Última atualização: Fanfic Finalizada

Capítulo Único

– Sabe, mãe, como eu já terminei a escola, acho que eu posso começar a ver o lance que eu tenho te falado ultimamente, né? Ir numa agência, e tentar algum trabalho como modelo. – disse meio receosa pra a mãe, sabia que Louise não aceitava muito a ideia da filha ser modelo, podia ver o receio que tinha em relação a esse assunto, só não entendia muito bem o porquê.
Desde sempre era apenas e Louise, mães e filhas inseparáveis, o pai de tinha morrido num acidente de carro quando a pequena tinha apenas dois anos. Ele tinha deixado algum tipo de pensão pra elas, e sempre acreditou que era aquilo que as mantinha até hoje.
– Já disse que você não vai a nenhuma agência, , é tão difícil de entender, é? – Louise disse folheando uma revista e ajeitando a armação de seus óculos. – Você tem que é estudar, vamos achar uma faculdade pra você já, já. Nessas agências só tem pouca vergonha e modelo fazendo coisa baixa pra conseguir qualquer tipo de trabalho. – rolou os olhos.
– Claro que não, mãe, não delira, eu procuro uma agência direita. E você anda vendo muita televisão, hein. Isso é raro de acontecer.
– Engano seu, , isso é mais comum do que você pode imaginar. – a olhou, desconfiada, achou muito estranho aquela convicção toda da mãe.
Não iria discutir tudo isso novamente com Louise, então apenas se limitou a subir pro seu quarto. Ligou o notebook e o levou a seu colo na cama, procurando algumas agências. Achou uma não tão longe de seu bairro, e como já era maior de idade, poderia ir sozinha sem a assinatura e sem a companhia de um maior. Passou quase duas horas lendo tudo sobre a agência, resolveu confiar, parecia uma empresa direita. Então decidiu que iria fazer aquilo com ou sem o consentimento de sua mãe. Era seu sonho e seu plano de vida, não iria deixar Louise impedi-la, por mais que a amasse.
desceu e viu sua mãe preparando o café na cozinha, já eram 09:00 da manhã e tinha marcado uma seleção online para 10:30, não sabia exatamente onde era, então tinha que sair adiantada caso se perdesse.
– Aonde a senhorita pensa que vai? – Louise disse, olhando pra filha.
– Lembra da Melissa, mãe? Aquela minha amiga que estudou comigo até o 2° ano e se mudou pra uma fazenda no interior de sei lá onde? Então, ela chegou ontem à noite e me chamou pra ir ao clube com ela, só matar a saudade etc, sabe? Então vou lá, no fim da tarde já estou de volta, fica tranquila, to levando a chave e o celular.
– Tá ok, então, qualquer coisa, me ligue. – Disse a mulher e assentiu, um sorriso leve no rosto.

