Capítulo Único

Aquela chuva não parava fazia quase uma semana, tudo estava nublado e triste, especialmente depois que ele atendeu aquele maldito telefonema. não tinha coragem de ir até o hospital, não sabia o que iria encontrar, estava achando aquela situação toda irônica, quase como se a culpa fosse toda dele.

Now come one, come all to this tragic affair
(Venha um, venham todos para esta tragédia)
Wipe off that makeup - what's in is despair
(Tire a maquiagem - o que está lá é desespero)
So throw on the black dress
(Então coloque o vestido preto)
Mix in with the lot
(Misture com a sorte)


Por que ele deixou-a ir embora chorando daquele jeito? não tinha condições nenhuma de dirigir, ele devia tê-la segurado e impedido que ela seguisse para aquele carro.
Como ele se odiava nesse momento, como ele queria sumir do mundo. não podia nem se olhar no espelho, com certeza acertaria a si mesmo com um soco se pudesse, se resolvesse alguma coisa. Ele tinha que ir vê-la, saber como ela estava, como era injusto ele estar lá intacto depois daquela discussão terrível, ele não devia ter gritado com ela, sabia que ela tinha razão quanto aos caminhos errados que ele estava seguindo, ah, como ele sabia, e tinha ainda mais raiva por não ter admitido enquanto podia. Ele jogava na cara dela que ela não tinha que se meter na vida dele, que ele tinha tudo sob controle... mas era óbvio que não tinha, o consumo de drogas estava totalmente fora de controle, ele não usava apenas para se divertir, ele começou a precisar delas.

You're might wake up and notice
(Você pode acordar e perceber que)
You're someone you're not
(Você é alguém que você não é)


Como ele queria ter a força que ela via nele, ela não aceitava o rumo que ele seguia e tentou de várias formas convencê-lo de que ela estava lá para ajudá-lo, ele não precisava de nada daquilo para se sentir bem. Ela tentou ser mais carinhosa e atenciosa, tirando a mente dele um pouco do foco, mas infelizmente ela não tinha 24 horas disponíveis para ficar com ele, ela tinha o trabalho dela na agência de turismo e a faculdade, e ele deveria estar ensaiando com a banda para a gravação do novo CD. Deveria.

If you look in the mirror
(Se você olhar no espelho)
And don't like what you see
(E não gostar do que vê)
You can find out firsthand what it's like to be me
(Pode descobrir em primeira mão como é ser eu)


No início do sucesso ele ficara deslumbrado, sabia que aquela vida de famoso era boa, era muito mais do que ele esperava, sentiu o gostinho das pessoas te olhando, admirando e cantando as músicas que você escreveu. Essa sensação era maravilhosa.
Antes do vício começar, as festas da banda eram as melhores, encontravam seus ídolos o tempo todo, se divertiam de verdade, era amiga deles desde a adolescência, na época que ainda tocavam na garagem. começou a sair com ela a sós, eles foram se apegando, e estavam namorando firme já havia 2 anos, ele a amava de verdade.

So gather 'round piggies and kiss this goodbye (Então juntem-se em na sujeira e beijem este adeus) I'd encourage your smiles (Eu encorajo seus sorrisos) I'll expect you won't cry (E espero que você não chore)

Ele nunca quis magoá-la, inclusive demorou muito para aceitar o envolvimento entre eles, simplesmente por medo de fazê-la sofrer, mas o sentimento cresceu cada vez mais e não deu mais pra evitar, resolveram ficar juntos e ele jurou para si mesmo que a faria feliz e não deixaria nada no mundo machucá-la, ela era dele e ele dela.
Ele queria vê-la sorrindo sempre, não suportava a ideia de ter provocado tantas lágrimas e naquele exato momento muito mais dor do que ele sentia por dentro por tê-la feito sofrer e ainda não saber como ela estava após aquele maldito acidente.

