Vermelho é apenas uma cor, e eu tenho que me convencer disso. Hoje é dia sete de agosto, e a não ser que eu esteja muitíssimo enganada, não é dia de nada em especial. Quer dizer, não no resto do mundo, já que na empresa onde eu trabalho hoje é dia do Vermelho. Agora é a parte em que você se pergunta: Que tipo de idiota comemora o dia do vermelho? Ou melhor, quem foi a criatura abissalmente tola para criar uma festa como essa. E as duas perguntas são facilmente respondíveis por mim. Todos que trabalham aqui, e Mandy Correy. Sim, a loira com cara de eu-te-desprezo-porque-meus-scarpans-custam-mais-do-que-a-sua-vida, que por acaso é minha chefe. E hoje, ela revolveu que seria dia do vermelho? E sabe o que os outros disseram? OKAY. Ninguém nunca critica nenhuma idéia que saia daquela cabeça loira natural. Eu não deveria estar reclamando, eu adoro vermelho. Vermelho é vida pelo sangue, vermelho e força pela raça, vermelho é vitalidade e sabedoria, vermelho é nobreza...vermelho é paixão. Exatamente, e eu poderia estar curtindo a tal festa se eu não fosse uma zero a esquerda. Sério, meu nome é Holly e eu sou a secretária, da secretária da secretária da Mandy, e por isso estou nessa recepção ridícula, completamente sozinha, esperando para receber os convidados, e mostrar onde fica o elevador, como se eles não trabalhassem todos aqui.
- Toniiiiiiiight ...I'm gonna have myseeeeelf a real good time I feel aliiiive - Começei a cantar baixo, rabiscando qualquer coisa em um bloquinho que estava sobre a mesa, eu estava realmente entediada, e Freddie não me parecia nada mal naquela hora. - And the wooorld is turning inside ooout Yeah! And floating around in ecstasy...
A voz dele me faz bem, assim como essa música, é um grito abafado sem os trejeitos gays que todos acusam haver na voz dele. Eu não acho, eu acho que a voz dele é bem sexy, de verdade. Talvez seja só o fato de eu ser enlouquecida pelo Queen, talvez sejam os copos de Cuba que eu tomei, ou simplesmente a voz do Freddie é bem sexy. Falando em Cuba, quantos copos eu tomei mesmo? Ah, dane-se não importa mesmo. Me levantei segurando a caneta como se fosse um microfone, e eu uma grande estrela do rock, cantando enquanto acompanhava a melodia perfeita na voz do meu Freddie... Meu Freddie? Começo a achar que a bebida não me fez bem, definitivamente.
-I'm a shooting star leaping through the sky Like a tiger defying the laws of gravity I'm a racing car passing by like Lady Godiva I'm gonna go go go There's no stopping meeeeeeeeeee... - Berrei acompanhando o refrão enquanto fazia uma coreografia digna dos gêmeos do clipe da Kelly Clarkson, continuava viajando naquela letra, que no mínimo era bem interessante para se cantar quando estava-se acompanhado de alguém, o que não era o meu caso. Queria saber o que a minha chefe diria se me visse em cima da cadeira estofada, e vermelha, sem tirar os meus sapatos, imitando o jeito Queen de ser... sabe Queen me lembra Diva, Diva me lembra o comercial de sabonete e a música do Panic!At the Disco "Talk to the mirror, oh, choke back tears. And keep telling yourself that "i'm a diva!" "¹ , gosto dessa parte, segure as lágrimas, e diga a você mesma: Eu sou uma Diva. Bem saindo de Panic! e voltando ao Freddie ele continuava cantando animado, mesmo que tivesse morrido a um tempo bem considerável... grande Freddie.
- I am a sex machine...
- ... ready to reload Like an atom bomb about to Oh oh oh oh oh explode... - Ouvi a voz masculina cantando e saindo do elevador. Na mesma hora eu quase caí da cadeira,onde eu estava cantando feito uma retardada. Vermelho. Rouge. Red. Rojo. Bem eram todas as palavras que eu conhecia para designar a cor do meu rosto diante do cara mais lindo, que eu jamais poderia ter visto em toda a minha vida, ele continuou acompanhando a música, meio torto com a melodia, enquanto eu só sabia ficar mais vermelha. O música havia finalmente terminado, e o Freddie se fora, deixando comigo o estranho lindo.
- Você canta bem. - Ele disse sorrindo para mim, quando eu apenas consegui observá-lo por alguns segundos. Trazia uma caixa de chocolates, e um buquê de flores. Grande. Ele deveria ser o namorado de alguma das garotas que trabalhavam ali, e eu idiota, sonhando com os lábios finos que ele tinha... aliás, não só com os lábios.
- Você mente mal. - Respondi num riso completamente constrangido. Era o melhor que eu conseguia? Uma frase clichê de filme de comedia romântica? Patética. Se eu pudesse faria um L bem grande na minha testa naquele momento mesmo.. - Está aqui para festa,não é? O elevado...
