Capítulo Único
— Quem foi o idiota que aprovou isso?! – null jogou a folha de sulfite com a notícia impressa que ela havia conseguido impedir de ser publicada oficialmente no site da revista por questão de minutos na mesa de Choi, o jornalista que havia redigido a matéria. Ele encarou a editora chefe com os olhos arregalados e a boca aberta, mas não conseguiu dizer nada. null se debruçou sobre a mesa dele. – Você tem cinco segundos para me dar uma resposta, Choi.
— E-eu... m-me desculpe, f-foi o-
— Fui eu, null. Algum problema?
null se virou na direção da voz, encontrando null null parado atrás de si, os braços envoltos por um terno preto cruzados na altura do peito. Ela revirou os olhos e bufou, endireitando a postura.
— Eu já deveria imaginar. Me concede alguns minutos do seu precioso tempo? – Ela perguntou, irônica, e ele arqueou uma sobrancelha.
— Com todo prazer. – Gesticulou, apontando com a mão o caminho para que null tomasse a dianteira, o que ela fez com uma expressão furiosa e sob os olhares atentos de toda a redação da Dixon e com os saltos altos tilintando ritmicamente.
Assim que null passou pela porta de sua sala, null a bateu forte e nem se deu ao trabalho de se sentar em sua cadeira, apoiando o quadril na mesa na frente de null, que se jogou preguiçosamente em uma das poltronas disponíveis.
— Posso saber que merda passou pela sua cabeça para aprovar um absurdo desses sem a minha autorização, null? – Ela foi direta e null deu de ombros.
— Desde quando preciso da sua autorização para aprovar alguma na Dixon, null?
Ela riu sem humor, cruzando os braços na altura do peito.
— Eu sou a editora chefe dessa redação, null.
— E eu sou o CEO dessa editora, null.
Ela passou a língua pelo lábio inferior e sorriu, irônica.
— Que é sustentada graças ao trabalho que eu faço com a minha revista.
— Que é administrada pelo meu grupo.
— Não tente medir o tamanho do seu pau com o meu, null. O seu grupo não conseguiria bancar mais nenhuma revistinha desse lugar sem se escorar nos lucros que eu gero com a Dixon.
null arqueou as sobrancelhas.
— Que você traz, null? Achei que a minha revista fosse composta por um grupo de várias pessoas, e não por uma só.
— E é, mas experimente só me deixar um dia sequer longe desse lugar para ver o que acontece com esse grupo de pessoas e com a sua revista. – Ela se curvou em direção a ele. – Como por exemplo um idiota achar que pode aprovar uma matéria completamente absurda por puro capricho.
null riu e se ajeitou na cadeira, aproximando o corpo do dela, cruzando as pernas e apoiando um cotovelo no joelho e o queixo na mão.
— Te irritou tanto assim um furo como esse não ter sido descoberto por você, null? Pensei que fosse gostar de ter mais uma exclusiva em suas mãos.
— Que porra de furo, null! Acorda! Não podemos sair publicando uma notícia dessas sem termos todas as provas confirmadas. Você passou isso para o Choi, ficou maluco? Ele está na minha lista vermelha há semanas, um completo incompetente e preguiço. Nem sequer se deu ao trabalho de checar com as fontes as informações que você passou ou tentar mais alguma coisa. Além disso, você realmente achou que o escândalo do governador já não estava sendo investigado por mim? Yumi e eu estamos na cola desse safado desde o Natal, quando ele foi passar o fim de ano fora do país usando verba pública e bancando mais três mulheres. Estamos tentando concluir uma investigação sobre todos os desvios dele há meses e você quase jogou uma de nossas maiores reportagens no lixo por ser um grande idiota. – Ela deu um tapa no braço dele, que soltou um “ouch” dramático. – Porém, não sabíamos sobre o envolvimento com o tráfico de drogas.
— Viu só? Deveria me agradecer. – null sorriu.
— Ficou maluco?! Nunca mais faça uma coisa dessas! Qualquer coisa que você souber sobre esse assunto ou sobre qualquer outro, venha falar diretamente comigo e somente comigo. Fui clara?
— Como água, null. – Ele respondeu, irônico.
— Ótimo. Honestamente, null, o que diabos passou pela sua cabeça para fazer isso?! Foi extremamente irresponsável até pra você!
