Capítulo Único
É sexta-feira à noite e já está ficando tarde. São quase onze e a essa hora normalmente eu já estaria com os meus amigos, brindando à chegada do final de semana, principalmente depois de uma semana cheia de missões cumpridas.
Acontece que essa semana foi tão cheia que só saí do trabalho hoje após as nove. Minha vontade era de mergulhar em um banho de banheira com algum sal de banho bem cheiroso, lendo um livro e tomando uma taça de vinho, e depois me enfiar na cama, sob um edredom bem grosso.
Teria feito isso, se não tivesse recebido uma ligação de Darleen, ainda enquanto dirigia para casa. Ela sabia como me convencer a trocar o dia pela noite, e deixar o descanso para a manhã e boa parte da tarde de sábado. E, se já não fosse persuasiva o suficiente, ainda teve a seu favor o fato de que ela e nosso grupo de amigos tinham escolhido ir ao meu lugar favorito.
Então eu troquei o banho de banheira por uma ducha rápida, para dar uma despertada no corpo. Escolhi um vestido e sapatos de salto um pouco mais baixos do que aqueles que eu usava normalmente, mas com altura ainda suficiente para que eu ficasse sexy.
Pedi um uber, que felizmente chegou rápido o bastante para que eu não acabasse cochilando na poltrona, e agora estou aqui, saindo do carro, em frente ao Highlight.
No primeiro andar do bar, há um balcão comprido com bancos altos em volta, e atrás dele três bartenders manuseando copos, garrafas e coqueteleiras, e servindo bebidas de todo tipo aos clientes. Um deles me vê e sorri, e eu retribuo o cumprimento.
Darleen, Mikkel, Ivvy e Aidan estão mais ao fundo do bar, de pé, virando shots de tequila. Eu me aproximo, dou um abraço em cada um dos meus amigos, e um dos outros rapazes do bar serve um shot para mim. Agradeço e tomo a bebida mexicana, seguindo o ritual que sempre sigo de lamber um pouco de sal antes e chupar uma fatia de limão depois. Sinto a bebida me aquecer e meu corpo reagir, já não parecendo mais prestes a sucumbir ao cansaço.
Meus amigos dizem que vão querer uma segunda dose, mas eu recuso a minha, pois não tenho a menor intenção de ficar bêbada. Há algum tempo essa já não é mais a minha ideia de diversão. Prefiro rir com meus amigos, ouvir os desabafos deles sobre a semana, derrotar Mikkel em uma ou duas partidas de sinuca, e me lembrar de tudo isso, no dia seguinte. E prefiro especialmente me acabar de dançar! Nada afasta tanto de mim qualquer resquício possível de tensão quanto movimentar meu corpo ao som de uma boa música. Nem mesmo a banheira cheia de água morna e sais que prometem milagres com a qual eu sonhara, horas antes.
No fundo do bar, há uma escada para o subsolo, onde fica a pista de dança que faz desse lugar o meu favorito. A música é alta demais para o gosto de muita gente, e as luzes multicoloridas se movimentando freneticamente são capazes de deixar algumas pessoas tontas ou com dor de cabeça, mas eu sempre sinto como se o som e a luz entrassem por cada um dos meus poros, aumentando a minha energia vital. Além disso, o DJ parece ter tido acesso à minha playlist de hip-hop, tocando de In da club e I wanna love you a My Beyonce e In my feelings.
Ainda estou no térreo quando começo a me mover, quase involuntariamente, agitada pela batida que vem lá de baixo. Ivvy está contando alguma história recente sobre seu colega de trabalho abusivo, Mikkel faz piada, tentando fazer com que ela se sinta melhor, e eu tento prestar atenção e dar meu apoio também. Meus pés, no entanto, estou marcando o ritmo, enquanto eu começo a me transportar. Darleen, que é simplesmente apaixonada por Yeah!, me puxa pela mão e me leva escada abaixo, ao ouvir a voz do Usher, sem qualquer pudor em deixar os demais para trás.
Ficamos lá e dançamos mais uma, duas, três… talvez quatro músicas? Eu não sei dizer ao certo. Só sei que estou totalmente entregue e confortável em minha própria pele, como se tivesse sido feita para o hip-hop.
De repente, eu percebo alguém olhando em minha direção. Olho para ele e ele sustenta o olhar.
Naquela noite, eu definitivamente não estava à procura de alguém com quem ficar, mas não posso ignorar o quanto ele é atraente e o jeito como me olha, me fazendo sentir nua, totalmente exposta, mas completamente à vontade com isso. Tão à vontade que passo a dançar com um propósito, a dançar para o estranho que não tira os olhos de mim.
Não demora muito para que ele se aproxime, entendendo o meu convite. Não diz uma palavra, mas fica bem perto, se movendo no ritmo que eu dito com meu corpo.
