUUU parece coisa de filme de terror.” – null disse rindo.
“Não saiam de casa se não vocês morrem!” – null disse imitando uma voz de malvado.
Já que não podiam sair de casa, tinham que passar a noite na casa da null. Colocaram todos os colchões da casa na sala. Fizeram uma cama onde cabiam todos. Pularam em cima dos colchões, rolaram, fizeram montinho no null e pararam, deitaram todos nos colchões, ficaram cansados.
“null... Verdade ou desafio?” – null perguntou pro garoto que brincava com a mão da namorada.
“O que?” – ele perguntou assustado.
“Verdade ou desafio?” – null repetiu a pergunta.
“Verdade.”
“É verdade que você não queria que a null estivesse grávida?”
“O que?” – null perguntou assustada.
“Acho que a gravidez dela vai mudar completamente as nossas vidas. Mas a gente vai ficar mais unido ainda.” – null respondeu olhando nos olhos da namorada.
“Te amo.” – null sussurrou pro namorado.
“Te amo mais.”
“Então... Sua vez null.” – null interrompeu o momento do casal.
“Ah sim... Flah, verdade ou desafio?”
“Verdade.”
“É verdade que os melhores homens são brasileiros?”
Todos riram com a pergunta do null, achavam que ele ia continuar perguntando coisas sérias. Mas pelo visto, ele não quis que a brincadeira ficasse séria de mais.
“É, nada como um Rodrigo Santoro pra melhorar o dia. Mas aqui também tem muitos homens bonitos.” – Flah responde rindo.
“Quem é Rodrigo Santoro?” – null perguntou confuso.
“O homem mais gostoso do planeta!” – null respondeu.
“Eu também te amo.” – null respondeu tristinho.
“Você tinha que ir bater no Rodrigo, isso sim. Então se você matasse ele, você poderia ser o homem mais gostoso do planeta.” – Jubs disse.
“Eu acho, que ele não ia matar o Rodrigo.” – null disse rindo.
“Não gosto mais de vocês.” – null disse e ficou de costas pra todos.
“Ah tadinho! Não briguem com ele crianças.” – null disse tirando sarro.
“Sua vez Flah.” – null lembrou.
“null, verdade ou desafio?”
“Fala desafio. Verdade já falaram muito.” – null disse.
“Por que eu?” – null perguntou indignado.
“Porque a gente votou.”
“Tá bom, desafio.”
“Eu desafio você a... Beijar a null.”
“O QUE?!” – null e null perguntaram assustados.
“Isso mesmo o que vocês ouviram.”
“Mas... Mas...” – não saia palavras da boca da null.
“Não posso fazer isso com ela... Flah!” – null olhava pra ela pedindo pra ela mudar o desafio.
“Tá bom, vou fazer diferente então. Mas não mudo mais!” – Flah disse determinada.
“Tá bom, faz logo.” – null estava impaciente.
“Vou trancar você dentro do armário com mais alguém, mas você não vai saber quem é.”
“Tá bom, eu topo. Por quanto tempo?”
“Até a brincadeira terminar.”
“Tá, eu espero no armário.” – null disse e andou até o armário.
“Então, quem vai no armário?” – null perguntou curioso.
“A null ué.” – Flah de ombros.
“Por que eu?!” – null protestou.
“Porque eu estou falando que é você oras!”
“Vai null, é só uma brincadeira.” – null disse.
“Então tá, eu estou indo!” – null se levantou e andou até o armário que null disse que estaria.
Só que não era armário coisa nenhuma, era uma despensa super pequena, se não cabia nem o null lá dentro direito, imagina ele e... Você!
“Estou entrando...” – null avisou antes de abrir a porta da despensa.
“Você aqui?” – null perguntou.
“Pois é.” – null forçou um sorriso.
Fizeram silencio. Um longo e incomodo silencio. Não sabiam sobre o que falar, não sabiam como falar. Podiam ter milhões de palavras pra trocar entre eles, eles não sabiam como iam falar.
“Então... Está se divertindo?” – null perguntou receosa.
“É, estou. Com vocês não tem como não se divertir.” – ele deu um sorriso fraco.
“O que achou das meninas?”
