Fanfic Finalizada: 01/03/2021

Capítulo Único

DEZ ANOS ATRÁS…

― Eu te amo!
Os braços de apertavam forte o abraço que eles estavam dando, fazendo com que os olhos de se enchessem de lágrimas, mais rápido do que ele conseguiu controlar o sentimento.
Dois meses depois do “baile” o rapaz estava no aeroporto esperando pelo voo que o levaria para longe de tudo o que ele conhecia como lar, precisava organizar as coisas para começar os estudos lá e treinar mais seu inglês, mesmo ele falando quase fluente a língua, falava muito mais o coreano enquanto estava morando na Coréia do Sul.
― Eu também amo todos vocês. ― Ele respondeu, depois que conseguiu controlar o embargo na voz, já tinha se despedido dos outros amigos e seus parentes que ficariam ainda pelo país, tinha ficado por último, por opção dela mesma.
― Não dessa forma, . ― Ela sussurrou para que somente ele escutasse.
― Por favor, eu não posso fazer isso comigo e nem com você! ― As lágrimas dele agora rolavam soltas sem nenhum tipo de privação do sentimento, ele não conseguiu segurar, sabia que talvez a amiga gostasse dele da mesma forma, mas ter a comprovação daquilo só doía ainda mais. ― Me desculpe!
― Só me promete que vai se cuidar e seja feliz, sim! ― Ela soltou o abraço e limpou as lágrimas que escorriam pelas bochechas dele.
― Você também. ― Ele deu um beijo na testa dela. ― Adeus.
Eles se soltaram e logo em seguida uma segunda chamada do vôo ele soou pelos auto falantes do aeroporto, estava deixando muita coisa para trás, assim que colocou a mão na alça de sua bagagem, não olhou mais para a pequena multidão que assistia sua partida, se ele olhasse tudo que ele estava deixando para trás e abrindo mão, talvez não tivesse coragem de ir embora.

ATUALMENTE…

De volta ao aeroporto de Incheon, sentiu o estômago revirar, faziam anos que não colocava seus pés na Coréia, e mesmo que tivesse mantido contato com os amigos, não era a mesma coisa, eles tinham virado adultos, alguns se casaram, outros viraram pais, outros assumiram a empresa da família. Com , o único contato que ele tinha, era o velho número de celular, que ele nem sabia se ainda pertencia a ela, e o Instagram, que eles adicionaram tempos depois e ele ficava vendo o que ela fez da vida por lá. A última vez que tinham conversado, ela estava no meio do curso de administração, pronta para assumir os negócios da família, assim que terminasse o curso, chegou até a ficar noiva, mas não durou muito tempo. A vida dele tinha mudado muito também. Tinha estudado em uma faculdade da liga Ivy, passado um tempo ao lado de seu pai na gestão dos negócios e agora estava abrindo uma filial no país de origem. Então, como era responsável por aquela expansão, ficaria uns bons anos por ali, retomaria a vida, e assim tentaria se reconectar com os amigos.
Enquanto esteve nos Estados Unidos, não conseguiu se conectar a outras pessoas, claro que, fez alguns amigos e conviveu em harmonia com algumas pessoas, mas nenhuma conexão real, como a que tinha com os amigos, ou com ela, que era o amor de sua vida. Ele tentou e como tentou se apaixonar, se entregar e se envolver com outras pessoas durante todos aqueles anos que esteve longe, mas era quase impossível esquecer aquele amor e o pior que era um amor que ele sequer viveu.
Esperando por ele na saída do aeroporto estava , um dos poucos amigos daquele grupo que ele conseguia falar todos os dias, eles eram os mais próximos mesmo e não que os outros não fossem, mas mesmo, estava ocupada com o pequeno Yohan e grávida de seu segundo filho. estava no serviço militar obrigatório naquele momento e , sempre muito ocupada com o trabalho e toda aquela mudança de planos, quando teve que seguir uma carreira diferente da que havia escolhido, porque precisou assumir a presidência quando seu avô veio a falecer, então, como o único ainda solteiro e mais despojado do trabalho, já que era um artista, que vivia de seus quadrinhos, tinha mais tempo, disposição e energia para manter aquela comunicação tão intensa.
— Grande ! — O abraço apertado de era tão confortável, que sentiu como se nunca tivesse ido embora.
— Não precisava vir me buscar, eu disse que pegava um táxi até seu apartamento. — Ele retribuiu o abraço e sorriu para o amigo que estava tão radiante, ele realmente sentiu falta de toda a luz que o outro emanava.
— Relaxa, que quando eu fui para os EUA, até motorista particular teve e tudo mais, aqui nós vamos pegar um Uber. — Ele riu e ficou confuso.
— Você ainda consegue pegar esse tipo de transporte sem ser assediado por fãs? — Estava mesmo curioso, não é como se o amigo tivesse virado um idol ou ator famoso, mas ele tinha uma grande quantidade de fãs, ainda mais por ser tão jovem e talentoso e ele sabia como às vezes era difícil sair com o mais novo.
— Você acha que eu sou algum integrante do Tomorrow x Together? Se liga , meus fãs não são tão calorosos assim, e eu nem sou tão famoso assim aqui na Coréia, meus fãs estão espalhados pelo mundo todo. — Pegou uma das malas que o amigo trazia para ajudar a chegarem mais rápido no ponto certo para pegarem um carro.

