Capítulo 1
Do yoau know the reasons why we look up to the sky?
Hey angel
Do you know the reasons why we look up to the sky?
110 km por hora era a velocidade que o carro de corria pelas ruas de Londres. Após sair do enterro de totalmente conturbado. Não era justo que isso acontecesse com ele. Com eles e com tantos planos. Parou ao primeiro bar que localizou e caminhou até o bar pedindo o mais forte que tinha ali. Ele precisava beber após anos. Ele não podia evitar lagrimas caiam sobre seus olhos enquanto se lembrava dos momentos dos dois, era tão injusto que uma maldito acidente acabasse com isso.
Uma viagem de lua de mel, o caminho até o aeroporto, um acidente e tudo acabava? Os planos. A filha que seu amor carregava. O casamento recém acontecido. A casa nova. Não era justo. O que diabos a vida queria fazer com ele? Ou ao contrario, porque a morte teve que chegar tão rápido para quem não merecia nada disso.
Depois de quase sete doses da bebida mais forte que o barman havia enchido o copo de repentinamente. As lagrimas ainda não cessavam. Tocava “Gone Too Soon- Simple Plain” no Pub e parecia quase uma injustiça. A musica o descrevia. Ela tinha ido embora, como uma estrela cadente em meio ao céu. Tão rápido. levantou-se amargurado, não fazia sentido ele continuar a vida. Não sem ela, não sem elas. Era para ser um dos dias mais felizes da vida dele, eles estariam em Paris comemorando a Lua de mel, e agora ele estava em um bar. Tentando amenizar a dor com bebida. E seria assim daqui pra frente. Ele sabia que não queria que ele bebesse, era uma promessa. Mas ela iria ficar com ele para sempre. Não era esse o juramento? “ até que a morte os separe” Grande ironia, não? Não ia ficar assim, ele prometeu pra sempre e se ela não ficaria com ele, ele iria atrás dela. Ele tentava caminhar até a saída do bar passando em meio as pessoas no meio do bar, rindo e se divertindo. Ele teria seguido em frente se não estivesse visto um riso tão conhecido no meio das pessoas. Os cabelos castanhos caiam sobre as costas em perfeitas ondas. O sorriso era escancarado e lindo. E vestia um vestido branco longo. Não era um vestido de casamento. Era algo que parecia vestes de um anjo. sem pensar caminhou até ela que sorria cada vez mais. Quando chegou a uma distancia segura forçou as vistas para ver que merda era aquela. Era ela ali? Era uma assombração. Ele fechou os olhos como se afastasse sua loucura e os apertou e abrindo logo em seguida ela havia sumido. Ele estava louco, claro que ela não estava ali. Era loucura. Como um anjo? Na cabeça de aquilo era uma grande bobagem. Anjos, Deus, Céu. Mas o inferno era ali. Onde ele estava. E pretendia sumir logo.
Ignorou os pensamentos malucos e voltou pro bar. Preferia morrer em coma alcoólico do que ficar vendo espíritos. Era até de se rir. Quem via anjos? Ninguém. Afinal, eles não existiam. E voltou para o bar sem se importar com quantas doses ainda ia derramar.
Uma
Duas
Três doses.
Quatro
Cinco
Seis doses
Sete
Oito doses.
já não raciocinava por si só. Levantou se da cadeira cambaleando pra ir rumo o carro até que . Pelo caminho, pode jurar ter visto um vulto ao virar o rosto para trás, não sabia explicar, mas era como se houvesse uma presença próxima dele, apesar de não ser possível enxergar ninguém. Mas pensava “É só o efeito do álcool, idiota. “
- Vai embora, ou, sei lá, procura a luz e me deixa em paz. A última coisa que eu preciso é de um fantasma atormentando a minha vida.. - falou sozinho, rindo das minhas próprias palavras em seguida. Realmente, estava ficando muito grogue
- Você não vai dirigir, honey. – Ouviu uma voz doce e felizmente conhecida mas coçou os ouvidos tentando afastar os sons. Álcool maldito. Ignorou a voz e continuou andando até o carro mas sentiu algo passando próximo a ele. E ouviu novamente em seguida. – Amor, você não vai dirigir nesse estado. – Era o que faltava um fantasma na sua vida. Era até engraçado. Além de perder a esposa, agora era louco. Ia sair dali direto pra um psiquiatra. Continuando a caminhar até o carro e ignorar. Era a merda da voz conhecida de . Mas ela estava agora enterrada, não estava?