“Suas primas?”
“Isso...”
“São legais. Parecem ser boas primas.”
“É... São...”
“Então... Eu perdi você de vista.” – null disse rindo. Ele começou a mexer as mãos procurando null. Derrubava tudo, mas não a encontrava.
“null, eu to sentada.” – ela disse e puxou ele pro chão, onde ela estava.
“Ah, caiu alguma coisa em cima de você?”
“Felizmente não.” – ela disse rindo.
null estava sentada no chão com as pernas cruzadas e tudo indicava que null estava à sua frente.
“Olha... Não sei o que a gente vai ficar fazendo aqui esse tempo todo.” – ele disse.
“Nem eu. Tem alguma idéia?”
“Na verdade, várias.” – ele disse rindo.
“Pervertido!” – ela disse e deu um tapa nele. Ela acabou acertando o rosto dele. – “Desculpa null.” – ela dizia enquanto tentava tocar o rosto dele novamente.
“null pára. Meu rosto tá aqui.” – ele pegou a mão dela e colocou sobre seu rosto.
“Desculpa.” – ela dizia acariciando as bochechas dele.
“Tá tudo bem.”
“Me desculpa por tudo.”
“Desculpo.”
“Por ter brigado com você. Por ter falado que não tinha significado nada. Desculpa.”
“Tá tudo bem null.”
“Desculpa. Desculpa.” – ela estava com os olhos marejados e pela voz null sabia que ela podia começar a chorar.
“null, tá tudo bem.” – ele disse pegando na mão dela.
“Você significou muito pra mim, mas muito mesmo.”
“Shhh...” – ele disse tentando encontrar o rosto dela com as mãos.
“Aqui.” – ela disse pegando a mão dele e colocando no seu rosto como ele tinha feito com ela.
“Não precisa se desculpar, eu sei que você disse tudo da boca pra fora.” – ele disse rindo.
“Não tem graça null. Eu me senti culpada.”
“Não precisava. Posso te abraçar?”
“Pode... Ham... Fica de joelho.”
Um tempo depois, muitas batidas de cabeça e mais coisa caídas no chão, eles conseguiram ficar de joelhos. null passou as mãos em volta da cintura dela e ela as mãos em volta do pescoço dele. Ele puxou ela de vagar pra perto dele tomando cuidado pra que não batessem as cabeças. null apoiou o rosto no ombro dele e null acariciou os cabelos dela.
“Posso te falar uma coisa?” – null perguntou.
“Se não for estragar o momento pode.”
null pensou um pouco e mudou de idéia. Não ia falar, ia fazer.
“Desistiu de perguntar?”
null se afastou um pouco de null e procurou seu rosto com as mãos, dessa vez foi mais fácil de encontrar. Ele colocou as mãos em volta do rosto dela e puxou seu rosto pra perto dele.
“null, esse é meu nariz.” – ela riu.
“Ops...”
null encontrou os lábios dela e fez o que ele mais queria fazer. A beijou. Foi um beijo sem culpa, sem medo. Conforme o beijo se prolongava null puxava null mais pra perto de si. Ele encostou as costas na porta, o único lugar onde não tinha prateleiras. Ele virou null fazendo com que ela ficasse com as costas na porta e cada vez mais ele prensava ela contra a porta. Ele empurrava null com tanta força contra a porta que a porta acabou abrindo e ela caiu no chão.
“Ai minha cabeça.” – null disse massageando a cabeça. Do lado de fora da despensa já dava pra ver melhor que lá dentro.
“Nossa null, desculpa.”
“Vai ficar um galo.” – ela disse chorosa.
“Vem, vou colocar gelo.” – null levantou e estendeu a mão pra ajudar null a levantar.
null se sentou no balcão da pia enquanto null foi pegar gelo no freezer. A cozinha estava mais iluminada porque colocaram velas por lá também. null enrolou o gelo numa toalha de pano, tudo sob o olhar de null. Ele andou até ela e se encaixou entre as pernas dela.
“Onde foi?” – ele perguntou.
“Aqui atrás.”
null encostou a toalha gelada na cabeça de null e ela fechou os olhos.
“Tá doendo?” – null perguntou preocupado.
