By: Nati
Script: Marry
1° Capítulo da minha fic nova que no momento se chama ULTRAVIOLET, sim é em homenagem á musica dos meninos que o Tom disse que adora. Achei legal fazer uma já que a HIPNOTIZED não vai dar muito certo. E esse nome é provisório também, descobri que a fic não tem nada a ver com a letra de ULTRAVIOLET... Mas podem ler que esta... Grande xP
acordou com o som do despertador na mesinha de cabeceira do lado de sua cama. Mais um dia de aula, contava os dias pra que esse ano terminasse, a vida dela não estava sendo nem um pouco boa com ele aquele ano. Ela não conseguiu deixar de ignorar o despertador, convenhamos que é dificil, ainda mais quando jogamos ele no chão e parece que ele fica mais alto. Ela resmungou um pouco, pegou o despertador do chão, desligou e o deixou de novo em cima da mesinha. Cambaleou até o seu guarda-roupa, era dificil acordar de manhã todos os dias, quem estuda nesse horário sabe. Pegou sua roupa que já estava no lugar certo desde a noite seguinte e andou até o banheiro. Acendeu a luz fazendo com que os olhos se irritassem, ela reclamou. Fez o que tinha que fazer e desceu as escadas pro café da manhã. Estava uma bagunça la.
“Filha, eu vou ter que ficar até tarde no trabalho hoje, não vou poder voltar pro almoço e acho que nem pra janta.” – a mãe avisou ela, deu um beijo na filha e saiu pela porta.
Era sempre dificil, ela sabia porque a mãe fazia isso, pra fugir do pai dela. O casamento deles estava meio abalado desde que eles se mudaram pra Inglaterra, Bolton pra ser exato. Sua mãe ia pro trabalho e ficava até tarde quando sabia que o marido já estaria na cama. Os pais pensavam que não sabia, mas estava sempre atenta a conversa dos dois, muitas vezes era uma gritaria.
abriu a porta da geladeira pra pegar o leite, pegou o cereal e um pote e misturou o leite junto ao cereal no pote. Pegou uma colher na gaveta e olhou pro relógio, ainda não sabia como acordava tão cedo sabendo que as aulas começavam em outro horário. Ouviu o pai descendo a escada.
“Não vou poder vir pro jantar querida, tem dinheiro pra você ir comer em outro lugar se quiser debaixo do vaso. Hoje eu tenho uma reunião importante, tomara que eu seja promovido!” – o pai falou com entusiasmo.
“A mamãe também não vem pro jantar, disse que vai ficar até tarde lá.”
“Bom já vou indo.” – deu beijo na filha e saiu pela porta ignorando o que ela havia dito.
Ela não ligava pra isso, às vezes ela mesma fazia isso quando os pais falavam com ela. Terminou de comer o cereal, pegou a mochila e foi andando pra escola. Não gostava de muito barulho de manhã, por isso ia sozinha pelas ruas (também, quem mais estaria acordado as 6 e meia da manhã andando nas ruas em direção a uma escola? Nem os alunos haviam acordado.)
parou num parque que tinha perto da escola, sentou num dos bancos e esperou dar a hora certa pra entrar na escola. Como sempre, pegou seu caderno e começou a escrever alguma coisa, ela fazia isso sempre que podia, era uma coisa que ela gostava, escrever coisas num papel, mesmo que ela fosse jogar fora, mesmo que o que ela escrevesse não tinha tanta importância. Perdeu a noção do tempo escrevendo.
“Não vai entrar?”
“Que susto !” – gritou.
“Escrevendo de novo? Você não cansa?”
“Às vezes. Que horas são?”
“Faltam quinze minutos pra bater o sinal.”
“Você chegando nesse horário na escola? Surpreendente!” – ela disse irônica.
“Sempre tem a primeira vez pra tudo minha linda.”
“Então vamos entrar, tenho que pegar uma tarefa com a .”
conheceu quando acabava de se mudar pra sua casa. Ele estava andando ali perto e viu ela carregando uma caixa, se ofereceu pra ajudar com a mudança. Desde então eles se falam sempre, é seu refugio quando precisa do colo de alguém.
“! Preciso do seu dever de história.”
“Pega la na minha bolsa!”
“Anda logo com isso porque eu preciso também!” – avisou.
Mais um dia de aula, é... ainda bem que faltava pouco pro ano terminar. Não sabia como tinha agüentado até agora. Ah! É mesmo, os amigos. Lindérrimos do jeito que eles são, super companheiros, não tem como se perder no meio de tantos problemas. Ficava feliz sempre que lembrava deles.
“E então, vai fazer o que hoje?” – perguntava pra enquanto as duas voltavam pra casa.
“Acho que vou passar naquela loja da semana passada pra comprar meu violão.”
“Legal! Eu passo na sua casa e a gente vai junto ta? Vou ficar namorando uns violões por lá também.”
“Sei... Violões...”
“Claro! Você sabe que eu só tenho olhos pra isso!”
“Então ta.” – disse rindo. – “Passa em casa lá pelas duas.”
“Passo!”
“Até mais então!”
Se despediram e cada uma foi pra sua casa. Não moravam muito longe uma da outra. foi a primeira amiga que a fez no momento em que entrou na escola. Conforme dizia, não se enturmara com ninguém da escola porque ainda não havia encontrado sua alma gêmea, é... era sua alma gêmea, não do jeito que você está pensando. Elas se completam, mas, na amizade. Gostam das mesmas coisas, e uma sempre ajudou a outra, é pra isso que amigos servem. Desde que se tornou amiga da , elas não saiam um diazinho separadas uma das outras. Então conheceram a e a , foi o que faltava pro quarteto formar... Um quarteto. Estavam precisando mesmo de uma amiga mais inteligente, e outra, mais criativa.
chegou em casa, jogou suas coisas no sofá e ligou a TV. O que ela ficaria fazendo até as duas da tarde? Começou a assistir um filme a adormeceu no sofá.
“ANDA LOGO !” – ouviu gritando na porta da casa.
“Não...” – ela murmurou com o rosto enterrado no travesseiro.
“Você almoçou?”
“Não...”
“Então anda logo! Eu te alimento!”
“Não...”
“Como não?!”
“Eu to com sono!”
andou até o sofá que estava deitada. Viu a amiga deitada de bruços... Não pensou duas vezes quando pulou em cima dela.
“Ai sua vaca!” – reclamou assim que saiu de cima dela.
“Vai logo trocar de roupa porque seu violão não vai ficar esperando por você!”
“Tá bom mãe!” – brincou e deu língua pra ela.
“Eu queria ver aquele violão ali.” – pedia pro balconista. – “Lindo...” – ela disse assim que recebeu o violão.
viu sentando num banco e tocando algumas notas.
“Já vi que vou ter que esperar.” – pegou outro violão e ficou tocando com a .
“De novo ?!” – reclamava.
“Já é a décima vez que a gente vem nessa loja... Compra logo o que você tem que comprar!” – dizia.
só fingia que ouvia, gostava de ir lá ver os violões, mas não comprava nenhum porque queria um especial, um único só dele. Os meninos reclamavam, mas gostavam de ir à loja com ele, aproveitavam e viam os instrumentos também, mas se continuassem voltando sempre pra aquela loja e não comprar nada ia começar a ficar estranho.
“Olha... A !” – gritou.
era mais amigo da do que os outros meninos eram – fora . Foi ele um dos meninos da escola que mais se aproximou dela. Eram amigos pra caramba.
“!” – gritou.
Levantou e quase deixou o violão cair. Foi abraçar , não se viram aquele dia, nem no final de semana, ele estava estudando pra prova daquele dia, disse que ia ser importante. sabia que não porque foi a mesma prova que ela fez, mas como não discutia com sobre aquilo deixou que o garoto estudasse, não queria que ele fosse mal na prova.
“Saudade!” – ele sussurrou ainda abraçado a ela.
“Saudade!”
viu os outros meninos e foi cumprimentá-los enquanto ainda estava abraçada a .
“Existem outras pessoas que querem ser abraçadas também!” – falou com uma vozinha de criança.
“Ó bebê!” – foi abraçar cada um dessa vez.
“Fazendo o que aqui?” – perguntou curiosa.
“ gosta de vim aqui ver as moscas do lugar.” – disse e olhou ao redor. Realmente não tinha ninguém na loja, só os seis e 2 vendedores.
“E vocês, estão fazendo o que aqui?” – perguntou.
“Eu vou comprar... Aquele violão.” – apontou pro violão.
“Nossa ! Que lindo!” – disse maravilhado com o violão.
“Tira o zóio que ele é meu!” – brincou.
“Bonito mesmo , não sabia que você tocava.” – disse olhando pra garota.
“Tem muita coisa que vocês não sabem ainda!”
Ficaram na loja tocando alguns instrumentos, brincando... Até que a fome finalmente os lembrou que eles ainda eram gente e precisavam se alimentar. Foram até um lanche que havia ali perto, comeram e depois voltaram cada um pra sua casa.
“Não me chamaram pra ir com vocês!”
“Desculpa ! Foi uma coisa por acaso, a gente não imaginava ver os meninos lá!” – conversava com pelo telefone.
“E daí que não sabia que os meninos iam estar la? E a amizade?”
“Meninos? Que meninos?” – ouviu perguntar lá atrás.
“É , os que você esta pensando.” – respondeu pra ela.
“Amanhã a gente sai só as meninas. Vamos !” – pedia.
“Ta bom. Então vamos!”
“Vamos aonde?” – perguntou de novo.
“Sair amanhã .”
“Então vou desligar logo porque ainda não fiz o dever de casa.”
“Você fazendo o dever ? Conta outra!” – tirou sarro.
“Cala a boca ! Pelo menos uma vez no ano eu tenho que fazer!” – e elas riram com isso.
“Então até amanhã estudiosa!”
“Até vagabunda!”
“Vagabunda é a-” – nem ouviu o que a estava prestes a dizer, desligou o telefone deixando furiosa do outro lado.
deitou em sua cama rindo, não queria fazer o dever, mas sabia que era preciso. Ela ouviu alguém entrar pela porta da frente e logo deduziu que seria um dos seus pais. Em pouco tempo ela ouviu um copo quebrando, saiu do seu quarto preocupada. Quando ia descer as escadas escutou seus pais brigando.
“Eu trago dinheiro pra essa casa e a única coisa que você tinha que fazer era cuidar da sua filha!” – o pai dela gritou.
“Então eu não posso trabalhar porque tenho que ficar na casa cuidando da NOSSA filha?!”
“Você acha que ficar no hospital conversando com as suas amigas é trabalho?”
“E ficar no escritório vendo as pernas daquelas suas empregadas é trabalho?”
não agüentou mais aquilo, pegou sua bolsa e a chave do carro, não queria ficar lá pra ver o que acontecia. Por mais que ela quisesse os pais não notaram ela saindo de casa.
Ela ficou um tempo sentada no banco do carro, dirigiu até um pub que tinha mais no centro da cidade, era quarta e talvez não tenha muita gente lá. Parou na frente do pub e se levantou determinada, queria falar com alguém e seu amigo Rick que trabalhava lá sempre a ajudava.
“O que aconteceu pequena?” – ele perguntou assim que viu entrar no pub.
“O que você acha Rick? Outra briga! Assim eles me matam!” – ela falava enquanto chorava.
“Senta aqui!” – Rick puxou ela. – “Ainda bem que você veio, não queria você lá dentro na hora da briga.”
“Você me salva.” – ela disse abraçada ao Rick.
“Quer alguma coisa pra beber?”
“Com álcool, mas pouco ta?”
“Pode deixar bebê” – ele disse e foi pra trás do balcão.
Enquanto Rick preparava uma bebida pra ela, ela ficava olhando em volta, não tinha muita gente, disso ela tinha certeza. Mais rápido do que ela pensava, Rick terminou de fazer a bebida dela e entregou pra ela.
“Pouco álcool. Vou lá atender aquela mesa e limpar as outras, se precisar me chama.” – ele disse e antes de se afastar deu um beijo na testa dela.
passava ali perto, não gostava de ir pra casa dele porque não tinha nada pra fazer, morava sozinho. Os outros meninos estavam ocupados com a escola ou garotas. Viu pela porta do pub e não pensou duas vezes em entrar.
“Não sabia que você freqüentava esses lugares.” – disse se sentando ao lado de no bar.
“Como eu disse: tem muita coisa que vocês não sabem ainda.” – ela disse bebendo um gole de sua bebida.
“Aconteceu alguma coisa?”
“Nada que eu não possa esquecer.” – percebeu que estava sendo dura de mais com o , a culpa não era dele, era dos pais dela. – “Desculpa ... Mas o que você esta fazendo aqui?”
“Eu passava aqui perto e te vi pela porta, pensei que a gente podia conversar.”
“Ah... Claro!” – ela disse com um sorriso.
A conversa no começo foi meio estranha. Eles não tinham muita coisa pra conversar ultimamente. E agora do nada parou num pub pra conversar com ela. Conversa vai, conversa vem, começou a ficar com sono, mas não queria ir pra casa, não agora.
“Você quer que eu te leve pra casa? Você parece cansada.” – ele disse tirando o cabelo dos olhos dela.
“Não quero ir pra casa.”
“E vai dormir onde?”
“Não sei, ainda não pensei nisso.” – eles sorriram.
“Vamos pra minha casa, tem um quarto sobrando lá.”
“Não , não quero te atrapalhar.”
“Você não atrapalha nada, vamos.”
pagou Rick e saiu do pub direto pro seu carro, disse que iria dirigir porque tinha medo que ela dormisse no volante, ele tem mesmo direito de ter medo, ela estava quase dormindo em pé, imagina se dirigisse.
Chegaram na casa de e subiu até um quarto que segundo ele era do irmão mais velho. se deitou na cama e só foi acordar no dia seguinte.
2º Capítulo da historia, eu sei que me empolguei no primeiro, quem faz um capitulo em 4 páginas?! Eu faço xD, mas agora verei se eu consigo fazer um segundo capítulo menor, menos detalhado, não, menos detalhado não porque se for assim a fic vai ficar meio chata. Tomara que quem ta lendo goste né, ta dando muito trabalho isso aqui, mas parece que esta ficando legal. Se você quiser opinar é só me dizer, é legal ouvir o que os outros tem a dizer sobre coisas que eu escrevo, mesmo que eu escreva só uma linha ¬¬, mas é isso, enjoy!
“O que deu em você chegar na escola com o ?” – perguntava enquanto as quatro andavam até o pátio na hora do intervalo.
“Aconteceu algumas coisas em casa.”
“E você foi pra casa dele?” – dessa vez foi a que perguntou.
“Eu não! Nunca!”
“Ata, pensei que estava nos trocando por ele!” – disse fazendo bico.
“Vocês sabem que não. Isso nunca ia acontecer.”
“Então, como você chegou na escola com ele?” – voltou no assunto.
“Bom, fui no bar do Rick, depois de um tempo o passou lá, conversamos, fiquei com sono, não queria ir pra casa e o ... Gentilmente me cedeu o quarto do irmão mais velho dele.”
“Que amor! Você diz isso com os olhos brilhando!” – riu e mostrou a língua.
“Não sou eu que fico encontrando um certo senhor escondido todos os sábados lá no Rick.”
“O QUE?!” – e perguntaram em coro.
“Quem te contou isso?” – dizia com os olhos arregalados.
“O Rick ué, eu não sou de ficar seguindo casais.”
“Isso é verdade ?” – perguntou pra confirmar.
“É gente...”
“E porque não contou pra gente?”
“Queríamos que fosse segredo! É mais gostoso assim.”
“Sei! Agora você virou uma perva!” – brincou.
“ECA ! Que nojo! Nunca!”
“Mas agora que todas nós estamos sabendo... Como fica o relacionamento de vocês?” – perguntou.
“Fica do mesmo jeito.” – deu de ombros.
“Não vai acontecer nada?” – perguntou estranhando a resposta da amiga.
“Claro que não! Ele também deve ter contado pros outros meninos.”
“Então... Basicamente, fomos as últimas a ficar sabendo?”
“Só você e a né, porque se não fosse pela nossa amiga master aqui, vocês ainda não estavam sabendo!”
“Isso é que é amiga viu!” – disse dando um empurrãozinho na amiga.
tinha conseguido desviar o assunto, estava contente por isso, não gostava de discutir sobre a sua vida familiar com as amigas, gostava mesmo quando elas conversavam e riam delas mesmas. E também não queria falar do , se sentia culpada por ter ido na casa dele sem ele saber o motivo direito.
“Vamos lá em casa?” – perguntava enquanto elas iam embora.
“Não, eu quero ir na casa da . Ela vai tocar pra gente.” – dizia.
“Eu não vou tocar nada. Tá doida ?” – olhou pra ela com cara de desentendida.
“Mas porque na casa da ?” – perguntou parando e olhando pras amigas.
“Ela tem um violão novo.” – explicou.
“E não contou pra gente?”
“Temos que refazer o plano do nosso casamento né?” – disse rindo.
“Ah gente, eu tenho um novo, mas... Sei tocar o mesmo tanto que vocês.”
“Vamos na casa dela.” – disse e puxou as outras três pra ir com ela até a casa da .
“E agora, o que vamos fazer?” – dizia sentado no sofá.
Já era sexta feira, faltavam duas semanas pras aulas terminarem mas estavam todos estudando muito pras provas finais, menos os quatro garotos que não saiam da frente da tv.
“Vamos passar na casa da .” – sugeriu.
“Essa é uma ótima idéia se fosse dada pelo , e não por você !” – riu enquanto tentava fazer o carrinho de sair da pista no vídeo game.
“É mesmo, o que deu em você em ?” – perguntou curioso.
“Nada, mas eu só quero saber como ela tá. Ela também é minha amiga poxa.”
“Você sempre quer saber como ela tá.” – disse bocejando.
“Desde o dia em que eu a encontrei no pub, sempre achei que tinha algo muito desagradável acontecendo com ela.”
“ e suas intuições.” – disse e riu.
“Olha, se quiser ir na casa dela vai, mas com certeza ela vai ta estudando.”
“Então segura aqui que eu estou indo.” – entregou o controle pra e saiu de casa. A casa de não era longe dali, da casa de . Por isso e eram tão amigos.
“Meu Deus, o que eu to fazendo aqui mesmo?” – se perguntou enquanto esperava alguém abrir a porta pra ele.
Já estava demorando de mais, a vontade de ver ela era grande, mas o medo de que ela não estivesse lá também era. Depois de mais alguns minutos se convenceu que não tinha ninguém em casa, virou as costas pra voltar pra casa de quando ouviu a porta se abrindo.
“Desculpa a demora... ” – disse enquanto secava os cabelos.
“...” – não conseguia dizer nada.
“Ta tudo bem ? Quer entrar?”
“É... Claro...” – abaixou a cabeça e entrou na casa dela.
Não era uma casa tão grande, mas era vazia, e fria. Ela era assim porque os pais de nunca estavam em casa, as vezes passavam dias sem voltar pra casa. Ela sabia que o casamento deles estava com problemas a um bom tempo, mas os pais dela não queriam se separar pra que não sofresse, pra que ela não sentisse o quanto os pais dela realmente não se gostavam mais.
“Você ta sozinha?” – perguntou enquanto seguia pra cozinha.
“Sempre to sozinha. Quer água?”
“Ah! Sim.”
“Olha , eu me senti culpada aquele dia em que eu dormi na sua casa...”
“Não foi nada.”
“Claro que foi. Você não sabe o que eu tava passando, não achei justo. Desculpa.”
“Não precisa se desculpar . Sempre que você precisar de um lugar pra dormir, o quarto do meu irmão vai estar vago.” – disse e riu.
“Obrigada.”
O silencio tomou conta da casa. Nesse exato momento se perguntou por que ainda não tinha ido embora, por que ainda estava ali?
“Então... Você veio pra...” – começou a dizer pra descobrir porque tinha ido visitá-la.
“Queria saber como você estava.” – ele disse ficando vermelho.
“To bem, obrigada por se preocupar comigo .”
“Vou indo então, você tem que estudar.”
“, você também tem que estudar.”
“É, mas, não agora. Tchau minha linda.” – deu um beijo na bochecha da garota e se deu conta do que tinha falado.
“Tchau.”
não entendeu o que ele disse com ‘não agora’ mas resolveu não tentar entender, as vezes homens são assim, incompreensíveis. Foi até seu quarto e estudou mais, não queria deixar de viajar com os amigos só por causa de uma prova que ela foi mal.
“Você foi bem nas provas?” – perguntou pra enquanto estavam saindo da escola no ultimo dia de aula.
“Pelo jeito eu fui!” – mostrou o boletim pra amiga. – “E você?”
“Eu também!”
e chegaram conversando alto, também tinham tirado ótimas notas nas provas e por isso tinham passado direto, agora elas só tinham que programar as férias.
“A gente podia ir pra praia.” – falava enquanto andavam pra casa.
“Outra vez? Não tem outro lugar pra ir?” – perguntou.
“Tem um chalé do meu tio.” – se intrometeu na conversa. – “Oi linda!” – e cumprimentou com um selinho. Logo atrás dele viam os outros três.
“E onde fica o chalé do seu tio?” – perguntou curiosa.
Elas tinham se aproximado de mais dos meninos nos últimos dias, talvez porque e estavam namorando sério agora, ou talvez porque sabiam que algo mais podia acontecer com eles e eles estavam querendo saber o que era.
“Não fica tão longe daqui, só umas seis horas de viajem.” – disse rindo.
“E quem você acha que vai levar a gente?” – perguntou preocupado.
“ criança, tem gente aqui que já sabe dirigir!” – disse apertando as bochechas dele.
“Ai! Isso dói!”
“Então a gente sai quando?” – perguntou ansioso.
“Seu tio já sabe disso?” – perguntou com as mãos na cintura.
“Já.”
“E desde quando você já sabe que seu tio sabe?”
“Faz umas semanas...”
“Ótimo, e a gente quebrando a cabeça pra escolher o lugar que íamos viajar!”
“Vamos amanhã então né?” – perguntou abraçando fazendo com que todos parassem.
“Tem certeza ? Tá muito em cima da hora.” – dizia.
“Ta nada, faz assim. e vão no supermercado, e abastecem os carros, fica cuidando do pra que ele não faça nada errado porque ele não sabe ficar bem sozinho e eu e a , cuidamos das contas.”
“Por mim ta tudo bem!” – disse olhando maliciosamente pra fazendo com que ela desse um tapinha nele.
“Pode ser amanhã de manhã ?” – perguntou pra ele.
“Quando você quiser. Mas só uma perguntinha , a gente vai em quantos carros?”
“Em 2 né!” – respondeu como se fosse obvio.
“E onde a gente vai arranjar dois carros?” – perguntou de novo.
não sabia o que responder.
“Erm... Eu tenho um, podemos ir com o meu, desde que eu o dirija.” – disse.
“Então ta feito, o meu carro e o da .” – disse e logo após se virou pra beijar a namorada.
Eles nem ligaram e deixaram os dois sozinhos, resolveram ir embora porque ficar olhando essas coisas cansam qualquer um.
chegou em casa junto com as amigas, elas resolveram almoçar lá, na verdade não era almoçar, era comer pizza. Depois de um tempo conversando em como aquela viajem ia ser, resolveram também dormir na casa da , mesmo ela não querendo. E no meio da noite elas ouvem gritos lá de baixo. ‘Hoje não!’ pedia.
Ela mesma desceu as escadas com as amigas atrás dela. Todas ouvindo aquela gritaria, insultos, já sabiam porque não gostava que dormissem na casa dela. Quando a mãe dela pegou um copo não agüentou mais e tinha que gritar.
“PARA TA LEGAL?! Essa briga de vocês tá me deixando louca!” – saiu correndo pela porta da frente e as amigas vieram atrás.
“, espera!” – gritou.
“Ta escuro , para!” – pediu.
parou e se ajoelhou na calçada, estava escuro, estava frio. As amigas vieram e abraçaram ela, deixaram que ela chorasse a vontade.
“Vamos na casa do .” – disse se levantando e enxugando as lágrimas.
Ninguém perguntou nada, fizeram todo o caminho em silencio.
“Tem lugar pra quatro?” – perguntou assim que abriu a porta e viu as quatro meninas de pijama.
“No quarto do meu irmão.” – disse e deu espaço pra que todas passassem.
Quando estavam todos no quarto, inclusive , não agüentaram mais e tiveram que perguntar.
“, ta tudo bem?”- perguntou.
“Não! Não ta tudo bem!” – colocou o travesseiro no rosto e deitou na cama. não entendia nada.
“É sempre assim?” – perguntou com medo do que viesse acontecer.
não agüentou mais e desabou em lágrimas, não queria nunca que suas amigas vissem o que acontecia lá, era sempre mais fácil sabendo que só ela sabia.
“Conversa com a gente!” – pediu.
se sentou de novo, limpou as lágrimas que caiam teimosas.
“É assim já faz quase um ano. Eles não se falam e quando isso acontece, eles gritam, quebram copos e vasos um em cima do outro. E eu finjo que não acontece nada.” – sentiu uma lágrima cair no rosto dela e que estava sentado ao seu lado limpou.
“Sempre que isso acontece, eu vou até o Rick, bebo, e volto assim que ele me pede. Mas a algumas semanas, me encontrou lá.” – colocou a cabeça no ombro de .
“E foi quando você foi pra escola com ele.”
“É... Desculpa , você devia ter sabido antes. Depois desse dia, pensei que nunca mais ia acontecer isso, mas daí eles somem por dias. E justo hoje, aconteceu isso!” – disse chorando de mais. – “E agora eu não quero mais voltar pra lá, não agora!” – ela disse entre soluços.
As amigas consolaram a amiga e depois mudaram de assunto, ficaram conversando sobre a viajem com no quarto até que eles dormiram, antes de sair do quarto pra voltar pro seu, colocou a mão no rosto de que dormia com uma cara triste.
“Volta sempre que quiser.” – disse perto do ouvido dela.
abriu os olhos e mirou nos olhos de .
“Sempre.” – ela disse e voltou a dormir.
3º Capítulo desculpa mas eu acho que menor não vai da pra ser. Só pra deixar mais claro ainda, os personagens tem os nomes das pessoas que eu conheço mas nenhuma situação tem a ver com a realidade. Mas nós somos apaixonadas pelos carinhas, pelo menos algumas meninas. E... Prometo que vai ficar mais legal! Como eu enrolo né?! Então continuem lendo, dessa vez o terceiro capítulo.
acordou assustada assim que se deu conta que não estava na casa da , desceu as escadas a fim de preparar um café da manhã pros amigos e o que ela realmente encontrou foi na porta da casa de tentando entrar com várias caixas de cerveja.
“Deixa que eu te ajudo.” – ela disse e foi pegar algumas caixas da mão dele.
“Obrigado. O que você ta fazendo aqui?”
“A gente teve alguns problemas na casa da e viemos parar aqui.”
Eles ficaram quietos e decidiu começar logo a preparar o café antes que todos acordassem e resolvessem tomar café em outro lugar.
“Já tomou café?”
“Não, acordei cedo pra comprar cerveja antes da gente sair.”
“Você acordando cedo heim, quem diria.”
“Eu digo o mesmo de você.”
Ficaram lá conversando e rindo enquanto a preparava o café.
“Acho que vamos voltar pra casa agora, temos que colocar outra roupa.” – disse rindo enquanto comia.
“É, teremos sorte se ninguém ver a gente desse jeito.” – disse rindo bebendo um gole do suco de uva, só tinha suco de uva na casa de ¬¬.
“Mas vocês estão bonitas de pijama.” – falou e as meninas riram. – “O que? É sério!”
“Tá bom , até daqui a pouco.” – disse e se despediu dos meninos, assim fizeram as outras meninas.
Foi divertido ver como as pessoas olhavam pra elas de pijama andando pela rua. Elas riam da situação porque sabiam que não era todo dia que se podia andar daquele jeito na rua. Chegaram na casa da se matando de tanto rir, não tinha ninguém la naquele horário. Se trocaram e depois cada uma foi pra sua casa arrumar as malas. ficou lá esperando que tocasse a campainha logo pra que eles fossem as compras, bom, isso não demorou muito pra acontecer.
“Vamos no meu carro.” – disse assim que ele tocou a campainha.
“Não vai me convidar pra entrar?”
“É... Não.”
“Então eu dirijo.”
“Desde quando?” – disse rindo.
“Desde quando você abriu a porta da sua casa e disse que vamos no seu carro.”
“Tá bom, só porque você deixou eu ficar na sua casa.”
“Não esquece que foram duas vezes.”
“Isso quer dizer o que?”
“Que eu vou dirigir seu carro na viajem também.”
“HÁ-HÁ-HÁ nem pensar!” – ela disse séria.
“Então, tá. Mas você vai querer que eu dirija depois de saber onde é o chalé do tio do .”
não ligou pro que ele estava dizendo, estava mais preocupada se ia chover ou não, não queria que uma chuvinha de nada estragasse suas férias com os amigos.
e chegaram até o supermercado e compraram mais coisas do que deviam, e quando iam comprar comida, compravam bastante, esse monte de gente parece que ainda estava em fase de crescimento, mas e concordaram que tinham comprado comida de mais.
“Como vocês acham que a gente vai levar esse monte de comida nos carros?!” – dizia furioso assim que eles chegaram até a casa dele onde tinham marcado de sair.
“Eu sei, eu sei . Mas com certeza a gente pode deixar um pouco dessa comida aqui.” – dizia.
“Nem pensar! E estragar a comida enquanto estamos fora?”
“Então a gente leva!” – disse como se fosse obvio.
“Mas não vai caber.”
“Então o come um pouco e a gente leva o resto.” – disse logo pra parar com aquela briguinha boba deles.
“É, boa idéia !” – disse com um sorriso no rosto.
“Toma, uma sacola só pra você!” – disse estendendo uma sacola cheia de comida pra ele comer.
Esperaram até que terminasse de comer, ele era o único que estava com fome, e que fome.
“, onde exatamente é o chalé do seu tio?” – perguntou curiosa pra ele.
“Bom, lembra que eu falei que eram seis horas de viajem?”
“Claro.”
“Então, na verdade são de dez a doze horas de viajem.”
“O QUE? Tudo isso?!”
“É, um pouco longe né?”
“POUCO? Nossa , podia ter me avisado, agora o vai dirigir porque eu não vou dirigir dez horas seguidas!”
“Doze horas.”
“Agora são doze?”
Ela saiu de perto do antes que as horas aumentassem e foi até onde estava, ele observava tudo o que conversava com e achou engraçado depois que ela descobriu que era longe. Ela ficou engraçada com aquela cara de quem não tava acreditando. Ela chegou perto de rindo da situação, ele estava certo.
“Toma as chaves.” – ela disse quando já estava perto dele.
“Obrigado e, nunca mais fique contra mim, eu sempre tenho certeza.”
“Palhaço!” – ela disse rindo e dando um tapinha no braço dele.
“Vem comigo, no banco da frente.”
“Claro que eu vou, até parece que eu vou deixar você dirigir meu carro sozinho!”
Eles ficaram conversando enquanto , , e arrumavam as coisas e tentava fazer parar de comer, não acreditou que ele deixou comer aquele monte de coisa.
“Vai ser uma viajem divertida.” – dizia colocando as malas no porta malas.
“Com certeza vai.” – disse e depois olhou pra .
“Então, vamos logo com isso que eu quero chegar lá hoje.” – disse quebrando o clima entre eles.
“AH ! Olha o que você fez!” – reclamou.
“O que?” – ela perguntou sem entender.
“Você acabou com o clima entre a e o !” – disse triste e imitou a cara dela.
e pegaram duas garrafinhas de água e começaram a jogar nas duas, não tinha clima nenhum entre eles, elas estavam ficando doidas.
“Ta bom, no meu carro eu quero !” – disse escolhendo quem ia no carro com ele.
“.” – disse.
“Ainda bem que sou eu!” – ela disse.
“.” – foi a vez do escolher.
“Hum... .” – falou, mas depois de ver a cara de arrependido de mudou de idéia. – “Quer dizer, .”
“Então o vem comigo.”
“E o é meu.”
“Seu nada!” – reclamou fazendo com que todos rissem.
A viajem foi divertida no começo, eles tinham uns radinhos e ficavam conversando um com o outro, tinha um e estava com o outro, então eles brincavam. Ficou assim até que a primeira pessoa fechou os olhos, já devem imaginar quem foi né, então, . E olha que demorou pra ela dormir porque ficavam enchendo o saco dela. Aí a brincadeira com os radinhos foi ficando chata e todos dormiram, menos os que estavam dirigindo.
Assim que saíram do terceiro posto de gasolina, pegou o radinho e perguntou pras pessoas que estavam no outro carro.
“Será que tem vaca com carne dura porque fica andando muito no pasto?”
Todos riram com aquela pergunta. (n.a: uma amiga minha perguntou isso pro meu pai quando a gente viajou, perguntou pelo radinho porque a gente se comunicava assim com as pessoas do outro carro)
Voltou a monotonia, ninguém conversava, só dormia e não tava agüentando mais, queria dormir também. Parou o carro e acordou .
“Sua vez de dirigir.”
“Pensei que não haveria minha vez.” – disse saindo do carro animada.
“Eu preciso dormir um pouco.” – disse assim que se acomodou no banco.
“Claro.”
Meia hora depois de ficar dirigindo não gostou do silencio e colocou uma musica pra tocar, e só pra acordar as pessoas colocou o volume no ultimo.
“Você ta doida?!” – gritou.
“O QUE?” – gritou de volta.
“VOCÊ TA DOIDA?!” – os três gritaram pra ela que não conseguiu se conter e riu um monte. Depois de abaixar o volume e se acalmar ela pediu desculpas.
“Vamos almoçar!” – gritou pelo radinho do carro dele.
“Até que enfim...To com vontade de ir no banheiro.” – disse.
Depois de uns vinte minutos eles encontram um restaurante que parece ser bom. Saem dos carros e se esticam, viajaram 6 horas sem parar, a não ser pra abastecer e estavam com o corpo doendo.
Entraram no restaurante, comeram bem porque sabiam que mais de seis horas de viajem ainda estavam por vir. Cada um fez o que tinha que fazer no banheiro e voltaram pros carros na mesma formação que antes, mas dessa vez estavam mais acordados, isso que dava tomar refrigerante!
“Preciso ir no banheiro.” – reclamou.
“A gente acabou de sair do restaurante !” – disse bravo.
“Eu preciso!”
“Senta aí e pensa em outra coisa, a gente não vai parar tão cedo.”
“Você não ta entendendo , eu PRECISO!”
“Para o carro e ele se vira .” – pediu.
“Ta bom!”
parou o carro no acostamento e correu pro outro lado da estrada.
“Ele ta bem?” – perguntou preocupada assim que ela desceu do carro que havia estacionado atrás do carro do .
“Ele disse que precisava ir ao banheiro.” – disse.
Todos olharam pra e ele estava de quatro no chão.
“Meu Deus! Ele ta vomitando!” – disse e correu pra ajudar .
“Eu devo ter remédio aqui no carro!” – disse e correu pro carro procurar o tal remédio.
Os outros correram pro outro lado tentando ajudar que só ia ficando amarelo.
“Toma!” – estendeu um copinho pra ele e ele tomou tudo fazendo careta logo em seguida.
“Ta sentindo o que ?” – perguntou com a cabeça dele no colo dela.
“Ta tudo girando...”
Os meninos colocaram ele no carro de volta e continuaram a viajem. dormiu o resto da viajem inteira com a cabeça no colo da e ela fazendo carinho nele.
4° Capítulo agora vai falar de quando eles estavam la no chalé, dessa vez não vai poder ser pequeno, até porque não tem jeito mesmo de fazer um capitulo pequeno... Mas a historia ta sendo interessante, pelo menos é o que eu acho. Vou mandar essa historia pra uma amiga minha, se ela não gostar, eu não escrevo esse quarto capitulo.
“Aqui não é muito espaçoso e só tem três quartos. Eu e ficamos em um e vocês se viram no outros.” – disse assim que entraram no chalé.
Não era muito grande mesmo, tinha uma salinha com dois sofás, uma televisão pequena e depois tinha a cozinha. Tinha um escada no fundo da sala onde ia pro corredor dos quartos. Tudo lá era de madeira e parecia velho, mas era quente la dentro e bem aconchegante. Os meninos ficaram todos num quarto e as meninas em outro. Tinha só dois banheiros onde nessa altura já tinha tudo quanto é coisa que você imagina. Eles desempacotaram as malas e colocaram tudo no lugar no mesmo dia que chegaram pra descansar bem e no dia seguinte ir conhecer o lugar.
“Não pega nada nessa TV!” – reclamava.
“Ah é, nesse horário não pega mesmo. Por isso eu trouxe um DVD!” – disse mostrando o aparelho.
“Te amo xuxu!” – disse pegando o aparelho da mão dele e indo ver se conseguia conectar ele com a TV.
“Vou fazer alguma coisa na cozinha, estou com fome.” – disse e foi na cozinha ver o que tinha pra comer.
“O ta melhor?” – perguntou pra que ficou com ele o tempo todo.
“Ainda ta dormindo na cama dele.”
“Deve ser efeito do remédio.” – explicou.
Depois de um tempo estavam todos na sala, menos o que continuava dormindo, assistindo TV e comendo pipoca.
“Eu vou ver se o já acordou.” – saiu do sofá onde estava no meio de e fazendo com que os dois quase caíssem um em cima do outro porque estavam os dois escorados na .
“Ta acordado ?” – perguntou numa voz baixinha.
“To” – ele respondeu sonolento ainda.
foi até ele e se sentou do lado dele fazendo ele colocar a cabeça dele no colo dela.
“Obrigado.”
“Pelo que?” – ela perguntou confusa.
“Por ter me ajudado.”
“Tudo bem, é pra isso que os amigos servem.” – ela disse sorrindo.
Ele a olhou fundo nos olhos depois que ela disse aquilo.
“Então vamos ser só amigos?” – ele perguntou sério.
“Vamos... Não temos mais nada pra sermos.”
“Temos sim...” – ele disse e aproximou o rosto dele do dela.
Ela tentou recuar mas ele segurou na sua nuca fazendo com que ela não fizesse aquilo. Ele fechou os olhos e foi se aproximando cada vez mais do rosto de , ela não sabia o que fazer, estava parada, estática. relou os lábios dele nos lábios de e ela estremeceu toda, ficaram um tempo um com a boca colada no outro até que sentiu abrindo a boca. Ela abriu também fazendo com que o língua dele tocasse a dela. Ela parou o beijo naquele momento, saiu com cuidado da cama de e depois saiu do quarto. Desceu as escadas e sentou no sofá onde estava e que agora estavam um escorado no outro.
“O ta melhor?” – perguntou.
“Ta...”
“Ainda ta dormindo?” – perguntou.
“Não...”
“Vocês ficaram fazendo o que la?” – perguntou sarcástico.
“Nada...”
“E desde quando nada se chama beijando?” – disse e ficou vermelha depois.
“A gente não tava se beijando!” – ela gritou.
“Então a sua boca ta vermelha porque ele te deu um soco?” – falou quase rindo.
“A gente não se beijou!”
“Ta bom ! Vocês não se beijaram... Trocaram salivinha!” – disse fazendo com que todos rissem e parecesse um pimentão ambulante.
“Ah não ! De volta para o futuro de novo não!” – reclamava.
“Já assistimos três vezes... Vamos fazer outra coisa.” – sugeriu.
“Então... Vamos jogar strip poker!” – falou com cara de tarado.
“Só porque a gente não sabe jogar!” – reclamou.
“Por isso mesmo.”
“Então... Jogamos dorminhoco no lugar de poker!” – disse.
“Eu ouvi a palavra ‘strip’?” – perguntou descendo as escadas.
“Parece que você já esta bem melhor.” – disse dando um soco no braço dele.
“Façam a roda então! Vamos jogar!” – disse se sentando de um lado da mesinha de centro que tinha na sala.
Enquanto o jogo ia passando, eles iam se dando bem porque como tinham chegado de viajem, não tinham tirado nem os sapatos ainda.
“Eu não vou tirar minha camiseta!” – reclamou.
“Você perdeu! Agora tem que tirar!” – dizia enquanto ria.
“Mas ta friuuuu!”
“Ta super quente aqui ! Tira logo!” – disse.
“É anda logo, não tem nada aí que a gente não tenha visto antes.” – disse já mal humorada.
“Vamos logo , estamos perdendo tempo!” – gritou.
“Ta bom, que saco!” – ele disse e tirou a camiseta.
“Viu, não morreu!” – tirou sarro.
A brincadeira continuou e como perceberam enquanto o jogo ia passando, as meninas eram bem melhores que os meninos, pois todos eles estavam sem a camiseta, apenas com a calça e a cueca, lógico. Já as meninas, algumas nem tinham tirado as meias ainda.
“Isso não é justo! Vocês conhecem mais o jogo!” – disse fazendo biquinho.
“Ta bom então, só pra ficar melhor, eu tiro minha meia!” – disse e tirou as meias dela.
“Eu tiro as minhas também.” – tirou as dela.
“Grande coisa!” – resmungou.
Mais umas rodadas e agora era quem tinha que tirar a camiseta.
“Tem que ser agora?” – ela falou chorosa.
“Você perdeu! Agora tem que tirar!” – disse imitando o que ela tinha falado pra ele antes.
“Chato!” – ela disse e pegou na camiseta pra tirar, parou e olhou pros meninos que estavam todos olhando pra ela. – “Vocês podem me dar um pouco de privacidade?” – ela pediu.
“Claro!” – os quatro falaram e viraram de costas.
“Não acredito que eu to fazendo isso!” – ela resmungou baixinho fazendo com que só , que estava do lado dela escutasse.
Bom, a brincadeira foi indo, também tirou a camiseta dela fazendo com que não parasse de babar em cima. Depois o jogo terminou, os meninos ficaram todos só com suas boxers e estavam ficando com medo do que viria depois. Todos foram tomar banho pra dormir, foi um sufoco tomar banho só com dois banheiros mas conseguiram. Dormiram as meninas em um quarto e os meninos em outro.
“Ta fazendo o que acordada?” – perguntou a que fitava o nada com uma caneca na mão sentada no sofá da casa.
“Não consegui dormir. E você?”
“Depois de levar um soco do e um chute do , desisti de dormir lá.” – ele disse fazendo ela rir.
“Que horas são?” – ela perguntou sonolenta.
“Três e meia.”
“Não acredito que ta ficando cada vez mais cedo.”
“Mais cedo o que?”
“Ah... Nada não. Coisa minha. Você quer chá?” – ela perguntou desviando o assunto.
“Quero.”
Ela andou até a cozinha e ele foi atrás dela. Ele ficou observando ela enquanto colocava a água quente com muito cuidado numa caneca pra ele beber.
“Cuidado.” – ela avisou.
Ficaram um tempo os dois sozinhos em silencio bebendo chá sentados na mesa da cozinha, um de frente pro outro.
“Ta tudo bem?” – ele perguntou quebrando o silencio.
“Não tem como ficar melhor.” – ela disse com um sorriso fazendo com que a olhasse com um brilho nos olhos. Ela percebeu e tratou logo de mudar a feição do seu rosto.
“O que?”
“Não me olha assim!” – ela disse rindo.
“Desculpa.”
“Bom, acho que vou assistir um filme, quer me fazer companhia?” – ela disse enquanto ia pra sala.
“Seria uma honra.” – ele disse rindo.
“Então vai ser... ‘Gatinhas e gatões’?” – ela perguntou mostrando o DVD.
“Não acha que o filme está um pouco velho não?”
“Que nada! A historia é linda!” – ela disse e colocou o dvd no aparelho.
Se sentou na ponta do mesmo sofá que e puxou o cobertor que ela tinha levado, conforme o filme passava ela via que ele sentia frio, foi até o lado dele e deitou com a cabeça nos ombros dele colocando metade do cobertor nele. Ele agradeceu com um beijo na cabeça da garota.
