Uma Vida A Dois Inesperada
by Lu
betado por Pati

“Bora gente, agiliza aí! Mas será que não tem uma única vez que vocês não atrasem?”, gritou Fletch enquanto esperava encostado no carro.


“Ô Fletchzinho tchuchuquinho você não avisa com antecedência, você sabe que a gente precisa de tempo pra ficar ainda mais gostosos”, disse , passando o braço à volta do pescoço do agente deles.


“É ainda mais quando a gente tá indo pra uma sessão fotográfica”, completou ao ajeitar o cabelo no retrovisor lateral do carro.


“Eu avisei ontem criaturas metidas a Divas!”, gritou um Fletch impaciente.


“Não tô dizendo... Antecedência, Fletch, é a chave para o sucesso e não precisa ofender”, respondeu .


“Entrem logo no carro! E cadê os outros dois?”, perguntou Fletch.


“Queridas, cheguei!”, disse fazendo uma entrada, ou digo, uma saída triunfal pela porta de casa, com logo atrás rindo do amigo.


“Eu mereço...”, retorquiu Fletch.


“Bora nessa, Vanessa”, disse .


“Siga naquela Daniela”, respondeu .


“Entrem imediatamente!”, gritou um Fletch histérico.


“Ihihihih que espírito de porco da zorra!”, riu .


“Prontos?”


“Yes Sir!”, gritaram os quatro dementes.


“Espírito de porco...eu mostro o espírito de porco...”, resmungou Fletch, enquanto tentava se concentrar na estrada, coisa difícil pra quem só ouvia berrinhos histéricos durante a viagem.


“Gente tive uma idéia!”, gritou .


“Ihihih lá vem besteira, pra não dizer meleca...”, disse .


“Bora cantar «Row Your Boat»?”, perguntou , ignorando o comentário do amigo.


“Bora!”, gritaram os outros três.


“1, 2, 3...”, contou .
“Row
(Reme)
Row
(Reme)
Row your boat
(Reme o seu barco)
Gently down the stream
(gentilmente pelo riacho)
If you see a crocodile don’t forget to scream
(Se você vir um crocodilo não se esqueça de gritar)
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHH”, cantaram juntos.


“De novo, de novo!”, disse imitando uma criança.


“Não bora cantar outra”, sugeriu .


“Alguma em mente?”, perguntou curioso.


“Hmmm que tal...«I Believe I Can Die»?”


“Gostei…1, 2, 3”, disse .


“I believe I can die
(Eu acredito que posso morrer)
I was shot by the FBI
(Fui atingido pelo FBI)
All I wanted was a chicken wing
(Eu só queria uma asa de galinha)
So I went to burger king
(Por isso fui no Burger King)
Then the stupid police came
(Mas depois a policia apareceu)
And I was rescued by my niece…
(E eu fui salvo pela minha sobrinha)”, cantaram todos no ritmo da música «I Believe I Can Fly»


“Chegamos!”, gritou Fletch interrompendo a cantoria.


“Estraga prazeres”, resmungou .


“Bora coração”, disse abraçando .


“Traíra”, fungou .


“Suruba!!”, gritou , entrando no prédio.


“Você se diverte sabendo que o meu ex-amor está se atracando com outro? Não brinque assim comigo”, disse fazendo bico.


“Vocês são estranhos”, disse Fletch, deu língua e ele completou, “Besta…”


“Besta é cesta, sapo é gia, brinco com você mas não lhe dou ousadia” rebateu .


“Vão se arrumar”, ordenou Fletch, mudando de assunto.


“Ok”, disse um escandaloso, se retirando com o resto do grupo.


“Animados eles…”, disse uma voz atrás de Fletch.


“E como…Você deve ser a fotógrafa ”, constatou Fletch.


“É, sou eu mesma, ”, disse estendendo a mão.


“Então como você pediu estou indo, boa sorte aí com as pestes”, disse Fletch indo embora.


“Vazio isso aqui”, disse entrando depois de uns minutos.


