Who Am I?
por Carolina
revisada por Lelen
As meninas eram famosas. Elas haviam conhecido os meninos ainda na escola, quando estudavam juntos. null, null, null e null sempre gostaram de cantar e tocar para os amigos, e faziam shows em festas particulares quando os convidavam. As amigas torciam muito por eles e sabia que o sucesso estava por vir!
Eles, às vezes, ensaiavam com elas, que também adoravam música e sabiam tocar guitarra, violão, baixo e bateria, ensinados por eles depois de muito sufoco e estresse. (E QUE estresse para ensinar essas meninas! Coisa de louco!).
Após McFly estourar no mundo inteiro, principalmente após o lançamento do filme “Just My Luck”, com a Lindsay Lohan, os meninos resolveram ajudar as amigas, e, como já era de se esperar, a banda delas, Agatha, estava disparada em todas as rádios do país. Um fazia participação nos shows do outro algumas vezes, e o melhor de tudo isto foi poder continuar tendo contato com os amigos de anos atrás e ficarem cada vez mais unidos.
null e null já tinham ficado duas vezes no colégio, e estavam namorando há dois anos. null não resistiu o charme de null e começou a namorar o garoto há um ano. null tinha se encantado com null desde a primeira vez que o viu, mas tentava disfarçar seu sentimento, já que eram amigos, porém, eles ficaram em um pub de Londres logo após o show que fizeram juntos há uns oito meses e, desde lá, não pararam mais. null era a que estava namorando há mais tempo. Ela e null estavam juntos há três anos e meio, os dois inclusive já moravam juntos e faziam planos de se casar.
Todos estavam vivendo seus melhores momentos e não tinham nada o que reclamar.
Um belo dia, null, null null e null estavam fazendo show em Cambridge, enquanto os meninos estavam fazendo show em Londres. No meio do show...
– Pois é, gente... Agora nós vamos tocar a música nova de trabalho, “When I Met You”, que eu tenho certeza que vocês gostam muito! – disse null, arrancando aplausos.
– Mas você precisa do violão, null! – gritou null da bateria.
– Verdade, null! Pega o violão ali atrás pra mim, por favor, null? – ela pediu.
– Tudo bem – null respondeu, enquanto se levantava e procurava o instrumento. Já com o violão na mão, ela voltou correndo e tropeçou em um fio. Caiu no chão com muita força e bateu a cabeça.
A cena foi assistida por todos, que riam bastante. As amigas sacaneavam, até que null resolveu largar o baixo e ir ajudá-la.
– Ai, meu Deus! Só você mesmo! – disse ela, rindo.
– Minha cabeça tá doendo!
Foi a única coisa que ela pôde dizer antes de desmaiar, deixando todo mundo preocupado.
– É melhor ir pro médico rápido – null disse, e se virou para a platéia. – Desculpa, pessoal, mas o show terá que ser cancelado.
As três levaram a amiga para o hospital mais próximo, e, depois de algum tempo inconsciente, null percebeu que null estava acordando na cama.
A menina colocava a mão na cabeça, e ainda reclamava de muita dor.
– Aaai, minha cabeça tá doendo! Nossa! Onde estou? – Ela ficou olhando para os lados meio assustada.
– Até que enfim a senhorita acordou! Que susto nos deu! – null disse em tom de bronca, mas aliviada.
– O que houve? – null quis saber, ainda olhando para os lados. Ela estava com um olhar perdido e parecendo realmente assustada.
– null... Você tá bem? – null achou estranho ser ignorada pela amiga! – null... Você tá me escutando? – Ela balançava os braços. – null null! – berrou.
– Desculpe... Meu nome é esse? Onde estou e por que estou aqui? – A garota estava confusa.
– Bom, você está no hospital, sim, seu nome é esse, e você levou uma pancada na cabeça no show e desmaiou, por isso está aqui. – null tentou ser breve.
– Hã? Show? Mas que show? Quem é você? – Ela ainda não entendia.