Ele riu, dando de ombros.
— Eu estava em um jantar com alguns deputados ontem, dois deles ficaram bêbados e acabaram falando algumas coisas sobre o governador. Eu comecei a estranhar o papo e fui dando corda, e depois de uns cinco minutos eu já tinha praticamente informações suficientes para provar que o cara é o nosso próprio Pablo Escobar. Eu achei que era uma informação valiosa demais para segurar e pedi pro Choi dar uma olhada assim que saí de lá. Ele só se precipitou um pouquinho.
— E porque não mandou pra mim, null? – Ela perguntou, franzindo o cenho. – Espera, ontem...?
Ele respirou fundo, se recostando novamente na poltrona.
— Então, sobre isso...
— null, você foi pra porra de um jantar de negócios no meio de uma crise de enxaqueca?!
— E foi exatamente por isso que eu não mandei nada pra você. Amor, eu recebi o convite em cima da hora, era uma oportunidade boa demais para perder por qualquer besteira. Eu tomei mais um remédio, esperei me sentir melhor e fui, não foi nada de mais, não precisa se-
— Amor é o caralho! Nada de mais?! null, você passou a tarde inteira vomitando e trancado em um quarto escuro! Eu sabia que não devia ter ido embora te deixado sozinho, você é um irresponsável! – null voltou a se aproximar dele mais uma vez, pronta para acertar mais um tapa em seu braço, mas ele segurou seu pulso suavemente.
— E ter perdido a noitada de despedida de solteiro da sua melhor amiga? Não exagera, amor.
— Você ao menos estava falando a verdade quando disse que estava bem hoje de manhã, null? – Ela perguntou, o tom de voz mudando ao soltar o apelido do rapaz, que sempre saia mais macio de seus lábios. null sorriu e entrelaçou sua mão à dela.
— Te juro que estou ótimo, confia em mim.
null respirou fundo, balançando a cabeça.
— O que é que eu faço com você, null null?
null soltou uma risadinha curta e abriu um sorriso ladino, então puxou null pela mão para seu colo, a fazendo se sentar em suas pernas. Ele levou uma mão até a cintura da jornalista e outra até o pescoço dela.
— Eu tenho algumas sugestões, null null. – Sussurrou contra seu ouvido enquanto descia o dedo indicador pela lateral do pescoço de null, sentindo a derme se arrepiar e a mulher suspirar.
— Sou toda ouvidos. – Ela murmurou sorrindo, a cabeça pendendo para o lado.
— Prefiro te contar durante o nosso jantar mais tarde, estamos em um ambiente profissional, meu amor, podemos ter problemas. – Ele provocou, mordendo o lóbulo da orelha dela e descendo um dedo pelo decote da blusa de null, alisando a pele exposta, e apertando agora a coxa dela por cima da calça de alfaiataria preta com a outra mão.
— Não acho que meu chefe esteja em posição de me repreender pelo que está acontecendo aqui. – null replicou, levando uma mão até os cabelos de null e fazendo um carinho em sua nuca.
— As vantagens de se namorar o CEO, null null. – null subiu mais a mão em sua coxa, mas null soltou uma risada nasalada e, abruptamente, a mão que estava na nuca null saiu para estapear a mão dele em sua perna e a mão livre de null segurou o queixo de null com firmeza, mas sem fazer força, tirando os lábios dele de seu pescoço e obrigando o rapaz a levar seu olhar confuso pela interrupção até os olhos dela, que o encaravam com ironia.
— Que bom que tocou nesse assunto, meu amor. – null falou, ácida, ainda segurando o rosto de null. – O que me lembra de dizer: nunca mais se meta no meu trabalho. Eu não ligo se você é null null, se é o CEO, se é a porra que for. Na Dixon, quem manda sou eu. Se você quiser mudar uma palavra sequer do que é publicado ou não nessa revista sem passar por mim antes, vai ter que me demitir, mas você sabe que isso não vai derrubar só a Dixon, vai te derrubar também. Então, senhor CEO, sugiro que pense muito bem antes de tomar uma atitude igual a de ontem, porque da próxima vez você pode acabar sem a maior revista política do país e sem namorada.
null soltou a mão dela de seu queixo e a levou até seus lábios, beijando a palma demoradamente enquanto ainda a encarava.