“Eu prefiro trabalhar assim”, disse , atrás do menino, que se virou ao ouvir a voz da menina. Ele tentou proliferar algum som, mas era inútil, ele não tinha como se concentrar quando olhava pra figura que se encontrava à sua frente.


“Oi você tá bem? Eu sou a , mas pode me chamar de e eu vou ser a sua fotógrafa”


“Oi tudo ótimo, eu sou o…”


, é eu sei”, respondeu , com um sorriso, encantador na opinião do menino.


“Amooooooooooor como estou?”, perguntou enquanto dava uma voltinha para , mas nem deixou o menino responder, pois dirigiu-se logo para quando notou a presença da mesma e lhe dirigiu a palavra dizendo, “Oi como vai eu sou o…”


e também sei que vocês aí atrás são o e o ”, respondeu ao ver que os outros dois tinham entrado”


“Oi”, disseram os dois.


“Bem como eu já disse ao , o meu nome é mas podem me tratar por , e eu vou ser a sua fotógrafa e vou logo dizer que estamos os cinco aqui sozinhos porque eu prefiro não ter mais ninguém quando fotografo”, disse .


“Ah tá”, disse , enquanto os outros três assentiam.


“Bem vamos começar?”, sugeriu , “Oh ali tem uns brinquedinhos, umas bolas e mais umas quantas coisas que atraem o sexo masculino, se divirtam brincando com isso e esqueçam que eu estou aqui”. Eles fizeram como ela tinha pedido e se abstrairam completamente da menina e dos flashes da máquina, menos , que apesar de não dar a entender, e de se fingir ocupado com um carrinho com controle remoto, não conseguia parar de pensar no sorriso da menina.


Algumas (muitas) fotos mais tarde disse, “Pronto meninos já está, as fotos ficaram ótimas, obrigada pela paciência de vocês”


“Que nada eu até já tinha esquecido”, disse


“É”, disseram os outros, menos . Ao ver isto virou-se para o amigo e susurrou-lhe no ouvido, “convida ela pra dar uma volta, o Fletch disse que a gente tinha o resto do dia de folga mesmo”.


“Acho que vou fazer isso, valeu ”, disse .


“Na boa, você sabe que eu te conheço tão bem como a…”, respondeu o amigo.


“É melhor nem continuar que a gente sabe que você tem um péssimo sentido de orientação”, disse rindo e se afastando em direção a , que guardava o material usado anteriormente, numa mochila.


“Oi”, disse o menino.


“Oi, precisa de alguma coisa?”, perguntou simpática enquanto levantava a cabeça para olhar para .


“Na verdade eu só queria, te convidar pra dar uma volta comigo, tomar um café ou até…”


“Eu adoraria, mas eu tenho que tirar uma fotos pra um trabalho. Só se você fosse comigo…”


“Eu não ia te atrapalhar?”


“Não que nada até que seria legal, tipo eu tenho que tirar fotos da cidade, ou seja, vou tar dando voltas por aí mesmo”


“Ah tá, então está pronta?”


“Tô, mas você não vai avisar os meninos?”


“Eles já foram”


“Ah tá, então ‘bora”, disse e eles começaram a andar para fora do prédio.


“Mas e aí me fale sobre você…”, disse .


“Ah não tem muito pra falar não, eu tirei o curso de fotografia e agora exerço a profissão que eu tanto amo”


“Pô pra falar assim você deve gostar muito do que faz mesmo… Quer dizer, você acabou de dizer que ama... Comentário besta. Mas porque é que você gosta tanto de fotografia?”, ele disse e riu


“Ah sei lá, acho que é o ‘poder’ que eu tenho de tornar um momento eterno, inesquecível”, disse enquanto batia uma foto de um homem de mãos dadas com uma menininha que olhava atentamente pra um sorvete que se encontrava na sua mão livre, enquanto o homem olhava com ternura pra ela.


“Posso te fazer uma pergunta?”


