Capítulo 1
— Você está ficando para trás...
Meu corpo saltou no colchão, aquela maldita voz ecoava em meus ouvidos; JXR era parte da pista enquanto corria. Suas voltas perfeitas, sem erros, impressionavam todo o público; sua posição favorita era sempre iniciar a corrida em último lugar, ninguém sabia exatamente o porquê de JXR escolher essa posição. No entanto, eu desconfiava que como um sádico, ele adorava provocar seus oponentes ao ultrapassá-los... Aquela maldita voz robótica ecoava em meus pesadelos.
Desde que JXR entrou nas Grandes Corridas, não houve outro vencedor. Dante, Froxy, Kevin, Lux... Um a um os velocistas foram sendo vencidos... Era impressionante, pois as Grandes corridas eram eventos de escala global; todos as acompanhavam e os Velocistas eram a elite de corredores; quando JXR fora inserido na corrida, todos se questionaram quem e como ele conseguira um lugar nela. Porém a multidão de fãs da corrida fora calada quando JXR ultrapassou seus adversários com manobras refinadas e únicas, o carro parecia flutuar naquela pista. Desde que JXR adentrara a corrida o pódio que tanto almejava parecia cada vez mais distante; era um sonho que via escorrer entre meus dedos... Todos os anos competindo contra os Velocistas não me levaram a nada!
“Encarar a elite resultará em nada!”
As Grandes corridas eram organizadas pelo governo central; a sociedade havia se tornado mais tecnológica e o governo possuía um controle maior sobre os indivíduos. A elite permanecia intacta, não existiam mais monarquias e meios como aviões e navios haviam ficado obsoletos pelo uso de aparelhos de teletransporte. Sendo assim, motos e carros não eram usados, bastava uma pulseira com nanotecs para ir a qualquer lugar. As grandes corridas foram criadas para acalmar os ânimos da população menos favorecida; desse modo, os corredores eram os astros da sociedade; realizavam comerciais e ganhavam favores da alta cúpula... Porém os segredos sujos que ficavam atrás desta armadilha do governo: cada corredor era constantemente vigiado, éramos marionetes prontas para executar o que nos mandassem. A pista era nossa sentença de morte; os Velocistas foram mortos um a um após perderem sucessivamente para JXR; o corredor fantasma que ninguém sabia sua real identidade. Sua voz era robótica e não havia qualquer vestígios de sua origem... A estrela em ascensão que em seu trajeto ceifara a vida de seus principais rivais.
Embora me mantivesse entre os 10 melhores, servia ao governo central como um soldado. Cada corredor era usado como espião, éramos obrigados a manter um relatório diário sobre tudo o que fazíamos...
Meu corpo saltou no colchão, aquela maldita voz ecoava em meus ouvidos; JXR era parte da pista enquanto corria. Suas voltas perfeitas, sem erros, impressionavam todo o público; sua posição favorita era sempre iniciar a corrida em último lugar, ninguém sabia exatamente o porquê de JXR escolher essa posição. No entanto, eu desconfiava que como um sádico, ele adorava provocar seus oponentes ao ultrapassá-los... Aquela maldita voz robótica ecoava em meus pesadelos.
Desde que JXR entrou nas Grandes Corridas, não houve outro vencedor. Dante, Froxy, Kevin, Lux... Um a um os velocistas foram sendo vencidos... Era impressionante, pois as Grandes corridas eram eventos de escala global; todos as acompanhavam e os Velocistas eram a elite de corredores; quando JXR fora inserido na corrida, todos se questionaram quem e como ele conseguira um lugar nela. Porém a multidão de fãs da corrida fora calada quando JXR ultrapassou seus adversários com manobras refinadas e únicas, o carro parecia flutuar naquela pista. Desde que JXR adentrara a corrida o pódio que tanto almejava parecia cada vez mais distante; era um sonho que via escorrer entre meus dedos... Todos os anos competindo contra os Velocistas não me levaram a nada!
As Grandes corridas eram organizadas pelo governo central; a sociedade havia se tornado mais tecnológica e o governo possuía um controle maior sobre os indivíduos. A elite permanecia intacta, não existiam mais monarquias e meios como aviões e navios haviam ficado obsoletos pelo uso de aparelhos de teletransporte. Sendo assim, motos e carros não eram usados, bastava uma pulseira com nanotecs para ir a qualquer lugar. As grandes corridas foram criadas para acalmar os ânimos da população menos favorecida; desse modo, os corredores eram os astros da sociedade; realizavam comerciais e ganhavam favores da alta cúpula... Porém os segredos sujos que ficavam atrás desta armadilha do governo: cada corredor era constantemente vigiado, éramos marionetes prontas para executar o que nos mandassem. A pista era nossa sentença de morte; os Velocistas foram mortos um a um após perderem sucessivamente para JXR; o corredor fantasma que ninguém sabia sua real identidade. Sua voz era robótica e não havia qualquer vestígios de sua origem... A estrela em ascensão que em seu trajeto ceifara a vida de seus principais rivais.
Embora me mantivesse entre os 10 melhores, servia ao governo central como um soldado. Cada corredor era usado como espião, éramos obrigados a manter um relatório diário sobre tudo o que fazíamos...
Capítulo 2
— Bem vindos a edição comemorativa das Grandes corridas...
A interface central, controlada pelo Diretório Victor Henkel, líder central de toda sociedade, iniciou seu discurso enquanto a pista de um material azeviche era acesa; os carros estavam na rampa que dava acesso a pista. De dentro do carro conseguia ouvir os gritos do público, cada corredor encontrava-se em seu carro e havia um carro que ainda não estava a vista de todos: o automóvel de JXR.
As grandes corridas funcionavam como um reality explosivo para as massas, a pressão sobre os corredores era gigantesca. Em nossas veias eram injetadas altas doses de adrenalina; antes de cada corrida, um membro de nossas equipes retirava a seringa de uma maleta do governo. Elas eram entregues todos os dias pela madrugada junto a presentes de fãs e alguns itens especiais escolhidos pelos espectadores da corrida. A sociedade possuía a corrida como o centro de suas atividades, desse modo, a elite controlava as massas com tudo relacionado aos corredores e a pista. Dentro da sociedade havia poucos empregos reais, dessa forma, sempre havia uma leva de novos corredores que morriam na primeira semana se tivessem sorte... A dose de adrenalina mais a pressão de dirigir sobre um terreno desconhecido todas as semanas, acabavam com os novatos; a pressão das câmeras, os favores que deveríamos prestar... Dirigir era apenas uma pequena parte do que devíamos fazer! Embora ter a vida exposta era muito melhor do que trabalhar nos engradados que ficavam no subsolo. A superfície pertencia apenas à elite e os corredores; políticos, empresários, patrocinadores, e os melhores corredores possuíam a acesso à luz solar. O resto da população vivia abaixo do solo, sob uma iluminação artificial, tendo de ingerir vitaminas que os envenenavam ao invés de darem forças para sobreviver.
וווווווווווווו
Os que conseguiam escapar da vida abaixo da superfície eram tidos como serviçais. Dessa forma, os menos favorecidos não possuíam forças para lutar. Agentes X eram a força de segurança que mantinham as massas sobre controle. A força desses homens era aprimorada em laboratório e apenas a elite poderia tornar-se parte deles.
A Nova Sociedade se organizava:
•Habitantes das nuvens:
Líder central
Crívens
•Habitantes da superfície:
Divers
Elite
Agentes X
Corredores
Enginers
•Habitantes do subsolo:
Foxys
Mastys
•Crívens políticos da Nova sociedade.
