Fanfic finalizada

Capítulo Único

olhando seu reflexo no grande espelho que estava posto naquela sala, Demetria respirou fundo afagando as laterais do seu imenso vestido bufante, ela acabara de ouvir o tilintar dos sinos indicando o meio dia daquela tarde de sábado.
Diversos eram os argumentos que rondavam sua mente, e o principal de todos era: porquê ela estava ali vestida com aquele imenso vestido branco e não estava a beira do lago, onde Joseph havia lhe pedido para o esperar.
Ah! Joseph! Ao lembrar o nome do general do exército de Willow Kigndom todos os momentos em que passaram juntos vinham a sua cabeça. Eram tantos... O que Demetria mais amava era de como havia sido o seu primeiro beijo, dado por ele claro.

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O sol estava se pondo, o casal adolescente caminhava ao redor do grande lago que separava os dois reinos. Tímidos, afinal nenhum dos dois sabiam que eram correspondidos em seus sentimentos, ambos achavam que tudo não se passava de um amor platônico.
— Aqui é tão lindo! — exclamou Demetria a fim de quebrar o silêncio estranho que se instalou entre os dois após ambos perguntarem para o outro se já haviam tido seu primeiro beijo.
Joseph apenas concordou com a cabeça sorrindo, preso aos seus pensamentos.
O clima era perfeito para um primeiro beijo!
Demetria pensou idealizando o seu grande dia, que para ela demoraria muito tempo para acontecer, afinal ela não conhecia nenhum garoto além dos irmãos Jonas.
Eram nesses momentos em que ela tinha inveja dos plebeus, ser princesa não era tão fácil. Usar vestidos lindos era só um detalhe de uma vida muito complicada. Ela não podia frequentar a escola, tinha aulas no castelo sozinha, pois não havia ninguém para acompanhá-la. Os plebeus pelo contrário, tinham a escola para ir, e lá faziam amigos, se apaixonavam e muito mais. Eles podiam se socializar! Ela não.
Sua sorte era ter sido criada desde pequena com os príncipes do reino vizinho.
Ah! Ainda tinha essa difícil história! A junção dos grandes reinos como um tratado de paz! Como? Fazendo a pior coisa que qualquer família pode fazer, obrigando seus filhos a se casarem. Mas no caso de Demetria, ela não se casaria com Joseph e sim com o príncipe Kevin.
— Demi! Demi! — Joseph já estava há algum tempo lhe chamando atenção, mas a garota estava presa aos seus pensamentos.
— Oi?! — o garoto sorriu abobalhado com o jeito da amiga, ele já estava acostumado com aquele ser distraído.
— Eu estava dizendo... — continuou agora envergonhado por ter os dois olhos da amiga focado e si, mas ele sabia que tinha de dizer aquilo.
— Então diga, querido!
— Que eu gosto de você... — ele sussurrou, tão baixo que nem os animais com super audição conseguiram ouvi-lo.
Demetria estava tão distraída com o clima do local que pensou não ter prestado atenção no amigo, então ela parou o olhando atentamente.
— Eu não consegui ouvir — confessou sem graça.
Se Joseph estava nervoso em dizer aquelas palavras enquanto ela não prestava tanta atenção nele, imagine num momento como esse, o qual ela o olhava nos olhos, com um pequeno sorriso esperando a resposta do amigo.
— Eu disse que gosto de você...
Agora ela tinha conseguido ouvir. Demetria ficou sem reação, não sabia como agir, ela também gostava dele, mas nunca havia passado por um momento desses. Ela nem se quer tinha certeza se ele gostava dela como mulher, afinal, ele poderia gostar dela apenas como amiga.
— Você... Gosta de mim?! Como?! — ela estava confusa, queria ter certeza antes de cair na ilusão.
— Gosto de você... Eu amo você...
Se antes ela estava sem reação, imagine agora. Demetria deixou um sorriso escapar de seus lábios, ela estava feliz em saber disso, ele a amava, ela era correspondida.
Quando Demetria ligou todos os pontos e compreendeu, que eles se amavam e estavam ali sozinhos, juntos assistindo ao por do sol, ela deu dois pequenos passos se aproximando dele. Com um pequeno sorriso no rosto, ela passou as mãos pelos cabelos tentando se acalmar.
— Que coincidência, príncipe Joseph — ela riu ao vê-lo um tanto quanto tenso com a aproximação da garota — Pois nutro esse mesmo sentimento por você.
O sorriso no rosto do jovem príncipe se abriu, e o mesmo não esperou mais nenhum segundo para tomar o rosto da princesa em suas mãos e beijá-la apaixonadamente.