Conseguiu achar todo o endereço que havia anotado rapidamente, o que a surpreendera, estava com medo de ficar totalmente perdida, e se isso acontecesse, ia ter que ceder e contar a sua mãe. E só de pensar nisso, subia um pavor. Acionou o elevador, apertando o número do andar onde a página na internet havia indicado.
– Olá, boa tarde, eu marquei uma hora pra uma seleção às 10:30, to um pouquinho adiantada, mas é aqui mesmo, certo? – sorriu para a mulher que aparentava não ter mais de 35 anos na recepção da agência.
– Sim, você está no lugar certo, senhorita...? – A mulher disse num tom de dúvida, procurando o nome de numa lista que tinha em mãos.
! – A própria sorriu.
– Sim, , você agendou esse procedimento ontem pela internet às 22:07 da noite, certo?
– Uhum, por essa hora mesmo. – Falou, ansiosa.
– Só esperar na sala ao lado com as outras meninas, por favor. O professor de passarela irá chamá-las na hora marcada.
andou apreensiva até a sala ao lado, encontrando cerca de 10 garotas sentadas. Bateu uma insegurança, pois as meninas eram tão lindas quanto ela. Ela sabia que tinha porte e beleza pra ser modelo, mas sua mãe nunca a apoiara quando ela citava esse sonho, Louise sempre falava a mesma coisa sobre modelos, que faziam coisas sujas e baixas pra conseguir um trabalho sequer. Ela sempre falava com tanta verdade nos olhos que às vezes achava que sua mãe tinha ligação com alguma pessoa que tenha feito isso, era algo meio estranho, inexplicável, melhor dizendo.
– Por favor, meninas, me sigam. – Um homem alto apareceu, chamando-as. – Vocês são num total de 11, escolherei apenas 5 pra serem treinadas e trabalharem como modelos de passarelas e fotos para essa agência. São todas maiores de idade ou com algum currículo profissional nesse meio? – Todas as meninas confirmaram serem maiores de idade, mas ponderou em relação ao currículo.
– Eu não tenho, na verdade, é a primeira agência que eu venho. – O homem chegou perto dela e sorriu.
– E não sabe nem desfilar?
– Ah, eu sei, claro que sei. Quando a gente ama e sonha com uma coisa, a gente aprende mesmo se for sozinha. – disse, confiante.
– Então ok, pegue aquele salto na segunda prateleira e desfile pra mim. – assentiu e andou até a prateleira indicada, pegando o salto e começando sua pequena demonstração. Roubando os olhares de todos que estavam presentes na sala, principalmente do homem que estava escorado na porta da sala com um olhar duro em cima dela. O que a deixou intimidada por alguns segundos.
– Uau, bonequinha, não sei por que, mas você me lembra uma pessoa muito confiante, e que por sinal, é dona disso tudo aqui! Você fica! – O homem apenas sorriu e logo mudou a sua atenção para as outras garotas que estavam à espera.
ficou sem reação e apenas sorriu, não estava acreditando, tudo aconteceu tão... Rápido?
Mas preferiu não encanar com aquilo e achar que tinha nascido com uma sorte diferente e boa, tirou o salto e sentou num banco perto dali. Olhando pro lado, e vendo o mesmo homem que viu quando estava desfilando a olhando escorado na porta, sorriu pra ele, estava feliz o suficiente pra ser simpática com as outras pessoa a seu redor. O homem apenas balançou a cabeça negativamente pra ela e saiu da sala. Deixando-a sem reação e dando de ombros.

– Oi, lindinha, você ainda está aí, não sabia que tinha saído da sala, me desculpe. – O homem que a havia escolhido apareceu.
– Ah, to sim, você já fez as outras escolhas? – O homem assentiu. – Então, o que tenho que fazer daqui pra frente?
– Então, lindoca – Disse, sentando ao seu lado e a entregando uma ficha. – Você vai preencher essa ficha, já é maior de idade, não precisa colocar informações dos pais e dos responsáveis. Só colocar suas informações pessoais mesmo, e como você foi uma das cinco escolhidas, não paga nada, você já deve ter lido isso tudo no site, certo? – confirmou. – Você vai fazer um book, e vamos arranjar campanhas e bom, trabalhos pra você.
– Catálogos e tudo mais, né? Ai meu Deus, eu to tão ansiosa, acho que nada barra meu sonho daqui pra frente.
– Você é muito bonita, menina, muita gente vai te querer. – Carter disse e acariciou os cabelos da menina, se retirando da sala. – Quando acabar, só levar na recepção, ok?
– Ok! – sorriu.