•Divers eram os novos representantes políticos e CEOS das empresas que controlavam toda a sociedade.
•Da elite seriam escolhidos os Agentes X. Um integrante da elite poderia vir a se tornar um corredor, porém eram muito raro que o governo central autorizasse essa integração.
•Corredores: ou nascia em uma família de corredores ou saía da classe de Enginers, era muito difícil as classes do subsolo emergirem.
•Enginers eram os motores da superfície; possuíam uma vida luxuosa e seus integrantes eram quase 100% estudiosos. Enginers poderiam se tornar Crívens, mas Crívens não poderiam se tornar um Enginer.
•Foxys e Mastys eram mineradores, trabalhadores braçais, serviçais, habitantes do subsolo. Eles trabalhavam em fábricas, minas, etc. Alimentavam o topo da pirâmide. Viam a luz solar apenas uma vez ao ano.
וווווווווווווו
A largada fora dada e os cenários repletos de hologramas, armadilhas, obstáculos foram surgindo um a um. O volante e a experiência eram a única arma que possuíamos para dominar a pista; porque no final de tudo era uma batalha entre o carro e a pista. A dose de adrenalina fazia o sangue circular mais rápido, tornando os batimentos cardíacos acelerados, todos os sentidos eram constantemente minados pela paisagem exposta em alto contraste. Era como lidar com um louco controlando ilusões... Aquele era um banho de sangue!
— Você está ficando para trás.
A voz robótica que inundou meus ouvidos provinha do veículo negro que passava como um zumbido pelo meu; JXR havia feito um giro de 360°C com seu automóvel que parecia flutuar sobre a pista. O modo como ele dirigia era impressionante. JXR possuía manobras únicas, não havia nada que ficasse entre ele e a linha de chegada. Sua presença era uma incógnita que levava o público a questionar sua misteriosa figura. O som do meu coração retumbava em meus ouvidos enquanto focava minha atenção em derrotar JXR; o som da risada monótona dele voltou a inundar meu automóvel após ignorar sua provocação. Naquela noite não cairia em sua armadilha; pisando sobre o acelerador e girando o volante para a esquerda peguei a entrada leste; as paredes de cristal que margeavam a pista exibiam um cenário árido, os pneus deslizavam sobre o escorregadio terreno, era uma questão de fazer o carro perder o controle e mantê-lo rápido enquanto manobrava-o.
Os túneis poderiam dar acesso a diversas partes da pista; dependendo do escolhido poderia haver uma parede que acabaria com a vida do corredor; uma armadilha, bombas, um corredor poderia se chocar contra o outro, poderia lançar o carro até a linha de chegada, ou até mesmo atalhos. Era uma questão de sorte...
— Está silencioso, 9.
A voz de JXR voltou a ecoar pelo carro, ignorei-o. Os corredores poderiam conversar entre si, era um meio útil de desestabilizar os adversários. JXR sempre me escolhia como seu alvo; havia muitas coisas que não entendia sobre ele e uma das principais era como seu alvo sempre acabava sendo a minha figura. Não importava qual circunstância ou meio em que nos encontrávamos ele sempre surgia como um fantasma.
— Está tendo dificuldades em chegar à linha final?
Comentei após finalizar o túnel, as paredes vibrantes se foram deixando a minha vista a linha de chegada e o automóvel de JXR; o capacete azeviche encobria a face do corredor; até mesmo a viseira omitia a misteriosa figura. A pista ali era um tapete negro pontilhado do que me parecia ser pedregulhos, visto de longe poderia comparar-se a um céu estrelado, mas o trajeto final sempre possuía um requinte cruel. Observei horrorizado as chamas flamejantes envolvê-los. Uma a uma as bolas foram estourando causando uma chuva de lava. JXR acelerou e então desligou o motor, absorvi a imagem absorta demais para executar algo. O carro parecia flutuar; ele permaneceu em uma linha reta sem ser atingido pela lava, pois ela caia sempre após a sua passagem, era como se meu adversário houvesse calculado o intervalo de tempo entre cada explosão.
A interface central, controlada pelo Diretório Victor Henkel, líder central de toda sociedade, iniciou seu discurso enquanto a pista de um material azeviche era acesa; os carros estavam na rampa que dava acesso a pista. De dentro do carro conseguia ouvir os gritos do público, cada corredor encontrava-se em seu carro e havia um carro que ainda não estava a vista de todos: o automóvel de JXR.
As grandes corridas funcionavam como um reality explosivo para as massas, a pressão sobre os corredores era gigantesca. Em nossas veias eram injetadas altas doses de adrenalina; antes de cada corrida, um membro de nossas equipes retirava a seringa de uma maleta do governo. Elas eram entregues todos os dias pela madrugada junto a presentes de fãs e alguns itens especiais escolhidos pelos espectadores da corrida. A sociedade possuía a corrida como o centro de suas atividades, desse modo, a elite controlava as massas com tudo relacionado aos corredores e a pista. Dentro da sociedade havia poucos empregos reais, dessa forma, sempre havia uma leva de novos corredores que morriam na primeira semana se tivessem sorte... A dose de adrenalina mais a pressão de dirigir sobre um terreno desconhecido todas as semanas, acabavam com os novatos; a pressão das câmeras, os favores que deveríamos prestar... Dirigir era apenas uma pequena parte do que devíamos fazer! Embora ter a vida exposta era muito melhor do que trabalhar nos engradados que ficavam no subsolo. A superfície pertencia apenas à elite e os corredores; políticos, empresários, patrocinadores, e os melhores corredores possuíam a acesso à luz solar. O resto da população vivia abaixo do solo, sob uma iluminação artificial, tendo de ingerir vitaminas que os envenenavam ao invés de darem forças para sobreviver.
Os que conseguiam escapar da vida abaixo da superfície eram tidos como serviçais. Dessa forma, os menos favorecidos não possuíam forças para lutar. Agentes X eram a força de segurança que mantinham as massas sobre controle. A força desses homens era aprimorada em laboratório e apenas a elite poderia tornar-se parte deles.
A Nova Sociedade se organizava:
•Habitantes das nuvens:
•Habitantes da superfície:
Elite
Agentes X
Corredores
Enginers
•Habitantes do subsolo:
Mastys
•Crívens políticos da Nova sociedade.
•Divers eram os novos representantes políticos e CEOS das empresas que controlavam toda a sociedade.
•Da elite seriam escolhidos os Agentes X. Um integrante da elite poderia vir a se tornar um corredor, porém eram muito raro que o governo central autorizasse essa integração.
•Corredores: ou nascia em uma família de corredores ou saía da classe de Enginers, era muito difícil as classes do subsolo emergirem.
•Enginers eram os motores da superfície; possuíam uma vida luxuosa e seus integrantes eram quase 100% estudiosos. Enginers poderiam se tornar Crívens, mas Crívens não poderiam se tornar um Enginer.
•Foxys e Mastys eram mineradores, trabalhadores braçais, serviçais, habitantes do subsolo. Eles trabalhavam em fábricas, minas, etc. Alimentavam o topo da pirâmide. Viam a luz solar apenas uma vez ao ano.
A largada fora dada e os cenários repletos de hologramas, armadilhas, obstáculos foram surgindo um a um. O volante e a experiência eram a única arma que possuíamos para dominar a pista; porque no final de tudo era uma batalha entre o carro e a pista. A dose de adrenalina fazia o sangue circular mais rápido, tornando os batimentos cardíacos acelerados, todos os sentidos eram constantemente minados pela paisagem exposta em alto contraste. Era como lidar com um louco controlando ilusões... Aquele era um banho de sangue!
