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Capítulo Único

24 de Novembro de 1990. – Parque – New York.

- Queria pedir desculpa por ter jogado suco em você... - A garotinha falou enquanto sentava-se ao lado do amigo, que fazia um grande esforço para manter-se bravo.
- Por que você fez aquilo?
- Você me trocou por aquelas garotas. Eu achava que você era meu melhor amigo...
- Eu sempre serei seu melhor amigo, até mesmo quando nenhum de nós quiser isso. – Às vezes ele queria poder permanecer com raiva dela, mas tudo o que ela quisesse ele faria, pois ela era a sua garota.
- Você promete?- Ela perguntou, com os olhos lacrimejantes, ato que fez o coração do seu melhor amigo se apertar.
- Prometo... Você sabe que tudo é melhor com nós dois juntos, , e sempre será assim. - O garoto de nove anos sorriu para a amiga, que tinha a expressão aliviada. Só de pensar em ficar sem o seu melhor amigo, fazia com que a garota quisesse chorar. Ela não entendia aquilo, mas desde que o conhecera ela sabia que ele se encaixava em sua vida como uma peça em um quebra-cabeças.

20 de Junho de 1999 - Baile de formatura da escola York High School – New York.

Os alunos dançavam ao som da música envolvente de uma boyband que era sucesso na época. Alguns faziam a coregrafia já decorada do vídeo clipe e outros arriscavam alguns passos, sem se importarem se alguém os achariam rídiculos. Todos estavam felizes, pois finalmente havia acabado a tortura que era o ensino médio, finalmente poderiam seguir com suas vidas e ir para a tão sonhada faculdade. Tudo parecia perfeito, menos para o garoto que estava em um canto mais afastado, vendo todas as pessoas com quem conviveu durante anos se divertirem. Para , aquele não era um momento de comemoração. Não podia dizer que não estava feliz de ter se livrado dos professores chatos, ou dos populares que riam de sua cara, por ser um perdedor. Estava aliviado por isso, mas nada tiraria a sensação de vazio por não vê-la mais durante todas as manhãs.
Ela era Hanna Mitchell, ela era uma das garotas populares, ela era uma das lideres de torcida, ela era mais uma que não sabia da sua existência. não entendia o amor. Sim, para ele, ele amava aquela garota. Era certo que ele não sabia o que era realmente o amor, mas sentia algo por ela, disso ele tinha certeza, e, naquele momento, ele a via dançando feliz da vida com as amigas e o namorado, que não merecia nenhum fio de cabelo daquela garota.
- Você deveria superar essa garota. - , sua melhor amiga, falou, o surpreendendo.
- Não achava que você viria mesmo. - Falou, sem tirar os olhos da garota que ainda dançava animadamente, o que fez com que revirasse os olhos, já sem paciência para tudo aquilo.
- Não iria deixar meu melhor amigo sozinho.
- Você sabe que não teria problema.
- Estou vendo que não faria diferença mesmo. - Irritada, saiu de perto do amigo, em passos longos. Não gostava da atitude dele. Nunca aprovou o amor platônico que ele sentia pela garota mais popular da escola, pois sabia que a única coisa que ele iria ganhar seria um coração partido. Estava tão irritada e chateada que não percebeu que seu amigo a seguia e acabou se assustando ao sentir algo puxando seu braço.
- Calma, sou eu. O que está acontecendo? - Ele falou, realmente preocupado, pois não sabia o que estava acontecendo.
- Você, . Você é o que está acontecendo.
- Como assim?
- Por que você tem que ser tão cego que não percebe algo que está na sua cara?
- É algo sobre Hanna?
- Nem tudo é sobre ela. Nem tudo é sobre você gostar dela, e sim sobre mim. Sobre eu gostar de você e você não perceber. - Naquele ponto ela já estava chorando. Sua maquiagem, que passou horas fazendo, já estava toda borrada, e ela queria gritar com ele, queria bater nele, queria beijá-lo, queria que ele entendesse que ela era a melhor para ele, que ela faria qualquer coisa por ele. - Sim, , eu gosto de você. Eu gosto de você há muito tempo. Você não percebeu, mas, todas as vezes em que ela quebrava seu coração, eu estava lá por você, eu estava lá para juntar os pedaços. Eu só queria que você entendesse.
- Eu entendo! Mas nós dois não daríamos certo. Somos o completo oposto um do outro. Você é minha melhor amiga e eu nunca arriscaria nossa amizade por isso.
- Por isso? Então é assim que você vê meus sentimentos por você?
- Talvez você esteja confundido as coisas. Nós nunca dariamos certo. - Aquilo bastou para que a garota saisse correndo sem falar mais nada. apenas a viu se afastar sem fazer nada. Ele não sabia como agir, mas sabia que havia acabado de partir um coração e mal sabia ele que esta seria uma das piores besteiras de sua vida.

28 de Fevereiro de 2010 – Casa dos ’s – New York.

