Capítulo Único
Era apenas mais uma manhã normal para , com a rotina de sempre: Levantar as cinco da matina, banhar-se, tomar um café reforçado e chegar na cafeteria as seis e trinta em ponto.
Já em seu trabalho, começou a limpar as mesas enquanto esperava dar sete horas e abrir o comércio.
— Perdão pelo atraso, unnie. — era sua dongsaeng, .
deu apenas um sorriso para a mais nova, que trabalhava ali afim de ganhar um dinheirinho para ajudar em casa.
— Hoje será um dia cheio. — comentou enquanto limpava a última mesa — Feriado de dia das mães.
— Tem razão, unnie, hoje vamos estar cheias de tarefas.
Após a rápida troca de palavras, se dirige até a cozinha da cafeteria, afim de organizar as louças e ver se estava tudo em ordem para virar a plaquinha do “aberto”.
Com tudo em ordem, pediu para que apenas terminasse de varrer o chão, enquanto ela abria o estabelecimento.
Assim feito, virou a plaquinha e foi até o balcão, aguardar seus clientes.
Era um domingo de dia das mães e nada melhor para se iniciar o dia do que um café da cafeteria mais renomada de Cheongnam.
Seu amigo de infância, , aparece na conveniência, junto de sua mãe, tocando o sininho.
Quando te olho
O tempo para
Não sei desde quando
Comecei a me sentir assim
se prontifica para atender os conhecidos, pedindo para que cuidasse na preparação dos cafés naquela manhã.
— A que devo a honra de recebe-los aqui nessa linda manhã? — perguntou animada aos clientes ¬— Bom dia, dona Marta.
— Um ótimo dia, . ¬— dona Marta sorri e abre o cardápio — Quero um ristretto.
— Uau, a senhora realmente gosta de café forte, não é? — anotou o pedido num bloquinho de anotações — E o senhor, ?
— Eu aceito um café expresso mesmo. — sorriu ao ver a amiga ainda escrevendo no bloco — E a Diana?
— A chefe viajou para a França, visitar a mãe.
— E você, não irá visitar dona Rosa?
— Não... Ela ainda deve estar morando com aquele nojento. Ela pode ir na minha casa quando quiser que a receberei de braços abertos, mas naquele muquifo eu não entro, nunca mais.
— Entendi... Perdoe-me se estraguei sua manhã ao falar disso.
¬— Não se preocupe, , eu estou muito bem, de qualquer forma. — olhou em volta e percebeu outros clientes entrando e se apressou — Bem, vou preparar o café de vocês e já volto.
Saiu um tanto desconfortável. Dia das mães não era mais uma data tão especial na vida de , depois que viu sua mãe afundando nas drogas e indo morar com um desgovernado e assediador qualquer.
Levou os pedidos até , que começou a preparar o café, enquanto voltava a correria de atender de mesa em mesa, sem errar nenhuma petição.
Chegou um dia
Como sonho,
Balançando o meu coração
Posso sentir meu destino
Apesar de estar se distraindo bem ao anotar e servir mesas, seu subconsciente ainda se recordava de um sonho que tivera algumas noites antes.
Nele, basicamente, ela estava no dia das mães, trabalhando na cafeteria como sempre, cumprindo o papel de sua chefe, que estava viajando. E, sem aviso prévio, um cara desconhecido entrava no estabelecimento e tudo virava de cabeça para baixo.
não acreditava em visões e deixara de crer em amor verdadeiro depois de ser abandonada pelo seu pai.
Com as horas passando, estava chegando na hora do almoço, e pouquíssimas pessoas adentravam a cafeteria. Nesse meio tempo, e se reuniram para jogar conversa fora, enquanto o lugar ficava meio deserto, sem clientes levantando os braços, aguardando atendimento, nem mesmo as vozes dos mesmo conversando e reclamando da vida.
— Manhã movimentada, né?
— Muito. — respondeu ao rir do desespero de — Desesperada por conta do silêncio, de novo?
Recebendo apenas um aceno concordando, um telefone começou a tocar. Era o de .
Correndo, a mais nova atendeu a ligação e sua feição se tornava meio assustada e podia vê-la engolir seco.
Ao finalizar a chamada, correu até a mais velha com certa preocupação:
— Unnie, eu posso sair por apenas alguns minutos? Prometo não demorar nem mesmo uma hora... Minha irmã não deu os remédios de nossa avó e agora ela está com falta de ar e...
— Acalme-se. Eu cuido daqui por uma hora, sem problemas. É horário de almoço, poucos virão nesse tempo, pode ir.