— Você está ficando para trás.
A voz robótica que inundou meus ouvidos provinha do veículo negro que passava como um zumbido pelo meu; JXR havia feito um giro de 360°C com seu automóvel que parecia flutuar sobre a pista. O modo como ele dirigia era impressionante. JXR possuía manobras únicas, não havia nada que ficasse entre ele e a linha de chegada. Sua presença era uma incógnita que levava o público a questionar sua misteriosa figura. O som do meu coração retumbava em meus ouvidos enquanto focava minha atenção em derrotar JXR; o som da risada monótona dele voltou a inundar meu automóvel após ignorar sua provocação. Naquela noite não cairia em sua armadilha; pisando sobre o acelerador e girando o volante para a esquerda peguei a entrada leste; as paredes de cristal que margeavam a pista exibiam um cenário árido, os pneus deslizavam sobre o escorregadio terreno, era uma questão de fazer o carro perder o controle e mantê-lo rápido enquanto manobrava-o.
Os túneis poderiam dar acesso a diversas partes da pista; dependendo do escolhido poderia haver uma parede que acabaria com a vida do corredor; uma armadilha, bombas, um corredor poderia se chocar contra o outro, poderia lançar o carro até a linha de chegada, ou até mesmo atalhos. Era uma questão de sorte...
— Está silencioso, 9.
A voz de JXR voltou a ecoar pelo carro, ignorei-o. Os corredores poderiam conversar entre si, era um meio útil de desestabilizar os adversários. JXR sempre me escolhia como seu alvo; havia muitas coisas que não entendia sobre ele e uma das principais era como seu alvo sempre acabava sendo a minha figura. Não importava qual circunstância ou meio em que nos encontrávamos ele sempre surgia como um fantasma.
— Está tendo dificuldades em chegar à linha final?
Comentei após finalizar o túnel, as paredes vibrantes se foram deixando a minha vista a linha de chegada e o automóvel de JXR; o capacete azeviche encobria a face do corredor; até mesmo a viseira omitia a misteriosa figura. A pista ali era um tapete negro pontilhado do que me parecia ser pedregulhos, visto de longe poderia comparar-se a um céu estrelado, mas o trajeto final sempre possuía um requinte cruel. Observei horrorizado as chamas flamejantes envolvê-los. Uma a uma as bolas foram estourando causando uma chuva de lava. JXR acelerou e então desligou o motor, absorvi a imagem absorta demais para executar algo. O carro parecia flutuar; ele permaneceu em uma linha reta sem ser atingido pela lava, pois ela caia sempre após a sua passagem, era como se meu adversário houvesse calculado o intervalo de tempo entre cada explosão.
Capítulo 3
Finalizei a corrida em terceiro lugar, meu tempo olhando as manobras de JXR, permitiu que Zeke me ultrapassasse. Muitos haviam perdido a vida no circuito final; de 100 corredores apenas 20 haviam sobrevivido aos obstáculos insanos.
— Você deveria deixar sua obsessão por JXR de lado.
A figura de surgiu diante meus olhos, ela era patrocinadora do evento e uma caçadora nata. Seus olhos sempre escolhiam com cuidado o alvo da vez. Em seu tempo livre atuava como uma mãe exemplar; não poderia reclamar de sua postura. costumava agir fora do padrão de mãe. Como filha de políticos, ela crescera em um lar rígido, o que a levou ser naturalmente rebelde. Regras não seguravam . Ela havia trocado mais de uma vez seu nome, ela buscava separar-se da imagem que minha avó havia lhe estabelecido. O luxo dos habitantes da superfície não interessava minha peculiar progenitora. Nunca havia sequer visto a figura de meu pai; havia me criado sozinha entre milhares de reuniões e caçadas a futuros amantes... Para uma criança isso fora de fato um tanto traumatizante. Correr era o único momento em que os caóticos pensamentos silenciavam; as batidas de meu coração alinhavam-se ao som do motor. Era como se eu e o automóvel nos tornássemos um; e era nele que estava quando minha mãe surgiu com seu conjunto moderno de um estilo entre refinado e ousado.
— Esse corredor é o que me impede de ser o número um.
Meu tom pouco revelava, estava distraído observando os danos que a pista havia causado.
— Sua obsessão por ele é o que te faz admirá-lo, .
Lhe dei um olhar zangado, já havia lhe dito para não me chamar pelo nome enquanto estivesse na garagem. Poucos sabiam meu nome, corredores utilizavam a numeração no lugar de seus nomes.
— Eu sou sua mãe e posso chamá-lo como eu bem entender — se apoiou sobre a porta do automóvel.
— Não quando odeia ser lembrada de seu nome de nascença — a lembrei enquanto voltava meu olhar para a caixa de ferramenta.
— Isso não possui qualquer ligação com o que estamos conversando — rebateu com um olhar de aviso.
— Eu não vou me prolongar mais neste assunto, mãe — selecionei a chave de fenda enquanto me debruçava sobre o carro.
— Seu pai deseja vê-lo.
Encarei minha mãe, a figura que conhecia estava longe de ser a mesma que encarava. Seus olhos possuíam um temor encoberto por anos, sua postura era tensa enquanto seus braços cruzavam-se de modo a protegê-la da ameaça invisível da figura que nunca havia conhecido.
— Você deveria deixar sua obsessão por JXR de lado.
A figura de surgiu diante meus olhos, ela era patrocinadora do evento e uma caçadora nata. Seus olhos sempre escolhiam com cuidado o alvo da vez. Em seu tempo livre atuava como uma mãe exemplar; não poderia reclamar de sua postura. costumava agir fora do padrão de mãe. Como filha de políticos, ela crescera em um lar rígido, o que a levou ser naturalmente rebelde. Regras não seguravam . Ela havia trocado mais de uma vez seu nome, ela buscava separar-se da imagem que minha avó havia lhe estabelecido. O luxo dos habitantes da superfície não interessava minha peculiar progenitora. Nunca havia sequer visto a figura de meu pai; havia me criado sozinha entre milhares de reuniões e caçadas a futuros amantes... Para uma criança isso fora de fato um tanto traumatizante. Correr era o único momento em que os caóticos pensamentos silenciavam; as batidas de meu coração alinhavam-se ao som do motor. Era como se eu e o automóvel nos tornássemos um; e era nele que estava quando minha mãe surgiu com seu conjunto moderno de um estilo entre refinado e ousado.
— Esse corredor é o que me impede de ser o número um.
Meu tom pouco revelava, estava distraído observando os danos que a pista havia causado.
— Sua obsessão por ele é o que te faz admirá-lo, .
Lhe dei um olhar zangado, já havia lhe dito para não me chamar pelo nome enquanto estivesse na garagem. Poucos sabiam meu nome, corredores utilizavam a numeração no lugar de seus nomes.
— Eu sou sua mãe e posso chamá-lo como eu bem entender — se apoiou sobre a porta do automóvel.
— Não quando odeia ser lembrada de seu nome de nascença — a lembrei enquanto voltava meu olhar para a caixa de ferramenta.
— Isso não possui qualquer ligação com o que estamos conversando — rebateu com um olhar de aviso.
— Eu não vou me prolongar mais neste assunto, mãe — selecionei a chave de fenda enquanto me debruçava sobre o carro.
— Seu pai deseja vê-lo.