— Eu poderia perder qualquer coisa, menos você.
— Como você é piegas.
— Como você fica um tesão brava.
— null.
— Me desculpe, não vai mais acontecer. – Ele prometeu ainda com os lábios contra a mão dela e null arqueou as sobrancelhas.
— É bom o jantar de hoje ser o melhor que você já preparou em toda sua vida, meu amor, vai precisar ganhar pontos comigo pelo estômago. – Ela se inclinou e deixou um selinho nos lábios macios dele, se levantando logo em seguida. – Agora, para fora. Preciso trabalhar e fazer dinheiro para deixar bem claro que quem sustenta este lugar sou eu.
null rebolou em null, as unhas arranhando o peitoral nu do rapaz que estava deitado em cima da mesa de jantar, grande o suficiente para que estivessem distantes do que havia sobrado do jantar francês recém consumido pelo casal.
— Porra, null... – null gemeu, sentindo null subir e descer em seu pau, ondulando o corpo mais algumas vezes antes que ela perdesse as forças e, com um gemido sôfrego, chegasse ao orgasmo e desabasse em cima dele.
null elevou o quadril e estocou mais algumas vezes antes de se desmanchar dentro dela, a segurando pelos cabelos e a ouvindo murmurar pela hipersensibilidade, um sorriso bobo tomando conta de seu rosto cansado e suado.
— Você é a porra de uma deusa, null, puta que pariu... – null saiu de dentro dela e suspirou contra seu ombro, onde ele deixou um beijo, as mãos subindo e descendo em um carinho nas costas da mulher.
null balançou a cabeça minimamente, ainda sentindo os sinais de torpor em seu corpo. Com sua visão periférica, viu algo vermelho no meio da decoração escura e minimalista da sala de jantar de null e soltou uma risada ao identificar o objeto. null acompanhou seu olhar e sorriu.
— Sua calcinha ficou muito bem pendurada no meu vaso, amor.
— Talvez sua casa precise mesmo de um toque feminino.
— Talvez essa casa seja grande demais para precisar de apenas um toque feminino, null. – Ele respondeu, sugestivo.
null virou a cabeça para null, seu olhar encontrando o dele e vendo ali toda a intensidade e adoração que sempre via toda vez que olhava para null e ela mordeu o lábio, pensativa. Se lembrou daquilo que nunca esquecia, do quanto aquele homem era especial para ela, sem dúvida nenhuma a melhor parte de sua vida desde que se conheceram quatro anos atrás, quando null assumiu o cargo de redatora chefe da Dixon e foi convidada para um jantar na casa do pai de null, que na época ainda era o CEO da editora. null soube, quando ele apareceu no dia seguinte na redação no final de seu expediente para chamá-la para jantar e ela não pensou duas vezes antes de aceitar, e os dois acabaram trancados no banheiro do restaurante antes mesmo que a sobremesa pudesse chegar, que ela estava completamente ferrada. E ela não poderia estar mais feliz por isso. Porque, acima de tudo, no olhar de null ela via cuidado, confiança e amor. E sempre uma boa dose de luxúria que a deixava faminta. null era perfeito. E era dela. E ela era dele.
null apoiou os cotovelos na mesa, equilibrando o peso de seu corpo e sentindo todo seu interior arder e o coração descompassar, encostou sua testa à de null, fechou os olhos e disse:
— Me pergunte de novo.
— O que? – null questionou, sentindo os dois narizes roçarem.
— Me faça novamente aquela pergunta, null. A que você fez quando estávamos em Roma, mas que eu não pude responder na época porque tive medo. Me pergunte de novo, meu amor.
— null... – null franziu as sobrancelhas, sentindo seu corpo começar a formigar ao entender o que null estava querendo dizer. Ele passou uma mão ao redor da cintura dela e a puxou para cima, a impulsionando junto com seu corpo, os fazendo ficarem sentados sobre a mesa, ela em seu colo. Ele levou as mãos até o rosto dela, acariciando sua face suavemente. – Você está falando sério?
null sorriu e repetiu o ato que ele havia feito mais cedo, pegando uma de suas mãos e a levando até seus lábios, beijando sua palma.