Another contusion, my funeral jag
(Outra contusão, meu carro funerário)
Here's my resignation
(Aqui está minha renúncia)
I'll serve it in drag
(A servirei arrastando-me)


Aquilo não podia ter acontecido, não com ela. juntou seus próprios cacos e decidiu que era hora de ir vê-la, ele precisava ter certeza de que ela estava bem e sairia logo daquele hospital.
Depois de algumas horas de agonia, ele finalmente entrou no carro e seguiu, mas teve a infeliz ideia de seguir pelo caminho que levava à casa dela, tinha entendido vagamente onde havia sido o acidente e precisava ver com seus próprios olhos. Claro que foi uma ideia ruim, o carro dela agora era um resto de metal cortado e retorcido, ele conseguiu olhar apenas de longe, não suportaria se tivesse muito sangue ou alguém comentasse alguma coisa, tinham várias pessoas passando pelo local naquele momento.
Finalmente ele seguiu para o hospital, parou no estacionamento e se obrigou a descer do carro, praticamente se arrastando para a entrada, passou as mãos pelo rosto e cabelo, tentando se recompor para perguntar sobre à recepcionista sonolenta que estava atrás de um balcão.

You've got front row seats to the penitence hall
(Você tem lugar na primeira fila na sala da penitência)
When I grow up I want to be nothing at all
(Quando eu crescer quero ser nada)
I said yeah! yeah! I said yeah! Yeah
(Eu disse yeah! yeah! Eu disse yeah! Yeah)


Ela informou simplesmente que estava em cirurgia e houveram complicações. Mas que droga de informação era aquela? Ele queria socar a cara da mulher, como assim complicações? Ele subiu para o andar cirúrgico indicado pela enfermeira e começou a procurar por qualquer médico que pudesse falar alguma coisa, mas nada, ninguém falou absolutamente nada porque ele não era da família. Ele merecia aquele purgatório, ele sabia que merecia aquela tortura toda, simplesmente sentou no corredor e chorou, ele desabafou completamente o que prendia e sufocava no peito dele desde a hora daquele telefonema até a chegada no hospital, aquela angústia precisava passar. Ele não podia perdê-la, preferia mil vezes morrer a saber que ela tinha partido.

Finalmente ele se recuperou um pouco do descontrole e foi até o banheiro mais próximo que encontrou, lavou o rosto e se encarou no espelho. Aquilo parecia um pesadelo terrível, ele sabia que tinha que procurar logo a sala de espera para ver se alguém da família dela estava lá e tinha notícias.
Infelizmente ele sabia que não seria recebido com sorrisos, várias pessoas aconselharam várias vezes a se afastar, que ele não era bom pra ela, que ela só estava se enganando. Tudo isso parecia uma verdade cruel e dolorosa nesse momento. Ele se sentia tão perdido, tão envergonhado e, acima de tudo, tão culpado.
Depois de duas salas com várias pessoas aguardando notícias sobre seus entes queridos, ele encontrou a irmã dela em uma sala, ela estava sozinha.

C'mon C'mon C'mon I said
(Vamos, vamos, vamos eu disse)
Save me!
(Salve-me!)


- Kate, por favor. – sussurrou – Me diz que ela está bem, só me diz isso.

Get me the hell out of here
(Me tire deste inferno)
Save me!
(Salve-me!)


Kate derramou ainda mais lágrimas e o abraçou, deixando-o com o coração ainda mais apertado.
- Infelizmente as notícias não são muito boas, ela saiu da cirurgia e está na UTI, meus pais acabaram de entrar para vê-la, o médico só deixou os dois irem, eu fiquei aqui esperando. – ela disse baixo entre soluços.
- Mas ninguém falou mais nada? – a voz dele saiu ainda mais fraca que a dela.
- Ela está em coma. – ela soluçou mais alto que antes e caiu no choro novamente, ele só abraçou-a e deixou as lágrimas escorrerem.



Dias depois...

visitava todos os dias, os pais dela nem se importavam mais com a presença dele quando se esbarravam no corredor, só rezavam e pediam a Deus que a filha melhorasse, conversando muito com ela em cada visita.
Ele levava flores, acariciava o rosto e as mãos dela, como ele sabia que ela tanto gostava, ele sentia tanta dor de não poder ver aquele sorriso tão lindo que ela tinha todos os dias.
Aquele martírio só piorava quando ele ia pra casa à noite e ficava sozinho. Ele não conseguia comer direito, dormir menos ainda, não conseguia se concentrar em mais nada, apenas desejando o tempo todo que ela se recuperasse e ficasse bem logo.