Encarei minha mãe, a figura que conhecia estava longe de ser a mesma que encarava. Seus olhos possuíam um temor encoberto por anos, sua postura era tensa enquanto seus braços cruzavam-se de modo a protegê-la da ameaça invisível da figura que nunca havia conhecido.
Capítulo 4
Os corredores estavam em suas habituais posições; 9 estava na linha de frente. Os drones exibiam sua face concentrada enquanto focava-se na longa pista que se abria diante seus olhos. O cenário da vez era a ilusão de Victor; as dunas de areia e sucatas estendiam-se numa visão árida. Meus olhos eram protegidos pela viseira que atuava como uns óculos de sol; sabia que aquele deserto era apenas a primeira parte daquele circuito infernal; os pneus se adaptavam conforme o terreno, o problema era sempre correr contra o tempo. Os gritos dos torcedores chegavam até a Grade. Não podíamos ver os espectadores, mas sabíamos que eles estavam lá, a vida dos corredores era a atração principal para os abutres da superfície. Os moradores do subsolo mal possuíam tempo para descansar, quem dirá poderiam assistir as grandes corridas. Tomei longas golfadas de ar ignorando as rudes lembranças, concentrei-me na ilusão atual de Victor. Ele tentaria de todo modo me sabotar; estava a poucas corridas de conseguir minha liberdade. Não seria ele a ficar no meu caminho! O motor rugia abaixo do capô do meu automóvel enquanto manobrava-o de modo a ultrapassar meus oponentes, havia sido criada nas periferias de Valência, uma aldeia entre a superfície e o subsolo. Conhecia as pistas e os automóveis como ninguém! A elite se deslocava ao meu povoado de modo a conseguir peças, modelos, corredores para as grandes corridas. Victor Henkel era um homem inescrupuloso, seu antecessor fora Claymor Hall, seu avô. Claymor era conhecido como caça trufas entre a população menos favorecida, muitas jovens haviam sido retiradas de seus lares para satisfazer o vil e covarde governante. Claymor cansava-se facilmente e todas as jovens descartadas, se tivessem sorte, acabariam em um prostíbulo da capital. Muitas eram mortas e tinham seus órgãos roubados...
O governo central era muito mais podre do que permitiam vir à tona. A crueldade era um requinte, algo a ser admirado pela corja da superfície. Enquanto milhares de habitantes do subsolo morriam por insuficiência de vitaminas os da superfície esbaldavam-se em uma vida luxuosa.
— Lhe preparei algo especial, JXR.
O tom inexpressivo de Victor inundou o meu carro, sua voz era desprovida de qualquer emoção mesmo sem vê-lo poderia afirmar que em sua face estaria o olhar frio enquanto um sorriso mordaz tomaria seus lábios. Como um bom aprendiz Victor havia seguido os passos de seu avô.
— Eu vencerei esta corrida, Henkel.
Me limitei a desliga-lo pela interface central, o painel em meu carro me dava instruções precisas de quais rotas deveria tomar. Conhecendo o idealizador, sabia que todas me levariam a ala mais isolada da grade tornando minha morte algo fantasioso. Acionei o sistema em meu capacete enxergando as armadilhas encravadas nas dunas; serpentes, aranhas... Era um banho de sangue que me aguardava...
וווווווווווווו
9 era um corredor particularmente fácil de provocar, entre todos os adversários que havia encarado, ele se destacava em ser o mais complicado de lidar. Sua evolução era assustadora, 9 parecia ter nascido para correr...
Eu sabia sua real identidade, Victor havia me tirado de Valência para envenenar os Velocistas. O ego deles estava agitando as massas e o Governo Central não poderia admitir uma ofensa ao seu controle; como um peão fora usada de modo a livrar as ameaças. O enojo que possuía sobre mim superava ao fato de me obrigar a permanecer sobre as garras de ferro de Victor. Ele era um homem que sofrera lavagem cerebral de seu cruel avô, em um canto perdido dentro daquele homem havia um garoto assustado. Claymor fora morto um ano antes de Victor assumir o controle da Nova Sociedade, o veneno que ceifara a vida dele era a dose de adrenalina injetada em cada corredor. O próprio neto fora o responsável pela morte do cruel ditador. A idade de Claymor fora usada como desculpa de sua morte; naquele jogo a adrenalina poderia ser sua única escapatória ou sua sentença de morte. Os sentidos ficavam mais afiados, a direção ficava mais precisa e a pista parecia ser parte de nós.
— Está ficando para trás...
O governo central era muito mais podre do que permitiam vir à tona. A crueldade era um requinte, algo a ser admirado pela corja da superfície. Enquanto milhares de habitantes do subsolo morriam por insuficiência de vitaminas os da superfície esbaldavam-se em uma vida luxuosa.
— Lhe preparei algo especial, JXR.
O tom inexpressivo de Victor inundou o meu carro, sua voz era desprovida de qualquer emoção mesmo sem vê-lo poderia afirmar que em sua face estaria o olhar frio enquanto um sorriso mordaz tomaria seus lábios. Como um bom aprendiz Victor havia seguido os passos de seu avô.
— Eu vencerei esta corrida, Henkel.
Me limitei a desliga-lo pela interface central, o painel em meu carro me dava instruções precisas de quais rotas deveria tomar. Conhecendo o idealizador, sabia que todas me levariam a ala mais isolada da grade tornando minha morte algo fantasioso. Acionei o sistema em meu capacete enxergando as armadilhas encravadas nas dunas; serpentes, aranhas... Era um banho de sangue que me aguardava...
9 era um corredor particularmente fácil de provocar, entre todos os adversários que havia encarado, ele se destacava em ser o mais complicado de lidar. Sua evolução era assustadora, 9 parecia ter nascido para correr...
Eu sabia sua real identidade, Victor havia me tirado de Valência para envenenar os Velocistas. O ego deles estava agitando as massas e o Governo Central não poderia admitir uma ofensa ao seu controle; como um peão fora usada de modo a livrar as ameaças. O enojo que possuía sobre mim superava ao fato de me obrigar a permanecer sobre as garras de ferro de Victor. Ele era um homem que sofrera lavagem cerebral de seu cruel avô, em um canto perdido dentro daquele homem havia um garoto assustado. Claymor fora morto um ano antes de Victor assumir o controle da Nova Sociedade, o veneno que ceifara a vida dele era a dose de adrenalina injetada em cada corredor. O próprio neto fora o responsável pela morte do cruel ditador. A idade de Claymor fora usada como desculpa de sua morte; naquele jogo a adrenalina poderia ser sua única escapatória ou sua sentença de morte. Os sentidos ficavam mais afiados, a direção ficava mais precisa e a pista parecia ser parte de nós.
— Está ficando para trás...
Capítulo 5
— O que há entre você e ?
Victor adentrou meu apartamento, seus olhos possuíam um brilho de insanidade. Os lábios rosados estavam lívidos. Ele estava fora do meu alcance, nada que lhe dissesse o traria de volta a realidade. Acionei as paredes de electronannos; havia reinventado todo o lugar estudando formas de evitar a espionagem excessiva sobre os corredores. A tecnologia que usava era meu arsenal de defesa, Victor conseguiria assassinar um corredor apenas usando o pensamento. Toda a sociedade estava conectada a ele; a família que subiria ao poder passaria por cirurgias que modificariam toda a estrutura do seu DNA. De modo geral, eles eram modificados ao ponto de não ser possível reconhecer nem uma parte humana, muitos habitantes da superfície realizavam cirurgias semelhantes para poderem viver por muitos anos. As pessoas do subsolo não possuíam qualquer chance contra os da superfície devido as modificações. Eles haviam deixado de serem humanos, tornando-se quase exclusivamente máquinas.