“Mas que bosta !” – reclamou assim que caiu de cima da cama, indo pra cima da que estava dormindo no chão.
“Ah! O que?” – não entendeu, depois de olhar em sua volta entendeu o que tinha acontecido.
“Toma mais cuidado!” – se levantou e percebeu que não estava no quarto, achou que ela já tinha acordado e foi até o quarto dos meninos ver se alguém também já tinha acordado deixando dormindo no mesmo lugar que ela caiu.
No quarto estavam todos os meninos, menos . ‘Onde será que aqueles dois estão?’ – ela pensava enquanto andava pela casa. Desceu as escadas e olhou pro sofá, viu dormindo com a cabeça encostada em que também dormia. Olhou pra cozinha e viu duas canecas, uma em cada canto da mesa. O que estava acontecendo com a amiga que ela não sabia? Resolveu deixar pra la e ir fazer café, seria um grande e cansativo dia pra todos.
abriu os olhos e viu que estava dormindo do seu lado, deu um beijo no nariz da menina fazendo com que ela acordasse.
“...” – ela disse sorrindo.
“...” – ele retribuiu o sorriso.
Os dois ouviram alguma coisa quebrando na cozinha e a se xingando pelo que houve. olhou pro sofá e viu os dois olhando ela.
“Não se preocupem comigo, continuem dormindo.” – ela pediu.
‘Não acredito que ela viu!” – pensou fazendo uma cara de espanto, levantou do sofá correndo e subiu até o seu quarto deixando um confuso no sofá.
“Não me pergunte que eu não sei o que aconteceu.” – gritou da cozinha.
Quando todos acordaram, com a cara amassada, já passava da hora do almoço, resolveram fazer só um churrasco, nada de mais. Colocaram um CD do The Who no rádio e cantavam enquanto cozinhavam, brincavam, conversavam. O almoço foi servido, nada de mais, só um arroz, uma salada e a carne. Conversaram e depois tiraram no pauzinho quem ia lavar a louça, e acabaram ‘ganhando’.
“Você ficou bonita só de sutiã.” – disse pra enquanto enxugava um prato.
“TARADO!” – ela gritou jogando água nele.
“Mas é sério!”
“Você também ficou bonito.”
“Só de sutiã?”
“Não, sem ele.”
“TARADA!” – ele imitou ela batendo nela com o pano de prato.
Houve uns minutos de silencio.
“Quer sair comigo hoje?” – ele perguntou pra ela.
“, a gente ta no meio do mato!”
“E daí?”
“Pra onde você me levaria?”
“Pra ver as estrelas naquele lago.” – ele apontou pro lago que dava pra ver pela janela.
“Parece ser lindo mesmo.”
“Então? Topa sair comigo?”
“É...Eu saio com você.” – ela disse fazendo ele abrir um sorriso largo.
“Que roxo é esse na sua testa ?” – perguntou pra ela.
“Eu caí da cama hoje.”
“Que pena que eu não tava la pra ver.” – disse fazendo carinha de triste.
“Que pena mesmo, se não eu ia te bater.” – disse nervosa.
“Stressada você heim!” – disse.
“Não foi você que caiu da cama e está com um roxo na testa.” – disse fazendo com que todos rissem.
“Qual é a graça?” – disse entrando no meio da conversa.
“O roxo na testa da .” – explicou.
“Conseguiu deixar roxo ainda!”
“Vamos sair? Eu quero ir pescar.” – disse.
“Desde quando você pesca?” – perguntou.
“Hum... Desde quando eu ganhei uma vara.”
Todos se aprontaram e foram até um lago mais próximo onde, conforme , tinha peixe. Ficaram a tarde lá.
“Dormiu com o heim !” – chegou falando onde , e estavam conversando.
“Que historia é essa?!” – perguntou sem acreditar no que ouvia.
“Eu dormi com o ué.” – explicou como se fosse obvio.
“E usou camisinha né?” – perguntou.
“Eu não transei com ele. Eu DORMI com ele.”
“Ela dormiu, no sofá, estavam os dois dormindo lá, até roncando, muito fofo.” – dizia e fazia caras e bocas.
“ÓÓÓÓÓÓ QUE FOFO!” – e falaram em coro.
“Cala a boca!” – disse jogando uma pedrinha nelas.
, e chegaram lá cada um com um violão, se sentaram do lado das meninas e pegou o violão da mão de , ele não tocava bem violão e mesmo assim estava com um, ela não entendia.
“Deixaram o sozinho?” – perguntou.
“Deixamos, mas ele esta dormindo naquela sombra.” – disse e apontou pra onde estava deitado.
“Realmente ele pesca muito bem.” – disse rindo.
“Que música vai ser?” – perguntou.
“Ah, a gente pode tentar tocar Green Day pra vocês.” – disse.
“Tentar?” – perguntou não acreditando no que ouvia.
“É... A gente não toca muito Green Day.”
“O que vocês tocam?” – perguntou.
“Hum... Não sei, começa uma musica aí e a gente continua.” – disse pra ela.
começou a tocar uma musica do Beatles, I Wanna Hold Your Hand.
“Beatles é fácil!” – disse.
e acompanharam na musica enquanto , , e cantavam. Ficaram ali até o anoitecer, tocando musica, cantando e vendo dormindo de baixo da arvore.
“FOMEEEE!” – gritou assim que entraram em casa.
“De novo? Tu só pensa em comer?” – perguntou indignada.
“Você já tinha que estar conformada linda.” – disse.
“Faz comida pra mim ?” – olhou pra ela com cara de pidão.
“Eu não! Não sei fazer nada de comida!” – respondeu.
“Gente que não sabe cozinhar é foda!” – disse foi direto pro fogão fazer alguma coisa pra eles comerem.
“, eu preciso da sua ajuda!” – gritou do quarto.
subiu as escadas contra sua vontade, estava com preguiça depois de um dia todo perto de um lago vendo o dormir.
“Que foi?” – ela perguntou assim que chegou no quarto.
“Qual desses?” – perguntou mostrando dois vestidos diferentes pra .
“Desde quando você usa vestido?”
“Desde quando o pediu pra sair comigo.”
“Nesse fim de mundo? Aonde vocês vão?”
“No lago, ver as estrelas.”
“Sei, estrelas...”
“Qual vestido !” – gritou.
“O branco!” – ela respondeu assustada.
“Obrigada!” – disse abraçando a amiga.
“Quando vocês vão?”
“Depois de comer.”
“Então se apresse!”
“Não acredito que ela aceitou sair com você.” – dizia pra enquanto este se arrumava.
“Nem eu!”
“Já arrumou tudo lá?”
“Lá não, mas eu sei o que vou levar pra gente.”
“Não passem a noite lá, vai ficar frio mais tarde.”
“E vir pra cá e dormir em quartos separados ajuda muito.”
“Agente dorme no quarto das meninas e o nosso quarto é todo de vocês.”
“Nossa, valeu dude!”
“Pra que isso?” – perguntou pra assim que ela e entraram na cozinha.
“Um vestido.”
“Desde quando você usa vestido?”
“Desde quando o pediu pra sair com ela.” – respondeu no lugar de .
“E nesse fim de mundo vocês vão aonde?”
“No lago, ver as estrelas.” – respondeu já colocando a primeira garfada de comida na boca.
“Romântico né?” – perguntou pras amigas.
“É mesmo, não sei da onde tirou isso.” – respondeu rindo.
“Tirei o que?” – ele perguntou quando entrou na cozinha com .
se levantou apressada da cadeira onde estava sentada do lado de deixando que se sentasse la.
“Cheiroso heim?!” – disse passando do lado dele indo pra sala, na esperança de deixar os dois sozinhos. As amigas entenderam e correram atrás dela, só que ficou na cozinha não entendendo a situação.
“!” – as meninas gritaram e ele correu pra sala.
Depois de um tempo e saíram de mãos dadas do chalé deixando as meninas e na sala.
“Onde será que estão e ?” – perguntou.
“Boa pergunta, eu não vejo eles desde, que chegamos.” – disse.
“Boa noite pra vocês!” – disse entrando na sala somente com suas boxers. – “Eu e vamos apresentar pras senhoritas, e senhor, que estão aqui essa noite, uma dança que nunca vocês verão igual.”
“Sentem e tentem relaxar.” – disse rindo.
“Vocês fumaram cocô?” – perguntou.
“Vamos ver no que essa loucura vai dar.” – disse rindo.
colocou um CD no rádio que tinha musicas da Pussycat Dolls e, ele e começaram a rebolar dançando no ritmo da musica. puxou pra dançar com ele, ela estava quase se matando de rir e não queria ir de jeito nenhum, mas depois que viu puxando , ela resolveu ceder.
“E a gente?” – perguntou pra .
“Você que sabe.”
Ele se levantou e puxou ela junto com ele, mas eles não foram pro meio da sala onde estavam dançando, puxou ela pra fora da casa, onde tinha uma mesa e algumas cadeiras em volta.
“Pensei que íamos dançar.” – ela disse assim que chegaram no lugar onde queria.
“Pensei em alguma coisa melhor.”
Ele se aproximou de e colocou as mãos na cintura dela fazendo ela colocar os braços em volta do seu pescoço, ele começou a guiar ela numa dança, começaram a dançar valsa, ela não sabia que sabia dançar. Então começou a cantarolar alguma coisa em seu ouvido, o que depois seria uma música. Ele cantarolava e cada vez que chegava mais perto do corpo dela, ela ia ficando mais imóvel. olhou diretamente pros olhos de e ela encontrou o seu olhar, aqueles olhos azuis. Ele foi aproximando o rosto dele de vagar até o rosto dela. Ela sentiu os lábios dele, quentes, encostados nos lábios dela. Agora sim, ambos não ouviam nada, não falavam nada, mas sentiam o calor um do outro. Deixaram-se agir pelos atos. sentiu a língua de na sua, fizeram, então, que o beijo ficasse mais intenso. Ele apertou o corpo dela contra o seu enquanto ela passava a mão pela nuca dele. Quando ouviram um barulho vindo de dentro da casa eles rapidamente se separaram.
“Vão ficar aí fora?” – perguntou.
“Já vamos entrar.” – respondeu ainda ofegante.
Ele e se olharam deixando bem claro um pro outro que não gostariam que deixassem que isso acontecesse de novo. Talvez porque ambos ainda estavam tentando entender a situação, ou porque ainda não sabiam do que sentiam um pelo outro. Mas não queriam de jeito nenhum que estragasse a amizade que eles conseguiram com tanto esforço.
“A gente vai dormir no quarto de vocês hoje ta?” – perguntou pra enquanto ela ajudava e a limparem a sala, já que e foram dormir.
“Por que?” – se intrometeu na conversa.
“ quer o nosso quarto só pra eles.”
“Então se for assim, tudo bem.” – respondeu.
“ÔBA!” – gritou pulando em cima de fazendo ela cair.
“Vou arrumar o quarto pra vocês então.” – disse subindo as escadas.
“Quer ajuda?” – perguntou pra ela.
Ela olhou a situação da sala e de e que ainda estavam deitados no chão, mas dessa vez estava em cima dele fazendo ele pedir água.
“Pode ser!” – respondeu.
“Olha , desculpa pelo que eu fiz.” – disse enquanto arrumava o colchão no lugar certo.
“Não foi só você que fez, que também tenho culpa nisso.”
“Mas nada teria acontecido se...”
“! Não vamos mais falar disso ta? A nossa amizade vale mais que isso.”
“Então você me desculpa?”
olhou pra ele com cara de brava, mas depois, com um sorriso, pulou no pescoço dele, abraçando ele.
“Claro que eu te desculpo! Você ainda é meu bebê mais fofo!”
O resto da viajem foi super divertida. Conforme e falaram, não aconteceu nada com eles naquela noite. e não contaram o que tinha acontecido com eles pra ninguém, e não contavam o que acontecia naquele quarto e e continuaram com as briguinhas deles, que ninguém entendia.
Na semana seguinte voltaram pra casa. Foi uma viajem cansativa, ninguém queria voltar, mas era preciso.
Enfrentaram mais de doze horas de viajem e chegaram na cidadezinha deles, descarregaram as coisas na casa de e depois cada um foi pra sua.
chegou em sua casa, encontrou ela vazia como sempre. Subiu com suas malas até seu quarto e deitou em sua cama querendo descansar. Vendo que não conseguia, pegou um livro e começou a ler. Logo ouviu a porta de sua casa batendo e passos até seu quarto.
“Filha, eu preciso ter uma conversa séria com você.” – sua mãe pediu.
“Tem que ser agora?”
“Não precisa ser agora, mas o mais rápido possível.”
“Então eu posso ir descansar um pouco e depois você me da a noticia?”
“Pode ser.” – sua mãe disse fechou a porta do quarto da filha deixando ela descansando.
“É sério , não precisa.” – falava pela milésima vez pra .
“Você acha que eu vou deixar uma menina inocente igual a você andando sozinha essa hora?”
“, são quatro da tarde!”
“Isso não impede nenhum homem com más intenções de vir e pegar você.”
“Mas ...”
“Mas nada, eu tenho que...”
“Sua casa fica do outro lado do mundo da minha.”
“Proteger você.” – ele não tinha ouvido uma palavra do que tinha falado pra ele, mas ela ouviu muito bem o que ele disse.
“ÓÓÓÓ , você é um fofo. Ainda bem que minha casa é aqui e você pode ir direto pra sua agora.”
“Viu, eu consegui te proteger.”
“Obrigada. Você precisa de alguém pra proteger você enquanto você vai pra sua casa?”
“Claro que não! Eu sou homem, sei me virar sozinho!”
“Então, tchau.” – disse e se despediu de com um beijo na bochecha dele. (e que bochecha *-*)
“A gente tem que fazer alguma coisa, não vamos ficar o resto das férias de verão sem fazer nada!” – gritava pelo telefone enquanto falava com .
“Não precisa gritar , não sou surda.”
“Desculpa , mas a gente precisa fazer alguma coisa.”
“Se tivesse alguma coisa pra fazer nessa cidade.”
“Por isso mesmo a gente arranja alguma coisa pra fazer.”
“Mas a gente chegou de viajem ontem, você não cansa não?”
“Olha , não quero nem saber, eu to passando na sua casa agora!”
“Mas... Desligou na minha cara.”
“E aonde você acha que a gente vai?”
“Primeiramente, vamos na casa da e da , depois a gente vê.”
“Vai ficar sem seu namoradinho hoje?” – brincou com .
“Claro que não, é pra lá que a gente vai.”
“Mas você falou ‘a gente vê’”
“Mas eu já resolvi, vamos pra lá.”
“Não te entendo viu.”
As quatro meninas chegaram na casa do , quando foi tocar a campainha, já tinha entrado na casa dele onde se encontrava os outros meninos todos no sofá jogando vídeo game e tocando violão.
“Sentiram nossa falta?” – perguntou.
“Senti falta é do meu amor.” – disse abraçando .
“Eu senti falta da .” – disse indo abraçar a menina.
“Também senti sua falta.”
“Ah! Eu senti sua falta !” – disse indo correndo abraçar ela que corria do abraço dele.
“Eu senti sua falta .” – disse quando a menina sentou no sofá do lado dele.
“Também senti sua falta .”
então sentiu seu celular vibrar dentro do bolso da sua calça, rapidamente atendeu assim que viu que era a sua mãe.
“Alô?”
“Filha, a gente vai se mudar.”
“O que?!”
“A gente vai daqui duas semanas.”
“Não!!”
“É preciso!”
“Por que você não me falou antes?!”
“Você não veio falar comigo.”
“Por que mãe?!”
“Seu pai e eu... Vamos nos divorciar.”
“E VOCÊ ACHA QUE FALANDO DESSE JEITO EU VOU COM VOCÊ?!” – ela gritou fazendo com que todos da casa parassem e prestassem atenção na conversa dela com a mãe.
“Eu e seu pai já conversamos sobre isso, não tem outro jeito!”
“EU NÃO SAIO DAQUI!” – ela disse agora chorando.
“Eu preciso de você em casa!”
desligou o celular, enxugou as lágrimas e deixou a casa de com todos olhando pra ela. Ela não conseguia acreditar no que estava acontecendo, nunca achou que isso acontecer com a família dela, sempre achou que as brigas um dia pudessem parar e eles podiam viver como uma família. Ela não podia deixar aquela cidade, seus amigos, não podia.
conversou com sua mãe e seu pai sobre o que eles fizeram. Acharam melhor ir com sua mãe do que ela ficar ali com seu pai sozinha, já que seu pai ia trabalhar muito de agora em diante. Sua mãe ia se mudar pro Brasil onde sua mãe, vó de , morava. Elas iam deixar Bolton e provavelmente nunca mais iam voltar. Iam ter outra vida, em outro lugar totalmente diferente. Em duas semanas elas se mudariam.
“Você pode ficar comigo essas duas semanas?” – perguntou pra quando ligou pra ela pra saber o que tinha acontecido.
“Posso.”
“Quer que eu passe aí?”
“Não, eu já estou indo na sua casa. Obrigada .”
ajeitou suas coisas numa bolsa e foi até a casa de que não era muito longe da sua. Enquanto ela andava, percebeu como o dia ali estava quente, uma coisa que não era muito freqüente. Foi então que pensou no Brasil, la sim diziam que era quente, e muito. Não queria se mudar dali, ficar meses, talvez anos sem ver os amigos, mas sabia que era preciso, porque se ficasse em Bolton teria que viver sozinha.
“Não precisa ficar assim , a gente vai te visitar.” – dizia pra .
As quatro amigas estavam todas no quarto de conversando sobre aquilo.
“Vai sim, antes ou depois que eu morrer de saudade?”
“Depende de quando você morrer.” – respondeu rindo.
“Já falou pro ?” – perguntou.
“Por que eu deveria?”
“Ele é teu amigo também, não é?”
“Mas seu eu for contar pra ele, terei que contar pros outros meninos também, devem estar achando queu eu sou louca depois de hoje a tarde."
“Não esquenta , você conversa com ele hoje.” – disse levando uma almofadada da . – “Não era pra contar?”
“Claro que não!”
“Eles vem aqui hoje?” – perguntou confusa.
“Meus pais não estão e... A pediu.”
“Hey! Agora a culpa é minha né?!”
“As vezes eu acho que todas nós nascemos de uma mesma pessoa.” – dizia enquanto ria.
Elas ouviram a campainha tocar e correram pro andar de baixo receber os meninos. Eles levaram alguns CDS de jogos pra jogar no playstation que a tinha. Enquanto isso as meninas ficaram conversando.
“To com fome .” – disse pra ela.
“A cozinha é ali, pode ir lá.”
“Ah não, eu tenho vergonha!”
“Ah , você com vergonha?! Deixe que eu faço alguma coisa pra nós!” – disse rindo e indo em direção a cozinha.
“TE AMO !” – ela ouviu os quatro meninos gritando pra ela.
“, acho melhor você ir falar com a .” – disse pra ele.
“Por que? Ela esta com algum problema?” – ele perguntou preocupado.
“Vai falar com ela e você descobre.” – disse.
“Mas ela esta bem?”
“Vai falar com ela homem!” – disse empurrando ele.
As amigas sabiam mais que , sabiam que os dois estavam se apaixonando um pelo outro, mas não tinham coragem de falar. Então, como amigas, chegaram a conclusão que era um dever delas mostrar isso pra .
“Erm... precisa de ajuda?”
“Não... Não agora , obrigada.”
“Ham... ... Ta acontecendo alguma coisa?”
“O que?” – olhou pra e depois ouviu as amigas rirem. – “Ah , na verdade nada que não possa ser concertado.” – ela mentiu.
“Posso saber o que é?”
“Eu vou me mudar.”
“Sério?!” – ele perguntou, mas não querendo saber da resposta.
“É ...” – ela respondeu de cabeça baixa.
pegou na mão da , que no momento estava segurando uma faca onde estava passando maionese nuns sanduíches que ela estava fazendo. olhou pra ele e viu que ele estava muito perto. A última vez que o viu perto desse jeito foi na viajem deles. Ela via também um brilho nos olhos dele. Ele se aproximava cada vez mais, sabia que gostava dela e tinha esse sentimento concreto, enquanto ela não queria estragar a amizade deles por uma coisa que podia ser passageira, mas já pensou no que aconteceria se mais que um beijo acontecesse. Ela sabia que gostava dele também. O nariz de encostou no nariz de fazendo com que ela desse um sorriso. se aproximou mais o corpo dele do dela, tirou a faca de sua mão fazendo ela colocar os braços em volta do seu pescoço enquanto ele puxava ela cada vez mais perto pela cintura. Ele encostou os lábios dele de leve nos lábio de . A menina sentiu seu corpo inteiro estremecer e percebeu que queria que ela respondesse aquilo tudo não só deixando os lábios encostados. sentiu que ela não ia fazer nada, estava pronto pra uma bronca e decidiu afastar seu corpo do dela. Mas quando ele ia se afastar colocou sua língua gentilmente entre os lábios de . Ele se sentiu tão feliz que tornou aquele toque num beijo que ele sempre quis dar nela. Depois de um tempo eles se separaram, viram que suas bocas estavam extremamente vermelhas e riram da situação.
“Você só fez isso porque soube que eu vou me mudar?”
“Na verdade, era algo que eu queria fazer faz muito tempo.” – ele disse abraçando ela pelas costas já que ela voltou a fazer os sanduíches.
“Quanto tempo?”
“Muito tempo.”
“Você quer deixar isso como?”
“Como? Ham... Vejamos... Eu te vejo todo dia aqui na casa da e você mora na minha casa enquanto a sua família se muda.”
“Você sabe que isso não vai acontecer .”
“Você não quer me ver todo dia na casa da ?”
“Não vai acontecer eu ir morar com você. E além disso, vai ser impossível.”
“É você tem razão. Mas pra onde você vai se mudar?”
“Pro Brasil.”
foi até a geladeira com um copo pra beber um pouco de água.
“Promete que vai me ligar todo dia?”
“Bebê, todo dia.” – ela se virou pra .
Ele se aproximou dela e beijou seus lábio de leve.
“Quer ser minha namorada?”
“Por duas semanas até que eu posso pensar...”
“Pra sempre?”
“ESSA é outra coisa que não vai acontecer.”
“Por que não?”
“, eu vou estar no Brasil, cheio de homem só de bermuda nas praias. Uhh... Não vou pensar em você nessas horas.”
“Assim você me decepciona...”
“Óóóó, e até parece que VOCÊ ia pensar em mim.”
“Ia...”
“...”
“Ta bom, então a gente pode ficar essas duas semanas? Só eu e você? Pra ser as duas melhores semanas da minha vida?”
“Pode . E tomara que sejam as melhores da sua, porque da minha vai ser com certeza.”
abraçou ela de novo e a beijou.
“Cadê ?” – entrou na cozinha e viu um e uma com cara de assustados e as bocas vermelhas.
“Cadê o que ?” – perguntou.
“Os sanduíches...”
“Que sanduíches?” – perguntou em seguida.
“Ah! Quer saber... Vão pra um quarto!” – disse e saiu da cozinha batendo os pés com força no chão.
“Até que essa é uma boa idéia.” – disse pra com um sorriso malicioso.
“É né? Vai lá que um dia eu chego pra te dá oi.” – ela disse rindo e ele deu um riso meio sem graça.
“UUUUUUUUUUUUU!!!!!!” – e ouviram quando chegaram na sala com os sanduíches.
“NA MINHA COZINHA?!” – gritou enquanto ria.
“Cala a boca , como se nunca ninguém tivesse feito isso lá.” – disse e depois riu da cara de desentendida da amiga.
encontrou um DVD de um filme qualquer e colocou no aparelho pra rodar enquanto comiam sanduíches.
Conforme o filme chato, que pensavam ser de terror mas no momento não era porque era muito engraçado, ainda mais o jeito que as pessoas faziam as suas caras de assustadas, estava deitado no chão com a cabeça no colo de que estava com as costas encostada no sofá, onde estavam e . No outro sofá se encontrava em uma ponta e na outra ponta . estava com num sofá de uma pessoa só, imagina o aperto, aperto gostoso.
5º Capítulo
“Acho que eu vou indo pra casa.” – disse se levantando.
“Já?” – perguntou triste.
“Tenho que ir porque, é quase dez da noite e tenho que cuidar do meu irmão.”
“Seus pais não estão em casa?” – perguntou.
“Eles vão sair hoje. Se quiser pode ir em casa .”
“Então eu vou indo também.” – disse e se levantou.
“Ta bom, agora vai virar uma suruba la.” – disse rindo.
“Eu tenho que ir também.” – disse se levantando.
“Porque?”
“A quer ir pra casa.”
e olharam pra ela com cara de quem não acreditava.
“É sério, eu não dormi noite passada.” – disse.
“Hum... Ta, vê se dorme hoje então!” – disse rindo.
Quando os dois casais saíram, e se deram conta que só ficaram elas, o e o na casa, nem os pais da estavam la.
“Vão dormir aqui?” – perguntou pros dois que estavam jogados nos sofás.
“Vamos.” – eles responderam.
“O sofá é todo de vocês.” – disse subindo as escadas com a pra buscar travesseiros pros meninos.
“A gente podia conversar , eu podia ficar no seu quarto.” – falava aquilo pela décima vez pra .
“Não , ou é aqui na sala, ou você conversa com a pra você ir dormir no quarto que agora é dela.”
olhou pra que estava ajeitando o sofá e andou até ela colocando a cabeça dele na frente dela. olhou a carinha de pidão que ele estava fazendo e começou a rir. não entendeu e fez cara de desentendido.
“Ta bom , o quarto é seu.” – disse entre risos.
“Já disse que te amo?” – ele perguntou pra ela enquanto a abraçava.
“Vai deixar a com ciúmes desse jeito.”
“ nada! Eu não tenho ciúmes dele!” – ela gritou subindo as escadas pro seu quarto e foi atrás.
“Eles vão acabar casando.” – disse pra ela mesma.
“Onde tem uma toalha?” – disse entrando na sala só com as suas boxers.
“Eu arranjo uma pra você.”
“Obrigado .” – ele agradeceu entrando no banheiro novamente. Adorava tomar banho altas horas da noite.
“Não quero que você vá embora.” – disse depois de minutos em silencio em que ele e estavam deitados nos sofás da sala.
“Eu também não.”
“Então não vá.”
“Não é fácil assim . Você não entende.”
“Então me explica.”
“Se eu não fizer isso, as coisas podem piorar.”
andou até o sofá dela e se sentou no chão ficando com o rosto perto do rosto dela.
“Então você não esta fazendo isso por você mesma?”
“Nunca é por mim mesma.”
passou a mão nos cabelos de .
“Você acha que quando você voltar a gente vai poder ficar junto?”
“Primeiro viva o momento , depois a gente pensa no futuro.”
“Então vou viver o momento.”
aproximou seu rosto do rosto de e lhe deu um beijo. Um beijo inseguro e medroso, com medo de que pudesse ser o ultimo. o beijou sabendo que talvez não voltasse pra Bolton, mentiu sabendo que ia ser o melhor a fazer. Conforme o beijo ia se prolongando, ele ia ficando mais intenso. foi parar em cima de que estava deitada no sofá. O beijo tomou um proporção tão grande que ambos não conseguiam respirar direito. parou quando percebeu que estava indo rápido de mais.
“Não faço o que você não quiser.” – ele disse com a testa dele encostada na testa dela.
“, você é um amor.” – ela sussurrou.
se sentou na ponta do sofá e na outra ponta.
“Eu quero ter você pra mim, até quando você for pro Brasil.”
“Eu não posso .”
“Por que não?”
“Eu não posso me apaixonar por você.”
“Mas eu estou apaixonado por você.” – ele disse sério olhando fundo nos olhos dela.
se aproximou dele e o envolveu num abraço apertado. Não podia se apaixonar por ele e depois deixar ele sozinho. Mas não podia não se apaixonar por ele. Ele era tudo pra ela. Um amigo, um amor, um irmão. Não queria deixar Bolton, não agora que tudo estava realmente acontecendo.
“Desculpa .” – ela sussurrou no ouvido dele.
“A gente ainda ta ficando?” – ele disse ainda abraçado a ela.
afastou seu corpo do dele e deu um tapinha no peito dele.
“Você não pensa em outra coisa não?”
“Hum... Não.”
aproximou seu rosto do dele e deu um beijo no canto da boca dele. Ele mordeu os lábios e depois beijou deitando ela com cuidado no sofá.
“Posso dormir com você?” – ele perguntou.
“Pode.”
6º Capítulo agora com a ajuda da Marry a gente colocou a fic no site de fanfic ^^ obrigada Marry! É ela que esta scriptando pra mim. Tomara que estejam gostando da fic... ^^
“Sabe... Esse negócio de você ficar dormindo com o no sofá tá virando rotina.” – dizia pra .
Estavam as duas na cozinha tentando fazer um almoço. Os meninos já haviam ido embora, parece que tinham uma coisa pra resolver. Na noite passada, conforme tinha dito, ela não deixou colocar um dedo dele dentro do quarto dela, mas ele tinha dito que dormiram abraçados, igual a e o dormiram no sofá.
“E daí?”
“Vocês tão ficando é?” – provocou .
“É... Estamos...” – ela respondeu com um sorriso.
não falou nada. Estava estática. Nunca pensou que um dia ia ouvir a amiga falar isso. não entendeu a reação da amiga, pensou que ela ia ficar contente, ia sair pulando por aí igual uma doida e escrever em cartazes enormes que ela e estavam ficando.
“Não vai falar nada?” – perguntou pra amiga que ainda estava parada.
saiu do transe e começou a berrar, a abraçar a amiga enquanto pulava fazendo ela machucar . Depois ela parou, respirou fundo, foi até a porta da frente de sua casa e gritou: “A TA FICANDO COM O ! ELES...” – ela não terminou porque fechou a boca da amiga com a mão e a trouxe de volta pra casa novamente.
“Você ta doida?” – perguntou pra amiga.
“Você ta ficando com o !”
“E você precisa endoidar assim?”
“Você ta ficando com o !”
“E precisa fazer essa algazarra toda?”
“Você ta ficando com o !”
“EU SEI!” – disse gritando de alegria. Ela sabia que não podia se envolver com ele, mas quando eles estavam pertos, ela esquecia de tudo. Simplesmente vivia com ele outra vida e sabia que tinha que aproveitar porque em pouco tempo estaria em um mundo completamente diferente do qual ela estava acostumada.
“É difícil a vida de quem não tem o que fazer nas férias.” – disse.
“Eu sei, ainda mais quando estamos na casa da equipadas só de um violão.” – completou.
“Então porque na minha casa?”
“Porque... A ta aqui.” – disse.
“Eu sou importante. Obrigada meninas.” – disse rindo.
“É , a é mais importante.” – disse.
“Desculpa aí o... Importante!” – disse pra .
“Ta desculpada.”
Num sábado, sem nada pra fazer e com clima de chuva em pleno verão, foram todas na casa da com a intuição de que algo melhor acontecesse, sempre acontecia quando as meninas estavam juntas. Mas até aquele momento, nada de mais havia acontecido. tentou ligar pra diversas vezes, mas não conseguia completar a ligação. também tentou ligar pra , mas seu celular estava desligado. Isso tudo estava deixando as meninas cada vez mais irritadas.
Um tempo depois, e muitos filmes e pipocas e refrigerante, estavam jogadas na sala da , todas, quase dormindo no chão mesmo. Até que o celular de toca e todas se assustam.
“Alo?...” – ela atendeu sonolenta.
“Amor? Você ta bêbada?” – perguntou preocupado.
“Eu tava quase dormindo isso sim! Até que uma pessoa que parece que não liga muito pra namorada me liga me perguntando se eu to bêbada!” – disse fazendo com que as meninas rissem.
“Desculpa amor, mas é que temos uma surpresa pra vocês. Onde vocês estão?”
“Na casa da .”
“Então a gente já passa aí, só um minuto.” – desligou o telefone sem nem se despedir da .
“E depois diz que me ama.”
“Eles estão vindo pra cá?” – perguntou.
“Disseram que tem uma surpresa pra nós.”
“Tomara que não seja outro bolo de cenoura com formato esquisito.” – disse rindo.
“Então! É isso!” – apresentou um pedaço de papel com algumas coisas escritas pras meninas.
“Isso o que? Isso?” – disse apontando pro papel.
“Isso!” – disse feliz.
“Mas isso é o que?” – perguntou.
“Isso é o que vai se tornar isso.” – respondeu. – “Você tem um violão?” – perguntou pra que rapidamente estendeu o violão pra ele.
começou a tocar um cover dos Beatles e acompanhou ele cantando. e batiam seus dedos no sofá no ritmo da musica. Quando a musica terminou todos aplaudiram.
“Então isso é uma banda?” – perguntou.
“Isso!” – disse vitorioso.
“Qual o nome?”
Todos pararam de rir e pensaram. Perceberam que não tinham escolhido um nome pra banda, só tinham conversado sobre aquilo. Tinham tido umas idéias, mas nada concreto. E resolveram mostrar pras meninas pra ter sabe né... Uma opinião feminina. E não tinham pensado no nome. Como puderam esquecer a coisa mais importante?
“Hum... Essa é uma boa pergunta. Como é o nome ?” – disse.
“Erm... O nome... É que... a gente não pensou no nome ainda.” – respondeu cabisbaixo.
“Hum... E como vocês vão fazer a banda sem nem ao menos sabem o nome!” – disse.
“É... A gente vai pensar num nome.” – disse seguro.
“Vocês podiam colocar ‘as borboletinhas alegres’...” – deu uma idéia.
“Ou podia ser ‘a ta fumada’” – disse depois fazendo com que todos rissem.
“Vai dizer que minha idéia não foi a melhor?”
“A minha foi. Você pensou no que pra dar aquela idéia?”
“Em você. Meu borboleta!” – disse pra fazendo vozinha de criança.
Passaram o resto da tarde conversando e rindo e tocando violão. Realmente aconteceu alguma coisa boa aquela tarde. Os meninos chegaram lá e deixaram a casa do jeitinho que eles gostavam. Com latas de cerveja e refrigerante jogadas pela sala, meias em cima do sofá e inclusive da que dormia. Pedaços de pizza pela mesinha de centro e é claro, uma alegria constante, mesmo alguns deles estando bêbados.
Passaram o resto das férias inteiras ajudando os meninos a inventar uma musica, a inventar um nome e passando todo o tempo possível com a , porque mesmo quando ela não estava perto deles é porque ela estava agarrada num canto com , os dois não se desgrudavam e por isso as amigas tinham que fazer isso às vezes. Tentaram de tudo pra levantar o astral deles durante as ultimas semanas de em Bolton, mas não adiantou nada. Resolveram fazer academia, isso durou dois dias. Depois tentaram fazer aulas de dança, foi legal as três primeiras aulas, depois, com o corpo todo doendo, resolveram parar.
“Não acredito que é amanhã que você vai.” – disse.
Estavam as quatro meninas no quarto da , dormiram lá pois era a ultima noite de na cidade, e com suas amigas. Estavam todas cansadas e deitadas na cama da conversando sobre coisas que amigas costumam conversar e num minuto de silencio soltou aquilo.
“Nem eu.” – apenas respondeu.
“Me leva com vocêêêêêê!” – disse.
“Se eu pudesse eu levava tudo dessa cidade, tudo mesmo!”
“Vou sentir saudade.”
“Eu também.” – disse em seguida.
“Eu também!” – gritou.
“Eu também.” – disse e as amigas deram um abraço grupal.
“Olha, eu não quero que vocês vão no aeroporto amanhã.” – disse depois do abraço.
“Por que?” – perguntou confusa.
“Não quero me despedir de vocês e se vocês forem, os meninos vão também e vai ficar ainda mais difícil dizer tchau.” – disse chorosa.
“Então não vamos no aeroporto.”
“E por isso eu escrevi umas cartinhas de despedida pra vocês e pros meninos, amanhã eu entrego certinho.”
“... Você me ama?” – perguntou.
“Te amo , você me ama?”
“TE AMO!”
“Vocês são doidas.” – disse rindo.
“Mas a gente se ama.” – disse dando língua pra .
“Vamos logo dormir, estou cansada.” – pediu.
“De fazer o que?”
“De fazer nada.”
Elas riram e enquanto tentavam dormir ainda rolava umas conversinhas. Foram dormir horas depois do combinado e quando menos esperavam acordaram. Procuraram pelo quarto, pela casa e nada, ela já tinha ido ao aeroporto.
“Vamos lá!” – pediu.
“Ela pediu pra não ir.” – disse.
“E deixou as cartas como ela disse.” – disse apontando pra onde as meninas dormiram. Tinha um envelope grosso pra cada uma.
“Vou chorar.” – disse.
entrou no avião contra sua vontade. Não queria ter que fazer aquilo, nem conhecia a família dela que morava no Brasil. Queria poder passar mais uma semana maravilhosa do lado dos amigos. Precisou de uma bolsa extra pra colocar todos os momentos deles juntos, vídeos, fotos, CD’s, cartas. Ela queria poder nunca mais esquecer deles, se esquecer de , queria poder levar todos junto com ela. Apesar disso, deixou um pedaço dela com cada um deles. Todas as coisas que ela escrevia num caderno, por mais sem sentido que fossem, ela separou pra cada um dos sete e colocou dentro dos envelopes, com desenhos, musicas e pedidos pra nunca ser esquecida. Todos, mais ainda , ficou chocado quando acordou de manhã e viu na porta de seu quarto um envelope pendurado, ficou ainda mais chocado quando olhou dentro e encontrou coisas que nunca penso que ia ver em sua vida. Foi aí que percebeu que havia ido embora e não tinha lhe dito um ‘adeus’ ou um ‘até logo’.
Todos os outros encontros que as meninas e os meninos tiveram eram sem graça. Não tinham a pra tirar sarro dela, pra brincar com ela, e sem a ajuda dela, não podiam irritar a . Era um brilho que eles perderam. E foi exatamente isso que escreveu no seu caderno enquanto estava no avião: Foram brilhos na minha vida que temo nunca mais encontrar novamente.
A viajem inteira foi cansativa, incômoda, chata. Não tinha nada pra fazer e a saudade começava a bater nela. Pensava no que faria final de semana, ao invés de ir na casa da incomodar a garota, ela iria pra praia. Invés de ficar sem nada pra fazer, ia ficar sem nada pra fazer num calor horrível. Caiu uma lagrima quando pensou em , as palavras de alguns dias atrás que ele falou pra ela ainda ecoavam na sua cabeça ‘mas eu estou apaixonado por você.’
não conseguia mais comer, nem dormir, nem tomar banho, estava um completo porco surrado no seu quarto. Os amigos não estavam tão diferentes assim. Saiam pra comer alguma coisa de vez em quando, mas quando olhavam pra cadeira que eles cismavam colocar na mesa simbolizado a ninguém mais tinha vontade de ficar feliz. Eles viviam uma mesma pessoa.
7º Capítulo
chegou no Brasil, era quente como todos tinham lhe dito, mas era bonito, era gostoso e ela sentia saudade do friozinho de Bolton. No aeroporto tinham pessoas esperando ela e a mãe. Não reconhecia ninguém.
“Oh! Você é a ? Que grande você esta!” – uma senhora que dizia ser sua tia a abraçou.
“Olha só que linda!”
“Se parece muito com a mãe!”
“Nunca mais te vi!”
“Que bom que você esta aqui!” – tias e avós falavam. Mas pra não era tão bom quanto pensavam.
“O que será que ela esta fazendo agora?” – perguntou.
“Deve estar se agarrando com algum brasileiro gostoso.” – disse pra provocar e recebeu um olhar nada bom de .
“Vamos esquecer a só um pouco e tentar viver sem ela?” – pediu.
“Vamos tentar.” – disse.
“Então... Quem quer sorvete?!” – gritou.
Foram todos pra sorveteria tentando não pensar no que estava fazendo, no que seria se ela estivesse ali, no que seria se nada tivesse acontecido.
“O que será que eles estão fazendo agora?” – perguntou pra si mesmo enquanto desfazia as malas.
“O que será que ele está fazendo agora?”
Pensava, desfazia as malas, falava com ela mesma, dançava quando uma musica qualquer vinha na sua cabeça.
resolveu sair pra conhecer a cidade na segunda semana que estava no Brasil. Era enorme, quente e tinha muita gente nas ruas. Não conhecia nada nem ninguém dali e por isso sua tia tinha lhe dado um mapa de como voltar pra casa no caso dela se perder. Ficou imaginando como seria se seus amigos estivessem lá com ela. Deixou esse pensamento de lado quando deu de cara com uma loja de penhores e viu um violão lindo. ‘A cara do ’ ela pensou. Entrou e deu uma olhada na loja, tanta coisa velha, tanta coisa linda, tanta coisa usada. Quando o senhor perguntou se ela queria algo ela apenas virou de costas e foi pra fora da loja. Não queria conversar.
Parou quando viu uma sorveteria, um sorvete naquele momento a faria bem. Ficou sentada numa mesa de plástico com cadeiras de plástico enquanto tomava seu sorvete e via o movimento da cidade, as pessoas não paravam.
Alguns dias depois as aulas de começaram, nova escola, novo cotidiano, nova vida. Ela mesma achou engraçado quando entrou na escola e descobriu que era a única aluna de fora. Os alunos quase não falavam com ela, não falavam com ela. Uma garota puxou papo com ela depois de algumas aulas.
“Sou .” – ela disse estendendo a mão.
“.”
“Você tem grupo pra fazer esse trabalho?” – ela perguntava do trabalho que a professora de português havia passado.
“Hum... Ainda não.”
“Quer fazer com a gente?”
“Claro.” – ela disse alegre.
acompanhou até umas mesas no pátio da escola onde se encontravam algumas pessoas que eram parte da sua sala.
“Esse é o Renan, Hugo, Marry, e Fernando, eles estão fazendo o trabalho no nosso grupo.”
“Ah! Essa é a aluna nova!” – Hugo gritou fingindo que ninguém tinha percebido que era a aluna nova.
“NÃÃÃÃÃÃÃÃÃOOOO! Sério Hugo?” – disse rindo.
Eles eram divertidos, achou que seriam ótimos amigos.
“Você vai fazer o trabalho de português com a gente?” – Marry perguntou.
“Hum...”
“Ela vai sim.” – respondeu por ela.
“A gente pode te chamar de outra coisa? é muito grande.” – pediu.
“Me chamem de .”
voltou pra casa feliz naquele dia, tinha feito novos amigos e estava pronta pra começar uma vida diferente.
Os anos foram passando, sentimentos surgindo em cima de sentimentos. Os amigos de Bolton quase nem lembravam mais de e ia se esquecendo deles conforme o tempo passava. Ainda se comunicava com eles, claro, através de e-mail, cartas, telefonemas, mas tudo com o tempo se desgasta, e como estavam longe esse tempo encurtou.
As coisas estavam indo bem com . Passou os dois anos seguintes se adaptando a cidade, fazendo amigos, estudando. Quando finalmente terminou o ensino médio sua mãe resolveu que era melhor ela voltar pra Bolton.
“Mas porque mãe?”
“Seu pai conseguiu a promoção no emprego dele e lá você tem mais chances de encontrar um emprego bom.”
“Eu não vou fazer isso outra vez.”
“Eu sei que é difícil pra você, e é mais ainda pra mim...”
“Você não entende mãe, eu tenho amigos aqui, não posso abandonar tudo outra vez como eu fiz em Bolton.”
“Você vai se reconstruir.”
“Eu não quero mãe.”
“Pensa no assunto e depois você me diz se quer ou não.”
“Eu não sei o que ela tem na cabeça .” – estava conversando com ela pelo telefone.
“Se é pro seu bem, eu acho melhor você ouvir.”
“E dizer adeus pra todos vocês? Eu não consigo fazer isso outra vez.”
“Talvez só um ‘até logo’ resolva.”
“Marry...”