Dez anos haviam se passado desde o deplorável baile de formatura e tantas coisas haviam mudado. As pessoas, a cidade e principalmente o homem de 28 anos que via sua vida naufragar pouco a pouco.
Para , tudo acontecia por um propósito, mas ele nunca havia conseguido afastar o fantasma do "e se": e se ele tivesse corrido atrás de sua melhor amiga? Talvez ainda tivessem uma amizade, talvez fossem namorados, ou até mesmo, quem sabe, marido e mulher. Entretanto, ele não poderia reclamar das coisas que haviam acontecido, não correu atrás da sua melhor amiga, e aquele havia sido o útimo dia que a viu, desde então, o homem resolveu mudar a partir do momento que entrasse na faculdade e foi isso o que aconteceu. Deixou os óculos de lado e inves de revistas em quadrinhos começou a ler livros mais teoricos, trocou suas noites assistindo filmes por festas que duravam até o amanhecer, desistiu de sua banda de garagem que era tudo para ele e quando percebeu, todos os seus antigos amigos nem olhavam em sua cara, namorava Hanna e passou a andar com os populares. Ele sempre julgou os populares, mas no fundo era tudo o que ele gostaria de ser e conseguiu nos cinco anos que prosseguiram a faculdade de direito que não trazia interesse algum ao rapaz, que ao termino da faculdade pediu Hanna em casamento em um jantar a luz de velas, com o casamento acontecendo seis meses depois. O primeiro ano de casados do casal foi o mais maravilhoso possível, mas logo em seguida as diferenças começaram a aparecer e o que era um mar de rosas passou a ser uma guerra. O primeiro e único filho do casal chegou entre batalhas e paz, Ryan, era a trégua do casal, ele era uma criança incrível que mesmo com a pouca idade, sofria com as brigas constantes dos pais. O casamento acabou após cinco anos com pegando até então sua esposa na cama com seu colega de trabalho e o que no passado era seu sonho havia se tornado seu maior pesadelo.
preferia ficar de olhos fechados, mas a realidade fez com que ele abrisse os olhos e suspirasse, isso já havia se tornado rotina na vida do homem que após a separação voltou a morar com os pais que a todo momento faziam questão de o lembrar o quanto sua vida havia fracassado, no geral não era tão fracassado assim, tinha um filho, e era pela pequena criança que tinha que viver, por isso se levantou, foi até o banheiro para fazer sua higiene matinal e em lentos passos chegou a cozinha onde sua mãe servia seu pai, que tinha a sua atenção tomada pelo jornal.
- Ainda não sei que vestido irei comprar para o casamento de Joanna. - Lara, mãe de falou involutariamente fazendo com que o homem quase cuspisse o café que havia acabado de colocar na boca.
- Joanna vai se casar? Desde quando? - O homem perguntou com os olhos arregalados, fazendo com que sua mãe desse uma risada.
- Eu te falei isso, três meses atrás, filho.
- Então virá?
- Claro. É o casamento da própria irmã. Estou ansiosa para reencontrá-la. Faz tanto tempo que não a vejo.
- Eu também, mamãe. Eu também...
***
Após tantos anos, estava de volta à cidade que tentou evitar por tanto tempo. Ela não sabia quanta saudades tinha da cidade até ver o quanto a mesma havia mudado: as lojas de doces foram substituidas por lojas de roupas, os vizinhos não a recepcionaram com bolos e abraços calorosos, como acontecia na infância, e nem mesmo seu antigo quarto era o mesmo. Ao menos o parquinho em frente a sua casa não havia mudado. Os brinquedos continuavam preservados e pintados com as mesmas cores alegres de que a mulher se lembrava. Ela havia sido tão feliz naquele lugar, mas sentia que não pertencia mais a ele. Desde o momento em que dicidira deixar sua cidade e todas as coisas com ela para trás, algo dentro dela mudara e ela sabia disso.
Ela estava tão distraída com suas lembranças e pensamentos que não notou um homem se aproximando com uma criança. Já ele parecia não acreditar no que estava vendo. Sentia-se feliz e nem ao menos sabia o motivo. Simplesmente parecia que algo estava completo novamente em sua vida.
- ? - Ele a chamou, fazendo com que ela tomasse um susto e o olhasse com os olhos arregalados.
- ... - Sua voz saiu fraca. Ela sabia que, mais cedo ou mais tarde, o reencontro iria acontecer, mas em todos esses dez anos e nem pelos próximos trinta ela estaria pronta para aquele momento. - O que você está fazendo aqui?
- Trouxe meu filho para brincar e ai de repente te vi e não acreditei.
- Seu filho? - Ela perguntou, assustada. Desde o momento em que decidira deixar o passado para trás, decidira também que não gostaria de saber de mais nada sobre a vida do ex-amigo.
- Sim, tive ele logo que saí da faculdade
- O que aconteceu com você? - Por mais longe que ela quisesse permanecer, a curiosidade sempre falaria mais alto.
- Entrei na faculdade, comecei a namorar com a mãe dele, logo que terminos a faculdade, nos casamos e ele nasceu. Hoje me encontro divorciado, sem casa, no fundo do poço e com um filho de quatro anos para criar. E o que aconteceu com você?
- E a banda que você tinha com os meninos? - lembrou-se da banda de garagem que tinha na adolescencia com seus outros três melhores amigos, por mais precoce que as condições que eles enfrentavam na época, tanto pela falta de instrumentos quanto de opoio, os garotos até que tinham muito talento.
- e decidiram fazer faculdade e desistiram do nosso sonho, eles acharam que a faculdade traria mais estabilidade do que uma banda de garagem, manteve seu sonho e hoje ele caça talentos por toda Califórnia e eu passei a ser um idiota que perdi todos os amigos que eu tinha.
- É uma pena. Sempre achei vocês muito talentosos e poderia até ajudar.
- Como assim?
- Isso não vem mais ao caso...
- Olha, , eu queria pedir desculpas por tudo o que aconteceu no baile de formatura, eu sei que fui um idiota e você nunca me deu a oportunidade de me explicar...
- Tudo bem. Eu já superei.
- Então, vamos sair. Eu sinto falta da minha melhor amiga.
- Desculpa, , eu preciso ir... No casamento, conversamos. - Mas aquilo não era o bastante para que a mulher esquecesse tudo o que havia passado por culpa do rapaz. A ferida ainda não estava cicatrizada.
***
O casamento da irmã de , chegou em um dia ensolarado, algo perfeito para o casamento que aconteceu no quintal da casa dos 's. Tudo foi muito lindo e as palavras apaixonadas dos noivos haviam emocionado a todos inclusive a , que nunca se deixava levar por momentos romanticos como aquele, a garota estava amando estar perto novamente dos familiares e antigos colegas que pareciam tão animados com sua volta.
Após o reencontro com , não sabia o que pensar, durante anos ela achou que ao ver seu ex-melhor amigo, seria como ver um desconhecido na rua, que isso não causaria nenhum sentimento em si, mas estava completamente enganada, ao ver , todas as boas lembranças voltaram como uma avalanche para a cabeça da mulher que por tanto tempo tentou bloquear essa parte de sua vida deixando exposta apenas a rejeição que recebeu daquele que mais confiava, e levou em sua bagagem uma única coisa para lembrar-se dele: à mágoa.