“Não, tá gelado!”
Eles ficaram um tempo somente se olhando. Á muito tempo eles não faziam uma coisa assim, sem se sentirem culpados, nem vigiados, nem preocupados. Agora, naquele momento, eram só null e null, null e null.
“MEO DEUS!” –
“Credo mulher! Quer me matar de susto?” – virou pra null, assustado.
“Você a null tão com a boca vermelha!” – null não conseguia esconder a felicidade.
null e null se olharam e depois ficaram vermelhos de vergonha ao perceber que a amiga estava certa.
“Que gritaria é essa?” – null apareceu na cozinha com os cabelos bagunçados.
“Vocês estavam dormindo?” – null perguntou ¬¬’
“E vocês estavam se amassando!” – null gritou de novo abraçando null que ainda não tinha entendido porque tanta felicidade vinda da null.
“Grita mais baixo null!” – null apareceu na cozinha.
“A null e o null estavam na dispensa.” – ela sussurrou.
“E daí? Isso todo mundo já sabia.”
“E daí, que eles ESTAVAM na dispensa.” – null repetiu a frase fazendo gestos exagerados com as mãos.
“ESTAVAM na dispensa?” – null perguntou surpresa.
“ESTAVAM!” – null respondeu.
“Ooooo... ESTAVAM na dispensa.” – null repetiu.
“Que gritaria é essa aqui?” – Flah, Jubs e Karol apareceram na cozinha.
“Jesuis! Tomara que não venha mais ninguém.” – null afundou o rosto no ombro de null que ainda estava entre as suas pernas, mas dessa vez virado pra frente.
“Reunião na cozinha?” – null, null e null chegaram logo após.
“Falei cedo de mais...”
“null! Adivinha!” – null gritou.
“Adivinhar o que?”
“O que a gente ta fazendo aqui...” – null deu de ombros.
“Ah... Brigadeiro?”
“Chocólatra!”
“A null e o null ESTAVAM na dispensa!” – null repetiu os mesmo gestos.
Foi só a null falar que todos começaram falar sobre o ‘ESTAVAM na dispensa’ de null e null.
24º capítulo
Parecia cena de filme, daqueles onde um detetive colocava o culpado numa salinha escura iluminado apenas por uma lâmpada. Pois é. Fizeram null e null sentarem e começaram a conversar sobre aquele ESTAVAM na dispensa dos dois. Faziam brincadeiras, falavam os prós e contras daquilo, enquanto null e null só riam da situação. Nunca esperavam que os amigos reagissem assim. Pra null e null o que tinha se passado era não era mais um daqueles beijos que eles davam escondido, aquilo que aconteceu na dispensa, podia ser o começo de algo totalmente novo.
“Então... Agora que vocês tiveram tudo o que queriam saber, a gente pode dormir?” – null perguntou querendo sair o mais rápido possível daquela situação.
null, que foi a responsável por todo o muco-vuco da cozinha pensou um pouco e disse que podiam ir dormir. Não demorou muito pra estarem todos aglomerados em cima de colchões na sala, ainda se perguntavam como conseguiam dormir daquele jeito.
“null?” – null cochichou.
“null?” – ela respondeu.
“Ta acordada?”
“Não. E você?”
“Não...”
Já era quase de manhã. O sol estava quase nascendo e os dois não conseguiam dormir. A noite passada tinha realmente mexido com eles, de todas as formas.
“A gente pode, ir pro seu quarto?” – null perguntou no mesmo tom de voz que antes.
“Ham... Pode.”
null se levantou e ficou esperando que null fizesse o mesmo.
“Você pode levantar o null de cima de mim?” – ela perguntou.
null ajudou null a tirar null de cima dela e logo depois subiram até o quarto dela. Deitaram na cama, um do lado do outro. Não precisava de luz, parecia que a chuva tinha passado e os raios do sol que ainda nascia tentava iluminar cada parte da casa.
“Então, o que vamos fazer aqui?” – null perguntou curiosa.
“Passar o tempo.” – ele respondeu virando o rosto pra ela que olhava pro teto.
“O que vai acontecer com a gente?”
“O que?”
