Finalizada em: 18/04/2018

Capítulo Único

17 de Setembro de 1995
apertou as coxas da loira em seus braços e enfiou novamente a língua na boca da garota, que soltava pequenos gemidos conforme ele se dedicava ao beijo. Suas mãos passeavam por todo o corpo dela e ele fazia questão de apertar todo pedaço de carne que encontrava. A garota, na qual ele não lembrava o nome, estava mole em seus braços e suspirava a cada novo beijo ou toque do rapaz.
- ! - afastou a boca do pescoço da loira e olhou na direção da porta da cozinha, encontrando um dos caras do time de futebol o encarando com um sorriso sacana.
- O que foi? - ele tirou a perna da garota de sua cintura e encarou o companheiro de equipe que tentava enxergar alguma parte do corpo da garota ao seu lado.
- Você é amigo da irmãzinha do , certo? – perguntou, se apoiando no batente da porta e então se afastou da garota totalmente em alerta com a pergunta.
- O que tem a ? - ele se aproximou e o moreno a sua frente deu de ombros.
- Acho que você traumatizou a garota, ela saiu daqui chorando há uns dois minutos atrás. - não pensou duas vezes antes de caminhar apressado na direção da porta de saída da casa.
- ! VOCÊ VAI ME DEIXAR ASSIM? - a loira gritou e olhou para o amigo, dando um leve tapa em seu ombro.
- Ela já ta pronta, termina o serviço por mim. - e então ele se pôs a correr até a entrada da casa.

