Capítulo Único
Eu olhei para o lado e lá estava ela. Deitada no colo da minha irmã mais nova, como se eu já não fosse o suficiente para ela.
Seus olhos encontraram os meus e eu desviei no instante seguinte. Eram sensações que me faziam parar para refletir o que aquela garota significava na minha vida.
- Vamos dentro da piscina, ? - Donny me perguntou e Victoria voltou a vestir seus óculos indiferente. Aproveitei o momento para apreciar aquela visão que ela era de biquíni, mas não deixei que o momento durasse muito. Afinal de contas, ela era agora minha ex namorada, apenas a melhor amiga da minha irmã Sammya.
- Que tal passar um pouco mais de protetor? - Ela ofereceu e no meu mais íntimo, quis que fosse destinado a mim. Assumidamente, não sou capaz de negar como cada toque seu me fazia falta, e cada gelo que ela me dava era um iceberg, enquanto eu me tornava o Titanic.
- Precisa de ajuda, camarãozinho? - Ofereceu, dessa vez pra mim. Eu sabia que aquela meleca branca em que havia me metido não eram comuns, de qualquer forma.
- Quem sabe se eu puder fazer o mesmo. - Respondi a altura. Ela não tinha o direito de me provocar e sair impune.
Suas mãos me remetiam a um passado não tão distante. Seu corpo tão próximo ao meu, era quase que um convite a nossa perversidade. Daquela forma que eu sabia que era apenas com ela, e ela tinha plena noção que era apenas comigo. E eu sorri de saudade, entorpecido pela maldita droga do amor. Mas o destino era sempre capaz de estragar tudo, e eu li um nome brilhando no visor de seu celular. Me afastei instantaneamente ao ver que ela realmente iria atender o tal do .
E doía a ver sorrir na ligação. Por um cara que nem estava ali, contemplando a maravilha que era seu sorriso. Por um cara que simplesmente, não era eu.
Era difícil o trabalho de lidar com seu ex namorado a todo tempo. Seja nos corredores da faculdade, na casa de amigos em comum. Ainda mais que eu tenha crescido naquela família toda a vida. Eu simplesmente não sabia lidar.
E vê-lo se afastar era rude. Mas era ele mesmo quem havia decidido que estávamos "em épocas diferentes das nossas vidas" pouco tempo atrás. Não devia me culpar por seguir em frente.
Ou ao menos tentar. Por mais que fosse o máximo, ele tinha o pequeno defeito de apenas não ser .
agora ignorava a todos na beirada da piscina. Seus fones berravam Jason Mraz e eu entendia sua paixão pelas canções. Eu nos via e ouvia ali. Tinha certeza que era a mesma sensação para ele.
E como eu amava aquele cara. Jason também, claro. Mas era meu chão. E por ele eu não tinha vergonha de pisar no mínimo de orgulho que me restasse.
- Tá tudo bem? - Me sentei ao seu lado, e esperei alguns segundos calada, enquanto ele "notava" minha presença.
- Podia ter um pouco menos de sol. Mas em resumo, está tudo bem, , obrigada. - Eu não aguentava com sua frieza. E mesmo que o orgulho estivesse ferido, eu não era obrigada a aguentar nada.
Porém ele segurou meu braço quando me levantei. Eu estava disposta a sair dali, eu estava pronta para deixar de uma vez por todas e seguir com a vida. Mas algo em seu olhar, refletia o que o meu estava sentindo.
- Você acha que pode ser mais feliz com ele? - Eu não esperava essa pergunta. Mas sabia que ele estava me dando um ultimato, e eu não conseguia decidir.
O mundo parecia estacionado. Seus olhos nos meus me faziam não desmoronar ali mesmo.
- Eu amo você, . - Não pude deixar de sussurrar antes de sair. Eu tinha sorte de sermos praticamente vizinhos e o condomínio nos dar a liberdade de andar com roupas de banho por aí.
Entrei em casa depressa. O que ele fazia comigo, e as sensações que me provocava, eram irreais. Adormecido chorando de remorso.
Eu vi meu amor próprio perdido quando usei a chave reserva para invadir a casa de . Eu estava ali pela primeira vez sem ser seu amigo, namorado, ou qualquer coisa que tenhamos sido.
Eu só a amava e precisava fazer aquilo acontecer. Ela era meu tudo, e eu não sabia ser o sem que ela fosse meu braço direito.
Seu cabelo estava bagunçado pelo sofá e eu a achava linda até desse jeito. O que me fazia entender que eu era fraco por ter que esperar perder para aprender a dar valor.
- Você não devia estar cuidando da sua irmã? - Questionou antes mesmo de abrir os olhos e comprovar que era mesmo eu ali.
- Estou cuidando primeiro de uma outra coisa minha. - Me apoiei ao sofá, alcançando sua altura. Eu não era um homem flores e chocolate, mas sabia que ela preferia um pouco de carinho e um vinho barato. Ela podia me beber todo mesmo.
- Eu não quero você aqui. - Sua boca cuspiu. Eu só queria beija- lá.
- Você disse que me ama. Mesmo eu sendo um vacilo completo contigo. Eu estaria aqui até que o presidente conseguisse me prender.
- Meu amor não é suficiente.
- Mas o nosso, é. - Concluí, antes que ela quisesse efetivamente discutir sobre isso. - Eu nunca tive duvidas de que você me ama. E pra mim, não há nenhuma outra forma de conjugar o verbo de amar sem que envolva você. Então eu acho que temos que parar de perder tanto tempo separados... E essa é a hora que você me beija. - Me interrompi. No mesmo instante, ela me deu seu melhor sorriso. E dali estava tudo bem.
FIM
Nota da autora: (02/12/17)Clique aqui para seguir à página da autora
Segue a fanfic baseada em Heartbreak Warfare do meu amor, John. E grata ao site por nos proporcionar momentos como esse!.
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