– Ai, null! Para de ser idiota! – null já estava perdendo a paciência e se sentou ao lado da amiga, que a olhava séria e, a essa altura, já apavorada com tudo aquilo. Show? Como assim?
– Não tô de brincadeira! – ela dizia séria.
– Você não se lembra de NADA? – null já estava muito preocupada. Foi um simples tombo. Ou não? O que estava acontecendo com null?
– Nadinha – falou ela, com a voz meio trêmula.
null, que estava sentada na cama da menina, resolveu esclarecer.
– Você é famosa, seu nome é null, eu sou a null. – Ela foi apontando para as outras duas presentes. – Estas são null e null, e somos suas amigas de muitos anos.
– Eu sou famosa? Como assim? – null arregalou os olhos. Não acreditava no que ouvia. Aquilo não fazia sentido nenhum.
– Para com isso, dude! Você tá me assustando! – null começava a ficar nervosa.
Nesse momento, o médico que a atendeu estava entrando no quarto...
– Então... Como ela está? – ele quis saber.
– Diz que não se lembra de nada – null respondeu meio triste.
– Pois é...! – ele disse meio desapontado. – Então estávamos certos! Isso é uma amnésia temporária.
– Ahn? E como fazer para isso passar? – as três perguntaram juntas.
– Bom, aí depende de vocês para ajudá-la! Aconselho a recordar momentos, ou levar a lugares marcantes, a pessoas marcantes! Eu, infelizmente, não posso fazer mais nada, meninas! Sinto muito! – Ele deu alta para null e saiu do quarto, desejando boa noite para todas.
– Que médico passado! Vamos tirar a null daqui e levá-la num especialista! Este aí não é de nada. – null tentava se consolar e consolar as amigas. As quatro saíram de lá e foram rumo ao aeroporto voltar para Londres. Lá era o lugar onde moravam, lá conheciam médicos, amigos, familiares, enfim, alguém que poderia ajudar a amiga.
null pegou o telefone e ligou para null.
– Hey, null! Tudo bom? O que houve pra estar ligando esta hora? – Eram quase duas horas da manhã quando elas chegaram ao apartamento de null.
– null, vem aqui agora! Não pergunta nada e vem aqui AGORA! É uma ordem – ela disse em tom de desespero.
– O que aconteceu? – null percebera o nervosismo e parecia preocupado.
– Tá. – null respirou fundo antes de dizer. – Sua namorada caiu, bateu com a cabeça e perdeu a memória! Agora vem aqui.
– Você não tá brincando? – null falou arriscando, mas sabia que a amiga não era de brincar com essas coisas. Se fosse null ou null, ele até poderia desconfiar de alguma coisa. Além disso, a voz da menina estava séria.
– Nunca falei tão sério, null. – null estava com voz de choro.
– Vou chamar os meninos pra irmos todos juntos! Beijo, tchau.
– Tchau.
null desligou com null e ligou para outra pessoa.
– Cadê você, amor? É... Já soube? Ah, o null tá do seu lado? É verdade, null! Ela perdeu a memória temporariamente! Você vem né? Tudo bem... Beijo, também te amo. Tchau.
– Qquem era no telefone? – null perguntou do sofá ao ver null desligando.
– Alguém que você gosta muito. – null sorriu meio com pena da amiga e foi lá abraçá-la.
– Quem? – ela quis saber.
– Seu namorado – ela respondeu.
– Ah, eu tenho namorado? – null perguntou com um sorriso no rosto.
– Aham, e você gosta muito dele! Não sei como, porque é um mala sem alça, mas gosta! – null vinha respondendo e sentando junto com null no sofá da sala também. – O nome dele é null. null null.
– null? null? Que nome engraçado! Hm... Não me lembro...
null abaixou a cabeça meio triste. “Isso não vai ser fácil!”, pensava.
As meninas deram graças a Deus quando ouviram a campainha. Naquela hora, só poderia ser null, null, null e null. null tinha tomado banho e estava no quarto sozinha. null, null, e null abraçaram os meninos com muita saudade e foram contar o que tinha acontecido.
null resolveu ir ao quarto conversar com null. Ele estava cabisbaixo.