Xx


— Como estão todos? — perguntou assim que eles entraram na parte de trás do veículo que, apesar do horário e do pico de pessoas pedindo por um motorista, não demorou a chegar.
— Bem, acho que nada mudou muito desde a última vez que te atualizamos, , embora ame atuar, está se dedicando ao papel de mãe, pelo menos até as crianças entrarem na escola, eu e o conversamos com ela, que estava tudo bem voltar, sabe, eu vou ser o padrinho da Minah, então eu vou dar todo o suporte que ela precisar…
— Vai, é? Eles te convidaram? — interrompeu o amigo, desviando o olhar do celular.
— E quem mais séria? já é padrinho do Yohan, o que eu achei mancada, só porque na época em que ela engravidou aquela minha namorada tinha ciúmes dela e eu trouxa que sou, me afastei. O menino me ama, você acredita? Eu o amo também, meu sobrinho lindo, mas eu me arrependo, ela sempre dizia que quando tivesse um filho eu seria o padrinho e eu perdi essa oportunidade, mas agora eu estou livre daquela mulher horrorosa e livre para ser o melhor padrinho do mundo. — Abriu o maior sorriso do mundo e adorou a explicação, mas gostava de cortar o barato do amigo.
— Mas você sabe que o marido dela canta em um grupo com mais seis caras, eles podem escolher qualquer um deles, já que ela escolheu do primeiro filho, não sabe? Aposto que ela insistiu com o para que ela escolhesse o padrinho do Yohan e ele a madrinha, para poder cumprir o combinado e escolher você, tanto que ela e devem ter conversado sério, pra ela não escolher a melhor amiga naquela ocasião e você pisou na bola, eu ainda te avisei e se eles não escolherem nenhum dos membros do grupo dele, eu tô de volta, então a concorrência ainda é grande! — Sorriu vitorioso, olhando a expressão de sério e incrédulo do outro.
— A não faria isso comigo, se bem que ela já chamou a para ser a madrinha dessa vez e o tinha chamado a prima dele da primeira vez, esse pacto de que cada um escolhe um é real, meu Deus, isso não é justo. — Ficou um tempo olhando para o nada e pensado. — De toda forma, mesmo se eu não for o padrinho eu daria uma força se ela quisesse, porque somos família e a família serve para isso!
A expressão dele tinha melhorado, mas o amigo sabia que tinha colocado o outro para pensar sobre o assunto e era bom, porque realmente, aquela época tinha ficado chateada, ele se afastou antes dela o convidar e ela sabia, que pela forma que ele estava "diferente" era capaz de recusar, então foi em certo ponto bom para que ele enxergasse como aquela família era importante para ele, e não podia nem julgar na verdade, também tinha se afastado dos amigos e perdido muitas coisas, como a primeira e mais da metade da segunda gravidez da amiga, a inauguração da empresa de tecnologia que montou sozinho, somente com seus esforços e dedicação, perdeu também o dia do alistamento militar do mesmo, que foi um momento importante e difícil, como tinha se naturalizado coreano, precisou prestar o serviço e precisou do apoio dos amigos que estavam lá com ele, menos , perdeu também o sucesso de o momento em que seu hobbie virou sua profissão, que ele estourou e ficou bem conhecido, perdeu também o momento mais difícil na vida de que foi a perda de seu avô, que era como um pai para ela, toda a luta interna para que o patrimônio da família não caísse em mãos erradas, e mais uma luta que foi mudar a faculdade de cinema que tanto almejou fazer para uma de administração, para poder assumir o cargo que tinha hoje. Ele também passou por momentos que precisava dos amigos, mas ele os afastou de certa forma, não por ter viajado para horas de distância, mas por não atender a chamadas de vídeo, não querer voltar nas férias para visitar ninguém, ele achou que não conseguiria ficar longe deles e principalmente longe de , se ousasse colocar o pé na Coréia ou então ver ela por uma chamada de vídeo. Sabia que aquilo era importante para sua família, e os amigos eram importante para ele também, precisava sacrificar algumas coisas e resolveu sacrificar seu lado sentimental.