***

– Carter? – o chamou e o homem se virou pra ele, já revirando os olhos, já sabia o que o homem iria falar.
– Pediram mais meninas pra esse tipo de trabalho?
– Sim, você não viu? – Falou, calmo.
– Vi, mas quem pediu? A tal mulher?
– Sim, a própria. Charlie me ligou há duas semanas pedindo por isso. E você viu aquela primeira que eu escolhi? Melhor escolha, ela vai bombar nesse meio, todos vão querê-la.
– Ela parece nova, vocês não se sentem mal fazendo esse tipo de coisa? – disse, indignado.
– Primeiro: Não sou eu quem faço isso. Segundo: Gostou da menina, ? Terceiro: Não se meta onde você não é chamado, sabe que se esse assunto sair daqui, você tá fodido, pode acordar com a boca cheia de formiga, então fica na tua, se não quer que isso aconteça. – Dito isso, Carter saiu da sala, seguindo para fora da agência.

– Oi, eu posso deixar essa ficha com você? – ouviu sua voz e se virou.
– Hum, pode sim. – Falou e pegou a ficha da mão da menina, procurando por seu nome. – Ah, , tem certeza que é isso que você quer?
– Ah, é claro que eu tenho. – disse com um sorriso que iluminava seu rosto. não pôde fazer nada, além de assentir e se retirar.

tinha 23 anos e não trabalhava naquela agência porque queria, ele sabia de mais coisas do que qualquer pessoa poderia saber sobre os procedimentos de algumas modelos novas. Soube tudo por um acaso, porém o pior acaso de sua vida, o que o obrigou a ficar ali, trabalhando e ajudando naquele jogo sujo. Sentiu uma necessidade de impedir aquela garota que nunca tinha visto a não fazer aquilo, mas não havia nada a se fazer.

21 dias depois.

Os últimos vinte e um dias para foram extremamente animados e esperançosos, ela falava com Carter todos os dias por mensagens, ela tinha feito o book uns dias após ela ter sido escolhida e havia tido a notícia que no vigésimo primeiro dia um desfile iria acontecer e que ela foi uma das escolhidas. Ela só soube definir uma coisa: Felicidade.
Conseguiu esconder tudo muito bem de sua mãe, ela não desconfiava de nada, ela estava ocupada demais com alguma coisa que ela estava fazendo, e não fez questão de perguntar o que era.
– Mãe, eu vou dormir na casa da Janie hoje, ok? – mentiu.
– Não, você tem casa, porque vai dormir na casa da Janie? – gelou.
– Ah mãe, porque todas vão né, pelo amor de Deus, eu já tenho 18 anos, que controle desnecessário, hein?
– Tá ok, , vá! Eu tenho um compromisso hoje à noite também. Você ficaria sozinha de uma maneira ou de outra. – arrumava uns papéis sem prestar atenção na filha. Que estranhou.
– Que compromisso, mãe? E que papéis todos são esses? – se aproximou curiosa e Louise catou tudo rapidamente, não permitindo que a filha visse.
– Bingo, com as meninas, filha! – Sorriu e assentiu um sorriso desconfiado no rosto. Talvez a mãe estivesse com algum namorado, né? ficaria feliz por ela, muito.


Chegou na agência e viu que não tinha muita gente e o local nem estava muito movimentado, como deveria ser. Avistou Carter.
– Carter! Hum, e o desfile?
– Ah baby, vai acontecer, mas antes, vamos te arrumar e te maquiar. Antes de irmos pro galpão temático onde vai ser, o dono do desfile quer te conhecer! Não é o máximo, mana? – Carter se aproximou, puxando pra sentar na cadeira e observá-la pelo espelho iluminado.
– Me conhecer, Carter, como assim? – Sentiu um medo desnecessário.
– Uhum, você é uma das modelos principais, ele sempre pede pra conhecer as principais primeiro.
– Ah, entendi. – Sorriu fraco.