“O que vai acontecer agora? Com a gente? Vamos continuar amigos e fingir que o acabou de acontecer foi mais um nada na nossa vida? Vamos... Vamos fazer o que?” – ela se virou pra ele tentando obter alguma resposta. Agora os rostos estavam próximos de mais. “O que você quer fazer?”
“Eu quero... Quero ter você de volta. Quero voltar naquele momento, dois anos atrás, antes de você ir pro Brasil, viver aquele momento novamente. Lembrar como era ter você do meu lado dizendo que tudo ia ser pra sempre.”
“Nada é pra sempre null...”
“Mas eu quero que seja.” – o olhar dele era verdadeiro. null sentia como cada palavra que ele dizia penetrava nela e fazia com que o corpo dela todo estremecesse. “Eu quero namorar você.”
Namorar. null nunca pôde namorar alguém. Não do jeito que ela pensava que seria. No momento em que null disse que queria namorar ela, vária coisas passaram pela sua cabeça. Perguntas. Prós e contras. Momentos. Será que seria bom ela viver aquelas duas semanas, sendo que seriam vários meses? Por que ela estava se perguntando aquilo? Não é o que ela queria?
null viu null ficar corado e virar o rosto. Ele olhava pro teto com cara de quem devia ter dito nada. null abriu um sorriso. Fazia tempos que não via null daquele jeito. Ela se inclinou um pouco pra perto dele até ficar com a boca a poucos centímetros da boca dele.
“Vamos fazer isso direito agora.” – ela disse e null abriu aquele sorriso que só ele sabe dar.
null passou a mão pela nuca dela levando o rosto dela pra mais perto do seu. Beijaram-se sem vergonha, sem culpa, sem preocupações, porque agora, eram namorados.
null acordou cedo. O sol estava de matar, estava um calor horrível. Como o tempo pode mudar tão rápido assim? Ela foi logo botando um short, o primeiro que encontrou. Antes de descer pro café, deu um beijo em null, que ainda dormia. Ficou olhando ele por mais alguns minutos, até que ele soltou um ronco e ela resolveu sair dali antes que começasse a rir.
Pra sua sorte, ou não, já estavam fazendo o café da manhã. Todos já estavam acordados e trabalhavam bastante pra que tivessem um café da manhã maravilhoso.
“Pensei que eu seria a primeira a acordar.” – null falou assim que entrou na cozinha.
“Esqueceu como os meninos roncam?” – null perguntou com cara de sono.
“Não... Acabei de ouvir um ronco lá em cima.” – pronto. Foi só null falar aquilo que todas as meninas olharam pra ela com cara de quem quer saber mais.
“Então?...” – null perguntou e um sorriso foi nascendo no rosto dela.
“Então?” – null perguntou assustada. As amigas estavam dando medo nela.
“Você e o null?” – Flah perguntou dando mais pistas do que queriam saber.
“Eu não vou dizer nada sem ele do meu lado. Então virem-se e façam logo esse café da manhã que eu to com fome.”
“Abusada!” – Karol disse e se virou pra terminar de fazer o que estava fazendo.
“Pronto... Ele tá do seu lado.” – null solta no meio do café da manhã fazendo null se engasgar com o leite que tomava.
“Que tem eu?” – null perguntou depois de perceber quem estava do lado de null.
“Segredo.” – null disse.
“Elas querem saber o que aconteceu com a gente.” – null explicou pra null depois de ver a cara de quem não tava entendendo dele.
“Namorados.” – null abriu aquele sorriso [n.a.: LINDO *-*] e passou um braço por cima dos ombros de null.
“Namorados?” – Flah perguntou pra confirmar.
“É...” – null deu de ombros.
“Não sei por que demoraram tanto!” – null disse.
“Okay okay! Mas agora não tem volta!” – null disse olhando nos olhos de null.
“Que amor!” – Jubs disse.
Terminaram de comer o café, limparam a cozinha e ficaram na sala assistindo a algum filme. Ter um filmemaniaco entre os amigos dava nisso. O bom é que os filmes eram ótimos, se não, coitado do null.
“Então... Está na hora de ir embora. Mamãe ta com saudade.” – null disse se levantando do sofá.