— Me deixe ser sua mulher, null.
null arregalou os olhos, assumindo uma expressão quase infantil e totalmente diferente da sempre intensa e provocante que fazia as pernas de null bambearem, mas que fez null rir e se apaixonar ainda mais por ele, se fosse possível. Então ele sorriu, o sorriso mais bonito que null já o havia visto dar, e ele segurou as duas mãos dela entre as suas.
— Eu sei que em Roma eu tinha alianças e um buquê de rosas e que agora nós estamos nus em cima de uma mesa de jantar, mas levando em consideração que você fugiu de mim da primeira vez, eu diria que prefiro muito mais a situação atual. – Ele disse e null sorriu, sentindo o aperto quente dele em sua mão. – null null... Você quer se casar comigo? Quer ser minha mulher?
null inclinou o corpo alguns centímetros para frente, sua boca encostando na de null.
— Sim, eu quero. – Ela sussurrou de forma clara contra os lábios dele, sentindo-o formar um sorriso em resposta. – Quero me casar com você, ser sua mulher, quero que você seja meu homem e quero estar aqui todos os dias para cuidar, amar e brigar com você por cada coisa estúpida que você faz.
null riu, meio anestesiado pelo momento, e soltou as mãos de null apenas para levar uma até a cintura da mulher e emaranhar a outra nos fios de sua nuca.
— Eu te amo tanto. – Ele declarou, a mão passeando pelas curvas do corpo que ele adorava adorar.
— Eu te amo, null. Hoje e sempre, de todas as formas.
Ele a puxou para um beijo que começou apaixonado e tranquilo, mas que se tornou quente e necessitado assim que as duas línguas se encontraram, como sempre acontecia. Então, null virou null na mesa com um pouco de brutalidade, ouvindo seu arfar quando suas costas se chocaram contra a superfície, mas tendo a confirmação de que isso era tudo o que ela queria ao senti-la morder seu lábio com gosto.
Ele desceu seus beijos pelo queixo e pescoço dela, chupando e lambendo a área sensível, e null entrelaçou as pernas na cintura de null em resposta, sentindo o choque delicioso dos dois quadris nus.
— De todas as formas, minha mulher.
— E-eu... m-me desculpe, f-foi o-
— Fui eu, null. Algum problema?
null se virou na direção da voz, encontrando null null parado atrás de si, os braços envoltos por um terno preto cruzados na altura do peito. Ela revirou os olhos e bufou, endireitando a postura.
— Eu já deveria imaginar. Me concede alguns minutos do seu precioso tempo? – Ela perguntou, irônica, e ele arqueou uma sobrancelha.
— Com todo prazer. – Gesticulou, apontando com a mão o caminho para que null tomasse a dianteira, o que ela fez com uma expressão furiosa e sob os olhares atentos de toda a redação da Dixon e com os saltos altos tilintando ritmicamente.
Assim que null passou pela porta de sua sala, null a bateu forte e nem se deu ao trabalho de se sentar em sua cadeira, apoiando o quadril na mesa na frente de null, que se jogou preguiçosamente em uma das poltronas disponíveis.
— Posso saber que merda passou pela sua cabeça para aprovar um absurdo desses sem a minha autorização, null? – Ela foi direta e null deu de ombros.
— Desde quando preciso da sua autorização para aprovar alguma na Dixon, null?
Ela riu sem humor, cruzando os braços na altura do peito.
— Eu sou a editora chefe dessa redação, null.
— E eu sou o CEO dessa editora, null.
Ela passou a língua pelo lábio inferior e sorriu, irônica.
— Que é sustentada graças ao trabalho que eu faço com a minha revista.
— Que é administrada pelo meu grupo.
— Não tente medir o tamanho do seu pau com o meu, null. O seu grupo não conseguiria bancar mais nenhuma revistinha desse lugar sem se escorar nos lucros que eu gero com a Dixon.
null arqueou as sobrancelhas.
— Que você traz, null? Achei que a minha revista fosse composta por um grupo de várias pessoas, e não por uma só.
— E é, mas experimente só me deixar um dia sequer longe desse lugar para ver o que acontece com esse grupo de pessoas e com a sua revista. – Ela se curvou em direção a ele. – Como por exemplo um idiota achar que pode aprovar uma matéria completamente absurda por puro capricho.
null riu e se ajeitou na cadeira, aproximando o corpo do dela, cruzando as pernas e apoiando um cotovelo no joelho e o queixo na mão.
