Link saiu da casa de , pensando se ele estava fazendo a coisa certa, se ele deveria dar mais tempo a ela, e estava forçando a barra. Era muita coisa para pensar, então ele só dirigiu até sua casa, e não levou muito tempo para pegar no sono. Acordou com frio, estava nevando. Se lembrou que tinha um compromisso bem cedo, e como ele estava muito cansado, ela deixaria com Meredith, que o levaria para a creche do hospital, porque a babá estava de férias. Então, ele poderia ficar mais cinco minutos na cama. Se o hospital deixasse, é claro, ele já estava sendo chamado. As estradas estavam extremamente escorregadias e ficando cada vez mais perigosas, Link não via a hora de chegar no hospital e ver todos bem. Assim que estacionou seu carro em sua vaga, no estacionamento do Grey-Sloan, ele correu para o hospital, e achou quem estava procurando.
— Ei, Meredith! — Disse, assim que viu a mulher.
— Ei, já está na creche! — Respondeu ela, sorrindo.
— Ai, que bom! — Olhou ao redor. — Sabe se está por aqui?
— Não, ainda não. — Disse Meredith, que tinha uma ponta de preocupação no canto dos seus lábios, mas preferiu não demonstrar, já que percebeu que Link tinha preocupação em todo o seu rosto. — Algumas estradas estão sendo fechadas, espero que ela chegue logo, temos uma cirurgia juntas. — Completou, com um sorriso leve nos lábios.
— As estradas estão ficando perigosas também… — Meredith o interrompeu.
— Ela vai ficar bem, Link! Por que não faz uma visita ao seu filho, enquanto ela chega? — Sugeriu, Link assentiu, ficar com ia melhorar as coisas.
— Me bipem quando ela chegar. — Disse à Meredith e aos internos que estavam ao redor, que assentiram. Correu até a creche, mas não demorou muito para ser chamado, tinha pacientes. Mas foi bom ter visto , o tranquilizou um pouco.

Jackson Avery chegou junto com uma ambulância, ajudando a empurrar uma maca, com uma mulher inconsciente.
— Owen, é a ! — Disse Jackson, que tinha em seu rosto, a expressão que Owen acabava de ter. Meredith e Bailey se aproximaram, correndo.
— O que aconteceu? — Perguntou Meredith, antes de colocar os olhos na amiga, inconsciente.
— Trauma 2, vamos! — Disse Owen, Meredith paralisou por 5 segundos, e lembrou-se de bipar Link. Amelia, Maggie, Meredith, Owen, Jackson, Alex, Jo, Miranda, fazia tempo que uma sala de trauma não reunia tantos médicos, todos desesperados, pela diretriz, não era permitido operar familiares, mas todos ali eram sua família. Jackson, seu melhor amigo. Owen, seu confidente. Alex e Jo, seus padrinhos de casamento. Meredith, Amelia e Maggie, suas parceiras. Bailey, sua amiga e mentora. Sem contar os demais, Harry Robbers, que era seu ex marido, Richard Webber, que era como seu pai, e Link, seu marido. Mas naquele momento, ela era uma paciente que precisava ser salva, como qualquer outro paciente que estava ali. E era a mais importante para eles.
— O que aconteceu? — Perguntou Richard, se aproximando da sala.
— Acidente de carro, as pistas estavam muito escorregadias, o carro capotou, parando na estrada de baixo. E foi assim que eu a encontrei. — Disse Jackson, examinando o braço da mulher. — Bipe Orto, por favor! Mas não o Dr. Link, ele é marido, não pode operar!
— Preciso de uma TC do Tórax, e uma TC da cabeça. — Disse Owen. — Amelia? — Amelia examinava seus olhos.
— Não dá tempo, reserve uma sala de cirurgia, preciso abrí-la! — Respondeu Amelia.
— Ok, aqui está tudo em ordem! — Disse Maggie.
— Leve-a para a sala de cirurgia, farei uma toracotomia, enquanto Amelia para a hemorragia. — Disse Meredith.
— Eu vou cuidar da fratura no braço, com o cirurgião ortopédico. — Disse Jackson.
— Ok, todo mundo! — Bailey chamou a atenção deles. — São muitos processos em uma só sala de cirurgia, tem certeza que podem fazer isso?
— Bailey, nós somos perfeitamente capazes! — Disse Meredith.
— Com outros pacientes, vocês tem certeza que conseguem com ela? — Perguntou novamente.
— É claro que sim! — Disse Owen, os outros assentiram. Quando estavam saindo da sala de Trauma, Link chegou. Ele apenas ficou parado, enquanto via seus amigos irem para a sala de cirurgia com sua esposa.
— O-o que aconteceu? — Perguntou, ainda tentando processar o que estava vendo.
— O carro dela capotou diversas vezes, Jackson a encontrou… — Link começou a ter falta de ar, e foi abraçado por Jo. — Ela vai ficar bem, Link! — Completou Bailey.
— Sim, ela está com os melhores. — Disse Alex, Jo foi com ele até a sala de espera, esperar por notícias, e processar o que estava acontecendo.