- You'll never love yourself, half as much as I love you.. – A mesma voz voltou a cantarolar a musica amada e conhecida por ser a musica deles. Dele e de... ?
- ?
- Em carne e osso, ou melhor nem tanto assim. – Ela riu da própria confusão. E parou na frente de . Que fechava e abria os olhos tentando afastar as alucinações. Ele desviou da alucinação e caminhava pela calçada para o mais longe possível da maldita alucinação. Você está bêbado, você esta bêbado, você esta bêbado, você esta bêbado. Ele andava balançando a cabeça e repetindo o mais novo mantra em um baque caiu sobre a calçada e olhou pro alto e lá estava ela parada na sua frente sem sinal nenhum de cansaço. Então ela não havia corrido e sim havia usado seus poderes de assombração pra se materializar na frente dele.
- Você continua teimoso, da pra parar? Eu não vou sair de trás de você e você não vai dirigir.
- Vai pra luz, assombração.- falava alto e olhou pro céu. – Força divina ou qualquer ser acima de nós. Mande uma luz pra essa assombração - fez sinal de cruz mas ouviu a gargalhada.
- Vem, vamos andando pra casa – Ela riu. – A propósito você sempre diz quando eu estou linda, não fez isso hoje, que tipo de marido é você? – ficou em pé depois de um certo esforço tomando a quantidade maior de ar que conseguia hesitante em dar um passo ao encontro da mesma enquanto ela ria esperando pelo próximo ato.
- Se eu encostar em você minha mão vai atravessar, não vai? – Ele perguntou com os olhos arregalados.
- Encoste. – Ela riu de volta mas a sua coragem se esvaiu. Ele estava conversando com um espirito, uma assombração. Então tinha certeza de a) Perdeu o ultimo parafuso que lhe restava. B) a vida é muito mais do que ele sabia.
- Vou fingir que confio em você e vou continuar andando, quando o efeito da bebida passar você vai sumir.
- Não vou embora tão cedo.
- Qual é assombração…
- , eu não sou assombração – A garota colocou as mãos na cintura e o encarou autoritária .
- Agora um espirito fica irritado, que decadência. – Quando finalizou as palavras sentiu um empurrão no ombro direito e sentiu que agora sim, aquilo havia passado dos limites. Não havia ninguém ali. Ninguém além dele e do espirito maluca.
Puta merda, ele estava fodido, quem via espíritos? E pior, quem sentia espíritos? Só um bebum, então tudo bem. Aquilo era bebida. Ele acelerou o passo rumo a casa que ainda se lembrava do lugar, e ia atrás dele, tagarelando sobre como era bom estar na terra novamente e ele achava aquilo alucinação total.
Quando entrou porta a dentro e estava na porta, ele fechou a porta com força a deixando pra fora e encostou a cabeça na porta. Tinha se livrado do espirito maluco, agora só precisava de um banho. Confusões demais pra um dia só. Se virou pra subir e deu de cara com a assombração lhe encarando com a sobrancelha erguida e o sorriso de lado.
- Ainda estou aqui, meu amor.
- Deus me livre, misericórdia. Eu fechei a porta, por onde você entrou?
- Portas... eu sou um anjo, amor. Portas não me param.
- Você é um anjo? Anjo sem asas? Não me engane assombração. – arregalou os olhos enquanto andava de lado.
- Eu tinha duas escolhas, . Ficar com você foi a minha.
- Você não está comigo, você morreu porra! – Ele deixou a paciência de lado e as lagrimas voltaram a surgir. Ele havia a perdido, e não gostava de lembrar disso. A vida era uma grande decepções. Era isso, no fim tudo ia dar errado.
- Eu não vou embora, eu estou aqui por você.
- Por mim? Pra quê? Pra me assombrar, e fingir que é real? Você não é real. Nada aqui é real, alias, eu nem sei porque “tô” falando com um espirito.
- Isso é real, nosso amor é real, ele me fez estar aqui por você. Quero que você seja feliz.
- Eu seria feliz se você não estivesse morrido. Eu seria feliz se tivesse cumprido a jura que fizemos no dia que você morreu encima daquele altar. As palavras “ pra sempre” e a frase até que a morte os separe, veio rápido demais pra gente.
- As vezes nem a morte é capaz de separar o amor, . Eu estou aqui por você.