— Te irritou tanto assim um furo como esse não ter sido descoberto por você, null? Pensei que fosse gostar de ter mais uma exclusiva em suas mãos.
— Que porra de furo, null! Acorda! Não podemos sair publicando uma notícia dessas sem termos todas as provas confirmadas. Você passou isso para o Choi, ficou maluco? Ele está na minha lista vermelha há semanas, um completo incompetente e preguiço. Nem sequer se deu ao trabalho de checar com as fontes as informações que você passou ou tentar mais alguma coisa. Além disso, você realmente achou que o escândalo do governador já não estava sendo investigado por mim? Yumi e eu estamos na cola desse safado desde o Natal, quando ele foi passar o fim de ano fora do país usando verba pública e bancando mais três mulheres. Estamos tentando concluir uma investigação sobre todos os desvios dele há meses e você quase jogou uma de nossas maiores reportagens no lixo por ser um grande idiota. – Ela deu um tapa no braço dele, que soltou um “ouch” dramático. – Porém, não sabíamos sobre o envolvimento com o tráfico de drogas.
— Viu só? Deveria me agradecer. – null sorriu.
— Ficou maluco?! Nunca mais faça uma coisa dessas! Qualquer coisa que você souber sobre esse assunto ou sobre qualquer outro, venha falar diretamente comigo e somente comigo. Fui clara?
— Como água, null. – Ele respondeu, irônico.
— Ótimo. Honestamente, null, o que diabos passou pela sua cabeça para fazer isso?! Foi extremamente irresponsável até pra você!
Ele riu, dando de ombros.
— Eu estava em um jantar com alguns deputados ontem, dois deles ficaram bêbados e acabaram falando algumas coisas sobre o governador. Eu comecei a estranhar o papo e fui dando corda, e depois de uns cinco minutos eu já tinha praticamente informações suficientes para provar que o cara é o nosso próprio Pablo Escobar. Eu achei que era uma informação valiosa demais para segurar e pedi pro Choi dar uma olhada assim que saí de lá. Ele só se precipitou um pouquinho.
— E porque não mandou pra mim, null? – Ela perguntou, franzindo o cenho. – Espera, ontem...?
Ele respirou fundo, se recostando novamente na poltrona.
— Então, sobre isso...
— null, você foi pra porra de um jantar de negócios no meio de uma crise de enxaqueca?!
— E foi exatamente por isso que eu não mandei nada pra você. Amor, eu recebi o convite em cima da hora, era uma oportunidade boa demais para perder por qualquer besteira. Eu tomei mais um remédio, esperei me sentir melhor e fui, não foi nada de mais, não precisa se-
— Amor é o caralho! Nada de mais?! null, você passou a tarde inteira vomitando e trancado em um quarto escuro! Eu sabia que não devia ter ido embora te deixado sozinho, você é um irresponsável! – null voltou a se aproximar dele mais uma vez, pronta para acertar mais um tapa em seu braço, mas ele segurou seu pulso suavemente.
— E ter perdido a noitada de despedida de solteiro da sua melhor amiga? Não exagera, amor.
— Você ao menos estava falando a verdade quando disse que estava bem hoje de manhã, null? – Ela perguntou, o tom de voz mudando ao soltar o apelido do rapaz, que sempre saia mais macio de seus lábios. null sorriu e entrelaçou sua mão à dela.
— Te juro que estou ótimo, confia em mim.
null respirou fundo, balançando a cabeça.
— O que é que eu faço com você, null null?
null soltou uma risadinha curta e abriu um sorriso ladino, então puxou null pela mão para seu colo, a fazendo se sentar em suas pernas. Ele levou uma mão até a cintura da jornalista e outra até o pescoço dela.
— Eu tenho algumas sugestões, null null. – Sussurrou contra seu ouvido enquanto descia o dedo indicador pela lateral do pescoço de null, sentindo a derme se arrepiar e a mulher suspirar.
— Sou toda ouvidos. – Ela murmurou sorrindo, a cabeça pendendo para o lado.