Too young to die and my dear
(Muito jovem para morrer minha querida)
You can't!
(Você não pode!)




2 meses depois...

O quadro de não tinha tido nenhuma melhora, mas também não piorara. persistia em suas visitas diárias e até trocava umas poucas palavras com os pais dela quando se encontravam. Ele sentava na beirada da cama, segurava a mão dela e cantava baixinho alguma música que ela gostava, conversava um pouco e pedia perdão, como ele desejava que ela ficasse bem, que ela voltasse pra ele, tudo seria tão diferente.

Era uma sexta-feira à noite e ele decidiu chamar o pessoal da banda para conversar e mostrar uma música que ele havia escrito para , queria que eles encontrassem a melodia perfeita e ensaiassem aquela música todos os dias até acordar. Em apoio ao amigo, todos concordaram. A música se chamava “The End” , mas era sobre o fim da sua própria vida errada, sobre o fim do seu vício, desde que vira a garota no hospital, ele não tinha usado mais nada, nenhuma vez. Ele estava deprimido e amargurado, não era justo ela pagar pelos erros dele, mas de certa forma ele também estava pagando bem caro por vê-la naquele estado, ele se culpava o tempo todo por aquela situação.

Os dias foram passando lentamente e o quadro de tinha tido algumas oscilações, ela precisou de aparelhos respiratórios com mais funções para ajudar na oxigenação.
estava em uma das suas visitas diárias perambulando pelo hospital enquanto aguardava a enfermeira que foi trocar os lençóis e dar banho nela liberava a entrada dele, viu-a sair correndo do quarto chamando por ajuda médica, ele entrou em pânico, correu para o quarto e viu os monitores apitando, sem entender o que aquilo significava. O médico entrou rápido e pediu que ele saísse, aguardou a enfermeira entrar atrás dele para começar o procedimento, ela tinha tido uma parada cardíaca.
Ele estava desesperado andando de um lado para outro, os pais dela já tinham passado por lá mais cedo, ele não sabia se ligava logo, ou esperava notícias. Então alguma coisa o sufocou por dentro, ele teve certeza que não a veria mais com vida, ele desabou no chão em choque, não conseguia pensar, não conseguia chorar, não conseguia respirar. Uma enfermeira correu até ele e verificou sua pulsação, ele estava com arritmia e falta de ar, mas não queria acompanha-la ao pronto socorro, ela chamou um médico que passava pelo corredor e ele convenceu-o a se levantar, estava muito pálido e com muita dificuldade para respirar, o doutor fez alguns exames rápidos e aplicou medicação para controlar a arritmia, com um sedativo leve, finalmente dormiu, um sono dopado e quase tranquilo.

Ele acordou algumas horas depois, estava muito confuso e não lembrava direito o que havia acontecido. Levantou muito rápido da maca e ficou tonto, precisando se deitar novamente, ele apertou um botão que servia para chamar a enfermeira, que apareceu depois de uns 2 minutos.
- O senhor está se sentindo melhor? – ela perguntou, verificando o monitor próximo dele. – os seus batimentos já normalizaram.
- Não, não estou bem, cadê a ? Como ela está?
- Desculpe, não sei informar, qual o sobrenome? Posso procurar o médico responsável e pedir que ele venha.
- . – ele respondeu rápido.
- Vou procurar saber.
Aquela espera pareceu eterna, mas enfim um médico entrou no quarto onde ele estava.
- Sr. , certo? – ele assentiu para o doutor – Eu sou o Dr. Walter, estou cuidando do caso da Srta. , apesar da parada cardíaca, as notícias são boas, depois do susto, conseguimos verificar mudanças na atividade cerebral. Não quer dizer muita coisa ainda, mas estamos monitorando para captar qualquer sinal.
- Sério? Então ela está melhorando?
- É possível que sim, estamos bem otimistas, ela está estável já faz 1 hora e estamos acompanhando qualquer alteração. A respiração dela está regular e logo poderemos desentubá-la se o estado dela permanecer assim.
Aquela espera por notícias foi um pesadelo, ele ainda estava com mau estar, mas o médico liberou-o para vê-la.
- – ele sussurrou ao pé do ouvido dela, apertando forte a sua mão. – por favor me dá um sinal, me mostra que está bem e quer voltar pra mim. Eu troco a minha saúde pela sua, me perdoa por tudo que eu te fiz passar, me perdoa por favor. Eu não posso viver sem você, foi por você que eu consegui ficar limpo, você me ajudou a ver que eu não preciso de nada daquilo, eu só preciso de você bem para alegrar os meus dias e a minha vida. – ele derramava lágrimas incessáveis. – Eu te amo, , eu te amo, se você for, me leva com você, mas por favor lute, lute pela sua vida, volta!