“Isso é com você , a gente vai te entender se você voltar pra lá, você é nossa amiga, a gente entende, mas pensa no que é melhor pra você.”
“Parece que você ta me chutando pra fora do Brasil.” – disse e as duas riram.
“Não, que é isso. Se você for pra lá eu tenho que certeza que um dia você volta pro Brasil e a gente mata a saudade.”
“AAAAAAA FOFAAAAA!”
“Quer me deixar surda?”
“Falando em surda, vamos sair hoje?”
“O que surda tem a ver com sair?”
“Sei lá, mas vamos sair hoje?”
“Vamos, liga pros meninos que eu aviso as meninas.”
“Por que eu sempre tenho que ficar com os meninos?”
“Porque eu votei em você.”
“É sério, a gente espera por você aqui.” – disse de boca cheia.
“E se você não vier mais pra cá, a gente vai até você.” – disse.
“Então ta, mas me prometam então.” – disse fazendo bico.
“A gente promete.” – disse com um sorriso.
“Eu prometo só se você me der o resto do seu refrigerante.” – Hugo disse de olho no refrigerante da .
“Você não presta mesmo né.”
“Quando você vai?” – Marry perguntou.
“Acho que vou no outro fim de semana.”
“Até lá você já vai ter cansado da gente.” – disse.
“Posso saber por quê?”
“Por que... A gente vai acampar!”
“Ta doida! Eu não vou não.”
“Por que não ?” – reclamou.
“Eu não gosto, prefiro ir dormir do quarto do Fernando que é quase igual.”
Fernando que até aquele momento não havia dito nada porque estava mais preocupado em comer, desviou seu olhar até o rosto de e lançou um olhar de quem não gostou do que havia ouvido, quando ela virou a cabeça pra ouvir o que dizia Fernando pegou um papelzinho e jogou na cabeça da . Logo depois ela jogou outro papel que acabou acertando . A partir daí começaram a fazer uma guerrinha de papel e chamaram a atenção de todos que estavam na lanchonete comendo seus lanches.
“Deixe eu pegar esses guardanapos, da licença.” – um garçom disse entrando no meio da guerrinha pra pegar os guardanapos deles.
“Estraga prazer.” – Hugo disse sem que ele ouvisse.
“Eu disse que era quase igual.” – disse assim que chegaram na casa de Fernando.
Todos concordaram em dormir o fim de semana lá, menos ele que queria paz e sossego no primeiro fim de semana depois do termino das aulas.
“Engraçadinha.”
“Ainda bem que sobra espaço pra gente dormir.” – disse rindo.
“Cala a boca, meu quarto nem é tão bagunçado assim.”
“Não mesmo, agora ele está mais ajeitadinho.” – disse enquanto ria.
Fernando deu um risinho sem graça fazendo os outros rirem logo depois. Seria um fim de semana e tanto, nunca havia dormido tanta gente assim na casa de Fernando e até a mãe dele estava espantada. Mas claro que ajudaram levando comida, não iam viver só da comida da casa de Fernando, até porque aquela comida não ia durar nem o primeiro dia, não com o lá, o menino come um monte e ainda consegue manter o corpo ¬¬, vai entender.
“Verdade ou conseqüência?” – perguntou pra enquanto estavam na mesa jantando, sem os pais de Fernando claro.
“Verdade.”
“Você já beijou alguém?”
“Já, e você?”
“Não é minha vez ainda...”
“EEEEEEEEERRRRR!!” – Hugo gritou só pra encher o saco mas fez com que todos rissem.
“Erro de cena, então, , você já beijou alguém dessa cozinha?”
olhou em volta e parou com os olhos em cima de Fernando, os dois ficaram vermelhos e não adiantou ela responder mais nada, tinha dado a resposta na hora.
“, você já se apaixonou?”
“As perguntas que você faz pra ele, até parece que ele vai responder...” – dizia mas respondeu.
“Já.”
“Hugo, você toma banho?”
“Eu não! Desgasta minha beleza.”
“Que gay.” – Marry disse e todos riram.
“Marry, você gosta de mim?”
“Gosto, você é meu amiguinho.” – ela respondeu apertando as bochechas de Hugo.
“Fernando, você é mudo?”
“Só quando eu quero. , você ama a gente?”
olhou as pessoas que estavam na mesa, sentiu os olhos marejarem quando lembrou de seus amigos que estavam em Bolton e sentiu a saudade que ela não sentia fazia muito tempo.
“Amo vocês.”
“Você vai se lembrar sempre da gente?” – perguntou.
“Não é a sua vez, é a minha.” – protestou.
“E daí?”
“Responde .” – Marry pediu.
“Vou lembrar sempre de vocês.”
“Eu quero uma foto!!” – Hugo pediu.
“Isso mesmo, pega lá a câmera Fernando.” – pediu.
Fernando subiu as escadas pra procurar a câmera e ouviram várias coisas caindo no chão, algumas se quebrando e alguns palavrões antes dele descer as escadas.
“ACHEI!”
Se aprontaram todos e tiraram a foto na cozinha de Fernando mesmo. Ninguém saiu sério na foto, já tinham quase 18 anos mas quando estavam juntos a maturidade sumia e viviam a vida deles como eles mesmo queriam.
Os amigos passaram o fim de semana o mais juntos possível, até pra ir no banheiro eles queriam ir juntos (n.a.: eu sei que exagerei agora xD). Eles intercalavam estudo com diversão, mesmo estando nas férias faziam cursinhos. Os amigos passaram a tirar foto de todos os momentos juntos, até de quando um passarinho fez cocô na camiseta de enquanto eles caminhavam de manhã tiraram foto. E até dos momentos mais inúteis, tipo enquanto um dormia, o outro filmava. Eles não tinham mais nada pra fazer e era uma maneira de lembrar sempre deles.
“Vou sentir saudade de você filha.” – a mãe de se despedia dela. Ela estava pronta pra entrar no avião e em alguns minutos ia deixar o país pronta pra mudar a vida novamente.
“Também vou sentir sua falta mãe.” – ela disse abraçando a mãe.
“Me liga quando chegar lá.” – a mãe pediu enquanto limpava algumas lágrimas.
“Ligo.”
De repente ouviram uma correria vindo da porta do aeroporto. Seis pessoas correndo igual uns doidos, desviando de malas, pessoas, crianças, e pior ainda, gritando ‘’.
“Meu Deus, eu não conheço.” – disse afundando o rosto no ombro da mãe.
“! Você ainda não viajou.” – Hugo disse assim que chegou perto dela.
“Não Hugo, eu ainda estou no avião.”
“A gente veio se despedir.” – avisou.
“Viemos dizer ‘até logo’.” – Marry disse abraçando a amiga.
Logo depois os outros abraçaram na mesma hora, a conclusão disso tudo foi um tombo, caíram todos um em cima do outro, gerando risadas não só de quem estava no abraço mas também de quem estava vendo a cena no aeroporto. Depois de se recomporem novamente se despediram de individualmente, nunca dizendo adeus.
“Escreve pra gente.” – disse deixando uma lagrima cair.
“Escrevo sim .”
subiu no avião com a mesma sensação da primeira vez que fez aquilo, medo, saudade, tristeza. Tinha medo de chegar em Bolton e as coisas tiverem mudado, tinha medo de sentir saudade, sentia tristeza por estar fazendo aquilo novamente, mas agora por ela mesma. A mesma mala que ela tinha levado com fotos pro Brasil, agora voltava cheia de momentos de lá.
fez a viajem toda olhando pela janela na esperança de ver um pouco do que seria sua vida de agora em diante. Queria pelo menos imaginar mas não conseguia, se via no mesmo momento pela segunda vez. Estava no avião, chorando de saudade dos amigos que veria em breve, e não nunca mais.
8º Capítulo
“É sério, eu estou em casa.” – conversava pelo telefone com sua mãe.
“Estou segura mãe... É, o pai foi me buscar no aeroporto... Ainda não falei com eles... Eu ligo pra sim mãe... Diga que eu também estou com saudade... Tchau.”
Desfazer as malas. Enquanto fazia isso pensava num jeito de falar com , será que ela ainda seria a mesma? Talvez se tivesse mudado algo não saberia quem seria ela. E se todos tivessem mudado e não andassem mais juntos? E se tivessem esquecido dela? Deixou esses pensamentos de lado quando ouviu a campainha tocar.
“?” – ela disse assim que viu quem tinha tocado. Ele continuava com a mesma carinha de anjo de sempre, os cabelos bagunçados, a calça caindo, e aquele sorriso no rosto que sentia tanta saudade.
“!” – gritou abraçando ela.
“!”
“!”
“!”
“!”
“Você chegou quando?” – disse se desfazendo do abraço.
“Á algumas horas. O que você ta fazendo aqui?”
“Vim te ver, sua mãe ligou lá em casa.”
Formou o silencio, olhava cada pedaço de , como ela tinha mudado, estava mais bronzeada, com mais curvas, estava uma adulta. ficou surpresa em ver que mesmo com as calças caindo ainda era aquela pessoinha que era à 2 anos atrás.
“Vamos, estão todos te esperando na praça.” – ele disse e estendeu a mão pra que aceitou fechando a porta atrás de si.
“!” – gritaram quando viram e .
“GENTEEEEE!!!!!!”
foi a primeira que abraçou a amiga, estava tão feliz em vê-la outra vez. Depois foi a vez de , deu um abraço apertado e cheio de pulinhos igual ao que deu. abraçou a amiga tão forte que ela não conseguia nem respirar direito, teve que pedir pro amigo se acalmar. pegou ela no colo e a rodou até não sentir mais o chão. E , bom, deu um abraço meio tímido.
“Não precisa ser desse jeito, me abraça direito.” – pediu.
fez o que ela tinha pedido e a abraçou como um amigo abraça uma amiga que não vê a tempos. Eles estavam tão felizes que nem perceberam o tempo que passaram abraçados.
“Saudade.” – ela sussurrou no ouvido dele.
“Muita saudade.” – ele sussurrou de volta.
“Sério que você ainda tem?”
“Claro , foi a ultima coisa que você deixou pra gente e... Eu trouxe...” – disse mostrando o envelope.
“Eu trouxe também.” – disse mostrando o envelope dele.
Todos haviam levado seus envelopes, deixaram emocionada.
“E não mostramos pra ninguém, como você pediu.” – disse.
pegou os envelopes e abriu todos, deixaram que todos vissem o que ela deixou pra cada um. Fotos, poesias, musicas, CD’s, cada um tinha um diferente.
“Que legal .” – disse assim que pegou um desenho que antes estava no envelope de .
“Eu e fazíamos aula de desenho a um tempo atrás.”
“Suas poesias são legais também.” – disse enquanto lia uma.
“Obrigada.”
“Eu posso pegar esse CD emprestado?” – perguntou.
“É do , pergunta pra ele.”
“Você não vai querer de volta?” – perguntou.
“Eu dei pra vocês, agora vocês fazem o que quiserem.”
“Já que ninguém mais vai falar, eu falo. Vamos sair hoje?” – disse.
Todos olharam pra ela e riram. deixou feliz, ela ainda tinha aquela vontade de sair sempre, mesmo quando as coisas não estavam nada bem convidava as amigas pra sair, tomar um ar e sempre ajudava. Ela era a mais divertida.
“E pra onde a gente vai?” – perguntou.
“Vamos pro cinema.”
“Ainda tem cinema aqui?” – perguntou.
“Tem, agora com um filme por semana.” – respondeu rindo.
“Vamos?” – perguntou.
“Vamos!” – todos responderam juntos.
“Então eu vou pra minha casa me arrumar, não quero chegar atrasada.” – disse e se despediu dos amigos antes de pegar o rumo pra sua casa.
“Arrumar?” – perguntou não entendendo o que a amiga acabou de dizer.
“Longa história.” – deu de ombros.
“Então, quando que é o filme?”
“Daqui umas duas horas...” – respondeu.
“Vou aproveitar e arrumar o resto das minhas coisas.”
“Eu passo na sua casa depois?” – perguntou antes da amiga se despedir dela.
“Passa. Até mais gente.”
“Você não ia arrumar as suas coisas?” – perguntou assim que entrou no quarto de .
“Eu arrumei...”
“E o que é esse monte de roupa aqui?”
“É que não coube no meu guarda-roupa. Eu achei que não ia ter mais roupas minhas aqui, mas tem.”
“Você usava isso?” – perguntou mostrando um biquíni pra que estava passando seu lápis no olho.
“Usava...” – ela deu de ombros.
andou até e segurou em seus ombros.
“O que aconteceu com a minha ?” – ela dizia enquanto balançava de um lado pro outro.
“Calma , usei só umas três vezes.”
“Já me sinto aliviada.”
Boa parte do caminho até o cinema as meninas fizeram em silêncio. Só se ouvia o CD que a colocou pra tocar no seu carro. Era como se fossem desconhecidas. Uma tinha medo de puxar papo com a outra. Até que a cena daquela tarde bateu na cabeça da .
“, o que aconteceu com a ?”
“Por que?”
“Ela saiu mais cedo pra se arrumar e não chegar atrasada...”
“Ah, é assim desde quando terminou com ela.”
“O QUE?!?!?!?!?!?!”
“Segundo ele, não tava mais dando certo.”
“Cretino.”
“Eu também pensei isso, mas parece que a não ligou muito.”
“Ta doida?! Ela saiu pra se arrumar!”
“Ah...”
“Preciso conversar com ele.”
“Pensei que não chegariam hoje!” – disse assim que viu as meninas entrarem pela porta do cinema.
“Não ia te deixar esperando.” – disse cumprimentando todos.
“Que filme temos hoje?” – perguntou.
“De volta para o Futuro.” – respondeu olhando o cartaz.
“Não agüento mais ver esse filme.” – resmungou.
“COMO ASSIM NÃO?!?!?!?! Ele é O filme !” – gritou.
“Então vamos entrar logo porque somos só nós aqui.” – disse e empurrou todos pra dentro da sala.
Foram todos se sentar nas fileiras da frente, menos e que foram pro fundo fazer o que eles sabiam fazer de melhor quando estavam juntos e sozinhos. sentou de um lado do cinema enquanto sentou do outro. ria enquanto tentava se sentar do lado de pra ficar abraçado com ela e ela não deixava. E ... Onde estava ?
“, cadê o ?”
“Acho que vai demorar um pouco pra chegar.” – ela respondeu enquanto tentava manter as mãos de longe dela.
“Ele disse que tinha que passar num lugar antes... Olha lá ele.” – apontou pra porta da sala onde ela viu entrar, com mais alguém.
“Quem é?” – perguntou cochichando pra .
“Oi gente.” – cumprimentou os três e depois olhou pra . – “Essa é Lisa. Erm... Minha namorada.”
“Oi Lisa.” – cumprimentou ela.
Namorada?! Não sabia o que fazer, o que pensar, ficou estática. Durante o filme inteiro ela tentava ignorar as risadinhas que o casal -Lisa davam. Nossa, como ela tinha sido estúpida em pensar que ainda tinha alguma coisa com . queria sair de lá correndo, não ia agüentar ficar ali por muito tempo. Namorada...
“POR QUE VOCÊ NÃO ME AVISOU?!” – gritou assim que ela e entraram no carro pra voltar pra casa.
“Seria pior se você soubesse antes.”
“Ta sendo pior agora... Como eu pude ser tão estúpida.” – dizia e batia sua cabeça no painel.
“, você foi embora por dois anos. Não esperava chegar aqui e encontrar tudo do mesmo jeito né?”
“Esperava... Pelo menos você e continuam com suas briguinhas.”
“Ah, nem me fale. Queria que ele mudasse e parasse com isso.” – ela disse e riu.
chegou em sua casa, seu pai já estava na cama. Ela tomou um banho e depois deitou em sua cama. Se lembrou das ultimas duas semanas que ela passou em Bolton antes de ir pro Brasil. Foram as duas melhores semanas de sua vida. E a frase que ela ainda ouvia : ‘mas eu estou apaixonado por você.’ Naquele momento ela ouviu diferente, ela ouviu um ‘mas estou apaixonado pela Lisa.’ Então foi aí que tudo começou, uma lagrima desceu pelo rosto dela e ela se culpou o resto da noite por ter deixado Bolton. Podia estar tudo tão diferente e melhor, melhor do que estava agora. Ela adormeceu depois de não ter mais forças pra chorar e só foi acordar com uma travesseirada.
“AI!” – ela reclamou.
“Vamos pra casa do .” – disse abrindo as janelas.
“Não...”
“Vamos sim , vai ta legal.” – pedia.
“Se aquela Lisa tiver lá eu não vou.”
As amigas olharam pra e disseram pra ela que era melhor deixar passar, não era culpa de se ele tinha uma namorada agora, ela não podia fazer mais nada. Um dia ou outro ele ia ter uma namorada e ia apresentar ela pra e aquele dia foi na verdade na noite passada. O que tinha que fazer era partir pra outra também, arrumar um homem bem gostoso e se exibir com ele na frente de pra ele ficar com ciúmes.
“Até parece que eu ia fazer isso, vocês são doidas.” – disse rindo.
“Tá, não precisa de exibir com ele na frente do , mas é pra você esquecer esse tonto do .” – disse.
“E anda logo se não vamos ficar sem comida.” – disse empurrando da cama.
“Ainda continua uma bagunça.” – disse pra .
“E daí? É minha casa, se eu quisesse pintar ela de amarelo néon eu pintava.”
“Duvido!”
“É, não pintava não.”
“Cadê a comida dessa casa? Eu to com fome.” – reclamava.
“Que comida? Não tem comida.” – disse.
“Cadê o ?” – perguntou baixinho pra .
“Esta lá fora com o .”
Ela foi até o quintal dos fundos e encontrou os dois sentados cada um com um violão na mão. E graças que Lisa não estava lá.
“Já acharam um nome pra banda?” – ela disse assim que os dois notaram a menina olhando pra eles.
“Ainda não, mas com certeza vamos encontrar.” – disse.
andou até uma cadeira e sentou lá tirando o violão da mão de e tocando algumas notas.
“Ainda lembra.” – disse.
“EU PRECISO DE AJUDAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!” – gritou da cozinha.
“Eu vou...” – disse e se arrastou até a cozinha.
“Então, por que você terminou com a ?” – perguntou assim que viu entrar na cozinha.
“Não tava dando certo.”
olhou pra ele com cara de quem não tinha acreditado.
“É sério!” – ele se defendeu.
“Conta essa historia direito, eu sei que você ta escondendo alguma coisa.”
“Mas não conta nada pra ninguém ta?”
“Ta , conta logo.”
“Uns meses depois que você foi pro Brasil, as coisas entre eu e a esfriaram, e você sabe como eu sou né? Eu preciso sempre de alguém pra mim. Então um dia eu fui pro pub sozinho e conheci uma menina, a gente saiu junto algumas vezes e... Dormimos juntos algumas noites e eu me sentia culpado por estar fazendo aquilo com a e terminei com ela.”
“Você é um cachorro .”
“Obrigado.”
“Ainda bem que você terminou com ela. Ela já sabe da historia toda?”
“Tá doida?! Eu não contei pra ela.”
“Então trate de contar pra ela e pedir desculpa!”
“Mas ...”
“Mas nada! Você terminou com ela dizendo que vocês não se davam bem, mentiu muito seriamente!”
“Eu sei...”
“ENTÃO TIRA ESSA BUNDA DESSA CADEIRA E VAI SE DESCULPAR COM ELA PORRA!”
se assustou com o grito que deu. E sabia que estava passando da hora de contar a verdade toda pra . Ele estava decidido mesmo a contar a verdade mesmo que fizesse mal pra ela, e ele tinha certeza que ela ia ficar muito mal com aquilo tudo.
“Aff , cala a boca. É claro que os homem daqui são muito mais bonitos do que os homens do Brasil.” – dizia pra ela.
“Você não conhece todos os homens de lá então.”
“E você não conhece todos os homens daqui?” – disse de boca cheia.
“Hum... Eu acho que conhecer só vocês me basta.”
“Olha, eu tenho uma surpresa pra você.” – disse pra enquanto fuçava na sua bolsa.
“Oba! Surpresa!”
tirou da bolsa dela a ultima foto que eles tinham tirado juntos, antes da ir pro Brasil. Lá estavam todos com cara de sério, menos que estava se divertindo muito olhando o decote de .
“ pervertido.” – disse rindo.
“Da onde você tirou isso?” – perguntou.
“Bom, do ultimo dia aqui na minha casa.” – respondeu.
encontrou ela e na foto. Ele estava abraçando ela por trás e tentando fazer cara de mal.
“Não, eu não vou conversar sobre a Lisa” estava agora na sua casa conversando com pelo telefone.
“Eu também não conversaria, odeio aquela garota.”
“Eu também, e olha que eu só conversei com ela por dois segundos.”
“Sorte sua.”
“Ainda bem que você e continuam firme o namoro.”
“Eu sei...”
“O que vão fazer amanhã?”
“Ah... A gente pode ir na casa da , faz tempo que não vamos lá.”
“Ta bom então, eu tenho que desligar, tchau baby.”
Ainda bem que não tinha falado nem visto mais aquela Lisa, não agüentou nem ver ela e juntos no cinema imagina fora dele. Mas e agora? não podia fugir de Lisa todo o tempo, uma hora ou outra ia ter que encarar a menina, conversar com ela. E ela pedia que esse tempo não chegasse tão de pressa.
9º Capítulo
“Que invasão é essa na minha casa?” – disse quando ouviu as meninas entrarem na casa dela.
“A gente veio almoçar aqui, tem almoço?” – perguntou expulsando do computador dela.
“Não, não tem almoço.”
“Então vamos pedir pizza.” – disse pegando o telefone e ligando pra pizzaria.
“Vocês são rápidas, eu estou impressionada.”
“Obrigada . E ah, , chama os meninos pra virem aqui também.” – disse.
Depois que a disse aquilo as três meninas soltaram um ‘Ah não , nem pensar.’ Fazendo ela rir, mas sabiam que não ia adiantar muito fazer aquilo porque logo depois pegou seu celular e ligou pra que automaticamente ligou pros outros meninos e depois estavam os oito (isso mesmo, oito porque a Lisa não foi! Ainda bem) na cozinha da totalmente calados.
“Vocês podem falar alguma coisa?” – pediu.
“Cala a boca .” – disse.
“Não to mais agüentando isso aqui, vou jogar play station.” – ele disse e foi pra sala da .
Logo depois foi atrás dele porque ouviu o barulho de alguma coisa se quebrar. Depois e foram ter mais privacidade e deixaram , , e na cozinha. mandou um olhar pra pedindo que ela saísse pra ter aquela conversa com a .
“... Vamos lá fora eu preciso conversar com você.” – se arrependeu muito por ter dito aquilo, agora ela encurtou totalmente o tempo que ela gostaria de ter pra não conversar com sobre eles.
Os dois se dirigiram até a varanda, sentaram numas cadeiras que tinha lá e ficaram se encarando, um olhava pro outro, não diziam nada.
“Então... O que queria falar comigo?”
“Eu... Ham... fiquei feliz por você ter encontrado uma namorada.” – droga, ela tinha que ter falado aquilo?
“Obrigado ... Sabe foi difícil encontrar alguém.” – ele disse corando.
“, eu tenho que te pedir desculpas ainda né.”
“Por quê?”
“Desculpa por ter ido embora e não ter me despedido de você.” – ela disse olhando pros seus pés. se aproximou dela e pegou em seu queixo levantando sua cabeça fazendo com ela olhasse pra ele.
“Acho que foi muito melhor você ter deixado suas coisas comigo do que ter se despedido. Então eu te agradeço.”
“ você... Você ama a Lisa?”
“Não do jeito que eu te amei.”
olhou pros olhos deles e ele viu que os olhos dela estavam cheios de lágrimas, eram olhos que pediam pra que ele não dissesse o que realmente sentia. Mas ele tinha que dizer.
“ eu, me senti muito mal quando você foi e você fez muita falta, ainda faz, mas quando eu conheci Lisa foi um jeito de, de tentar te esquecer e...”
“Não diz mais nada, eu entendi.”
“Não, não entendeu.”
“Você queria me esquecer deixar tudo o que você sentia por mim de lado, deixar tudo o que EU sentia por você de lado e por isso achou naquela vadia uma saída!”
riu pelo que acabava de dizer, não acreditava que ela pensava daquele jeito.
“Por que você esta rindo?”
“Não é nada disso.” – ele disse enxugando as lagrimas dela. – “Me deixa terminar de contar?”
“Ta...” – ela murmurou.
“Até dois dias atrás eu não tinha você, e quando eu te vi no parque eu esqueci da Lisa completamente e depois de ontem no cinema eu não conseguia mais ficar perto dela. Ela só me falava em como eu tinha ficado com você, em como eu pude ficar com você pra depois você me abandonar...”
“Eu não quis fazer aquilo.”
“Então eu terminei com ela. Eu terminei com ela porque naquela noite eu dormi pensando em você e percebi o quanto você me faz falta.”
“...”
“E eu percebi que eu também te fiz falta.” – ele disse com um sorriso maroto.
“!”
“Eu sei que vai ser difícil pra gente voltar a ser amigo do que jeito que era, mas eu quero tentar.”
“Eu também.”
se levantou e ficou de frente pra ela.
“Amigos?” – ele disse estendendo a mão.
levantou também e apertou a mão dele.
“Amigos.” – e depois se abraçaram. Amigos outra vez, ela estava tão feliz com aquilo.
Depois viram sair pela porta da cozinha com a cara vermelha e logo depois saiu a correndo atrás dele.
“SEU CACHORRO! SEU PORCO! NOJENTO!” – ela gritava enquanto corria atrás dele.
segurou e fez ela sentar na cadeira que antes ela estava sentando e fez sentar na cadeira que antes ele estava sentado. começou a chorar, estava soltando tudo o que estava guardado nela. agachou na frente da amiga e abraçou ela.
“Ele é um idiota , nunca devia ter ficado com ele!” – ela falava entre soluços.
“, calma, ele não é idiota.”
“CLARO QUE É ! VOCÊ NEM SABE O QUE ELE ME FEZ!” – gritou e depois olhou com cara de desgosto pra que estava de cabeça baixa enquanto conversava alguma coisa com .
“Eu sei muito bem o que aconteceu, ele me contou ontem e eu fiz ele prometer que ia te contar a verdade.”
“Eu preferia não saber disso.” – disse olhando pra novamente.
“Ele disse sobre a garota?”
“Disse.”
“E sobre as noites deles?”
“Disse.”
“E sobre a culpa?”
“Disse.”
“E sobre te amar mais que tudo?”
parou e pensou, não tinha lhe dito isso, não mesmo. Tinha dito da menina, das noites deles juntos, da culpa enorme que ele sentiu, mas não tinha dito que ele a amava.
“Não, não disse.”
que ouvia tudo o que elas estavam conversando empurrou e pegou no braço de levantado ela pra que ela ficasse de frente pra ele. e que não entenderam nada somente se afastaram e ficaram vendo o que estava acontecendo.
“Eu te amo mais que tudo.” – disse olhando nos olhos dela.
“Acho que esta meio tarde pra você vir me dizer isso. , eu vou pra casa, não to me sentindo bem.” – disse e depois saiu da casa.
“Outch.” – disse fazendo só com que ouvisse.
estava inconformado, como pode fazer isso com a , a mulher que pra ele era a única. E quando tentou dizer isso pra ela, ela simplesmente virou a mão na cara dele. foi embora da casa de depois de um tempo com a mesma desculpa que não estava passando bem.
“Arrumamos um casal de amigos hoje, quebrou um vaso da minha mãe, e estavam quase fazendo filhos e, estragamos um casa de amigosl. Dia agitado hoje.” – disse deitada no sofá da sala. Estavam todos lá assistindo filme, que já tinha acabado. e estavam abraçados num sofá e e dividiam outro. estava deitado no tapete perto de .
“E que dia.” – acrescentou.
“Acho que vou pra casa, não vai ter janta aqui mesmo né?” – disse se dirigindo pra porta.
“Eu vou com você, tchau gente.” – se despediu.
Enquanto andavam o clima ia ficando cada vez mais frio, frio mesmo, estavam entrando no inverno já. apertou o moletom contra seu corpo.
“Está com frio?” – perguntou.
“Você não?”
“Vem aqui.” – ele abriu um braço e passou ele em volta do pescoço da dividindo a blusa dele com ela.
“Aqui está quentinho.” – ela riu.
“O clima vai ficar estranho assim entre a gente?”
“Não esta estranho.” – ela deu de ombros.
“Então me beija.”
“VOCÊ TA DOIDO?!” – ela gritou se afastando dele.
“Tava brincando.” – ele disse rindo.
“Besta!” – ela disse entrando de baixo do braço dele novamente.
“Mas não ia ser tão ruim ia?”
“Para !”
“Eu sei que você me ama.”
“Convencido.”
“Bom, eu te amo.”
“Para com isso .”
“Isso o que?”
“Dizer que me ama. Até algumas horas atrás eu me lembro que éramos AMIGOS.”
“Mas eu quero que você saiba. Você é especial pra mim.”
“E pra mim também , mas acho que a gente tem que ir devagar...”
“Nós estamos indo devagar.”
“Não, não estamos.”
encontrou sua casa e a casa de ficava em outro sentido da sua, então era a hora deles se despedirem.
“Te vejo amanha .” – disse dando um beijo na bochecha dele.
“...” – ele segurou no braço dela.
Antes de ela pensar em alguma coisa pra falar pra ele, ela sentiu os lábios dele no dela. Como era bom. Bom de mais... Mas o que ela tava fazendo, não podia. Se afastou dele e foi embora, sem falar mais nada.
“É algo diferente pra se fazer.” – disse. Estava no quarto da , junto com as outras meninas na manhã seguinte.
“O que fez vocês virem tão cedo em casa?” – perguntou sonolenta.
“A .” – e responderam bocejando.
“Eu já imaginava.” – disse. era a única que estava meio doida naquela manhã, parecia que nem tinha dormido de tanto que falava.
“Então, vamos patinar.” – disse novamente.
“Um, eu não tenho patins; Dois, eu to com sono.” – disse.
“A gente sai pra comprar, a e a disseram que também não tinham.”
segurou nos ombros da e disse.
“Você não dormiu nada né?”
“Por que você ta me perguntando isso?”
“Pelo tamanho das suas olheiras.”
“Eu não consegui desculpa.”
“Mas podia ter deixado a gente dormir, não temos um estoque de café igual a você” – disse deitando na cama de .
“Vamos patinar, por favor?”
“Ta bom, eu vou.” – disse se levantando da sua cama e indo direto pro banheiro.
“Ta, eu vou também.” – disse deitando em cima da .
“Eu também vou.” – murmurou.
“Legal, agora falta chamar os meninos.” – disse pegando o telefone. Quando ouviu o que a tinha acabado de falar rapidamente tomou o telefone da mão da menina.
“Você não ta acordando a gente a essa hora pra patinar só pra chamar os meninos e conversar direito com o né?”
“Claro que não...” – disse, mas não se conformou. – “Tá, só um pouquinho. É que eu passei a noite inteira tentando achar um jeito melhor de ser feliz com ele e eu encontrei e não vou ter coragem se não tiver mais cafeína no meu sangue então prec ser agora.”
“O que a gente não faz por você?” – murmurou ainda em baixo da .
Chegaram os oito no rinque de patinação (n.a.:não de gelo porque... ainda não é a hora do gelo) e não tinha muito gente lá. Talvez estivessem fazendo coisas melhores num sábado de manhã. ensinava a andar com seus patins, desviava de , conversava com e e só davam voltas em silencio.
“Não vai conversar comigo?” – perguntou.
“Sobre o que?”
“Sobre noite passada?”
“Eu não tenho nada pra conversar com você sobre noite passada.” – ela disse e começou a patinar mais rápido.
“!” – gritou. Nossa ia dar mais trabalho do que ele pensava!
alcançou , o que foi muito difícil porque não podia andar pelo lado contrario que as pessoas iam, ele descobriu isso quando uma menininha passou o pé nele e gritou pra ele ir pro outro lado. segurou no braço de fazendo com que ela parasse e ficou de frente pra ela com a cabeça abaixada tentando recuperar o fôlego.
“... Eu sei... Eu sei que ontem eu fiz besteira... Mas eu quero que você saiba... Que eu...” – foi nesse momento que aquela menininha que tinha passado o pé no empurrou em cima de fazendo ela cair em cima dele e depois gritou que não era pra ficarem parados.
Quando viu a situação que estava não queria sair dali nunca.
“E eu que antes odiava a garota.” – disse com um sorriso maroto. tentou levantar mas ele não deixou. – “A gente precisa conversar.”
“Se estivéssemos numa posição mais confortável eu deixava numa boa.”
“Assim esta ótimo.”
“Então fala logo o que você tem que me dizer .”
olhou pra ela, ela olhou pra com cara de indagação. deu um sorriso maroto e fez cara de espanto. olhou pra ela carinhosamente e ela retribuiu o olhar. Então ele aproximou seu rosto do dela, seus narizes se tocaram, um sentia a respiração do outro e antes de continuar cochichou.
“Achei que seriamos só amigos.”
“E somos...”
“Que tipo de amigos ficam nessa situação?” – ela disse rindo.
“O tipo de amigos que nós somos.”
“E que tipo é esse?”
“Amigos com benefícios?” – ele disse e depois aproximou mais o rosto dela do dele puxando ela pela nuca. estava com a boca grudada na boca dela e com a língua fez com que ela abrisse a boca. Suas línguas se tocaram e os corpos se arrepiaram. Aí veio a menininha de antes e tropeçou nos dois.
“Você é chata heim!” – reclamou pra ela.
“E você é um imbecil!” – ela disse e depois deu um soco no braço de .
“Apanhando dela? Nunca pensei que veria isso.” – disse rindo.
“Você ri porque não foi com você, mas doeu.” – ele disse fazendo vozinha de criança.
“Então vamos logo sair daqui antes que ela volte.” – disse se levantando e logo depois estendendo a mão pra ajudar a se levantar.
10º Capitulo estou tão feliz que estou no décimo capitulo que vou escrever aqui! ^^ eu sei que o nono capitulo vocês devem não ter entendido, mas o seu bebê McFly fez aquilo porque amava você, tinha ido com a Lisa pro cinema porque realmente estava com ela, mas depois de ver você ele simplesmente não agüentou mais e teve que dizer pra você que ainda te amava. E você, muito, muito, muito confusa mesmo deixou que ele se aproximasse de você e lhe desse um beijo. Não posso dizer quem saiu ganhando porque beijar um McFly é um sonho de consumo acho que de todas nós. Então, essa foi uma breve explicação sobre o capitulo anterior. Divirta-se com o capítulo 10!
“Amigos com benefícios?! Da onde ele tirou isso?” – perguntou pra amiga. Acabaram de chegar à casa da e ela estava no quarto conversando sobre o que aconteceu no ringue com .
“Não sei , mas acho que vai facilitar pra nós dois.”
“Como assim facilitar ? É claro que vocês foram feitos um pro outro. Por que esse negócio de amigos agora?”
“Você não ia entender, você nem deixa o se aproximar de você. E você gosta dele.”
“Isso é outra conversa, não começa.”
“Olha, eu tenho certeza que ainda vou poder continuar paquerando outros garotos e ainda por cima, poder beijar o quando EU quiser.”
“Ou quando ELE quiser.”
“Isso não vem ao caso.”
“Claro que vai! Eu que mando nessa budega!” – gritou da sala da .
“Desculpa , você manda onde?” – disse descendo as escadas.
“Ham... Ah, é que eu quero assistir De Volta Para o Futuro.”
“E não deixa , ele assisti esse filme sempre.” – disse.
“Deixa sim, o filme é super legal.” – protegeu o amigo.
“É, vamos assistir sim.” – disse pegando o filme da mão de e colocando no DVD.
“Isso não é justo.” – reclamou.
“Eu também acho, mas, a casa é dela.” – sentando-se no sofá.
O filme ia passando e as pessoas da sala iam dormindo uma em cima das outras, estavam exaustas ainda. Até que se levanta do nada, fazendo quase cair do sofá, ele para o filme, fazendo algumas pessoas reclamarem, acende a luz da sala, fazendo mais pessoas ainda reclamarem, sobe em cima da mesinha fazendo a reclamar e fala.
”Eu acho que a nossa banda devia se chamar.... MCFLY!”
“Você ta doido? Nem pensar , pensa num nome melhor.” – disse dando play no filme novamente.
voltou pro seu lugar triste, tinha sido sua melhor idéia. E isso despertou o interesse dos amigos pra esse nome, mas não queriam dar o braço a torcer, talvez pudessem lembrar de um nome melhor. Foi aí que saiu correndo do sofá, quase pisando em que estava deitada no tapete, parou o filme, recebendo palavrões de todos, acendeu a luz, dessa vez recebendo almofadadas e subiu em cima da mesinha de centro, fazendo gritar um palavrão feio pra ele.
“Eu concordo com o , a nossa banda deveria se chamar McFly.”
“E você chegou a essa conclusão por que...?” – disse.
“Por quê?! ALO?! D. JONES!” – ele disse apontando pra TV.
“Ta bom... Quem quer que a banda se chame McFly?” – disse levantando a mão.
Os quatro integrantes da banda levantaram a mão, inclusive as meninas, MENOS, .
“Por que não?” – perguntou.
“Eu ainda prefiro ‘As Borboletinhas alegres’” – ela disse rindo.
“Cala a boca !” – disse rindo e jogando uma almofada na amiga.
“Então o nome da banda é McFly?!” – perguntou subindo em cima da mesinha de centro junto com .
“Desce daí agora !” – mandou.
“Isso mesmo, McFly!” – disse subindo na mesinha de centro.
“MCFLY!” – disse subindo também.
“DA PRA VOCÊS DESCEREM JÁ DA MESA?!” – disse e antes deles descerem viram a mesinha se quebrar.
“A gente da um jeito.” – disse vendo a cara de brava da .
“Isso merece uma comemoração.” – disse.
“Isso o que?” – disse não entendendo do que ela estava falando.
“O fato de vocês terem escolhido McFly pra banda de vocês invés de As Borboletinhas alegres.”
“É, eu também acho que precisamos de uma comemoração.” – disse.
“Que tipo?” – perguntou.
“Vamos pro pub, acho que um cantor de fora esta tocando lá hoje.” – disse.
“Ótimo, então, vamos logo porque se não depois fica tarde.” – disse empurrando os meninos pra fora da casa da .
“Tchau meninos.” – elas falaram em coro.
“Como que ficou o seu negocio com o ?” – disse procurando uma roupa pra vestir.
“Não ficou.” – ela respondeu.
“O que aconteceu então?” – perguntou do banheiro.
“Aconteceu que a gente conversou e resolvemos sermos só amigos, acho que isso é o melhor que a gente faz.”
“Se você acha isso.” – disse.
“CHEGAMOS!” – os meninos gritaram quando entraram na casa da .
“ESTAMOS DESCENDO!” – gritou de volta.
As meninas desceram recebendo olhares de aprovação dos meninos.
“Menos ta?” – pediu.
Se dirigiram pros carros dos meninos e foram até o pub. Até que lá não estava muito cheio, apesar do cantor novo na cidade estar tocando maravilhosamente bem.
“Que lindo.” – cochichou pra assim que elas entraram no pub e viram o tal do cantor.
Todos se dirigiram pro bar e pediram uma bebida. e fora procurar algumas meninas pra noite, foi dançar com , e ficaram dançando na pista de dança improvisada do lugar.
“Que cantor é esse?” – perguntou pra Rick.
“Teddy Geiger, ele chegou aqui essa semana e esta divulgando seu trabalho.”
“Que é ótimo.”
Ela e ficaram conversando sobre o lugar, sobre como as meninas davam foras engraçados em e , sobre como e dançavam engraçado e como e pareciam bêbadas sem nem uma gota de álcool no sangue. Até que a pessoa menos esperada pra se ver naquele momento entra no pub acompanhada de mais duas amigas. Lisa se aproxima de e como que se esfregando nele pede uma bebida pra Rick. que estava vendo aquilo não ficou nem um pouco contente com a situação.
“Eu não sabia que ela vinha.” – disse pra .
“Muito menos eu.”
Depois de muitos drinques, musicas e risadas, Lisa puxou do banco em que estava sentado ao lado de e o levou até a pista improvisada. sentiu o sangue ferver e não sabia o que fazer. Depois de um tempo sozinha ali, resolveu ir no banheiro jogar um pouco de água no rosto pra ver se melhorava. Mas entrou no banheiro e viu uma e um se amassando em cima da pia. saiu do banheiro morrendo de rir e muito envergonhada. Esperou que os amigos saíssem do banheiro depois mas isso não aconteceu, então ela resolveu voltar pro bar. No caminho viu que Lisa e estavam se agarrando. Como ela tinha sido estúpida em acreditar que ainda a amava! Burra! Mas depois veio em sua cabeça que ele estava certo, eles eram só amigos não é? Amigos com benefícios? Resolveu não ligar e virou de frente pro bar pra conversar alguma coisa com Rick, mas ela não conseguia tirar o olho do espelho, que era da onde ela conseguia ver e Lisa dançando, quer dizer, se amassando.
“Ta tudo bem?” – Rick perguntou quando percebeu que o olhar de estava perdido.
“Vai ficar.”
“Você gosta dele né?”
“Do ?! Não, não...”
“A quem você quer enganar?”
“No momento, a você.” – ela disse rindo.
“Ele não quer fazer isso, e eu sei que você não. Se vocês não estão juntos então mostra o por que vocês deveriam ficar juntos pra sempre.”
“Não tem como Rick, olha lá! Até ontem ele me amava!”
“Então, vamos dançar.” – ele disse estendendo a mão pra garota.
“Você tem que trabalhar.”
“Agora não.”
Ela aceitou a mão do rapaz e dançou com ele bem perto de como se fosse provocação. Ela queria que no lugar de Rick agora se encontrasse . Queria que pelo menos uma vez na vida dela alguma coisa desse certo, alguma coisa durasse. Foi aí que começou uma musica mais lenta, no qual parou de dançar com Lisa e pediu licença pra dançar com . ia negar quando Rick falou que eles deviam ficar juntos.
“Está se divertindo?” – ela perguntou pra .
“Estou...”
“Claro, com a língua enfiada na garganta de Lisa devia estar mesmo muito bom.” – ela disse com os olhos cheios de lagrimas.
“Pensei que seriamos só amigos.”
“Nós somos só amigos.” – ela confirmou.
Dançaram o resto da musica em silencio, um abraçado ao outro, sentindo o que o outro estava sentindo. e desejavam que aquele momento não acabasse nunca. Ouviam a musica embalada com a respiração um do outro.
Did Anyone Try Too Hard
Well I Guess I Did
I Guess I Did Alright
She’ll Break My Heart
'Cause ever since the moment I saw your face
I knew I wanted to be in that place next to you
And now I'll spend my whole life tryin'
To be
the one inside your arms
And I'll try to get by
[Se ninguém conhece Teddy Geiger essa musica é dele, se chama Try Too Hard, é linda, ele é lindo, toca muito bem acústico! E, vale a pena ouvir quem gosta de musica romântica.]
deixou em casa, se despediram apenas com um abraço meio tímido. abriu a porta de casa com cuidado pra não acordar o pai, mas viu na sala várias roupas jogadas no chão. Enquanto andava até as escadas, viu no corrimão, um sutiã. O que um sutiã estava fazendo ali? andou até seu quarto e viu a porta do quarto de seu pai entreaberta, deu uma olhada lá
dentro e encontrou seu pai dormindo com uma outra mulher que ela desejava ser sua mãe, mas não era. Foi aí que a ficha dela caiu, a família dela estava mesmo se despedaçando, se acabando.