— Prefiro te contar durante o nosso jantar mais tarde, estamos em um ambiente profissional, meu amor, podemos ter problemas. – Ele provocou, mordendo o lóbulo da orelha dela e descendo um dedo pelo decote da blusa de null, alisando a pele exposta, e apertando agora a coxa dela por cima da calça de alfaiataria preta com a outra mão.
— Não acho que meu chefe esteja em posição de me repreender pelo que está acontecendo aqui. – null replicou, levando uma mão até os cabelos de null e fazendo um carinho em sua nuca.
— As vantagens de se namorar o CEO, null null. – null subiu mais a mão em sua coxa, mas null soltou uma risada nasalada e, abruptamente, a mão que estava na nuca null saiu para estapear a mão dele em sua perna e a mão livre de null segurou o queixo de null com firmeza, mas sem fazer força, tirando os lábios dele de seu pescoço e obrigando o rapaz a levar seu olhar confuso pela interrupção até os olhos dela, que o encaravam com ironia.
— Que bom que tocou nesse assunto, meu amor. – null falou, ácida, ainda segurando o rosto de null. – O que me lembra de dizer: nunca mais se meta no meu trabalho. Eu não ligo se você é null null, se é o CEO, se é a porra que for. Na Dixon, quem manda sou eu. Se você quiser mudar uma palavra sequer do que é publicado ou não nessa revista sem passar por mim antes, vai ter que me demitir, mas você sabe que isso não vai derrubar só a Dixon, vai te derrubar também. Então, senhor CEO, sugiro que pense muito bem antes de tomar uma atitude igual a de ontem, porque da próxima vez você pode acabar sem a maior revista política do país e sem namorada.
null soltou a mão dela de seu queixo e a levou até seus lábios, beijando a palma demoradamente enquanto ainda a encarava.
— Eu poderia perder qualquer coisa, menos você.
— Como você é piegas.
— Como você fica um tesão brava.
— null.
— Me desculpe, não vai mais acontecer. – Ele prometeu ainda com os lábios contra a mão dela e null arqueou as sobrancelhas.
— É bom o jantar de hoje ser o melhor que você já preparou em toda sua vida, meu amor, vai precisar ganhar pontos comigo pelo estômago. – Ela se inclinou e deixou um selinho nos lábios macios dele, se levantando logo em seguida. – Agora, para fora. Preciso trabalhar e fazer dinheiro para deixar bem claro que quem sustenta este lugar sou eu.
null rebolou em null, as unhas arranhando o peitoral nu do rapaz que estava deitado em cima da mesa de jantar, grande o suficiente para que estivessem distantes do que havia sobrado do jantar francês recém consumido pelo casal.
— Porra, null... – null gemeu, sentindo null subir e descer em seu pau, ondulando o corpo mais algumas vezes antes que ela perdesse as forças e, com um gemido sôfrego, chegasse ao orgasmo e desabasse em cima dele.
null elevou o quadril e estocou mais algumas vezes antes de se desmanchar dentro dela, a segurando pelos cabelos e a ouvindo murmurar pela hipersensibilidade, um sorriso bobo tomando conta de seu rosto cansado e suado.
— Você é a porra de uma deusa, null, puta que pariu... – null saiu de dentro dela e suspirou contra seu ombro, onde ele deixou um beijo, as mãos subindo e descendo em um carinho nas costas da mulher.
null balançou a cabeça minimamente, ainda sentindo os sinais de torpor em seu corpo. Com sua visão periférica, viu algo vermelho no meio da decoração escura e minimalista da sala de jantar de null e soltou uma risada ao identificar o objeto. null acompanhou seu olhar e sorriu.
— Sua calcinha ficou muito bem pendurada no meu vaso, amor.
— Talvez sua casa precise mesmo de um toque feminino.