Depois de um tempo e insistência de alguns deles, ele retomou o contato mas não era mais a mesma coisa, , por exemplo, não tinha mandado uma mensagem sequer durante todos aqueles anos, só respondia as que ele mandava e mesmo assim, tinha vez que não o fazia. Para foi praticamente a mesma coisa, salvo que ela não o mandou mais mensagens, depois que ele não respondeu as dela no primeiro ano fora, e ele nunca respondeu e nem mandou mais nenhuma mensagem também. Ali foi escuridão total, ele só sabia notícias dela pelos amigos e julgava ser da mesma forma.
Ele esteve com ela em todos os momentos, sofreu, chorou e sorriu quando soube o que estava acontecendo na vida dela. Não que valesse de alguma coisa já que ele não mandou nenhuma mensagem ou ligou já que não podia estar ao lado dela e abraçar quando precisou.
— E o marido da ? Você não acha que eles o chamariam para padrinho? — Tentou ser sutil, mas estava tentando saber da vida amorosa da mulher há muito tempo, e qualquer pessoa a quem ele perguntava só mudava de assunto, inclusive .
— Que marido? não consegue manter um relacionamento de mais de seis meses com ninguém desde que você foi embora, um namorado mais duradouro que ela teve, foi aquele companheiro de grupo do , acho que você chegou a ver na mídia, acho que durou 9 meses, mas ela não conseguiu se conectar e ele estava atolado em projetos e essas coisas de artistas, sabe, eles são bons amigos agora, não era pra ser, sabe. — As palavras saíram dos lábios de que ele nem percebeu, e também quando percebeu, pouco se importou, estava de volta, eles iriam se reencontrar de toda forma e teriam de resolver aquele impasse, porque na visão do amigo, os dois tinham virado anti românticos e nem era por maldade sabe, só aconteceu de se fecharem para os sentimentos e precisavam mesmo resolver.
— Então ela está solteira? — Sentiu algo em seu estômago se remexer e a vontade de vomitar chegou com tudo também, não entendeu o porquê daquele nervosismo, mas estava sentindo.
— Ela estava saindo com aquele cara, que joga futebol, qual o nome dele mesmo? — Disse, pensativo.
— O Ren?
O motorista do carro perguntou, eles sabiam que ele estava escutando a conversa e também não era segredo, a mídia coreana toda sabia que cada passo que a CEO da Freeze.co fazia, ela era mais celebridade que o próprio , talvez o fato de ser amiga de uma das atrizes mais famosas do momento, que era casada com um dos idols mais cobiçados da história do K-pop, ajudava naquela fama, porque elas realmente viviam grudadas, mas também ela era jovem, bonita e levou a empresa de automóveis que a família tinha há anos, para outro patamar, a visão jovem, fresca e sobretudo, feminina, expandiu os horizontes e eles eram a segunda maior marca do país e a quinta do mundo, então, ela era conhecida.
— Esse mesmo, eles estão saindo tem uns 3 meses se eu não me engano, mas como ela já apresentou para gente, eles vão terminar em breve, é sempre assim, quando ela tá prestes a chutar uma bunda, ela apresenta para gente e diz por mensagens depois "não se apeguem" é um barato. — Riu mas ficou pensativo.
— Com ele pode ser diferente, o cara é o máximo, melhor atacante que a Coréia já teve, além de ser lindo e bem humilde. — O motorista do carro entrou na conversa mais uma vez.
— Pior que ele é muito gente boa mesmo, eu adorei quando nos conhecemos, a fama não subiu à cabeça, isso sim que é bom caráter. — começou a conversar com o motorista e eles ficaram rasgando seda para o tal do Ren, como se ele fosse um Deus.
Não demorou muito para que eles chegassem em seu destino. Depois que e o motorista começaram a conversar, desligou o cérebro e só voltou a ligar, quando viu que o amigo estava saindo do carro, ele não queria saber como o cara era incrível e como os olhos dela brilhavam quando estavam juntos, era doloroso demais para ele, e ele sabia que não tinha o direito de sentir aquilo, mas como o nervosismo de antes, era algo que ele não podia controlar.