“Falando em mamãe. Como está a nossa mamãe?” – null se virou pra null que estava deitada junto com null no sofá, num aperto gostoso danado!
“A mamãe aqui vai estar morta amanhã porque vai dar a noticia ao mundo. E, na segunda, tenho médico.” – null disse.
“Você consegue null. E não vai morrer porque eu quero meu sobrinho primeiro!” – null disse fazendo todos rirem.
“Okay então, vou indo. Carona?” – null ofereceu.
E, como de costume, todos resolveram ir junto com null, não deixavam nenhuma caroninha passar. Tinham marcado de ir tomar sorvete mais tarde, á noite. O clima tinha ficado bom e um sorvete ia ser muito gostoso naquele tempo.
“Tá pronta?” – null ia dar carona pra null até a sorveteria.
“Pra quê?” – estavam no telefone.
“Pra tomar sorvete! Esqueceu?” - ¬¬
“Ah... É mesmo... Vou tomar banho.”
“Te dou vinte minutos!”
“Tá bom mãe. Beijo.” – e desligou.
“Não sei você, mas eu adoro essa musica!” – null disse aumentando o volume do rádio no carro da null. null tinha gostos muito estranhos. Misturava doce com salgado, chiclete com bala, melão com uva, sertanejo com rock. No rádio, por exemplo, estava tocando a música do AFI, Miss Murder. null cantava alto junto á musica, até quando era só instrumentos tocando.
“Você endoidou mulher!” – null ria da amiga.
De dentro da sorveteria dava pra escutar o som da música vindo do carro de null quando ela parou em frente. null e null saíram do carro ainda cantando Miss Murder, o que fez todos da sorveteria olharem pra elas.
“Digam que elas não estão vindo pra esse lado!” – null escondia o rosto de vergonha das amigas.
“Chegamos!” – elas disseram juntas quando pararam na frente da mesa.
“A gente ouviu.” – null disse rindo.
“A gente e a sorveteria toda.” – null completou.
“Ah vai... A gente não cantou tão mal assim...” – null disse sentando-se ao lado do namorado.
“Não... Mas eu ainda prefiro vocês quietinhas.” – null disse e null e null deram língua.
“Então... Já pediram?” – null estava doida pra tomar sorvete.
“Não, estávamos esperando vocês.” – null disse sorrindo.
“Okay okay, estive pensando...” – null começou.
“Pensando?” – null, null e null perguntaram ao mesmo tempo.
“Sobre a propaganda que íamos fazer do McFly, então, eu fiz uns panfletos. Olhem.” – null ignorou o que foi dito pelas amigas antes e tirou da bolsa um envelope cheio de panfletos, onde tinha uma foto dos meninos, junto com data e hora marcada pra um show...
“NUMA CHÁCARA?” – perguntaram juntos.
“É, andei conversando com meu pai, que achou legal a idéia. Tem um barracão onde costumamos fazer as festas, tem um lugar que dá certinho pra um palco, cabe bastante gente. É um ótimo lugar. Isso se vocês quiserem.” – null explicou.
“null, já disse que te amo?” – null disse dando beijinhos na namorada.
“Na verdade, todo dia você diz isso.” – ela disse pra si mesma.
“Então agora, é só correr atrás de iluminação e caixa de som e...” – null começou a falar, mas foi atrapalhado quando null quase jogou a null no colo dele. – “Dá licença? Estamos tentando fazer uma coisa civilizada!”
“Desculpa.” – null se sentou direito.
“A gente vai atrás.” – null disse.
“Do que?” – null perguntou.
“Das caixas de som.” – null disse rindo.
“Então tá combinado. Amanhã mesmo a gente sai pra ver tudo isso.” – null disse e logo depois levantou correndo até o balcão.
“Ela ficou doida?” – null perguntou pras meninas. Logo depois foi a vez da null sair correndo até o balcão.
“Acho que não...” – null começou a dizer e foi à vez da null sair correndo até o balcão.
“Elas beberam alguma coisa antes de vir pra cá?” – null perguntou confuso.
“Você não vai não?” – null perguntou pra null que continuava sentadinha no mesmo lugar.
“Fazer o que?” – ela perguntou confusa.