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Três batidas na porta daquela sala tomaram a atenção de Demetria tirando-a de seus devaneios.
— Entra. — pediu logo após de respirar fundo se lamentando pela lembrança.
— Alteza! — Kathleen, a dama de companhia da princesa, entrou na grande sala reverenciando a princesa.
— Fale logo, Kath! — Demetria não gostava quando seus funcionários faziam isso, ela era princesa, mas era uma pessoa comum como todo mundo.
— O general Joseph pediu para que eu lhe preparar-se um cavalo — a garota sussurrou para que ninguém além da princesa ouvisse — Está atrás da igreja, na direção do grande lago.
Demetria olhou para sua dama, assentindo, ela não havia tomado uma decisão ainda. Era muito difícil, decidir entre viver com o amor de sua vida, o general do exército de Willow ou casar-se com o príncipe Kevin, futuro rei do mesmo reino.
Eles eram irmãos!
Ela teria que escolher entre viver um grande amor ou garantir a paz entre os dois reinos.
Os reinos Gravinity e Willow viviam uma grande rixa, desde os primeiros contatos entre os seus povos.
A família real Lovato conquistou um pequeno vilarejo que fora construído em um vale rodeado de grandes montanhas. O primeiro rei de Gravinity Ville, John Patrick Lovato Primeiro, chegou ao vilarejo como um grande escavador, rico, e já sabia as riquezas que rodeavam aquelas terras. Veio aos camponeses oferecendo riquezas em troca de serviços.
Com sua audácia e inteligência, fez com que o pequeno vilarejo crescesse, explorando as diversas minas que rodeavam aquele local. Após tomar o vilarejo pra si e se declarar como líder da região, o pequeno vilarejo enriqueceu e ele se tornou rei daquele lugar.
O reino de Willow já era grande, muito antes de John Patrick Lovato Primeiro chegar ao vilarejo vizinho. Frederick Kevin Jonas Segundo, herdeiro do reino de Willow, já tinha seus olhos voltados para o vilarejo que existia do outro lado do lago, porém, ele ainda estava recrutando solados para tomar o lugar. Quando o rei Lovato tomou conta da região, o rei Jonas se enfureceu e com isso juntou os melhores e mais habilidosos homens de seu reino e tentou invadir Gravinity Ville, e por mais que seus homens fossem os melhores, o exército rival possuía as maiores e mais eficientes armas.
Anos e mais anos se passaram e os dois reinos sempre estavam em guerra, Willow perdia homens atacados brutalmente com os mais improváveis armamentos existentes, e Gravinity perdia seus soldados por não serem tão fortes quanto os outros.
Quando Paul Kevin Jonas Primeiro, tataraneto de Frederick, se casou e tomou para si o reino de sua família, tomou a decisão de acabar que essa guerra, pois o mesmo sabia que nada adiantaria, os dois reinos só perderiam mais cidadãos com esse conflito. Ele só não sabia como isso aconteceria, porém, sua primeira proposta de paz para o rei vizinho era uma trégua!
E qual era sua desculpa?!
As rainhas dos dois reinos estavam grávidas, ele alegou que isso não faria bem para o nascimento dos herdeiros dos dois reinos, o que o rei Lovato não sabia era que esse já era o segundo filho do rei Jonas, contudo, aceitou a trégua.
Após o nascimento das duas crianças, o rei Jonas explicou ao rei Lovato que seu primogênito faria três anos e que em troca da bandeira de paz oferecia o pequeno Kevin para se casar com a pequena Demetria que acabara de nascer.
Lovato não aceitou de primeira, afinal, ele poderia ter um herdeiro homem para liderar o seu reino, porém o mesmo não contava com a morte de sua esposa no período de resguardo da gravidez, então, ficou de mãos atadas, ele não viveria para sempre e precisava garantir futuro para sua filha, com isso, nada melhor do quê juntar o útil ao agradável, não é mesmo?! Ele garantiria o casamento de sua filha, a paz entre os reinos e ainda teria a junção das riquezas dos reinos as grandes minas e tecnologias de Gravinity com os mais fortes e mais habilidosos homens de Willow.
E foi dessa história toda, longa e um pouco confusa que surgiu a amizade entre a princesa Demetria e os príncipes Jonas, convivência na qual, não foi tão favorável como os reis acharam que seria. A ideia era que eles convivessem para que Demetria gostasse de Kevin e visse e versa, porém, ela se apaixonou pelo o outro Jonas, o filho que não estava interessado em sentar em um trono e governar, mas sim liderar o grande exército do reino. O rei Lovato nunca concordaria com isso, afinal o acordo era outro.