- Sinto-me uma adolescente novamente com todos vocês aqui. - falou rindo das palhaçadas que seus antigos amigos faziam.
- Só faltou o para tudo estar completo. - Vivian, uma das garotas do grupo falou, fazendo com que a garota engolisse em seco.
- Alguém me chamou? - O homem apareceu sorridente segurando uma taça de vinho.
- Estavamos falando em como depois de 16 anos as coisas parecem que continuam as mesmas quando nos reencontramos. – Richard um dos melhores amigos de falou.
- Tirando o fato do trabalho, dos maridos, dos fihos e dos cabelos brancos, continuamos os mesmos. - Anna que era uma das mais velhas do grupo disse trazendo várias gargalhadas.
- E como está Hanna e Ryan, ? - Vivian perguntou e arregalou os olhos ao escutar o nome da ex-mulher de , e em seguida pediu liçenca para os amigos que não pareceram notar a mudança repentina da garota que ficou claramente incomodada com o nome citado, mas havia percebido e sabia o motivo, por isso foi atrás dela que estava em um canto mais afastado olhando para o nada.
- Hanna, ? Justo com ela? - A magoa era clara em seu tom de voz, entretanto o homem já esperava por isso.
- Eu ia te falar, só estava esperando a oportunidade certa.
- E quando seria isso? Quando eu estivesse voltando para Los Angeles?
- Você disse que já tinha superado.
- E você continua sendo um idiota... Mas eu realmente achei que tinha superado até ver o quanto você ainda mexe comigo, mas isso não faz diferença, como eu não faço na sua vida. - E ela se foi pela segunda vez sem ao menos dizer adeus.

20 de Outubro de 2010 – Casa dos ’s – New York.

durante muito tempo pensou em como seria sua vida se tivesse seguido seus sonhos, com certeza ele estaria mais feliz do que é atualmente. A música significava a vida para , para ele à música poderia transmitir o que estava sentindo, passar alguma mensagem ou até mesmo definir algum momento da sua vida e ter desistido dela havia sido muito difícil. O homem tinha um grande relacionamento com a música, aprendeu a tocar violão aos seis anos, aos quinze ao notar que seus melhores amigos levavam jeito para a coisa os convenceu de juntar-se a ele formando a banda que durou três anos, até que metade dos integrantes resolveram se dedicar a faculdade e as carreiras que os aguardavam.
"Por que tudo tem que acabar?" Esta pergunta rondava a cabeça do homem que sentia saudades dos velhos tempos, dos velhos hábitos e dos velhos amigos. Ele não podia mudar o passado, mas sim o futuro, e com este pensando em mente pegou a antiga agenda e começou a procurar o contato dos seus antigos colegas de banda.

02 de Novembro de 2013 – Los Angeles, Califórnia.