— Muito, muito obrigada mesmo, unnie!
saiu dando um beijo na bochecha de , correndo de avental e tudo, com uma pressa preocupante. se perguntava se a dongsaeng não seria atropelada com a pressa que andava em sua bicicleta.
Tentando não se entediar naquela hora, decidiu dar uma limpada nas mesas, esfregar o chão, lavar a louça... Chegou até mesmo a dançar com uma melodia qualquer em sua mente, enquanto ninguém abria a porta.
Entretanto, em um de seus passos desajeitados, acabou girando e virando o pé levemente, fazendo com que se estatelasse no chão.
Seu cabelo se bagunçou e, junto dela, o rodo que servia de acompanhante de dança, caiu em cima de sua cabeça.
E nessa fração de segundos, o sininho da porta toca, e uma pessoa surge.
Eu te amo
Pode me ouvir?
“Ai, que vexame...” fora o que pensou assim que viu o rapaz adentrar a cafeteria.
— Meu Deus, está tudo bem? — o garoto se aproximou e ajudou a menina a se levantar — O que aconteceu?
— Eu tropecei... Enquanto limpava o chão!
Ele arqueou uma das sobrancelhas:
— Com um rodo sem pano?
É só você,
Quando fecho meus olhos
olhou para o chão; que desculpa esfarrapada! Estava na cara que era mentira e o motivo dela ter caído era outro.
— Esqueça, quer alguma coisa? — a moça mudou de assunto enquanto ajeitava o avental e levava o rodo para dentro da cozinha, voltando para perto do rapaz rapidamente.
— Nem quero, entrei mais por que estava sem nada para fazer.
piscou, sem saber o que fazer, até que percebeu a porta escancarada de quando o desconhecido tinha chego.
“Nem mesmo para encostar a porta! O que custa não a deixar totalmente aberta, trazendo poeira lá de fora?”, pensava enquanto ia fechar a porta.
Nesse ato, sentiu uma forte brisa entrando e batendo em seus cabelos, e um sentimento estranho lhe invadiu; ela nem mesmo sabia defini-lo.
O amor veio junto
Com o sopro do vento
Com a porta já encostada, voltou para perto do garoto e ficou em pé ao lado da mesa que ele estava sentado.
¬— Já que não irá pedir nada, não vai embora?
— Oras, uma atendente expulsando um cliente? Essa é nova para mim. — ele riu.
— Sei lá, às vezes você tem algum compromisso, não sei.
Ela olhou para o rosto do rapaz, que olhava para a mesma. Era o mesmo garoto do sonho!
— Você trabalha aqui faz quanto tempo?
— Sete meses.
— Entendi. Minha tia não tinha comentado de você para mim, nunca.
¬— Sei... Quem é sua tia?
— Diana Maccas, dona daqui.
arregalou os olhos; ele era o tão famoso e gato sobrinho de Diana?
Sempre,
Onde quer que você esteja
Sempre,
Onde quer que você esteja
Oh, oh, oh,
Amor, amor, amor
— Você que é o famoso Dae-Young?
— Me chame de , pelo amor de Deus.
— Não gosta de Dae-Young?
— Você não me parece coreana para não conseguir pronunciar corretamente.
Ok, era um menino realmente grosso.
— Certamente não sou.
— Dá para saber pelo seu nome, .
— Como sabe meu nome?
— Está escrito em sua plaqueta.
olhou para seu seio direito e notou sua plaqueta que precisava usar no trabalho.
— As pessoas não erram na hora de pronunciar?
¬— Eu me apresento com meu nome coreano mesmo. Apenas aqui no serviço que eu sou a .
¬— Qual seu nome coreano?
— Myung-Joo.
— combina mais contigo.
— Obrigada, eu acho?
estava embaraçada, era a primeira vez que se sentia estranha perto de um garoto. Ele não era feio, muito pelo contrário, era lindo.
— Por que não está aproveitando o feriado com sua mãe? — ele voltou a puxar assunto.
— Não tenho uma boa convivência com minha mãe.
— Caramba, desculpa. Parece que dei uma bola fora?
— Um pouco só. — riu — Mas não ligo para isso, não tem de se preocupar.
— Ufa!
Eles continuaram conversando, até que voltasse da casa de sua avó e dar a desculpa de que precisava voltar para casa, em tempo de ajudar seu pai no jantar.
— Quem era o gatinho, unnie?
— O sobrinho de Diana, meu amor. E já vai tirando o olho, ele tem 24.