Antes…

— Ei, marido! — Disse , parando ao lado de Link, enquanto checava os prontuários.
— Ei, esposa! — Respondeu, entrando na brincadeira. — Vai mudar seu nome para Dra. Link? — Perguntou.
— Sabe que eu estava mesmo pensando nisso? — Ironizou ela.
— Marido? — Perguntou Harry Robbers, o mais novo neurocirurgião contratado pelo Grey-Sloan, ou melhor, recontratado. Harry era o ex-marido que partiu, deixando apenas os papéis do divórcio para serem assinados.
— Yep, nós nos casamos. — Respondeu , mexendo no Tablet que estava na bancada, organizando seus prontuários.
— Felicidades ao casal… — Antes que ele pudesse completar, o interrompeu.
— Muito obrigada! — Respondeu, fechando a capa do tablet, e indo na direção oposta. — Vejo vocês na sala de cirurgia, Harry, comporte-se… — Ela olhou para Link por um tempo. — Link, continue sendo… Link. — Eles riram, e ela foi para a sala dos médicos.

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— Link estava aqui e você não! Eu não me importo com o que diz, eu o escolhi e escolheria novamente, e vou continuar escolhendo para sempre, porque ele não é você, ele é o pai do meu filho, e a pessoa que tem arrancado meus melhores sorrisos, então, não meta seu nariz onde não deve, Harry! E não ouse falar do Link, porque ele é uma pessoa incrível! — Disse , em algo que parecia uma discussão com Harry, mas Link apenas ouviu essa parte. Decidiu que como marido e amigo, deveria fazer algo para impedir que isso continuasse acontecendo. Foi até , que estava batendo nas prateleiras, em uma das salas de suprimentos. Link abriu a porta, e ela o abraçou, em meio a lágrimas.
— Obrigada, Link, obrigada por ter estado aqui e continuar aqui! — Ela o abraçava tão forte, que ele apenas retribuiu o abraço.

— Você falou sério, quando disse aquelas coisas para Harry hoje cedo? — Perguntou Link, ainda abraçado com .
— Sim, eu falei sério. — Ele passou a mão em sua bochecha.
— Eu sempre vou estar aqui, por você e pelo , não se preocupe. — Eles se abraçaram forte, novamente, para ela aquele abraço era a melhor coisa do mundo, não havia um lugar melhor para se estar, e não existiria um pai melhor para .

Agora…
Desde que Link a viu naquela maca, parecia que ele havia esquecido como respirar, precisava de Jo, o lembrando o tempo todo como se fazia. Foram horas esperando ali, ele não tinha ideia do que fazer, quando ele não era o cirurgião na sala de cirurgia, ele era apenas o marido da paciente. Harry havia se juntado a ele e os outros, apesar de não dizer uma palavra, ele estava claramente nervoso. Link pensava em todos os momentos que tiveram até ali, de como passaram de colegas de trabalho a pais de um bebê, de pais a melhores amigos, e quando estavam passando para a próxima fase, ele podia perdê-la assim. Ele não conseguiria ser um bom pai para sem ela, era como se eles dois fossem uma força que o ajudasse a ser um homem melhor. Ele tinha uma sensação ruim, desde que saiu de casa, ele estava preocupado e ele não fez nada. Estava quase perdendo a mãe do seu filho e a mulher que ele amava, e a única coisa que ele, um médico, podia fazer era esperar. Foram as horas mais difíceis de sua vida, foi diferente de quando tinha sido com ele, de quando os pais estavam se separando, porque tinha algo que importava demais para e para ele, e que ele sabia que não daria conta se ficasse sozinho. Jackson e Owen se aproximaram da sala de espera.
— Ela vai ficar bem! — Disse Owen, todos suspiraram e Link se levantou, sorrindo. — Já estão fechando, mas… — Owen olhou para Jackson.
— Mas? — Link e Harry perguntaram ao mesmo tempo.
— Eu preciso de permissão para operá-la, Link. — Disse Jackson, eles entendiam o que aquilo queria dizer.
— E quais são as outras opções? — Perguntou Harry.
— Ela pode fazer o tratamento comigo, depois uma longa fisioterapia, e em média em um ano, ela voltaria a operar. Mas se fizer a cirurgia, em um mês ela pode voltar a operar.
— E por que precisa de autorização? — Perguntou Jo.
— Porque se der errado, ela nunca mais vai poder operar, né? — Perguntou Link e Jackson assentiu. Link se jogou na cadeira, a decisão era dele, porque ele era seu marido.
— Você não pode autorizar, Link! — Disse Harry. — Deixe que ela se recupere sozinha!
— Você não é mais o marido dela, Harry. — Link respondeu.
— E vocês sequer são um casal de verdade, só estão casados no papel! — Exclamou Harry.
— O que ela te disse naquele dia, em que discutiram sobre mim no corredor? — Perguntou Link, com os olhos vermelhos e marejados. Harry parou por um tempo.