Foi dormir chorando, não queria nunca que sua vida acabasse daquele jeito. Seu pai e sua mãe separados, seus amigos com problemas amorosos inclusive ela mesma. Por que tudo tinha que se dificultar quando se tratava dela? Por que tudo tinha que ser diferente do que era antes? Ela pegou um papel qualquer e uma caneta e começou a escrever, não escrevia pra ela, escrevia pra seus amigos do Brasil. Achou que aquela era uma ótima hora pra escrever o que estava acontecendo na vida dela.
“É, eu preciso de emprego.” – falava com pelo telefone.
“E onde você deseja arranjar um emprego?”
“Ah, não sei, onde me paga bem?”
“É, e onde você goste de trabalhar também.”
“Ah, é mesmo. Acho que vou dar uma passada no pub, o Rick disse que anda precisando de ajuda lá.”
“Trabalhar no pub... BEBIDAS DE GRATIS!” – disse fazendo rir pelo ‘de grátis’.
“Acho que vou precisar do
dinheiro pra pagar uma escola pra você. Vou indo pra chegar lá hoje.”
“A gente se vê na casa da hoje né?”
“Claro, eu vou passar lá pra almoçar com vocês.”
“Até mais.”
11º capítulo
“! Cadê você?” – gritou entrando na casa da amiga. – “Eu vim aqui só pra comer!” – ela disse rindo.
“Aqui atráááááááás!” – gritou de volta.
deixou suas coisas perto da porta e andou até a varanda onde encontrou os meninos tocando violão e as meninas tentando cantar alguma coisa.
“E aí? Como foi lá no Rick?” – perguntou curiosa.
“Foi... Foi que eu...” – disse fazendo um suspense.
“Fala logo mulher!” – disse.
“FOI QUE EU CONSEGUI O EMPREGO!” – ela respondeu pulando. E logo depois todos se levantaram pra abraçar na mesma hora. – “Por isso que eu vim só almoçar, tenho pouco tempo.”
“O que?” – perguntou triste.
“Ah não , fica um pouco com a gente!” – pediu.
“Eu não posso, tenho que ajudar o Rick com algumas coisas.”
“Por favor, ?” – disse fazendo a carinha de pidão dele.
“Ta bom, mas só mais um pouco heim!” – ela disse se sentando ao lado de .
“Desculpa a demora Rick”.– disse entrando no pub.
“Tudo bem, não chegou tão tarde”.
“Mas ainda é tarde, eu não posso fazer isso, chegar atrasada. E você deveria estar me falando isso”.
“Mas eu não ligo , é sério. Então vamos logo que eu vou te ensinar a fazer uns drinks”.
“UHUULLLL” – ela comemorou. Não sabia fazer bebida nenhuma, nem suco de saquinho ela sabia direito.
Ficaram lá boa parte da tarde fazendo drinks, até que as pessoas começaram a chegar no local. Primeiro dia de trabalho dela e não achava que ia ser muito legal, mas foi. Durante intervalos de um cliente pro outro ela e Rick iam dançar qualquer musica, ou ficavam inventando drinks novos, ou até falando das pessoas do local. Foi um dia divertido.
chegou em casa cansada, não ligou se seu pai estivesse em casa ou não, no momento não queria pensar nele, queria só pensar no maravilhoso dia em que ela teve.
No dia seguinte ela acordou super animada, nem sabia o motivo de tanta alegria, talvez o dia seria melhor do que ela mesma imaginava. Ela estava precisando disso agora, um dia melhor, mais feliz, sem problemas. Na porta da casa dela havia uma correspondência, era do Brasil, seus amigos haviam respondido a sua carta. Pro café da manhã, bom, tinha só café. Ela colocou o rádio no ultimo volume enquanto tocava Pussycat Dolls, deu uma limpada no seu quarto.
“Que é isso?!” – perguntou assim que entrou no quarto da amiga e a encontrou de short e camiseta limpando o armário enquanto rebolava.
“Parece que alguém está de bom humor!” – disse pulando na cama.
“Hey! Eu acabei de arrumar a cama!” – reclamou.
“Vamos sair hoje ?” – perguntou ajudando a arrumar a cama de novo.
“Pra onde? Vocês já perceberam que não conseguimos ficar um diazinho se quer sem sair?”
“Já. Mas, você ta de bom humor. Vamos patinar.” – disse.
“Outra vez? Tenho más recordações de lá.” – disse triste.
“O que aconteceu com você e ?” – perguntou abaixando o volume do rádio.
“Nada, a gente só brigou outra vez, pra variar.”
“Ele não vale nada , esquece ele logo.” – disse firme.
“Você merece mais .” – disse.
“Eu sei, mas mesmo assim, vamos patinar, os meninos não vão estar lá.” – disse com um sorriso no rosto.
Entraram todas no carro da e foram cantando musica o caminho todo, todo sinal vermelho que paravam as pessoas olhavam com cara de quem não estava gostando pra elas, mas elas não ligavam. Chegaram no local de patinação, aquele dia sim estava cheio de gente. As meninas fizeram a paquerar um carinha que estava patinando com os amigos e no final, todas as amigas tiveram que conversar com os amigos dele também, mesmo sendo paquerada na cara a ria de mais com a situação, ficava pensando no que ia fazer se visse a namorada naquela situação.
No final os meninos não eram o que toda garota quer, sabe né? Bonitos, lindos, mas o papo cansou rapidinho. E as meninas cansaram também. Estavam saindo da pista de patinação sem idéia do que fazer o resto do dia até que o celular da toca.
“Amor, você ta onde?” – perguntou preocupado.
“Calma , eu tava na pista de patinação com as meninas. Por que?”
“Vocês podem passar aqui na casa de rapidinho?”
“Ta, já chegamos aí.” – ela disse e desligou o telefone. Foi andando até o carro de sem falar nenhuma palavra. As amigas estavam curiosas, queriam saber pra onde elas iam agora.
“Vai falar ou vai deixar que a gente leia a sua mente?” – perguntou assim que todas entraram no carro.
“Ah é! Então, os meninos esperam a gente na casa do .”
“Ah! Logo hoje que eu estou de bom humor?” – disse as amigas riram.
O caminho todo foi a mesma novela da ida pra patinar. Cantaram com o volume do carro no ultimo, as meninas estavam quase surdas quando chegaram na casa de .
“Chegamos!” – elas gritaram quando entraram na casa de .
“A gente sabe.” – disse sentado no sofá.
“Deu pra ouvir a umas três ruas daqui.” – disse rindo.
“Vamos que temos uma surpresa pra vocês.” – disse e empurrou pra garagem.
Os meninos fizeram elas sentarem numas cadeiras que tinham perto do portão. Os meninos se posicionaram em seus devidos instrumentos e depois da contagem com a batida das baquetas os meninos começaram a tocar uma musica. Deixaram as meninas de boca aberta. Conseguiram fazer uma musica, completa, rápido de mais. E a musica estava linda, mais do que elas podiam esperar em tão pouco tempo. Logo que eles terminaram de tocar a música foram bombardeados por perguntas.
“QUE MUSICA LINDA!”
“Quem escreveu?”
“Adorei! Toca de novo?”
“Como é o nome da musica mesmo?”
“BIS!”
“Da onde vocês tiraram tanta inspiração?”
Os meninos acalmaram as meninas e levaram elas até a cozinha de , que foi da onde todos comeram um lanche pré-almoço. Quando estavam todos quietos na mesa, os meninos decidiram falar sobre a musica.
“Se chama All About You.” – disse.
“Tava na cara, não sei por que vocês ainda perguntaram.” – disse rindo.
“Essa é a reação das primeiras fãs de vocês bebê.” – disse mordendo seu lanche.
“A gente ta pensando em melhorar ainda mais sabe? Colocar uma orquestra de fundo.” – disse sonhando com o futuro.
“Vocês ainda não acham que é melhor pensarem nas próximas musicas e depois pensar nesse negocio de orquestra?” – disse de boca cheia.
“Depois eu é que sou o nojento...” – reclamou.
propôs que os meninos tocassem no pub aquela musica junto com covers de Rolling Stones e Beatles, eles gostaram da idéia, agora só faltava que Rick aceitasse tudo. Passaram o resto da tarde conversando sobre outras possíveis musicas, sobre temas pra elas. Ia ser engraçado se tivessem uma musica que depois se chamaria ‘As Borboletinhas Alegres’ (n.a.: isso porque eles devem nem saber como realmente se fala isso xD).
“RIIIIIIIIIIICK!” – cantou o nome dele depois de atender um cliente naquela noite. O pub realmente estava cheio, mas ela sempre dava um jeito de ignorar as pessoas.
“Que foi ?” – ele disse fazendo a bebida de alguém.
“Uns amigos meus tem uma banda e eles podem tocar aqui nesse fim de semana?”
“Desde quando o tem uma banda?”
“Desde quando resolveram fazer uma.” – ela deu de ombros.
“A musica é boa?”
“Realmente é boa.”
“Então pode.”
“AAAAAAAAAAHHHH! Obrigada Rick! Te amo!” – ela disse pulando em cima dele pra um abraço.
Foi nesse momento que Rick percebeu o que estava acontecendo. Ele estava se apaixonando por ela. Era uma coisa que antes não ia ter problema, mas agora, com ela trabalhando pra ele, ia ser mais dificil ainda ‘domar’ aquele sentimento. Eles sempre foram amigos, apesar da diferença de idade entre eles.
“Que é isso , não precisa agradecer.” – ele disse depois do abraço.
Depois daquela alegria e de clientes desesperados pra terem suas bebidas os dois continuaram trabalhando sem trocar uma palavra, mas Rick não parava de olhar pra ela. Era como se ele estivesse hipnotizado pelo jeito em que ela colocava o cabelo atrás da orelha antes de preparar alguma bebida, ou de como ela sorria quando algum cliente contava uma piada pra ela. Era simplesmente... Hipnotizante.
Quando finalmente teve um tempo pra respirar aquela noite, saiu um pouco do pub pra tomar ar e levou seu celular com ela, não sabia porque ela levava o celular com ela se não recebia telefonema de ninguém aquela hora da noite. Mas naquela noite ela recebeu. tomou um susto quando o celular vibrou entre suas mãos e viu que quem ligava pra ela era .
“Me ligando essa hora da madrugada?” – disse rindo.
“Me ajuda , eu não sei o que fazer.” – disse desesperada deixando preocupada.
“O que aconteceu mulher?”
“A ... Eu... Preciso de você aqui na casa dela, agora!”
“...”
“AGORA!”
desligou o celular assustada. Correu pra dentro do pub e disse pra Rick que precisava ir pra casa porque não estava passando bem. Ele deixou, já que o movimento do pub não estava como antes. saiu correndo, com seu carro, pra casa de . Abriu a porta e chamou pela .
“NO BANHEIRO!” – gritou de volta.
Quando chegou no banheiro, não sabia o que fazer, não acreditava no que via.
“Ela não saia do banheiro.” – disse chorando.
olhou em volta e viu uma poça de sangue ao lado do pulso da amiga. estava caída no chão, tinha cordado os pulsos e estava pálida.
“Ela... Ainda respira.” – disse soluçando.
“Temos que levar ela pro hospital, agora !”
Elas colocaram uma toalha pra parar o sangramento da ferida e a levaram até o carro de que dirigiu o mais rápido que pode até chegar no primeiro pronto-socorro que ela viu. Quando levaram pra dentro, rapidamente uma enfermeira veio junto com uma maca e a levou pra um quarto. Depois e viram a correria de médicos e enfermeiros pro quarto em que levaram .
“A gente tem que avisar os outro.” – disse.
“Eu... Eu...” – gaguejava.
“Eu ligo , senta aqui e tenta ficar calma.” – disse empurrando a amiga pra sentar num banco. primeiro ligou pra e depois pros meninos que por sorte estavam todos na casa de . Em pouco tempo chegaram no pronto socorro um pálido de susto, uma com lágrimas nos olhos, um tentando acalmar a namorada, um assustado e um preocupado. rapidamente abraçou que começou a chorar, não queria ter que ter visto aquela cena. E depois lembrou de , que estava no banheiro com .
não consegui falar, passeava de um lado pro outro e tentava fazer com que a enfermeira lhe dissesse o que estava acontecendo com . Um médico entrou no quarto em que os amigos esperavam.
“Eu preciso falar com um familiar.” – ele pediu.
“Os pais dela estão viajando.” – respondeu séria.
“Alguém tio, ou avô?”
“Moram em outro país.”
“Algum irmão?”
“Olha aqui doutor! Ela não tem ninguém nesse momento! Os únicos que ela tem agora somos nós!” – ela alterou a voz. – “Então por favor, como está ela?” – pediu respostas com os olhos cheios de lágrimas.
O médico pediu que todos se sentassem e ficassem calmos, embora ficar calmo é uma péssima coisa pra se pedir naquele momento.
“Ela não estaria aqui se tivessem demorado mais um pouco.” – ele começou a explicar. – “Ela perdeu muito sangue e está muito fraca por causa disso. Ela vai precisar ficar aqui pelo menos por uns dois dias e depois pode descansar na casa dela mesmo. Então, alguém pode me dizer porque ela fez aquilo?”
“Eu fiquei de dormir na casa dela. E no meio de um filme ela levantou e foi no banheiro. O filme acabou e ela não saiu de lá. Eu fui ver porque ela não saia e encontrei ela... Ela caída no chão com os pulsos cheios de sangue. Eu não sabia o que fazer, peguei o telefone... Peguei o telefone e liguei pra .” – disse chorando. abraçou ela que começou a chorar mais ainda lembrando do que viu.
“Eu sinto muito por você ter visto aquilo.”
“Então doutor, a gente vai poder vê-la quando?” – perguntou.
“Só amanhã de manhã, provavelmente, então eu aconselho vocês a voltar pra casa e só voltar amanhã cedo.”- o médico disse e se despediu deles.
“Então eu vou pra casa, quer carona ?” – perguntou.
“Quero sim.”
“Da carona pra mim também ?” – pediu.
“Claro, mais alguém quer carona?” – perguntou antes de ir embora e todos os outros responderam que não.
, , e ficaram mais um tempo lá tentando entender a situação, afinal, por que a faria uma coisa dessas com ela mesma? Quando percebeu que já era tarde de mais, quer dizer cedo de mais, pra estar num hospital, decidiu embora.
“Vamos ?” – chamou.
não respondeu, só levantou.
“, ?” – perguntou.
“Me da uma carona?” – pediu.
“Dou sim... ?”
“Eu já vou, eu vim com meu carro.” – ele respondeu.
andou até ele e ergue seu rosto pra que eles se olhassem direito. Os olhos de estavam vermelhos de tanto chorar, seu rosto tinha uma feição triste que não era de se ver muito nele. o abraçou antes de ir embora.
Depois de deixar todos em suas casas chegou na sua cansada, ainda era dificil pra ela andar com ao seu lado, ou até pensar no que estava acontecendo na sua vida naquele momento. chegou em sua casa e encontrou seu pai tomando café, foi até ele pegar uma xícara.
“Você está chegando agora?” – ele perguntou.
“Estou.”
“Onde você esteve?”
“Você não quer realmente saber pai, eu te conheço.” – ela disse indo em direção a porta da cozinha.
“Você poderia pelo menos me responder por que está chegando tarde de mais em casa.”
“Eu estou trabalhando pai, e hoje, justamente hoje, uma das minhas melhores amigas tentou se matar e pra piorar eu descobri que você está saindo com outras mulheres. Minha vida não pode ficar pior.” – ela disse com lágrimas nos olhos.
“Eu sinto muito filha, mas o que você queria que eu fizesse, eu e sua mãe já não temos mais nada.”
ia saindo da cozinha porque não agüentava mais ter que ouvir as historias de seu pai. Infelizmente ela deu de cara com uma mulher que não aparentava ter mais que cinco anos que ela mesma. sentiu o ódio subindo e se virou pro seu pai.
“Ela tem idade pra ser minha irmã mais velha. Você me da nojo.” – ela disse e depois subiu as escadas direto pro seu quarto.
queria descansar, parar de pensar em seus problemas, mas quando tentava só vinha mais problemas ainda. Ela não tinha idade pra estar suportando tudo isso e mesmo assim continuava firme. caiu no sono de tão cansada que estava e só foi acordar a tarde. Desceu as escadas, comeu alguma coisa e entrou em seu carro em direção ao hospital. chegou lá e a primeira pessoa que viu foi , ele estava dormindo nos bancos de espera.
“...” – cochichou o nome dele balançando-o.
“Hum... ?”
“, você precisa ir pra casa.”
“Não, eu quero ver a .”
“, primeiro vai pra sua casa, toma um banho e depois volta aqui.”
“Ta...” – ele disse se dirigiu pra porta da frente.
viu ele entrando no carro e depois saindo com ele do estacionamento. andou até a recepção e perguntou o numero do quarto em que estava. andou até o quarto dela esperando ver uma saudável novamente. O que viu foi uma deitada na cama com cara de cansada. Ela ainda estava pálida mas tomando soro. se aproximou da cama e se sentou ao lado da amiga tentando fazer com que ela acordasse.
“...” – sussurrou.
“... Você ta melhor?” – perguntou preocupada.
“Estou, obrigada por ontem eu não sei o que passou pela minha cabeça.”
“Não precisa agradecer , só nunca mais nos dê um susto como esse.” – pediu fazendo carinho no rosto da amiga.
“Onde estão os outros?”
“Estão vindo...”
“E o ?” – perguntou.
“Ele... Saiu do hospital agora.”
“Como...”
“Ele passou a noite aqui .”
Assim que acabou de dizer aquilo os outros amigos chegaram no quarto. Chegaram todos preocupados, mais ainda que assim que viu a amiga deu um abraço apertado nela. Você não sabe como consegue viver sem seus amigos ou sua família, e quando esse pensamento te passa pela cabeça você percebe o quanto importantes eles são. Os amigos são sua família, sua família são seus amigos. Você os ama cada vez mais e se perdesse um deles, uma parte de você se perderia também. É assim que se sentiu na noite passada, como se uma parte dela tivesse ficado com no momento em que ela encontrou a amiga no banheiro. E foi daquele jeito que a amizade daquelas oito pessoinhas ficou ainda mais concreta, quando viram a falta que ia fazer pra eles.
12° Capítulo prometo que vai ser um capítulo mais feliz que o outro porque até eu fiquei deprimida depois que escrevi... É muito triste...
Depois dos dias em que passou no hospital os amigos a levaram pra casa, agora o que ela tinha que fazer era descansar o máximo possível. Os meninos estavam escrevendo outra musica e ainda não sabiam que iam tocar no pub no fim de semana. achou o almoço de quinta na casa da uma ótima oportunidade pra dar aquele recado.
“Você não devia estar descansando ?” – perguntou pra ela.
“Eu estou bem Judd, não se preocupe.”
“, pega aquela panela pra mim por favor?” – pediu.
“Você vai fazer o que?” – perguntou antes de entregar a panela pra amiga.
“Minha macarronada...” – deu de ombros.
“A vai fazer macarronada?!” – perguntou com um brilho nos olhos.
“Vou...” – ela disse sem entender nada.
“A vai fazer o que?” – chegou perguntando na cozinha.
“Você pega o bonde andando e ainda quer sentar na janela pra dar tchauzinho né! A vai fazer macarronada!” – disse.
“Sério ?!”
“É gente! O que tem eu fazer minha macarronada?”
“Sua macarronada é ótima ! A gente não come desde que você foi pro Brasil.” – explicou.
“E...?”
“! A gente aaaaaamaaaa sua macarronada!” – disse fazendo um gesto enorme com as mãos.
“Bom mesmo, pensei que vocês não queriam que eu fizesse minha macarronada...”
“Ta brincando né? Quando eles quiserem isso vão estar doentes.” – disse rindo.
“E além disso, eu tenho uma surpresa pra vocês.”
“Mais uma?!” – disse parecendo criança.
“Vocês são doidos mesmo. Nesse fim de semana vocês vão tocar no pub.”
Houve um silencio na cozinha, não escutavam mais nada. Todos tinham levada um susto com aquilo. E daí ouviram a chegar na casa da .
“Me avisam sempre em cima da hora!” – ela reclamou. – “O que aconteceu?”
“Eles vão tocar no pub no fim de semana e estão com essa cara.” – apontou pra eles e depois que ouviu fez a mesma cara que os amigos. – “Alguém pode me dizer porque essas caras?”
“A GENTE VAI TOCAR NO PUB!” – disse pulando e indo abraçar a amiga.
“NO PUB!” – se juntou a .
“ESSE FIM DE SEMANA!” – foi atrás dos amigos.
“E TEM MACARRONADA PRO ALMOÇO!” – disse e pulou em cima dos amigos fazendo todos caírem no chão da cozinha quase levando copos junto com eles.
Almoçaram mais felizes que nunca. Tinha macarronada da e mais, eles iam tocar no pub no fim de semana. Não estavam nem um pouco preocupados com que musica iam tocar, claro que ia ser All About You, mas mesmo assim uma musica só ia ser muito pouco. As meninas deram a idéia de fazer alguns covers e os meninos gostaram. Logo depois do almoço e de lavar a louça e de encher o saco da só mais um pouquinho os meninos tiveram que ir na casa do ensaiar e levaram as meninas junto, assim elas podiam ajuda-los com algumas coisas.
“Sério, toca All About por último.” – dizia.
“Tem certeza? Não acha melhor tocar no meio?” – confirmava.
“Acho que se for por ultimo deixa um gostinho de quero mais.” – disse.
“Concordo com a .” – completou.
“Mas e se não gostarem?” – perguntou.
“SE não gostarem, vocês tocam outro cover.” – deu de ombros.
“Então acho que devemos deixar por ultimo.” – concordou.
“Eu ainda acho que está faltando alguma coisa.” – disse.
“E se tocarmos aquela que estamos escrevendo?”
“Mas não está pronta.” – disse desanimado.
“Vamos terminar hoje e daí tocamos ela depois de All About lá no pub.” – disse determinado.
“Que musica que é?” – perguntou curiosa.
“Nenhuma. Vai ser surpresa. Dá licença.” – disse empurrando as meninas pra fora da garagem.
Elas se alojaram na sala de onde ficaram conversando sobre nada. Como os meninos estavam demorando e não deixaram elas entrarem na garagem pra se despedirem elas foram embora, afinal ficar na casa de sem nada pra fazer não era muito legal quanto pensavam. deu carona pras amigas e depois foi pro pub.
“RIIIIIIIIIIIIIICK!” – gritou assim que entrou no lugar.
“Fala , meu anjo!” – ele disse dando um beijo na bochecha da amiga.
“Os meninos virão tocar aqui nesse fim de semana, está tudo combinado já. Tudo bem?”
“Claro. Vão tocar musicas deles?”
“Duas, uma das musicas é surpresa.” – disse fazendo careta logo depois.
“Mas você vai descobrir logo, não se preocupe.” – Rick disse e depois deu atenção a um cliente que acabara de entrar no lugar.
A noite de trabalho não foi nem um pouco cansativa. Quase sem nenhum movimento, o que deixou os dois surpresos com aquilo. Passaram os momentos que tinham a sós conversando, brincando. Rick adorava a risada dela, como era encantadora. gostava da companhia dele, ele era divertido e sempre fazia ela se sentir segura. Rick conversava de frente com ela e ela estava apoiada no balcão. Conversavam sobre como se conheceram.
“Eu lembro de você caindo no primeiro dia de aula.” – Rick disse.
“E você foi muito cavaleiro quando me ajudou a levantar.” – ela disse rindo.
“E depois, você bateu na porta do meu armário.” – Rick disse chegando mais perto dela.
“E você segurou o algodão no meu nariz pra parar de sangrar.” – ela percebeu o que estava acontecendo.
“Daí, você esqueceu seu lanche?” – ele perguntou.
“Isso, e você dividiu o seu comigo.” – ela disse sorrindo.
“E depois.” – ele se aproximou ainda mais dela colocando as mãos na cintura dela.
“Me deu carona pra casa.” – ela disse e logo após sentiu os lábios dele em cima dos seus.
sentiu um arrepio vindo de dentro dela. Nunca se imaginou beijando Rick, eles sempre foram amigos mas nunca havia rolado alguma coisa com eles. sentiu a língua dele tocar a língua dela e resolver deixar que aquilo acontecesse, afinal, não podia mais ser ligada ao , ele mesmo não tinha mais nada com ela.
passava na frente do pub naquela hora. Tinham acabado um ensaio de horas e ele estava muito cansado. Ele ia abrir a porta pra entrar no pub mas viu pelo vidro da porta e Rick se beijando. Alguma coisa dentro de impedia ele de entrar no locar e acabar com aquilo, embora fosse a coisa que ele mais queria no momento. Ele não conseguiu dizer nada, saiu de lá de correndo e foi pra um barzinho lá perto. Talvez ficasse melhor bebendo em algum lugar onde não se lembrasse de , mas bebeu pensando nela.
interrompeu o beijo olhando fundo nos olhos de Rick. Rick olhou pra ela e mediu todo o seu rosto. Ele passou o dedo em cima dos lábios da garota fazendo ela fechar os olhos e cochichou no ouvido dela.
“Eu gosto de você.”
Pronto, foi isso que deixou a mais confusa ainda. Ela não podia gostar de , mas ela AMAVA . E agora, um de seus melhores amigos acabou de beija-la, e pior ainda, disse que gostava da menina. Ela tinha que esquecer de de qualquer jeito e soltou um ‘Eu também’ pro Rick que recebeu aquilo com um sorriso. Talvez se ela estivesse com Rick seria mais fácil esquecer o que sentia por .
andava até seu carro, não sabia porque estacionava tão longe, talvez pra ver as pessoas á noite, ela gostava de observar. passou em frente ao bar que ficava na esquina, viu a garota passando lá na frente e foi atrás dela. Sem dizer nada e sem conseguir andar direito a seguiu até seu carro. virou pra trás pra ver quem a estava seguindo e deu de cara com um bêbado.
“Você (ic!) não devia (ic!) ter feito aquilo (ic!)” – ele dizia entre soluços.
“Aquilo o que ?” – perguntou sem entender.
“BEIJAR O RICK!”
“, você tem problema? Nós somos só amigos, dá um tempo.” – ela disse com um aperto no coração.
“Ta legal, somos só amigos.” – ele disse parecendo menos bêbado que antes.
“Quer uma carona ? Você não vai chegar muito longe desse jeito.”
“Eu liguei pra Lisa, ela vem aqui.”
sentiu uma pontada no estomago.
“Então é assim? Eu não posso ficar com ninguém e você pode?”
“É... É isso mesmo!”
“Vê se cresce !” – disse com lágrimas nos olhos.
Ela entrou no carro e deu partida percebendo outro carro encostando atrás dela e vendo andando até lá, parece que era Lisa mesmo. Não acreditou quando disse aquilo, como assim? Ela não tinha direito a mais nada? Se fosse assim, ela ia fazer as coisas do jeito dela. que tirasse aquele pensamento de que ela fosse só dele porque no momento, só conseguia sentir um grande ódio por ele.
chegou em sua casa e subiu até seu quarto. Encontrou as luzes acesas e ouviu várias risadas vindo lá de dentro. Abriu a porta e encontrou as suas amigas conversando em cima de sua cama.
“Que invasão é essa?” – gritou.
“A gente precisava conversar com você.” – disse séria.
“Por quê?”
“Porque você consegue resolver as coisas de um jeito melhor.” – disse.
“Por quê?”
“Porque você é mais forte que nós todas juntas.” – disse.
“Por quê?”
“Ah! Dá pra parar com esses por quês?” – disse rindo.
“Ta, ta desculpa. Então, o que vocês querem me dizer?” – perguntou se ajeitando na cama junto com as amigas.
“Vamos enumerar por ordem.” – disse.
“Eu preciso de um conselho, precisa nos contar uma coisa e a precisa de nós três.” – explicou.
“Começa então , agora só eu escuto você.” – disse rindo.
“Acho que eu vou dar uma segunda chance pro .” – disse recebendo olhares de surpresa das amigas, nenhuma delas sabia daquela mudança de pensamento ainda.
“E você pensou nisso quando?” – perguntou de boca aberta.
“Nos dias no hospital. me mandou tantos doces e flores e passava todo o tempo possível comigo. Quando eu acordava eu sempre encontrava ele do meu lado.”
“ÓÓÓÓÓÓÓ QUE LINDOOO!” – as amigas gritaram juntas, não queriam nem saber que horas eram ou quem estava dormindo, o momento agora era só delas.
“Pára! Agora me digam, o que vocês acham disso?” – perguntou curiosa.
“Eu acho que você ta certa. O ainda te ama e todas sabemos disso. Ele nunca deixou de te amar nem por um segundo, . Ele merece uma segunda chance e você sabe que eu concordo com isso.” – disse sobre os olhares de aprovação de e .
“Ele realmente se importa com você . E vocês formam um casal muito lindo.” – disse apertando as bochechas da amiga.
“Então amanhã eu falo com ele.” – disse determinada.
“... Sua vez.” – disse rindo.
“Acho que tá na hora de eu contar pra vocês que...” – fez um suspense.
“QUE?!?!?!?” – as amigas gritaram impacientes.
“Eu e o estamos namorando.”
“ALELUIA IRMÃOS!”
“Tava na hora né , se vocês não ficassem juntos logo eu mesma fazia isso acontecer.” – deu de ombros.
“Também acho, e depois do dia no pub, eu também achei que alguma entre vocês ia acontecer.” – disse piscando o olho pra amiga.
“O que aconteceu?!?!?!?!” – , e até perguntaram.
“Tá brincando que você não sabe ! Bom, eu fui no banheiro arejar minha cabeça...” – começou a contar e foi interrompida pela .
“Arejar a cabeça no banheiro?”
“Deixa eu terminar de contar. Então, eu abri a porta e dei de cara com um ‘agarra-agarra’ nada discreto da parte de dona aqui e o senhor .”
“UUUUUUUUUUUHHHH!!!!” – as amigas tiraram sarro de que agora virava um pimentão ambulante.
“Então, falta a agora.” – disse pra mudarem logo de assunto.
“?” – perguntou.
se inclinou pra pegar sua bolsa e tirou de dentro dela uma caixa. pegou a caixa e leu.
“Teste de gravidez? Você tá grávida ?” – perguntou espantada pra amiga.
“Não desceu faz quase duas semanas e... Eu to assustada.”
“Você tem certeza?”
“Tenho.”
“Quantos testes você comprou?” – perguntou.
virou a bolsa pra baixo e cairam vários testes de gravidez de diferentes marcas.
“EITA! Agora muitas outras mulheres vão ficar sem saber se estão grávidas ou não. Você comprou a farmácia inteira.” – disse rindo.
“Não brinca com isso , é sério o negocio agora.” – disse séria.
“Faz pelo menos três. Vai lê e faz xixi.” – empurrou a amiga pro banheiro.
se trancou lá dentro e fez xixi com medo do que descobriria. Depois de fazer xixi como mandava na caixinha ela sentou na tampa do vaso e assistiu enquanto os tracinhos mudavam de cor. Cinco minutos depois as meninas estavam assustadas, não demora muito pra fazer um teste de gravidez de caixinha. As amigas começaram a berrar o nome da amiga e ela destrancou a porta. voou até a pia onde estavam os testes e olhou pras amigas.
“Você já olhou ?” – perguntou pra ela.
“Não...”
“O que aconteceu?” – perguntou curiosa.
andou e ajoelhou na frente da amiga. Olhou nos olhos dela e disse.
“, amiga, você tá grávida.”
Todas no banheiro ficaram assustadas com a noticia. Estava demorando pra cair a ficha.
“Tem certeza ?” – perguntou chorosa.
“Tenho , tem a mesma resposta em todos os testes.”
abraçou a amiga e começou a chorar em seu ombro. e se juntaram ao abraço depois. Do banheiro só dava pra ouvir os soluços abafados de .
“E agora o que eu faço? Como minha vida fica? Como o vai reagir?” – perguntava pras amigas.
“Você conta pro e depois conta pros seus pais, eles tem que saber. Sua vida não vai mudar, vai ficar mais colorida. , você vai ter um filho, vai ser lindo igual a você e ao e nós vamos ser tias.” – disse pra amiga.
Elas se deitaram todas na cama da , cabiam todas lá. Ficaram conversando até todas dormirem.
13º Capítulo
“Café?” – perguntou pra que chegava na cozinha na manhã seguinte.
“Quero. Então, é hoje?”
“É, hoje eles vão tocar no pub, você vai?”
“Vou pensar.” – disse se sentando.
“Você sabe que não vai poder ficar adiando essa conversa entre você e e pra sempre.”
“Eu sei, mas, sei lá. Eu não sei o que dizer.”
“Deixa as coisas fluírem naturalmente.” – disse rindo.
“Qual é o motivo da risada?” – perguntou entrando na cozinha.
As amigas olharam pra ela e começaram a rir mais ainda.
“O que foi?” – perguntou sem entender.
“Seu cabelo!” – disse rindo.
saiu da cozinha correndo e deixou as amigas rindo por lá. Depois entrou na cozinha sem entender nada.
“Por que a saiu correndo daquele jeito?”
“O cabelo dela tava assim!” – disse tentando ajeitar seus cabelos do mesmo jeito que os cabelos de estavam.
As amigas caíram na gargalhada. Passaram a manhã inteira juntas, na casa da mesmo. Fizeram coisas que a séculos não faziam, como, por exemplo, inventar penteados, comer brigadeiro (n.a.: de manhã é muito melhor), conversar sobre coisas absolutamente sem sentido, tocar violão e ver revistas.
Quando a tarde já terminava, Rick ligou pra ela pedindo pra ela ir até o pub abrir a porta pros meninos pois eles iam mais cedo. convidou as amigas pra irem com elas e aceitaram logo na primeira. Não iam deixar uma oportunidade dessas de falar com eles passar batido.
“A quando tempo vocês estão aqui?” – perguntou chegando no pub onde encontrou os quatro meninos do lado de fora com várias caixas.
“Acho que... Umas meia hora.” – respondeu depois de olhar no relógio.
“Então não faz muito tempo.” – deu de ombros.
olhou de rabo de olho pra enquanto abria a porta e viu que o menino não parava de olhá-la. Ela não queria falar com ele, não depois do que havia acontecido na noite passada.
“Pronto. As madames podem entrar e colocar tudo no lugar.” – disse assim que abriu a porta.
“Obrigado de novo .” – agradeceu a amiga dando um beijo em sua bochecha.
Enquanto os meninos arrumavam os instrumentos as amigas ficavam assistindo tudo do bar onde bebiam algum refrigerante. estava tentando arranjar força pra ir falar com , não sabia o que aconteceria. olhava pra sempre que podia e o garoto olhava pra ela de volta. desviava o olhar de que não parava de olhar pra ela. estava com medo, não sabia como ia conversar com aquele assunto tão delicado, nem sabia se era uma ótima hora pra aquilo estar acontecendo.
Os meninos já tinham acabado de arrumar tudo e agora conversavam com as meninas numa das mesas. Rick ainda não tinha chegado, o que era estranho pra pois ele nunca chegava tarde. Aí resolveram conversar sobre coisas pessoais. e se isolaram deles numa outra mesa ali perto e assim fez e numa outra mesa. e foram pra perto dos instrumentos deixando e sozinhos na mesa.
“Desculpa pelo que eu disso ontem .” – se desculpou depois de alguns longos segundos em silencio.
“Você não acha que esta na hora de parar de pedir desculpas?” – perguntou seca.
“Eu não agüentei quando vi você e o Rick se beijando.”
“Então foi por isso que você fez aquela ceninha toda?”
“...”
“... Aprenda a conviver com o que você tem.”
“Mas o que eu realmente quero é você.”
“Então por que você não me mostra isso?”
“Não tem jeito de te mostrar ...”
“Então não me magoe do jeito que você anda fazendo.”
e ficaram mais um tempo se olhando até que ouviram um grito vindo de perto dos instrumentos. Era abraçando . Parecia que tudo tinha dado certo.
“EU VOU SER PAI GENTE!” – ele gritou fazendo eco no lugar.
“O que?!” – os três garotos perguntaram juntos.
“Isso mesmo! Minha princesa aqui está grávida!” – disse com um sorriso enorme estampado no rosto.
Os amigos todos foram cumprimentar o casal que agora estavam sorrindo mais que nunca na vida. estava extremamente feliz, pro espanto de que pensava que ele não ia querer o filho. reparou que e , assim como e estavam com as mãos dadas, se sentia feliz de que tudo finalmente tinha dado certo pras suas amigas. Esperava que fosse assim com ela também.
Rick chegou no lugar e logo depois com o pub cheio numa sexta feira, o McFly teve sua primeira apresentação fora da garagem de . Foram até pessoas que estudaram com eles, pessoas mais jovens que já conheciam os meninos. E pra desespero de , Lisa estava lá também, sempre que essa guria aparecia alguma coisa ruim acontecia.
“Eu sei que você não gosta dessa garota.” – Rick falou no ouvido de quando passou por ela e a viu olhando pra Lisa com cara de quem um dia ainda matava ela.
“Claro que eu gosto dela!” – disse.
“A gente sabe que você não gosta .” – disse entrando na conversa.
“Claro que eu gosto gente.” – repetiu.
“E desde quando?” – perguntou.
“Hum... Desde quando eu voltei pra cá.”
“Você não trocou uma palavra com ela ainda.” – deu de ombros.
“Ta bom, eu não gosto dela.”
“Eu sabia!” – Rick, , e falaram juntos.
“Vocês sabiam o que?” – perguntou do outro lado do salão onde estavam os meninos com os instrumentos.
“Nada, nada.” – respondeu.
olhou pra amigas que davam risadas sem parar e depois descansou o olhar em cima de Rick que a olhava com um sorriso no rosto. pensou no beijo da noite passada, não tinha contado pras amigas. Até que não seria mal se deixasse as coisas rolarem normalmente com Rick, ele era bonito: um homem alto, loiro, de olhos azuis, com o corpo trabalhado (n.a.: se é que vocês me entendem quando eu digo trabalhado xD), e além de tudo, ele era gentil com ela. Ela riu lembrando das vezes que pediu pra ele não abrir o pub e ir tentar carreira como modelo mas ele não queria de jeito nenhum.
“Alôôôô Terra chamando !” – gritou.
“Oi!” – respondeu.
“O que você tava pensando?” – perguntou pra amiga que ainda estava com o olhar perdido em Rick.
“Em nada.” – ela respondeu sorrindo.
“Olha, eu vou voltar pra casa e tomar um banho antes que mais gente entre aqui.” - disse se levantando.
“Eu vou com ela.” – disse se levantando e seguindo a amiga.
“Ah! Eu vou com vocês!” – gritou e saiu correndo antes que as amigas saíssem do pub.
olhou em volta e viu que estava quase cheio o lugar, nunca tinha visto o pub daquele jeito. Depois de ouvir Rick gritando pela milésima vez o nome dela pra ir ajudá-lo, ela foi até a parte de trás do balcão e atendeu a primeira pessoa que viu na frente.
Finalmente o bar tinha acalmado. Depois de fazer vários drinks e encher vários copos de cerveja e Rick estavam exaustos. A banda ia tocar logo e as três amigas de estavam conversando com eles antes. Rick se aproximou de e a abraçou por trás fazendo os joelhos dela tremerem.
“Gostei do beijo de ontem.” – ele disse no ouvido dela.
“Ainda bem. Porque eu também gostei.” – ela disse com um sorriso.
olhou a cena no bar e ficou vermelho de raiva. Queria sair dali e gritar mais uma vez pra ela que a amava, mas não podia mais fazer isso. estava com outro, ele estava com outra. Por que tinha que ser tão dificil assim?
Rick aproximou seu corpo ainda mais do corpo de e beijou seu pescoço.
“O que você está tentando fazer?” – ela perguntou.
“Fazer você minha.”
Então ta, tinha que esquecer . Não conseguia mais viver pensando nele e olhando pro lado dele para vê-lo com Lisa. Ela a odiava mas tinha que fazer o que era certo. Afinal, e ela eram só amigos. Amigos mesmo, com benefícios talvez, mas acima de tudo amigos.
Rick virou ela de frente pra ele e beijos seus lábios. deu outra olhada pro bar e ficou roxo de raiva. Não acreditava no que estava vendo. percebeu que ele estava sempre olhando pra lá e deu uma olhada pro bar também. deu um sorriso, o que estava acontecendo ali? A amiga não contava mais nada pra ela. pensou então no por que da estar fazendo aquilo, seria pra esquecer de de uma vez por todas ou apenas pra deixá-lo com ciúmes?
se virou de frente quando ouviu que eles estavam prontos pra começar a tocar. Rick ainda continuava abraçado a ela.
“Agora vamos tocar uma musica nossa, fizemos ela a pouco tempo mas, conforme nossas fontes confiáveis, ela está ótima.” – disse no microfone e depois dando inicio em All About You. [n.a.: se aqui você colocou o Harry, vai ficar estranho, então tente imaginar como se fosse o Tom =D]
prestava atenção em o tempo inteiro. O jeito como ele tocava, jogava os cabelos de lado, o jeito como ele sorria enquanto acompanhava a musica cantando, o jeito como ele a olhava. Olhou pras amigas e riu vendo elas pulando enquanto eles tocavam. A musica terminou e a tão esperada musica surpresa começou logo depois.
Well I met this girl, just the other day,
I hope I don't regret, the things that I said no,
And when we're laughing joking with each other now,
I'm glad I met this girl
She didn't walk away,
I think she was impressed and was having a good time,
And when we're laughing joking with each other,
Spending all our time together...
When she walks in the room my heart goes boom!
Ba ba ba ba ba da ba,
I tried to take her home but she said,
You're no good for me...
Essa musica deixou as meninas de boca aberta. Pra quem será que tinha sido? Estavam doidas pra saber da onde tiraram a letra. Eles conseguem fazer uma musica boa em tão pouco tempo, o que deixou elas ainda mais contentes. Eram seus bebês ali tocando, em pouco tempo elas poderiam vê-los em um estádio ou até então fora de Bolton.
Os meninos terminaram a música, se despediram sobre o aplauso de todos ali e os quatro desceram do palco prontos pra encontrar suas mulheres, mas foram parados por algumas pessoas que queriam tirar fotos com eles, queriam autógrafos.
“Mas que bando de aproveitadora!” – reclamou chegando perto do bar onde e Rick estavam.
“Calma , se eles ficarem ainda mais famosos vão ser muito mais que só essas pessoas.” – tentou animar a amiga mas percebeu que não deu certo quando ela virou a cara mostrando a língua.
“Parece que vão demorar pra chegar aqui.” – disse triste.
“Então vamos conversar sobre algo mais importante.” – disse.
“Então conversem vocês que eu vou trabalhar.” – Rick disse e deu um beijo em antes dele ir atender um cliente.
As amigas olharam pra ela com cara de espantadas. Não acreditavam no que viam.
“O que foi?” – perguntou sem entender.
“Nada... A não ser o fato do Rick ter te beijado.” – disse ainda com essa cara O.O
“Desde quando?” – perguntou com um sorriso.
“Desde ontem...” – abaixou a cabeça envergonhada.
“E NÃO CONTOU PRA GENTE?” – gritou.
“Você anda traindo a gente? Vamos ter que fazer igual fizemos com a ?” – perguntou rindo.
“Como fizeram com a ?” – perguntou sem entender.
“Ué! Nós renovamos nosso contrato de casamento!” – disse mostrando um anel que ela tinha no dedo. ergueu seu dedo com o anel e fez o mesmo. Todas olharam pra e ela ergueu o dedo com o anel dela. No anel de cada uma tinha gravado o nome das quatro. Elas fizeram isso pra deixar a amizade mais forte, mais do que já estava. Era um jeito divertido de cada uma mostrar o quanto se amavam.
“Então, voltando ao assunto...” – começou.
“Ah não gente, eu não quero falar sobre ele aqui.” – reclamou.
“Por que não?” – perguntou sem entender.
“Ele pode ouvir.”
“Ele quem?”
“Ele ele.” – disse apontando pra . – “Ou ele ele?” – ela disse dessa vez apontando pra Rick.