— Só oito anos de diferença, não estou vendo problema algum!
— Kwon !
— Estou brincando, unnie.
Ainda descontraídas, ouviram o sino da porta tocando e foi atender os recém clientes.
Continuo te amando
Mesmo quando me afasta
Do teu lado
Meu coração só conhece você
observava a unnie meio avoada depois que o tal sobrinho da chefe foste embora.
“Será que ela está gostando dele? Quantos anos a unnie tem mesmo? 22? 23?”, se perguntava enquanto passava um pano úmido no balcão.
— Estou acabada! — reclamou assim que virou a plaquinha da cafeteria.
As duas se tacaram no chão e ficaram conversando, e reclamando da imensa preguiça que estravam para limpar aquilo tudo para segunda-feira já estar tudo organizado.
— Preciso descansar minhas pernas! Fiquei atendendo por doze horas, em pé!
— Meus pêsames, unnie.
Eu te amo
Pode me ouvir?
É só você,
Quando fecho meus olhos
Ambas estavam se lamentando do tanto de trabalho que tiveram naquele feriado. Parecia uma feira de tão movimentado que fora; tirando o horário de almoço.
— Ah é, unnie. — estava disposta a voltar naquele assunto — Você está gostando daquele cara?
— Do ?
— Não sei o nome dele.
— Ah... Lógico que não. Conheci aquele garoto hoje!
Mesmo se tudo mudar,
Há apenas uma coisa
Que não o fará,
Você é meu amor
E eu sou o seu
fingiu dar importância aquele fato, apesar de estar pouco se importando de ambos terem se conhecido faziam apenas algumas horas. não parava de pensar no garoto e a mais nova não conseguia não tirar sarro.
Mesmo se você
Olhar para trás por
Um momento,
Foi assim ao longo dos dias; todas as manhãs, zombava de , perguntando se o príncipe encantado viria montado num cavalo branco e tiraria a princesa daquele trabalho cansativo.
Todavia, não apareceu mais na cafeteria. E não pode deixar de notar, até mesmo se desanimou um bocado.
— Não fique assim, unnie. Se for para ser, ele volta.
Mesmo se você passar
Perto de mim,
Dito e cumprido. Depois de duas semanas sem ver , o rapaz voltou até a cafeteria, com a desculpa de ter de levar um doce que sua mãe gostava muito.
E essa ida totalmente anormal dele fora se repetindo ao longo dos dias e, o mais intrigante, ele só aparecia no horário de almoço, quando as atendentes podiam sentar e conversar um pouco.
Está tudo bem,
Porque estarei sempre aqui
Para você
se sentia uma total estranha quando ele chegava. Parecia que um turbilhão de pensamentos a cobriam quando o viam chegar, mas quando se cumprimentavam, tudo e todos paravam a sua volta.
“Certo, isso definitivamente não é normal”, pensava enquanto o assistia sair do estabelecimento.
— Se ele fica um dia sem vir, a unnie terá abstinência.
Desatadas a rir da piada, não pode parar de refletir e perguntar-se o que diabos aquele cara causava nela.
— Unnie. — chamou após a onda de risadas — Você nunca namorou com alguém, né?
— Por que acha isso?
— Você se desconserta toda quando o chega pra falar contigo. Até mesmo Diana já notou o clima entre vocês e, posso garantir que, ela apoia o casal.
Eu te amo,
Não se esqueça
¬— Você está sonhando, dongsaeng.
— Não estou, unnie! Você só pensa nele. Fica olhando o horário, esperando logo dar meio-dia e ele chegar, e vocês ficarem conversando por quase uma hora, todos os dias. De onde surge tanto assunto?
parou para pensar: era péssima tentando puxar assunto, mas as palavras simplesmente saiam quando ele chegava.
¬— Vocês precisam se assumir logo. Esse rolo de vocês já vai chegar em seis semanas. Tão lerdinhos...
— Vai lavar a louça, . Chega desse papo.
Sozinha, ainda se perguntava se realmente estava gostando de . Assim, ele era um ótimo amigo, mas... Um namorado? Não, aquilo não seria possível. Amor verdadeiro não existe, certo?
“É apenas um forte interesse, nada além. Apenas umas ficadas e vamos acabar nos enjoando, certo?”
Não.
É só você,
Minha dolorosa confissão
E ela sabia disso.
E foi assim, quando, enquanto trancava a porta da cafeteria e estava a sair da conveniência, que ele surge atrás dela. Com um buquê, ainda por cima.