— Deixe-o lá – respondeu Demetria – Avise a todos que a noiva está pronta.
Sem entender o porquê Demetria havia tomado essa decisão, Kathleen assentiu e saiu em direção ao salão da igreja.
A história dos dois reinos se passou pela cabeça da princesa, e por mais que ela amasse Joseph, ela precisava se casar com Kevin e garantir a paz entre os dois reinos.
Kevin não era feio, e a tratava com carinho, talvez não seria nada mal se casar com ele.
Mas ele não era Joseph... Quem ela realmente amava...
Demetria balançou a cabeça, olhando novamente seu reflexo no espelho, afim de afastar todos os pensamentos que a deixavam indecisa.
Ela precisava fazer isso, pelo seu pai, pelo os dois reinos.
Ela se casaria com Kevin, e deixaria Joseph a esperando no lago.
No lugar onde tudo começou, tudo ficaria por lá mesmo, e a história de Demetria e Joseph não passaria de uma aventura adolescente.
O rei, pai de Demetria, entrou na sala na qual ela estava sem que a moça o notasse. Ela estava na janela, olhando atentamente o grande lago a sua frente.
Demetria se virou, ficando de frente para o pai. Um grande sorriso se formou nos lábios do rei, ele estava encantado com a beleza da mulher a sua frente. Naquele momento um pequeno flashback dos momentos em que passou com sua filha na infância se passaram por sua memória.
— Você está tão linda! – exclamou admirando a beleza da filha.
A princesa estava impaciente, não via logo a hora de dizer o tão esperado “sim” no altar e acabar com toda aquela angústia e indecisão que estava sentindo.
— Obrigada, papai! – ele se permitiu sorrir ao ver a felicidade no rosto do pai. – Já está na hora?! – sentiu as mãos suadas pelo nervosismo, e as passou pelo vestido tentando se acalmar.
— Está sim! – o rei assentiu estendendo a mão para a filha – Em menos de uma hora teremos a tão esperada, junção dos dois reinos!
O rei estava todo sorridente.
Juntos eles caminharam para o grande salão da igreja.
Os guardas se posicionaram e tocaram a trombeta anunciando a chegada da princesa. Todos os convidados se levantaram e voltaram seus olhares para a porta onde eles estavam.
A tão saudosa marcha nupcial começou a ser tocada, e a passos curtos o rei caminhava pelo tapete vermelho, levando sua filha ao altar.
O olhar da princesa se encontrou com o do princípe Kevin, e o mesmo sorriu para ela. Ele sabia que ela não queria estar ali, pois tinha conhecimento do amor entre Demetria e seu irmão. Mas tanto o príncipe quanto a princesa, só estavam ali para agradarem suas famílias.
O rei entregou a princesa para Kevin que juntos deram mais alguns passos até chegarem ao altar.
Estavam os dois, frente a frente com o padre. A família real de Willow de um lado, e a família real de Gravinity do outro. Todos esperando o cumprimento do tão esperado tratado de paz.
— Que a paz de Cristo esteja com todos! – o padre cumprimentou a todos e deu início a cerimônia.
Por um momento Demetria pensou ter ficado louca...
Ela olhava para o padre, para Kevin, e para todos que estavam naquela igreja. Mas som nenhum era reproduzido em seus ouvidos.
Os lábios do padre se movimentavam, mas o único som que Demetria conseguia ouvir era da sua respiração pesada e do seu coração batendo forte e descompassado.
Ela tentava a todo custo controlar sua respiração, mas não conseguia.
Mais uma vez ela olhou ao redor, e dessa vez, talvez poderia ter certeza de sua loucura.
Ela o viu. A princesa, viu o corpo esbelto e forte do general do exército de Willow. Mas ela tinha certeza de que ele não estava ali!
A princesa piscou algumas vezes para ter certeza do que estava vendo, foi quando percebeu que era uma ilusão.
Seu corpo, não queria estar ali e já estava criando ilusões sobre onde é com quem ela realmente queria estar.
— Demetria?! – ela sentiu Kevin sacudir seu corpo.
— Hã?! O quê?! – ela perguntou percebendo que estava distraída.
Os convidados riram da distração da princesa, todos sabiam que ela era realmente um pouco avoada. Mas claro, ninguém imaginava o turbilhão que estava dentro dela.
— Princesa Demetria Devonne Marie Lovato, aceita se casar com o príncipe Paul Kevin Jonas Segundo?!