procurou pela garota por todo o quintal lotado de gente bêbada, ele olhou em volta, não tendo nenhum sinal da pequena garota e então caminhou até o ponto de ônibus no final da rua, encontrando abraçada ao próprio corpo. A garota usava um vestido florido e seus longos cabelos estavam soltos em suas costas. Ela fungava e tentava aquecer o próprio corpo do vento frio da noite.
- O que você está fazendo sozinha aqui? – perguntou, se sentando ao lado da garota que se assustou e o encarou com os olhos vermelhos e assustados.
- Esperando o ônibus. - murmurou e bufou, se virando totalmente de frente para ela.
- Seu irmão está na festa! Peça para que ele te leve em casa. - falou sério e a garota desviou os olhos de seu rosto.
- Não quero estragar a noite dele, eu não sou uma criança posso muito bem pegar um ônibus sozinha. - ela respondeu, sentindo seu corpo tremer com a rajada de vento frio que a atingiu.
- Volta pra festa, eu vou te levar em casa. - levantou do banco e tirou a jaqueta preta, a colocando sobre o corpo minúsculo da garota a sua frente.
- Eu não vou a lugar algum com você. - a voz da menina saiu falhada e ele respirou fundo, se abaixando na frente do corpo dela.
- O que você quer de mim, ?
encarou os olhos escuros de e sentiu seu corpo tremer. A garota levou uma das mãos ao rosto do homem a sua frente e fez um pequeno carinho em seu maxilar. Ela desejou estar nos braços dele, sendo protegida do frio ou sendo aquecida do modo que a garota loira do último ano estava sendo a alguns minutos atrás.
- Eu só queria ser importante também. - ela sussurrou e fechou os olhos, apoiando a cabeça nas pernas da garota.
- Você é só uma criança, . - sentiu seu coração ser quebrado em pedacinhos ao escutar novamente as palavras de . - Eu já conversei tantas vezes com você, por que não desiste disso?
- Eu não consigo! - as lágrimas corriam pelo rosto da mais nova e se levantou, passando as mãos pelos cabelos de forma nervosa.
- Você não sabe o que está falando, ! Você só tem dezessete anos! - ele parou de frente para a garota e sentiu seu estômago embrulhar quando ela levantou os grandes olhos esverdeados em sua direção e ele pôde ver o quão magoada ela estava.
- Eu vou embora. - ela se levantou e segurou seus braços.
- Está tarde e é perigoso! - ele alertou, tentando levá-la de volta à festa.
- E desde quando você se importa? - encarou a menina e a puxou para seus braços a fim de aquecer ao rosto vermelho da garota.
- Eu não posso fazer isso, . - ele beijou os cabelos dela. - Você é a irmãzinha do meu melhor amigo e eu sou cinco anos mais velho que você! É errado! Eu vou acabar quebrando seu coração e eu não quero esse posto em sua vida.
- ... - ela tentou falar e ele a interrompeu.
- Você é incrível, sua mente e seu corpo não fazem jus à sua idade, mas infelizmente isso não muda o fato de que é errado! - ele suspirou e voltou a acariciar os cabelos sedosos da menor que estava derretida nos braços dele.
- Você ficou com a Ji Na e ela é do mesmo ano que eu. - murmurou e bufou mais uma vez.
- Eu não sabia que ela era tão nova e você não tem que se comparar a ninguém, ! VOCÊ é diferente! Eu nunca colocaria seu coração em risco. - ele tentou fazer novamente a garota entender e ela mais uma vez bufou irritada.
- Eu não estou nem ai pro meu coração!
- Você consegue ver essa lua? - apontou pra grande lua cheia que iluminava todo o céu.
- Sim. - se viu hipnotizada pelo brilho da lua e a garota não conseguia desviar seus olhos da mesma.
- Qual a diferença dela para as outras fases da lua? - ele perguntou perto de seu ouvido e o encarou sorrindo.
- Ela é espetacular! Não pode ser comparada a nenhuma outra, olha o brilho e a beleza que ela carrega. É tão incrível que chega ser um crime compará-la. - falou, voltando seus olhos pra lua e sorriu mais uma vez apaixonada pelo show de beleza que ela proporcionava.
- Ela é você. - falou e a garota desviou os olhos para seu rosto. - Você é como a lua cheia pra mim, não posso te comprar a qualquer uma porque seria um crime!
abriu o maior sorriso do mundo e se abraçou ao corpo do rapaz que beijou sua testa lentamente.
- Você é o melhor. - ela murmurou e ele riu.
- Você me vê de uma forma boa demais. - se sentou ao lado de , sendo aquecida pelo corpo do homem até que o táxi pedido por ele chegasse.
A garota entrou no carro e abaixou o vidro, sorrindo abertamente para o homem.
- Não sorri desse jeito. - ele tampou os olhos e ela gargalhou.
- Obrigada. - ela murmurou e ele sorriu em resposta.
- Avisa quando chegar. - ele virou as costas caminhando em direção a casa.
- JAE. - Ele se virou a tempo de segurar o corpo da garota que se chocou contra o seu, ela depositou um longo beijo em seu rosto e sorriu. - Feliz aniversário!
- Obrigado. - ele murmurou mas a garota provavelmente não escutou pois já corria novamente até o carro.