Bateu novamente o vento. Aquela mesma brisa da primeira vez quando se conheceram.
b>
O amor veio junto
Com o sopro do vento
Era o mesmo turbilhão, as mesmas sensações estranhas, o mesmo tremer no estômago.
— Namora comigo?
Não que acreditasse em amor verdadeiro, muito menos em amor à primeira vista. Aquelas expressões não existiam em seu dicionário.
Mas, por que não se arriscar pelo menos naquela noite? Não importava o rumo que aquela escolha tomasse, só conseguia pensar em uma coisa: ser feliz.
— Sim!
Sempre,
Onde quer que você esteja
Sempre,
Onde...
Quer que esteja.
Já em seu trabalho, começou a limpar as mesas enquanto esperava dar sete horas e abrir o comércio.
— Perdão pelo atraso, unnie. — era sua dongsaeng, .
deu apenas um sorriso para a mais nova, que trabalhava ali afim de ganhar um dinheirinho para ajudar em casa.
— Hoje será um dia cheio. — comentou enquanto limpava a última mesa — Feriado de dia das mães.
— Tem razão, unnie, hoje vamos estar cheias de tarefas.
Após a rápida troca de palavras, se dirige até a cozinha da cafeteria, afim de organizar as louças e ver se estava tudo em ordem para virar a plaquinha do “aberto”.
Com tudo em ordem, pediu para que apenas terminasse de varrer o chão, enquanto ela abria o estabelecimento.
Assim feito, virou a plaquinha e foi até o balcão, aguardar seus clientes.
Era um domingo de dia das mães e nada melhor para se iniciar o dia do que um café da cafeteria mais renomada de Cheongnam.
Seu amigo de infância, , aparece na conveniência, junto de sua mãe, tocando o sininho.
O tempo para
Não sei desde quando
Comecei a me sentir assim
— A que devo a honra de recebe-los aqui nessa linda manhã? — perguntou animada aos clientes ¬— Bom dia, dona Marta.
— Um ótimo dia, . ¬— dona Marta sorri e abre o cardápio — Quero um ristretto.
— Uau, a senhora realmente gosta de café forte, não é? — anotou o pedido num bloquinho de anotações — E o senhor, ?
— Eu aceito um café expresso mesmo. — sorriu ao ver a amiga ainda escrevendo no bloco — E a Diana?
— A chefe viajou para a França, visitar a mãe.
— E você, não irá visitar dona Rosa?
— Não... Ela ainda deve estar morando com aquele nojento. Ela pode ir na minha casa quando quiser que a receberei de braços abertos, mas naquele muquifo eu não entro, nunca mais.
— Entendi... Perdoe-me se estraguei sua manhã ao falar disso.
¬— Não se preocupe, , eu estou muito bem, de qualquer forma. — olhou em volta e percebeu outros clientes entrando e se apressou — Bem, vou preparar o café de vocês e já volto.
Saiu um tanto desconfortável. Dia das mães não era mais uma data tão especial na vida de , depois que viu sua mãe afundando nas drogas e indo morar com um desgovernado e assediador qualquer.
Levou os pedidos até , que começou a preparar o café, enquanto voltava a correria de atender de mesa em mesa, sem errar nenhuma petição.
Como sonho,
Balançando o meu coração
Posso sentir meu destino
Nele, basicamente, ela estava no dia das mães, trabalhando na cafeteria como sempre, cumprindo o papel de sua chefe, que estava viajando. E, sem aviso prévio, um cara desconhecido entrava no estabelecimento e tudo virava de cabeça para baixo.
não acreditava em visões e deixara de crer em amor verdadeiro depois de ser abandonada pelo seu pai.
Com as horas passando, estava chegando na hora do almoço, e pouquíssimas pessoas adentravam a cafeteria. Nesse meio tempo, e se reuniram para jogar conversa fora, enquanto o lugar ficava meio deserto, sem clientes levantando os braços, aguardando atendimento, nem mesmo as vozes dos mesmo conversando e reclamando da vida.
— Manhã movimentada, né?
— Muito. — respondeu ao rir do desespero de — Desesperada por conta do silêncio, de novo?
Recebendo apenas um aceno concordando, um telefone começou a tocar. Era o de .
Correndo, a mais nova atendeu a ligação e sua feição se tornava meio assustada e podia vê-la engolir seco.
Ao finalizar a chamada, correu até a mais velha com certa preocupação:
— Unnie, eu posso sair por apenas alguns minutos? Prometo não demorar nem mesmo uma hora... Minha irmã não deu os remédios de nossa avó e agora ela está com falta de ar e...