“Os dois.” – respondeu.
“Então ta, nós vamos dormir na sua casa e você conta.” – disse com um sorriso no rosto.
“Resolveram morar lá agora?”
“Claro!” – as três amigas responderam juntas.
“E eu vou levar o .” – disse toda sorridente.
“Minha casa agora vai virar um motel?” – disse rindo.
“Que nada, não se preocupe meu bem.” – disse.
“Então eu vou levar o também.” – disse.
“Ta bom! Levem seus namorados! Eu não ligo.” – disse recebendo um obrigado das amigas.
Os quatro meninos chegaram logo depois conversando alto. Cada um foi cumprimentar suas devidas namoradas e , estava com a Lisa. Como sentiu vontade de pular no pescoço dela e arrancar cada fio de cabelo loiro oxigenado dela. deixou os amigos pra trás e foi trabalhar, sempre sobre os olhares de Rick e... De . Nossa! Como isso incomodava ela!
“Eu não quero ouvir som nenhum durante a noite!” – dizia no carro onde se encontravam todas as suas amigas.
“Não vai ouvir.” – prometeu.
“Isso mesmo, vamos manter o controle de natalidade okay?”
“Ta bom ! Não fazemos isso na casa dos outros.” – disse rindo.
“E desde quando a é outros?” – perguntou rindo e recebeu um olhar matador de .
Chegaram na casa da garota, seu pai não estava. Os meninos entraram direto pra cozinha prontos pra comer alguma coisa. É incrível como eles nunca estão satisfeitos. As meninas subiram pro quarto de trocar de roupa, colocar uma roupa mais confortável. Deitaram na cama de e conversaram até que os meninos chegaram lá. Pra alegria, ou não, de , Lisa não estava lá, mas estava. Não conseguia conversar direito, não parava de olhar pra ela. Era um saco! Conversaram não sobre coisas pessoais, isso era pra ser conversado só entre elas e provavelmente só entre eles. Dormiram todos jogados num canto no quarto. Deixaram na cama só e o que deixou ela mais furiosa ainda. Os amigos mandavam mais na casa dela do que ela mesma! dormiu olhando o rosto de , como ele é lindo. Seus olhos, mesmo fechados, seu nariz, sua boca, suas bochechas, ah... Suas bochechas, como ela adorava! Por que tinha ele tinha que dificultar tudo, por que ELA tinha que dificultar tudo? Eles tinham tudo pra estar juntos e agora tem um monte de motivos pra não estar juntos.
14º Capítulo
No meio da noite acordou e percebeu um certo peso em cima dela. Olhou pro lado e encontrou , com o braço em cima dela. Resolveu deixar quieto, eles eram acima de tudo amigos e nada podia acontecer com ele dormindo. Mais algum tempo depois ela sente outro peso em cima dela. Olha pros seus pés e vê a perna de em cima da dela. Aquilo estava começando a ficar estranho. Adormeceu e acordou quando sentiu a mão de alguém em seu peito. Olhou pra baixo e encontrou a mão de . Ela chacoalhou ele na tentativa de acorda-lo mas não dava dando certo, ele tinha mesmo um sono muito pesado. Foi quando ela sentiu outra mão em seu peito, aí não dava mais.
“ seu tarado tira a mão de mim!” – ela gritou.
O garoto deu um pulo da cama e foi cair do outro lado. Os amigos acordaram assustados com o grito. Ainda não era nem de manhã e já estavam gritando?
“O que aconteceu?” – perguntou sonolenta.
“O estava com a mão em mim!”
“Para de gritar.” – pediu com a cabeça afundada no travesseiro.
“O QUE ACONTECEU?!” – perguntou sem acreditar no que ouvia.
“O ... Estava com as mãos nos meus peitos!” – disse novamente.
“Eu estava o que?” – perguntou se levantando do chão.
“Isso mesmo que você ouviu.” – respondeu.
“Não estava não, não estava nem perto de você!”
“Estava perto DE MAIS de mim!”
“Não estava!”
“Estava sim!”
“Hey crianças. O é sonâmbulo.” – explicou.
“O QUE?!” – e perguntaram juntos.
“Isso mesmo, ele é sonâmbulo, agora voltem a dormir.”
olhou pra e olhou pra . Ela colocou várias almofadas e bichinhos de pelúcia no meio da cama pra separar ela do , depois de virou de costas pra ele e adormeceu. deitou na cama sem entender, mas com um sorriso no rosto. Ele tinha dormido perto DE MAIS de . [n.a.: eu peguei a idéia da Anninha... Eu usei ta fofah? Brigadah de qualquer jeito... Tomara que vocês gostem ^^]
acordou cedo, não conseguia mais dormir com tantos roncos em volta dela. Desceu as escadas e fez café, seu pai ainda não tinha chegado, talvez tenho voltado pra casa, pego uma roupa e saído de novo pro trabalho. Era sábado e não tinham nada pra fazer. Enquanto bebia seu café olhando pela janela da cozinha ouviu passos descendo as escadas.
“Bom dia.” – cumprimentou a amiga.
“Dia.”
“Acordou cedo.”
“Com tantos roncos tinha que acordar mesmo.” – disse rindo.
“É, acordei por causa disso também.” – disse pegando uma xícara.
As duas se sentaram na mesa, uma de frente pra outra, não falavam nada, ainda estava no horário de abrir a boca e conversar, estava cedo de mais. Algum tempo depois ouviram a entrar na cozinha, se arrastando de tão cansada.
“Bom dia.” – cumprimentou as amigas enquanto pegava uma xícara de café.
“Dia.” – as amigas responderam.
se sentou ao lado de . As três agora se olhavam, e olhavam suas xícaras, sem dizer uma palavra. Depois ouviram a chegando na cozinha, reclamando.
“Mas que saco, eles só roncam.” – ela dizia.
As amigas olharam pra ela que estava pegando café e ainda reclamando do ronco dos meninos e desataram a rir. Riam tanto que não agüentou e riu também.
“Coitada de você.” – disse pra .
“Por que?”
“Você e não vão dormir na mesma cama?”
entendeu e riu ainda mais, as amigas estavam quase fazendo xixi na calça de tanto que riam.
“A gente devia gravar eles roncando.” – disse.
“Boa idéia!” – disse e foi direto buscar um gravador.
As amigas subiram as escadas em silencio pra não acordar os meninos. Ligaram o gravador quando chegaram no meio do quarto e cochichou perto dele.
“Este é o som de , , e roncando. Na casa da . Divirtão-se.”
Elas passaram o gravador perto de todos os meninos segurando pra não rir. Realmente era engraçado. Pararam na frente de porque ele tinha parado de roncar. As meninas ficaram esperando que ele desse um ronco, mas não dava. abriu os olhos e encontrou as quatro meninas olhando pra ele com um gravador perto dele.
“O QUE É ISSO?” – gritou.
As amigas riram mais ainda e desceram as escadas correndo. Deixaram o gravador cair no chão do quarto e pegou pra ouvir o que tinha gravado. Depois de ouvir a fita desceu correndo atrás das quatro meninas que estavam escondidas. , e acordaram com aquele barulho todo e desceram procurando por .
“O que aconteceu?” – perguntou.
subiu as escadas de novo com os amigos atrás dele, pegou o gravador, voltou a fita e deu play pros amigos escutarem. Depois que a fita acabou os quatro desceram correndo procurando pelas meninas.
“Garotaaaaaasss...” – cantou.
“Cadê vocêêêêêêêêêêssss.” – cantou depois.
abriu a porta do banheiro e elas não estavam lá. foi até a cozinha e olhou em todos os armários. andou até a janela e procurou atrás das cortinas. foi ver se elas estavam num quartinho de bagunça. Mas elas não estavam em lugar nenhum. Os meninos ficaram pensando num lugar onde ainda não procuraram quando viram as meninas passarem correndo na frente deles indo pra fora de casa ainda rindo. Os meninos não pensaram duas vezes, correram atrás delas.
“Estão achando engraçado é?” – gritou alcançando .
“Ficam rindo aí porque não são vocês.” – abraçou , com cuidado pra não machucar o bebê, dizia isso sempre pra ela.
“A gente ainda vai gravar vocês roncando!” – disse ainda correndo atrás de .
“E vai colocar na internet pra todos ouvirem!” – disse quando finalmente conseguiu segurar .
estava com no chão tentando fazer ela ficar sem se mexer. Estavam todos no quintal da frente da casa de de pijama e jogados na grama. tentava sair de baixo de em vão, ele era mais forte que ela e não conseguia.
“Acha engraçado agora ?” – perguntou quando finalmente ela parou de se debater.
“Acho.” – ela disse rindo.
“A gente vai fazer pior com vocês.”
“Acho que não.”
“É? Por que?”
“Porque vocês não tem coragem.” – disse mostrando a língua pra .
colocou a mão na frente da boca de fazendo com que ela ficasse assustada.
“Você quer apostar quanto que eu ainda faço alguma coisa que surpreenda você?”
“Humhamhemhumhamhomhem.”
“O que?”
“HiraHãohamhimahoma.”
“Não to entendendo.”
então colocou a ponta da língua na mão dele fazendo com que ele tirasse a mão dele da boca dele rapidamente fazendo uma careta de nojo.
“Então, eu não tenho o que apostar com você.” – ela disse.
“Um beijo.”
“Você ta querendo de mais , depois dessa noite acho que você ganhou muito mais que um beijo.”
“Eu não lembro de nada , eu juro pra você.”
“Então ta, um beijo.” – ela disse revirando os olhos.
“Então vamos fazer isso direito. Você me da um beijo se eu fazer uma coisa que realmente surpreenda você.”
“Isso.”
olhou pra ela com cara de satisfação. Ainda não tinha em mente o que ia fazer mas seria uma coisa que ela nunca ia ter imaginado antes, disso ele tinha certeza. olhava pra que ainda a olhava. Eles ainda não se mexeram nem um pouco, ainda estava deitado em cima de . foi aproximando seu rosto do dela. Ela quando percebeu aproximou o seu rosto do dele também. passava as mãos nas costas de e respirava perto de seu nariz [n.a.: nariz mais lindo ^^]. encostou seu nariz no nariz de . Ele começou a aproximar mais a sua boca da boca dela. Ela virou o rosto e passava os lábios na sua bochecha sentindo a respiração de em seu pescoço. deu uma mordidinha na orelha de e ela beijou o canto da boca dele. começou a passar seus lábios pela bochecha da garota em direção a boca dela. encostou os lábios nos lábios dela e ela virou o rosto. Começou a levantar e deixou na grama deitado olhando pro céu. Ela não podia ficar com ele agora, não agora. Mas ela ia sim provocar .
As meninas estavam todas na cozinha de tentando fazer o almoço enquanto os meninos assistiam futebol na sala e gritavam a cada jogada mal marcada pelo juiz ou a cada gol. As meninas riam quando eles começavam a xingar os jogadores.
“Então, como anda a nossa mamãe?” – perguntou pra que mexia uma panela no fogão.
“Melhor impossível.”
“Que bom então.” – disse com um sorriso enquanto lavava a louça.
“Vocês vão no hospital comigo né?” – perguntou pras amigas.
“O papai que tem que ir, não nós.” – disse.
“Mas vão comigo também? Eu quero vocês lá.”
“Ta bom, então vamos.” – disse.
“Mas que droga, o juiz roubou o jogo inteiro!” – entrou na cozinha com os amigos reclamando do jogo mal marcado.
“E a ultima jogada, era pra ser um pênalti!” – disse.
“Pelo visto o jogo foi bom.” – disse rindo.
“Foi ótimo!” – disse ironicamente se sentando na cadeira.
“Quando o almoço fica pronto?” – perguntou.
As meninas olharam estranho pra ele.
“O que?”
“Isso não é pergunta que um faça, e sim um .” – disse rindo.
Todos almoçaram e as meninas deixaram a louça pros meninos lavar. Ali era assim, quem cozinhava, não lavava a louça e sim quem assistia futebol. Depois da limpeza na cozinha, que foi muito demorada, os oito deitaram no sofá e ficaram em silencio pensando em alguma coisa pra fazer até o final da tarde, que era quando precisava sair pra trabalhar. levantou do sofá de repente e andou a sua jaqueta da onde tirou um CD de dentro. Andou até o rádio e colocou o CD pra tocar no ultimo volume. Puxou pra dançar com ele e puxou que puxou que puxou que puxou que ia puxar mas ele não deixou, depois ia puxar mas ela não queria ir. Ficaram dançando enquanto e ficavam rindo dos amigos. se aproximou de no sofá.
“Quer dançar?”
pensou um pouco e se virou pra .
“Claro.”
se levantou do sofá e puxou a garota com ele. Agora estavam os oito amigos dançando no meio da sala com a musica no ultimo volume, no meio da tarde. Isso que dá não ter o que fazer.
I'm bringin' sexy back
Them other boys don't know how to act!
I think it's special what's behind your back.
So
turn around and I'll pick up the slack!
(Take em' to the bridge!)
Dirty babe...
You see these shackles? Baby I'm your slave
I'll let you whip if I misbehave!
It's just that no one makes me feel this way
(Take em' to the chorus!)
[n.a.: Sexy Back do Justin Timberlake, é pra levantar o popo da cadeira e rebolar, é bom pra quando vc ta fazendo brigadeiro de panela xD]
Dançaram até ficarem cansados. Os oito foram correndo pra geladeira da a procura de água. O dia estava esquentado. O verão estava chegando.
Sentaram todos no sofá e adormeceram assistindo TV. Fazia muito tempo que não passavam um dia juntos como aquele. Mataram a saudade e viveram o momento, como sempre falaram.
15º Capítulo estão gostando da fic? Então levantem o bracinho o/
“Veio feliz hoje.” – Rick disse quando entrou no pub.
“Foi um dia feliz.” – ela respondeu sorrindo.
“Fez o que de bom hoje?” – ele disse vendo ela andar até na frente do bar ficando de frente pra ele.
“Passei o dia com os amigos.”
“Amigos? Homens?”
“E mulheres. Esta com ciúmes?”
“Não... Só queria saber mesmo. A gente precisa sair junto um dia desses.”
“É... Eu sei.”
“Amanhã?”
“Onde você quer ir num domingo Rick?”
“Eu quero passar o dia com você.” – ele disse aproximando mais o rosto do rosto dela.
“Fazendo o que?”
“Esse não é um bom horário pra dizer.”
Ele aproximou mais ainda o rosto do dela e tocou os lábios dele nos lábios dela. Ela deixou ele beija-la mas sempre pensando no que tinha acontecido com ela e com mais cedo. Com Rick não tinha preliminares, ninguém provocava o outro, não era divertido. E com , era diferente. Era gostoso, mesmo que não acontecesse um beijo.
A noite no pub foi menos agitada que a noite passada. Entrava gente ainda perguntando quando o McFLY ia tocar outra vez no pub, parece que tinham gostado. Rick e passaram boa parte do tempo que tinham sem atender clientes conversando entre beijos. Eles pareciam que se escondiam de alguém, pois só se beijavam dentro do pub, não se encontravam fora de lá.
Depois de terminarem o trabalho e fecharem o lugar foi até a sua casa, Rick morava do lado oposto que ficava o caminha de sua casa.
chegou em casa e não encontrou seu pai, fazia tempo que ela não o via. Estava começando a achar aquilo muito estranho. Andou pela casa e viu como ela estava limpa, quando ela e os amigos querem limpar a casa realmente eles conseguem. subiu até seu quarto e entrou em seu banheiro pra tomar um banho quente, gostava da água quente. Ficou ali em baixo da ducha aproveitando o quentinho e lembrando do que aconteceu no seu dia. Tinha sido um dia cheio, mas alegre. Ela lembrou-se então dos seus amigos no Brasil, ela ainda não tinha respondido a ultima carta deles. Onde será que eles iam viajar nas férias de verão?
Ela saiu do banheiro e pegou a ultima carta deles que havia recebido, todos haviam escrito um pouquinho pra ela. Ela se sentou na cama e pegou uma folha na gaveta e começou a escrever uma carta em resposta pra eles. Quando terminou, ficou impressionada no tanto de coisas que escreveu, realmente tinha muita coisa pra contar pros amigos. Quando ela foi guardar a carta que escreveu com o envelope onde tinha a carta que recebeu, percebeu uma coisinha a mais dentro. Pegou o envelope nas mãos e abriu ele inteiro, tirou lá de dentro uma foto, a ultima foto deles na casa do Fernando, se lembrou daquele dia e a saudade apertou ainda mais.
No dia seguinte, quer dizer, tarde seguinte, acordou ainda com sono, olhou pro seu celular e percebeu que tinha varias ligações perdidas. Algumas de , outras de e algumas de Rick. Ela resolveu tomar um banho primeiro, assim podia começar seu dia, quer dizer, tarde, muito melhor. Depois do banho foi até a cozinha comer alguma coisa, seu pai ainda não havia voltado pra casa, onde será que estava? Depois sentou no sofá, ligou a televisão e pegou o telefone pronta pra ligar pras pessoas que haviam ligado pra ela mais cedo.
“Oi sumida! Até que enfim!” – disse no telefone assim que atendeu.
“Eu estava dormindo, estava cansada. Agora me diga o que quer comigo?”
“Vamos saiiiiiiiiirr????”
“Não sei, acho que hoje eu vou sair com o Rick.” – disse com um sorriso.
“UUUUUUUUUUUUUU!!!”
“Não se empolga.”
“Então ta, vai lá! Gatona!” – disse rindo.
“Para !”
“Ela vai sair com a gente ou não?” – perguntou do lado de , fazendo com que também ouvisse e começasse a rir.
“Ela não vai, tem compromisso com outra pessoa hoje.” – respondeu pra .
“Que pessoa é mais importante que a gente?”
“O papa!”
“Ela vai sair com o papa?”
“Vai.”
“! Pega um autografo dele pra mim?” – berrou no celular.
“PEGO!” – gritou de volta.
“Tchau amiga, vou quietar essa criança que está do meu lado.”
“Tchau.”
desligou o telefone e começou a rir mais que nunca. Ficou pensando onde ia arrumar um autografo do papa pra , apesar dela não sair com ele, ela achou engraçado ficar pensando que realmente saiu com o Papa. agora discava outro numero, ia ligar pra Rick.
“Pensei que você tivesse desaparecido outra vez!” – Rick disse assim que atendeu o telefone.
“Não, da próxima vez eu aviso todos.” – ela respondeu rindo.
“Estava com saudade.”
“ÓÓÓÓ FOFUUUU! Eu também estava.” – não tanto quanto ela estava de .
“Então, vamos sair hoje?”
“Vamos, mas pra onde você quer ir?”
“Eu passo aí na sua casa e vamos no parque. Pode ser?”
“Como você quiser.”
desligou o telefone e correu pro seu quarto colocar uma roupa digna de se sair de casa. Parou de se trocar quando ouviu a campainha tocando. Rick era mesmo rápido. Ela foi prendendo seus cabelos de qualquer jeito até chegar a porta, mas quando abriu, deu de cara com quem não esperava.
“... O que você está fazendo aqui?” – ela perguntou surpresa.
“Eu esqueci meu celular aqui ontem.” – ele disse meio sem graça.
“E só foi perceber hoje?” – ela deu de ombros.
“Fazer o que. Você sabe como eu sou.”
“É, sei. Então, entra, procure seu celular, fique a vontade.”
deu espaço pra ele passar pela porta. não conseguia parar de pensar em como ela estava linda, mesmo com uma calça jeans, um all star e uma blusinha simples. Depois de ver subindo as escadas direto pro seu quarto ele começou a procurar seu celular pela sala.
“VAI SAIR HOJE?” – perguntou pra ela.
“VOU. DAQUI A POUCO.” – respondeu.
Quando ouviu aquilo seu coração deu um pulo. Sabia que ela ia sair com Rick, mas aonde eles iriam num domingo? não queria que ele ferisse os sentimentos de , muito menos tratasse ela mal. continuou procurando seu celular e ouviu descendo as escadas direto pra cozinha. Pronto! Finalmente encontrou seu celular!
“Estava onde?” – ela perguntou bebendo um copo de água.
“Na mesinha, do lado do abajur.”
“Da próxima vez eu lembro você de levar.” – ela disse rindo e quase se engasgando.
“Vai ser bom.”
Um silencio incomodo ficou entre eles. observava cada traço de e ela tentava não olhar pra ele. pensava no que tinha acontecido na tarde anterior. afastou logo os pensamentos quando ouviu alguém buzinar na frente da casa da . Rapidamente ele disse um tchau e saiu pela porta, dando um oi meio de longe pra Rick. saiu de casa sem entender aquela reação. Entrou no carro de Rick, cumprimentou ele com um selinho e foram direto pro parque.
“Não no meu nariz!” – pedia.
“Você passou no meu também!” – Rick ria com uma colherzinha de sorvete estendida perto do nariz da .
“Só um pouquinho.”
Rick passou a colher com sorvete no nariz na menina deixando a ponta do nariz dela toda coberta de sorvete. ria sem parar, tinha feito isso na bochecha dele. Rick depois segurou o rosto da menina com as mãos, deixando o sorvete dele ao lado dele no banco, segurou o rosto de e lambeu o sorvete do nariz dela [n.a.: eca!]. Depois foi traçando um caminho de beijos até a boca dela, onde beijou ela com vontade mesmo. Rick não sentia aquela paixão saindo dela, talvez não fosse ele o que ela queria, mas ia esperar ela mesma perceber isso.
“Vamos pra casa agora.” – ele disse puxando a garota que foi até ele reclamando que queria ficar mais.
“Está escuro mulher! Não quero você trabalhando doente depois de tomar esse sereno!” – Rick disse.
“Tá bom, você venceu!” – ela disse emburrada e entrou no carro.
“Não precisava ter me trazido até a porta.” – disse pra Rick na frente da porta da casa dela.
“Eu quero que você chegue direitinho na sua casa.”
“Então, agora que estou aqui, o que você vai fazer?”
Rick se aproximou dela puxando-a pela cintura. Colocou seus lábios em cima dos lábios dela que a cada toque na sua pele se arrepiava. Ela sentiu a língua dele tocando a língua dela, não estava gostando muito da situação, talvez devesse deixar que acontecesse até o ponto em que ela sentisse algo a mais por ele. Rick virou de costas pra porta empurrando-a com um pouco de força. Enquanto Rick a beijava ia prensando-a cada vez mais contra a porta. não conseguia parar de pensar que com era diferente. nunca ia empurrar ela do jeito que Rick a empurrou. primeiro de tudo ia ser delicado, não do jeito que Rick estava sendo. Aquilo estava deixando cada vez mais incomodada, resolveu parar.
“Rápido?”
“É, um pouco.”
“Desculpa...”
“Er... Eu vou entrando Rick, até amanhã.” – ela se despediu dele com um selinho.
entrou dentro de casa correndo. Como podia pensar em enquanto Rick a beijava? Aquilo entre estava indo longe de mais. Ela tinha que esquecer definitivamente, pra ela, já havia a esquecido. Mas ela estava errada. Com era a mesma coisa, enquanto beijava Lisa, ele não parava de pensar que podia estar beijando a , podia estar com ela naquele momento, assim como antes, assim como ele sempre quis, mas naquela hora não podia. se martirizava, podia muito bem estar com se tivesse sido um pouco mais fiel aos seus sentimentos. Ele iria fazer alguma coisa pra tê-la de volta, mesmo que não desse certo e que fosse do pior jeito possível, ele TINHA que ficar com .
encontrou a casa sozinha novamente. Mas que droga! Onde seu pai estava? já estava ficando preocupada com o sumiço dele. Bom, resolveu relaxar mais um pouquinho com um banho, que não durou nada pois a campainha tocou. Sempre que tentava fazer algo pro bem dela, a campainha tocava.
“Mas que saco heim! Não tem outra campainha pra tocar?” – ela reclamou descendo as escadas.
abriu a porta e deu de cara com as três amigas de pijama e cobertor e travesseiros de baixo dos braços.
“Minha casa virou refugio pra fugitivas?” – perguntou assim que olhou cada amiga atentamente.
“Não consegui dormir.” – disse entrando na casa de .
“E acabou não ME deixando dormir.” – disse entrando logo atrás de .
“Que acabou não ME deixando dormir.” – entrou logo em seguida.
“Então agora você não vão ME deixar dormir?” – perguntou rindo.
As amigas já subiam as escadas, com sono, quase caindo, se instalaram no quarto de enquanto estava tomava o restinho de banho que lhe faltava. Quando voltou ao seu quarto, estavam todas dormindo, menos .
“O que aconteceu?” – perguntou pra ela indo se sentar ao seu lado.
“Eu ando tendo muito enjôo,e minha cabeça dói, e hoje eu dormi tanto a tarde porque estava cansada que não consigo dormir mais.”
“É normal , você está grávida, esqueceu?”
“Me dorme?” – perguntou pra amiga.
“Você sabe que o responsável por fazer você dormir é o e não eu né?”
“Por favor!”
“Ta bom, ta bom. Vamos preparar uns leitinhos pra gente, talvez assim você durma.”
Mas não dormiu. Ela pegou no sono depois de um lual na sala da , seguido de filme romântico, mais musica, mais livro e mais conversa. Dormiram as duas na sala mesmo, e foram acordar só na manhã seguinte quando ouviram barulhos vindo da cozinha.
[n.a.: esses barulhos vocês só descobrirão no próximo capítulo. Huahuahua liga não, to fumada hoje =P]
16° Capítulo espero que seja melhor que o 15°
“? O que você está fazendo aqui?” – perguntou assustada.
“A me ligou, parece que vamos ter churrasco aqui.” – respondeu contente.
“Churrasco?” – perguntou confusa.
“Desde quando que eu não estou sabendo?” – perguntou dessa vez já de pé indo na direção de que ainda estava procurando alguma coisa na cozinha.
“Desde ontem a noite. Disseram que não ia ter nada pra fazer e a deu a idéia de fazer um churrasco aqui.”
“Espera. Vocês fazendo churrasco?” – perguntou rindo.
“O que tem?” – perguntou curioso.
“Não vai sair nada além de carne queimada, e no final de tudo vamos acabar comendo pizza.”
terminou de dizer aquilo e se sentiu estranha, correu até o banheiro e ficou assustado com o que viu. começou a rir quando viu a cara do menino, estava mesmo muito assustado.
“É só enjôo matinal, coisa de grávida.” – explicou rindo.
“!!!!!!!!!!!!” – gritou o nome do namorado e foi correndo até ele.
“Bom, vou ajudar a e... Trocar de roupa. Aproveitem bem a cozinha... Acho que já estão aproveitando... E eu continuo falando!” – disse e saiu da cozinha com a imagem de e se beijando na cabeça, era muito cedo pra ficar vendo aquelas coisas.
Poucos minutos depois que subiu as escadas, os outros meninos já haviam chegado na casa e se instalado. Eles se acomodavam rápido, e fazendo a maior bagunça. O engraçado é que quando não tinham nada pra fazer, todos resolviam ir na casa da , porque não podia ser na casa da como antes? Tinham que bagunçar logo a casa dela?!
desceu as escadas quando já estava pronta, viu que já estavam todos comendo. Além de invadir a casa dela no começo da manhã, nem esperaram ela se trocar e já estavam comendo. Isso é que são amigos.
“Obrigada por terem me esperado.” – disse irônica assim que entrou na cozinha.
“Não olha pra gente assim não, a que quis comer.” – explicou.
“É , desculpa, mas é que não teve jeito.” – se desculpou.
“Ta, se for assim então eu desculpo.” – disse se sentando com os outros na mesa.
“Então se não fosse pela você não ia desculpar a gente?” – perguntou.
“Hum... É.”
“Obrigado .” – todos agradeceram a menina que caiu na gargalhada junto com a .
Depois do almoço foi a vez das meninas lavarem a louça, eram as regras. E sabem que quando colocam mais de uma mulher tem que ter conversa, acho que em qualquer lugar elas não conseguem ficar paradas, tem que conversar mesmo que for com uma desconhecida [n.a.: meio exagero, mas eu, quando lavo a louça com mais alguém, tenho que conversar, ou até cantar xP].
“Quando você vai no medico ?” – perguntou.
“Está marcado pra sexta, vocês vão comigo né?”
“Vamos . Nós e o , claro.” – disse.
“É... O ...” – disse triste.
“O que tem o ?” – percebeu a tristeza na voz da amiga.
“Desde que eu disse que estou grávida, não é mais a mesma coisa.”
“Como assim não?” – perguntou surpresa.
“Parece a mesma coisa pra mim.” – deu de ombros.
“Mas não é. Antes ele ia na minha casa só pra ficar de bobeira, agora não. Antes, a gente saia sempre, mesmo que for pra ficar sentados no parque de mãos dadas, agora não. Isso ta me deixando louca.” – explicou.
“Foi por isso que você não conseguiu dormir?” – perguntou.
“Foi.”
“, você não tem que se preocupar. Com certeza ainda deve estar em choque com a noticia. Mas ele te ama.” – confortou a menina.
“Tomara que seja só isso.”
“Então... Outro dia na casa da , sem nada pra fazer.” – suspirou sentado no sofá.
“Filme?” – perguntou.
“Não. Assistimos todos.” – disse.
“Dança?”
“Outra vez?” – perguntou.
“Então... Ensaio.”
“Meus dedos doem.” – reclamou.
“Então o que fazemos?!”
“Vamos patinar!” – gritou da cozinha.
“Vamos?” – perguntou.
“Vamos.” – concordou.
“Então vamos.” – disse já se levantando do sofá.
“Dude, esse negocio não tem ninguém.” – disse assim que chegaram no local onde patinavam.
“Por que será? Nunca ficou vazio.” – disse.
“Vamos entrar, pelo menos ainda tem gente que TRABALHA aqui.” – disse apontando pra um homenzinho baixinho do outro lado do balcão.
Pegaram os patins e entraram no ringue. Era muito gostoso lá. Muitos momentos divertidos, e outros nem tanto, passaram lá. e apostavam corrida pra ver quem conseguia atravessar o ringue mais rápido. e dançavam. e só andavam e conversavam, tomava todo o cuidado quando se atrapalhava quase caindo. e andavam um do lado do outro, observando os amigos. Quando começou a rir.
“O que aconteceu?” – perguntou assustado.
“Lembra... Lembra daquela menininha?” – perguntou rindo.
“Que menininha?”
“Aquela que te chamou de... Imbecil!” – e ria ainda mais.
ainda pensava no que ela estava falando. Menininha que chamou de imbecil? De repente veio a imagem da menina na cabeça de . A menina que empurrou em cima de e que depois deu um soco nele chamando-o de imbecil pois ele estava deitado no chão com em baixo dele. começou a rir junto com . não agüentava mais rir, era muito engraçado. Ela riu tanto que acabou se desequilibrando e caindo. viu e começou a rir mais ainda. ria mais ainda também. Aí foi a vez de se desequilibrar e acabar caindo, quase em cima de . Eles riam de mais.
“Eu tenho que agradecer a menininha ainda.” – disse sério.
parou de rir e olhou pra ele com cara de quem não acreditava que ele tinha dito aquilo.
“Seu bobo!” – ela disse dando tapinhas nele que tentava desviar.
“Sou bobo, mas você gosta.” – ele disse piscando pra ela.
“Para !” – ela disse séria. – “Você não pode dizer isso.”
“Por que?”
“A gente não ta mais junto, a gente não pode.”
“Nem sermos amigos... Com benefícios?”
“Muito menos isso . Você está com a Lisa, e eu com Rick. Somos amigos, só amigos agora.”
“Ta...”
“Hey! Onde vamos passar as férias de verão heim casalzinho ai do chão.” – perguntou rindo.
se levantou e ajudou logo em seguida. Eles andaram até onde os amigos se encontravam, pelo jeito patinaram bastante, principalmente e .
“Não sei, não tinha pensado nisso ainda.” – disse.
“Praia?” – perguntou.
“Sei não... Tem lugar melhor?”
“O chalé do meu tio.” – disse todo sorridente.
“É... Outro verão lá não ia matar ninguém.” – disse olhando pra que ficou vermelha.
“Então ta marcado!”
“Não... Eu ainda tenho que conversar com o Rick, vai que ele quer ajuda nas férias?” – disse.
“Tomara que ele deixe.” – disse.
“Se ele não deixar, você vai mesmo assim.” – disse com um sorriso.
“Aproveito e perco meu emprego também né?” – disse rindo sarcástica.
Voltaram pra casa da onde descansaram, dormiram, dormiram mesmo porque tinham se cansado no rinque e não tinha mais nada pra fazer. Só foram pra casa quando saiu pra trabalhar. Ainda não sabiam da onde ela tirava tanta força pra trabalhar até de madrugada todo dia exceto domingo.
“Rick, eu preciso conversar com você.” – pediu quando viu ele atendendo o ultimo cliente da noite.
“Fala minha princesa.” – ele disse já chegando perto da garota e a puxando pra mais perto pela cintura.
“Hum... Eu e o pessoal, estamos pensando em ir passar o verão fora da cidade.”
“Que ótimo!”
“Então... Será que... Eu vou poder ir?”
“Claro que vai, você merece.”
“Certeza que não vai precisar mesmo de mim?”
“Tenho ... E... Eu também tenho uma coisa pra te contar.”
“Então conte!” – ela pediu toda sorridente.
“Eu vou fechar o pub.”
“O que?! Por que?” – ela perguntou surpresa.
“No sábado, um homem me ofereceu uma oferta pra me gerenciar enquanto modelo, e eu aceitei.”
“Rick...”
“Ele disse que eu tenho ótimas chances, igual você me dizia. E, eu acho que agora é a minha hora.”
Os olhos de estavam cheios de lágrimas. Nada durava com ela, o que ela tinha de errado?
“Não chora linda.” – Rick pediu colocando as mãos no rosto da garota. – “Fique sabendo que mesmo longe meu coração ainda vai ser seu.”
“Longe?” – ela deixou uma lagrima escorregar pelo rosto dela.
“Eu... Vou me mudar amanhã, vou pra Nova York.” – ele explicou.
“E eu?”
“, você não me ama, não esconda isso. Quem você merece deve estar no quarto agora bolando a letra de uma musica, pensando em você. Quem você merece é o .”
sentiu um aperto no coração. Rick devia ser a ultima pessoa a dizer aquilo. sentiu Rick abraçando ela. Aquela era a despedida deles, depois daquela noite ela não veria Rick muito cedo. não parava de pensar em como seria sua vida sem ele, Rick a ajudava quando ela mais precisava. Rick deu forças pra esquecer de vez e agora ele ia embora? Ela tentou pensar no bem em que Rick estava fazendo pra si mesmo, ele ia virar modelo. Ia ficar famoso e sair daquela cidadezinha. Ia buscar um sonho que a muito tempo estava apagado. E como ele mesmo disse: seu coração ainda ia ser de .
sentiu os lábios de Rick prensando os seus. Ia ser dificil viver ali a partir de agora.
e Rick se despediram e ela foi pra casa. Segurando o choro pois não queria deixar as coisas mais difíceis do que já estavam.
chegou em casa arrasada, ela chegou corando tudo o que não chorou durante o caminho. Ela fechou a porta atrás dela e sentou no chão da sala chorando. Por que com ela?
subiu as escadas e tomou um banho demorado tentando esquecer do que Rick tinha lhe dito. Tentando esquecer que ele ia embora. Tentando esquecer que ela podia, talvez, nunca mais ver o amigo, ex-namorado, a pessoa que lhe dava forças, o Rick.
estava tão desligado do mundo que nem percebeu que seu pai tinha voltado pra casa. O pai dela ouviu o choro da filha, ouviu ela tomando banho. Ouviu ela desligando a luz do quarto pra ir dormir. Ele levantou da cama e atravessou o corredor pra chegar até o quarto da filha.
“Está acordada?” – o pai cochichou.
“Estou.”
O pai dela foi andando até encontrar a cama, sentou ao lado da filha e acendeu o abajur que conseguia iluminar pouca coisa envolta dele.
“Por que você estava chorando?”
“Onde você estava?” – eles perguntaram juntos.
“Você responde primeiro.”
“Eu acho que, estava chorando porque, uma das pessoas mais importantes pra mim vai embora amanha. Pai, eu não sei o que eu vou fazer sem ele aqui.” – ela começava a chorar de novo.
O pai a abraçou enquanto ela chorava cada vez mais. Pela primeira vez desde que ela chegou do Brasil seu pai estava ao seu lado. Abraçando ela, confortando ela, conversando com ela. O pai colocou as mãos envolta do rosto da menina fazendo com que ela olhasse diretamente pra ele.
“Você ainda tem as outras pessoas importantes.”
olhou pras mãos dele e as tirou de seu rosto. Ficou olhando pras mãos do pai e percebeu uma aliança na mão direita.
“Onde você estava?” – perguntou o mais seca possível.
“Filha...”
“Pai, onde você estava?”
“Filha eu... Fui pra Essex e...”
“E se casou lá?” – estava começando a ficar brava.
“Filha... Eu e sua mãe já estamos separados faz tempo.”
“E por isso você tem que se casar com qualquer uma? Eu por acaso conheço ela?”
“Ela não é qualquer uma e sim, você a conhece. É aquela da cozinha.”
“Você sempre da um jeito de piorar as coisas mais ainda.” – ela disse e se levantou da cama, colocou seu all star e saiu da casa. Agora sim estava começando a ficar muito pior. O que mais pode acontecer com ela naquela noite?
17° Capítulo
andava na rua de madrugada. O clima não estava frio e nem quente. Ela andava enquanto as lagrimas ainda escapavam de seus olhos. Ela não sabia o que fazer, pra onde ir. Num momento tudo podia acabar ficando pior ainda. Não, não tinha como ficar pior do que já estava.
foi caminhando e de repente parou. Olhou pro lado e a primeira coisa que viu foi a casa de . Ela tinha andado até la e nem tinha reparado. Sabe quando você anda de bobeira e de repente se vê parada na frente de uma sorveteria, ou na casa da sua amiga, ou namorado, ou sei lá onde? Foi isso que aconteceu com você agora, e você parou na casa de . foi até os fundos da casa e viu a janela de e as luzes acesas. Subiu numa escada onde tinham plantas, e foi até o quarto de .
estava sentado na sua cama, escrevendo mais musicas, naquele momento estava com uma imaginação fértil. Ele levou um susto quando ouviu alguém batendo na sua janela. Caiu da cama achando que podia ser um ladrão ou coisa parecida.
sentou numa bancadinha que tinha do lado de fora onde tinham mais plantas. Ela bateu na janela de e achou estranho o menino ter caído da cama sem nem ter olhado pra janela primeiro. encostou a cabeça no vidro, não estava se sentindo bem.
“...” – ela chamou.
se levantou assustado, olhou pra janela e viu a escorada. Correu pra ajudar a garota que agora estava pálida. Abriu a janela com cuidado. Pegou a menina no colo e a levou até a cama dele. passou a mão da cabeça dela, estava com febre. suava frio. Tremia e cada vez mais ficava branca. Ela via tudo rodando.
“... O que aconteceu?” – perguntou preocupado.
“Eu...”
“Você comeu alguma coisa hoje?”
apenas negou com a cabeça. Não tinha comido nada mesmo. Acordou, almoçou pouca coisa e passou o resto do dia sem comer. desceu as escadas da casa dele correndo. Procurou alguma coisa comível na geladeira, pegou um suco de uva. Olhou no armário e não tinha nada, se lembrou do bolo que sua mãe havia feito a poucos dias, pegou um pedaço pra ele e um pra e subiu as escadas correndo. Ele entrou no quarto e encontrou mais branca do que podia imaginar. Sentou ela na cama e deu o suco de uva pra ela beber. Depois pegou um pedaço de bolo e deu na boca da menina. Enquanto ela mastigava, comia o seu pedaço de bolo.
“Obrigada .” – ela agradeceu o menino que comia seu pedaço de bolo muito concentrado.
“Não foi nada , não se preocupe.” – ele disse de boca cheia fazendo a menina abrir um sorriso.
Eles ficaram la na cama comendo e quando terminaram ficaram um bom tempo se olhando, um medindo o corpo do outro. Fazia tanto tempo que não ia até o encontro de , ela estava com saudade daquele quarto. andou até ela e ficou de frente a ela. Ele sabia basicamente o motivo pelo qual ela tinha ido até a casa de .
“Quer me contar o que houve?” – ele perguntou sentado na frente de .
“Você já deve saber o motivo né?”
“Seu pai?” – ele perguntou receoso.
“Ele casou. Eu nem acredito que ele fez isso!” – ela disse com lagrimas nos olhos. – “Eu ainda tinha uma mínima esperança de que ele podia um dia voltar com a minha mãe e agora ele faz isso?”
“...” – sussurrou chegando mais perto dela ainda. Nossa como a voz dele a confortava.
“E isso foi pra piorar minha noite que já estava muito pior. Se é que da pra ficar pior ainda.”
“Eu não to entendendo.”
“O Rick vai se mudar amanha. Eu to sem emprego, sem namorado, com um amigo a menos.” – ela falava e algumas lagrimas caiam dos olhos dela.
chegou mais perto ainda dela e a abraçou. chorou no ombro de lembrando do que acontecera algumas horas atrás. Como ela podia ser tão boba em pensar que seu pai ia voltar com sua mãe um dia, ou pensar que Rick poderia fazer ela esquecer de . Ela foi parando de chorar quando lembrou do que Rick tinha dito pra ela. Rick tinha dito pra ela que quem ela realmente merecia era . Como ela queria que ele estivesse certo. segurou o rosto da menina com as mãos envolta do rosto dela. Ela não conseguia pensar em como ele estava bonito, em como ele estava cheiroso, em como ele era bom com ela. Ela queria que ficar com não fosse tão complicado como estava sendo.
“Quer dormir aqui?” – perguntou.
“Se não for incomodo”.
se levantou e andou até o seu guarda roupa tirando um travesseiro e um cobertor. Colocou o travesseiro do lado de e ia saindo do quarto.
“Onde você vai?” – ela perguntou antes dele apagar as luzes.
“No quarto do meu irmão.” – ele deu de ombros.
“Fica aqui comigo?”
“Tem certeza?”
“Tenho.”
apagou as luzes e encostou a porta. Andou até a cama e deitou ao lado de . colocou o cobertor em cima dele depois de se mover mais pro canto da cama. A cama não era pequena então cabiam os dois, mas ainda ficavam bem próximos. se virou de frente pra e ela de frente pra ele. sentia a respiração dele no rosto. aproximou mais o rosto dele do dela e beijou seu nariz dando boa noite logo em seguida.
“Nunca mais me de um susto desse.” – ele pediu.
“Nunca saia de perto de mim.”
“Feito.” – ele disse e fechou os olhos.
viu ele fechando os olhos e fechou logo em seguida. percebeu e abriu os olhos assistindo ela dormir. Ela pode ter perdido alguém que realmente a ama, mas não perdeu , aquele que sempre pensa nela, que é apaixonado por ela. assistia enquanto ela dormia, sentia o perfume dela, o que ele adorava.
acordou no dia seguinte e ao seu lado encontrou ainda dormindo. Ficou assistindo ele dormindo. O ronco dele era tão engraçadinho que ela dava risinhos quando ouvia [n.a.: xD]. Ela estava com uma vontade de tomar banho, mas ali na cama estava tão quentinho. Ela criou coragem pra levantar e pegou algumas roupas no armário de . Ainda havia uma camiseta dela ali, achou estranho estar ali. Anos sem ir à casa de e encontrar uma camiseta dela no armário? E era dela mesmo, não da Lisa. Estava escrito na etiqueta da camiseta branca. Ela pegou uma calça de e foi pro banheiro tomar banho.
acordou com o barulho do chuveiro. Olhou pro seu lado e não encontrou lá, então era ela que estava tomando banho. foi até a cozinha preparar alguma coisa pra eles comerem de café da manhã. Seus pais não estavam na cidade, estavam na sua segunda lua de mel e deixaram tomando conta da casa.
saiu do banho com as calças de nos seus joelhos, como ele conseguia usar aquelas calças enormes? Ela procurou por um cinto e não encontrava em lugar nenhum no guarda-roupa.