27 de dezembro de 1997
estava nervoso.
Seu coração estava acelerado e ele não conseguia desviar sua atenção da garota que dançava com seu melhor amigo na pista de dança. Eles sorriam um para o outro e ele conseguia enxergar como ela estava feliz e isso o deixava feliz também. a rodopiou na pista e ele teve um leve deslumbre do sorriso aberto dela. Era uma verdadeira princesa. Todos aplaudiram os irmãos quando ambos se curvaram em agradecimento e então puxou a garota na direção da mesa em que estava sentado e ele se acomodou melhor na cadeira, vendo como ela caminhava graciosamente com o sorriso brincalhão nos lábios.
- Eu te odeio por me fazer dançar na frente de tudo mundo. - se jogou ao lado dele e sentou do outro lado, rindo do irmão.
- Meu pé está chorando sangue dentro desse salto. - ela tirou o sapato e apoiou o pé na coxa de , próximo demais da virilha dele. - faz uma massagem, pelo amor de Deus!
riu e começou a massagear o pé da garota que relaxou na cadeira, soltando pequenos murmúrios de felicidade.
- Vou pegar água pra ela. , você ainda tem algumas danças programadas. - avisou e a garota fingiu chorar, se encolhendo na cadeira.
- Eu avisei que essa festa ia acabar com você. - falou e a garota bufou irritada.
- Não sei porque meus pais inventaram essa palhaçada toda! - se queixou a garota e ele riu, apertando os pés dela.
- Você é a menininha deles.
- Eu não sou uma criança!
- Ninguém disse que era, . - ele sorriu pra ela. - Aproveita tudo isso e deixa os problemas pra quando você realmente precisar lidar com eles.
- Eu só não gosto de ser tratada como uma criança. - ela murmurou e fechou os olhos.
- Eu tenho vinte e quatro anos e meus pais ainda me tratam como criança, isso nunca muda. - ela arregalou os olhos e fez drama, fingindo se estrangular.
- Não sei se quero ser mimada para sempre.
- Quando você crescer e arrumar um namorado ele também vai cuidar e mimar você. - ele falou e ela sorriu, pressionando os pés na virilha dele.
- Você vai me mimar?
- … - ele afastou levemente os pés da garota de cima de seu pau e a olhou sério. – , já te falei que isso não vai rolar, você tem que aceitar.
engoliu em seco e tirou os pés do colo do mais velho, a garota calçou os sapatos e se sentou ereta na cadeira, ficando em silêncio enquanto sentia sua garganta seca. Ela tentou acalmar sua respiração para que as lágrimas não escorressem.
- Você não me acha bonita? - a voz da garota saiu falhada e se xingou por ser o responsável por isso.
- Você é linda! Só é muito nova e infelizmente o que um cara na minha idade procura em mulheres você não pode me dar. - ele se sentiu um babaca por falar aquilo. - Eu odiaria quebrar seu coração por ser um babaca contigo, .
- Eu posso te dar o que você quiser. - ela murmurou e ele riu, negando com a cabeça.
- Eu nunca faria isso com sua inocência, você precisa viver o agora e eu te garanto que um relacionamento é a última coisa que você quer. - ela o olhou com raiva e levantou.
- Suas desculpas são ridículas! Basta dizer que não se sente atraído por mim! Eu iria entender.
voltou para seus convidados, mas seu humor não era mais o mesmo. A garota não conseguia ficar muito tempo sem desviar os olhos para a mesa onde estava sentado. Ela o encontrava a perseguindo com os olhos o que só fazia com que sua raiva crescesse mais ainda, ela só queria uma chance de poder mostrar pra ele que podia ser boa também. Ela não era nenhuma garotinha inocente, já tinha ficado com alguns garotos do colégio, mas nenhum deles acendiam a chama dentro dela como fazia. Bastava um sorriso, uma piscadela, um abraço e ela estava em chamas por ele. Ele ainda insistia em andar sem camisa dentro de sua casa, ou ficar molhado no quintal desfilando com as costas musculosas e as pernas definidas na beirada da piscina, o que fazia com que a garota se masturbasse diversas vezes pensando em como queria que ele estivesse ali com ela. Mas insistia em negar tudo que a garota queria oferecer pra ele. perdia noites olhando pra lua e imaginado como seria estar nos braços dele.
- , está na hora do parabéns! - seus pais, familiares e amigos rodeavam a mesa enquanto desejavam as melhores coisas para ela. cantava o famoso parabéns à você ao lado de e sorria abertamente para a garota que mesmo com raiva não conseguiu evitar sorrir de volta para ele.
- Faça um desejo, ! - sua mãe gritou quando ela foi apagar as velas e fechou os olhos, assoprando as dezenove velas ali presentes.