“Lógico”


“Porque é que você queria distrair a gente durante a sessão, nenhum fotógrafo nunca fez isso, eles só dizem pra a gente fazer pose e a gente faz”


“Isso é porque eu prefiro fotografias naturais, quando as pessoas não estão esperando. Não gosto que pareça artificial, a beleza da fotografia é poder captar a essência de um momento, não induzir uma essência num determinado momento... Preferi pegar vocês desprevenidos”


“Sei, como você fez com aquele homem e a menininha…”


“É, achei um momento fofo, acho que das fotos que eu tiro na rua as mais legais são as de pessoas e atos que passam e acontecem diariamente e que nos passam ao lado sem a gente dar importância, como foi o caso desse homem e da menininha. Eu adoro tirar fotos de pessoas falando ao telefone, pedindo direções a outra pessoa, a cumprimentar outra pessoa ou se despidir dela, ou até mesmo amarrar um sapato…Eu devo estar parecendo uma tarada né?”


“Não na verdade você só é apaixonada pelo que você faz e eu acho isso bonito e extremamente sexy”, ele fez cara de safado.


“Huhauhauha só você mesmo viu”


“É verdade, adorei a cara que você fez enquanto batia aquela foto ou qualquer outra enquanto a gente tava andando”, ele disse enquanto tirava uma mecha de cabelo da cara de .


“Desculpe me meter, mas eu vi que você tem uma máquina BEM grande aí eu acho que você é fotógafa…Você é fotógafa né?”, disse um menininho com uma máquina polaroid na mão. Era tão fofo o modo como ele tinha dificuldade em dizer a palavra «fotógrafa».


“É eu sou fotógrafa e você quer ser um também?”


“É eu quero, posso tirar uma foto de você e do seu namorado?”


“Pode”, respondeu , não deixando desmentir.


“Aqui oh…”, mostrou o menino.


“Qual o seu nome mesmo?”, perguntou interessado.


“Dylan, ah e eu tirei uma foto de vocês dois antes de eu falar com vocês, pode ficar com ela”, disse Dylan estendendo uma foto do momento em que retirava a mecha de cabelo da cara de .


“Ah obrigada”, disse .


“Dylan, bora meu filho deixa a moça em paz, ai meu Deus esse menino não pode ver ninguém com uma máquina na mão que corre logo atrás, me desculpem”


“Que nada, ele é um amor”, disse sorrindo.


“Dylan diga tchau pra a moça e pro moço”.


“Xau, obrigada”


“Xau Dylan”, disseram e , ao mesmo tempo.


“É você tem razão, fotos de momentos inesperados ficam lindas”, disse mostrando a foto que Dylan tinha tirado.


“Ele vai ser um bom «fotógafo», vai até ter direito a botar o «r»”


“Melhor que você? Duvido”, disse pegando na mão de , “ ‘Bora comer alguma coisa”, propôs o menino.


“ ‘Bora”. Os dois entraram numa Starbucks do lado da onde eles estavam e se sentaram numa mesa. “Vou logo avisando que como muito devagar, por isso vamos ter bastante tempo para conversar, e o assunto escolhido para começar é você, me diga alguma coisa que eu não saiba”, disse .


“Alguma coisa que você não saiba...”


“Aham”


“Ok, o Brasil é o único país que tem o nome de uma árvore, o alface empacotado que você compra no mercado é lavado com cloro”


“O pequeno paralelogramo que se encontra em cima do seu lábio superior se chama filtrum”, disse resolvendo entrar na brincadeira.


“Cinco anos ou metade de uma década também se pode chamar de lustrum”


“Todos os estados na América têm uma cidade chamada Springfield”


“As tartarugas macho rosnam e as fêmeas sibilam”


“Diferença entre uma fruta e um vegetal? Fora do caule a fruta emadurece e o vegetal apodrece"


“Abra seus braços assim, e a distância da ponta do seu dedo do meio, até à ponta do outro é equivalente à sua altura”, disse abrindo os braços. [N/A: Como o Leonardo Di Caprio e a Kate Winslet fazem no Titanic. Exemplo estúpido, mas foi o único que eu lembrei]


“A distância do seu pulso até ao seu cotovelo é o tamanho do seu pé”


“As suas orelhas e o seu nariz nunca param...”