Antes…

— Ei, aonde pensa que vai? — Perguntou Harry, puxando pelo braço.
— Trabalhar?
— Como assim você se casou de novo? — Perguntou ele.
— Já faz um tempo, meu filho já tem 6 meses. — Respondeu.
— Filho? Você engravidou?
— Eu e Link o adotamos. — Respondeu, Harry começou a rir.
— O que você tem na cabeça? Ficou tanto tempo na pediatria que o cheiro de cocô das crianças afetou sua mente? Aquele cara, ? Olha pra ele e se faça um favor, acabe com isso. — Disse ele.
— Você foi embora, Harry! Você me trouxe para Seattle, e me deixou sozinha, nem uma mensagem de texto se despedindo você me mandou! Apenas deixou os papéis do divórcio para que eu assinasse! Eu estava sozinha, aí eu encontrei aquele bebê, que também estava sozinho, e Link esteve ao nosso lado! Ele esteve do meu lado todos os dias, trocando fralda, dividindo as horas sem dormir, e você não estava aqui! Então, não pense que pode voltar e me dizer o que fazer, porque eu não vou aceitar! Link estava aqui e você não! Eu não me importo com o que diz, eu o escolhi e escolheria novamente, e vou continuar escolhendo para sempre, porque ele não é você, ele é o pai do meu filho, e a pessoa que tem arrancado meus melhores sorrisos, então, não meta seu nariz onde não deve, Harry! E não ouse falar do Link, porque ele é uma pessoa incrível!

Agora…

— Ela confiava na sua estupidez, então, faça o que achar melhor. — Disse Harry, saindo dali.
— Posso ter um tempo para decidir? — Perguntou Link, Jackson assentiu.
— Só podemos submetê-la a outra cirurgia daqui há duas horas. — Respondeu Jackson. — Você pode passar esse tempo ao lado dela, ela já está no quarto, eu acho.
— Obrigado, Jackson. — Link se levantou, abraçou os colegas e foi até o quarto. Onde fechou seus olhos, segurando a mão esquerda dela, e pediu a Deus para mostrar um caminho. — Deus, sei que não temos uma relação, mas ela tem uma com o Senhor, então por favor, me mostre um caminho! Me mostre o paraíso, pelo menos uma vez, talvez. — Ele fechou os olhos. — Eu tenho essa sensação, estou sentindo algo que não entendo, então, o Senhor pode me ajudar a ser um homem melhor e guiar minha decisão? Por favor, eu sempre a vejo rezando para alguém que ela chama de mãe, então presumo que seja a Mãe de Jesus. Isso é um pouco estranho, médicos orando, mas ela acredita que o Senhor e sua Mãe, guiam suas mãos para que ela possa salvar vida, então, Mãe, posso te chamar assim? Me desculpe, se não puder, mas Mãe, vocês podem me mostrar o caminho? Você pode iluminar um túnel à luz do dia? Eu estou tão cansado… — Ele fechou os olhos e respirou fundo, tinha uma sensação diferente em seu peito, então bipou Jackson.
— Link? O que foi? — Perguntou Jackson, enquanto entrava na sala.
— Aconteceu algo estranho, foi como se alguém me dissesse “É uma coisa dolorosa para tentar, mas encare a dificuldade e lide com isso outra vez”. — Link respirou fundo, e se levantou. — Eu gostaria de poder operar com vocês, mas como não posso, façam o seu melhor! Vocês têm a minha autorização.