Chegar aonde chegaram não havia sido nada fácil, para isso teve que passar os últimos três anos tentando fazer com que seu sonho se tornasse realidade e metade deste tempo tentando convencer seus antigos colegas de que aquilo valeria a pena e mesmo ainda desconfiados não puderam ir contra a animação de , que faria de tudo para que ao menos uma vez na sua vida fizesse algo certo, para isso ele teve que abrir mão de muitas coisas, como a convivência com seus pais que não aceitavam que o filho já adulto, com um filho e um diplona, corresse atrás de algo que não o levaria a nada e por isso o homem passou a morar de favor na casa do seu colega de banda, que não pareceu se incomodar em ajudar um velho amigo que estava sacrificando algo importante pelo sonho de todos eles. No primeiro ano, tudo foi muito difícil, parecia que a harmonia que existia entre os quatro havia ido dessa para uma melhor, mas eles não podiam desistir, não depois de tudo aquilo que eles estavam passando. Eles sentiam-se como adolescentes novamente, eles sabiam dos riscos e da escala de fracasso que estavam enfrentando, mas algo dentro deles dizia para não desistirem e eles continuaram, escreveram novas músicas, começaram a gravar videos e postaram nas redes sociais o que acabou gerando um certo alvoroço entre as pessoas que estranhavam homens que pareciam estar com as vidas feitas tentando algo sem instabilidade, mas não é que eles tinham talento!
E ali eles se encontravam, longe de casa, da zona de conforto e de seus familiares, mas com um contrato de uma gravadora que poderiam os levar finalmente ao exito que por tanto tempo eles sonharam. Daquele momento em diante a vida deles seria uma loucura, mas era tudo isso que eles realmente queriam.
***
A mulher de cabelos castanhos movia-se de um lado para o outro fazendo com que todos a sua volta enlouquecessem com aquele gesto de ansiedade, até mesmo a propria mulher não aguentava mais aquilo, mas preferia continuar daquela forma do que sair gritando, o que seria a sua primeira opção se não estivesse em seu local de trabalho.
- , sol do meu dia, acalme-se antes que eu jogue esse vaso de flores na sua cabeça. - Ameaçou Matt, o melhor amigo de , que após perceber que o amigo falava sério sentou-se de frente para ele com uma cara desesperada.
- Desculpe-me Matt, mas não sei como reagir, você sabe que minha primeira reação na escala do desespero é sair correndo e gritando, mas ai eu ficarei desempregada e ai sim minha vida estará arruinada de verdade.
- Eu não te entendendo, não foi você que deu o nome deles para o Michael?
- Sim, fui eu, mas eu não esperava que o Michael gostasse tanto deles ao ponto de traze-los para cá e propor um contrato.
- Isso tudo não se trata da banda ser a nova contratada e sim dele estar aqui, não é mesmo? - apenas abaixou a cabeça e Matt suspirou, sabia o quanto aquela história ainda mexia com a amiga ainda mais por saber que ela nunca teria um fim.
- Você tem que me prometer que nunca irá contar a alguém que fui eu que os apresentei para o Michael.
- Mas, ...
- Por favor Matt, eu prometo que vou seguir em frente, que não vou mais surtar por algo relacionado a ele, mas me prometa isso. - Matt apenas concordou com a cabeça mesmo não achando que aquilo seria o certo, ainda se importava muito com aqueles garotos e cedo ou tarde ela não poderia ignorar mais os seus sentimentos.
***
Alguns dias se passaram desde a chegada da Big Time Rush na cidade e fazia de tudo para que não os encontrasse pelos corredores da gravadora a qual era socia. A real história de era que após ter saído de sua cidade natal, foi tentar a sorte naquela cidade a qual desde o primeiro olhar a encantou completamente. Estava sem trabalho e morava em uma repartição que estava caindo aos pedaços onde dividia o quarto com Matt, a amizade aconteceu quase de imediato já que os dois passavam por situações muito parecidas, Matt havia vindo de São Francisco para ajudar seu primo Michael, que após a falencia de seu estudio precisava de ajuda para voltar para casa, Matt pensava que talvez ainda houvesse salvação e com a ajuda de conseguiu reerguer o estudio que era a vida de seu primo que acabou compartilhando seu negocio com Matt e , e a parceria havia dado tão certo que nunca mais se separaram.
Tudo parece que aconteceu à milenios atrás, a mulher havia mudado tanto neste tempo, que as vezes sentia falta da antiga , porém ela sabia que isso não a levaria a nada, isso era passado.
- , como está linda hoje, você cortou o cabelo? - Michael falou entrando na sala da mulher que tirou os olhos do computador para encarar o homem de quase dois metros de altura, cabelos ruivos, olhos verdes e feição de anjo que não a enganava em nada já que o conhecia como a palma de sua mão.
- O que eu tenho que fazer? – Ela já sabia as intenções do amigo, só torcia para que não fosse o que ela tanto temia.
- Você só vai precisar ficar com a nova banda enquanto o George não chega.
- Por que tem que ser eu?
- Eu tenho hora com Jess Jones e o Matt está no encontro dos sonhos dele.
- Droga.
- Algum problema?
- Não...
- Obrigada , eu te devo uma. - apenas concordou com a cabeça enquanto internamente xingava todos os palavrões existentes e inexistentes, o que ela falaria? Como reagiria? Será que ele ficaria feliz ao vê-la? Ela tinha tantas perguntas e inseguranças na cabeça que não notou que quatro homens a encaravam surpresos.
- ? - perguntou apenas para chamar a atenção da mulher que quase pulou de susto ao vê-los em sua frente.
- Olá garotos. - Ela falou meia sem jeito, porém eles não pareceram perceber já que foram correndo abraça-la.
- O que está fazendo aqui? Não me diga que também canta? - Agora perguntou fazendo com que a garota risse da surpresa deles, sentia tanta falta deles que todo o esforço que fez para ignora-los a fez se sentir a pior pessoa do mundo.
- Eu trabalho aqui, Michael me pediu para ficar com vocês enquanto George não chega. - Explicou deixando de fora a parte que também era dona do lugar, mesmo sabendo que os antigos amigos não eram tão burros ao ponto de não notarem aquele fato.
- E a quanto tempo você trabalha aqui? - perguntou interessado sentando-se ao lado da mulher que divertia-se com tudo aquilo.
- Quase treze anos, aqui é como se fosse minha segunda casa, e vocês estão gostando daqui?
- Aqui é um lugar mágico, poderia passar o resto da minha vida aqui sem problema algum. - falou fazendo com que todos rissem de seu ar apaixonado.
- E se tudo der certo isso ocorrerá, Michael é um grande produtor e vocês possuem um grande talento, com muito trabalho, logo vocês chegarão ao topo. - A mulher falou fazendo com que , e se abrassassem como se estivessem ganhando a notícia do ano, enquanto isso apenas obeservava tudo com um sorriso no rosto o qual chamou a atenção de , que mesmo não gostando muito da ideia se aproximou do homem que em seu intimo esperava por aquilo.
- Obrigada. - agradeceu e o encanrou confusa.
- Pelo que?
- Por isso, eu sei que isso só está acontecendo por sua causa.
- Não , isso só está acontecendo por causa do talento de vocês.
- ... - Mas ele foi interrompido pelo telefone da mulher que tocava, ela apenas sorriu ao ver quem era no visor e se fastou fazendo com que só escutasse o "Oi, amor" à pessoa do outro lado da linha, sentiu uma pontada em seu coração, mas ignorou rapidamente juntando-se aos seus amigos que ainda comentavam sobre as possibilidades de sucesso.