“VÃO FICAR ESPERANDO O SORVETE CAIR DO CÉU?!” – null gritou e null saiu correndo até o balcão junto com as amigas.
“Além de chocólatras, também são... Taradas por sorvete!” – null disse rindo.
Após uma longa espera pelo sorvete, segundo null e null, finalmente o sorvete chegou. As primeiras colheradas foram silenciosas, ninguém dizia uma palavra, hora de comer pra eles tinha que ter muita concentração. Não durou muito porque null acabou pegando metade do sorvete da null com a sua colher.
“Hey! Isso não é justo!” – null reclamava.
“É muito mais que justo.” – null falava de boca cheia.
“Só por que você terminou o seu?”
“Eu não terminei. O meu tá ruim.”
“O seu é igual o meu.” ¬¬
“Ah... Mas o seu tá mais gostoso. Troca comigo?”
“Troco.”
null pegou uma colherada do sorvete de null e fez uma careta.
“Eu disse que tava ruim.” – null disse vitorioso.
“Ah, nem vem, eu quero meu sorvete de volta!”
“Eu divido com você. Só pra não dizer que eu sou malvado.”
“Eu aceito.”
null colocou o potinho de sorvete dele, que antes era da null, no meio dos dois. Enquanto eles ‘comiam’ o sorvete eram observados pelos olhos de null. Aquilo tava dando até medo.
“Que foi?” – null perguntou pra ela.
“É que é tão lindo vocês tomando sorvete juntos.” – null disse com um sorriso no rosto.
“É coisa de grávida, liga não.” – null disse voltando a tomar seu sorvete.
“E cadê a Flah, a Jubs e a Karol?” – null perguntou.
“A Phoebe chegou em casa ontem com meu pai. Então ela pediu pras meninas passarem o resto do dia com ela, antes delas irem viajar.” – null explicou.
“Elas vão quando?” – null perguntou.
“Vão amanhã.”
“Mas já?” – null perguntou fazendo biquinho. As meninas tinham ficado pouco tempo, mas tornaram-se amigas rapidinho.
“É... Fazer o que né?”
Quilos de sorvetes depois, eles decidiram ir pra casa. A mulher da sorveteria estava doida pra fechar e eles não paravam de comprar sorvete. Isso sim que eram tarados por sorvetes.
“null, quer que eu te leve pra casa?” – null perguntou pra namorada.
“Quero.” – ela deu um sorriso. Ainda não estava acostumada com a idéia de ser namorada de null, mas estava gostando. null era... Ele era... Tudo que ela sempre sonhou.
“Então, quando você vai tocar pra mim de novo?” – null perguntou no caminho de sua casa.
“Amanhã, no nosso encontro.”
“Encontro? Amanhã?” – ela perguntou surpresa.
“É por quê? Tem compromisso?” – null perguntou assustado.
“Deixa-me ver na minha agenda.” – null fingiu pensar um pouco e demorou um pouco pra responder, deixando null tenso. – “Na verdade, eu tenho um compromisso amanhã.”
“Ham... Posso saber com quem?”
“Ah, sabe né. Um cara aí quer sair comigo, pra tocar uma musica pra mim.”
“Ele é bom?” – null entendeu que ela estava dele.
“É, bom até de mais.”
“Ele vai te buscar que horas? Às oito?”
“É, e disse sem atrasos.”
“Então não vai dar mesmo pra gente sair amanhã. Que pena.” – null disse estacionando o carro na frente da casa da null.
“Que pena.”
“Te pego as oito.”
“Sem atrasos.” – ela se despediu de null com um beijo que o deixou sem fôlego. Antes de entrar em casa, ela mandou um beijo no ar pra ele o que fez ele ir pra casa com um sorriso de uma orelha a outra.
“Tava na hora.” – null conversava com null pelo telefone. Já eram mais de três da madrugada e elas estavam no telefone.
“Não exagera null.”
“É sério null. Vocês foram feitos um pro outro. Só que tava demorando pra vocês perceberem isso.”
“Tá, tá. O fato é que, eu tenho um encontro com ele amanhã.”
“Usa camisinha.”
“HÁ-HÁ! Engraçadinha. Nada desse tipo pode acontecer hoje.” – null disse.