“Que eu possa ser amada por aquele que amo com a mesma intensidade”

se permitiu curtir sua festa até seus pés estarem destruídos e ela não ter mais uma gota de fôlego em seu corpo e só ai ela se jogou em um dos sofás, vendo as pessoas se despedirem e irem saindo aos poucos do local aonde sua festa estava acontecendo. Ela já se encontrava destruída e seu corpo implorava por um banho e depois sua cama quentinha. Seus pais cuidaram de todos os convidados e sorriam para todos agradecendo pela presença na festa enquanto descansava a cabeça no encosto do sofá.
- Você parece meio acabada. - ela nem precisou abrir os olhos para saber quem estava ali. O cheiro e a voz denunciaram e ela suspirou, se aconchegado no sofá.
sentou ao lado da menina, relaxou seu corpo no sofá e no segundo depois tinha sua cabeça encostada no ombro do mais velho. Eles ficaram ali em silêncio enquanto todos iam embora, ficando apenas a família da garota. - Hey, , vou precisar que você me faça um favor. - se aproximou dos dois. - Meu pai bebeu demais e vou ter que levar o carro dele então tem como você ir no meu carro e levar a ?
Ao ouvir seu nome abriu os olhos e encarou o irmão que carregava a bolsa que ela sabia que era de sua mãe e segurava sua avó pelo braço.
- Sem problemas. - respondeu e se levantou. - Só vou ao banheiro rapidinho.
- Beleza, vou indo na frente. - jogou a chave do carro para de e saiu acompanhado da vovó .
Os pais da garota se despediram da filha e foram até o estacionamento enquanto ela esperava por .
caminhou até a garota que se levantou, o acompanhando até o carro do irmão. Eles fizeram o caminho na direção da casa dela em silêncio o que deixou a garota um pouco mais chateada com ele. parou o carro em frente a grande casa da família e desligou o motor, se virando para a garota.
- Eu sinto muito pelo que aconteceu, . - ele murmurou e ela assentiu, ainda olhando para frente. - eu não quero que você fique chateada comigo.
- Não tem como eu não ficar já que você sempre corta qualquer coisa entre a gente.
- Eu já te expliquei dezenas de vezes! Você é muito nova, eu não quero confusão na minha vida agora e você vai ser a maior confusão da minha vida. você iria acabar comigo se eu abrisse uma brecha pra você. - ele falou e ela finalmente olhou em seus olhos.
- Você acha que eu ia destruir sua vida? - as lágrimas voltaram para os olhos da garota que não tentou segura-las.
- Não meu, amor. - ele segurou o rosto da menina em suas mãos e enxugou as lágrimas que escorriam ali. - É de uma forma boa! Eu sei que me tornaria totalmente dependente de você e não é isso que alguém na sua idade precisa. - ele beijou a testa dela e abraçou a garota. - Você tem que viver sua vida, , curta com seus amigos e faça coisas ideais pra sua idade.
ficou abraçada ao corpo de o máximo que conseguiu e então se afastou, secando seu rosto e oferecendo um sorriso tímido ao garoto.
- Obrigada por ter tanta paciência comigo. - ela sussurrou e ele sorriu. - Mas eu quero que você me prometa uma coisa.
- O que você quiser.
- Se quando eu já for maior ainda tiver esse sentimento, você vai me dar pelo menos uma chance. - ela segurou as mãos dele que sorriu concordando.
- Será uma honra.
-Ótimo. Agora eu preciso ir. - ela se virou para abrir a porta e parou quando ele chamou seu nome. se virou na direção de que segurou seu rosto e colou os lábios nos da garota. Não passou disso, apenas um colar de lábios. Durou cerca de cinco segundos, mas podia jurar que o tempo tinha parado enquanto os lábios dele repousavam sobre os dela.
- Feliz aniversário. - ele sorriu e destravou a porta do carro, deixando uma com o coração acelerado e a mente trabalhando a todo vapor na porta de casa.