— está obcecado pelo corredor que você criou, Henkel!
As batidas do meu coração eram ensurdecedoras, já havia visto ele acionar o sistema de descompressão matando as pessoas pela falta de oxigênio. Me obrigar a conhecer o sistema e como ele estava ligado a Victor havia sido a forma de me proteger dele.
— Vai me dizer que as conversas durante as corridas não são nada?
A fúria brilhava como duas flamas de um incêndio. Havia dias bons e ruins ao lado daquele homem, meu carrasco e salvador. Ele me usara, mas ao mesmo tempo me proporcionara uma chance de escapar do destino. Acabaria como tantas outras garotas, servindo de escrava sexual aos homens da classe Críven.
— Você me mataria se eu me envolvesse com outro homem além de você, Victor... Isso não é razão suficiente em buscar preservar minha vida?
O questionei enquanto o observava, o garoto que nunca teve a chance de se desenvolver lutava contra a máquina cruel que havia se tornado. Desliguei a proteção sentindo as mãos frias de Victor envolver meu pescoço, encarei-o em silêncio enquanto tocava a face dele...
Victor adentrou meu apartamento, seus olhos possuíam um brilho de insanidade. Os lábios rosados estavam lívidos. Ele estava fora do meu alcance, nada que lhe dissesse o traria de volta a realidade. Acionei as paredes de electronannos; havia reinventado todo o lugar estudando formas de evitar a espionagem excessiva sobre os corredores. A tecnologia que usava era meu arsenal de defesa, Victor conseguiria assassinar um corredor apenas usando o pensamento. Toda a sociedade estava conectada a ele; a família que subiria ao poder passaria por cirurgias que modificariam toda a estrutura do seu DNA. De modo geral, eles eram modificados ao ponto de não ser possível reconhecer nem uma parte humana, muitos habitantes da superfície realizavam cirurgias semelhantes para poderem viver por muitos anos. As pessoas do subsolo não possuíam qualquer chance contra os da superfície devido as modificações. Eles haviam deixado de serem humanos, tornando-se quase exclusivamente máquinas.
— está obcecado pelo corredor que você criou, Henkel!
As batidas do meu coração eram ensurdecedoras, já havia visto ele acionar o sistema de descompressão matando as pessoas pela falta de oxigênio. Me obrigar a conhecer o sistema e como ele estava ligado a Victor havia sido a forma de me proteger dele.
— Vai me dizer que as conversas durante as corridas não são nada?
A fúria brilhava como duas flamas de um incêndio. Havia dias bons e ruins ao lado daquele homem, meu carrasco e salvador. Ele me usara, mas ao mesmo tempo me proporcionara uma chance de escapar do destino. Acabaria como tantas outras garotas, servindo de escrava sexual aos homens da classe Críven.
— Você me mataria se eu me envolvesse com outro homem além de você, Victor... Isso não é razão suficiente em buscar preservar minha vida?
O questionei enquanto o observava, o garoto que nunca teve a chance de se desenvolver lutava contra a máquina cruel que havia se tornado. Desliguei a proteção sentindo as mãos frias de Victor envolver meu pescoço, encarei-o em silêncio enquanto tocava a face dele...
Capítulo 6
A escuridão fora a primeira percepção que tive ao despertar, minha garganta ardia devido ao aperto feroz do monstro cruel. O perfume de jasmins me acalentou, estava em meu quarto; estava há anos sobre o mesmo dilema. Havia procurado formas de me libertar do governante central, mas não havia para onde escapar; suas garras ferozes seriam capazes de me matar caso ousasse fugir.
— Onde fui me meter ?
וווווווווווווו
As corridas tiveram sua habitual pausa, Victor estava tendo de lidar com alguns grupos rebeldes o que de certa forma me deixava livre de sua figura intoxicante. Ele sugava toda minha energia, sua inconstância me fazia ficar sempre alerta. Saber quando recuar, fugir, me esconder... Eram tarefas exaustivas.
A cúpula mal me notava, meu perfil não era algo que chamasse a atenção, como uma posse usava um colar que projetava um holograma sobre minha face, escondendo-me sob a vista de todos. E fora justamente naquela semana que Victor estava ocupado quando meu envolvimento com iniciou.
וווווווווווווו
Como tudo começou:
Estava na garagem onde todos os automóveis ficavam após a pausa das corridas. Cada carro era milimetricamente revistado e posto em exposição; os corredores seriam os anfitriões de eventos e a mídia gravaria cada mínimo momento. JXR era apenas um anagrama de meu nome X (Décima) , utilizar as letras em ordem diferente encobria minha identidade criando um personagem manipulável do governante central.
— Posso saber o que está fazendo sozinha aqui?
A voz grave ecoou pela garagem, havia aproveitado a distração de Victor e seguido direto para o ambiente em que estava familiarizada, só não esperava ser pega de surpresa pelo meu principal oponente. Me virei vagarosamente encontrando os olhos sobre a minha figura; era um homem inteligente, não se deixaria levar por uma simples desculpa. Abri um sorriso enquanto recostava-me sobre o automóvel dele, havia sido surpreendida enquanto analisava o carro dele.
— Uma simples plebeia não pode chegar perto destas máquinas? — o questionei enquanto deslizava meus dedos sobre a lataria.
— Como conseguiu entrar aqui? — ele rebateu minha pergunta se aproximando como uma fera diante sua presa.
— Uma dama não revela seus segredos — o respondi com um sorriso divertido.
— Apenas corredores possuem acesso a esta área — então se colocou em minha frente, seus antebraços estavam a vista assim como o início de seu tronco devido o modo como sua camisa estava; ele me parecia tentador naquelas roupas formais.
— A segurança desse sistema possui muitas brechas — desci meu olhar sobre a figura dele abrindo um sorriso de satisfação.
— Isso aqui é divertido para você? — então ergueu meu queixo de modo que nossas faces estivessem a poucos metros uma da outra. — Invadir essa área... — o interrompi.
— Resulta em punições, eu conheço as regras — rolei os olhos retirando a mão dele do meu rosto; o toque dele havia perturbado meu autocontrole. — Quebrar as regras auxilia na liberação de estamina, sua vida deve ser muito entediante se segue corretamente todas as regras, .
— Como sabe o meu nome? — ele me prensou contra a lataria do carro, a respiração dele demonstrava que faltava muito pouco para ele perder o controle.
— Não há como esconder segredos por muito tempo, 9 — o respondi sem me abalar, o sorriso de diversão ainda estava presente em meus lábios.
— Quem é você?
No exato instante em que ele me indagara, as portas da garagem se abriram revelando o perfil de Victor. Empurrei ao mesmo tempo em que acessava minha pulseira de transporte, em questão de segundos estava na biblioteca central, a ala norte costumava ser o meu refúgio quando desejava ficar longe da figura sombria do atual governante.
Como sempre aquele quadrante estava vazio, naquela sociedade as histórias sobre o passado havia se tornado maçantes... Não havia qualquer interesse sobre como havíamos chegado até ali. Me sentei diante a enorme janela, a mesa ao meu lado possuía a função de exibir o que desejasse sobre a janela, digitei algumas palavras relacionadas a natureza, ajustei os climatizadores da sala abrindo meu livro favorito. Enquanto lia sobre eventos do ano de 2957 o som de passos a minhas costas revelara que meu carrasco havia me encontrado. Sua gélida mão pousou sobre meu ombro enquanto a sala retornava ao seu estado original.