Durante a cirurgia, Link e os outros estavam tensos, alguns estavam na sala de espera com ele, Meredith, Jo, Bailey e Richard, Maggie estava com , os que não estavam ali, estavam com pacientes que não conseguiam adiar a cirurgia. Harry estava no dormitório, sentindo que seu peito ia explodir, sentindo que não podia respirar. Era exatamente assim que Link se sentia. Mas ele confiava cegamente em seus colegas, e sabia que também confiava. E estavam certos em confiar, Jackson e o ortopedista fizeram um excelente trabalho.
— A cirurgia foi um sucesso! — Disse Jackson, todos riram e se abraçaram, Link abraçou Jackson com toda força que conseguia.

Levou alguns dias para que ela acordasse, e ela não poderia ter acordado em momento melhor, Link dormia com em seus braços. Finalmente, a última imagem que se passava em sua mente não era mais uma luz forte.
— Link? — Disse ela, Link deu um leve pulo na cadeira, quando escutou sua voz.
— Oi, como está se sentindo? Você nos deu um susto e tanto! — Disse ele, sussurrando, com os olhos cheios de água. Ela começou a chorar muito.
— Achei que nunca mais fosse vê-los. — Disse, enquanto chorava e sorria. — E eu jamais iria me perdoar se eu morresse sem você saber que eu te amo. — Ela sorriu, Link sorria sem acreditar no que estava ouvindo.
— Achei que você me diria isso mais camuflado. — Respondeu, deitando ao lado dela com no colo.
— Eu cansei de camuflar as coisas, eu te amo e a gente se quer precisou de sexo para isso acontecer, vocês foram a melhor escolha que eu fiz na minha vida, e eu nunca vou me arrepender disso. — Eles se beijaram, foi um beijo que carregava tanto sentimento, tanta emoção, as lágrimas escorriam nos rostos um do outro. Eles estavam juntos, novamente.

O tempo passou, e com um mês, ela já estava totalmente recuperada. Seus pais haviam vindo para a cidade, e fizeram uma grande festa na sua volta para casa. Todos estavam lá, seus colegas de trabalho, que salvaram sua vida. Seu marido e seu filho, que salvaram sua vida também. Ela não tinha mais raiva de Harry, porque se ele não a tivesse trago para Seattle, ela jamais poderia vivenciar isso. Quando o carro estava capotando, ela pensou em todo o tempo que estava desperdiçando com Link, tudo que ela queria era sobreviver, para recuperar esse tempo perdido. E olhando ao seu redor, ela não estava desperdiçando apenas o tempo com ele, todas aquelas pessoas ali, se importavam o suficiente para lutar pela sua vida e sofrer ao vê-la naquela maca, todas as pessoas que Seattle deu para ela. As pessoas que ela ama, e que são sua família. O Grey-Sloan é sua família, Link e são um presente do Grey-Sloan para ela. Ela não poderia estar mais realizada.
— Por que você é o único que não parece estar feliz? — Perguntou a Harry.
— Eu estou, é apenas impressão sua. — Disse ele. — Quando o Dr. Link autorizou a sua cirurgia, eu tive medo que ele estivesse errado e você nunca mais pudesse operar. Mas tive medo dele estar certo, porque isso confirmaria tudo que disse sobre ele, o que significa que eu a perdi para sempre.
— Você me deixou, Harry. — Ela sorriu. — Link e são minha família, mas o Grey-Sloan também é, e você me deu isso, quando me trouxe para Seattle. — Ela colocou a mão em seu ombro e sorriu, indo até a sala, onde estavam todos com um sorrisinho. — O que foi? — Perguntou, Link se ajoelhou em seus pés.
— … — Ela colocou a mão na boca, incrédula. — Quando eu precisava decidir entre autorizar ou não a cirurgia, eu pedi ajuda a duas pessoas, e acredito que essas duas pessoas, assim como eu, querem que nos casemos do jeito certo, então, você aceita se casar comigo? Dessa vez, com direito a vestido e um padre? — Os outros riram, assim como ela.
— É claro que eu aceito.

Nota da autora: oii gente, tudo bem? espero que sim! espero que tenham gostado, essa fic é uma continuação de outra, então vou deixar meu insta de autora, pra vcs minhas outras fics, e o grupo no whatsapp de leitoras, beijos!






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