“de crescer”, disseram os dois juntos.


“Certo”, disse .


“Acho que somos todos Pinócchios ambulantes, e você ainda não me disse nada sobre você...”


“Acredite em mim a minha vida não é assim tão interessante.”


“Como não? Você também tem o seu emprego de sonho né?”


“Verdade, mas... Sei lá, acho que não é tudo, entende? Tipo, quando eu era mais novo eu sonhava em ter uma banda, atuar pra milhões de fãs, ver as pessoas cantando as minhas músicas, eu achava que quando eu conseguisse isso me sentiria completo...Mas agora eu vejo que falta qualquer coisa.”


“Sei, eu também sofro do mesmo mal, eu achava que quando eu saísse da casa dos meus pais, quando terminasse o meu curso, eu teria minha vida feita, mas também sinto que falta alguma coisa...”


“Tá vendo? Eu disse que a minha vida não era assim tão interessante...”


“Quem disse? Eu gostei de saber disso tudo, tô vendo outro lado de você que eu não poderia descobrir por nenhuma entrevista”


“Na verdade você não poderia vir a saber disso de mais ninguém sem ser eu mesmo, porque eu nunca me abri assim pra ninguém”


“Pô to me sentindo importante”


“Você pode me achar um louco mas, em menos de 24 horas você já ganhou muita importância pra mim”, disse , pegando na mão de , por cima da mesa.


“Obrigada, posso dizer que o sentimento é mútuo”


“Ainda bem, vem comigo?”, disse levantando da cadeira rapidamente.


“Pra onde?”


“Vem ou não?”


“Vou, mas pra onde é que a gente vai?”


“Surpresa, eu moro aqui perto a gente pega o meu carro e vai, pode ser?”


“Pode”. Passados alguns minutos chegaram na casa de entraram no carro e ele disse, “Vá, agora feche os olhos”


...”


“Vá por favor”


“Tá bem”, andaram durante uns quinze minutos até ela perguntar, “Até quando é que eu vou ter que ficar com os olhos fechados?”


“Até eu abrir os meus”, disse fazendo com que abrisse os olhos de repente e olhasse pra ele com uma expressão de medo, ao ver isto ele disse, “Epa! Feche os olhos”, fazendo com que risse.


Passado mais alguns minutos anunciou, “Chegamos”


“Já posso abrir?”


“Ainda não”, disse o rapaz saindo do carro e indo abrir a porta pra ela. Ele ajudou-a a sair e pôs as mãos na cintura dela, guiando-a com cuidado. Subiram escadas, ele sempre tendo muito cuidado com ela, e a própria não tinha razões de queixa, pois sentia-se segura perto dele.


, onde é que a gente está?”


“Pode abrir”


“Nem sei o que dizer, é lindo”


“Sabia que você ia gostar”, disse ao admirar a paisagem à sua frente. Paisagem essa da onde se podia ver Londres todinha, a cidade estava toda iluminada, afinal a noite já tinha caído.


“Só uma pergunta: onde a gente está?”


“Num velho prédio abandonado. É triste que ninguém more aqui, tem uma vista linda”


“Como é que você descobriu isso aqui?”


“Sabe que eu nem sei? Foi muito estranho, sei lá sempre que eu estava mal eu vinha pra cá”


“Hmmm sei... , porque é que você me trouxe aqui?”


“Porque, como eu já disse”, respondeu chegando perto dela e a abraçando por trás, “eu já te considero uma pessoa muito importante pra mim, e queria poder partilhar isso com você”


“Obrigada”, disse ao se virar pra encarar , ele não se aguentou e deu um beijo de leve nos lábios da menina, que ao perceber a situação se entregou e retribuiu o beijo, que foi se tornando cada vez mais intenso.