- Por mim? Eu já entendi, isso é alucinação e eu vou pro banho e quero que você pare de me assombrar, some daqui . – Dito isso ele saiu subindo as escadas não queria mais ser assombrado, não queria vê-la se ela não for real, já era dor o suficiente entrar naquela casa não tendo ela ali. E deitar naquela cama ao fim da noite, ela o esperava com o sorriso estampado na cara, e a noite não ia passar, a saudade só apertava e a solidão da casa.
Mas era como se as paredes falassem que ela não voltaria. Ele se jogou na cama e lembraria de todas as noites de amor que viveu com ela. O cheiro dela grudado no travesseiro ela uma forma de tortura. Tirou a t-shirt preta que usava e se abraçou com o travesseiro de , deixando sua fraqueza sobre ela ser transparecida. Ele não ia conseguir dormir sem ela ali. Sem o abraço dela por perto, o abraço que eles se acostumaram desde a primeira noite.
Flashback – 22 de janeiro de 2011
Eles se jogaram suados na cama de solteiro que havia ali, após uma noite completamente arrebatadora de amor que eles haviam feito.
- Lexi? – Ele sussurrou sobre os cabelos dela.
- Oi, . – A voz fraca denunciava o sono chegando.
- Eu amo você. – A pequena se remexeu no colo e o encarou como se houvesse escutado um absurdo.
- Você me?..
- Eu te amo, . – Ela gargalhou em seguida e o beijou.
- Eu também te amo, daria de tudo pra dormir pra sempre assim com você.
- Mas vamos dormir assim sempre, mas em uma cama de casal bem grande e nossos filhos vão invadi-la durante a noite.
- É o que eu mais quero.
- Vai acontecer.
- Promete? – Ela aninhou se contra o abraço dele.
- Prometo, pra sempre.
Fim do Flashback
(...) Já passavam das 3:00 AM, e ainda não havia pregado os olhos. Ele só pensava no quão seria bom se ela estivesse ali, tudo seria muito mais fácil. No pensamento dele se ela estivesse ali ele já estaria em sono profundo e acordaria ao lado dela.
- Eu estou aqui, pode dormir. – Ele ouviu a voz dela de novo.
- Por favor não faz isso, eu não quero ficar vendo alucinações.
- Você só vai conseguir dormir quando eu estiver aqui. – Ela se sentou na cama. – Vem deita no meu colo.
- Eu não consigo te sentir, não é você.
- Você consegue me sentir.
- Você é um espirito.
- Sou um anjo, amor. Combinaremos o seguinte, hoje você deita e dorme e amanhã quando estiver bem eu vou estar aqui.
- Você vai embora. É apenas um espirito.
- Não vou sair daqui. Eu juro. – Ela viu ele se aproximando receoso de toca-la. Ela aproximou a mão da dele que estava na cama e sentiu ele recuar mas o encarou como se pedisse por favor. E quando as mãos se encostaram o sorriso de foi espontâneo. Ele estava tocando-a. Era a pele lisa que ele costumava amar. – Agora vem, deita aqui. – E sem ter consciência e deixando somente a saudade falar por si só. Ele se aproximou e deitou no colo da esposa. Ela era como uma droga, viciante e sem ela, ele não era nada. Precisava de senti-la. De tocar, e de ama-la. Ela não tentou não fazer nenhum movimento brusco.
- Promete que não vai embora? E que essa dor vai passar?
- Prometo, vou estar aqui até essa dor passar. E eu não vou embora, estou aqui por você
acordou e tateou a cama em busca de algo, ou de alguém. Nada.
Abriu os olhos e olhou em volta do quarto, também nada. Era isso, um sonho ele não havia visto-a e nem falado com ela, era efeito da maldita bebida, juntamente com a dor de cabeça maldita. Sentiu o cheiro da mesma próximo ao lado dela na cama e foi o suficiente pra voltarem as lagrimas e a maldita dor. Se esforçou pra não lembrar e se levantou da cama. Seja qual foi aquilo, era um sonho, um sonho muito idiota; foi em direção ao closet e o lado dela ainda estava com tudo ali. Os portas retrato com fotos dos dois todos espalhados. E nunca mais ia existir uma foto daquela. Ela tinha ido embora. Ignorou novamente os pensamentos e pegou uma roupa qualquer seguindo até o banheiro, precisava de um banho. Tirou a camisa ao entrar no banheiro e ao encarar seu rosto no espelho, ele estava deplorável. Tirou o resto das roupas e ligou o chuveiro. Enfiando a cabeça na agua e fechando os olhos, quem sabe aquilo tiraria um pouco das lembranças.
Belíssimo corpo, marido.
Porra, eu tô pelado. - Ele praguejou ouvindo aquela voz de novo.