achou tudo muito silencioso, claro que, como estava com ele, o apartamento devia estar vazio, mas imaginou que pelo menos estivesse por lá, esperando por eles, e ele sabia que uma criança de 3 anos não fazia silêncio por muito tempo. Ao abrir a porta, algo melhor que a amiga esperando invadiu seus olhos e sentidos. Todos estavam ali, , e a mais improvável de todos, . E ela estava incrível, como se pudesse reluzir, olhar para ela, ali pessoalmente, fez com que ele visse as coisas com mais brilho e as cores mais vivas, a partir do momento que começou a sentir, sempre soube e foi sincero consigo mesmo sobre os sentimentos que tinha por ela, e nada tinha mudado, além de terem envelhecido um pouco, o sentimento que ele nutria por ela, anos atrás continuava o mesmo.
— SURPRESAAAAAA! — Eles gritaram juntos fazendo com que abrisse um sorriso enorme.
— Olha quem está de volta ao lar. — disse, abraçando o amigo que ficou com medo de apertar o abraço, por conta do barrigão, dos sete meses que ela exibia.
— Seu sem vergonha, eu te odeio. — disse, abraçando o amigo depois que ele se soltou do abraço com .
. — disse de longe, acenando com seu copo na mão, para saudar a chegada dele, sem contatos, sem abraços, sem nada.
— Uau, vocês estão incríveis! — Ele disse, dando mais uma olhada nos amigos, embora o jeito seco que o tratou, ele estava feliz que ela estava ali, jurou que demoraria a ver ela, que ela o evitaria ou algo do tipo.
A festinha de boas vindas estava rolando há algum tempo, ele ficou a par do que aconteceu durante esses anos fora com os amigos, ligou por chamada de vídeo para o marido de que prometeu que logo logo chegaria com o filho para finalmente conhecer pessoalmente o famoso , e comeu boas comidinhas tradicionais que sentiu tanta falta longe. Precisou tomar um ar e saiu para a varanda, onde não percebeu, mas estava sentada com uma taça de vinho nas mãos, sentada e olhando para o céu.
— As estrelas são mais brilhantes na América. — disse e continuava olhando para o céu, fazendo com que ele desse um pequeno salto com o susto.
— Mas aqui é onde eu tenho mais tempo para observar o céu, você esteve nos Estados Unidos? — Ele começou a olhar para a direção em que ela olhava. E não sabia se ela responderia ou não, afinal, não era da conta dele.
— Muitas vezes, pensei em te procurar, mas não sei, das vezes que eu fui, nós não fazíamos mais parte da sua vida. — O tom magoado dela acertou ele em cheio sabia que os amigos, até mesmo tinham aquele mesmo sentimento, só não extrernaram como ela, era transparente demais, sempre foi daquela maneira. — Eu acho que nem eu fazia mais parte da minha vida por um tempo…
— Por isso que você voltou e nossos amigos então nesse teatro de que nada aconteceu? — Ela o interrompeu, ele falaria aquela primeira parte, e sabia que era previsível, mas como sempre, a realidade da segunda parte atingiu ele em cheio, e ele sabia que se ela estava se sentindo daquela forma, é porque era absolutamente a verdade.
— Você nunca vai me perdoar por ter ido embora? — Perguntou, depois que ficaram um tempo sem falar nada e estava se levantando para entrar.
— A questão não é você ter ido embora , mesmo naquela época que éramos jovens, eu entendia perfeitamente o fato de você ter que ir embora, eu já tinha aceitado que viveria por alguns anos longe do meu primeiro amor. — O tom dela era carregado de uma mágoa que ele nunca tinha visto ela expressar. — O que pegou a todos nós e eu posso falar isso com propriedade. — Apontou com a cabeça para dentro, onde a porta de vidro que fechava os dois naquele lugar, dava visão para os amigos se divertindo lá dentro do apartamento. — Foi o fato de que você simplesmente jogou todos os anos da nossa amizade no lixo, parou de se importar com as nossas vidas e por mais que tenha sido difícil no começo para todos nós aceitar que o sentimento que você tinha por nós não era recíproco, nós seguimos nossas vidas, talvez eles sejam mais maleáveis que eu, ou talvez meu sentimento por você fosse e era algo a mais e me feriu de forma mais profunda, mas me desculpe , eu não posso simplesmente fingir que você não cagou para nossas vidas durante esses dez anos depois voltar a te tratar como antes, até porque, o que eu conheci no passado não existe mais, ele foi embora para sempre quando você embarcou naquele avião.