“De nada”, disse ele com um sorriso, após se separarem, “Pronta pra irmos?”


“Claro”, assentiu dando um selinho em . Eles seguiram pra casa dele.


, você acredita em amor à primeira vista ou em destino?”


“Não sei, por quê?”


“Porque eu acho que tô começando a acreditar”


“Bobo”


“Sério”, respondeu , chegando perto dela e a beijando. Uma coisa leva a outra e os dois já estavam no quarto dele retirando delicadamente, mas ainda com bastante vontade a roupa um do outro. Não preciso dizer o que aconteceu depois né?






2 ANOS E 4 MESES DEPOIS...

“Dude eu tô nervoso...”


“Calma meu amigo”


“Calma como é que eu posso ter calma? E se ela der uma de noiva em fuga?”


, ela te ama cara, relaxa”


“Você tá certo


, que eu saiba quem se atrasa é a noiva”, disse , com atrás rindo da piada do amigo.


“Muito engraçado vocês dois. ‘Bora eu já tô pronto”. Os meninos se posicionaram todos no altar esperando a entrada da noiva.


“É agora”, pensou . O seu pai a levou até à frente deu-lhe um beijo na cabeça, cumprimentou e disse, “Filha se você quiser fugir eu empato ele de ir atrás de você”


“Papai...”


“Tô brincando, cuida bem dela”


“Claro que sim Sr. ”, depois de o padre ter começado a cerimónia finalmente chegou à parte dos votos, começando por . “Bem acho que não preciso dizer que esse é o dia mais feliz da minha vida, vou me casar com o homem da minha vida, que me ajudou a entender que nunca se está sozinho, e que por mais que a gente tenha tudo o que sempre sonhou, isso pode não ser o suficiente. , depois que eu te conheci eu deixei de sentir aquele vazio, acho que as palavras que mais decrevem o que eu sinto por você são estas: eu te amo. Mas também sei que elas já se tornaram um tanto quanto banais já que você as ouve todo o santo dia, a toda a hora e como eu sei que você provavelmente vai dizer algo muito bonito eu queria aproveitar para completar recitando uma passagem da Primeira Epístola de S. Paulo aos Coríntios que diz:

«Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse Amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse Amor, nada seria. E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse Amor, nada disso me aproveitaria. O Amor é paciente, é benigno; o Amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece, não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O Amor nunca falha. Havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; porque, em parte conhecemos, e em parte profetizamos; mas quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. Quando eu era menina, falava como menina, sentia como menina, discorria como menina, mas, logo que cheguei a ser mulher, acabei com as coisas de menina. Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecida. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o Amor»

E é assim que eu vejo o nosso amor. eu te amo.”


, eu tenho tanto pra te falar, mas nem sei como me expressar, por isso, vou fazer minhas as palavras de um dos seus poetas preferidos, Carlos Drummond de Andrade:


«Falar é completamente fácil, quando se tem palavras em mente que expressam sua opinião.
Difícil é expressar por gestos e atitudes o que realmente queremos dizer, antes que a pessoa se vé.

Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias.
Difícil é encontrar e refletir sobre os seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado.

Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso.
E com confiança no que diz.

Fácil é analisar a situação alheia e poder aconselhar sobre esta situação.
Difícil é vivenciar esta situação e saber o que fazer.

Fácil é demostrar raiva e impaciência quando algo o deixa irritado.
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece, te respeita e te entende.
E é assim que perdemos pessoas especiais.

Fácil é mentir aos quatro ventos o que tentamos camuflar.
Difícil é mentir para o nosso coração.

Fácil é ver o que queremos enxergar.
Difícil é saber que nos iludimos com o que achamos ter visto.
Admitir que nos deixamos levar, mais uma vez, isso e difícil.

Fácil é dizer "oi" "como vai?".
Difícil é dizer "adeus".
Principalmente quando somos culpados pela partida de alguém em nossas vidas.