“Procurando por isso?” – perguntou segurando um cinto.
“Nossa! Que susto !” – ela disse segurando as calças e pegando o cinto das mãos de .
“Eles estavam atrás da porta.” – ele disse rindo.
“Da próxima vez eu lembro.”
a olhava de cima pra baixo. Estava linda. Simples e estranha na calça dele, mas linda.
“O que foi?” – ela perguntou sem entender o por que daquele olhar.
“Você está linda.”
“Menos ! Agora vamos logo que eu estou com fome. O que tem pra comer?”
“Bom... Pra quem não comeu nada ontem essa reação foi muito estranha.” – ele riu descendo as escadas.
Eles tomaram o café da manhã que, conforme tinha dito, eram panquecas. Mas não se pareciam com panquecas, parecia alguma coisa estranha, talvez um monte de ovo mexido jogado tudo em cima um do outro, mas estava bom.
“Eu disse que estava.” – estava se sentindo O cozinheiro quando disse que estavam boas as panquecas.
subiu pro seu quarto pra tomar banho e ficou lavando a louça. Ela tinha até esquecido o que havia acontecido na noite anterior, estar com a fazia outra pessoa. Ela ouviu a campainha tocando e foi atender, rindo porque mesmo com o cinto a calça ainda caia.
“?” – perguntou surpreso.
“...”
“O que você está fazendo aqui?”
“Eu passei a noite aqui, tive que ter umas conversas de mulher pra mulher com .”
“Mulher, sempre achei que ele fosse mesmo.” – disse rindo.
“Então, o que VOCÊ veio fazer aqui?”
“Tem ensaio hoje. Aqui.”
“Legal! Eu posso assistir?” – ela perguntou sorridente.
“Por mim tudo bem.”
“Legal! Posso chamar as meninas também?”
“Pode.”
correu até o telefone pra ligar pras amigas.
“Onde está o ?” – perguntou quando percebeu que não estava por perto.
“Ele está tomando banho. Sabe como é né, mulher demora pra se arrumar e ele está la em cima faz um tempão.” – disse e ela e riram enquanto falavam sobre ser uma mulher.
Pouco tempo depois estavam os oito amigos na garagem da casa de . As meninas sentadas prestando atenção nas letras da musica e os meninos tocando super felizes. Elas foram expulsas da garagem quando os meninos falaram que iam ensaiar uma musica nova, eles faziam tanta questão de não mostrar as musicas que assustava as meninas.
“Ta bom! A gente vai fazer brigadeiro!” – disse brava saindo da garagem.
As meninas se situaram na cozinha, fazia o brigadeiro de panela enquanto as outras amigas conversavam com ela da mesa.
“Então... ... Por que você está usando a calça do ?” – perguntou.
“HUUUUUUUU já voltou com o ?” – perguntou com um sorriso no rosto.
olhou pra outras meninas e estavam todas sorrindo. Será que elas pensavam mesmo que ela e haviam voltado? começou a rir quando pensou aquilo.
“Não, a gente não voltou.” – disse rindo.
“E você acha graça disso?” – perguntou sem entender.
“Não, eu acho graça da cara de vocês.”
“Por que você veio pra cá?” – perguntou do fogão.
“Aconteceu uns negócios ontem e andando, eu vim parar na casa do . Daí a gente conversou um pouco e dormimos.”
“O que aconteceu? Você quer contar?” – perguntou.
“O Rick, foi ou vai embora hoje e...”
“O que?” – perguntou sem deixar terminar o que ia dizer.
“Ele quer virar modelo agora.” – disse com um tom de tristeza na voz.
“E o que mais aconteceu?” – perguntou curiosa.
“Meu pai casou. Em Essex com uma mulher uns cinco anos mais velha que eu. Eu nem acredito que tudo isso aconteceu muito rápido ontem. Veio tudo de uma vez só em cima de mim.”
“Está melhor agora?”
“Estou, acho que agora não tem como minha vida ficar pior.”
“Na verdade tem.” – disse.
“Tem?”
“Imagina se a Lisa aparecesse aqui. Ia ser horrível. Pra todas nós.”
“Ia mesmo, ainda bem que ela não apareceu.” – disse.
“Então, pra esclarecer tudo aqui. Você está desempregada?” – perguntou pra .
“Estou. Agora a gente pode ir viajar!”
“, você ta desempregada e ainda pensa em viajar?” – disse.
“Eu ainda tenho o dinheirinho do meu pai, esqueceu?”
Elas ficaram rindo e comendo brigadeiro, finalmente a terminou de fazer porque já estava demorando de mais pro brigadeiro ficar pronto. E quando os meninos sentiram o cheiro de comida não demoraram muito pra sair da garagem e pegar uma colher pra se juntarem as meninas na mesa.
Naquele dia ficaram todos na casa de assistindo filme, tocando e cantando, acabando com o resto de comida que tinha nos armários da cozinha dele.
Eles até combinaram a viajem deles, ao qual iam pro chalé do tio do recebendo vários votos do pra que eles realmente fossem. Deixaram combinado que depois que voltar do obstetra na sexta eles iam direto pro chalé.
achou muito bom ter ido até a casa de na noite seguinte. Ele faz com que ela fosse a única na vida dele, ele da toda a atenção a ela mesmo quando ele não tem nada a ver com o que aconteceu. Ele fez com que esquecesse do ocorrido, fez com que ela ficasse feliz o resto do dia, fez com que ela ficasse feliz novamente. [n.a.: capítulo pequeno mas porque eu gostaria que vocês lessem uma coisa boa.]
18º capítulo
“Que nervoso , é amanha o medico.” – conversava com pelo telefone na noite de quinta.
“Fica fria , a gente vai ta lá com você.”
“Não sei o que eu seria sem vocês viu.”
“ÓÓÓÓÓÓ! Isso foi uma declaração de amor?”
“Hum... Não. Foi só a verdade.”
“Que sem graça !” – disse e a amiga riu.
“Então, amanhã vai ser a viajem também.” – lembrou.
“Hum... É mesmo. Como será que ta o chalé do tio do ?”
“Velho... Bem mais velho.”
“E fedido.”
“E bonito.”
“Tomara que ninguém mais vá.”
“Tomara mesmo , só a gente é muito bom.”
“E nada mais.” – completou.
“Então, amanhã eu passo na sua casa pra gente ir ao médico e comprar comida pra viajem depois.”
“Então ta . Até amanhã.”
“Até.” – as amigas se despediram e desligaram o telefone.
estava nervosa com essa idéia de ir ao obstetra desde o começo da semana. Sempre ligava pras amigas pra que elas a acalmasse. O , andava na mesma. Conforme ela mesma dizia pras amigas ele não estava o mesmo. Ele não ia à casa da , não ligava pra ela e só conversava com ela quando se encontravam na rua ou na casa dos amigos. Não se encontravam mais como antes. Aquilo deixava cada vez mais triste.
“Vamos , o médico não vai te machucar!” – dizia.
As amigas chegaram todas na casa da no dia seguinte. A amiga estava trancada no banheiro dizendo que não sairia de lá pra ir até o obstetra.
“, vai dar tudo certo. A gente vai estar lá com você.” – dizia tentando acalmar a amiga.
“E se o não estiver lá?” – resmungou do outro lado da porta.
“A gente vai buscar ele.” – disse.
“E se ele não quiser mais ser pai?”
“... Por que você está dizendo isso?” – perguntou.
abriu a porta do banheiro e encarou as amigas. Ela estava com os olhos inchados, de como quem chorou a noite inteira. Ela não pode falar nada porque as amigas foram até ela e a abraçaram.
“Não fiquem longe de mim nunca!” – murmurou.
“Nunca.” – as amigas disseram.
As garotas chegaram no consultório onde se encontravam algumas grávidas. Algumas sozinhas, outras com, provavelmente o pai do lado, outras com mais filhos. olhou em volta e percebeu o quanto tinham que ajudar a amiga naquele momento, e o quanto tinha que ajudar também. Falando em ... Onde ele estava?
“Meu Deus, só falta ele não vir.” – disse com lágrimas nos olhos.
“Ele vem sim, calma.” – tentava acalmar a amiga.
saiu de perto das amigas e foi pra fora do consultório ligar pro . Talvez ele só tenha esquecido do compromisso, mais nada.
“Onde você ta?” – perguntou assim que atendeu o telefone.
“Em casa. Por que?”
“Como assim porque? A está agora no obstetra e você não chegou!” – quase gritou no ouvido de .
“Ah... É mesmo. O obstetra.” – disse desanimado.
“Você não vem?”
“Tem que ir?”
“, é sua responsabilidade também. Eu e as meninas que não temos nada a ver com a gravidez da estamos aqui e você que é o pai deve estar sentado no sofá assistindo pela quinta vez De volta Para o Futuro.” – falou já ficando brava.
olhou em volta. tinha razão. Não ia deixar passar por aquela fase sozinha se ele também tinha culpa daquilo. E também estava certa de outra coisa, ele estava mesmo sentado no sofá assistindo pela quinta vez De volta Para o Futuro.
“... ... Você ainda está aí?” – chamou.
“Estou . Ham... Segura a aí que eu já estou indo.” – pediu.
“Ela não vai sair daqui.”
andou até a sala de espera onde as amigas esperavam. já estava mais calma. Quando entrou na sala rapidamente olhou pra amiga que esboçava um sorriso. já se sentia mais aliviada.
“Ele só perdeu a hora. Já está vindo.” – disse confortando a amiga.
“Eu disse que ia correr tudo bem.” – disse assim que saíram da clinica.
“Já da pra saber o sexo?” – perguntou animada.
“Só na próxima consulta.” – disse com um sorriso.
“Tomara que seja uma menina linda igual a mãe.” – disse dando um selinho na namorada.
“Eu quero um menino.”
“Desde que meu sobrinho seja saudável, eu não ligo.” – disse entrando no carro.
“A vai comigo.” – avisou.
“Ta bom, vamos pra sua casa mesmo né?”
“É. Até logo.”
“Qual é o sexo da criança?” – perguntou sorridente.
“Por que você e a não fazem uma? Vocês perguntam até a mesma coisa.” – disse rindo.
“E com a mesma cara.” – disse fazendo rir mais ainda.
“Ah... Só queria saber o sexo do meu sobrinho.” – fez bico.
“Não liga não . Ainda não sabem o sexo.” – respondeu pro namorado.
“Vocês compraram comida?” – perguntou.
“Compramos.” – disse levando mais sacolas de comida pra dentro do carro.
“E compraram o remédio do ?”
“Compramos.” – disse jogando o remédio pra .
“E pegaram as chaves de lá?”
“Ta aqui amor. Não se preocupe ta tudo resolvido.” – disse.
“Quem vai comigo?” – perguntou do carro.
, , e correram pro carro. e olharam aquilo espantados. Da ultima vez tiveram que sortear quem ia em cada carro e agora, eles se exprimiam no carro de .
“Você não vem ?” – perguntou.
“Não, eu tenho que passar num lugar antes e o vai me dar uma carona.”
“Então eu vou ter que ir segurando vela?”
“Boa sorte.”
entrou no carro e seguiu o carro de . Estavam indo em algum lugar que não conhecia ainda. Era um bairro não muito distante dali, um bairro residencial.
“Que monte de casa igual.” – disse de boca aberta.
“Deve ser horrível morar aqui.” – disse fazendo careta.
“Onde a gente ta indo?” – perguntou sem entender onde estava.
“Na casa da Lisa.” – deu de ombros.
olhou pra que estava sentado ao seu lado, no lugar do carona. Ela não acreditou no que ouviu. Aquela... Aquela coisa ia com eles? Uma semana inteira com a Lisa do seu lado? As amigas perceberam como tinha ficado branca depois que disse onde estavam indo.
“Vai ser divertido.” – disse quebrando o silencio que estava no carro sem saber o por que daquilo.
“É... Vai ser divertido.” – disse com um sorriso.
Algumas horas de viajem depois estavam todos caindo de sono, inclusive que se segurava pra não dormir enquanto dirigia. Ela procurou pelo carro algum CD, tinha que ter algum ali perto. Encontrou um... Parecia velho. Ela tinha gravado, disso tinha certeza pois tinha seu nome escrito de caneta no CD e um monte de desenho em volta. Ela colocou pra tocar no som do carro. E... Começou a tocar Beatles.
“Beatles!” – disse animada cantando Yellow Submarine.
“... Abaixa o valume.” – disse sonolenta.
“Ah não gente. É Beatles!”
“BEATLES?” – perguntou sorridente.
“BEATLES!”
“Beatles? Onde?” – perguntou acordando do sono.
“No rádio. Ouve!” – disse aumentando o volume.
, e se entreolharam.
“BEATLES!” – eles gritaram juntos.
“Será que vocês podem gritar Beatles mais baixo?” – disse brava.
“... Não dá pra gritar baixo.” – disse.
“E daí? Então não gritem!”
olhou , e . Fizeram sinal contando até três e gritaram “BEAAAATLEEEEEESS!” deixando brava porque tinha perdido o sono.
“Finalmente comida.” – disse pulando do carro de assim que pararam num restaurante na beira da estrada.
“Vê se come bastante pra depois dormir bastante e não atrapalhar gritando Beatles durante a viajem.” – pediu.
“Mas não fui só eu que gritei.”
“Mas gritou. E isso que importa.”
“O que aconteceu?” – perguntou pra que acompanhava aquela conversa entre a e o .
“Eu encontrei um CD do Beatles no meu carro e coloquei pra tocar. Começamos a gritar Beatles e a não gostou por que estava dormindo.” – explicou rindo.
“Beatles? Eca!” – Lisa reclamou entrando na conversa.
“Você não gosta de Beatles?” – perguntou surpreso pra namorada.
“Não. E não sei por que vocês gostam.”
“Está perdendo tempo. Beatles é a melhor banda do mundo!” – disse fazendo um gesto com as mãos.
“Depois de McFly é claro.” – disse.
“Uuuuu. Nem tem fama e já ta metido?” – disse rindo.
“Vocês escreveram mais musicas?” – Lisa perguntou.
“Escrevemos...”
“Estão lindas as musicas deles.” – disse pulando pra perto dos outros amigos que estavam escolhendo onde iam sentar.
Mais algumas horas depois de viajem estavam todos entediados no carro de . Já tinham ouvido o CD do Beatles incontáveis vezes. Já tinham deixado a estressada. Já brincaram de ‘eu nunca’. Já fofocaram. Tinham feito de tudo e ainda não estavam nem perto do chalé.
“É impressão minha ou essa viajem está mais longa?” – disse antes de bocejar.
“Eu acho que está mais longa.” – disse.
“O que a gente faz agora?” – disse desanimado pegando na mão da namorada.
“Não sei... Pensa em algo .” – pediu.
“Ah... Sei lá.” – respondeu desanimada.
olhou pros cantos quando entrou numa estrada de chão junto atrás do carro de . Eles abriram um sorriso quando descobriram que estavam chegando no chalé do tio do .
“Ainda bem que estamos chegando.” – disse suspirando fundo.
não queria chegar logo. Podia muito bem ficar dirigindo por aí, não queria ter que agüentar aquela Lisa tão cedo. Droga! Estavam vendo o chalé do tio do de longe já.
“Aqui não mudou nada.” – disse ajeitando as calças depois que desceu do carro.
“Não mesmo. Continua velho do mesmo jeito.” – disse fazendo careta.
“Velho... Parece bem... Interessante lá dentro.” – Lisa disse disfarçando uma careta de nojo.
“Bom, meninos em um quarto e meninas em outro. Controle de natalidade.” – disse levando suas malas pra dentro da casa que fez um barulho estranho assim que ele pisou lá dentro.
“Tem certeza que é segura aí dentro?” – perguntou rindo.
“Se cair eu te seguro.” – disse passando do lado da namorada com mais mala.
“Ai que casa mais fedida!” – Lisa só reclamava desde que chegaram no chalé.
“Você se acostuma com o tempo.” – disse já ficando brava. Como aquela menina irritava!
“E esses mosquitos vão ficar aqui pra sempre?”
“Lisa, aqui é puro mato se você não notou ainda!” – disse.
“Não tem nem piscina?”
“Não, mas tem aquele lago ali.” – disse apontando pra janela que dava pra ver o lago.
“Ai... A gente vai ficar uma semana mesmo?”
“Olha aqui Lisa, já encheu. É uma semana nesse lugar fedido, cheio de mosquito e sem piscina sim! E se não quiser ficar aqui eu te convido pra ir embora!” – explodiu de raiva.
“E deixar você e o aqui? Nem pensar!”
“Quer saber?! Engole esse ! Só ele pra conseguir te aturar mesmo!” – disse saindo do quarto vermelha de raiva.
As amigas saíram atrás de deixando Lisa sozinha ali. Não sabiam como mas tinham que encontrar um jeito qualquer de aturar a garota por uma semana inteira. INTEIRA!
“FOMEEEE!” – gritou entrando na cozinha onde se encontravam , , e conversando.
“De novo ?” – perguntou indignada.
“É... De novo.” – deu de ombros.
“Eu já faço a janta , espere um momento.” – disse.
“Então... Eu acho que esse é um convite pra eu me retirar daqui. Até mais!” – disse virando as costas direto pra sala.
“Então... Continuando a conversa. É só não conversar com ela durante a semana.” – continuou.
“E ver ela e o se comendo?!” – perguntou.
“Você ta com ciúmes do ?” – perguntou com um sorriso no rosto.
“Eu não! Nem pensar!” – desconversou.
“, você ta a fim do .” – afirmou.
“Ah... Eu... Não.”
“Então ta! Eu que estou a fim do ! E morrendo de ciúmes por que ele vai passar a semana inteira beijando aquela sona da Lisa e não a mim!” – disse irônica.
As meninas se olharam e ouviram os meninos rindo na sala. Então se deram conta que eles estavam ouvindo toda a conversa.
“Eu gosto do ta! Mas parem com isso!” – cochichou pras amigas.
“Ta ta, agora vamos fazer logo essa janta porque meu bebezinho está com fome.” – disse levantando da cadeira e indo procurar alguma coisa nas sacolas pra fazer como janta.
“Bebezinho!” – gritou da sala e de repente todos caíram na risada.
“A gente podia fazer um lagal amanhã.” – disse enquanto comia.
Estavam todos na mesa, num silencio pois ninguém queria conversar. Estavam cansados e as meninas não conversavam porque não queriam que Lisa participasse de alguma conversa entre elas.
“O que é um lagal?” – perguntou confuso.
“É um luau no lago. Um lagal.” – explicou.
“Mas á noite?” – perguntou de boca cheia.
“Não, á tarde. É um lagal junto com solzal.” – disse tentando encontrar as palavras pra formar solzal. [n.a.: thanks Yuka e Bah!]
“Da onde você tá tirando tanto al?” – perguntou confuso.
“Sim ou não?” – resolveu nem ouvir o que o namorado dizia.
“Eu acho uma ótima idéia.” – disse sorrindo.
“E depois podíamos nadar no lago.” – disse.
“Mas lá tem peixe... Não tem?” – perguntou confuso.
“Não...” – deu de ombros.
“Então da ultima vez eu passei horas esperando um peixe por nada?!”
“Não foi por nada. Você aprendeu como colocar isca no anzol e coisas parecidas.” – disse rindo.
“Nadar parece bom.” – disse.
“Então, um lagal junto com um solzal e depois nadar!” – disse animado.
“Anda logo Lisa!” – batia na porta do banheiro esperando Lisa sair de lá. Ela estava á tempos lá dentro.
“Estou saindo!” – Lisa respondeu.
“Você também estava saindo à 10 minutos atrás!”
“Pronto! É todo seu!” – Lisa abriu a porta e deixou que passasse.
Lisa andou até o quarto das meninas onde estavam todas de pijama deitadas na cama conversando. Assim que Lisa entrou no quarto a conversa entre elas parou.
“Não parem por minha causa.” – Lisa pediu.
“Não foi por sua causa. Foi por causa do .” – disse olhando pra porta onde o se encontrava.
chamou a namorada e eles saíram do quarto de mãos dadas.
“Ah... Que lindo os dois juntos.” – suspirou.
“Espera! Eu que devia estar falando isso e não você!” – disse rindo.
“Eu queria que o ainda fosse assim.” – disse cabisbaixa.
“, não tem um quarto sobrando ainda?” – se lembrou do quarto com a cama de casal que ela e dormiram da ultima vez que foram pra lá.
“Ah, mas vai saber o que o fez com ele.”
“Eu não sei você, mas é melhor desencanar desse negocio de que o não ta o mesmo com você.” – disse se levantando.
Logo e levantaram e iam saindo do quarto quando Lisa perguntou pra elas confusa.
“Que negocio?”
“Um negocio...” – deu de ombros e foi com a amiga até a cozinha.
“Eu não vou conseguir dormir com ela no mesmo quarto.” – disse pegando um copo de água.
“Eu nem quero pensar nesse assunto.” – disse sentando na cadeira.
“Nem precisa. Você vai comigo dormir no NOSSO quarto.” – disse entrando na cozinha.
“Isso. Vão! E me deixem sozinha.” – disse fazendo bico.
“Desculpa amiga, mas é o pai do meu filho.” – disse rindo.
“É a mulher da minha vida. O que mais eu posso fazer. Vocês que durmam com a Lisa!” – disse rindo e saindo da cozinha de mãos dadas com .
No meio da noite, já não conseguia mais fechar os olhos. Não conseguiu dormir sabendo que Lisa estava no mesmo cômodo que o dela. Não conseguia fechar os olhos, ou parar por um instante. levantou e desceu as escadas direto pra sala onde encontrou tudo escuro, só iluminado em alguns pontos por velas. Olhou no sofá e viu que estava lá tentando escrever alguma coisa num caderno.
“ Jones escrevendo no escuro? Nunca pensei que veria isso.” – sussurrou no ouvido de assim que desceu as escadas sem que ele percebesse.
“Eu sei que isso só você que faz, mas, eu tinha perdido o sono.” – disse seguindo as meninas com os olhos vendo ela sentar no sofá ao lado.
“Música nova?” – perguntou.
“Talvez se torne uma.” – sorriu.
“Não conseguiu dormir por que?”
“Acho que meu subconsciente não deixou.”
“Fez uma boa escolha quando pensou em escrever.”
sorriu com o comentário da garota.
“Vêm aqui, eu divido meu cobertor com você.” – disse dando espaço no sofá pra que a garota se deitasse ali.
se deitou entre as pernas de . Encostou a cabeça dela no peito dele. Pegou o caderno e a caneta das mãos dele e começou a rabiscar alguma coisa.
“Uma garota...” – leu o que ela escreveu.
“Cada um escreve duas palavras. O que você acha?”
Eles ficaram lá boa parte da noite escrevendo aquilo. Riam a cada coisa estúpida que escreviam. Passaram aquele tempo como os amigos que não eram a tempos atrás. Pra e pra aquele foi um dos melhores momentos do mundo.
[n.a.: demorei pra atualizar porque estava com uns problemas de inspiração, mas acho que já está tudo resolvido.]
19°capítulo desculpem a demora pra escrever este...
acordou no outro dia de manhã. Não conseguia mais dormir. Sentou em sua cama e olhou na cama ao lado, onde devia estar. ‘Ela deve estar fazendo café’ pensou. Ela deu uma olhada mais pra lá e encontrou dormindo profundamente, essa não acordava tão cedo. olhou mais pro fundo do quarto e encontrou Lisa dormindo, e pior ainda, roncando. ‘Ela ronca como um porco!’ – pensou, e riu logo depois que caiu a ficha do que tinha falado [n.a.: thanks Renan!]. lutou contra a preguiça pra levantar da cama. Ainda era muito cedo por isso muita gente ainda não ia ter acordado. desceu as escadas coçando os olhos que ainda teimavam em fechar. No pé da escada, ela olhou pro sofá. e dormindo juntos de novo? Ela rapidamente abriu um sorriso e andou bem devagar até a cozinha pra não fazer barulho e acordar os dois que dormiam tranquilamente no sofá.
Lisa acordou assustada depois que sentiu alguma coisa em sua testa. Correu até um espelho mais próximo pra ver se tinha alguma coisa realmente nojenta lá, e não tinha. Era tudo imaginação dela. Lisa olhou pro quarto e só encontrou a deitada na cama. Ela foi até o quarto dos meninos procurar por . Lisa abriu a porta do quarto com cuidado pra não acordar os meninos. Fitou todos e não encontrou , a cama que devia ser dele não estava nem arrumada. Onde será que ele estava? Acabou deixando Lisa preocupada. Ela desceu as escadas indo até a cozinha onde encontrou fazendo café.
“Cadê o ?” – Lisa perguntou olhando em volta da cozinha.
“Nossa garota! Que susto! E não, eu não sei onde o está.”
“E a , ela não devia estar aqui com você?”
“Olha, eu não sei tá legal.”
“Eu procurei eles nos quartos e não estavam lá...”
“Procura direito. Já procurou no armário? Ou no banheiro?” – perguntou.
“Não... Vou indo procurar.”
Lisa saiu da cozinha e deixou torcendo pra que ela não olhasse pro sofá. Felizmente ela não viu e depois que ouviu passos já no andar de cima da casa correu até o sofá pra acordar o casal.
“Acordem! Andaaaaa!” – chacoalhava os dois.
“Que foi ?” – perguntou com os olhos fechados.
“Acordem antes que o dia fique péssimo! Principalmente pra vocês.”
“Por quê?” – perguntou se aconchegando mais perto de .
“Porque você tem uma namorada muito ciumenta!”
e levaram um susto depois do que disse. Eles se enrolaram no cobertor tentando levantar. Caíram no chão, rolaram, quase derrubaram o abajur da mesinha. , já de pé, correu até um espelho mais próximo pra arrumar os cabelos. , depois de lutar muito contra o cobertor, conseguiu ficar de pé. foi até ele e arrumou os seus cabelos. quase fazia xixi na calça de tanto que ria da situação.
“! Aí está você!” – Lisa disse enquanto descia as escadas indo até onde se encontrava e lhe dando um abraço.
“Oi... Lisa.” – cumprimentou a garota seco.
“Onde você estava?”
“Eu... Estava lá fora, tomando um ar.”
“E a estava com você?”
“Estava.”
“E... Vocês estavam lá fora, com essa roupa?” – Lisa perguntou estranhando o namorado que estava só com um calça e a amiga que estava de shorts e uma blusinha.
“É. O que tem nisso?” – perguntou não entendendo a pergunta da namorada.
“É que parece que está frio lá fora.”
“Não, está muito quente. Hoje vai ser um dia lindo.”
e só ficaram caladas ouvindo a conversa deles. Uma vez ou outra elas riam das desculpas esfarrapadas que dava. Lisa era realmente muito ciumenta.
“Eu vou tomar um banho. Já eu volto.” – Lisa disse dando um selinho em e logo após subindo as escadas. Quando ouviram a porta do banheiro fechar se acabaram de tanto rir.
“Essa foi por pouco!” – disse rindo.
“Nossa, eu que não queria ter um namorado como ela.” – disse indo pra cozinha deixando e sozinhos na sala.
e pararam de rir e se olharam. Recolheram as coisas do chão em silencio. subiu pra guardar o cobertor e o travesseiro. ficou sozinha na sala tentando colocar em ordem tudo o que se lembrava da noite anterior. deitou no sofá e olhou pra mesinha de centro onde um caderno e uma caneta estava. pegou o caderno e leu o que estava escrito.
‘Uma garota linda e alta, chegou à cidade desconhecida e deserta e deixou a vida dos moradores muito mais melhor. Ela era cheirosa e corajosa e deixou vários homens e meninos caídos por ela. Ela tinha aquele ar de garota sexy e de boneca. Conheceu um garoto bundudo e vagabundo e mostrou pra ele como a vida realmente deve ser.’ e acabaram de escrever a historia ali. Pelo menos foi o que ela se lembrava, ela caiu no sono logo depois. Mas, mais embaixo na folha, continuou escrevendo.
‘Ela fez com que aquele garoto bundudo e vagabundo prestasse atenção nela, amasse ela. Aquela garota um dia sumiu e no lugar dela uma outra menina tomou conta do garoto bundudo. Essa garota era superficial, fútil, nada parecida com a garota de antes. Então um dia, do nada, a garota especial voltou. Aquela garota cheirosa de antes. Cujo cheiro o garoto bundudo nunca se esqueceu. O coração do garoto bundudo ficou ainda mais agitado quando sentiu o mesmo perfume pelo qual lutou tanto pra sentir novamente. A garota cheirosa trouxe consigo aquela coragem de antes deixando todos mais confiantes com suas escolhas. A garota cheirosa fez escolhas péssimas em algumas partes de sua vida, assim como o garoto bundudo. Mas agora, enquanto a garota cheirosa estava ao lado do garoto bundudo, nada mais importava pros dois. Contando que o garoto bundudo sempre sinta o cheiro da garota cheirosa, estava tudo bem.’
abriu um sorriso depois que leu o que escreveu. Se era sério tudo aquilo que tinha escrito, a garota cheirosa era uma garota de sorte.
desceu as escadas novamente e encontrou lendo o que tinha escrito no caderno.
“Curiosa.” – ele disse logo depois que se sentou ao lado dela.
“Romântico.” – ela disse e olhou pra ele.
“Gostou?”
“A garota cheirosa é uma garota de sorte.”
“Assim como o garoto bundudo.”
“Posso saber quem ela é?” – perguntou ainda confusa se queria ou não saber.
“Se você me contar ao certo quem seria o garoto bundudo.”
“Eu conto.” – ela disse rindo.
“A garota cheirosa, é a melhor de todas. É aquela que sempre te faz rir e esquecer que um dia existiu outra pessoa no lugar dela. A garota cheirosa, é você.” – respondeu olhando fundo nos olhos de .
O corpo inteiro da menina estremeceu assim que ele respondeu a pergunta dela. Apesar dele já ter falado milhões de vezes que a amava, nenhuma das vezes ele a convenceu disso.
“Então... Quem é o garoto bundudo?” – perguntou fazendo com que voltasse pro mundo real novamente.
“O garoto bundudo, tem uma bunda linda, boa de mais pra apertar.” – ela disse e começou a rir. – “O garoto bundudo é tudo que uma garota pensou em ter. Ele é atencioso, romântico, amigo, inteligente, bonito. O garoto bundudo está junto comigo desde que eu cheguei aqui. O garoto, é o .”
“Que ?” – perguntou confuso.
“Talvez aquele apresentador daquele programa de TV. Eu nunca conversei com ele antes e nem o vi pessoalmente mas ele sempre esteve ao meu lado quando eu precisei.” – disse num tom engraçado.
“Boa sorte com ele então.” – fez carinha de triste [n.a.: *-*]
“Pára seu bobo! É claro que é o !”
Eles começaram a rir, nunca na vida deles eles conversaram tão abertamente assim e riram da situação. Nessas horas eles estariam brigando novamente mas, só estavam rindo. De repente ficou sério. percebeu e parou de rir.
“Quando a gente vai ficar junto?” – perguntou de repente.
“...”
“Quer dizer. A gente, se ama não é? E por que não dá pra ficarmos juntos?”
“É complicado . Você tem a Lisa e o nosso caso parece que não vai ser o mesmo que foi um dia.”
“É... Parece complicado mesmo.” – disse com um tom de tristeza.
“Não faz essa cara .” – pediu passando as mãos pelo rosto do garoto.
“Por quê?”
“Porque você fica parecendo um menininho que perdeu o chocolate.” – disse rindo.
“Será que dá pra vocês pararem de namorar e vir me ajudar a fazer o café?” – pediu da cozinha.
e se olharam e levantaram do sofá em direção à cozinha onde estava toda atrapalhada com todas as panelas e xícaras.
“Pra que tudo isso?” – perguntou indo apagar o fogo do fogão porque o leite tinha derramado.
“É pro café.” – respondeu.
“E precisava de tudo isso?” – perguntou confuso ainda parado no vão da porta.
“Claro! É nosso primeiro café da manhã aqui.”
“Não vai ajudar?” – perguntou pra .
“Eu não sei o que fazer.”
“Coloca a mesa.” – disse.
“Na primeira gaveta.” – disse pra depois que o garoto fez uma cara de interrogação.
“AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!” – a casa inteira estremeceu com esse grito.
“É a Lisa.” – disse dando ombros.
“Que gritaria é essa?” – apareceu no pé da escada com as mãos na cabeça.
“É a Lisa.” – respondeu fazendo careta.
foi deitar no sofá e deixou os três na cozinha.
“! SOCORROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!” – ouviram mais um grito.
“O que será que ela quer?” – perguntou emburrado subindo as escadas.
“O que aconteceu?” – perguntou no pé das escadas com apoiado nela.
“É a Lisa.” – disse dando língua.
e foram até o sofá onde se encontrava. Eles estavam com cara de cansados, pelo jeito a noite deve ter sido boa, pelo menos pra e . De repente viram Lisa correndo descendo as escadas, chegou no pé da escada ofegante vestida apenas com uma tolha.
“O que aconteceu?” – perguntou surpresa.
“Uma aranha. ENORME!”
e quase começaram a rir. Se a aranha fosse enorme mesmo toda aquela novela que a Lisa fez foi por uma boa causa, agora, se a aranha não passasse de um pontinho peludo que se move, então é muito engraçado mesmo. desceu as escadas segurando um copinho de plástico com a mão dele em cima.
“Era isso.” – ele disse colocando o que tinha no copo em cima da mesa.
As meninas olharam curiosas pra criatura que estava lá. Lisa subiu pra terminar de se trocar rapidamente depois que desceu. e se entreolharam, olharam pro animalzinho, se olharam de novo e caíram na risada.
“É isso?” – perguntou inconformada.
“É. E nem pode se chamar de isso. É tão pequeno.” – disse rindo junto com as meninas.
“Só podia ser algo vindo da Lisa.” – disse e voltou a fazer o que estava fazendo antes, o café.
“Em que você foi se meter heim?” – brincou com .
“Trate de comer! Eu estou fazendo isso desde manhãzinha!” – disse.
Estavam todos muito acordados e sentados em volta da mesa com um prato cheio de panquecas, pelo menos era o que a disse que eram. As panquecas estavam com uma cor estranha, talvez porque estavam queimadas, e tinha alguma coisa em cima delas que não parecia ser comível.
“Você fez tudo mesmo amor?” – perguntou pra namorada.
“Fiz! E vocês vão comer!”
Todos olharam pro prato e depois pra . Estavam esperando ele experimentar primeiro.
“O que?” – perguntou confuso.
“Você primeiro.” – disse.
olhou pro prato, pegou um garfo e tirou um pedaço da panqueca. Respirou fundo e colocou dentro da boca. Engoliu sem precisar de muito esforço.
“Hum... Está bom.” – disse pegando mais um pedaço da comida.
Logo todos começaram a comer.
“Está bom mesmo. Parabéns .” – cumprimentou a amiga.
Por muito tempo só ouviam o barulho de talheres batendo nos pratos.
“A gente vai fazer o lagal hoje?” – perguntou.
“Vamos, depois.” – disse de boca cheia.
“É, temos que arrumar um pouco mais essa casa e depois a gente vai.” – continuou.
“Você pensando em organização? O que está acontecendo?” – brincou com que recebeu um olhar muito intimidador vindo da Lisa.
“Eu ando convivendo muito com pessoas desorganizadas, isso está me deixando doida.”
“Isso foi uma indireta pra gente?” – perguntou sorrindo.
“Não, foi direta mesmo.” – deu de ombros.
“Uia! Essa foi boa!” – disse batendo a mão dela na mão de .
“Não fique tão contente, ainda tem volta.” – disse num tom vingativo.
“Que seja! Eu terminei! Meninos, vocês lavam a louça. Eu vou arrumar o quarto... Das meninas.” – disse depois de pensar um pouco.
“Arruma o nosso também.” – pediu.
“Eu não estou num bom dia pra entrar naquele quarto.”
“E se a entrar ela morre, então pensem em outra pessoa.” – disse protegendo a namorada.
olhou pra namorada que jogou um guardanapo amassado nele.
“Eu não quero cheirar meia de vocês!”
olhou pra que ria da situação.
“Nem pensar , eu não vou arrumar o quarto de vocês.”
“Ta bom! A gente arruma!” – foi vencido pelas meninas.
“Não vai perguntar pra mim?” – Lisa perguntou.
“Eu sei que você não arrumaria.”
“E como você sabe disso?”
“Pelo tamanho da aranha de hoje.” – deu de ombros.
“E se eu limpasse?”
“É melhor você não ir muito longe com isso, você vai se arrepender.” – avisou.
“Você quer limpar?” – perguntou pra Lisa.
Lisa pensou bem. Poderia estar cometendo um erro mas não queria ser deixada de lado pelas pessoas que ela teria que conviver por uma semana. Podiam tirar sarro dela a vontade, ela só queria que a tratassem igual os meninos tratavam , , e .
“Eu limpo.” – Lisa disse por fim.
“Meus pêsames pra você.” – disse subindo as escadas com .
“Eu acho melhor você pegar uma mascara, usar luvas e uma roupa ante radioativa, não se sabe o que vai encontrar no quarto deles.” – disse pra Lisa depois que ela deixou os pratos na pia pros meninos limparem.
“Eu acho que vocês estão exagerando.” – disse.
“Eu acho que não amor. Eu conheço vocês muito bem pra saber o que eu to falando.”
“Eu concordo com a .” – disse.
Então começaram uma discussão sobre o quarto dos meninos. E depois dos meninos se convencerem de que o quarto deles era realmente muito bagunçado começaram a limpar a casa pra depois saírem pro lagal.
“Hoje está um dia lindo.” – disse estendendo um lençol em baixo de uma arvore perto do lago.
“Lindo mesmo. Pronto pra um lagal.” – disse feliz estendendo o lençol dela.
“Vem aqui passar protetor solar .” – pediu pro namorado que estava pronto pra pular no lago.
Lisa estava deitada um pouco mais á frente da arvore, onde não tinha sombra nenhuma. Estava, segundo ela, tentando pegar um corzinha. passava o protetor nela mesma, passava o protetor no que não parava quieto e passava protetor na namorada.
“Que ajuda?” – perguntou pra .
“É, eu quero.” – disse estendendo o produto pra e virando de costas pra ele.
“Vai entrar na água hoje?”
“Não sei, talvez mais tarde. Eu vou tocar um pouco com a primeiro.”
“Depois eu venho aqui pra tocar com vocês.” – disse entregando o produto de volta pra depois que ele terminou de passar nela.
“! Volta aqui.” – pediu.
“O que?”
“Sua vez de passar né?” – estendeu o produto pra novamente que não pegou.
“Passa em mim?” – ele pediu com aquela carinha fofa que só ele sabia fazer. [n.a.: e que carinha *-*]
“Você anda muito engraçadinho ultimamente viu! Vem cá que eu passo em você.” – disse dando espaço na sua frente pra que sentasse lá.
Lisa olhou pros lados e viu que na água já estava e enquanto passava protetor em e ... Passava protetor no seu namorado. Alguma coisa entre aqueles dois estava pra acontecer e Lisa tinha certeza que não seria a primeira que ficaria sabendo. Tinha que prestar mais atenção no seu namorado pra que qualquer uma não pegue seu lugar. Qualquer uma não né? Ex-namorada de .
“Pronto, agora pode ir.” – disse dando tapinhas nas costas de pra ele levantar.
“Obrigado .”
pegou seu violão e foi até o lado de que estava tocando alguma coisa. Logo e começaram a tocar musicas conhecidas por todas as amigas e e cantavam enquanto e tocavam.
Mais tarde os meninos se juntaram as meninas e tocavam as musicas do McFly e até algumas que ainda não estavam prontas. olhou pra onde Lisa estava, ela estava deitada no sol faz tempo, ela ia torrar se não saísse de lá.
“Lisa? Você não quer ir com a gente na sombra?” – perguntou pra Lisa do lado dela.
“Não, eu consigo ouvir daqui.”
“Ah, então tá.”
“!” – Lisa chamou a garota que já estava voltando da onde ela saiu.
“Sim?”
“Você ainda gosta do ?”
“O que?” – achou estranha aquela pergunta.
“Você entendeu muito bem. Você gosta do ou não?”
“Claro que não Lisa. Nós somos só amigos. E ele é seu namorado né? O que eu podia fazer?”
“Você promete que são só amigos?”
“Prometo Lisa.”
“Então tá, obrigada .”
deu as costas pra Lisa e voltou pra sombra. Será que ela não gostava mesmo de , ou será que gostava e não tinha coragem de admitir aquilo pra ela mesma. Eles eram amigos, claro. Eles se beijaram escondido algumas vezes, eles se conhecem mais que ninguém. Eles já tiveram alguma coisa, mas será que não era hora dela entrar num acordo consigo mesma? Não adiantava tentar fazer ciúmes pra ele ou dar em cima dele se ela não sabia se era o que ela realmente queria. Tinha que pensar mais na sua situação com , se ficar com ele realmente vai ser bom. Tomara que ela não tome a decisão errada novamente.
20º capítulo
“? Tá tudo bem?” – chamava a amiga que tinha o olhar perdido desde que chegou da conversa rápido com Lisa.
“Ah? É... Estou.” – forçou um sorriso que só foi percebido por .
“Então, que musica vocês estavam querendo tocar mesmo?” – perguntou logo em seguida.
“Nossa, você tá agitado hoje heim.” – disse rindo.
“Você não sabe o quanto.” – piscou pra namorada.
“Hey! Seria bom se vocês deixassem essas conversas pra serem ouvidas só por vocês.” – disse fazendo careta.
“Então, a musica que a gente tava querendo tocar...” – chamou a atenção dos amigos. – “Como é o nome mesmo ?”
“Don’t You. Do Jesse McCartney. A musica é linda e a gente vai tocar pra vocês.”
pigarreou um pouco e olhou pra .
“Ta bom, a vai tocar. Eu vou cantar.” – disse fazendo careta.
“Ah vai, não reclama. Sua voz é linda.” – disse pra menina que fez cara de quem não estava acreditando no que ouvia.
“É ótima pra assaltar casas. Eu canto e as janelas se quebram.”
“Que seja . Você vai cantar e pronto!” – mandou.
pegou o violão da mão de , na verdade ela puxou tão forte que quase machucou a que estava do seu lado. Ela ajeitou o violão nas suas pernas e começou a tocar os primeiros acordes. Logo depois começou a cantar a musica seguindo o que tocava.
Oh I say thinking about you always
And I don't
Want it to be different
By the way
Liking it where im standing
And I wont move unless you force me to
Everyday something about you changes
It's a show
Living for the moment
If I may
I wanna be there to see you but I knoe
Youre keeping me here for fun
Wo-hoo
Don't you leave me
Wo-hoo
I will never let you go
Wo-hoo
Don't you leave me
Don't you go
You're a dream
Floating around in nowhere let me sleep
Thinking about your face the way it seems
Im swiming around your ocean
Im in deep
BABY DON'T WAKE
ME UP
ia cantando os ‘Wo-hoo’ pra incrementar a musica. Os meninos e a iam batendo as mãos no ritmo da musica. Os meninos nunca tinham escutado aquela musica. nem prestava atenção nos amigos, muito menos no que a musica falava, ele só conseguia prestar atenção na voz de . Era linda, suave. Ela conseguia chegar em notas que ele mesmo nunca imaginou ela fazendo. Ela era de mais.
Os olhos de brilhavam conforme cantava. Ela notou aquilo e começou a rir. Ele era lindo quando prestava atenção em alguma coisa. Era realmente muito lindo, até parecia mais inteligente prestando atenção daquele jeito.
“É isso!” – disse radiante depois de tocar o final da musica.
“Nossa! Vocês são ótimas.” – disse de queixo caído.