– Posso entrar? – ele disse, abrindo a porta.
– Pode, ué – ela respondeu, olhando assustada.
– Você tá bem? – ele perguntou, fazendo carinho no rosto da menina.
– Tô sim... Mas desculpa perguntar, quem é você? – ela falou, tirando a mão dele.
null ficou paralisado, simplesmente não sabia o que dizer. Quase chorava e foi abraçar null.
– Ah, não! Diz que você se lembra de mim, vai?
– Não posso dizer isso. – Ela se afastou dele quando viu que todos entravam no quarto e a cumprimentavam. Olhou em direção ao null e perguntou. – E quem é você?
– null! Tudo bom? Sou eu, poxa! null! – ele disse, sorrindo.
– null... Que nome lindo! – Ela também sorriu.
– Obrigado – disse ele, sem graça.
null se levantou da cama e foi em direção à null.
– Quem são eles? – sussurrou no ouvido dela.
– Aquele ali é o null, seu namorado. – Ela apontou para o menino.
– Aquele? – Ela fez cara de decepção. – Preferia aquele outro! Ele é tão lindinho!
null estava ao lado e escutava a conversa das duas.
– Mas o outro já tem dona, eu aqui.
– Nossa! Você é namorada dele? Ah, desculpe.
Todos saíram do quarto e foram pra sala comer e saber como foi a viagem das meninas e como os meninos estavam aqueles dias todos sem a companhia delas. null ficava abraçado com null no sofá, null estava meio triste e sentado afastado no outro sofá, null estava no colo do null, null ainda comia na mesa. null foi conversar com null, que estava olhando alguns CDs na estante.
– Oi, null! Desculpe dizer, mas você é tão lindo!
– Obrigado. – ele corou. Já estava sem graça com a situação. null tinha ficado olhando pra ele durante todo o tempo em que comiam.
– Fale mais de você. – Ela disse, insinuando-se e chegando mais próxima.
– Er... Sabe o que é? Eu tenho que ir num lugar que ninguém pode ir por mim. – Ele saiu de perto para ir ao banheiro.
null viu a cena de longe e ficou com o coração partido. Ele chegou perto da null e tentou conversar.
– null, amor, você não se lembra de nada ainda? – ele perguntou desconsolado.
– Não! – deu de ombros. – Com licença, null. Vou escovar os dentes e trocar de roupa pra dormir – ela disse, e foi para o quarto.
null se sentou ao lado de null, que começava a chorar.
– Como você tá, hein, dude? – Ele quis saber, apesar de já imaginar a situação do amigo.
– Pior não poderia estar... – null respondeu, de cabeça baixa.
– Desculpa, null! Eu não pensei que isso fosse acontecer! – null abraçou null.
– Não é culpa sua, null! Eu tô bem, e sei que logo tudo isso vai passar, e ela vai se lembrar de tudo! Só espero que aí não seja tarde demais.
– Não será. – Ele se virou e viu null, voltando de pijama na direção deles. – Ai, não! De novo não! Vou lá pra dentro ajudar a null a lavar a louça! Boa sorte, dude!
– Valeu! – Ele se virou para null, que se sentava ao lado dele. – Como você tá, querida?
– Vim te pedir uma coisa. – Ela pegou na mão dele.
– Fala! – disse ele esperançoso.
– Serei o mais direta possível! Me desculpe, mas não sinto nada por você. Não me trate como se eu fosse sua namorada, porque eu não quero nada com você! Não sei se me compreende, mas tem que ser assim! Tudo bem?
Aquilo foi a coisa mais horrível que null poderia ouvir de null. Sentiu como se estivessem lhe dando um tiro no peito. Uma sensação inexplicável, uma angústia, uma dor! Ele nem sabia o que dizer! Era como se alguém tivesse morrido, afinal, estava perdendo o amor de sua vida.
– Eu sou, ou pelo menos era, seu namorado... – Ele sentiu mais uma pontada no coração ao dizer isto – ...até isso acontecer! Eu amo você, mas se quer assim, tudo bem, eu te respeito.