“Por que não?”
“Ainda não estamos no mesmo nível que você e o null.”
“Você que está muito engraçadinha hoje.”
“Então... Como anda você e o null?”
“Bem. Sabe né.”
“Não sei, não.”
“Ah, o null nunca me convidou pra um encontro. Mas ele faz coisas lindas pra mim. Escreve musicas. Liga pra mim só pra ouvir minha respiração, como ele mesmo diz. Mas, sempre falta alguma coisa.”
“Dá o primeiro passo.”
“Não, isso são os homens que tem que fazer.”
“Então, não vai dar nem uma indireta.”
“Não sei... Não sei...”.
As amigas ficaram um tempo em silencio. Naqueles momentos o que se tinha a fazer era dar um tempo pra outra pensar no que estava fazendo.
“Vou desligar. Bateu o sono agora.” – null disse.
“Agora? Eu tava quase dormindo já.”
“Boa noite senhora null.”
“Boa noite senhora null.”
“Beijo.”
null dormiu feliz. A noite passada tinha sido ótima. Sorvete com os amigos e um encontro marcado com null. null, por sua vez, demorou pra pegar no sono. Percebeu o que estava faltando no seu relacionamento com null. Estava faltando paixão, emoções. Nunca tiveram isso.
“ACOOOOOORDAAAAAAAA!!!!” – as amigas gritaram pulando em cima de null. Marcaram de se encontrar na casa dela antes de sair procurando lugares onde se alugavam luzes e equipamento de som. O necessário pra um show bem feito.
“Suas gordaaaaaas! O que estão fazendo aqui?” – null perguntou colocando um travesseiro na cabeça.
“A gente vai alugar os negócios pro show. Esqueceu?” – null explicou pra amiga.
Depois de alguns minutos tentando tirar null da cama e fazendo ela se trocar rápido as meninas já estavam nas ruas procurando lugares pra se alugar as coisas que precisavam.
Foi um dia divertido, cheio de brincadeiras, voltaram a ser aquelas amigas de colégio que eram antes.
25º capítulo
Os meninos marcaram de se encontrar as meninas no lugar que iam fazer o show logo mais no final da tarde. As meninas já tinham levado tudo o que alugaram pro barracão e estava tudo no seu devido lugar quando os meninos chegaram. As meninas estavam conversando sobre que decoração colocar no palco quando os meninos chegaram.
“Esse lugar está lindo.” – null disse abraçando null.
“Ainda bem que gostaram.” – null disse recebendo um beijo de null
“Mas ainda não está pronto.” – null disse sentando no colo de null.
“Não? O que está faltando?” – null perguntou sentando ao lado de null.
“Está faltando a decoração. O que vocês acham que ia ser legal?”
“Ahm... Não tinha pensado nisso antes.” – null falou pensativo.
“É melhor deixar as meninas escolherem.” – null disse.
“Concordo!” – null disse logo em seguida.
“Folgados.” – null bufou.
“Isso é porque confiamos em vocês lindas.” – null disse dando um beijo no pescoço de null.
“Tá, tá. A gente pensa... Mas podem ir ensaiando já.” – null disse.
Dois dias depois aquele barracão lotou de gente. Amigos, conhecidos, familiares. Todas as pessoas que ouviram falar na banda. Um primeiro show dos meninos e já tinham todo aquele apoio. Foi ótimos pros quatro.
As meninas, como null sempre falava, tinha deixado o barracão com outra cara. Uma coisa mais praia, mais havaiana. A decoração estava ótima. Os meninos nem viam a hora de subir naquele mini-palco e tocar as musicas que eles mesmos tinham escrevido. Ia ser um grande passo pro McFly.
As meninas se posicionaram na frente do palco. Queriam guardar toda imagem possível pra depois se lembrarem de tudo com carinho. Os meninos subiram no palco com um sorriso enorme. Tocar pra um público grande ou não era sempre ótimo. O importante era a musica. null apresentou o nome da banda e falou sobre a primeira musica que ia tocar. All About You.
Horas depois, músicas depois, brincadeiras e declarações depois, o show estava terminado. Foram aplaudidos até todos saírem do palco. Com certeza o show ficaria na memória de todos. Numa cidade pequena, o que acontece de grande como aquilo, era difícil de ser esquecido.