“Querem participar da banda?” – perguntou.
As meninas riram.
“Não, obrigada querido. Mas nós temos projetos pra nós mesmas.” – respondeu.
“O que vocês pretendem fazer?” – perguntou curioso.
“Aulas.” – deu de ombros.
“Tem uma academia de musica perto da minha casa. A gente vai se inscrever lá depois das férias.” – explicou.
“E... Vão fazer o que?” – perguntou mais curioso ainda.
“A quer fazer aula de canto e de piano. Eu vou fazer mais aulas de violão e guitarra. A quer aprender a tocar baixo e a vai na bateria.” – respondeu.
“Até imagino a com uma barrigona tocando bateria.” – disse rindo.
“HÁ-HÁ muito engraçadinho .” – disse dando língua.
Passaram mais algumas horas ali tocando, cantando, ouvindo as piadinhas bobas que contava e riam só pra deixar ele feliz.
“To super cansada!” – se jogou no sofá quando chegaram no chalé.
“Não é só você.” – se jogou em cima da .
“Eu estou mais ainda.” – se jogou em cima de fazendo reclamar.
“Eu to o dobro!” – se jogou em cima das amigas fazendo reclamar mais ainda.
“O que será que elas tem?” – perguntou vendo a cena no sofá.
“Cansaço .” – deu de ombros.
“Por que? A gente só ficou deitado na sombra.”
“Mas a gente teve que passar protetor nas belezinhas, cuidar pra não pegar resfriado, pra não machucar, pra estar bem alimentado.” – ia enumerando nos dedos enquanto respirava fundo.
“Alguém viu a Lisa?” – perguntou olhando por todos os cantos da sala.
“Foi tomar banho.” – simplesmente disse.
Todos na sala acharam estranho ter respondido. Não era ela mesma que odiava a Lisa?
“Que foi?” – perguntou confusa.
“Erm... Nada! MONTINHO NA !” – disse pulando em cima da fazendo correr pra tirar a namorada de lá pois já estava pra pular em cima de .
“A gente faz a janta hoje.” – avisou depois que conseguiu sair do montinho.
“É?” – perguntou confuso.
“Claro, elas tiveram que cuidar da gente hoje e coisa e tal, acho mais que justo.”
“É, eu concordo com o .” – ergueu o braço.
“Pra minha coisinha eu faço até dois jantares.” – disse beijando .
olhou pros dois com cara de nojo e recebeu uma almofadada de .
“Tá bom! Eu ajudo!”
“Ótimo! Pra cozinha agora!” – disse andando até a cozinha.
“NÃO!” – gritou parando o garoto.
“O que?”
“Pro banho . Vocês só vão fazer a nossa comida quando estiverem bem lavados... E vestidos.” – disse olhando pros quatro.
“Tá bom. Eu vou pro banho.” – subiu as escadas de cabeça baixa.
“Já ele volta.” – deu de ombros.
“Por quê?” – perguntou confusa.
“É... A Lisa está tomando banho ainda.”
Então viram descendo as escadas e caíram na risada, riram mais ainda quando viram a cara de quem entendia nada que havia feito.
“Não ta pronto ! Olha! Ainda ta duro!” – estava ensinando como fazer macarrão.
“Mas já está aí faz tempo.” – retrucava.
“Está aí há exatamente... 5 minutos!” – disse olhando seu relógio.
“, relaxa e descansa o popozão.” – pediu.
“Cara. Nunca mais vou cortar cebola.” – disse limpando os olhos.
“E só por isso precisa chorar?” – perguntou estranhando o comportamento do amigo.
“Cheira isso.” – estendeu a cebola cortada pra que respirou fundo em cima da cebola.
“HORRIVEL!” – disse limpando os olhos.
“O macarrão já ta pronto?” – perguntou da cadeira onde estava sentado.
“Não.” – respondeu.
andou até o macarrão pra ver se era mesmo verdade. E era.
“Anda macarrão, fica pronto logo.” – conversava com o macarrão.
“Não adianta conversar com ele.” – disse ao amigo.
, que estava ao lado de , ainda estava cortando aquela cebola horrível, teve que espirrar e bateu a cabeça dele nas costas de . Vocês sabem que quando vamos espirrar não da pra ficar com a cabeça parada. levou um susto e deu um tapa no braço de que fez ele derrubar toda a salada que ele estava picando.
“Pronto! Agora não temos salada!” – disse olhando bravo pra .
“Esses meninos só sabem fazer bagunça.” – disse depois de ouvir o barulho vindo da cozinha.
As meninas estavam todas na sala, inclusive a Lisa, todas banhadas esperando o jantar que os meninos tanto queriam fazer.
“Se ficar bom eu como.” – disse rindo.
“Mas não pode ficar com uma forma estranha. Como as suas panquecas.” – riu.
“Mas vocês comeram e não reclamara.” – deu língua.
“É só porque estava bom.” – deu de ombros.
“Vamos assistir TV?” – Lisa perguntou mudando de assunto completamente.
“Não dá. A TV não pega a essa hora. Tem que colocar algum filme.” – explicou.
“Ótimo, eu trouxe ‘Meninas Malvadas’ pode ser?”
As quatro amigas se olharam. Ela podia ser a Lisa, mas ‘Meninas Malvadas’ era um filme muito bom. Lisa tinha um bom gosto pra filmes.
“É... Pode ser.” – disse e Lisa levantou direto do sofá pras escadas correndo. Entrou no quarto, mexeu em algumas coisas e depois voltou à sala correndo carregando o filme consigo.
Algum tempo depois e vários barulhos de copos quebrando na cozinha, os meninos avisaram que a janta estava pronta.
“Até que enfim, eu quase comi a de tanta fome!” – disse andando até a cozinha.
“Ah amor! A culpa é do macarrão!” – colocava a culpa toda no coitado do macarrão.
“Hum... Pelo menos a cheirinho está bom.” – disse se sentando na mesa ao lado de .
“O cheiro está, vamos ver se está com o gosto bom agora.” – disse se sentando e estendendo o prato pra que a servisse.
pegou o prato dela e colocou um pouco de cada coisa que estava na mesa, ele sabia como a era, ela gostava de comer e mesmo assim mantinha o peso com muita facilidade. colocou o prato na frente dela e todos que estavam na cozinha esperaram ela dar a primeira garfada pra ver se estava bom mesmo. mastigava devagar matando todos de curiosidade.
“E?...” – perguntou curioso.
“É, realmente está muito bom. O macarrão é o melhor.” – disse de boca cheia. Logo todos começaram a se servir e comer em silencio porque a fome era tanta que agora só queriam saber da comida. Só se ouvia o barulho de talheres batendo no fundo dos pratos e de vez em quando alguma risadinha por coisas bobas.
“Ah... Sinceramente, eu preciso da receita do macarrão. Quem que fez?” – Lisa perguntou logo depois de comer.
“Foi eu!” – e disseram juntos.
“Você só ficou olhando e conversando com ele ! Eu que fiz o resto.” – disse pra .
“Que nada! Eu que fiz tudo! Você só ficou do meu lado!” – retrucou.
Todos estavam percebendo que ia começar uma discussão de quem fez o macarrão então acharam melhor terminar antes de começar.
“Então... Prontos pra assistir ao final do filme?” – disse fazendo todos prestarem atenção agora nela.
“, minha querida, nós estamos. Agora... Vocês... Tem a louça pra lavar.” – disse mandando um beijo no ar pra ela e indo pra sala terminar de assistir o filme que antes as meninas estavam vendo.
“Boa sorte pra vocês.” – disse e foi atrás de .
“Ham... Não esqueçam das panelas.” – disse logo depois e saiu da cozinha ainda discutindo com atrás.
“Aiai, quem foi que inventou essa regra mesmo?” – perguntou pensativa fazendo as amigas rirem.
“Acho que foram nós.” – disse se levantando e se pondo na frente da pia onde começava a lavar os pratos.
“Finalmente terminaram! O filme já está quase no final.” – disse dando espaço pra se sentar ao seu lado.
“Engraçadinho!” – deu língua pra ele.
Assistiram até o final do filme. Este terminou tarde e com o cansaço que todos estavam sentindo adormeceram todos na sala mesmo, nas posições em que estavam.
“Ai meu pescoço.” – reclamou assim que acordou no dia seguinte. Ela tinha dormido no ombro de numa posição onde não a poupava da dor.
se levantou de vagar e andou cambaleando até a cozinha. Olhou pra fora da janela e viu que o tempo estava fechado. Era muito estranho aquilo porque no dia anterior estava um calor horrível.
“Será que hoje chove?” – perguntou pra si mesma. Logo tirou esses pensamentos chuvosos da cabeça quando a dor no pescoço voltou.
“Ai meu Deus!” – gritou assustando todos na sala.
“O que aconteceu?” – perguntou assustado.
“Pesadelo.” – respirou fundo.
Todos reclamaram, mas não só de , da dor no pescoço também.
“Fica calma. Foi só um pesadelo.” – disse pra ela passando as mãos do rosto assustado da menina.
sorriu e depois se levantou indo até a cozinha.
“Seu pescoço também dói?” – perguntou pra assim que ela entrou na cozinha.
“Não. Mas minhas costas sim.”
“Café?”
“Não. Leite?”
“Não.”
andou até a janela e olhou pra fora. Viu o tempo fechado.
“Será que hoje chove?” – perguntou pra .
“Acho que sim.”
“Que pena. Ontem o dia estava tão lindo.”
“Bom dia minhas pequenas.” – cumprimentou as meninas assim que ele entrou na cozinha.
“Dia.” – as meninas disseram juntas.
“Tem café? Ou leite?”
“Tem os dois. Qual você quer?” – perguntou mostrando a caixinha de leite que ela havia pegado da geladeira.
“Quero café com leite.” – disse sorrindo.
tinha razão. Não demorou muito e começou a chover. Mas não era uma chuvinha qualquer não, era uma CHUVONA. Ficaram assustados de como o tempo ali mudava muito de uma hora pra outra. Não demorou também pra que a energia acabasse. Agora estavam presos numa casa de madeira velha, com uma chuva super forte lá fora e sem energia. O que poderiam fazer?
“Mau-mau!” – gritou toda feliz.
“Isso ! Mau-mau!” – disse sorrindo.
subiu até o quarto dos meninos procurando pelo baralho dele e quando achou desceu as escadas novamente. Todos se aconchegaram do lado da mesinha de centro pra jogar um bom mau-mau.
“Eu não sei jogar gente. Acho que eu vou deixar essa passar.” – Lisa disse.
“Mas tá chovendo Lisa, o que você vai fazer?” – perguntou.
“Ler. Qualquer coisa eu estou no quarto.”
“Uma a menos.” – cochichou pra .
Bom, demorou de mais pra aquela rodada acabar. Pra quem sabe como jogar sabe como demora uma eternidade pra terminar uma partida de mau-mau.
“Cansei. Preciso fazer xixi.” – disse se levantando e andando em direção ao banheiro.
“Ela não para de ir fazer xixi.” – comentou.
“Porque ela está grávida.” – deu de ombros.
“Ah... Pensei que era outra coisa.”
“Que coisa ?” – perguntou.
“Ah... Pensei que ela estava indo fazer xixi porque não conseguia ficar do meu lado.”
“Ah ! Pelo amor né.” – disse com cara de brava.
“Ta bom, eu sei que estava errado.”
“Olha. Ganhei!” – disse levantando os braços.
“Ah... Isso não é justo! Você não disse mau-mau!” – disse.
“O que aconteceu?” – perguntou, estava totalmente fora daquela conversa.
“EU GANHEI!” – gritou.
“Mas você não disse mau-mau.”
“E nem precisa! Vocês não estavam nesse mundo e... EU GANHEI!” – disse pulando pela casa toda.
“Ah... Que droga.” – disse jogando as cartas na mesa.
“EU GANHEI!” – gritava pela casa.
“Faz alguma coisa , pede pra ele quietar a periquita!” – disse rindo.
correu atrás do namorado pedindo pra que ele parasse de gritar pela casa. Estava parecendo uma menininha feliz porque tinha acabado de ganhar sua bonequinha. logo parou de gritar e pular assim que disse aquilo.
andou até a janela e ficou assistindo a chuva cair. Estava numa boa hora pra tomar um banho de chuva. A chuva já nem caía mais forte e nem fraca. Ia molhar, mas não ia machucar.
“Banho de chuva?” – perguntou chegando perto da garota.
“Talvez.”
“Eu conheço esse seu olhar, você quer banho de chuva.”
“Tá bom, eu quero.” – disse rindo.
abriu um sorriso e num piscar de olhos pegou a menina no colo e saiu da casa gritando “CHUVA!”. Logo estavam todos lá fora correndo um atrás do outro pra derrubar na lama.
“Não ! Eu não!” – pedia enquanto ele corria atrás dela.
“Você é minha vitima linda! Tem que ser você.” – Ele disse correndo ainda mais alcançando a menina e a derrubando na lama.
“ECA!” – ela gritou assim que sentiu a lama pelo corpo todo.
“Você fica linda de marrom, já te falaram isso?” – disse pra menina. estava deitada de barriga pra cima na lama e estava em cima dela pra que ela não saísse lá de baixo tão cedo. esticou a mão até o rosto de e passou lama no rosto inteiro dele tirando uma careta do rosto dele.
“Você também fica lindo de marrom.” – ela disse rindo.
“A é? Acha engraçado?”
“Na verdade... Acho.” – ela disse rindo mais ainda.
Então começou a espirrar lama em , mas espirrava mais lama nele mesmo do que nela. Depois começou a esfregar o rosto sujo dele no rosto quase limpo da garota. Ela não conseguia se mover, só ria com as coisas que ele fazia.
parou um momento com o rosto em cima do rosto da garota. Pingava lama do nariz dele pro rosto dela. Ele passou os dedos em volta da boca dela pra limpar, mas sem muito sucesso. Então ele teve uma idéia. Pegou ela no colo novamente e a levou se debatendo até o lago onde se jogou com ela lá dentro.
“Que gelado ! Você podia me avisar que ia fazer isso!” – disse tremendo.
chegou mais perto dela e abraçou a menina pela cintura.
“Eu esquento você.”
“Acho que não, você está mais frio que a água.”
passou os dedos limpos em volta da boca da menina limpando a lama, dessa vez com sucesso. fez o mesmo com ele.
“Eu acho que marrom não combina tanto assim com você.” – disse pra ela que riu.
“É? Eu acho que você devia usar mais essa cor.” – ela disse agora limpado as bochechas do garoto.
“?” – chamou a menina. Ela parou de fazer o que estava fazendo e ficou encarando ele. Ele aproximou o rosto de vagar do rosto dela. Ao mesmo tempo trazia o corpo dela mais pra perto do seu. respirava fundo e só fazia o que sabia que era certo.
“?” – chamou o menino. Ele apertou ainda mais o corpo dela no corpo dele aproximando mais ainda os rostos. Os narizes se tocaram, sentiam a respiração um do outro. lentamente tocou os lábios da garota fazendo o seu corpo todo arrepiar. cuidadosamente beijou ela, deixou que lhe dissesse o que fazer. Ela beijava ele, sabendo que era errado, ele tinha uma namorada. De repente tudo parou quando ela sentiu a língua dele tocar a sua. O corpo dela estava mole, queria se lembrar pra sempre daquele momento. passava as mãos pelo cabelo de bagunçando mais ainda. apertava a cintura dela. De vagar ele pegou ela no colo, ela passou as pernas em volta da cintura dele. Eles não paravam de se tocar um minuto, suas bocas não separavam. O beijo ia ficando mais intenso a cada movimento que eles faziam. brincava com os cabelos de e ele passava as mãos pelas costas da garota. Então a chuva começou a cair mais forte. Os pingos dessa vez machucavam. partiu o beijo e encostou a testa dela na testa de .
“Acho melhor a gente voltar.” – ela sussurrou. saiu da água de mãos dadas com . Os dois sorriam mais do que imaginavam, e isso foi percebido assim que entraram em casa novamente e viram todos os amigos, envolvidos nas toalhas, sorrindo como eles.
e tiveram um momento deles, um momento que fazia muito tempo eles não tinham. E nesse momento não pensaram em mais nada, em nenhuma conseqüência.
Lisa observava a algazarra dos meninos lá de cima e ficou de boca aberta quando viu em cima de . Ficou observando os dois, enquanto eles se enlameava, enquanto levava ela até o lago, enquanto limpava o rosto de , enquanto eles se beijavam. não foi feito pra ficar com Lisa, definitivamente. ‘O que eu to fazendo aqui então?’ – Lisa se perguntou com lágrimas nos olhos. Ela pensou em sair dali, pegou seu celular e subiu na cama, ainda bem que estava dando sinal. Ligou pra Suzan, uma amiga sua, pediu pra que ela fosse busca-la no dia seguinte. Lisa tinha que deixar , ainda mais depois do acontecimento na chuva.
21º capítulo com participações especiais de Karol (aniversariante de sabado dia 12 ^^), Flah e Jubs, as tres menininhas que eu conheci e que já são especiais pra mim. Esse capítulo é pra vcs ^^
Durante o resto do dia, choveu. Brigaram pra ver quem ia tomar banho primeiro e sortearam quem ia fazer o almoço e a janta. Quem saiu ‘ganhando’ no sorteio foram e . Todos achavam que era injusto ter os dois na cozinha mas prometeu que só iam cozinhar, mais nada.
“Dá próxima vez podem ser eu e né?” – disse piscando pra namorada.
“Ah tá! Vocês vão cozinhar é no quarto!” – disse rindo deixando um e uma com vergonha.
“Vocês viram a Lisa?” – perguntou assim que percebeu que a namorada não estava na sala junto com o resto do pessoal.
“Deve estar no quarto, não a vi saindo de lá hoje.” – respondeu.
“Eu vou procurar por ela.” – se levantou do sofá e subiu as escadas sob o olhar de .
‘Talvez o nosso beijo não tenha significado muito, nunca significa muito mesmo.’ – pensou dando de ombros logo após.
entrou no quarto das meninas e encontrou Lisa arrumando sua mala. Achou aquilo estranho, estava, por acaso, indo embora?
“O que você está fazendo?” – perguntou fazendo com que Lisa prestasse atenção nele e não mais na mala.
“Eu vou pra casa.”
“Por quê?”
“Eu não agüento mais isso aqui . Esse lugar não é pra mim.”
“Mas é só por mais alguns dias então a gente vai embora junto.”
“Meu lugar não é do SEU lado .”
“Claro que é Lisa, eu sinto que é...”
“Não, não é! Outra pessoa devia estar no meu lugar e eu acho que você realmente sabe quem é.”
“Mas Lisa...”
“A Suzan vem me buscar, ela deve chegar daqui à umas duas horas.”
“Lis...”
“Não sou eu quem você quer.” – Lisa disse se aproximando de .
“Então, quem eu quero?” [n.a.: bobinho xD]
“Acho que é aquela que você estava beijando.” – os olhos de Lisa se encheram de lágrimas e ela saiu rapidamente do quarto. Ela gostava de , e não só como mais um em sua vida. Lisa havia se apaixonado por ele e depois viu o jeito como ele é ao lado de , não teve como errar, amava ela e Lisa estava apenas atrapalhando.
se sentou na cama e afundou seu rosto em suas mãos. Era muita coisa acontecendo em pouco tempo. Alguns dias atrás ele tinha certeza de tudo o que acontecia com ele. só saiu do quarto quando ouviu que o almoço estava pronto.
“Só a gente mesmo pra almoçar as... Quatro horas da tarde?!” – disse consultando o relógio.
“Pois é, e nossa janta sai que horas hoje?” – perguntou rindo.
“HÁ-HÁ! Muito engraçado!” – disso mostrando a língua.
“Lisa, você pode me passar a salada?” – perguntou rindo.
Lisa nem se mexeu, estava com o olhar perdido.
“Lisa?” – chamou ela novamente, dessa vez atraindo a atenção de todos na mesa.
“O que?” – Lisa perguntou assustada.
“A salada...”
“Ah sim!” – Lisa entregou a salada pra .
“Está tudo bem com você?” – perguntou pra Lisa.
“Sim, sim. Está.”
Durante todo o resto do jantar eles conversaram animados, esquecendo o incidente da salada. Novamente sortearam um casal, dessa vez pra lavar a louça. Os ‘sortudos’ foram e .
“Não pense em fazer outra coisa a não ser lavar a louça, senhor !” – advertiu o namorado.
Logo depois do almoço Lisa desceu do seu quarto com as suas malas, a Suzan já estava pra chegar. As malas dela chamaram a atenção de todos na sala. Onde ela estava indo? Por que estava indo? Lisa se aproximou de pra se despedir dele.
“Obrigada por tudo , foram os três dias mais divertidos da minha vida.”
“Aonde você vai?” – perguntou sem entender.
“Eu vou pra casa, meus pais estão precisando de ajuda.”
“Ah! Então tá, obrigado por ter vindo.” – abraçou Lisa e rapidamente percebeu o olhar furioso de em cima dele.
Lisa se despediu de todos com um abraço, mas quando chegou em ela só deu ‘tchau’ meio de longe. A Suzan logo buzinou e os meninos ajudaram Lisa a levar as malas dela até o carro. Assim que Lisa entrou no carro se desmanchou em lágrimas.
Todos estavam sentados na sala. Assim que Lisa foi embora eles jogaram cartas, Banco Imobiliário, Eu nunca e jogaram conversa fora. Já eram mais de oito da noite e eles não sentiam um pingo de cansaço. Ficar em casa sem sair pra nada dava naquilo, aliás, eles estavam cercados de lama lá fora. colocou um filme qualquer no DVD e e estouraram a pipoca. Todos assistiram o filme super concentrados, coisa que não costumava acontecer com freqüência. , , e dividiam o maior sofá, mesmo no maior aperto. sentava num sofá num canto da sala e num sofá do lado oposto da sala. e dividiam o chão forrado de cobertores.
O primeiro filme tinha acabado e eles queriam assistir mais. colocou outro filme do DVD mas acabaram dormindo deixando só e acordados. percebeu meio atrasada, que o filme estava chato e foi preparar um chá pra ela na cozinha. , que não conseguia mais ver o filme, ou melhor, ouvir o filme por culpa dos roncos, resolveu fazer companhia à na cozinha.
“Olha , desculpa tá?” – se virou de repente pra ele.
“Desculpa por quê?” – perguntou confuso se sentando na mesa, literalmente, porque esses meninos de hoje em dia não são nem um pouquinho educados.
“Com certeza foi minha culpa ela ter ido embora.”
“Não foi sua culpa , não se preocupe.”
“Por que ela foi? Seja sincero comigo.”
“Certeza que você quer sinceridade?”
“Absoluta.”
“Então lá vai. A Lisa foi embora porque eu disse que eu já não a amava. Ela viu a gente se beijando e não quis mais nada comigo.”
“Então... Se eu não tivesse te beijado...” – a culpa estava invadindo . desceu da mesa e andou até ela, ficando de frente com ela.
“Eu também te beijei hoje e foi daquele jeito que eu quero te beijar todo dia. Você não teve culpa de nada, o único culpado sou eu por ter mentido pra Lisa pra mim mesmo e... Pra você.”
Os olhos de se encheram de lágrimas e ela queria mais do que tudo que ele parasse de falar. Ela não queria escutar ele dizendo que a amava e no dia seguinte encontrar ele agarrado com outra garota. Ela não queria ter que amar ele de novo.
“, é melhor você ficar quieto.”
“Não , agora que eu comecei a falar eu vou terminar e você vai me ouvir.”
“, não.” – levantou suas mãos na altura do peito dele a fim de empurra-lo pra fora da cozinha mas segurou suas mãos.
“Eu só fiquei com a Lisa pra encontrar um jeito mais fácil de te esquecer. Enquanto eu estive com ela dizia que a amava e essa mentira foi virando verdade até o dia em que eu te vi de novo.” – lágrimas caíam do rosto de , ela não fazia idéia de onde tirava forças pra ouvir o que dizia.
“Pára .” – pedia.
“Desde aquele dia eu nunca havia me sentido tão feliz e quando eu te beijei de novo eu voltei a sentir como é bom te amar, ter você aqui perto de mim. E eu sinto que te amo até hoje. E a Lisa percebeu o que eu sinto por você, por isso ela foi embora. Ela foi embora porque eu te amo.” – tinha as mãos em volta do rosto dela que estava molhado devido as lagrimas que ainda caiam.
“Por que você está fazendo isso?”
“Eu não quero cometer o mesmo erro duas vezes.” – foi aproximando seu rosto do rosto de . Ela, pra surpresa de ambos, se afastou dele, tirou suas mãos do seu rosto e subiu até seu quarto se perguntando por que não queria aquilo, por que ela fugiu de se ele era a única coisa que ela mais queria.
voltou a se sentar no sofá atordoado pelo que havia acontecido na cozinha. Nem ele, nem conseguiram dormir aquela noite.
“O que vocês estão fazendo?” – havia ouvido um barulho e desceu as escadas pra ver o que estava acontecendo.
“Ai mulher! O que aconteceu com você?” – perguntou assustado. estava com os olhos vermelhos e inchados e os cabelos bagunçados.
“Foi uma péssima noite.”
“Vamos, eu te ajudo.” – apareceu de algum lugar e empurrou pro banheiro. – “Tá legal! O que aconteceu?”
“O que?” – não tinha entendido. Ainda estava tentando descobrir da onde apareceu.
“Como ‘o que?’ O está na mesma situação física que você. O que vocês fizeram?”
“A gente conversou. Foi isso.”
“Ele precisa apanhar?”
“Não.” – riu fracamente, ela sabia que a amiga era capaz de fazer aquilo. – “Então. Aonde vocês vão?”
“Vamos voltar pra casa.”
“Por quê?”
“Parece que a chuva de ontem vai ficar pior mais tarde, trate de fazer as malas.” – deu o recado e deixou se arrumando no banheiro.
“Okay crianças. Como a não está em condições de dirigir, eu mesmo vou dirigir o carro dela.” – começou.
“O QUE? Não o meu carro!” – disse assustada.
“Mas , você nem consegue ficar em pé direito.” – disse pra amiga.
“É... Isso é verdade. Mas muito cuidado então !”
“Sim senhor, senhor!” – bateu continência.
“, , , vocês vão comigo.” – chamou.
“O que?” – perguntou assustada, de novo.
“Você vai comigo, com a e com o .” – explicou dando de ombros.
“O que?” – foi a vez de perguntar assustado.
“O que tá acontecendo com vocês heim?” – perguntou desconfiada.
e se olharam e entraram no carro, no banco de trás. Deixaram um espaço maior possível entre eles. e estranharam o jeito que os dois se tratavam. Até e se perguntaram por que estavam fazendo aquilo, eles dormiram boa parte da viajem, a outra parte, aconteceu isso:
“Gente, eu vou mudar de CD ta? Não agüento mais ouvir Beatles.” – disse desligando o rádio.
“Coloca The Who.” – pediu.
“Não, coloca Busted.” – pediu.
“Pra que? Busted não presta.”
“Pelo menos é melhor que The Who!”
“The Who é muito melhor que Busted! Tocam muito melhor!”
“Você deve estar doido !”
“Quem ta doida aqui é você!” – começaram a gritaria.
“Olha aqui garoto! Ninguém mandou você fazer aquilo ontem!”
“Eu sabia que você também queria! Ninguém mandou você dar pra trás!”
“Isso tudo não aconteceria se a gente nunca tivesse ficado junto! Gostaria de voltar no tempo pra nunca ter ficado com você! Eu ia estar passando muito melhor agora!”
não acreditou no que ouviu. Como assim? pensava que ter ficado com ele foi uma perda de tempo? Então por que ela beijava ele como se o amava?
“Então é isso que você acha da gente?” – perguntou quase que num sussurro.
“É. É isso mesmo.” – respondeu com certeza.
“Então eu acho melhor...”
“PRONTO! Gente! Vocês já botaram tudo pra fora né?! Vamos nos acalmar agora!” – pediu, antes que dissesse alguma coisa pra piorar tudo.
“É, também acho que está na hora. Eu vou colocar Fall Out Boy pra tocar...” – disse meio sem graça.
“Até que enfim! Estou morrendo de fome!” – disse descendo do carro assim que pararam num lugar na estrada pra comer.
“Sei, você comeu salgadinhos a viajem inteira!” – disse rindo.
“Ele não tem fundo , você devia estar acostumada com isso.” - disse rindo.
viu a descendo do carro e foi ao encontro dela.
“O que aconteceu contigo?” – ela perguntou assustada.
“Nada , nada.”
“Eu vou bater no !”
“Não , dessa vez quem precisa apanhar sou eu.”
entrou na lanchonete deixando falando sozinha. precisava de um momento pra ela colocar seus pensamentos em ordem. Mas se enganou achando que durante o almoço pudesse fazer isso. Ela e os amigos se divertiram muito, como sempre faziam juntos. Eles com certeza eram os melhores amigos que alguém podia ter.
“Até que enfim em casa.” – foi isso que disse pra si mesma quando abriu a porta da frente da sua casa.
Ela voltou cansada da viajem e sentiu uma ponta de tristeza por ter chegado tão rápido assim. Voltou pra sua casa fria, vazia, pro seu pai que não parava em casa. Ela subiu as escadas até seu quarto. Jogou sua mala num canto da sala e depois se jogou na cama. Afundou o rosto no travesseiro e ficou lá, pensando em tudo que tinha acontecido com ela naqueles últimos quatro dias. Começou a chover. andou até a janela do seu quarto e ficou olhando pra rua. Os carros passavam apressados. As pessoas corriam pra suas casas pra se proteger da chuva. Seu pai chegava em casa. Espera aí. Seu pai chegava em casa? desceu as escadas correndo pra ver se realmente era seu pai.
“? Já em casa?” – o pai dela perguntou assustado.
“Ia ter um temporal lá e a gente resolveu chegar mais cedo. O que você está fazendo aqui tão cedo?”
“Acabou a energia lá no prédio e mandaram a gente pra casa mais cedo.”
“Cadê a mulher da cozinha?”
“Que mulher da cozinha?”
“Aquela que você casou.” – disse dando língua.
“A Phoebe. Ela foi buscar as sobrinhas dela no aeroporto.”
“Espera aí. Ela se chama Phoebe?”
“É. Por quê?”
“Parece um barulhinho estranho. FI-BI” – disse rindo.
“Muito engraçadinho mocinha.”
“Espera mais um pouquinho.”
“O que foi dessa vez?”
“Sobrinhas?! E elas vão ficar onde?”
“Aqui.” – o pai deu de ombros.
“Você deve estar brincando comigo.”
“Não.”
“Droga!” – disse subindo as escadas novamente.
“Aonde você vai?”
“Me preparar mentalmente pra receber em casa as FI-BI em miniatura!”
tomou um banho pra ver se sentia melhor, não teve muito sucesso. Sentou no vão da janela novamente e ficou olhando a chuva cair. Seu celular tocou.
“Oi !”
“... Tudo bem?”
“Tudo...”
“Mesmo?”
“Mesmo . Não precisa se preocupar com nada.”
“Então tá. Você que pediu.”
Silencio.
“Então... Como foram as primeiras horas na casa da dona ?” – perguntou rindo.
“Você acredita que Phoebe vai trazer as sobrinhas dela pra morarem aqui?”
“Que barulhinho foi esse?”
“Que barulho?” – perguntou confusa.
“FI-BI”
“Ah! É o nome da mulher do meu pai.”
“Ah... Mas então... Tem certeza que é pra morar mesmo?”
“Não sei. Eu não perguntei com mais certeza.”
“Ah... Então trate de saber. Liga pra mim depois. Beijo!”
“Tchau.”
voltou a olhar a rua. Dessa vez ninguém passava correndo, nem pessoas, nem carros. A chuva aumentava a cada minuto. Foi quando ela viu o carro da Phoebe entrando na garagem da sua casa. não quis nem descer pra conhecer as sobrinhas dela. Resolveu ficar mais um tempo no quarto, olhando o nada. A chuva agora estava parando.
“! Desce aqui!” – o pai dela chamou.
levantou do vão da janela com muita dificuldade. Ela não queria ir lá pra baixo e colocar um sorriso no rosto pra cumprimentar a mulher do pai dela. Ela não queria fingir que estava feliz por conhecer as sobrinhas daquela que pegou o lugar de sua mãe do coração do seu pai. desceu as escadas sem muita pressa. No pé da escadas estavam seu pai e Phoebe, muito bem arrumados. Ao lado de Phoebe estavam três meninas, mais ou menos da idade de .
“, minha filha. Eu e a sua mãe.”
“Ela não é minha mãe.” – advertiu.
“Eu e a Phoebe, vamos sair pra jantar. Essas são as sobrinhas dela. Karolina, Flávia e Juliana. Até mais tarde meninas.” – o pai dela disse aquilo tudo e não esperou mais nem um minuto e saiu pela porta acompanhado de Phoebe.
“Então você é a ?” – Karolina, uma menina morena, que parecia ser a mais nova delas, perguntou.
“Ahm... É... Eu sou a . Mas pode me chamar de .” – forçou um sorriso.
“Eu sou a Flávia, mas pode me chamar de Flah.” – uma menina com um sorrisão falou.
“E você pode me chamar de Jubs.” – a outra garota, que parecia ser a mais velha disse.
“Podem me chamar de , então...”
Karolina olhava pras três com um sorriso e as três olhavam pra ela. Esperavam que ela dissesse algo.
“Ah! É mesmo. Pode me chamar de Karol!” – ela disse rindo.
“Vocês vieram de onde?” – perguntou indo até a cozinha.
“A gente veio do Brasil. Daqui dois dias tem aniversário da Karol e ela quis vir pra cá.” – Flah explicou.
“Estão com fome?” – perguntou abrindo um armário.
“Sim.” – elas responderam juntas.
“Você já foi pro Brasil?” – Jubs perguntou sentando à mesa.
“Já. Eu cheguei de lá faz alguns meses. Morei lá por dois anos.” – respondeu.
“Então você sabe como tudo lá é lindo né?” – Karol perguntou rindo.
“E como sei.”
As quatro passaram boa parte da noite conversando na cozinha, depois que cansaram de lá foram conversar na sala. não queria se convencer de que tinha gostado das meninas. Ela tinha em mente meninas fúteis, que só pensavam nelas mesmas, mas foi diferente. Elas tinham grandes coisas em comuns, tinham tudo pra serem boas amigas. prometeu a elas mostrar a cidade e apresentar os amigos que ela tanto falava. Karol, Flah e Jubs dormiram no quarto de aquela noite. O que deixou o pai de muito surpreso quando viu as quatro dormindo juntas num colchão colocado no chão do quarto.
22º Capítulo pequeno porque deu problema no meu pc, e no meu disquete, e os problemas aumentaram de mais, então é pequeno, mas vale a pena. As meninas continuam na historia, e eu faço surpresa quanto ao que elas vão ser na fic... É isso...
“Coloca mais saaaaaaaall!” – Flah dizia pra Jubs que estava fazendo ovos mexidos pro café da manhã.
“Já tem sal de mais mulher!”
“Como faz café? Alguém sabe?” – Karol estava toda enrolada no café e foi ajudar ela.
Depois de um tempo e briguinhas insignificantes pra saber a quantidade de sal que colocar nos ovos, o café da manhã estava pronto. Elas comeram sem ligar muito pra quem estava dormindo. Conversaram bastante, riram bastantes, parece que eram amigas a décadas.
“Alô?” – ligou pra depois do café.
“?”
“?”
“Bobona?”
“Chorona?”
“EU MESMA!”
“SOU EU!”
“, a gente vai almoçar aí hoje tá?”
“Tá?”
“É, a gente votou e a sua casa ganhou. A gente aproveita e vê as sobrinhas daquela mulher da cozinha.”
“A Phoebe...”
“É! O barulhinho!” – disse rindo.
“Tá, eu espero vocês então. Ahm... Até o vem?” – perguntou meio sem graça.
“É... Ele vai sim. Então daqui a pouco a gente bate aí na porta da sua casa.”
“Quem você está querendo enganar?”
“Tá bom, a gente não bate na sua porta. A gente entra diretão.”
“Isso. Até mais chorona.”
“Até mais bobona.”
“Visitas?” – Flah perguntou assim que desligou o telefone.
“Sim. Meus amigos vão passar aqui pra almoçar.”
“Legal! Conhecer gente nova!” – Jubs disse feliz.
O pai de apareceu no pé da escada com uma bolsa ao lado e logo depois Phoebe desceu. “A gente vai passar essa semana na casa da sua avó, parece que ela está meio doente e a gente vai ajudar.” – o pai de disse.
“E o seu trabalho?” – perguntou. Normalmente o pai dela não trocava o trabalho por nada, e agora vai passar uma semana longe de casa pra cuidar da mãe dele?
“Eu pedi licença por essa semana, eles deixaram.”
“Estou pronta amor.” – Phoebe disse.
“Até mais princesa.” – o pai se despediu de com um beijo na testa. – “Cuida bem da casa.”
“Até mais.”
“Até mais meninas!” – Phoebe acenou da porta.
“A casa é só nossa?” – Flah perguntou depois de um longo silencio.
“É... É nossa.” – respondeu.
“YUPIIIII! A CASA É NOSSA!” – Jubs disse pulando indo até a cozinha.
“Não se contentem muito porque daqui a pouco temos visita.” – subiu as escadas até seu quarto.
Fechou a porta atrás de si e andou até a janela onde ela sentou no vão. Viu seu pai sair com a FI-BI de carro. É, as coisas na vida dela agora estavam completamente mudadas. Ela viu quando a chuva começou a cair novamente, nem com devagar e nem com tanta intensidade.
se levantou vagarosamente do vão da janela e se trancou no banheiro. Tinha que tomar um banho, deixar as preocupações de lado.
“Nossa! Que chuva!” – entrou na casa da sem nem ao menos bater. Era assim já, eles eram ‘da casa’. [n.a.: pra vocês mesmo! Viraram da minha família! ^^ UAHSuahs]
“Chuva mesmo! E olha que estamos no verão.” – reclamou arrumando seus cabelos no espelho do banheiro.
“É mesmo. Verão não podia ter chuva. É verão! Dias de sol e calor! E não de chuva!”
“Já entendi ! Eu vou conversar com alguém sobre essa chuva toda e ver se dá pra parar e trazer o sol de volta.” – disse descendo as escadas. Ela ouviu o barulho de gente chegando lá em baixo e rapidamente se trocou pra receber os amigos.
“É bom mesmo por que...” – parou quando viu na cozinha três meninas desconhecidas – “Quem são elas?”
“As sobrinhas da Phoebe. Flah, Karol e Jubs.” – apresentou elas pro resto do povo.
“Oi...” – elas disseram meio sem graça. Era muita gente olhando pra elas ao mesmo tempo. Nessas horas a vergonha não escapa.
“Erm... Acho que eu vou tomar um banho...” – Jubs disse e subiu as escadas com Karol e Flah atrás.
“Bonitas.” – disse e logo depois levou um tapa de .
“Claro! Vieram da minha terra. O Brasil!” – disse rindo.
“E quem disse que as garotas daqui não são bonitas?” – perguntou indignada.
“Ninguém...” – todos deram de ombros.
“Okay! Vamos começar a fazer o almoço? To com fome!” – pediu.
“Vamos nada. Você não vai relar o pé nessa cozinha.” – disse empurrando pra fora da cozinha.
“Por quê?” – perguntou confuso.
“Vocês vão fazer uma sujeira danada aqui. E depois não vão limpar.”
“É mesmo. Esperem na sala!” – pediu.
“Então... As sobrinhas da Phoebe são legais?” – perguntou o que tanto a incomodava.
“São legais sim. A gente tem mais em comum do que imaginava.” – respondeu.
“Você não vai nos trocar por elas né?” – perguntou com voz de choro.
“ meu bebê. Vocês moram no meu coração, ninguém vai tirar vocês de lá. E as meninas, são minha primas agora. Elas fazem parte da família.”
“Falando em bebê. Como anda o nosso bebê ?” – se virou pra que lia uma revista muito concentrada.
“NOSSO bebê?” – ela perguntou sem entender.
“É. O meu, o da , o da e o do .” – respondeu da forma mais natural possível.
“Anda muito bem. Semana que vem tem o primeiro ultra-som.” – respondeu com um sorriso enorme no rosto.
“ÓÓÓÓÓNNN que fofo.” – as meninas disseram com voizinha de bebê.
“Quero vocês lá.”
“Não sei não. O pai que deve ficar lá.” – disse.
“E depois desses dias eu duvido muito que o não vai querer ir com você.” – disse piscando pra amiga.
“É. E, eu preciso muito dele agora.”
“Por quê?” – perguntou surpresa.
“Eu resolvi contar pros meus pais. Não sei como eles vão reagir então eu preciso dele do meu lado.”
“Com certeza eles vão ficar contentes.” – alegrou a amiga.
“Não sei não. Tenho minhas duvidas.”
“Vai ficar tudo bem.” – disse.
“Oi... Precisam de ajuda?” – Flah tinha chegado na cozinha com Karol e Jubs atrás dela.
“Claro. Toda ajuda é bem vinda.” – disse dando espaço pras meninas se ajeitarem na pia.
“Então. Gostaram daqui?” – disse puxando conversa.
“Ah... O caminho do aeroporto pra cá até que é legal.” – Jubs respondeu rindo.
“E essa chuva... Nossa que chuva!” – Karol disse olhando pra fora, onde chovia mais ainda.
“O que tem a chuva?” – perguntou confusa.
“É molhada. E eu não gosto dela.”
“Ah Karol... Já eu adoro a chuva.”
“Não sei o que você tem na cabeça. Chuva é horrível.” – disse pra amiga.
Enquanto faziam o almoço deu falta de uma pessoa. Procurou-a com o olhar, pela cozinha, pela sala. Ele não estava. É... não estava. Ela pensou nele, sempre pensa nele. Queria vê-lo novamente, queria saber como ele estava. Queria conversar com ele.
“Ele vem depois.” – disse pra .
“Ele quem?” – voltou dos seus pensamentos.
“O .” – deu de ombros.
“Eu nem queria saber dele.” – tentou mudar de assunto.
“Nãããããããooo! Eu estava procurando por ele”.– riu irônica.
“Quem é ?” – Flah perguntou curiosa...
“Um ser noj...” – começou, mas continuou pela amiga.
“Um ex-namorado da .”
“Ele nem chegou a ser meu namorado!” – ela disse indignada.
“Mas...”
“Mas nada .” – saiu da cozinha brava. Como assim ‘namorada’ no ? Ela nunca sonhou em ser namorada dele. Nunca! Talvez... Só um pouquinho, bem de vez em quando. Mas aquilo era uma coisa que no momento ela não suportava pensar, imaginar ou até lembrar.
“Hey pessoas!” – gritou assim que chegou na casa de .
“Hey !” – responderam.
“Nossa... Ensaiaram bastante hoje heim!” – disse rindo.
“Pois é... Estamos contentes porque você veio xuxu!” – disse indo abraçar que saiu correndo dele e foi parar na cozinha.
“O que tem de almoço?” – abriu espaço entre as meninas e colocou o dedo dentro de uma panela com molho.
“Que nojo ! Sai daqui!” – expulsou ele da cozinha.
“Você voltou xuxu?” – perguntou.
“Eu heim! Vou no banheiro!”
“Nossa, o que deu nesse povo?” – perguntou em voz alta.
Ele subiu as escadas e ao procurar a porta do banheiro viu a porta do quarto de aberta. Ele andou até lá, talvez ela não estivesse por perto e ele pudesse pelo menos sentir o cheiro dela de novo.
“?” – perguntou quando viu ele na batente da porta.
“?”
“Ta procurando?...”
“O banheiro...”
“Porta errada. É a outra.”
se virou pra ir em direção ao banheiro mas mudou de idéia.
“O que você está fazendo aqui?” – ele perguntou pra .
“Eu... To... Eu estou vendo a chuva.”