Já te vi assim. - Ela gargalhou.
Eu não to bêbado, não é você
Essa seria uma bela hora pra eu tocar em você.
Sai daqui espirito maluco.
Eu não sou espirito, você me tocou ontem e sabe disso. Vem cá, me da sua mão.
Eu não posso, eu não quero. Porra, me deixa viver. - Ele desligou o chuveiro e seguiu rumo ao quarto, se secando rápido e vestindo as roupas. Precisava sair daquela casa, tinha algo ali.. Rumou até o carro, sem saber pra onde pretendia ir, mas precisava de tira-la da sua mente, de não vê-la mais. Ela era a porra de um espirito, anjo ou sei lá o que, que dizia estar ali por ele.
Do you look at us and laugh
When we hold on to the past?
Hey, angel
havia se enfiado no estúdio desde o momento que sairá do apartamento, estimadamente 7 horas antes, considerava vê-la uma loucura. Mesmo que ele quisesse, e como queria vê-la de novo, toca-la também. Mas ela simplesmente podia estar viva, não ele, louco. Precisava de uma solução, parar de vê-la, tinha que ter um jeito. Pegou o violão numa tentativa de se distrair, mas a letra só dedilhava uma melodia que ele não conhecia, era algo novo e que poderia sair coisas boas dali. Se o mesmo toque não o trouxesse lembranças.
Flashback- 2 meses atrás
Jogo do Chelsea x Manchester United
FIM DE JOGO! Chelsea vence por 3x2.
- Ah, eu disse! Nós vamos vencer – pulava enquanto cantarolava a melodia de vitória e fazia um bico enorme.
- Ah qual é, quase foi empate.
- Mas não foi, e nós ganhamos. – Ela retrucou e saiu andando animada pro carro. – E eu quero meu super lanche.
- Não devia ter apostado.
- Você devia saber que ia perder, você sempre perde.
- Em tudo? – olhou de sobrancelha erguida pra ela.
- Sim, eu sou a ganhadora do relacionamento.
- Eu ganhei você, isso já é o suficiente – Ele olhou com um sorriso de lado pra ela que na hora pulou pro colo dele no banco do motorista.
- Já disse que te amo? – Ela disse dando um selinho no noivo.
- Já, mas hoje ainda não.
-Eu vou casar com você, isso é prova suficiente, agora vamos pra o meu super Mclanche que a nossa filha tá com fome.
- E como você sabe?
- , cala a boca e vai buscar meu lanche e assim que chegarmos em casa eu prometo muito amor.
- Epa, é pra já. – Ele gargalhou e ela pulou pro banco passageiro e eles seguiram pra lanchonete. E naquela noite realmente, acabou em muito amor.
Fim do flashback
dedilhou mais algumas notas e olhou pra aliança no próprio dedo. Fazendo ele se lembrar do pedido de casamento feito. Há essa hora ela devia estar o observando em calma, ele queria se parecer com ela agora. Na calma, na serenidade.
Do you wish you could be more like me?
Oh, I wish I could be more like you
Do you wish you could be more like me?
FlashBack. – Pedido de casamento.
Era um show da banda e haviam acabado de tocar Perfect, assim que a musica acabou as luzes do palco se apagaram e focaram somente em e que presenciava o camarote vip, ela encarou como se não entendesse o que estava acontecendo. Então ele começou o discurso.
- Olá, gente, hoje eu queria contar uma historia antiga, a quase 5 anos atrás eu me apaixonei por uma garota, ela era difícil de lidar, mas eu não desisti, com 6 meses de insistência eu consegui conquista-la. E ela virou minha então namorada. Com o tempo eu vi que o namoro não era mais suficiente, eu não queria deixar ela ir embora toda noite, e que queria passar o resto da minha vida com ela, e por perceber isso eu estou aqui hoje, aquela que a luz está destacando é e meu pedido é pra ela, você aceita Lexi? Dividir uma vida inteira comigo e quando essa vida acabar que a gente acabe junto? Você aceita se casar comigo?. – e com isso todo o publico aplaudiu e começam com um coro de “aceita”.
Fim do Flashback
Tell me, do you ever try to come to the other side?
Hey angel
Tell me, do you ever cry when we waste away our lives?
se levantou conturbado com a memória e caminhou até a janela do estúdio olhando pro céu. Se de lá onde ela estava, ela sorria quando o via pensando nela? Sorria com as lembranças positivas?
- De onde você estiver, eu só queria entender o que eu faço agora, Lexi. – Ele falou pro vento e pra si mesmo.