— Por que não me esperara em minha casa? — a voz de Victor soou alta no ambiente silencioso, seus dedos se agarravam a minha pele como garras enquanto sentia seu olhar gélido sobre mim.
— Estava precisando de ar fresco — o respondi sem me dar o trabalho de elevar o olhar, meu tom fora firme e minha respiração assim como meus batimentos permaneciam calmos. Havia aprendido a mentir sem ser entregue pelo meu corpo.
— Não esteve na presença de ? —eEle me questionou sentando-se sobre o encosto do sofá, o terno de um vermelho profundo destacava-se no ambiente alabrasto, os olhos de um azul límpido me lembrava o oceano congelado ao sul de Nortvchky.
— Me diga claramente o que esta pensando, Henkel, eu não sou um membro da elite para descobrir o que permeia seus pensamentos — o olhei de modo firme enquanto me sentava de modo que pudesse encará-lo.
— é o próximo na sucessão da alta cúpula, meu pai entrou em contato com a mãe dele — Victor comentou sem dar muita relevância ao que falava.
— Eu ainda não entendi o porquê de estar obcecado com a ideia de que eu e possuímos qualquer ligação, você sabe todos os meus passos nesse maldito sistema — respondi a pergunta não dita, a qual tomava o olhar gélido de Victor.
— é obcecado pela ideia de vencer JXR — ele se absteve de dizer algo mais.
— JXR fora o personagem que você mesmo criara. Ele não existe fora da pista, Henkel — o lembrei cansada, algumas noites atrás ele havia surgido em meu apartamento após a última corrida da temporada. A insanidade o levará a quase me matar, evitava Victor o maior tempo que podia e ele sabia disso, embora não me permitisse permanecer muito distante.
— Lembre-se que sua vida me pertence, — tal como surgiu ele desapareceu.
— Como poderia esquecer se me lembra deste fato sempre que pode?
Deixei a sentença no ar enquanto encarava meu próprio reflexo, a noite se estendia pela capital como um manto invisível. Mesmo que Victor não estivesse ali, eu conseguia sentir o olhar gélido dele sobre mim.
וווווווווווווו
O traje encobria meu corpo feminino, estava usando o uniforme dos Agentes X. Com a abertura dada por Victor, conseguiria enfim me libertar de suas garras, teria de transformar no próximo governante. O pouco que havia visto sobre ele me informava que ao menos ele seria menos cruel que seu meio irmão. Teria de desligar as câmeras enquanto inseria gravações da rotina comum de . Victor não poderia sonhar que estava me aproximando de seu agora inimigo.
— Onde fui me meter ?
As corridas tiveram sua habitual pausa, Victor estava tendo de lidar com alguns grupos rebeldes o que de certa forma me deixava livre de sua figura intoxicante. Ele sugava toda minha energia, sua inconstância me fazia ficar sempre alerta. Saber quando recuar, fugir, me esconder... Eram tarefas exaustivas.
A cúpula mal me notava, meu perfil não era algo que chamasse a atenção, como uma posse usava um colar que projetava um holograma sobre minha face, escondendo-me sob a vista de todos. E fora justamente naquela semana que Victor estava ocupado quando meu envolvimento com iniciou.
Como tudo começou:
Estava na garagem onde todos os automóveis ficavam após a pausa das corridas. Cada carro era milimetricamente revistado e posto em exposição; os corredores seriam os anfitriões de eventos e a mídia gravaria cada mínimo momento. JXR era apenas um anagrama de meu nome X (Décima) , utilizar as letras em ordem diferente encobria minha identidade criando um personagem manipulável do governante central.
— Posso saber o que está fazendo sozinha aqui?
A voz grave ecoou pela garagem, havia aproveitado a distração de Victor e seguido direto para o ambiente em que estava familiarizada, só não esperava ser pega de surpresa pelo meu principal oponente. Me virei vagarosamente encontrando os olhos sobre a minha figura; era um homem inteligente, não se deixaria levar por uma simples desculpa. Abri um sorriso enquanto recostava-me sobre o automóvel dele, havia sido surpreendida enquanto analisava o carro dele.
— Uma simples plebeia não pode chegar perto destas máquinas? — o questionei enquanto deslizava meus dedos sobre a lataria.
— Como conseguiu entrar aqui? — ele rebateu minha pergunta se aproximando como uma fera diante sua presa.
— Uma dama não revela seus segredos — o respondi com um sorriso divertido.
— Apenas corredores possuem acesso a esta área — então se colocou em minha frente, seus antebraços estavam a vista assim como o início de seu tronco devido o modo como sua camisa estava; ele me parecia tentador naquelas roupas formais.
— A segurança desse sistema possui muitas brechas — desci meu olhar sobre a figura dele abrindo um sorriso de satisfação.
— Isso aqui é divertido para você? — então ergueu meu queixo de modo que nossas faces estivessem a poucos metros uma da outra. — Invadir essa área... — o interrompi.
— Resulta em punições, eu conheço as regras — rolei os olhos retirando a mão dele do meu rosto; o toque dele havia perturbado meu autocontrole. — Quebrar as regras auxilia na liberação de estamina, sua vida deve ser muito entediante se segue corretamente todas as regras, .
— Como sabe o meu nome? — ele me prensou contra a lataria do carro, a respiração dele demonstrava que faltava muito pouco para ele perder o controle.
— Não há como esconder segredos por muito tempo, 9 — o respondi sem me abalar, o sorriso de diversão ainda estava presente em meus lábios.
— Quem é você?
No exato instante em que ele me indagara, as portas da garagem se abriram revelando o perfil de Victor. Empurrei ao mesmo tempo em que acessava minha pulseira de transporte, em questão de segundos estava na biblioteca central, a ala norte costumava ser o meu refúgio quando desejava ficar longe da figura sombria do atual governante.
Como sempre aquele quadrante estava vazio, naquela sociedade as histórias sobre o passado havia se tornado maçantes... Não havia qualquer interesse sobre como havíamos chegado até ali. Me sentei diante a enorme janela, a mesa ao meu lado possuía a função de exibir o que desejasse sobre a janela, digitei algumas palavras relacionadas a natureza, ajustei os climatizadores da sala abrindo meu livro favorito. Enquanto lia sobre eventos do ano de 2957 o som de passos a minhas costas revelara que meu carrasco havia me encontrado. Sua gélida mão pousou sobre meu ombro enquanto a sala retornava ao seu estado original.
— Por que não me esperara em minha casa? — a voz de Victor soou alta no ambiente silencioso, seus dedos se agarravam a minha pele como garras enquanto sentia seu olhar gélido sobre mim.
— Estava precisando de ar fresco — o respondi sem me dar o trabalho de elevar o olhar, meu tom fora firme e minha respiração assim como meus batimentos permaneciam calmos. Havia aprendido a mentir sem ser entregue pelo meu corpo.
— Não esteve na presença de ? —eEle me questionou sentando-se sobre o encosto do sofá, o terno de um vermelho profundo destacava-se no ambiente alabrasto, os olhos de um azul límpido me lembrava o oceano congelado ao sul de Nortvchky.
— Me diga claramente o que esta pensando, Henkel, eu não sou um membro da elite para descobrir o que permeia seus pensamentos — o olhei de modo firme enquanto me sentava de modo que pudesse encará-lo.
— é o próximo na sucessão da alta cúpula, meu pai entrou em contato com a mãe dele — Victor comentou sem dar muita relevância ao que falava.