Fácil é abraçar, apertar as mãos, beijar de olhos fechados.
Difícil é sentir a energia que é transmitida.
Aquela que toma conta do corpo como uma corrente elétrica quando tocamos a pessoa certa.

Fácil é querer ser amado.
Difícil é amar completamente só.
Amar de verdade, sem ter medo de viver, sem ter medo do depois.
Amar é se entregar.
E aprender a dar valor somente a quem te ama.

Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência.
Acenando! O tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.

Fácil é ditar regras.
Difícil é seguí-las.
Ter a noção exata de nossas vidas, ao invés de ter noção das vidas dos outros.

Fácil é perguntar o que deseja saber.
Difícil é estar preparado para escutar esta resposta.
Ou querer entender a resposta.

Fácil é chorar ou sorrir quando der vontade.
Difícil é sorrir com vontade de chorar ou chorar com vontade de rir, de alegria.

Fácil é dar um beijo.
Difícil é entregar a alma.
Sinceramente, por inteiro.

Fácil é sair com várias pessoas ao longo da vida.
Difícil é entender que pouquíssimas delas vão te aceitar como você é e te fazer feliz por inteiro.

Fácil é ocupar um lugar na caderneta telefônica.
Difícil é ocupar o coração de alguém.
Saber que se é realmente amado.

Fácil é sonhar todas as noites.
Difícil é lutar por um sonho.

Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata.»

, tudo isso pra dizer que eu te amei desde o momento em que eu me virei e te vi naquela sessão fotográfica. Lembra daquela foto que o Dylan tirou? Não passa um dia sem que eu me lembre daquela foto e de tudo que a gente já passou juntos. Eu só queria dizer que você também me fez sentir completo e que esse não é o dia mais feliz da minha vida, sabe porquê? Porque desde o dia que a gente se conheceu que todos os dias da minha vida são os mais felizes. , eu te amo.”


“E eu vôs declaro marido e mulher, pode beijar a noiva.”, disse o Padre.



1 DIA DEPOIS...

...eu não acredito que você tá fazendo isso de novo”


“Ahh, vai a gente tá quase lá, feche os olhos...”


“Tudo bem”, passados alguns minutos...


“Pode abrir”


, eu não acredito”, disse abraçando o marido.


“Gostou, Sra. ? É todo nosso...”


“O quê? Eu não acredito...”


“Eu comprei o prédio e reformei”


“Mas por quê?”


“Por você, por mim, por nós dois, porque foi aqui que a gente se beijou pela primeira vez e porque eu sei que você amou a vista”


, você comprou o prédio...”


“Ah , só tem 3 andares mesmo”


“É, pouco né? Eu já te disse que te amo?”


“Acho que sim, mas pode dizer de novo”


“Eu te amo!”


“Também te amo


E foi assim, e viveram felizes para sempre, ok final besta, mas a verdade é que eles tiveram 3 filhos, Dylan, Marie e Jr. E realmente viveram felizes para sempre...Ah e como você já deve ter reparado o primeiro filho deles foi chamado de Dylan, em homenagem ao menininho da polaroid.

FIM



N/A: Bem essa fic foi escrita depois de ter visto vários filmes entre eles: Patch Adams, filme fodástico, First Daughter (tirei uma cena daí) e The Wedding Crashers; e de uma boa dose de conversa inútil numa sala com dois meninos e uma menina, acredite: só sai merda!! Bem, espero que tenham gostado até; porque eu fiquei até às 3h da manhã pra acabar, mesmo estando com sono! E pronto é isso! Beijos pra todas as pessoas que leram isso e que até perderam tempo lendo essa N/A bastante inútil... Isso foi uma piada tal como a minha vida amorosa...hauhauhuahua Tá, vou-me...fui.

N/A 2: VAI PASSAR PATCH ADAMS DE NOVO!! ok reduzo-me à minha insignificância

Outras Fics:
• Celebration Cards
• Uma Vida A Dois Inesperada

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