Darleen me dá um sorriso e vai saindo de perto devagar, até que eu já não saiba mais onde ela está. Meu pretendente está atrás de mim e desliza as mãos pelos meus quadris, segura a minha cintura. Posso sentir sua ereção tocar meu traseiro, e no meio das minhas pernas há uma reação instantânea. Rebolo mais lentamente, com movimentos mais calculados para provocá-lo. Estamos sendo indecentes, dando nosso show particular, mas naquele ambiente nem sei se alguém percebe ou não (e não me importo). Eu não tenho nenhuma preocupação: só quero sentir as sensações que vem dele e da música. É como se escapássemos do tempo e do espaço, na música e na energia sensual que trocamos.
Ele escorrega os dedos levemente pelos meus braços e ficamos de mãos dadas, nossos corpos ainda colados. Ele beija meus ombros e pescoço, morde minha orelha delicadamente. O seu cheiro me embriaga, seu hálito me aquece ainda mais. E, quando Akon canta o refrão de Smack That, ele me vira rapidamente e ficamos cara a cara.
Eu quase me torno incapaz de respirar, por alguns segundos, com a intensidade que vejo em seu olhar. Sinto como se ele quisesse me consumir ali mesmo, por inteiro, e eu quero o mesmo, então eu o beijo. Nós nos agarramos no meio da pista de dança, sentimos o tesão crescer e não tentamos controlá-lo.
Está sendo uma das experiências mais eletrizantes de toda a minha vida aquela dança sensual. Melhor até do que algumas transas! O que me leva a querer ir embora dali com ele, e experimentar tudo o que ele pode ter a oferecer para mim, entre quatro paredes, sem ninguém para servir de testemunha. Mas, ao mesmo tempo, me faz querer continuar ali, usando a música como um combustível perfeito que faz nossos corpos incendiarem juntos.
Ele não parece ter pressa nenhuma. Desfruta de cada toque meu nele e explora várias possibilidades de dar e obter prazer, com a sutileza que a situação exige.
Acho que nós dois sabemos como essa noite vai acabar, mas também queremos que isso demore bastante para acontecer. Estamos nos prolongando nas preliminares, na provocação. Estamos investindo no desejo e, quando o sexo rolar, estou certa de que vai ser explosivo.
Assim, eu decido não ter pressa também, fecho os olhos e aproveito. Mais uma das minhas favoritas começa e eu sorrio, satisfeita.
Assim como a Rihanna, eu também não quero que a música pare tão cedo!
Acontece que essa semana foi tão cheia que só saí do trabalho hoje após as nove. Minha vontade era de mergulhar em um banho de banheira com algum sal de banho bem cheiroso, lendo um livro e tomando uma taça de vinho, e depois me enfiar na cama, sob um edredom bem grosso.
Teria feito isso, se não tivesse recebido uma ligação de Darleen, ainda enquanto dirigia para casa. Ela sabia como me convencer a trocar o dia pela noite, e deixar o descanso para a manhã e boa parte da tarde de sábado. E, se já não fosse persuasiva o suficiente, ainda teve a seu favor o fato de que ela e nosso grupo de amigos tinham escolhido ir ao meu lugar favorito.
Então eu troquei o banho de banheira por uma ducha rápida, para dar uma despertada no corpo. Escolhi um vestido e sapatos de salto um pouco mais baixos do que aqueles que eu usava normalmente, mas com altura ainda suficiente para que eu ficasse sexy.
Pedi um uber, que felizmente chegou rápido o bastante para que eu não acabasse cochilando na poltrona, e agora estou aqui, saindo do carro, em frente ao Highlight.
No primeiro andar do bar, há um balcão comprido com bancos altos em volta, e atrás dele três bartenders manuseando copos, garrafas e coqueteleiras, e servindo bebidas de todo tipo aos clientes. Um deles me vê e sorri, e eu retribuo o cumprimento.
Darleen, Mikkel, Ivvy e Aidan estão mais ao fundo do bar, de pé, virando shots de tequila. Eu me aproximo, dou um abraço em cada um dos meus amigos, e um dos outros rapazes do bar serve um shot para mim. Agradeço e tomo a bebida mexicana, seguindo o ritual que sempre sigo de lamber um pouco de sal antes e chupar uma fatia de limão depois. Sinto a bebida me aquecer e meu corpo reagir, já não parecendo mais prestes a sucumbir ao cansaço.
Meus amigos dizem que vão querer uma segunda dose, mas eu recuso a minha, pois não tenho a menor intenção de ficar bêbada. Há algum tempo essa já não é mais a minha ideia de diversão. Prefiro rir com meus amigos, ouvir os desabafos deles sobre a semana, derrotar Mikkel em uma ou duas partidas de sinuca, e me lembrar de tudo isso, no dia seguinte. E prefiro especialmente me acabar de dançar! Nada afasta tanto de mim qualquer resquício possível de tensão quanto movimentar meu corpo ao som de uma boa música. Nem mesmo a banheira cheia de água morna e sais que prometem milagres com a qual eu sonhara, horas antes.