Não foi surpresa para ele aquelas palavras, ele não era besta, sabia tudo o que se afastar implicava no relacionamento com os amigos, não se importava em parecer o bruxo ruim, mas não se atentou que aquilo não respingava só ele, nem imaginou que as essas coisas feriram daquela forma os sentimentos dos outros, por muitos anos fez o que era melhor para ele e também estava tudo bem, aquilo o ajudou a viver de forma relativamente melhor, longe de tudo que conhecia e amava, mas também, não pensou como outro lado ficou igualmente arrasado com a situação.
— Eu não conseguia ser alguém para vocês, enquanto estivesse lá, se eu continuasse mantendo o contato que vocês tentaram comigo, eu ia desistir de tudo e voltar para cá. — tomou coragem e disse, mesmo que não valesse de muito, precisava mostrar o seu lado também.
— Você acha que a gente deixaria você desistir? Acorda, , você vivia no mundo da lua enquanto éramos amigos? — O tom de mágoa de transformou em raiva.
— Eu sei que não, , mas você também sabe que eu nunca fui forte o suficiente, não aguentaria viver longe do meu primeiro amor, que tinha acabado de se declarar para mim, sem querer voltar para os seus braços na primeira oportunidade. — Estava sendo sincero.
— Tudo podia ter sido diferente, , podíamos ter dado um jeito em toda essa situação, nenhum de nós estava preso no país em que morava, a tecnologia também mudou bastante de lá pra cá. — O tom de raiva tinha passado e a tristeza tomou conta daquelas palavras.
— O que nos impede de fazer diferente agora? — Ele se aproximou, fazendo com ela ela fechasse os olhos, mas não saísse do lugar, uma lágrima escorreu de seus olhos, ele sabia que ela estava a ponto, ou de estapear ele até que saísse daquela varanda e a deixasse sozinha ou de desabar em choro ali mesmo.
― Os sentimentos mudaram, , eu mudei, você mudou, até a cidade mudou, olha quantos prédios novos tem por aqui. — Ela parecia exausta de tudo aquilo, ele podia sentir a exaustão em sua voz.
— Eu ainda te amo, , talvez mais do que naquela época — alcançou a mão dela e primeiro tocou, como ela não se afastou dele, ele a segurou. — Eu pensei que pudesse, sei lá, te superar, ou te esquecer, mas nem por um segundo eu consegui, e quando eu te vi hoje, foi como se a chama que estava apagada dentro de mim se acendesse, não sei explicar, eu só sei sentir, eu entendo que tenha parado de me amar, eu também pararia, eu acho, quer dizer, não pararia eu acho que nunca vou conseguir…
soltou sua mão da dele e segurou seu rosto, alcançando seus lábios, se inclinando nas pontas dos pés para conseguir unir os lábios, o beijo foi estranho, tinha amor, mas tinha tristeza e mais alguma coisa que eles foram capazes de sentir, mas não de explicar. Quando separaram os lábios, abriu um sorriso, e também.
— Isso não quer dizer que eu te perdoei. — Ela se afastou um pouco. — Mas eu também não consegui me abrir para ninguém, você é o babaca dono do meu coração, não sei se consigo me entregar, mas acho que perdemos tempo demais para não tentar, o que você acha?
queria soltar fogos, claro que para ele também não seria fácil fazer dar certo, ela tinha razão, eles não tinham mais a vida de antigamente, mas faria de tudo para dar certo, sempre soube que precisava dela em sua vida, sabia que precisava de todos os amigos e por isso resolveu voltar.