- Agora você devia ir pra casa, e dormir sua rotina precisa voltar, . – Ela surgiu escorada na parede.
- Ah não, não pode ser real.
- Sim, é real e eu vou te provar, a mel tá gravida.
- E o que isso tem a ver?
- Não tem como eu saber, só ela sabe, ia contar pro Harry e ele provavelmente vai te ligar daqui á 5..4..3..2
- Não seja boba. – Ele riu da idiotice mas sentiu o telefone vibrar no bolso com o nome do Harry no visor, era coincidência, obvio.
“ – Alô, Harry.
-Eu vou ser pai! - Nesse momento largou o telefone no chão”
- Tudo bem, Lexi, eu entendi. Você sabe de tudo, é um anjo?
- Sim, seu anjo.
- Então aquela coisa de life guardian é verdade?
- Sim, eu podia escolher entre ficar de lá do céu te observando ou descer e te ajudar nessa missão impossível chamada viver.
- Eu não consigo acreditar nisso, destino, anjos.
- Mas eu estou aqui.
- E eu não posso ter certeza.
- Claro que pode, só fui aconselhada a não deixar você me tocar mais.
- Porque diabos eu não posso?
- Sem falar o nome desse ser, mas digamos que isso te cause problemas, é como se eu te atraísse pro meu mundo.
- Então me explica, se eu encostar em você eu acabo diminuindo meu tempo de vida, certo?
- Certo, e você não quer morrer, né?
- Ninguém quer, mas seria irônico se eu dissesse que preferia ter morrido com você?
- Seria idiotice.
- Claro que não, nós tínhamos acabado de nos casar e nosso pra sempre acaba tão rápido?
- Na eternidade vamos estar juntos pra sempre.
- Se eu morrer. Então?
- Quando Deus quiser que você morra.
- Não me venha com essa.
- Mas isso existe, você ainda vai ser feliz.
- Eu seria feliz com você.
- Você vai encontrar sua alma gêmea.
- Você era minha alma gêmea.
- Amor, eu não sou mais do seu mundo, eu só preciso te mostrar seus caminhos e fazer com que você seja feliz.
- Uma chance, .
- Tudo bem, agora me escuta, eu quero que você vá pra casa e ligue pro Harry, vão ter comemorações a vista, uma grande oportunidade, e uma grande mulher.
- Tá me dizendo que vão fazer uma festa, eu vou encontrar uma mulher?
- Sim.
- Mas tá muito cedo pra isso.
- Eu não tenho muito tempo com você, aqui. Meu prazo é curto e eu preciso fazer as coisas acontecerem nesse tempo. Pode ser?
- Tudo bem.
Do you wish you could be more like me?
Oh, I wish I could be more like you
Oh, I wish I could be more, could be more, could be more
(xxx)
1 mês e meio depois..
11:34 PM – Pub bob
- Precisamos tocar, .
- Não dá, eu não consigo tocar.
- Você tem que voltar a cantar e tocar
- Não é tão fácil. – jogou o violão no carpete que tinha no estúdio e foi em direção a porta.
- É fácil, sim. Já se passaram quase dois meses desde que morreu e você não faz nada, Meredith não para de reclamar que você não responde as mensagens dela mais.
- Não dá, tá legal? Eu não a vejo mais, você não entende? Ela era a mulher da minha vida e agora morreu então não vejo sentido de continuar vivendo – bateu a porta do estúdio, havia uma semana que não aparecia, ele já havia suplicado de todas as formas possíveis, ele precisava vê-la.
Hey angel
foi pro lugar que ele nunca havia visitado além do dia do casamento, a igreja. Se sentou no ultimo banco e curvou a cabeça, não sabia como começaria aquilo, mas ia começar.
- Deus, né? Eu não sou bom com isso, na verdade nunca falei com você, mas é que eu queria te pedir uma coisa, eu sei que não tenho sido muito obediente a você, nem tenho tido fé. Mas eu queria vê-la de novo. Mesmo que por uma ultima vez, eu preciso de saber o que fazer. É isso. Amém.
Ele se levantou olhou pros lados. E nada. Mas tudo bem, ele entendia, afinal nunca foi digno de ser escutado por Deus.. Caminhou até o carro sem rumo ou sem noção do que faria, não tinha sentido. Não tinha o que fazer, não sabia fazer nada sem ela. E não queria, alias ele não queria viver sem ela. Malditas palavras do maldito padre.