No fundo do bar, há uma escada para o subsolo, onde fica a pista de dança que faz desse lugar o meu favorito. A música é alta demais para o gosto de muita gente, e as luzes multicoloridas se movimentando freneticamente são capazes de deixar algumas pessoas tontas ou com dor de cabeça, mas eu sempre sinto como se o som e a luz entrassem por cada um dos meus poros, aumentando a minha energia vital. Além disso, o DJ parece ter tido acesso à minha playlist de hip-hop, tocando de In da club e I wanna love you a My Beyonce e In my feelings.
Ainda estou no térreo quando começo a me mover, quase involuntariamente, agitada pela batida que vem lá de baixo. Ivvy está contando alguma história recente sobre seu colega de trabalho abusivo, Mikkel faz piada, tentando fazer com que ela se sinta melhor, e eu tento prestar atenção e dar meu apoio também. Meus pés, no entanto, estou marcando o ritmo, enquanto eu começo a me transportar. Darleen, que é simplesmente apaixonada por Yeah!, me puxa pela mão e me leva escada abaixo, ao ouvir a voz do Usher, sem qualquer pudor em deixar os demais para trás.
Ficamos lá e dançamos mais uma, duas, três… talvez quatro músicas? Eu não sei dizer ao certo. Só sei que estou totalmente entregue e confortável em minha própria pele, como se tivesse sido feita para o hip-hop.
De repente, eu percebo alguém olhando em minha direção. Olho para ele e ele sustenta o olhar.
Naquela noite, eu definitivamente não estava à procura de alguém com quem ficar, mas não posso ignorar o quanto ele é atraente e o jeito como me olha, me fazendo sentir nua, totalmente exposta, mas completamente à vontade com isso. Tão à vontade que passo a dançar com um propósito, a dançar para o estranho que não tira os olhos de mim.
Não demora muito para que ele se aproxime, entendendo o meu convite. Não diz uma palavra, mas fica bem perto, se movendo no ritmo que eu dito com meu corpo.
Darleen me dá um sorriso e vai saindo de perto devagar, até que eu já não saiba mais onde ela está. Meu pretendente está atrás de mim e desliza as mãos pelos meus quadris, segura a minha cintura. Posso sentir sua ereção tocar meu traseiro, e no meio das minhas pernas há uma reação instantânea. Rebolo mais lentamente, com movimentos mais calculados para provocá-lo. Estamos sendo indecentes, dando nosso show particular, mas naquele ambiente nem sei se alguém percebe ou não (e não me importo). Eu não tenho nenhuma preocupação: só quero sentir as sensações que vem dele e da música. É como se escapássemos do tempo e do espaço, na música e na energia sensual que trocamos.
Ele escorrega os dedos levemente pelos meus braços e ficamos de mãos dadas, nossos corpos ainda colados. Ele beija meus ombros e pescoço, morde minha orelha delicadamente. O seu cheiro me embriaga, seu hálito me aquece ainda mais. E, quando Akon canta o refrão de Smack That, ele me vira rapidamente e ficamos cara a cara.
Eu quase me torno incapaz de respirar, por alguns segundos, com a intensidade que vejo em seu olhar. Sinto como se ele quisesse me consumir ali mesmo, por inteiro, e eu quero o mesmo, então eu o beijo. Nós nos agarramos no meio da pista de dança, sentimos o tesão crescer e não tentamos controlá-lo.
Está sendo uma das experiências mais eletrizantes de toda a minha vida aquela dança sensual. Melhor até do que algumas transas! O que me leva a querer ir embora dali com ele, e experimentar tudo o que ele pode ter a oferecer para mim, entre quatro paredes, sem ninguém para servir de testemunha. Mas, ao mesmo tempo, me faz querer continuar ali, usando a música como um combustível perfeito que faz nossos corpos incendiarem juntos.
Ele não parece ter pressa nenhuma. Desfruta de cada toque meu nele e explora várias possibilidades de dar e obter prazer, com a sutileza que a situação exige.
Acho que nós dois sabemos como essa noite vai acabar, mas também queremos que isso demore bastante para acontecer. Estamos nos prolongando nas preliminares, na provocação. Estamos investindo no desejo e, quando o sexo rolar, estou certa de que vai ser explosivo.
Assim, eu decido não ter pressa também, fecho os olhos e aproveito. Mais uma das minhas favoritas começa e eu sorrio, satisfeita.
Assim como a Rihanna, eu também não quero que a música pare tão cedo!
Fim
Nota da autora: Estou ficando """"especialista"""" em microfics, por livre e espontânea necessidade, mas prometo compensar vocês que sempre leem minhas fics e me dão o maior apoio, assim que eu tiver tempo para algo mais bem elaborado!! Um beijo imenso!! <3
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.