If you can hear me just walk away
(Se você puder me ouvir apenas vá embora)
Take me!
(Me leve!)


Ele sabia que não a merecia, provavelmente nunca a mereceu, mas ela sim merecia viver, merecia se formar, ter uma carreira, se casar, ter filhos, envelhecer. Aquilo não podia ser o fim pra ela, aquela história não podia terminar assim.
resolveu passar aquela noite no hospital para acompanhar se houvesse qualquer notícia, falaram algumas vezes que ele podia ir pra casa e eles ligariam se ocorresse qualquer coisa com ela, ele negou e continuou sentado naquela poltrona desconfortável, apenas olhando pra ela e pedindo à todas as forças do universo que pudessem trazê-la de volta.


Aquele purgatório se estendeu por mais 4 meses. Completando 6 meses de coma, a família foi orientada a transferi-la para uma casa de repouso, o seguro não bancava mais de 180 dias um paciente em estado de coma e para arcar com os custos dos cuidados seria uma fortuna. Eles ficaram arrasados, não tinham muita certeza do que queriam, tinham algum dinheiro guardado, mas daria para pouco tempo, e ninguém tinha previsão nenhuma da melhora dela ou da partida. Todos os órgãos estavam funcionando bem, com a fisioterapia os músculos dela não se atrofiaram tanto, mas nem uma ideia de quando ela acordaria, nem sinal.
Mesmo contra a vontade, a mãe de ligou para o para conversar sobre os 6 meses, convidou-o para jantar. No jantar ela explicou o que o hospital informara, ele já sabia que as condições financeira da família eram boas, mas com certeza não poderiam arcar com os custos altíssimos do hospital. Ele se ofereceu para ajudar, estava ganhando muito dinheiro com os shows da banda e a venda de CDs, de alguma forma a história da música “The end” se espalhou e o novo CD estava vendendo como água. No início a família não quis aceitar, mas ele convenceu-os depois de um pouco de conversa, tudo pelo bem de .

Too young to die and my dear
(Muito jovem para morrer minha querida)
You can't!
(Você não pode!)


estava melhorando seu estado de espírito, crente de que seu bom humor e otimismo fossem ajudar muito mais do que a tristeza, ele voltou a levar flores para o quarto dela, abria as janelas para ela tomar um pouco de sol e conversava cada vez mais com ela. Aquilo virara rotina e a banda continuava tocando a música todos os dias em seus ensaios, todo mundo torcia pela recuperação dela.


Flashback on

Aquele ano, a primavera fez um milagre depois do inverno rigoroso, o Central Park em Nova York estava simplesmente fabuloso. e combinaram de ir pra lá ver um show de uma banda que eles gostavam e decidiram passar uns dias na cidade, pra se distraírem um pouco dos compromissos habituais. pegou alguns dias de folga no trabalho e avisou o pessoal da banda que passaria uma semana fora.
Eles passaram a noite em claro depois daquele show incrível, pararam em um bar próximo ao local onde foi o show para tomar mais umas cervejas e continuar curtindo aquela vibe sensacional, aquela adrenalina tão gostosa depois do show. Quando eram 5 da manhã, eles foram até o parque para esperar o sol nascer, se sentaram na grama perto de uma árvore e ficaram lá conversando, o tempo praticamente voou, o sol nasceu lindo e inundou aquele lugar com muita luz, brilhando na relva. As flores estavam tão lindas e coloridas, observou a emoção de vendo tudo aquilo com brilho nos olhos e, num ímpeto, beijou-a. O beijo pegou-a de surpresa, mas ela gostou, retribuiu com carinho, levando a mão ao cabelo dele, puxando-o para aprofundar o beijo ainda mais.
Aquele tinha sido apenas o primeiro beijo, as primeiras demonstrações de tudo que eles sentiam.