19 de julho de 1999
correu pela longa rua se esquivando das pessoas ali presentes, seu coração estava acelerado e ela quase não conseguia mais respirar. Suas pernas doíam pelo esforço e sua cabeça latejava enquanto ela continuava a correr até a estação de ônibus da cidade.
Quando ela chegou ao local seu nervosismo triplicou vendo a quantidade de pessoas ali espalhadas por todo o saguão de embarque. A garota começou a empurrar pedindo passagem entre as pessoas, indo em direção ao balcão de informações.
- O ônibus do exército? - perguntou e a mulher de aproximadamente sessenta anos que a olhou com pena.
- Portão cinco, querida, mas eles provavelmente já foram. - não esperou a mulher terminar e se pôs a correr na direção indicada. Ela desceu a rampa tentando não cair e acelerou o passo ao ver o grande ônibus ainda parado ali.
Ela parou tomando o ar necessário para seus pulmões o olhou em volta, procurando por aquele que era dono do seu coração e ela o encontrou encostado em uma pilastra conversando com mais dois homens. correu na direção de e se jogou nos braços do homem, o pegando totalmente despreparado.
- O que você está fazendo aqui? - segurou as pernas da garota em sua cintura e abraçou o corpo dela.
- Como você pode ir embora sem se despedir? - chorava com o rosto enfiado no pescoço de e ele se afastou um pouco dos novos amigos a fim de ter um pouco de privacidade.
- Eu não queria ver você chorando. - ele murmurou e ela afastou seu rosto do pescoço dele.
- Acho bom você não esquecer esse rosto chorando porque eu vou chorar muito se você se machucar. - ela fungou e ele sorriu.
- Eu não vou me machucar. - prometeu ele e ela agarrou mais uma vez seu pescoço.
- Promete se manter saudável? - ela murmurou.
- Eu prometo.
- Eu não quero que você vá. - secou as lágrimas e desceu do colo de , ficando na frente do garoto. A diferença de altura a fez levantar a cabeça na direção do homem e sorrir.
- Eu vou ficar bem, é uma promessa. - ele beijou a testa da garota quando ouviu o chamado da corporação.
- Eu vou te esperar. - ela sorriu e ele negou com a cabeça, rindo da insistência da mais nova.
- Te vejo daqui cem dias. - ele se afastou e se apoiou na pilastra, vendo-o embarcar no ônibus. se sentou na janela e olhou para a garota chorando no terminal. Ele prometeu a si mesmo que se quando voltasse ela ainda estivesse ali para ele seu coração seria entregue a garota. Porque ela valia à pena, porque ela esperara ele por tantos anos.
Ela merecia o mundo e ele seria o melhor homem do mundo só para fazê-la feliz.