ALGUM TEMPO DEPOIS.

— Pelo amor de Deus, , você não vai parar de procriar a terra não? — disse, enquanto carregava as sacolas de compras que tinha feito com a amiga, de roupinhas para o terceiro filho dela que estava a caminho.
— Nem me fala, não sei como consegui engravidar tão rápido, preciso ligar as trompas. — A amiga disse rindo, enquanto empurrava o carrinho com Minah que dormia como um anjo, Yohan estava na escolinha, então não estava com elas naquele passeio.
— Duvido, do jeito que seu marido é, vai querer pelo menos um time de basquete. — Riu e fez a amiga rir também, sabia que não estava errada.
Já estavam indo embora, a tarde seria cheia, tinham de passar no mercado ainda, porque marcaram uma social na casa de e prometeu para a futura mãe de três, que faria seu famoso tteokbokki, pois ela estava com desejo e aproveitariam para comprar as bebidas e comidas pra noite.
Quando chegaram a casa que morava com sua família, ela parou para conversar com um vizinho e entrou com as sacolas, achou estranho, tinha alguma luminosidade, mas se lembrava de ter apagado todas as luzes quando saíram, passou pelo hall de entrada da garagem que dava acesso a sala e vestiu as pantufas deixando as sacolas por lá e pegando uma vassoura que sempre deixava por ali para limpar a garagem, se fosse algum ladrão, ela teria como se defender. Andou devagarinho, e ao entrar na sala, viu um caminho com velas e pétalas azuis que iluminava o cômodo mais alguns metros à frente. Seguiu o caminho, deixando o objeto na sala, ficou com medo de encontrar o pelado, às vezes era algum combinado deles, mas seguiu mesmo assim para se assegurar de que não fosse um bandido mesmo. Mais alguns passos, passou pela cozinha viu a mesma coisa e começou a pensar, que a rosa azul não era o lance da e do e sentiu o coração acelerar quando, passando para os fundos da propriedade, sentiu o cheiro do perfume de e quase travou no lugar, quando o viu com um buquê enorme de rosas azuis e uma roupa estranhamente chique.
— Você não vai me pedir em casamento, vai? — Foi a primeira coisa que ela disse quando viu o sorriso enorme que tinha no rosto.
— Você não quer? — O sorriso dele diminuiu e ela quase riu da carinha que ele fez.
— Quero, quer dizer, não sei, você ia mesmo me pedir em casamento? — Ela se aproximou dele.
— Eu vou, eu te amo, , e eu tô feliz que a gente se deu mais uma chance, e que estamos bem, que eu quero te ter pra sempre na minha vida, ensaiei todo um discurso e toda essa surpresa, mas esqueci que namoro com você e que no final, acabaríamos assim, você querendo rir da minha cara e eu com esse buquê enorme na mão esperando a sua resposta. — Havia humor na voz dele e ela gostava daquilo, se levavam a sério, mas mantinham o humor e sabiam que aquilo era parte deles.
— Aceita logo , vocês vão colocar fogo na minha casa com esse tanto de vela. — gritou da porta da cozinha. E eles riram do lado de fora.
— Correndo o risco de ter que pagar uma casa nova para a nossa amiga…
— E futura madrinha de casamento. — gritou de novo, estava mais perto agora.
— Eu aceito.
Ela se jogou em cima de ele e eles caíram sobre alguns brinquedos de plástico das crianças, que não machucou, mas teriam de comprar novos com certeza.




Fim



Nota da autora: Olá Jiniers, como estamos? Ai ai eu amo absolutamente essa história, começando pelo princípio de que ela é continuação da minha xodozinha We Lost The Summer, e que esse casal é a minha coisa preferida do mundo Layeon eu amo vocês demaaaais. E é isso, dêem stream nos meus filhos, eles merecem demais. Espero que gostem 💜
ps: Se quiser conhecer mais fanfics minhas vou deixar aqui embaixo minha página de autora no site e as minhas redes sociais, estou sempre interagindo por lá e você também consegue acesso a toda a minha lista de histórias atualizada!
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.





CAIXINHA DE COMENTARIOS:

O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.


Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


comments powered by Disqus