— Eu ainda não entendi o porquê de estar obcecado com a ideia de que eu e possuímos qualquer ligação, você sabe todos os meus passos nesse maldito sistema — respondi a pergunta não dita, a qual tomava o olhar gélido de Victor.
— é obcecado pela ideia de vencer JXR — ele se absteve de dizer algo mais.
— JXR fora o personagem que você mesmo criara. Ele não existe fora da pista, Henkel — o lembrei cansada, algumas noites atrás ele havia surgido em meu apartamento após a última corrida da temporada. A insanidade o levará a quase me matar, evitava Victor o maior tempo que podia e ele sabia disso, embora não me permitisse permanecer muito distante.
— Lembre-se que sua vida me pertence, — tal como surgiu ele desapareceu.
— Como poderia esquecer se me lembra deste fato sempre que pode?
Deixei a sentença no ar enquanto encarava meu próprio reflexo, a noite se estendia pela capital como um manto invisível. Mesmo que Victor não estivesse ali, eu conseguia sentir o olhar gélido dele sobre mim.
O traje encobria meu corpo feminino, estava usando o uniforme dos Agentes X. Com a abertura dada por Victor, conseguiria enfim me libertar de suas garras, teria de transformar no próximo governante. O pouco que havia visto sobre ele me informava que ao menos ele seria menos cruel que seu meio irmão. Teria de desligar as câmeras enquanto inseria gravações da rotina comum de . Victor não poderia sonhar que estava me aproximando de seu agora inimigo.
Capítulo 7
— Pois não?
A figura seminua de abriu a porta no mesmo instante em que a gravação entrava em sua rotina diária.
— Trago uma mensagem da alta cúpula.
olhou para ambos os lados antes de me deixar adentrar seu apartamento, o qual era exatamente igual ao que seus vídeos diários mostravam. Ele deveria estar se exercitando como sempre; sim eu assistia com mais frequência do que admitia, as rotinas diárias de . Ele era magnético e extremamente encantador, sob disfarces o observava em eventos oficiais, a figura real de jamais seria aceita naquele sistema decadente. Sob inúmeros hologramas adotava diversas identidades permanecendo sobre a mira do congelante olhar de Victor.
— Qual é a mensagem oficial...
me encarava enquanto segurava a garrafa de sua bebida energética.
— , me chame de — revelei minha identidade retirando a farda.
— Mas que... — permanecia estático enquanto olhava de um lado para o outro preocupado.
— Temos pouco tempo, Henkel — comentei me sentando sobre o enorme sofá.
— Aquele encontro na garagem... — Interrompi a figura desnorteada de .
— Isso não tem qualquer ligação com o que ocorreu lá — indiquei o lugar ao meu lado. — Preciso lembrá-lo que não temos muito tempo?
— Eu não estou entendendo nada — ele se sentou resignado.
— Eu vou te explicar, então preste atenção em tudo o que irei te falar.
וווווווווווווו ,br>
— O que fez enquanto estava preso na cúpula?
A voz de Victor tomou meus ouvidos enquanto as imagens de um transtornado tomava minha mente, abri um sorriso tranquilo enquanto encarava Victor.
— Permaneci presa nessa maldita mansão — o respondi enquanto levava a taça de vinho aos meus lábios. Desde o episódio de enforcamento ele estava paranoico.
— Deveria ser grata em não acabar num prostíbulo e Ele rebateu sem ser afetado, ele havia terminando sua refeição antes de mim.
— E viver sobre a constante ameaça de morte é muito melhor! — arqueei uma sobrancelha enquanto repousava a taça sobre a mesa.
— Você estaria morta se eu não tivesse assassinado Claymor — ele me deu um sorriso mordaz antes de deixar a mesa.
O toque dele me causava nojo, não possuía qualquer valor real para aquele homem. Sem pedir permissão ele me carregou em seus braços até seu quarto.
— Chegará um dia em que você não mais resistirá a mim.
וווווווווווווו
Um mês havia se passado desde meu primeiro encontro com ; Victor ousava me beijar, mas não seguia muito além. Ele sabia que preferia a morte do que ser tomada por ele. Isso o frustrava, desse modo, seu humor apenas decaia assim como o número de jovens virgens no país.
Juntos havíamos montado um plano junto a resistência, estava farta da prisão invisível na qual vivia. O olhar frio do governo parecia sempre me acompanhar. Ousava sair apenas em momentos em que meu carcereiro estivesse ocupado, havia aprendido a burlar as diretrizes da mansão. Eu não suportava ficar nem mais um segundo naquela casa, meu apartamento estava praticamente abandonado devido ao tempo que estava passando naquela maldita mansão.
— é um nome peculiar para uma garota — o toque macio de sobre meus cabelos me fez erguer o olhar para ele.
— É apenas parte do meu real nome, você sabe disso — acabei rindo, as estrelas no céu noturno eram aconchegantes.
— Você sabe exatamente quem eu sou, mas porque evitas me dizer sua real identidade? — me questionou enquanto me observava cuidadosamente.
Eu sabia que não estava sendo justa com ele, o receio de perder o afeto que nunca houvera sentido antes me aterrorizava. Levei ambas as mãos dele aos meus lábios beijando seus dedos de forma carinhosa.
— Dentro dessa sociedade onde tudo é artificial, você é o motivo real para não ter desistido de tudo — sussurrei enquanto me sentava, meus olhar recaiu sobre o dele enquanto um doce sorriso tomava meus lábios.
— Como faremos a partir de amanhã? — ele referia-se a volta das corridas.
— Não pense no amanhã, foque no hoje! — e então meus lábios tocaram os dele.
Eu não poderia contar-lhe o que se sucederia, Victor deveria focar sua atenção em mim. Assim poderia derrubar o governo tendo aliados ao seu lado enquanto o monstro se ocupava em me caçar. Enquanto meus lábios envolviam-se nos de , eu entregava a ele meu coração. Sob o céu estrelado, envolta do calor do corpo dele eu não senti qualquer medo...
Atualmente...
— Meus caros cidadãos do Sistema, o circuito anual será adiado. JXR está desaparecido; o adotamos em nossa competição e oferecemos uma vida confortável para que tal corredor se voltasse contra nós! Fora encontrado provas que o ligavam ao movimento rebelde! X nos traiu.
A imagem de , a mulher que adormecera em meus braços, era exibida em todas as telas. Meus olhos não conseguiam acreditar que ela era o corredor que buscava derrotar...
— , a revolução começou, está na hora de você assumir o seu lugar;
Kryevan adentrou meu apartamento com o uniforme dos Agentes X. Em suas costas estavam os códigos que derrubariam todas as interfaces e desligaria Victor de vez do Sistema.
— era o corredor...
— Sim, ela era o troféu de Victor. Ele a manteve esse tempo todo sobre seu domínio, ele só não esperava que ela se voltasse contra ele.
— Então você sabia de tudo?
— Quem você acha que iniciou essa briga toda?
A figura seminua de abriu a porta no mesmo instante em que a gravação entrava em sua rotina diária.
— Trago uma mensagem da alta cúpula.
olhou para ambos os lados antes de me deixar adentrar seu apartamento, o qual era exatamente igual ao que seus vídeos diários mostravam. Ele deveria estar se exercitando como sempre; sim eu assistia com mais frequência do que admitia, as rotinas diárias de . Ele era magnético e extremamente encantador, sob disfarces o observava em eventos oficiais, a figura real de jamais seria aceita naquele sistema decadente. Sob inúmeros hologramas adotava diversas identidades permanecendo sobre a mira do congelante olhar de Victor.