- Eu sei onde fica o elevador. - Ele respondeu, me olhando como se eu fosse algum tipo de retardada mental, o que fazia sentido, já que o que separava o elevador social, do particular que levava a cobertura do prédio, onde a festa ainda acontecia, era apenas um corredor. - Eu não vou ficar, só queria deixar isso aqui com a Mandy.
OUW! Que soco na boca, de boa, de todas as mulheres que ele poderia estar procurando, tinha que ser justamente a Mandy. A única - e isso porque eu sou modesta - com quem eu nunca poderia competir de igual para igual. Claro, com um vestido da Dior exclusivo, e o cabeleireiro que custa um mês do meu salário, até eu seria irresistível feito ela. Merde. Ah! Está tocando Panic!, parece até que era combinado. Como assim aquela voz m a r a v i l h o s a do Brendon pergunta se era isso que ainda me fazia suar² , bem quando A cruza do Jensen Ackles e do Jared Padalecki estava bem na minha frente? Ai como o Urie é ingênuo.
- Claro, você pode subir e entregar a ela se você quiser. - Eu disse bem prestativa, sabe? Até com aquela vozinha de Telemarketing, só faltou usar o gerúndio.
- Ahh... - okay, ele pareceu um pouco decepcionado, parecia que não queria ver a Mandy, mas que tipo de homem não quer ver a Mandy? OMG será que ele é gay? Ai meu pai, que disperdício de homem... - Será que você não pode chamar ela aqui... Holly? - Ele perguntou, lendo o nome que estava na plaquinha sobre a minha mesa. Ele sorria lindamente, e não tinha como não reparar naqueles olhos profundos. Okay, eu nunca negaria qualquer pedido dele. Sabe quando a sua mãe dizia " E se ele pedir para se atirar da ponte...", bem eu me atiraria.
- Posso, mas pode demorar...acho que ela vai demorar pra descer... - Me desculpei por antecipação, não queria aquele cara de cara feia comigo, ele apenas deu os ombros e fez que não se importava. Puxei a cadeira, que antes era meu 'palco' , e me sentei indicando a cadeira logo a frente da mesa para que ele também se sentasse, naquela hora eu até serviria um cafezinho se ele quisesse. Peguei o telefone e disquei o ramal que era usado naquele dia na cobertura, mesmo que eu tivesse sido avisada para ligar somente em casos de extrema emergência, sabia que era o único jeito de avisar a ela.
- Hol? - Uma voz conhecida questionou do outro lado da linha. - Aconteceu alguma coisa?
- Eu mesma Anne...não não aconteceu nada não, mas você pode chamar a senhorita Correy? - Perguntei e ouvi ela rir do outro lado, nós costumávamos ser muito carinhosas com os apelidos da Mandy. - O senhor... desculpa, quem é você?
Perguntei idiotamente, ao rapaz que desde que eu havia pego no telefone, parecia manter os olhos fixos em mim. Ele se aprumou no lugar rapidamente, antes de me responder.
- , mas diga a ela que o está aqui. - Disse tranquilamente, voltando a sentar-se relaxado. Coloquei Anne novamente na linha, e disse exatamente o que ele havia falado, ", mas diga a ela que é o "... belo nome.Ouvi confusa a resposta dela, que apenas me dizia que a Mandy tinha saído correndo da festa, parecia ansiosa em encontrar o tal. Uma pena. Aliás, Mandy é nome de gente? Mandy é apelido que eu saiba. O nome de todas - exceto ela - é Amanda. Estranha.
- Ela já deve estar che... - Fui interrompida pelo furacão loiro que saia do elevador, vestindo naquele dia o novo modelo da Channel, vermelho sangue, com um decote generoso valorizando os novos seios, que ela havia posto no último verão, completamente colado ao corpo. Tanto que eu nem imaginava como ela podia respirar ali dentro. Caminhou na direção dele, que se levantou e abraçou-a pela cintura, ótimo Holly, agora além de tudo, você vai ser vela.
-, pensei que você não viesse mais garoto! - reclamou com aquela voz terrível dela, porque se alguma coisa pode ser muito, muito ruim nela, é a voz de taquara rachada. - Vamos de uma vez, a festa é lá em cima. - Apontou para o teto, sorrindo futilmente, enganchando o braço no dele, que parou na mesma hora.
- Não vou poder ficar Mandy... sabe, o papai pediu pra te entregar isso aqui, e eu tenho que ir. - Isso aqui eram os bombons e as flores, que ele colocou nos braços dela, que fazia uma cara de cãozinho abandonado, o que não pareceu convencê-lo. - Vem eu te acompanho... até o elevador.