– Ótimo, obrigada. – Ela sorriu, deu um beijo na bochecha dele e voltou para o quarto para enfim dormir.
Assim como ela, todos resolveram dormir. null ficou no sofá cama da sala mesmo, null e null em um colchão de casal na sala ao lado dele, null e null estavam no quarto deles, null e null no quarto de hóspedes e null em um colchão ao lado da cama deles.
No dia seguinte, null começou a bater com a colher em um prato e a gritar.
– Todo mundo de pé! Vamos logo! Acordando! Hora do café. – Ela repetia isso até que todos estivessem na mesa.
Enquanto estávamos tomando o café...
Depois de muitos xingamentos e de null e null perseguirem a amiga que as acordou até encherem ela de almofadadas, todos estavam sentados comendo e ninguém pronunciava uma palavra. Até que null tomou a vez...
– Eu não tô mais agüentando! – disse ela, colocando as mãos na cabeça. – Essa noite, tive um sonho estranho com um carinha alto, bem alto, que estava usando óculos escuros! Vocês conhecem?
– Deve ser o James, amigo nosso! – null respondeu.
– Onde ele está? – perguntou a menina curiosa.
– Deve estar em Oxford fazendo show! Ele também tem uma banda famosa.
– Ah, sim! – disse ela e voltou a comer, quando foi interrompida por null.
– E o que você sonhou?
– Que eu ia dar um beijo nele, daí eu comecei a rir, e ele disse que desse jeito não dava pra continuar a filmagem.
null deu uma gargalhada ao ouvir o comentário.
– Ah, é um filme que nós fizemos na época da escola! Foi no ano em que o James entrou, acho que no primeiro colegial, se não me engano. Vocês faziam um par romântico, mas foi muito nada a ver e sempre começavam a rir na hora do beijo. Hm... – fez cara de pensativa. – Eu acho que a null tem uma cópia ainda aqui no apartamento dela. Quer ver?
– Filme? Quero sim! Depois que a gente comer, coloca lá pra eu ver, por favor. – null parecia empolgada com a lembrança.
– Cahra... Tfem coisfa melphor qupe comser? – null perguntava de boca cheia.
– Tem sim... – null respondeu, olhando bem nos olhos dele.
null pateta não percebeu a intenção da menina. – Tem? O quê?
– Beijar na boca. – ela falou bem direta.
– É mesmo? Não acho...! – null tentou disfaçar, meio sem graça.
A semana passou muito rápida, e null tinha apenas uns curtos flashs de memória, mas nada que significasse muita coisa. Ao menos para ela não fazia muito sentido.
Elas tiveram que cancelar shows pelo resto do mês, por causa do que aconteceu com a menina, mas não divulgaram a notícia.
Após oito dias do acontecido, todos foram dormir na casa de null, já que os pais dele estavam viajando.
null acordou no meio da noite um pouco assustada e percebeu que tinha adormecido vendo o filme na sala. Todos já estavam nos quartos e ela estava sozinha.
Resolveu procurar algum lugar pra dormir. Como só tinham casais, ela teve que ir para o quarto em que null estava sozinho na cama de casal.
– null! null! Acorda! – ela dizia, sacundindo o garoto.
– Hã? – Ele olhou para menina, ainda meio atordoado. – null... O que foi?
– Não tô conseguindo dormir... Pode me fazer companhia?
– Claro! – Ele levantou o braço para ela deitar abraçada com ele. – Vem aqui, amor.
– Como? – Ela fez uma cara de “que intimidade é essa, cumpade?”.
– Ah... Desculpa, por um momento eu esqueci...! – dizia ele, com uma carinha triste. (tadinhoooooooooooooo! ;;)
– Não tem importância. – Ela se deitou com ele, que sorriu ao ver a namorada novamente em seus braços. – Me desculpe, null. – ela disse em seu ouvido.
– Mas por quê? – null fez carinho no rosto dela.