12 de agosto de 2001- 23:12 da noite
encarou o lugar lotado de gente provavelmente bêbada e riu imaginando como aquilo era a cara do irmão. Ela caminhou pelo quintal e cumprimentou algumas pessoas conhecidas pelo caminho. A garota sentiu seu corpo se arrepiar ao notar as costas largas de a sua frente. Ela se aproximou, alisando o pequeno vestido em seu corpo e tocou os ombros do rapaz, chamando sua atenção. se engasgou com a cerveja que tomava ao ver parada à sua frente, a garota usava um vestido preto solto e seus pés estavam protegidos pelos tênis que ela tanto amava. Mas perdeu alguns segundos analisando as grossas coxas da mais nova e ele só se deu conta quando ela chamou sua atenção.
- É bom ver você de volta às festas! - comentou e ele sorriu pra ela.
- É bom estar de volta!
- Como é estar fora do exército? – perguntou, se aproximando do garoto com um sorriso tímido e mordeu levemente os lábios.
- É fodidamente bom. - eles riram e ela se perdeu nos pequenos olhos dele. - É bom poder estar em casa de novo.
- Você até ganhou uns quilinhos! - ela brincou, apertando levemente a barriga do rapaz que sorriu mostrando a língua pra ela.
- Minha mãe está me entupindo de comida. - ela riu e procurou por , o encontrando perto do bar dançando com uma garota de pele morena e cabelos cacheados.
- Eu preciso entregar o presente do meu irmão, espero te ver mais tarde. - ela tentou ser o mais sugestiva possível e sorriu para o garoto, se afastando em seguida.
caminhou até o irmão sentindo os olhos de queimando em suas costas. Ela sorriu vitoriosa e parou de frente para o irmão.
- Eu não quero atrapalhar esse show de sensualidade que vocês estão oferecendo, mas eu quero desejar parabéns ao meu irmãozinho. - chamou atenção dos dois e descolou o corpo do da morena, abrindo um sorriso gigante na direção da irmã.
- Finalmente você chegou! - ele a abraçou e depositou um longo beijo no rosto da mais nova. - Meu deus você está muito grande, não tenho psicológico pra ter uma irmã tão linda assim!
- Pode ficar tranquilo que sua irmãzinha sabe cuidar de si mesma- ela beijou seu rosto e entregou o pequeno envelope que estava em sua mão para o irmão- Feliz aniversário!
- Obrigado, ! O que é isso? - ele rasgou o pequeno laço e abriu o envelope. - PUTA QUE PARIU! Eu não acredito que você fez isso!
A garota começou a rir da expressão do irmão.
- , eu vou matar você! É a porra do jogo mais importante da temporada! - ele beijou sua testa e ficou na ponta dos pés, acenando para alguém no meio da multidão.
sentiu a respiração falhar quando se aproximou deles sorrindo para os dois.
- IRMÃO, NÓS VAMOS PRA BARCELONA VER O FUCKING JOGO DO BARCELONA COM O REAL MADRID! - arregalou os olhos e puxou os ingressos da mão do melhor amigo, abrindo o maior sorriso do mundo ao ler o ingresso.
- CARALHO, ! - ele puxou a garota para um abraço e depositou um beijo estalado nos lábios da garota que paralisou no momento em que os lábios dele deixaram os seus.
- Hey tira as mãos da minha irmãzinha! - empurrou o amigo que gargalhou em seguida.
- Foi reflexo!
- Não encosta nela. - avisou sorrindo e voltou a puxar a morena para seus braços.
sorriu sem graça e foi até o bar, pegando uma cerveja e a engoliu em questão de segundos.
- Você já tem idade para beber? - encostou ao lado da garota e a encarou com um pequeno sorriso nos lábios.
- Sim!
- Sinto muito pelo beijo. - murmurou e ela riu.
- Você não tem que se desculpar, eu esperei por isso a minha vida toda! - gargalhou e olhou para o rosto da garota, mordendo o interior de sua boca.
- Você está linda. - murmurou e ela se aproximou.
- Você não faz ideia. - ela riu da cara chocada dele. - Eu vou dançar, você me acompanha?