31 de Dezembro de 2013 – Gravadora Union Records – Los Angeles, Califórnia.

A última reunião do ano havia acontecido naquela tarde, onde eles começaram a planejar os futuros planos de divulgação para a banda que seria a promessa do proximo ano. estava cansado e com saudades, seus amigos haviam pegado um voô para casa, para se encontrarem com seus familiares, mas o homem sabia que não podia fazer isso, seu pai ainda se recusava a falar com ele e sua mãe parecia decepcionada, Hanna estava muito ocupada com os planejamentos do seu segundo casamento que aconteceria no inicio de Janeiro, entretando ainda existia seu filho, ele sentia tanta falta do filho que parecia que uma parte de seu coração foi arrancado desde o momento em que se despediu da criança, queria seu filho ao seu lado, por isso faria de tudo para se estabelizar o mais rapido possível, ele sabia que seria uma guerra, tanto com Hanna como para conseguir tudo o que queria, mas ele não se importava e com isso pegou o celular no bolso de trás do jeans surrado e discou o número que conhecia tão bem. No segundo toque Hanna atendeu e após saber quem era logo passou para Ryan que parecia estar muito entusiasmado.
- Papai, que saudades.
- Eu também estou morrendo de saudades de você, como estão as coisas ai?
- Normais, nós vamos nos mudar daqui à duas semanas para a casa do tio John, lá tem piscina e acho que vai ser bem legal, as vezes a vovó vem me ver e nos divertimos bastante... da última vez ela me disse que estava sentindo sua falta... Papai, quando você vai voltar?
- Eu não sei, filho.
- Por favor não demora, eu preciso de você. - O coração de se apertou com o apelo do filho, ele sabia que as coisas deveriam estar bem diferentes e mais do que tudo ele queria estar ao seu lado, mas no momento era impossível. - Papai, eu preciso ir.
- Quando você menos esperar o papai estará ao seu lado, tenha um ótimo ano novo, o papai te ama.
- Também te amo papai. - Ryan falou e em seguida desligou o telefone, uma lágrima desceu pelo o rosto de e em seguida sentiu alguem sentar-se ao seu lado.
- Você estava ai a muito tempo? - perguntou para que o encarava como se soubesse o que ele estava sentindo.
- Não muito, estava falando com Ryan? - Perguntou e ele afirmou com a cabeça. - Logo logo vocês estarão juntos.
- Eu farei de tudo para que isso aconteça, e você, o que está fazendo aqui?
- Estava sem sinal lá em baixo e por isso vim até o terraço, até que te vi e resolvi te fazer companhia.
- Você deve ter algum compromisso, não precisa ficar aqui.
- Tenho certeza que Matt irá me perdoar depois de uma caixa de bombons.
- E o seu namorado?
- Steven está fora da cidade, mas tudo bem se você não quizer minha companhia, eu entendo. - Ela falou já se levantando, mas ele pegou em sua mão, fazendo com que ela parasse na mesma hora por conta do contato que não existia entre eles a mais de quatorze anos.
- Fica, pelo menos por hoje, me conta como foi seus anos longe de mim, me conta o que você gosta de fazer, me conta como você se sente, só me conta um pouco mais sobre você. - queria fugir, por algum motivo desconhecido por ela seu coração estava acelerado, ela sabia que uma possível aproximação com a levaria a outra mágoa e ela não sabia se poderia supotar outra de alguém tão importante, mas ele parecia tão sincero ali, ele não parecia querer voltar com a amizade que eles tinham anos atrás, ele não queria algo a mais, ele só queria sua companhia, ela não sabia se era por carência ou por sentir sua falta, não sabia também porque continuava ali, mas continuou e aos poucos foi contando o que havia acontecido consigo nos últimos anos e ali eles passaram a virada de ano juntos, como nos velhos tempos.