— Acalme-se. Eu cuido daqui por uma hora, sem problemas. É horário de almoço, poucos virão nesse tempo, pode ir.
— Muito, muito obrigada mesmo, unnie!
saiu dando um beijo na bochecha de , correndo de avental e tudo, com uma pressa preocupante. se perguntava se a dongsaeng não seria atropelada com a pressa que andava em sua bicicleta.
Tentando não se entediar naquela hora, decidiu dar uma limpada nas mesas, esfregar o chão, lavar a louça... Chegou até mesmo a dançar com uma melodia qualquer em sua mente, enquanto ninguém abria a porta.
Entretanto, em um de seus passos desajeitados, acabou girando e virando o pé levemente, fazendo com que se estatelasse no chão.
Seu cabelo se bagunçou e, junto dela, o rodo que servia de acompanhante de dança, caiu em cima de sua cabeça.
E nessa fração de segundos, o sininho da porta toca, e uma pessoa surge.
Pode me ouvir?
“Ai, que vexame...” fora o que pensou assim que viu o rapaz adentrar a cafeteria.
— Meu Deus, está tudo bem? — o garoto se aproximou e ajudou a menina a se levantar — O que aconteceu?
— Eu tropecei... Enquanto limpava o chão!
Ele arqueou uma das sobrancelhas:
— Com um rodo sem pano?
Quando fecho meus olhos
olhou para o chão; que desculpa esfarrapada! Estava na cara que era mentira e o motivo dela ter caído era outro.
— Esqueça, quer alguma coisa? — a moça mudou de assunto enquanto ajeitava o avental e levava o rodo para dentro da cozinha, voltando para perto do rapaz rapidamente.
— Nem quero, entrei mais por que estava sem nada para fazer.
piscou, sem saber o que fazer, até que percebeu a porta escancarada de quando o desconhecido tinha chego.
“Nem mesmo para encostar a porta! O que custa não a deixar totalmente aberta, trazendo poeira lá de fora?”, pensava enquanto ia fechar a porta.
Nesse ato, sentiu uma forte brisa entrando e batendo em seus cabelos, e um sentimento estranho lhe invadiu; ela nem mesmo sabia defini-lo.
Com o sopro do vento
Com a porta já encostada, voltou para perto do garoto e ficou em pé ao lado da mesa que ele estava sentado.
¬— Já que não irá pedir nada, não vai embora?
— Oras, uma atendente expulsando um cliente? Essa é nova para mim. — ele riu.
— Sei lá, às vezes você tem algum compromisso, não sei.
Ela olhou para o rosto do rapaz, que olhava para a mesma. Era o mesmo garoto do sonho!
— Você trabalha aqui faz quanto tempo?
— Sete meses.
— Entendi. Minha tia não tinha comentado de você para mim, nunca.
¬— Sei... Quem é sua tia?
— Diana Maccas, dona daqui.
arregalou os olhos; ele era o tão famoso e gato sobrinho de Diana?
Onde quer que você esteja
Sempre,
Onde quer que você esteja
Oh, oh, oh,
Amor, amor, amor
— Você que é o famoso Dae-Young?
— Me chame de , pelo amor de Deus.
— Não gosta de Dae-Young?
— Você não me parece coreana para não conseguir pronunciar corretamente.
Ok, era um menino realmente grosso.
— Certamente não sou.
— Dá para saber pelo seu nome, .
— Como sabe meu nome?
— Está escrito em sua plaqueta.
olhou para seu seio direito e notou sua plaqueta que precisava usar no trabalho.
— As pessoas não erram na hora de pronunciar?
¬— Eu me apresento com meu nome coreano mesmo. Apenas aqui no serviço que eu sou a .
¬— Qual seu nome coreano?
— Myung-Joo.
— combina mais contigo.
— Obrigada, eu acho?
estava embaraçada, era a primeira vez que se sentia estranha perto de um garoto. Ele não era feio, muito pelo contrário, era lindo.
— Por que não está aproveitando o feriado com sua mãe? — ele voltou a puxar assunto.
— Não tenho uma boa convivência com minha mãe.
— Caramba, desculpa. Parece que dei uma bola fora?
— Um pouco só. — riu — Mas não ligo para isso, não tem de se preocupar.
— Ufa!
Eles continuaram conversando, até que voltasse da casa de sua avó e dar a desculpa de que precisava voltar para casa, em tempo de ajudar seu pai no jantar.