Depois de quase uma hora, estava totalmente pronta. Maquiada e arrumada maravilhosamente bem, se olhou no espelho e sorriu, sentindo uma dose de narcisismo tomar conta do seu corpo de um jeito maravilhoso.
apareceu atrás dela.
– Você tá linda! – Disse com um sorriso.
– Obrigada, , é legal te ouvir me elogiando, as poucas vezes que falei com você foram rápidas! – Disse se virando pra ele.
, eu preciso falar com você. – disse, observando o local pra ver se não tinha ninguém por perto.
– Ah, pode falar. – Disse intrigada.
– Você não po... – Foi interrompido.
– Vamos, , o táxi está te esperando. – Carter chegou, gritando feito uma gazela.
– Ah, espera um pouco, o quer falar comigo. – Carter olhou desconfiado para , já fazia ideia.
– Ele não quer falar nada demais, mona, acredite. Vamos, vamos! – Sorriu para ambos.
sorriu para e seguiu para o táxi, ficou intrigada pra saber o que queria falar com ela. Durante o caminho até o tal hotel, sentiu um medo estranho e pensou em sua mãe, se ela soubesse daquele desfile, certamente a mataria, ainda mais por não ter contado. Viu que o táxi parou e seguiu para o hotel, tocando a campanha do quarto indicado. Sua respiração estava pesada.
O homem que abriu a porta era gordo, velho e careca, mas ela se limitou a sorrir e ficar parada somente na porta.
– Pode entrando, gracinha. – O homem mais velho disse.
– Ah, não, senhor, eu acho melhor não, eu só queria agradecer mesmo pelo senhor ter me escolhido pro seu desfile. – O homem sorriu, e ela sentiu medo daquele sorriso. No mesmo momento o mais velho a puxou rapidamente pra dentro do quarto e trancou a porta. Ela gelou.
– Desculpa, eu não to entendendo, eu tenho que voltar, o desfile já vai começar. – Ela tentou andar, mas foi impedida.
– Não tem desfile, fofinha. Você ainda não entendeu? Essa noite, você é minha, esse corpinho gostosinho é meu, meu e só meu. – O homem era maior e mais forte que ela, pressionou seu corpo contra o dela na parede. não teve muita reação, estava tremendo, estava gelada e sentia as lágrimas rolarem pelo seu rosto. A ficha estava caindo, ela foi... Prostituída? Enganada?
Quando a ficha tinha caído e estava sentindo os lábios molhados do homem trilharem uma reta de saliva contra si, tentou se desvencilhar rapidamente, à toa. Quando fingiu que estava sendo entregue ao homem, conseguiu uma pequena distância entre os corpos e tacou o joelho contra as partes íntimas do homem, vendo-o cair no chão. Mas no momento ele a segurou pelo calcanhar, a fazendo cair no chão, mas conseguindo chutar o nariz do homem, que gritou de dor em resposta.
– Vadia!

descia as escadas do hotel rapidamente, descalça, com medo do homem a estar seguindo. Era no 19° andar, e ela não pensou na hora em esperar elevador, parecia que o primeiro andar daquele inferno nunca chegaria. Quando finalmente passou pela entrada principal do hotel, sentiu um braço puxando-a de lado e gritou o mais alto que pôde, sentindo uma mão tapar sua boca e levá-la pra uma esquina escura ali perto.
, para, sou eu, ! – Ele disse, tentando acalmá-la.

, meu Deus, você, eu não to conseguindo... – Ela falava tudo embolado e ele a amparou e se sentou no chão, apoiando sua cabeça em seu peito, percebendo a respiração rápida da garota.
, eu tentei te falar duas vezes, como você nunca ouviu falar nisso? Eu tentei te salvar, me desculpa, ele te fez alguma coisa? – perguntou, alarmado.
– Não, eu consegui fugir. – Ela disse, se agarrando mais a ele. – , eu não desconfiei, eu juro, eu confiei, eu acreditei, eles não poderiam fazer isso comigo, não podiam, a minha mãe... Ela me avisou, ela tentou, eu não liguei. Eu não consigo acreditar, , meu sonho, meu sonho de brilhar, ser bonita, ser a mais reconhecida, a mais admirada, quase acabou com a minha vida. A perfeição, é o mal dessa nação, eu quis ser perfeita e mostrar pra minha mãe que podia, sim, ser, e ser uma modelo direita... – Ela dizia olhando pro nada, obstinada. – Vamos na agência comigo, , por favor.
, você tem certeza? Digo, eu acho melhor você deixar pra lá e contar tudo pra sua mãe, ser honesta, abrir o jogo, ela vai te entender no fim das contas, e te ajudar.
– Eu vou, mas vamos na agência comigo, uma última vez. – assentiu.