15 de Fevereiro de 2014 – Los Angeles, Califórnia.

O plano de era passar seu aniversário assistindo filmes de época comendo pizza, mas por insistência de Matt que parecia mais animado do que a própria aniversariante, ele a convenceu de sair para jantar em seu restaurante favorito. Matt com certeza sabia como animar a garota que por um instante lembrou-se da época em que era assim com ela e hoje mal sabia de sua vida, o pensamento fez com que seu coração se apertasse, tê-lo tão perto, mas ao mesmo tempo tão longe... não importava quanto tempo passasse, ela sempre se importaria.
Tentando afastar os pensamentos do passado que sempre insistiam em assombra-la ela seguiu rumo ao restaurante que não era tão perto de sua casa. Combinou de encontrar-se com o amigo em frente ao restaurante e ao chegar lá deparou-se com Matt, segurando um ramo de rosas vermelhas.
- Oh Matt, não precisava... - falou completamente encantada pelo ato do amigo que era como se fosse um irmão.
- Minha Deusa só merece as melhores coisas. - Matt deu um grande abraço na amiga e voltou a encara-la com um falso olhar bravo. - Por que não me deixou te buscar? Ninguém merece ficar dentro de um táxi todo este tempo.
- Não faz muita diferença para mim...
- Pelo menos o motorista era gato? - Matt perguntou a amiga que entrelaçou seus braços enquanto entrava no restaurante em gargalhadas, porém seu sorriso sessou ao ver a cena um pouco mais à frente. estava jantando com uma loira a qual jurava que era falsa, os dois riam bastante e pareciam que se conheciam a anos, aquilo fez com que Matt percebesse o olhar da amiga e teve vontade de socar-se e socar a cara do .
- Eu não sabia que eles estavam aqui, se eu soubesse... - Matt tentou se justificar, mas logo o cortou, sabia que o amigo não tinha culpa já que parecia tão surpreso quanto ela mesma.
- Tudo bem Matt, vamos comer e fingir que ele não existe. - Matt concordou meio incerto enquanto se sentavam em uma mesa um pouco afastada da de , que demorou um certo tempo para perceber quem o encarava de tempos em tempos, estava em sua frente, um pouco afastada, mas ainda dava para ter uma bela visão da garota que estava linda em seu vestido longo vinho, se perguntou quando ela não estava linda e sentiu-se mal em seguida, estava em um encontro com uma mulher legal, divertida, bonita e que parecia gostar dele e tudo o que conseguia fazer era pensar em sua ex-melhor amiga, foi então que lembrou-se da data, foram tantos anos longe dela que nem percebeu que era aniversário de sua garota. Determinado falou para Kate que iria comprimentar alguns amigos e que logo voltaria, Matt que observava tudo virou-se para a amiga com cara de paisagem.
- Desfaça, mas o está vindo em nossa direção. - Sussurrou para a mulher que quase se engasgou com a bebida, porém conseguiu se recompor a tempo de colocar sua melhor cara quando chegou até sua mesa.
- Mas que coincidência. Boa noite , Matt. - tentou ser educado o máximo que conseguiu sabia que qualquer deslize faria com que a mulher colocasse a barreira que existia entre eles novamente, por mais que as coisas tenham melhorado entre eles desde que se mudara ele percebeu a resistência da ex-amiga, ela havia seguido em frente e não queria que arruinasse toda sua vida perfeita e foi por conta deste pensamento que resolveu aceitar o convite de sua vizinha e ali estava ele pisando em ovos mais uma vez.
- Boa noite . - Matt falou amigavelmente.
- Queria te desejar um feliz aniversário , você poderia me dar um abraço? - não consiguiu resistir a cara que fez, mas na realidade ela também queria, durante muitos anos ela idealizou aquele momento e agora que o tinha estava desconcertada, ela sabia que não iria aguentar por muito tempo por isso após se distanciar olhou bem no fundo dos olhos de .
- Por que você faz isso?
- Isso o que?
- Como se tudo fosse tão simples.
- É simples , você fica presa em um passado que não existe mais, eu não sou mais aquele garoto ganancioso de 14 anos atrás e você não é mais aquela garota sonhadora, agora somos homem e mulher e temos que deixar o passado no lugar onde ele pertence. - A mulher que tinha lágrimas nos olhos confirmou com a cabeça, pegou sua bolsa e olhou mais uma vez para .