Se antes ela já estava se sentindo deslocada, agora ela se sentia muito mais. Milhares de memórias corriam pela cabeça da princesa.
Mais uma vez sua respiração se tornou pesada e ela olhou ao redor, por fim seus olhos pousaram em seu pai. Sorridente, feliz com tudo que estava acontecendo.
— Me desculpe! – ela silabou, sem deixar som algum sair de sua boca, olhando fixamente para seu pai.
Soltou o braço do príncipe, e correu para fora dali.
Os convidados presentes ficaram sem reação, enquanto o rei gritava pela filha e tentava correr atrás dela, mas ele já estava velho e ela era jovem, tinha mais disposição.
Demetria correu para o local em que Kathleen havia colocado o cavalo e partiu dali rumo ao lago, ouvindo o tilintar dos sinos e os gritos de seu pai.
Joseph alternava seu olhar entre a pequena pedra em sua mão e o imenso lago a sua frente. Ao ouvir o tilintar dos sinos informando que era a hora na qual o casamento começaria, o mesmo jogou a pedra com força em direção ao lago.
Ele tinha tanta raiva e tristeza dentro de si que não como seguiu fazer com que a pedra pulasse sobre a água nem uma vez.
Olhou para os lados, desolado, sem saber o que fazer naquele momento.
O amor de sua vida estava se casando, e não era com ele!
Colocou uma de suas mãos no bolso da calça e com a outra tomou sua bagagem e saiu dali, caminhando sem entender o sentido de sua vida a partir de agora.
— Joe! – Ouviu Demetria chamar seu nome.
Naquele momento ele pensou ter enlouquecido. Pensou que talvez por ele a amar tanto, estava agora ouvindo o som que mais lhe agradava.
— Joe! – Mais uma vez ele reconheceu a voz da amada, e junto com o som, ouvia as cavalgadas fortes de um cavalo.
Joseph, se virou para ver de onde estava vindo esse som.
Foi então que ele a viu.
Vestida com seu traje branco e bufante, com um sorriso no rosto. Seus cabelos já estavam todos bagunçado, provavelmente por conta do vento.
— Você... – Ela não deu tempo para que ele formulasse alguma frase, ou palavra qualquer.
Assim que o cavalo se aproximou do general ela pulou nos braços dele, com toda confiança de que ele a pegaria.
E ele a pegou... Tomou a princesa em seus braços e a beijou apaixonadamente.
Ela sabia que podia confiar nele, que sempre que precisasse de jogar em seus braços ele estaria ali, pronto para recebê-la.
Era essa a base do amor deles, a confiança.
Ambos confiavam de olhos fechados, um no outro. Foi assim que surgiu uma amizade entre eles, e dela, se aflorou o amor de um homem para com uma mulher.
Contavam segredos, aprontava juntos, desde pequenos deixavam os funcionários dos castelos com os cabelos em pé.
Ele era chamado como “danger” entre os funcionários dos dois reinos. E ela de “troublemaker”.
Estavam sempre juntos, não havia como não se apaixonarem.
Não havia como ele não se encantar pelo sorriso grande e verdadeiro que ela dava sempre que conseguiam se safar de alguma travessura.
Não havia como ela não se apaixonar pelo jeito desengonçado que ele ajeitava o cabelo, sempre depois de derrotar um “inimigo” em seus treinos de luta.
Eles se amavam. E quando Joseph se deu conta de que ela estava em seus braços, ele não se conteve, era necessário que ele demonstrasse sua felicidade em tê-la ali.
Ele a beijou, várias e várias vezes. Até ouvirem o som de vários cavalos e homens gritando:
— Princesa!
Demetria arregalou os olhos aterrorizada. Ela não havia pensado que seu pai iria atrás dela, nem ao menos raciocinou que ele enviaria seus guardas para procurá-la.
— Você deixou que alguém visse que estava fugindo?! – Joseph perguntou já imaginando a resposta.
Ela balançou a cabeça afirmando, ainda amedronta.
— Fugi no meio da cerimônia – deu um pequeno sorriso nervoso.
Joseph gargalhou vendo o jeito inocente da garota.
Como ela não imaginaria que eles iriam atrás dela?!
— Venha! – o general subiu no cavalo estendendo a mão para ela.
Ela olhou assustada, na direção a qual os guardas surgiram. Segurou nas mãos de Joseph e subiu com ele no cavalo.
E juntos cavalgaram para longe dali.
Joseph era gerenal do exército de Willow, ele tinha que conhecer cada canto do seu reino e dos reinos vizinhos, para quando houvesse qualquer necessidade.