“Ah... Esqueci que você gosta da chuva.”
“Mas essa chuva está mais forte que o normal.”
Pronto. Foi só ela falar que tudo na casa ficou sem energia. E sabem que quando chove de mais e fica nublado a casa fica escurinha, mas ainda dá pra ver direitinho.
“Bom... Pelo menos não é noite.” – disse e foi em direção ao banheiro.
“Ham... O almoço ta pronto?” – perguntou.
“Ta , pode vir comer.” – deu de ombros.
, e correram da sala em direção à cozinha, estavam com fome mesmo!
“, antes de você se sentar, você pode chamar a ?” – pediu.
se sentou, se acomodou em sua cadeira e...
“!!!!!!!!!!!!!!!” – gritou.
“Se fosse assim até eu chamava ela!” – deu de ombros.
“Agora chama o .” – pediu.
“!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!” – gritou.
Em pouco tempo estavam e no pé da escada com a mão no peito.
“Que foi?” – perguntou assustada.
“O almoço ta pronto.” – disse com um sorriso.
notou o que ele não tinha notado quando havia chegado na casa de , as três meninas, no momento, estranhas pra ele.
“Erm... Quem são vocês?” – ele perguntou pra elas meio sem jeito.
“Ah! Elas são minhas... Primas!” – disse sorrindo.
“Flah, Jubs e Karol.” – continuou.
“Prazer, .” – ele disse mais sem graça ainda.
“Olha que lindo! com vergonha!” – soltou rindo.
Foi aí que a cozinha toda se encheu de risadas e deixaram o mais vermelhinho possível!
23º Capitulo o capítulo anterior a Jubs scriptou pra mim. Brigada fofah! ^^
Almoçaram todos no escurinho mesmo. Fazendo piadinhas o tempo todo, mas não dava pra evitar. Como sempre, as meninas sabiam como fazer uma boa comida. Mesmo tendo pouco espaço e muita gente pra alimentar. Assim que terminaram de almoçar foram tentar ligar a televisão, mas, como já sabiam, não conseguiram nem chegar perto de conseguir ver aqueles sisquinhos que ficam na televisão quando ela fica fora do ar.
“Droga de chuva!” – reclamou e se jogou no sofá.
“Hoje ela piorou de vez, olha lá fora! Quem sair morre!” – disse apontando pra janela.
“E agora? Sem TV, sem luz! O que a gente faz?” – perguntou desesperado.
“Quer mesmo que eu responda?” – perguntou rindo.
“Epa! Epa! Vão pra um quarto! De preferência que não seja o meu!” – riu.
“Vamos jogar cartas, sei lá. Ficar parada aqui não vai dar muito certo.” – Flah disse.
“Okay! Cartas!” – disse e subiu as escadas correndo, logo depois voltou. – “, onde você guarda seus baralhos?”
“Na gaveta de cima da minha escrivaninha.”
“Você vai deixar ele mexer assim no seu quarto?” – Karol perguntou desconfiada. “Vou, eu mexo assim no quarto dele.” – deu de ombros.
Logo depois estavam todos jogando ‘Polícia e Ladrão’ com cartas, iluminados só com as velas que encontraram em cima da estante da sala. Eles estavam superconcentrados no jogo. Não se mexiam, não falavam nada. Só olhavam um para o outro.
“A-HÁ! Presa em nome da lei Jubs!” – gritou de repente.
“Que chato! E eu fazendo de tudo pra que não descobrissem.”
“Eu sou de mais nesse jogo!” – falava enquanto fazia dancinhas em volta da mesa.
“Ta bom , todos nós entendemos. Agora... Jubs vai ter que pagar um mico.” – disse fazendo com que parasse de dançar em volta da mesa e pensasse em algum mico pra ela pagar.
“Seja bonzinho comigo .” – Jubs disse fazendo carinha de criança que perdeu o pirulito.
“Tá bom... Eu quero que você imite um leão fazendo mágica e chupando sorvete de massa direto do pote.”
“Você deve estar brincando né?” – perguntou com cara de quem não tava acreditando que ele ia fazer aquilo com a Jubs.
“Eu? Claro que eu to brincando! Vocês deviam ver a cara que fizeram!” – disse rindo mais do que conseguia.
“HÁ-HÁ! Muito engraçadinho !” – disse jogando uma almofada no namorado.
“Mas, o que a Jubs ia fazer mesmo?” – Flah continuou.
“Ah! Eu te amo também Flah!” – Jubs disse irônica pra amiga.
“Deixando o momento ‘eu te amo e blábláblá’ de lado! Eu quero que você beije o .” – disse.
“E desde quando isso é pagar mico?” – perguntou inconformado.
“Não sei... Mas eu acho!”
“Eu não vou beijar o ! Eu conheci ele hoje!” – Jubs protestou.
“Mas que coisa! Vocês estão atrasando o jogo!” – disse brava.
“Tá tá! Então... Dá três voltinhas pulando num pé só dizendo que eu sou gostoso!” – disse abrindo um sorriso no rosto.
Jubs fez careta, mas depois aceitou o mico.
“ é gostoso! é gostoso!”
A sala explodia em risadas. Eles nunca iam imaginar a Jubs fazendo aquilo. Mas ela fez, e deixou a com uma pontinha de ciúmes.
Depois da brincadeira de ‘Policia e Ladrão’ já ter ficado sem graça, eles resolveram brincar de Banco Imobiliário, mas como não tinha pecinha pra todos, os meninos somente brincaram enquanto ouviam as meninas conversando.
“Vocês vão gostar daqui com certeza. Se não fosse essa chuva a gente estaria... Estaria fazendo o que nesse momento?” –
perguntou confusa.
“Estaríamos patinando .” – respondeu.
“Que legal! Eu adoro patinar, apesar de cair de vez em quando...” – Karol disse.
“Liga não... Nosso também cai bastante.” – se intrometeu na conversa.
“E posso saber por que eu caio bastante?” – perguntou.
“Por causa da sua cabeça um pouquinho pequena.” – ironizou.
“É mesmo , sua cabeça ficou maior. O que aconteceu?” – perguntou rindo.
“Ele deve ter caído da cama.” – disse pensativa.
“Acho que ela não ficaria assim só caindo da cama...” – Flah riu.
“Eu acho que é a chuva!” – disse.
“Mas a chuva ia fazer um estrago desses?” – perguntou rindo.
E começaram uma conversa divertida tentando descobrir como a cabeça do ficou tão grande de repente. Enquanto conversavam escondia as risadas e quase perdia o fôlego por isso, não sabia como podia aturar os amigos conversando desse jeito sobre sua cabeça ainda!
“Canta pra mim?” – pediu pra . Estavam em mais um momento ‘nada pra fazer’ e perguntou pro namorado, de repente.
“Canto...” – puxou o fôlego pra cantar pra , mas interrompeu ele.
“Toca violão pra mim ?”
Todos olharam espantados pra . Pensavam que eles nunca mais iam se falar, nunca mais iam pedir nada um pro outro e ela provou o contrário.
“Que foi?” – perguntou confusa.
“Eu... Eu toco violão pra você , cadê ele?” – perguntou.
“No meu quarto.” – respondeu e subiu até o quarto dela pra pegar o violão.
“NÃO TO ENCONTRANDO!”
“Eu vou ajudar ele.” – Flah disse já subindo as escadas.
“Tem certeza que está aqui?” – perguntou procurando em o violão em todo canto do quarto.
“O que você e a tiveram?” – Flah perguntou direta. se assustou com a pergunta.
“O que?” – perguntou assustado.
“Disseram pra mim que você e a namoraram... Foi mesmo?”
“É... Não foi bem isso não. Mas onde está o violão?”
“Pode me dizer o que aconteceu?”
“Por que você quer saber Flah?”
“Porque eu fiquei curiosa. Eu quero saber se você gosta dela ou não.”
“Você percebeu que você mudou de pergunta?”
“Percebi. Você pode me responder as perguntas ?”
“Tá eu respondo.”
se sentou na cama. Era difícil conversar sobre esse assunto com alguém, ainda mais alguém que ele não conhecia e era prima da . Era difícil pra ele ter que lembrar o que ele e passaram juntos, todos os momentos.
“Antes de ela ir pra Brasil, a gente ficou. Foram as duas semanas mais felizes da minha vida.” – ele começou. – “Então ela viajou, eu conheci uma outra garota e namorei com ela. A voltou e, a gente ficou junto escondido dessa minha namorada. Minha namorada descobriu, foi embora, eu e a brigamos e hoje, por algum motivo desconhecido, ela falou comigo.” – soltou tudo de uma vez, sem nem ao menos respirar.
“Nossa. E você gosta dela?”
“Eu... Eu não sei.” – ele disse confuso.
“Bom. Obrigada por ter contado tudo pra mim. O violão fica atrás da porta.” – Flah disse e saiu do quarto. Ela tinha em mente que podia fazer alguma coisa pela prima. E fazer com que ela e ficassem juntos novamente era uma ótima opção.
“Encontrou?” – perguntou assim que chegou na sala.
“Encontrei, estava atrás da porta.”
“Então... Canta .” – pediu de novo.
This girl that moved up the road from me,
She had the nicest legs I've ever seen.
Back then, she wrote me letters just to say she loved
me,
But now her face is just a memory.
Now seven years have gone,
And I've grown up but she's moved
on,
and some how I'm still holding on to her!
I still got so many unsaid things that I wanna say,
And I just can't wait another day,
I wish she knew.
I still wait up wondering if she will remember me,
But there's no way for me to know.
“Vocês fizeram outra musica e nem contaram pra nós?” – perguntou indignada.
“Era surpresa.” – disse pra namorada. – “Gostaram?”
“Mas é claro! A música é linda!” – disse animada.
“Que bom.” – tinha um sorriso enorme no rosto.
“Então... A vez é de vocês agora.” – disse.
“Ah não! Nem pensar!” – as meninas disseram e rumaram pra cozinha.
“Por que não?” – perguntou indo atrás delas.
“Quem tem uma banda aqui são vocês.” – respondeu.
“Banda? Qual o nome?” – Karol perguntou interessada.
“McFly.” – respondeu contente.
“Já fizeram algum show em algum lugar?” – Jubs perguntou.
“Num pub, onde a trabalhava. A gente se apresentou uma vez. Estamos precisando fazer mais apresentações.” – disse.
“A gente prepara uma.” – disse contente.
“Ah é. Com certeza !” – disse irônica.
“E por que não?”
“Vai dar muito trabalho.”
“E daí. Nós estamos em várias pessoas.” – disse.
“Vamos tentar?” – perguntou receosa.
“Tá bom vamos.” – se convenceu.
“Sério?” – os meninos perguntaram juntos.
“Sério. Vocês merecem.” – disse pra eles.
“Já disseram que a gente ama vocês?” – perguntou indo abraçar as meninas e quando se deram conta estavam brincando de pega-pega dentro de casa.
“Ufa... Essa brincadeira cansa.” – disse se deitando no sofá.
“E quando você estiver mais barriguda não vai nem correr direito.” – disse sentando no chão, ao lado do sofá onde tinha se deitado.
“É verdade...” – passou a mão na barriga dela. Ainda não tinha aquela barriga de grávida, mas estava começando a crescer.
“Será que vai ser uma menina?” – perguntou contente.
“Tomara que seja.” – entrou na conversa.
“Você quer uma menina?” – Flah perguntou duvidosa.
“Quero, pra ser linda igual a mãe.”
“ÓÓÓÓÓ! Que lindo o casal de pombinhos.” – disse com um sorrisão.
A amiga delas estava grávida e parecia que ainda não tinha caído a ficha direito. Em nove meses todos iam ser titios e titias, iam ter um bebê pra ajudar a cuidar.
“CHOCOLATE!” – Jubs gritou de repente.
As meninas todas se levantaram e foram pra cozinha. Reviraram os armários procurando chocolate e não encontraram em lugar nenhum.
“Não tem chocolate na sua casa ?” – Karol perguntou tristinha.
“Ops! Acho que não.” – disse com cara de culpada.
“BRIGADEIRO!” – Jubs gritou de novo e lá se foram as meninas pegar os ingredientes pra fazer o brigadeiro. Leite condensado, chocolate em pó
“Hum.... Gostoso...” – disse comendo o brigadeiro da sua colher.
“Vocês são umas chocólatras, isso sim!” – disse rindo.
“Olha quem fala.” – disse indignada.
Depois de um tempo tentando fazer pelo menos a televisão pegar, conseguiram colocar o áudio pra pegar, mas antes que não saísse do ar de novo, eles escutaram metade da noticia.
“Aconselhamos vocês a não saírem de casa, uma chuva pior ainda esta por vir. Então tentem não sair de onde estiverem.”
“UUUUUUU parece coisa de filme de terror.” – disse rindo.
“Não saiam de casa se não vocês morrem!” – disse imitando uma voz de malvado.
Já que não podiam sair de casa, tinham que passar a noite na casa da . Colocaram todos os colchões da casa na sala. Fizeram uma cama onde cabiam todos. Pularam em cima dos colchões, rolaram, fizeram montinho no e pararam, deitaram todos nos colchões, ficaram cansados.
“... Verdade ou desafio?” – perguntou pro garoto que brincava com a mão da namorada.
“O que?” – ele perguntou assustado.
“Verdade ou desafio?” – repetiu a pergunta.
“Verdade.”
“É verdade que você não queria que a estivesse grávida?”
“O que?” – perguntou assustada.
“Acho que a gravidez dela vai mudar completamente as nossas vidas. Mas a gente vai ficar mais unido ainda.” – respondeu olhando nos olhos da namorada.
“Te amo.” – sussurrou pro namorado.
“Te amo mais.”
“Então... Sua vez .” – interrompeu o momento do casal.
“Ah sim... Flah, verdade ou desafio?”
“Verdade.”
“É verdade que os melhores homens são brasileiros?”
Todos riram com a pergunta do , achavam que ele ia continuar perguntando coisas sérias. Mas pelo visto, ele não quis que a brincadeira ficasse séria de mais.
“É, nada como um Rodrigo Santoro pra melhorar o dia. Mas aqui também tem muitos homens bonitos.” – Flah responde rindo.
“Quem é Rodrigo Santoro?” – perguntou confuso.
“O homem mais gostoso do planeta!” – respondeu.
“Eu também te amo.” – respondeu tristinho.
“Você tinha que ir bater no Rodrigo, isso sim. Então se você matasse ele, você poderia ser o homem mais gostoso do planeta.” – Jubs disse.
“Eu acho, que ele não ia matar o Rodrigo.” – disse rindo.
“Não gosto mais de vocês.” – disse e ficou de costas pra todos.
“Ah tadinho! Não briguem com ele crianças.” – disse tirando sarro.
“Sua vez Flah.” – lembrou.
“, verdade ou desafio?”
“Fala desafio. Verdade já falaram muito.” – disse.
“Por que eu?” – perguntou indignado.
“Porque a gente votou.”
“Tá bom, desafio.”
“Eu desafio você a... Beijar a .”
“O QUE?!” – e perguntaram assustados.
“Isso mesmo o que vocês ouviram.”
“Mas... Mas...” – não saia palavras da boca da .
“Não posso fazer isso com ela... Flah!” – olhava pra ela pedindo pra ela mudar o desafio.
“Tá bom, vou fazer diferente então. Mas não mudo mais!” – Flah disse determinada.
“Tá bom, faz logo.” – estava impaciente.
“Vou trancar você dentro do armário com mais alguém, mas você não vai saber quem é.”
“Tá bom, eu topo. Por quanto tempo?”
“Até a brincadeira terminar.”
“Tá, eu espero no armário.” – disse e andou até o armário.
“Então, quem vai no armário?” – perguntou curioso.
“A ué.” – Flah de ombros.
“Por que eu?!” – protestou.
“Porque eu estou falando que é você oras!”
“Vai , é só uma brincadeira.” – disse.
“Então tá, eu estou indo!” – se levantou e andou até o armário que disse que estaria.
Só que não era armário coisa nenhuma, era uma despensa super pequena, se não cabia nem o lá dentro direito, imagina ele e... Você!
“Estou entrando...” – avisou antes de abrir a porta da despensa.
“Você aqui?” – perguntou.
“Pois é.” – forçou um sorriso.
Fizeram silencio. Um longo e incomodo silencio. Não sabiam sobre o que falar, não sabiam como falar. Podiam ter milhões de palavras pra trocar entre eles, eles não sabiam como iam falar.
“Então... Está se divertindo?” – perguntou receosa.
“É, estou. Com vocês não tem como não se divertir.” – ele deu um sorriso fraco.
“O que achou das meninas?”
“Suas primas?”
“Isso...”
“São legais. Parecem ser boas primas.”
“É... São...”
“Então... Eu perdi você de vista.” – disse rindo. Ele começou a mexer as mãos procurando . Derrubava tudo, mas não a encontrava.
“, eu to sentada.” – ela disse e puxou ele pro chão, onde ela estava.
“Ah, caiu alguma coisa em cima de você?”
“Felizmente não.” – ela disse rindo.
estava sentada no chão com as pernas cruzadas e tudo indicava que estava à sua frente.
“Olha... Não sei o que a gente vai ficar fazendo aqui esse tempo todo.” – ele disse.
“Nem eu. Tem alguma idéia?”
“Na verdade, várias.” – ele disse rindo.
“Pervertido!” – ela disse e deu um tapa nele. Ela acabou acertando o rosto dele. – “Desculpa .” – ela dizia enquanto tentava tocar o rosto dele novamente.
“ pára. Meu rosto tá aqui.” – ele pegou a mão dela e colocou sobre seu rosto.
“Desculpa.” – ela dizia acariciando as bochechas dele.
“Tá tudo bem.”
“Me desculpa por tudo.”
“Desculpo.”
“Por ter brigado com você. Por ter falado que não tinha significado nada. Desculpa.”
“Tá tudo bem .”
“Desculpa. Desculpa.” – ela estava com os olhos marejados e pela voz sabia que ela podia começar a chorar.
“, tá tudo bem.” – ele disse pegando na mão dela.
“Você significou muito pra mim, mas muito mesmo.”
“Shhh...” – ele disse tentando encontrar o rosto dela com as mãos.
“Aqui.” – ela disse pegando a mão dele e colocando no seu rosto como ele tinha feito com ela.
“Não precisa se desculpar, eu sei que você disse tudo da boca pra fora.” – ele disse rindo.
“Não tem graça . Eu me senti culpada.”
“Não precisava. Posso te abraçar?”
“Pode... Ham... Fica de joelho.”
Um tempo depois, muitas batidas de cabeça e mais coisa caídas no chão, eles conseguiram ficar de joelhos. passou as mãos em volta da cintura dela e ela as mãos em volta do pescoço dele. Ele puxou ela de vagar pra perto dele tomando cuidado pra que não batessem as cabeças. apoiou o rosto no ombro dele e acariciou os cabelos dela.
“Posso te falar uma coisa?” – perguntou.
“Se não for estragar o momento pode.”
pensou um pouco e mudou de idéia. Não ia falar, ia fazer.
“Desistiu de perguntar?”
se afastou um pouco de e procurou seu rosto com as mãos, dessa vez foi mais fácil de encontrar. Ele colocou as mãos em volta do rosto dela e puxou seu rosto pra perto dele.
“, esse é meu nariz.” – ela riu.
“Ops...”
encontrou os lábios dela e fez o que ele mais queria fazer. A beijou. Foi um beijo sem culpa, sem medo. Conforme o beijo se prolongava puxava mais pra perto de si. Ele encostou as costas na porta, o único lugar onde não tinha prateleiras. Ele virou fazendo com que ela ficasse com as costas na porta e cada vez mais ele prensava ela contra a porta. Ele empurrava com tanta força contra a porta que a porta acabou abrindo e ela caiu no chão.
“Ai minha cabeça.” – disse massageando a cabeça. Do lado de fora da despensa já dava pra ver melhor que lá dentro.
“Nossa , desculpa.”
“Vai ficar um galo.” – ela disse chorosa.
“Vem, vou colocar gelo.” – levantou e estendeu a mão pra ajudar a levantar.
se sentou no balcão da pia enquanto foi pegar gelo no freezer. A cozinha estava mais iluminada porque colocaram velas por lá também. enrolou o gelo numa toalha de pano, tudo sob o olhar de . Ele andou até ela e se encaixou entre as pernas dela.
“Onde foi?” – ele perguntou.
“Aqui atrás.”
encostou a toalha gelada na cabeça de e ela fechou os olhos.
“Tá doendo?” – perguntou preocupado.
“Não, tá gelado!”
Eles ficaram um tempo somente se olhando. Á muito tempo eles não faziam uma coisa assim, sem se sentirem culpados, nem vigiados, nem preocupados. Agora, naquele momento, eram só e , e .
“MEO DEUS!” –
“Credo mulher! Quer me matar de susto?” – virou pra , assustado.
“Você a tão com a boca vermelha!” – não conseguia esconder a felicidade.
e se olharam e depois ficaram vermelhos de vergonha ao perceber que a amiga estava certa.
“Que gritaria é essa?” – apareceu na cozinha com os cabelos bagunçados.
“Vocês estavam dormindo?” – perguntou ¬¬’
“E vocês estavam se amassando!” – gritou de novo abraçando que ainda não tinha entendido porque tanta felicidade vinda da .
“Grita mais baixo !” – apareceu na cozinha.
“A e o estavam na dispensa.” – ela sussurrou.
“E daí? Isso todo mundo já sabia.”
“E daí, que eles ESTAVAM na dispensa.” – repetiu a frase fazendo gestos exagerados com as mãos.
“ESTAVAM na dispensa?” – perguntou surpresa.
“ESTAVAM!” – respondeu.
“Ooooo... ESTAVAM na dispensa.” – repetiu.
“Que gritaria é essa aqui?” – Flah, Jubs e Karol apareceram na cozinha.
“Jesuis! Tomara que não venha mais ninguém.” – afundou o rosto no ombro de que ainda estava entre as suas pernas, mas dessa vez virado pra frente.
“Reunião na cozinha?” – , e chegaram logo após.
“Falei cedo de mais...”
“! Adivinha!” – gritou.
“Adivinhar o que?”
“O que a gente ta fazendo aqui...” – deu de ombros.
“Ah... Brigadeiro?”
“Chocólatra!”
“A e o ESTAVAM na dispensa!” – repetiu os mesmo gestos.
Foi só a falar que todos começaram falar sobre o ‘ESTAVAM na dispensa’ de e .
24º capítulo
Parecia cena de filme, daqueles onde um detetive colocava o culpado numa salinha escura iluminado apenas por uma lâmpada. Pois é. Fizeram e sentarem e começaram a conversar sobre aquele ESTAVAM na dispensa dos dois. Faziam brincadeiras, falavam os prós e contras daquilo, enquanto e só riam da situação. Nunca esperavam que os amigos reagissem assim. Pra e o que tinha se passado era não era mais um daqueles beijos que eles davam escondido, aquilo que aconteceu na dispensa, podia ser o começo de algo totalmente novo.
“Então... Agora que vocês tiveram tudo o que queriam saber, a gente pode dormir?” – perguntou querendo sair o mais rápido possível daquela situação.
, que foi a responsável por todo o muco-vuco da cozinha pensou um pouco e disse que podiam ir dormir. Não demorou muito pra estarem todos aglomerados em cima de colchões na sala, ainda se perguntavam como conseguiam dormir daquele jeito.
“?” – cochichou.
“?” – ela respondeu.
“Ta acordada?”
“Não. E você?”
“Não...”
Já era quase de manhã. O sol estava quase nascendo e os dois não conseguiam dormir. A noite passada tinha realmente mexido com eles, de todas as formas.
“A gente pode, ir pro seu quarto?” – perguntou no mesmo tom de voz que antes.
“Ham... Pode.”
se levantou e ficou esperando que fizesse o mesmo.
“Você pode levantar o de cima de mim?” – ela perguntou.
ajudou a tirar de cima dela e logo depois subiram até o quarto dela. Deitaram na cama, um do lado do outro. Não precisava de luz, parecia que a chuva tinha passado e os raios do sol que ainda nascia tentava iluminar cada parte da casa.
“Então, o que vamos fazer aqui?” – perguntou curiosa.
“Passar o tempo.” – ele respondeu virando o rosto pra ela que olhava pro teto.
“O que vai acontecer com a gente?”
“O que?”
“O que vai acontecer agora? Com a gente? Vamos continuar amigos e fingir que o acabou de acontecer foi mais um nada na nossa vida? Vamos... Vamos fazer o que?” – ela se virou pra ele tentando obter alguma resposta. Agora os rostos estavam próximos de mais. “O que você quer fazer?”
“Eu quero... Quero ter você de volta. Quero voltar naquele momento, dois anos atrás, antes de você ir pro Brasil, viver aquele momento novamente. Lembrar como era ter você do meu lado dizendo que tudo ia ser pra sempre.”
“Nada é pra sempre ...”
“Mas eu quero que seja.” – o olhar dele era verdadeiro. sentia como cada palavra que ele dizia penetrava nela e fazia com que o corpo dela todo estremecesse. “Eu quero namorar você.”
Namorar. nunca pôde namorar alguém. Não do jeito que ela pensava que seria. No momento em que disse que queria namorar ela, vária coisas passaram pela sua cabeça. Perguntas. Prós e contras. Momentos. Será que seria bom ela viver aquelas duas semanas, sendo que seriam vários meses? Por que ela estava se perguntando aquilo? Não é o que ela queria?
viu ficar corado e virar o rosto. Ele olhava pro teto com cara de quem devia ter dito nada. abriu um sorriso. Fazia tempos que não via daquele jeito. Ela se inclinou um pouco pra perto dele até ficar com a boca a poucos centímetros da boca dele.
“Vamos fazer isso direito agora.” – ela disse e abriu aquele sorriso que só ele sabe dar.
passou a mão pela nuca dela levando o rosto dela pra mais perto do seu. Beijaram-se sem vergonha, sem culpa, sem preocupações, porque agora, eram namorados.
acordou cedo. O sol estava de matar, estava um calor horrível. Como o tempo pode mudar tão rápido assim? Ela foi logo botando um short, o primeiro que encontrou. Antes de descer pro café, deu um beijo em , que ainda dormia. Ficou olhando ele por mais alguns minutos, até que ele soltou um ronco e ela resolveu sair dali antes que começasse a rir.
Pra sua sorte, ou não, já estavam fazendo o café da manhã. Todos já estavam acordados e trabalhavam bastante pra que tivessem um café da manhã maravilhoso.
“Pensei que eu seria a primeira a acordar.” – falou assim que entrou na cozinha.
“Esqueceu como os meninos roncam?” – perguntou com cara de sono.
“Não... Acabei de ouvir um ronco lá em cima.” – pronto. Foi só falar aquilo que todas as meninas olharam pra ela com cara de quem quer saber mais.
“Então?...” – perguntou e um sorriso foi nascendo no rosto dela.
“Então?” – perguntou assustada. As amigas estavam dando medo nela.
“Você e o ?” – Flah perguntou dando mais pistas do que queriam saber.
“Eu não vou dizer nada sem ele do meu lado. Então virem-se e façam logo esse café da manhã que eu to com fome.”
“Abusada!” – Karol disse e se virou pra terminar de fazer o que estava fazendo.
“Pronto... Ele tá do seu lado.” – solta no meio do café da manhã fazendo se engasgar com o leite que tomava.
“Que tem eu?” – perguntou depois de perceber quem estava do lado de .
“Segredo.” – disse.
“Elas querem saber o que aconteceu com a gente.” – explicou pra depois de ver a cara de quem não tava entendendo dele.
“Namorados.” – abriu aquele sorriso [n.a.: LINDO *-*] e passou um braço por cima dos ombros de .
“Namorados?” – Flah perguntou pra confirmar.
“É...” – deu de ombros.
“Não sei por que demoraram tanto!” – disse.
“Okay okay! Mas agora não tem volta!” – disse olhando nos olhos de .
“Que amor!” – Jubs disse.
Terminaram de comer o café, limparam a cozinha e ficaram na sala assistindo a algum filme. Ter um filmemaniaco entre os amigos dava nisso. O bom é que os filmes eram ótimos, se não, coitado do .
“Então... Está na hora de ir embora. Mamãe ta com saudade.” – disse se levantando do sofá.
“Falando em mamãe. Como está a nossa mamãe?” – se virou pra que estava deitada junto com no sofá, num aperto gostoso danado!
“A mamãe aqui vai estar morta amanhã porque vai dar a noticia ao mundo. E, na segunda, tenho médico.” – disse.
“Você consegue . E não vai morrer porque eu quero meu sobrinho primeiro!” – disse fazendo todos rirem.
“Okay então, vou indo. Carona?” – ofereceu.
E, como de costume, todos resolveram ir junto com , não deixavam nenhuma caroninha passar. Tinham marcado de ir tomar sorvete mais tarde, á noite. O clima tinha ficado bom e um sorvete ia ser muito gostoso naquele tempo.
“Tá pronta?” – ia dar carona pra até a sorveteria.
“Pra quê?” – estavam no telefone.
“Pra tomar sorvete! Esqueceu?” - ¬¬
“Ah... É mesmo... Vou tomar banho.”
“Te dou vinte minutos!”
“Tá bom mãe. Beijo.” – e desligou.
“Não sei você, mas eu adoro essa musica!” – disse aumentando o volume do rádio no carro da . tinha gostos muito estranhos. Misturava doce com salgado, chiclete com bala, melão com uva, sertanejo com rock. No rádio, por exemplo, estava tocando a música do AFI, Miss Murder. cantava alto junto á musica, até quando era só instrumentos tocando.
“Você endoidou mulher!” – ria da amiga.
De dentro da sorveteria dava pra escutar o som da música vindo do carro de quando ela parou em frente. e saíram do carro ainda cantando Miss Murder, o que fez todos da sorveteria olharem pra elas.
“Digam que elas não estão vindo pra esse lado!” – escondia o rosto de vergonha das amigas.
“Chegamos!” – elas disseram juntas quando pararam na frente da mesa.
“A gente ouviu.” – disse rindo.
“A gente e a sorveteria toda.” – completou.
“Ah vai... A gente não cantou tão mal assim...” – disse sentando-se ao lado do namorado.
“Não... Mas eu ainda prefiro vocês quietinhas.” – disse e e deram língua.
“Então... Já pediram?” – estava doida pra tomar sorvete.
“Não, estávamos esperando vocês.” – disse sorrindo.
“Okay okay, estive pensando...” – começou.
“Pensando?” – , e perguntaram ao mesmo tempo.
“Sobre a propaganda que íamos fazer do McFly, então, eu fiz uns panfletos. Olhem.” – ignorou o que foi dito pelas amigas antes e tirou da bolsa um envelope cheio de panfletos, onde tinha uma foto dos meninos, junto com data e hora marcada pra um show...
“NUMA CHÁCARA?” – perguntaram juntos.
“É, andei conversando com meu pai, que achou legal a idéia. Tem um barracão onde costumamos fazer as festas, tem um lugar que dá certinho pra um palco, cabe bastante gente. É um ótimo lugar. Isso se vocês quiserem.” – explicou.
“, já disse que te amo?” – disse dando beijinhos na namorada.
“Na verdade, todo dia você diz isso.” – ela disse pra si mesma.
“Então agora, é só correr atrás de iluminação e caixa de som e...” – começou a falar, mas foi atrapalhado quando quase jogou a no colo dele. – “Dá licença? Estamos tentando fazer uma coisa civilizada!”
“Desculpa.” – se sentou direito.
“A gente vai atrás.” – disse.
“Do que?” – perguntou.
“Das caixas de som.” – disse rindo.
“Então tá combinado. Amanhã mesmo a gente sai pra ver tudo isso.” – disse e logo depois levantou correndo até o balcão.
“Ela ficou doida?” – perguntou pras meninas. Logo depois foi a vez da sair correndo até o balcão.
“Acho que não...” – começou a dizer e foi à vez da sair correndo até o balcão.
“Elas beberam alguma coisa antes de vir pra cá?” – perguntou confuso.
“Você não vai não?” – perguntou pra que continuava sentadinha no mesmo lugar.
“Fazer o que?” – ela perguntou confusa.
“VÃO FICAR ESPERANDO O SORVETE CAIR DO CÉU?!” – gritou e saiu correndo até o balcão junto com as amigas.
“Além de chocólatras, também são... Taradas por sorvete!” – disse rindo.
Após uma longa espera pelo sorvete, segundo e , finalmente o sorvete chegou. As primeiras colheradas foram silenciosas, ninguém dizia uma palavra, hora de comer pra eles tinha que ter muita concentração. Não durou muito porque acabou pegando metade do sorvete da com a sua colher.
“Hey! Isso não é justo!” – reclamava.
“É muito mais que justo.” – falava de boca cheia.
“Só por que você terminou o seu?”
“Eu não terminei. O meu tá ruim.”
“O seu é igual o meu.” ¬¬
“Ah... Mas o seu tá mais gostoso. Troca comigo?”
“Troco.”
pegou uma colherada do sorvete de e fez uma careta.
“Eu disse que tava ruim.” – disse vitorioso.
“Ah, nem vem, eu quero meu sorvete de volta!”
“Eu divido com você. Só pra não dizer que eu sou malvado.”
“Eu aceito.”
colocou o potinho de sorvete dele, que antes era da , no meio dos dois. Enquanto eles ‘comiam’ o sorvete eram observados pelos olhos de . Aquilo tava dando até medo.
“Que foi?” – perguntou pra ela.
“É que é tão lindo vocês tomando sorvete juntos.” – disse com um sorriso no rosto.
“É coisa de grávida, liga não.” – disse voltando a tomar seu sorvete.
“E cadê a Flah, a Jubs e a Karol?” – perguntou.
“A Phoebe chegou em casa ontem com meu pai. Então ela pediu pras meninas passarem o resto do dia com ela, antes delas irem viajar.” – explicou.
“Elas vão quando?” – perguntou.
“Vão amanhã.”
“Mas já?” – perguntou fazendo biquinho. As meninas tinham ficado pouco tempo, mas tornaram-se amigas rapidinho.
“É... Fazer o que né?”
Quilos de sorvetes depois, eles decidiram ir pra casa. A mulher da sorveteria estava doida pra fechar e eles não paravam de comprar sorvete. Isso sim que eram tarados por sorvetes.
“, quer que eu te leve pra casa?” – perguntou pra namorada.
“Quero.” – ela deu um sorriso. Ainda não estava acostumada com a idéia de ser namorada de , mas estava gostando. era... Ele era... Tudo que ela sempre sonhou.
“Então, quando você vai tocar pra mim de novo?” – perguntou no caminho de sua casa.
“Amanhã, no nosso encontro.”
“Encontro? Amanhã?” – ela perguntou surpresa.
“É por quê? Tem compromisso?” – perguntou assustado.
“Deixa-me ver na minha agenda.” – fingiu pensar um pouco e demorou um pouco pra responder, deixando tenso. – “Na verdade, eu tenho um compromisso amanhã.”
“Ham... Posso saber com quem?”
“Ah, sabe né. Um cara aí quer sair comigo, pra tocar uma musica pra mim.”
“Ele é bom?” – entendeu que ela estava dele.
“É, bom até de mais.”
“Ele vai te buscar que horas? Às oito?”
“É, e disse sem atrasos.”
“Então não vai dar mesmo pra gente sair amanhã. Que pena.” – disse estacionando o carro na frente da casa da .
“Que pena.”
“Te pego as oito.”
“Sem atrasos.” – ela se despediu de com um beijo que o deixou sem fôlego. Antes de entrar em casa, ela mandou um beijo no ar pra ele o que fez ele ir pra casa com um sorriso de uma orelha a outra.
“Tava na hora.” – conversava com pelo telefone. Já eram mais de três da madrugada e elas estavam no telefone.
“Não exagera .”
“É sério . Vocês foram feitos um pro outro. Só que tava demorando pra vocês perceberem isso.”
“Tá, tá. O fato é que, eu tenho um encontro com ele amanhã.”
“Usa camisinha.”
“HÁ-HÁ! Engraçadinha. Nada desse tipo pode acontecer hoje.” – disse.
“Por que não?”
“Ainda não estamos no mesmo nível que você e o .”
“Você que está muito engraçadinha hoje.”
“Então... Como anda você e o ?”
“Bem. Sabe né.”
“Não sei, não.”
“Ah, o nunca me convidou pra um encontro. Mas ele faz coisas lindas pra mim. Escreve musicas. Liga pra mim só pra ouvir minha respiração, como ele mesmo diz. Mas, sempre falta alguma coisa.”
“Dá o primeiro passo.”
“Não, isso são os homens que tem que fazer.”
“Então, não vai dar nem uma indireta.”
“Não sei... Não sei...”.
As amigas ficaram um tempo em silencio. Naqueles momentos o que se tinha a fazer era dar um tempo pra outra pensar no que estava fazendo.
“Vou desligar. Bateu o sono agora.” – disse.
“Agora? Eu tava quase dormindo já.”
“Boa noite senhora .”
“Boa noite senhora .”
“Beijo.”
dormiu feliz. A noite passada tinha sido ótima. Sorvete com os amigos e um encontro marcado com . , por sua vez, demorou pra pegar no sono. Percebeu o que estava faltando no seu relacionamento com . Estava faltando paixão, emoções. Nunca tiveram isso.
“ACOOOOOORDAAAAAAAA!!!!” – as amigas gritaram pulando em cima de . Marcaram de se encontrar na casa dela antes de sair procurando lugares onde se alugavam luzes e equipamento de som. O necessário pra um show bem feito.
“Suas gordaaaaaas! O que estão fazendo aqui?” – perguntou colocando um travesseiro na cabeça.
“A gente vai alugar os negócios pro show. Esqueceu?” – explicou pra amiga.
Depois de alguns minutos tentando tirar da cama e fazendo ela se trocar rápido as meninas já estavam nas ruas procurando lugares pra se alugar as coisas que precisavam.
Foi um dia divertido, cheio de brincadeiras, voltaram a ser aquelas amigas de colégio que eram antes.
25º capítulo
Os meninos marcaram de se encontrar as meninas no lugar que iam fazer o show logo mais no final da tarde. As meninas já tinham levado tudo o que alugaram pro barracão e estava tudo no seu devido lugar quando os meninos chegaram. As meninas estavam conversando sobre que decoração colocar no palco quando os meninos chegaram.
“Esse lugar está lindo.” – disse abraçando .
“Ainda bem que gostaram.” – disse recebendo um beijo de
“Mas ainda não está pronto.” – disse sentando no colo de .
“Não? O que está faltando?” – perguntou sentando ao lado de .
“Está faltando a decoração. O que vocês acham que ia ser legal?”
“Ahm... Não tinha pensado nisso antes.” – falou pensativo.
“É melhor deixar as meninas escolherem.” – disse.
“Concordo!” – disse logo em seguida.
“Folgados.” – bufou.
“Isso é porque confiamos em vocês lindas.” – disse dando um beijo no pescoço de .
“Tá, tá. A gente pensa... Mas podem ir ensaiando já.” – disse.
Dois dias depois aquele barracão lotou de gente. Amigos, conhecidos, familiares. Todas as pessoas que ouviram falar na banda. Um primeiro show dos meninos e já tinham todo aquele apoio. Foi ótimos pros quatro.
As meninas, como sempre falava, tinha deixado o barracão com outra cara. Uma coisa mais praia, mais havaiana. A decoração estava ótima. Os meninos nem viam a hora de subir naquele mini-palco e tocar as musicas que eles mesmos tinham escrevido. Ia ser um grande passo pro McFly.
As meninas se posicionaram na frente do palco. Queriam guardar toda imagem possível pra depois se lembrarem de tudo com carinho. Os meninos subiram no palco com um sorriso enorme. Tocar pra um público grande ou não era sempre ótimo. O importante era a musica. apresentou o nome da banda e falou sobre a primeira musica que ia tocar. All About You.
Horas depois, músicas depois, brincadeiras e declarações depois, o show estava terminado. Foram aplaudidos até todos saírem do palco. Com certeza o show ficaria na memória de todos. Numa cidade pequena, o que acontece de grande como aquilo, era difícil de ser esquecido.
Bom, depois de terem o barracão só pra eles, tomaram um pouco de álcool, não tanto porque sabiam que ainda tinham que dirigir pra casa.
“Quer carona pra casa?” – perguntou á enquanto iam todos se preparando pra ir embora.
“Hum... Tem certeza que está podendo dirigir?”
“Totalmente.” – ele disse rindo.
entrou no carro de seu namorado e ele entrou logo em seguida, dando um beijo na namorada antes de dar partida no carro. Foram falando sobre o show durante o caminho todo.
“Bom... Está entregue.” – disse assim que pararam na frente da casa de .
“Obrigada pela carona.” – ela agradeceu e se inclinou pra darem o beijo de boa noite.
a observou enquanto ela ia até a porta de sua casa. Rodou a chave na fechadura e entrou. estava cansada de mais e os acontecimentos de dias atrás ainda mexiam com ela. Estava pronta pra subir as escadas até seu quarto quando alguém bateu em sua porta.
“Mas quem será a essa hora?” – ela perguntou a si mesma enquanto ia abrir a porta sem muita vontade.
“Oi.” – apareceu sorridente.
“Oi .”
“Não está feliz em me ver?”
“Na verdade estaria mais feliz se estivesse na minha cama agora.” – ela fez cara de quem não havia gostado.
“Então tá, me troque pela sua cama.” – já estava saindo quando gritou seu nome.
“Mudei de idéia.” – ela disse com um sorriso.
“Bom pra você.” – ele disse sorrindo mais ainda.
“Então... O quer comigo?”
“Quero namorar contigo.”
“Mas pensei que já estávamos namorando.” – não tinha entendido a pergunta.
“Estamos. Mas queria que você soubesse que isso é importante pra mim então...” – procurou alguma coisa no seu bolso. “Eu comprei isso.” – ele tinha em mãos um anel prateado. Não era grande coisa, afinal estavam só namorando, não casando, mas mesmo assim abriu um sorriso maior do que sabia que conseguia.
“Um anel?”
“Assim todo mundo fica sabendo que eu sou só seu...”
“E que eu sou só sua.”
ficou tão feliz a ouvindo dizer aquilo que a puxou pra um abraço apertado. Era sorte de mais encontrar uma garota como ela. Bonita, inteligente, que mexia com ele em todos os sentidos e sabia exatamente o que ele queria dizer.
“Isso é só o começo.” – disse antes de dar um beijo em sua namorada que agora era namorada ‘de verdade’.
“Te amo.” – ela sussurrou.
“Te amo mais.”
THE END!
Agradecimento::
São vária pessoas que me ajudaram, que me cobraram, que brigaram comigo. Mas adorei fazer essa fic, é uma coisa que eu já estava querendo fazer faz tempo. Agora que essa terminou, outra está por vir. Agradeço á minha mãe, porque assim que eu mostrei a minha fic no site ela ficou tão contente que disse que ia imprimir pra fazer um livro. As meninas que me ajudaram com o script, a Marry, a Jubs, a Karol. A Karol que ganhou uma parte dela na historia e a Jubs e Flah entraram de gaiato uahsauhsauhsauhs xD.
A Helen, a Isa e a Yuka que gostam de McFly tanto quanto eu. Ham... E claro né! Ao McFly. Danny, Dougie, Tom e Harry. Então acho que é só...
Obrigada a todos que leram também.
CREDITOS FINAIS
ESCRITORA
Natalia Yumi Tamura
DIRETOR GERAL
Natalia Yumi Tamura
DIRETORA
Natália Tamura
APOIO
Marry
Karol
Jubs
Flah
Isa
Helen
Yuka
Renato
Renan
Fernando
Hugo
PATROCÍNIO
Moranguinho
Foroni
Bic
8ª série do MMC
Mamãe
DIRETOR DE ANIMAÇÃO
Helen Yukari Setogutti
McFly
JUNTADORA DO ELENCO
Natália Tamura
Universal Studios ™
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