— Talvez essa casa seja grande demais para precisar de apenas um toque feminino, null. – Ele respondeu, sugestivo.
null virou a cabeça para null, seu olhar encontrando o dele e vendo ali toda a intensidade e adoração que sempre via toda vez que olhava para null e ela mordeu o lábio, pensativa. Se lembrou daquilo que nunca esquecia, do quanto aquele homem era especial para ela, sem dúvida nenhuma a melhor parte de sua vida desde que se conheceram quatro anos atrás, quando null assumiu o cargo de redatora chefe da Dixon e foi convidada para um jantar na casa do pai de null, que na época ainda era o CEO da editora. null soube, quando ele apareceu no dia seguinte na redação no final de seu expediente para chamá-la para jantar e ela não pensou duas vezes antes de aceitar, e os dois acabaram trancados no banheiro do restaurante antes mesmo que a sobremesa pudesse chegar, que ela estava completamente ferrada. E ela não poderia estar mais feliz por isso. Porque, acima de tudo, no olhar de null ela via cuidado, confiança e amor. E sempre uma boa dose de luxúria que a deixava faminta. null era perfeito. E era dela. E ela era dele.
null apoiou os cotovelos na mesa, equilibrando o peso de seu corpo e sentindo todo seu interior arder e o coração descompassar, encostou sua testa à de null, fechou os olhos e disse:
— Me pergunte de novo.
— O que? – null questionou, sentindo os dois narizes roçarem.
— Me faça novamente aquela pergunta, null. A que você fez quando estávamos em Roma, mas que eu não pude responder na época porque tive medo. Me pergunte de novo, meu amor.
— null... – null franziu as sobrancelhas, sentindo seu corpo começar a formigar ao entender o que null estava querendo dizer. Ele passou uma mão ao redor da cintura dela e a puxou para cima, a impulsionando junto com seu corpo, os fazendo ficarem sentados sobre a mesa, ela em seu colo. Ele levou as mãos até o rosto dela, acariciando sua face suavemente. – Você está falando sério?
null sorriu e repetiu o ato que ele havia feito mais cedo, pegando uma de suas mãos e a levando até seus lábios, beijando sua palma.
— Me deixe ser sua mulher, null.
null arregalou os olhos, assumindo uma expressão quase infantil e totalmente diferente da sempre intensa e provocante que fazia as pernas de null bambearem, mas que fez null rir e se apaixonar ainda mais por ele, se fosse possível. Então ele sorriu, o sorriso mais bonito que null já o havia visto dar, e ele segurou as duas mãos dela entre as suas.
— Eu sei que em Roma eu tinha alianças e um buquê de rosas e que agora nós estamos nus em cima de uma mesa de jantar, mas levando em consideração que você fugiu de mim da primeira vez, eu diria que prefiro muito mais a situação atual. – Ele disse e null sorriu, sentindo o aperto quente dele em sua mão. – null null... Você quer se casar comigo? Quer ser minha mulher?
null inclinou o corpo alguns centímetros para frente, sua boca encostando na de null.
— Sim, eu quero. – Ela sussurrou de forma clara contra os lábios dele, sentindo-o formar um sorriso em resposta. – Quero me casar com você, ser sua mulher, quero que você seja meu homem e quero estar aqui todos os dias para cuidar, amar e brigar com você por cada coisa estúpida que você faz.
null riu, meio anestesiado pelo momento, e soltou as mãos de null apenas para levar uma até a cintura da mulher e emaranhar a outra nos fios de sua nuca.
— Eu te amo tanto. – Ele declarou, a mão passeando pelas curvas do corpo que ele adorava adorar.
— Eu te amo, null. Hoje e sempre, de todas as formas.
Ele a puxou para um beijo que começou apaixonado e tranquilo, mas que se tornou quente e necessitado assim que as duas línguas se encontraram, como sempre acontecia. Então, null virou null na mesa com um pouco de brutalidade, ouvindo seu arfar quando suas costas se chocaram contra a superfície, mas tendo a confirmação de que isso era tudo o que ela queria ao senti-la morder seu lábio com gosto.
Ele desceu seus beijos pelo queixo e pescoço dela, chupando e lambendo a área sensível, e null entrelaçou as pernas na cintura de null em resposta, sentindo o choque delicioso dos dois quadris nus.
— De todas as formas, minha mulher.
Fim.
Nota da autora: Oi, meu anjo! Muito obrigada por ter dedicado um tempinho do seu dia lendo essa fic. Espero que tenha gostado e vou ficar muito feliz se você deixar um comentário aqui, pode ser para meter o pau, tá tudo bem, eu só quero muito muito saber o que você achou dessa história, haha :)
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Um beijão e até a próxima 💜
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
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