— Quem era o gatinho, unnie?
— O sobrinho de Diana, meu amor. E já vai tirando o olho, ele tem 24.
— Só oito anos de diferença, não estou vendo problema algum!
— Kwon !
— Estou brincando, unnie.
Ainda descontraídas, ouviram o sino da porta tocando e foi atender os recém clientes.
Mesmo quando me afasta
Do teu lado
Meu coração só conhece você
observava a unnie meio avoada depois que o tal sobrinho da chefe foste embora.
“Será que ela está gostando dele? Quantos anos a unnie tem mesmo? 22? 23?”, se perguntava enquanto passava um pano úmido no balcão.
— Estou acabada! — reclamou assim que virou a plaquinha da cafeteria.
As duas se tacaram no chão e ficaram conversando, e reclamando da imensa preguiça que estravam para limpar aquilo tudo para segunda-feira já estar tudo organizado.
— Preciso descansar minhas pernas! Fiquei atendendo por doze horas, em pé!
— Meus pêsames, unnie.
Pode me ouvir?
É só você,
Quando fecho meus olhos
Ambas estavam se lamentando do tanto de trabalho que tiveram naquele feriado. Parecia uma feira de tão movimentado que fora; tirando o horário de almoço.
— Ah é, unnie. — estava disposta a voltar naquele assunto — Você está gostando daquele cara?
— Do ?
— Não sei o nome dele.
— Ah... Lógico que não. Conheci aquele garoto hoje!
Mesmo se tudo mudar,
Há apenas uma coisa
Que não o fará,
Você é meu amor
E eu sou o seu
Olhar para trás por
Um momento,
Todavia, não apareceu mais na cafeteria. E não pode deixar de notar, até mesmo se desanimou um bocado.
— Não fique assim, unnie. Se for para ser, ele volta.
Perto de mim,
E essa ida totalmente anormal dele fora se repetindo ao longo dos dias e, o mais intrigante, ele só aparecia no horário de almoço, quando as atendentes podiam sentar e conversar um pouco.
Porque estarei sempre aqui
Para você
“Certo, isso definitivamente não é normal”, pensava enquanto o assistia sair do estabelecimento.
— Se ele fica um dia sem vir, a unnie terá abstinência.
Desatadas a rir da piada, não pode parar de refletir e perguntar-se o que diabos aquele cara causava nela.
— Unnie. — chamou após a onda de risadas — Você nunca namorou com alguém, né?
— Por que acha isso?
— Você se desconserta toda quando o chega pra falar contigo. Até mesmo Diana já notou o clima entre vocês e, posso garantir que, ela apoia o casal.
Não se esqueça
¬— Você está sonhando, dongsaeng.
— Não estou, unnie! Você só pensa nele. Fica olhando o horário, esperando logo dar meio-dia e ele chegar, e vocês ficarem conversando por quase uma hora, todos os dias. De onde surge tanto assunto?
parou para pensar: era péssima tentando puxar assunto, mas as palavras simplesmente saiam quando ele chegava.
¬— Vocês precisam se assumir logo. Esse rolo de vocês já vai chegar em seis semanas. Tão lerdinhos...
— Vai lavar a louça, . Chega desse papo.
Sozinha, ainda se perguntava se realmente estava gostando de . Assim, ele era um ótimo amigo, mas... Um namorado? Não, aquilo não seria possível. Amor verdadeiro não existe, certo?
“É apenas um forte interesse, nada além. Apenas umas ficadas e vamos acabar nos enjoando, certo?”
Não.
Minha dolorosa confissão
E ela sabia disso.
E foi assim, quando, enquanto trancava a porta da cafeteria e estava a sair da conveniência, que ele surge atrás dela. Com um buquê, ainda por cima.
Bateu novamente o vento. Aquela mesma brisa da primeira vez quando se conheceram.
b>
Com o sopro do vento
— Namora comigo?
Não que acreditasse em amor verdadeiro, muito menos em amor à primeira vista. Aquelas expressões não existiam em seu dicionário.
Mas, por que não se arriscar pelo menos naquela noite? Não importava o rumo que aquela escolha tomasse, só conseguia pensar em uma coisa: ser feliz.
— Sim!
Onde quer que você esteja
Sempre,
Onde...
Quer que esteja.
FIM
Nota da autora: É realmente uma emoção poder contar um pouco das minhas histórias e das minhas ideias aqui no site! Uma novidade T O T A L!!! Espero que tenham gostado, e se sim, dá um comentário aí >.< thanks thanksss <3
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.