aceitou a mão que a mais nova ofereceu e eles foram até a pista de dança. sorriu quando Sexy Trip começou a tocar e percebeu o quão na merda ele estava quando a garota colou seu corpo ao dele.
colou suas costas contra o peito do homem e puxou os braços dele para abraçarem sua cintura. A garota começou a rebolar no ritmo da música, se esfregando contra o corpo do mais velho e soltou um pequeno gemido quando ela forçou um pouco mais forte a bunda contra seu pau. mexia o corpo de forma sensual contra o dele e abaixava as vezes, fazendo movimentos circulares com a cintura o que deixava o corpo de ainda mais em alerta e seu pau pulsava dentro do jeans a cada nova rebolada que a garota dava. recostou a cabeça no ombro dele, deixando seu pescoço a mostra e enfiou seu rosto ali, mordendo levemente a pele da morena que gemeu, movimentando o quadril mais uma vez. agradeceu a Deus quando a música foi acabando e ele não esperou o último acorde tocar para correr da garota em direção às escadas que davam acesso aos quartos da casa. Ele entrou no primeiro quarto vazio que encontrou e fechou as porta, indo até a cama e se jogando nela. Seu pau latejava dentro das calças e ele não pensou duas vezes antes de colocá-lo para fora e dar a atenção que ele tanto merecia.
começou a massagear o próprio membro e fechou os olhos, lembrando das reboladas de contra o mesmo, ele só conseguia imaginar em como ela acabaria com ele se rebolasse daquele jeito nua em cima do seu pau. gemeu sentindo seu corpo responder aos estímulos de sua mão e as imagens de rebolando em seu colo. A porta foi aberta e não precisou olhar pra saber de quem se tratava. Ele observou a garota fechar a porta e se apoiar na mesma, seus olhos vidrados nos movimentos de sua mão e ele gemeu quando ela levou uma de suas mãos ao seio, o apertando com força.
- Vem aqui. - ele chamou com a voz rouca e caminhou até ele, se sentando ao lado do homem que continua se dar prazer de forma lenta. - Me deixa pegar nos seus peitos. - ele murmurou e gemeu com a ideia de ter o dono de seu coração tocando-a tão intimamente.
Ela se aproximou e arriou uma das alças do vestido que usava, se aproximou e colou seu rosto no pescoço da garota, gemendo com os espasmos de seu corpo. usou a mão livre para apertar o seio direito da garota e beijou o pescoço dela, chupando cada pedaço de pele exposta ali. gozou em questão de segundos quando a garota gemeu e apertou sua coxa com as unhas.
Ele tentou acalmar sua respiração e encostou a testa no ombro da mais nova, ela fez carinho nos cabelos dele e deu um beijo em seu rosto.
- Você podia ter me pedido. - ela murmurou e ele riu.
- Eu nunca pediria isso à você. - bufou e caminhou até a janela do quarto. Ela se apoiou na mesma e olhou pro céu, admirando a lua ali presente. ajeitou as roupas e caminhou até estar atrás do corpo da garota. Ele abraçou a cintura dela e apoiou a cabeça em seu ombro deixando seus corpos colados.
- Você lembra do meu aniversário de vinte dois anos? - ele sussurrou e ela riu levemente.
- Como me esquecer.
- Você estava tão linda. - ele beijou seu pescoço. - Mas você era tão nova que eu me sentia o pior filho da puta do mundo por achar você gostosa. - ele alisou o estômago dela e depositou um beijo no pescoço dela. - e você também não facilitava pra mim, sempre usando aquelas roupas minúsculas e andando com esses peitos enormes pra lá e para cá.
gargalhou e se virou para o homem, depositando um beijo no queixo dele.
- Não é mais errado. - ela murmurou ele fechou os olhos.
- Eu não posso fazer isso com o . - frustrada se afastou dele. - Eu quero, , mas isso é loucura!
- Eu achei que você fosse mais corajoso. - a garota virou as costas e saiu do quarto, deixando um arrependido e totalmente frustrado para trás.