Rapidamente ele guiou o cavalo para dentro da floresta. Depois de algumas horas, dando várias voltas para despistar os homens do exército de Gravinity, Joseph guiou o animal para uma caverna, muito bem escondida.
Ficava no meio de um despenhadeiro, havia um pequeno caminho até ela. Estava coberta por folhagens e lodo, alguns cipós desciam por sua entrada. Só quem sabia de sua existência conseguia identificá-la.
Joseph desceu do cavalo, assim que adentraram na caverna, estendeu a mão para a princesa. Amarrou o animal em uma pedra que estava firme ali.
Se virou, olhando para Demetria – que até então não tinha desviado o olhar dos movimentos do general – e sorriu.
— Eu amo você! – se declarou pela milésima vez. – Mas estou falando sério! Eu realmente amo muito você! – os olhos da princesa se encheram de lágrimas – Eu não sei como será nossa vida daqui pra frente – Mas contanto que você me ame, eu enfrento o mundo! Com você ao meu lado, terei forças para começar uma nova vida, do zero! Eu só quero que você esteja ao meu lado!
Demetria estava tão emocionada que não conseguia falar nenhuma palavra.
Joseph se aproximou dela, pegou em suas mãos e olhando fundo nos olhos da princesa ele continuou:
— Eu não te prometo que não passaremos dificuldades, e por isso já te peço desculpas! Nós decidimos deixar nossas vidas confortáveis como pessoas da realeza, para vivermos o nosso amor – ele soltou uma das mãos dela e passou por sua bochecha onde escorriam lágrimas – Mas eu prometo, que se você estiver comigo, onde quer que eu vá, eu terei forças para recomeçar. Com você, eu posso fazer para nós uma nova vida. – ele sorriu, ao ter uma ideia diferente, mas propicia para o momento, então se ajoelhou – Demetria, diante de tudo que lhe falei, abri meu coração para ti. Aceita se casar comigo?! Aceita ser minha para sempre?! Aceita estar comigo para a vida que nos espera a partir de agora?!
Ela não conseguiu pronunciar palavra alguma, estava tomada pela emoção. Sua resposta foi simples, e com toda certeza Joseph compreendeu.
A princesa se ajoelhou, ficando face a face com ele. Passou sua mão direita pelo cabelo dele, descendo para o rosto, até chegar no pescoço, onde estava o primeiro botão da gola da farda do general.
Sorrindo e olhando atentamente para os olhos castanhos esverdeados do homem na qual ela amava, ela desabotoou lentamente aquele traje.
Os lábios do general tocaram os da princesa, e daquela vez ela sentiu algo diferente, um formigamento, algo que nunca havia sentido.
Ela já havia o beijado antes, mas aquela sensação era diferente, era nova para ela.
Joseph tomou as mãos de Demetria, no momento em que ela desabotoou o último botão. Apoiou os braços da princesa em seus ombros, e envolveu a cintura dela em um abraço.
Seus corpos, quentes se encontraram.
De olhos fechados, Joseph pode sentir uma tempestade de emoções fluindo em seu corpo, eram sensações que ele nunca havia sentido, nem mesmo Demetria.
Eram sensações novas, para os dois.
Com gestos suaves, ele traçou um caminho pelo contorno do rosto dela, sem desgrudar seus lábios ele segurou uma de suas mãos. Então se afastou, não muito, e beijou a mão da princesa, como um ato de cavalheirismo.
— Sim – ela conseguiu dizer algo, mesmo que ainda estivesse tomada pela emoção e agora, os sentimentos novos que a cobriam.
Naquele momento algumas lágrimas caíram dos olhos de Joseph, e Demetria beijou o caminho que elas fizeram até chegar aos lábios dele, novamente.
E naquele momento, para ele o mundo se encheu de maravilhas! O céu sobre eles era o mesmo, mas eles não eram mais os mesmos.
Para eles, aquele era um novo dia. Uma nova vida se começava. E eles estavam livres para vivê-la.
E assim eles fizeram amor. Dentro de uma caverna, acompanhados pelo mesmo pôr do sol que um dia presenciou o início daquele amor.

“É um novo dia. (Você não me vê). Mudar a minha maneira. (Tão completamente). Desta vez eu vou cantar e você vai ouvir. Desta vez eu vou lhe mostrar que eu tenho o espírito. É um dia novo e eu estou me sentindo bem. E eu estou me sentindo bem!”






Fim.



Nota da autora: Sem nota.



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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