Bom, depois de terem o barracão só pra eles, tomaram um pouco de álcool, não tanto porque sabiam que ainda tinham que dirigir pra casa.
“Quer carona pra casa?” – null perguntou á null enquanto iam todos se preparando pra ir embora.
“Hum... Tem certeza que está podendo dirigir?”
“Totalmente.” – ele disse rindo.
null entrou no carro de seu namorado e ele entrou logo em seguida, dando um beijo na namorada antes de dar partida no carro. Foram falando sobre o show durante o caminho todo.
“Bom... Está entregue.” – null disse assim que pararam na frente da casa de null.
“Obrigada pela carona.” – ela agradeceu e se inclinou pra darem o beijo de boa noite.
null a observou enquanto ela ia até a porta de sua casa. Rodou a chave na fechadura e entrou. null estava cansada de mais e os acontecimentos de dias atrás ainda mexiam com ela. Estava pronta pra subir as escadas até seu quarto quando alguém bateu em sua porta.
“Mas quem será a essa hora?” – ela perguntou a si mesma enquanto ia abrir a porta sem muita vontade.
“Oi.” – null apareceu sorridente.
“Oi null.”
“Não está feliz em me ver?”
“Na verdade estaria mais feliz se estivesse na minha cama agora.” – ela fez cara de quem não havia gostado.
“Então tá, me troque pela sua cama.” – null já estava saindo quando null gritou seu nome.
“Mudei de idéia.” – ela disse com um sorriso.
“Bom pra você.” – ele disse sorrindo mais ainda.
“Então... O quer comigo?”
“Quero namorar contigo.”
“Mas pensei que já estávamos namorando.” – null não tinha entendido a pergunta.
“Estamos. Mas queria que você soubesse que isso é importante pra mim então...” – null procurou alguma coisa no seu bolso. “Eu comprei isso.” – ele tinha em mãos um anel prateado. Não era grande coisa, afinal estavam só namorando, não casando, mas mesmo assim null abriu um sorriso maior do que sabia que conseguia.
“Um anel?”
“Assim todo mundo fica sabendo que eu sou só seu...”
“E que eu sou só sua.”
null ficou tão feliz a ouvindo dizer aquilo que a puxou pra um abraço apertado. Era sorte de mais encontrar uma garota como ela. Bonita, inteligente, que mexia com ele em todos os sentidos e sabia exatamente o que ele queria dizer.
“Isso é só o começo.” – null disse antes de dar um beijo em sua namorada que agora era namorada ‘de verdade’.
“Te amo.” – ela sussurrou.
“Te amo mais.”
THE END!
Agradecimento::
São vária pessoas que me ajudaram, que me cobraram, que brigaram comigo. Mas adorei fazer essa fic, é uma coisa que eu já estava querendo fazer faz tempo. Agora que essa terminou, outra está por vir. Agradeço á minha mãe, porque assim que eu mostrei a minha fic no site ela ficou tão contente que disse que ia imprimir pra fazer um livro. As meninas que me ajudaram com o script, a Marry, a Jubs, a Karol. A Karol que ganhou uma parte dela na historia e a Jubs e Flah entraram de gaiato uahsauhsauhsauhs xD.
A Helen, a Isa e a Yuka que gostam de McFly tanto quanto eu. Ham... E claro né! Ao McFly. Danny, Dougie, Tom e Harry. Então acho que é só...
Obrigada a todos que leram também.
CREDITOS FINAIS
ESCRITORA
Natalia Yumi Tamura
DIRETOR GERAL
Natalia Yumi Tamura
DIRETORA
Natália Tamura
APOIO
Marry
Karol
Jubs
Flah
Isa
Helen
Yuka
Renato
Renan
Fernando
Hugo
PATROCÍNIO
Moranguinho
Foroni
Bic
8ª série do MMC
Mamãe
DIRETOR DE ANIMAÇÃO
Helen Yukari Setogutti
McFly
JUNTADORA DO ELENCO
Natália Tamura
Universal Studios ™
COPYRIGHT 2006 ®
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