– Por não poder gostar de você como você quer! Eu queria tanto gostar de você! – Ela abraçou o menino com força.
– Você não tem que se desculpar por isso.
– Não sei se você me entende, mas eu não conheço ninguém aqui! Não sei em quem posso confiar, e, não sei por que, mas confio em você. – ela disse, ainda o abraçando forte.
– Claro que entendo! – Ele a olhou nos olhos. – Como eu queria sentir de novo que você me ama...
Ela não disse nada. Ele se aproximou e a beijou, um daqueles beijos cinematográficos. null sentia seu coração acelerar! Como sentia saudade daquele beijo, se sentir aquela boca! Os dois ficaram só nos beijos mesmo, não passou disso. Foi um momento de muita ternura e muito carinho entre os dois.
null ouviu um barulho algum tempo depois e foi verificar o que estava acontecendo. Já deviam ser quatro horas da manhã. Quem será que estava acordado a essa hora? Ela se levantou e deu de cara com null, fechando a porta por trás de si logo após sair do quarto.
– Essa menina! Fica me expulsando! Onde já se viu? – Ele saiu resmungando.
– null? – ela resolveu chamar.
– C-carol? Tudo bom? – ele disse, meio sem graça.
– Melhor agora! – Ela sorriu. – Já que a outra te expulsou, você não quer companhia?
– Não! Ela não me expulsou, imagina! Olha, null... Er... Eu tô ótimo! – ele disse nervoso, tentando fugir da situação.
null saiu do quarto também e viu o que aconteceu com o namorado e a amiga.
– O que quer, null? – Ela chegou com cara de poucos amigos.
– Nada...! – Ela deu de ombros.
null aproveitou e voltou para o quarto, deixando as meninas sozinhas.
– São quase cinco da manhã! O que faz acordada essa hora?
– Cadê a null e a null? – ela desconversou.
– Ihhh, aquelas lá? Devem ter ido dormir agora! O que, aliás, você deveria estar fazendo.
– Ah... Eu queria contar uma coisa pra vocês, mas mais tarde eu conto!
– O que é? – null perguntou curiosa.
– Nada importante. – ela disse.
– Bem, eu vou ao banheiro. Com licença. – ela disse isto e foi.
null aproveitou a oportunidade para ir ao quarto de null, onde null estava deitado na cama.
Ele deitou em cima dela, mas não a reconheceu, pois estava muito escuro.
– Amor... Você demorou! – Ele olhou para o rosto da menina e deu um berro! – Ahhhhhh! Que susto, null! – Ele saiu descendo para procurar null.
– O que foi? – null perguntou, topando com ele no caminho.
null se escondeu atrás da namorada.
– null, amor, faz alguma coisa! Eu não agüento mais a null! Ela foi pra nossa cama, e eu pensei que fosse você.
null começou a ter um ataque de riso ao ouvir a história. Não conseguia conter a gargalhada, nem quando null se aproximou dos dois.
– Do que está rindo? – null perguntou.
– Nada! Só estou imaginando a cena. – Ela riu mais alto ainda.
– Vou dizer uma coisa, null! Sinto muito, mas estou apaixonada pelo null.
– Não, você não está – disse null desesperado.
– Eu já falei que tô rifando... Por R$ 1,99! Olha que depois aumenta o preço! – null disse, rindo.
– Amor, não diz isso! – null fez bico.
– Tá bem, eu quero. – null respondeu.
– Ai,null! Ele é meu namorado! – null cruzou os braços.
– Isso, meu amo... – Ele foi interrompido pela menina.
– Ah, null! Cala a boca! – null disse, e deu um pedala nele.
– Tudo bem, não discuto mais. Depois não vem falar comigo, tá? – ele disse meio sério, fingindo estar com raiva, e foi para a sala.
– Quero só ver o que acontecerá. – Ao dizer isto com todas as más intenções, null se retirou e foi até a sala.
null pensou em segurar a amiga, mas sabia que null não faria nada e não teria com o que se preocupar. Então percebeu que null estava se sentando na escada, meio cabisbaixo.