“ Até que a morte os separe” quem essa maldita morte pensava que era pra pensar que separaria os dois. Não era o fim, deles não
Hey angel.
48 horas era o tempo que não saiu do quarto. Não queria, não podia e nem conseguia. não tinha aparecido mais e pra ele não tinha sentido, não sabia o que fazer, onde ir, o que falar. Só queria ela, só pensava nela, se arrependia de não dado a ela um ultimo abraço, não ter dado um ultimo beijo e dito que a amava mais uma vez. Ele não queria mais cantar, comer ou ao menos sair de casa. Só pensava em dormir ou quem sabe nem queria viver mais. Iam dar 03:00 da manhã quando rolou pela cama mais uma vez, não consiga ao menos dormir sem tê-la ali.
Você sabe que precisa viver, né? – A voz de soou novamente pelo quarto e se levantou com prontidão. – Não se aproxima, . É pro seu bem. Olha, eu voltei mas é por uma ultima vez, você precisa se levantar, voltar a comer, dormir e cantar, você tem uma vida. E eu não posso mais voltar pra te guiar, nos quebramos regras. Eu não podia te deixar se aproximar de mim. E eu deixei e isso já vai te trazer grandes prejuízos daqui a um tempo então por favor, você não pode mais me tocar, não posso mais voltar, então pelo amor que você tem por mim você precisa ser feliz. – E então ela sumiu novamente.
Ele não queria viver, não fazia sentido, não sem ela, mas ele tinha uma decisão tomada e ia resolver isso. Ele saiu do quarto o mais rápido que pode e se dirigiu pro lugar onde devia ir.
cemetery
eternal longing 03:43 – Tumulo de
- Olha eu sei que é um lugar muito provável de vir te procurar, mas eu não tinha outra ideia. Há dois meses atrás as 04:00 desse mesmo dia, você faleceu, e nesse mesmo dia minha felicidade também foi embora, você e a Felicity, se foram injustamente. Eu não soube o que fazer, até que você apareceu e se antes eu não acreditava em anjos eu preciso agradecer a Deus por me deixar ver você de novo. Eu não sei exatamente como pedir isso, mas eu preciso que você apareça mais uma vez. Você disse que eu tinha que ser feliz então apareça mais uma vez e eu serei.
- Não é um lugar muito original, não acha?
- Graças a deus.
- O que quer me dizer? Não temos muito tempo.
- Preciso que me ajude a escrever uma coisa. Uma carta.
- Pra quem?
- Só me ajuda.
Foram exatos doze minutos, escrevendo aquela carta. E então se levantou pegou a mão de que deu um passo pra trás sem entender mas segurou sua mão um pouco mais forte, e pegou o liquido que estava no seu bolso.
- , agora é a hora de eu ir embora.
03:58
- Mais dois minutos.
- Porque dois minutos? – E então ele tomou todo o vidro de uma só vez e fixou os olhos na embalagem. – Isso é veneno, ? Isso é veneno! Me solta, anda. Você não fez isso.
- Eu disse que seria feliz com você.
- , não faz isso. Acabaram meus minutos aqui.
- Os meus também. – E os olhos dele se fecharam enquanto ela sumiu.
Do you wish you could be more like me?
Oh, I wish i could be more like you
Do you wish you could be more like me?
Eu deveria começar essa carta com um olá, certo? Então. Eu prefiro começar com um adeus. Eu preferi assim, foi o melhor, desde o mesmo dia de dois meses atrás quando as duas mulheres da minha vida se foram naquele acidente, eu realmente perdi todo o meu sentido. Vocês sabem que sempre foi minha fonte de inspiração, sempre quis me parecer com ela. E bom, agora nós somos iguais, vocês sabem que eu nunca acreditei em anjos, deus ou se quer paraíso. Mas eu sou um. E agora prefiro viver com ela, eu serei feliz. Junto com ela, felicity e Deus. Sim, eu ficarei com deus e vou estar cuidando de vocês, daqui de cima. Eu prometo.
No fim do casamento, o padre disse palavras selando a minha união da , as palavras foram as seguintes. “ Até que a morte os separe”, e bom eu sou obrigado a discordar.
As vezes nem a morte é capaz de separar um amor de verdade.
- cemetery eternal longing 04:00.
(...)
Hey angel..
E assim foi escrito nas lápides de e .
Hey, anjo. As vezes nem a morte é capaz de separar um grande amor...
Fim
Nota da autora: Oi amores, triste eu sei, eu chorei também, espero que me dêem chance nessa historia e que gostem. Beijos.
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