Flashback off


fora para Nova York para um show com a banda e aproveitou para visitar o Central Park no dia seguinte de manhã, mesmo cansado do show, naquela época do ano ele não podia perder a chance de visitar aquele lugar e lembrar daquele primeiro dia deles juntos, daquela primavera maravilhosa há 3 anos. Ele se sentou no mesmo local onde havia beijado .

C'mon C'mon C'mon I said
(Vamos, vamos, vamos eu disse)
Save me!
(Salve-me!)


Ele lembrou de cada detalhe daquela semana com ela, eles ficaram tão íntimos, se tornaram tão cumplices.
Em seus devaneios, ele percebeu que o celular estava tocando, por um segundo teve medo, quando viu o nome de Kate na tela, seu coração congelou.
- Alô.
- , oi, é a Kate – o tom de voz dela foi animado, ele se levantou do chão.
- Oi Kate, o que aconteceu?
- Minha irmã acordou – ela suspirou feliz – e está perguntando de você.
- Não acredito, tô indo pro aeroporto agora! Obrigada por ligar. – ele desligou o telefone e, ainda meio em choque, saiu correndo para pegar um táxi.
Encontrou um dos meninos no quarto que estavam dividindo no hotel, contou o que tinha acontecido, jogou as coisas de qualquer jeito na mala e foi pro aeroporto, os meninos tinham outro show marcado naquela noite e os fãs provavelmente entenderiam a ausência de , procurariam algum amigo de outra banda que pudesse dar um reforço ou se virariam sozinhos. O importante era e ele estava indo encontrá-la.


entrou em casa voando, largou as malas no chão e disparou para o táxi que ficara esperando por ele para levá-lo ao hospital, ele não tinha condição nenhuma de dirigir.

I'd encourage your smiles
(Eu encorajo seus sorrisos)
I'll expect you won't cry
(E espero que você não chore)


Ele escancarou a porta do quarto quando foi liberado para entrar. abriu seu sorriso mais lindo quando o viu entrar. Ele caiu ajoelhado, mal podendo acreditar na sua sorte.
- Ai meu Deus, meu amor, não acredito que você está de volta – Kate foi até ele para ajudá-lo a se levantar, ele chegou perto da cama e tomou a mão de para beijá-la. Ainda não acreditava no que seus olhos estavam vendo. Kate deixou-os a sós e foi se juntar aos pais que estava na sala de espera esperando para poder falar com os médicos e saber quando a filha voltaria para casa e como seria tudo depois que saísse do hospital, os cuidados e recomendações.

Passadas algumas semanas, a vida de praticamente voltou ao normal, ela continuava com a fisioterapia para fortalecimento muscular e alguns acompanhamentos da evolução de algumas fraturas.
contou a ela que largou as drogas desde o acidente, pediu desculpa mais umas mil vezes por dia, e ela só respondia o quanto estava agradecida por saber disso.
Eles continuaram namorando e estavam felizes, depois de todo aquele tormento. Foi o fim de uma etapa ruim e o começo de uma vida nova, para os dois.
Tudo estava bem.





Fim.



Nota da autora: Gente, faz uns mil anos que eu não escrevo :O essa foi a primeira fic depois de muuuuuito tempo. Espero que gostem. A ideia inicial era uma fic trágica para aproveitar o nome da música, mas não tive coragem rsrs não sei escrever coisas tristes, quem sabe um dia?? Enfim, espero voltar a escrever de verdade e participar mais do site.. Quis ajudar as meninas a salvarem esse do MCR, minha inspiração pra primeira história que eu escrevi, não podia deixar ele ser cancelado!! Deixem seus comentários ;) Obrigada pelo seu tempo!!





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He is the only who makes me feel - Restritas

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