— Qual é a mensagem oficial...
me encarava enquanto segurava a garrafa de sua bebida energética.
— , me chame de — revelei minha identidade retirando a farda.
— Mas que... — permanecia estático enquanto olhava de um lado para o outro preocupado.
— Temos pouco tempo, Henkel — comentei me sentando sobre o enorme sofá.
— Aquele encontro na garagem... — Interrompi a figura desnorteada de .
— Isso não tem qualquer ligação com o que ocorreu lá — indiquei o lugar ao meu lado. — Preciso lembrá-lo que não temos muito tempo?
— Eu não estou entendendo nada — ele se sentou resignado.
— Eu vou te explicar, então preste atenção em tudo o que irei te falar.
— O que fez enquanto estava preso na cúpula?
A voz de Victor tomou meus ouvidos enquanto as imagens de um transtornado tomava minha mente, abri um sorriso tranquilo enquanto encarava Victor.
— Permaneci presa nessa maldita mansão — o respondi enquanto levava a taça de vinho aos meus lábios. Desde o episódio de enforcamento ele estava paranoico.
— Deveria ser grata em não acabar num prostíbulo e Ele rebateu sem ser afetado, ele havia terminando sua refeição antes de mim.
— E viver sobre a constante ameaça de morte é muito melhor! — arqueei uma sobrancelha enquanto repousava a taça sobre a mesa.
— Você estaria morta se eu não tivesse assassinado Claymor — ele me deu um sorriso mordaz antes de deixar a mesa.
O toque dele me causava nojo, não possuía qualquer valor real para aquele homem. Sem pedir permissão ele me carregou em seus braços até seu quarto.
— Chegará um dia em que você não mais resistirá a mim.
Um mês havia se passado desde meu primeiro encontro com ; Victor ousava me beijar, mas não seguia muito além. Ele sabia que preferia a morte do que ser tomada por ele. Isso o frustrava, desse modo, seu humor apenas decaia assim como o número de jovens virgens no país.
Juntos havíamos montado um plano junto a resistência, estava farta da prisão invisível na qual vivia. O olhar frio do governo parecia sempre me acompanhar. Ousava sair apenas em momentos em que meu carcereiro estivesse ocupado, havia aprendido a burlar as diretrizes da mansão. Eu não suportava ficar nem mais um segundo naquela casa, meu apartamento estava praticamente abandonado devido ao tempo que estava passando naquela maldita mansão.
— é um nome peculiar para uma garota — o toque macio de sobre meus cabelos me fez erguer o olhar para ele.
— É apenas parte do meu real nome, você sabe disso — acabei rindo, as estrelas no céu noturno eram aconchegantes.
— Você sabe exatamente quem eu sou, mas porque evitas me dizer sua real identidade? — me questionou enquanto me observava cuidadosamente.
Eu sabia que não estava sendo justa com ele, o receio de perder o afeto que nunca houvera sentido antes me aterrorizava. Levei ambas as mãos dele aos meus lábios beijando seus dedos de forma carinhosa.
— Dentro dessa sociedade onde tudo é artificial, você é o motivo real para não ter desistido de tudo — sussurrei enquanto me sentava, meus olhar recaiu sobre o dele enquanto um doce sorriso tomava meus lábios.
— Como faremos a partir de amanhã? — ele referia-se a volta das corridas.
— Não pense no amanhã, foque no hoje! — e então meus lábios tocaram os dele.
Eu não poderia contar-lhe o que se sucederia, Victor deveria focar sua atenção em mim. Assim poderia derrubar o governo tendo aliados ao seu lado enquanto o monstro se ocupava em me caçar. Enquanto meus lábios envolviam-se nos de , eu entregava a ele meu coração. Sob o céu estrelado, envolta do calor do corpo dele eu não senti qualquer medo...
Atualmente...
— Meus caros cidadãos do Sistema, o circuito anual será adiado. JXR está desaparecido; o adotamos em nossa competição e oferecemos uma vida confortável para que tal corredor se voltasse contra nós! Fora encontrado provas que o ligavam ao movimento rebelde! X nos traiu.
A imagem de , a mulher que adormecera em meus braços, era exibida em todas as telas. Meus olhos não conseguiam acreditar que ela era o corredor que buscava derrotar...
— , a revolução começou, está na hora de você assumir o seu lugar;
Kryevan adentrou meu apartamento com o uniforme dos Agentes X. Em suas costas estavam os códigos que derrubariam todas as interfaces e desligaria Victor de vez do Sistema.
— era o corredor...
— Sim, ela era o troféu de Victor. Ele a manteve esse tempo todo sobre seu domínio, ele só não esperava que ela se voltasse contra ele.
— Então você sabia de tudo?
— Quem você acha que iniciou essa briga toda?
Epílogo
Haviam se passado sete anos após o Primeiro ato, a revolução encontrou dificuldades em derrubar todos os sistemas implementados e conectados a Victor Henkel. Os apoiadores da alta cúpula causaram um massacre em massa dos habitantes do subsolo. Foram tempos difíceis para encarar, a nova sociedade fora derrubada dando lugar a . Era um belo nome que causava esperança de tempos melhores. Novos governantes de todas as classe foram escolhidos, mas a ausência de era sentida. Eu não a encontrava por mais que procurasse em todos os cantos, Victor fora encontrado a beira de um precipício com marcas de unhas em todo o seu corpo, ele havia enlouquecido na procura por ela.
era um belo enigma, o melhor corredor, a fagulha responsável em iniciar o incêndio que gerou ao novo governo... E a dama que havia roubado o meu coração!
Me encontrava sentado sobre o meu velho carro de corrida, sentia falta das doses de adrenalina, os compromissos com o povo tomava todo o meu tempo e as cicatrizes deixadas pela revolução me lembrava constantemente o preço por conseguir libertar o povo. Encarei a pista, apenas as luzes e alguns circuitos foram ativados, correria uma última vez antes de desativar de vez o local.
Girei a chave na ignição sentindo o cheiro do combustível inundar minhas narinas, o som do motor ecoava pelo local vazio, as paisagens malucas da mente de Victor eram exibidas a minha frente.
— A você, JXR...
Coloquei o capacete antes de iniciar o percurso, havia me esquecido da sensação de estar atrás do volante. Eu não precisava das injeções de adrenalina, bastava dirigir que meu organismo a produziria...
— Você está ficando para trás, .
— ?
era um belo enigma, o melhor corredor, a fagulha responsável em iniciar o incêndio que gerou ao novo governo... E a dama que havia roubado o meu coração!
Me encontrava sentado sobre o meu velho carro de corrida, sentia falta das doses de adrenalina, os compromissos com o povo tomava todo o meu tempo e as cicatrizes deixadas pela revolução me lembrava constantemente o preço por conseguir libertar o povo. Encarei a pista, apenas as luzes e alguns circuitos foram ativados, correria uma última vez antes de desativar de vez o local.
Girei a chave na ignição sentindo o cheiro do combustível inundar minhas narinas, o som do motor ecoava pelo local vazio, as paisagens malucas da mente de Victor eram exibidas a minha frente.
— A você, JXR...
Coloquei o capacete antes de iniciar o percurso, havia me esquecido da sensação de estar atrás do volante. Eu não precisava das injeções de adrenalina, bastava dirigir que meu organismo a produziria...
— Você está ficando para trás, .
— ?
FIM.
Nota da autora: Agradeço por fazer parte deste ficstape; espero que tenham gostado.
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.
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