- Você tem razão, tem coisas que devemos deixar no seu devido lugar antes que elas nos machuquem ainda mais. - Ela não se importou se parte do restaurante a encarava, se havia deixado Matt ou se estava sem carro, ela só queria ir para longe de tudo aquilo.
- Qual o seu problema ? - Matt perguntou já nervoso levantando-se para pagar a conta do jantar que nem chegou a comer direito.
- Eu não sei o que está acontecendo.
- Deixe de ser lerdo, ela ainda gosta de você e se você não correr atrás dela pode ter certeza que você vai perde-la para sempre. - não pensou nem duas vezes e decediu aceitar o conselho de Matt e saiu correndo atrás de que estava esperando um táxi na porta do restaurante mas ao vê-lo começou a andar.
- Você poderia me esperar? - Ele falou em um tom alto para que a garota escutasse, porém ela continuou andando, não foi muito difícil alcança-la e por isso ele voltou a falar. - É bem legal caminhar durante à noite, ver os carros, os prédios, nem precisamos de carros, nem nos preocupar com o trânsito.
- Você poderia calar a boca?
- Que tal uma troca? Eu te levo em casa e fico calado o caminho inteiro. - O orgulho da garota queria falar mais alto, mas sua casa ficava longe dali e sabia que se não aceitasse o acordo, a segueria por onde ela fosse, conhecia muito bem a persistência e teimosia do ex-melhor amigo.
- Tudo bem, mas se você ousar abrir sua boca, eu saio do carro e você não terá o direito de ir atrás de mim.
- Aceito as condições, então espere mais cinco minutos que voltarei com o carro. - E saindo correndo ele foi atrás de seu carro voltando para onde estava em menos de cinco minutos, na realidade não sabia bem o por que de estar fazendo aquilo, talvez ele não quisesse enfrentar a culpa que sentiria ao deitar-se em sua cama com as palavras da mulher que estava ao seu lado ecoando em sua mente, mas ele sabia que não era isso, houve uma época em que ele se importava mais com ela do que consigo mesmo e talvez aquele tempo tivesse voltado.
- Será que estaríamos aqui se eu tivesse correspondido o que você sentia por mim? - perguntou sem desviar sua atenção da estrada.
- Isso não importa mais... E você prometeu que não iria abrir a boca.
- Eu sou assim, não consigo cumprir minha promessas, não consigo ver o que é certo...
- Não continue. - Ela após juntar forças falou ao ver que ele acabara de estacionar em frente a sua casa, era apenas sair do carro e estar a salvo dele.
- Eu preciso continuar, parece que eu só erro em relação à você, eu não sei o que pensar sobre você... De todas as coisas que eu me arrependo na minha vida, ter te tirado dela foi a pior delas. - Era aquilo, sempre esperou para ouvir aquelas palavras e agora que estava as ouvindo, por que doia tanto? Talvez porque soubesse que ele nunca sentiria o mesmo que ela, e mesmo que sentisse eles não poderiam ficar juntos, o tempo deles já havia passado, agora ela tinha uma vida e não podia deixar o certo pelo incerto. - Por favor , me fale algo.
E em um ato que nem ela entendeu de onde tirou coragem para tal, o beijou, não entendia por que estava fazendo aquilo e talvez se arrependesse por estar enganando Steven, mas nunca se arrependeria pelo beijo, não por aquilo.
- Eu não posso fazer isso. - Ainda de olhos fechados e com a testa encostada na do homem ela sussurrou mais para si mesma, mas teve certeza que ele escutou.
- Por que não? Termine com seu namorado, fique comigo não é tão difícil.
- Você não entende... Eu vou me casar com Steven, . E não tem volta, isso sempre esteve fadado ao fracasso, este é o fim de algo que nem teve um começo. - Falou e saiu rapidamente do carro deixando suas palavras ecoarem pelo carro que mantinha um homem em choque com o que havia acabado de acontecer.

24 de Março de 2014. – Apartamento do – Los Angeles, Califórnia.

Deitado em sua cama se deu conta que amava , e sempre amou, aquilo tudo parecia tão surreal, era algo que ele não conseguia evitar. Quando dormia sonhava com a mulher, quando estava acordado todos os seus pensamentos eram direcionados a ela, quando estava com ela tudo parecia tão simples, tudo tão fácil. Ele nunca se perdoaria se não falasse isso para ela.

25 de Março de 2014. – Casa do Matt. – Los Angeles.