Não pude deixar de sorrir, mesmo que fosse de idiota mesmo, era legal ver a cara dela sendo dispensada... ESPERA! Dispensada não... OH GOD, 'meu pai', isso queria dizer que ela ia dar o golpe do baú! De novo! Sim, porque todo mundo aqui, sabe que ela não casou com o senhor Correy, que Deus o tenha em paz, apenas pelo amor enlouquecido por aquele senhor no auge dos seus setenta e oito anos. Puft . Sabe, eu preferia o filho, mesmo que ele fosse pobrezinho, o que não parecia. Porque, uaw... o cara é um pedaço de mal-caminho, como diria a minha mãezinha querida... o único problema é que se veste mal. Mas isso se resolve, pelado... erm... deixa eu parar de pensar nisso e me concentrar em tirar os olhos daquela bundinha perfeita...ai zezúis.
- Erm... eu acho... - Ele começou, quando voltou do elevador, já sem a Mandy, e eu 'toda prestativa' me levantei, afinal ele ia embora. - Acho que você não me ofereceu um café.
Meu mundo caiiiu... Tem uma música que diz isso não tem? Eu acho que tem, daquelas bem breguinhas sabe? 'Està não sabe, mas que tem, tem. Sorri e fui saindo de trás da minha mesa. Fui saindo? É fui saindo, já que tomei um tombo, depois de enroscar os pés nos fios do computador.
- AHHHH - Foi tudo que eu consegui dizer antes dele me segurar. Clichê. Muito clichê. Mas foi tão bonitinho... Sabe quando as discrições das histórias de romance dizem que é tudo perfeito, as faícas saiam dos olhos dos dois e os lábios ao se encontrarem em volúpia infindada e incontrolável, soltavam faícas de paixão? Não foi assim. Meus pés estavam doloridos, minhas panturrilhas enroladas nos fios, que já me machucavam, e os olhos dele me fitavam de modo divertido, enquanto ele mantinha o lábio inferior preso entre os dentes, sorrindo quase maliciosamente se aproximando com sutilezas. Bonito,não é? Eu acho.
Ele finalmente chegou próximo o suficiente para que eu o beijasse, sim por que quem teve que tomar uma atitude fui eu, as nossas respirações juntas, contra os rostos me confundiam, então a primeira coisa que eu pude fazer foi selar os lábios dele aos meus. Não demorou muito para que o beijo tomasse um caráter mais 'sério' quando as línguas chocavam-se calidamente, quase sem interrupções. E isso sim, daria um bom "Sabrina", escrito por Holly, a secretária sem nada na cabeça.
Eu comecei o beijo, eu terminei o beijo, me afastando devagar dele, ainda com os braços dele envolvendo com uma calma anormal a minha cintura. A cena era digna de uma foto em sépia, eu sentada do chão, agora com o batom um tanto borrado ele de joelhos - e não me pergunte como ele ficou desse jeito, eu não sei - me abraçando, e os dois idiotas sorrindo feito ... dois idiotas.
- Você pode me ajudar? - Perguntei quase num fio de voz, fazendo um meio sinal para indicar as minhas pernas, que ainda estavam enroladas nos fios, e quando eu descobrir como eu fiz aquilo... HEADSHOT! Ele pareceu finalmente se tocar, e me deixou sentada, ajudando a soltar os fios que envolviam minhas panturrilhas. se levantou e me estendeu a mão - que eu prontamente segurei - me ajudando a levantar. Erro? Eu diria que não. No mesmo momento, ele passou a mão, me abraçando pela cintura, o que eu só pude responder espalmando minhas mãozinhas contra o peitoral dele, não no intuito de repeli-lo, e sim e ter algum contato a mais com ele. Novamente um beijo. Mais calmo, e mais quente que o anterior, dessa vez ele quem havia tomado a iniciativa, o que para mim era ó t i m o , pelo menos eu não era a única interessada. Subi uma das minhas mãos até os cabelos dele, os desalinhando entre meus dedos, sem que fosse nada muito rápido. Senti uma das mãos dele deslizar pelas minhas costa e parar nos meus quadris, melhor dizendo bem na minha bunda. Tomei uma distancia pequena dos lábios dele, podendo me perder naqueles olhos azuis.
- Ainda quer um café?
N/A ; *hoho Acabou-se. Gostaram? Não? Podem dizer E fazer uma autora feliz comentando na caixinha munitinha de comentários, tá?,
¹There's A Good Reason These Tables Are Numbered Honey, You Just Haven't Thought Of It Yet
²Lying Is The Most Fun A Girl Can Have Without Taking Her Clothes Off
Agradecimentos á: Panic! At The Disco ; Queen ; Mika (escutem, é muito bom *-*) ; Freddie ; Mcfly ; Supernatural ; Minha irmã ; Minha mãe e meu pai E a xuxa ; Aos romances 'Água com açúcar' das banquinha ( Julia, Sabrina, e por aí vai...) ; E A TODAS VOCÊS QUE LÊEM <3 ; A Lívia - Beta ; Ao FFAD ... Thank All