Quando chegaram na agência, viu que estava tudo parado como estava quando esteve ali pela última vez. Arrastou a porta de vidro e viu um Carter sobressaltar, alarmado.
, você... O que houve? Você não ficou lá... – Ele se embolava com as palavras.
– Você sabia, né, Carter? Como você pôde fazer isso? Céus, eu confiei em você. Se não fosse pelo , EU TERIA DISSO ESTUPRADA, SEU ANIMAL! – gritava e levantou seu tom de voz, mandando-a se acalmar, porque isso só deixaria as coisas piores do que já estavam.
, não grite, por favor! Droga, ... A chefe tá aqui, e provavelmente ela já sabe que uma das meninas fez uma coisa dessas, ai céus... Meu Deus, eu vou ser demitido. – Carter começava a andar de um lado para o outro com a mão na cabeça, preocupado.
– Chefe? Que chefe, ? – perguntava, confusa.
– Aqui tem uma dona , dona de todo esse esquema sujo, sabe? Ela quem manda e desmanda em tudo aqui, mas ela não conhece as meninas que o pessoal daqui escolhe pra prostituição, ela só confia na equipe de funcionários, e quando a bomba do que você fez estourar, vai ser ruim, muito. – disse, preocupado, enquanto o telefone tocava e Carter ia correndo atender. estava nervosa, tremia.
– Ela já sabe, , ela já sabe, merda! Agora você tá fodida, ela quer você entre. – Carter falou e a menina sentiu suas pernas tremerem.
– Eu não vou. – Ela disse baixo.
– Não, , você tem que ir, vem, vamos, eu entro com você, você tem que entrar. Eu não vou deixar nada acontecer com você, prometo. – disse, pegando a mão da menina, e ela assentiu.

Ele a guiou por um corredor escuro que tinha uma pequena porta do lado direito da parede. Quando a porta foi aberta, observou um cabelo preto e escorrido pela parte de trás, a mulher estava sentada de costas numa cadeira observando um quadro. Quando ouviu a porta sendo aberta, a mulher se virou lentamente, e foi naquele momento, que desejou nunca ter sonhado em ser modelo, em ser bonita, em ser feliz com a profissão ou qualquer coisa desse tipo, sentiu suas pernas falharem mais e seu chão desabar sobre seus pés. Não acreditava quem estava a sua frente.
– Mãe? – perguntou num fraco timbre de voz. a olhou assustado e confuso, ainda a amparando em seus braços.
Louise estava parada, sem reação, sem expressão facial.
?




Fim.




Nota da autora: Oi gente, olha, eu realmente acho que essa história está meio bosta, mas eu fiz de coração, ok? E eu aceitei fazer de última hora, MESMO! Aos 45 do segundo tempo e sem prorrogação. E não achei que ficou WOW QUE PARECIDO COM PRETTY HURTS, mas eu só quis pegar o assunto principal da história, os sonhos e as decepções que um sonho tão alto nos trás... Desculpem se ferrei com a música pra vocês ou não atendi as expectativas... E desculpem por esse final curioso, maaaaaaaaaaas, eu gosto de finais assim LKAJSKLAJSKLSA. Enfim, obrigada por lerem, e sei lá... Comentemmmm! :)

Outras fics:
The Other Face – (Restrita/ Em andamento) (/ffobs/t/theotherface.html)
01. Chandelier – (Shortfic/ Finalizada) (/ficstape/01chandelier.html)






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