Ela se sentou ao lado do amigo e o abraçou.
– Hey, null, perdeu o sono? – ela perguntou.
– Não tem jeito, null! Eu pensei que depois dessa noite ela iria mudar, ou que significou alguma coisa pra ela, mas me enganei. Eu acho que a perdi – ele disse, chorando.
– Não diz isso! Mas o que aconteceu? Vocês ficaram?
– Sim... – null não continha as lágrimas.
Enquanto isso, na sala...
– Hey, null. – null disse, aproximando-se.
– São seis da madruga! Por que não vai dormir, null?
– Porque quero ficar com você aqui sozinha! Eu amo você, null!
null olhou sério para a amiga.
– Não, null! Você não me ama, e eu amo a null.
– Eu sonhei que estava ficando com você – ela disse, abraçando o menino, que tentava sair.
– Não diz isso, null. Isso não vai acontecer! Eu não quero e você também não, você só surtou, você não tá bem, mas logo passa.
– Você tem nojo de mim, né? Vc não gosta de mim... – ela disse meio chorona e cruzou os braços.
– Nossa, mas você entende tudo errado, né? Deixa de ser boba, null! Eu gosto muito de você, mas é como minha irmã.
– Eu posso fazer você mudar de idéia. – Ela agarrou null. Com um reflexo, ele empurrou a garota, que bateu na quina da mesa com a cabeça e desmaiou.
– Meu Deus! O que eu fiz? – null começou a gritar. – null! Me ajuda!
null e null ouviram e foram correndo para a sala. null pegou null e a levou para o quarto onde estavam antes. Mais ou menos duas horas depois, ela acordou.
– Ai! Que dor! Minha cabeça tá doendo, porra! – a menina reclamou.
– null! Finalmente! Você tá bem? – null estava quase dormindo ali tentando cuidar dela, mas despertou quando ela acordou.
– Ai, null! Minha cabeça ainda tá doendo! Não sei como não saiu sangue! AI! – ela ficou massageando a cabeça e olhou em direção a null, que entrava no quarto com null ao ouvir a voz de null. – Puta merda, null! Seu vadio! Você é muito maior do que eu, não precisa me empurrar tão forte!
– null? Amor? Você me ama? – null estava meio esperançoso
– Mas que pergunta idiota, null! Claro que eu te amo! – respondeu ela ainda brava e com a mão na cabeça.
– Ô, amor da minha vida! Que bom que você é minha de novo – ele disse, abraçando e enchendo a namorada de beijinhos.
– Eu que o diga! – null respirou aliviado.
– null e null, me desculpem, por favor! Puts, mas não precisava ser tão forte assim, null!
– Pelo menos você se lembrou de tudo, pensa posivito! – Ele sorriu.
– É você mesmo, null? – null ainda não acreditava.
– Claro que sim, null! Sou eu, null null, eu tenho pai, mãe e meu irmão chato que gosta de me irritar. Eu sei que vocês dois passaram mal vomitando a noite inteira lá em casa depois de beber todas na festa do James no colegial, e sei que estamos na casa do null, que, aliás, foi aonde aconteceram as melhores festas, ever!
– É, é ela de novo! – null disse, abraçando a amiga e toda sorridente. – Só não precisava lembrar do detalhe do vômito, mas enfim...
– Impossível não lembrar! Você e o null sempre combinaram! Dois bêbados! – E todos riram.
– Bom, durante essa semana, em consideração a você, sua amiga aqui nem um beijinho me deu, sabia? – null fazia bico.
– Er... Vocês nos dão licença? Eu tenho um assunto pra resolver com o null. – null pegou na mão do namorado e saiu do quarto.
– Assunto? Sei! Eu também tenho um pra resolver com o null. – null piscou para o namorado, que foi trancar a porta do quarto e começou a beijá-la.
– É bom ter você de volta, meu amor! Te amo muito! – null sussurrou em seu ouvido, fazendo-a se arrepiar toda.
– Também te amo muito, null. Estava com saudades!
Fim!