O dia havia amanhecido o mais perfeito possível. Parecia que todas as coisas estavam contribuindo para que aquele dia ocorresse da melhor forma possível, tudo parecia tão certo, menos para a mulher que por trás de todo fixador de cabelo, pó translucido e sorrisos, não tinha tanta certeza sobre suas escolhas. estava animada e nervosa, aquilo não poderia negar para ninguém, mas também não podia dizer que estava feliz, ela sabia que havia escolhido um homem incrível, cheio de qualidades e que a aceitava da forma que ela era, mas no fundo sentia que aquilo não era o suficiente, no final ele poderia ser um principe encantado, mas ainda não seria Ele.
- Você está tão linda, minha deusa. - Matt falou, emocionado, ao ver a amiga completamente pronta para o seu casamento. - Como se sente?
- Bem.
- Somente isso? Você não acha que existe algo de errado nisso, ?
- Estou apenas nervosa, não se preocupe, não irei deixar Steven no altar, agora vamos, pois não quero que ele acabe me deixando por conta da minha demora. - Após tranquilizar seu amigo e a si mesma, levantou-se pronta para traçar o seu destino.
- Antes, você precisa escutar algo... Ou melhor, alguém. - E sem falar nada a mais ele passou o telefone para a mulher que não entendeu nada, mas sabia que o amigo não faria nada que a decepcionaria.
- Alô? - O coração de estava disparado e no fundo ela sabia o que aquilo significava.
- , por favor me escuta. Eu preciso conversar com você, está é minha última oportunidade.
- Eu não posso falar com você, daqui a pouco eu estarei casada.
- Eu só preciso que você me escute, depois disso a decisão é sua se vai com isso adiante, por favor , é a única coisa que eu te peço.
- Tudo bem, eu te dou cinco minutos. - Ela não queria fazer isso, mas ela também sabia que era necessário se quisesse mesmo seguir com sua vida adiante.
- Durante 14 anos eu vivi com o seu fantasma na minha vida, com o fardo de ter te tirado dela. Não teve um só dia do qual eu não tenha me arrependido dessa minha decisão, e eu não quero que você faça o mesmo.
- É tarde demais para voltar atrás, .
- Nunca será tarde demais. Podem-se passar anos afora e o que nós dois sentimos continuará da mesma forma, com a mesma intensidade, juntos ou separados. Nenhum amor perfeito poderia ser mais perfeito do que o nosso e você sabe disso.
- , por favor...
- Eu estou apaixonado por você e, por mais que você queira esconder, eu sei que você sente o mesmo por mim. Isso que temos só acontece uma vez na vida, você só acontece uma vez na vida.
- Eu não sei se posso fazer isso.- Ela não conseguia aguentar tudo aquilo. Sua cabeça estava tão confusa e seu coração apertado.
- Você tem que parar de enganar a si mesma, mas eu entendo sua decisão... - Houve um silêncio de ambas as partes por alguns minutos e quando voltou a falar estava nítido sua voz embargada. - Eu vou te esperar até você se dar conta que eu sou o melhor para você. - E falando isso ele desligou o telefone, deixando uma em lagrimas que logo foi amparada pelo seu melhor amigo.
***
Tomar uma decisão não havia sido fácil para nenhum dos dois. Durante anos, a vida tentou juntá-los, mas eles insistiam em afastar o destino e não importava quantas vezes eles fizessem isso, eles sempre se reencontrariam, porque o destino deles era entrelaçado.
chegou a ir à igreja, não para se casar, e sim para dar uma explicação a Steven, que não merecia aquilo, mas ela sabia que era o certo a se fazer, já que nunca poderia dar o amor que ele merecia. Pela primeira vez, a mulher enfrentou seus problemas e tomou uma posição sobre sua vida. Ela não foi correndo para , muito pelo contrário. Ela precisava de um tempo para saber o que realmente queria e aquilo levou tempo, mas ele continuava lá, mantendo sua promessa de esperá-la.
Após sete meses do ocorrido do casamento, eles decidiram ir com calma e, após jantares e noites em claro conversando, entre sessões no estúdio e beijos roubados nos corredores da gravadora, finalmente eles se deram uma chance.

06 de Dezembro de 2015 – Apartamento do e da – Los Angeles, Califórnia.

- Você consegue imaginar o quanto o nosso amor lutou para poder existir? - , que estava deitado no colo de , que lia um livro, perguntou após sair de seus devaneios.
- Não foi só ele que teve que travar batalhas por este amor. Também foi difícil para mim lidar com tudo isso. - A mulher falou, tirando os olhos do livro e encarando o namorado, que tinha os olhos fechados.
- Nunca me perdoarei pelo que fiz a você. Eu disse sim, quando queria dizer não. Eu perdi o controle da situação.
- Você sabe que, quando as coisas ficam ruins, você pode contar comigo.
- Hey, isso daria uma bela música. - falou e saiu correndo para o seu quarto, onde pegou um caderno e um violão.
- O que exatamente, seu louco? - A mulher amava o jeito de ser do namorado. Ela não tinha dúvidas de que tinha feito a escolha certa quando o escolheu.
- Sobre nós. Sobre você.
- Seu bobo, isso não faz sentido.
- Claro que faz. A música vai soar muito melhor com você, até porque tudo é melhor com você.
- Não mesmo. Tudo é melhor com nós dois.




Fim.




Nota da autora: Sem nota.



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