13 de agosto de 2001-02:27 da manhã.
andou até a sala de estar e olhou pela janela. O céu estava escuro, mas com um tom acinzentado. Ela contou as luzes dos postes da rua e calculou quantos haviam entre a sua casa e a dele. A garota ficou imaginando se havia alguma chance dele também estar acordado.
Ela disse a si mesma que deveria voltar para a cama. Talvez agora fosse uma boa oportunidade para experimentar o conhaque que o seu pai sempre guardava na sala. Ela repetia a si mesma que ligar para era uma péssima ideia e que nada de bom poderia sair disso. A garota estava tão cansada de pensar e ignorando os alarmes em sua mente, pegou suas coisas, saiu porta afora e começou a andar.
Quando percebeu, ela já estava em frente ao prédio de e nem lembrava de andar tanto, suas mãos tremiam quando pegou o celular e digitou a única coisa que conseguiu pensar.

“Você está acordado?” mensagem lida às 03:15.

Ela quase deixou o celular cair quando uma resposta apareceu apenas alguns segundos depois:

“Infelizmente” mensagem recebida às 03:16.

“Me deixa entrar?” mensagem lida às 03:16.

não pensou duas vezes antes de sair de seu apartamento e descer as escadas correndo em direção à entrada do prédio, encontrando parada no portão com o rosto vermelho pelo frio e ele xingou mentalmente.
- Caramba, está muito frio! – ele gritou, e então olhou para a garota com o semblante sério. - Meu Deus, , pelo menos você veio de táxi?
- Vim andando. – tremendo, a garota admitiu e soltou um pequeno riso.
- Às três da manhã? Você está maluca? - destrancou o portão e encarou a roupa da garota.
- Eu sei, é que… - ele balançou a cabeça, interrompendo qualquer coisa que ela pudesse dizer e a puxou para dentro.
- Entre aqui. Você é maluca, sabia? Quero matar você agora. Você não pode andar a essa hora sozinha na rua, !
sentiu seu estômago se aquecer quando o ouviu dizer seu apelido e começou a pensar em maneiras de fazê-lo dizer novamente, talvez de um jeito mais desesperado.
Eles subiram as escadas do prédio em silêncio e não conseguia tirar os olhos da parte traseira da garota, fazendo com que seu corpo se aquecesse com a visão do seu rebolado natural.
- Você tem certeza de que eu não te acordei? - perguntou assim que eles adentraram o apartamento e ele soltou um longo e profundo suspiro, gesticulando para ela se sentar.
- Infelizmente, não. - pegou um cobertor e ofereceu a pequena garota a sua frente. - Ainda não consegui dormir. - ele apertou um interruptor e uma pequena lareira se acendeu, jogando uma iluminação alaranjada pelas paredes da sala. - Se esquente um pouco enquanto eu preparo algo para você beber. – ele disse, mostrando o tapete em frente à lareira. - E me conte porque devo a honra de sua visita depois da memorável festa de hoje.

Era possível ver a cozinha da sala de estar, e a garota ficou observando o rapaz abrir e fechar armários, encher uma chaleira antiga e acender o fogo. Seu apartamento era menor do que ela imaginava, com chão de madeira e estantes lotadas de livros. Dois sofás de couro dominavam a sala de estar e quadros de molduras simples preenchiam as paredes. Havia revistas numa cesta no chão, uma pilha de correspondências em cima da lareira e um jarro de vidro cheio de tampinhas de garrafa sobre uma prateleira.
- Não tenho muito para contar. - ela disse meio distraída.
- ! - ela soltou um gemido e tirou seu casaco, o dobrando em cima do encosto de uma cadeira.
- Minha cabeça estava fora do ar, sabe? Então me lembrei que eu costumava me sentir tão bem perto de você quando era mais nova. - disse, parando ao ver a expressão no rosto de .
Seus olhos estavam arregalados, a boca aberta e seu olhar se movia lentamente sobre o corpo da garota.
- O que foi?
- O que você está ves… - limpou a garganta. - Você andou até aqui vestindo isso?
olhou para o próprio corpo e ficou horrorizada ao notar como estava vestida. A mulher usava apenas shorts e camiseta regata e quando saiu do apartamento apenas tinha jogado um enorme casaco antigo de sobre o pijama, o problema era que a camiseta não deixava nada para a imaginação e seus mamilos estavam eretos, completamente visíveis debaixo do tecido fino por causa do frio.
- Ah! Isso é constrangedor – ela cruzou os braços sobre o peito, tentando esconder o fato de que estava muito frio lá fora. – Eu provavelmente deveria ter prestado mais atenção, mas acontece que… eu só queria ver você. Isso é estranho? É estranho, não é? - Ele piscou tentando voltar a realidade depois de dar conta de que não era mais a irmãzinha de seu melhor amigo, ela era uma puta de um mulherão.
- Eu… humm… acho que temos uma cláusula em algum lugar que aceita uma roupa dessas como justificativa para qualquer coisa. - ele disse, conseguindo tirar os olhos dos seios da garota tempo suficiente para terminar o que estava fazendo na cozinha.
sentiu uma estranha sensação de poder quando percebeu o quanto ele ficou desconcertado.
- Quer conversar sobre isso? - ela se sentou no chão em frente à lareira, com as pernas esticadas e se sentou ao seu lado.
- Eu tinha outras coisas em mente. - ela reuniu todas suas forças para se virar de frente para ele e sorrir de forma sensual.
- Tipo?
- Tiiiiiipo… Eu não sou mais uma criança, , eu já tenho vinte dois e nesses últimos anos eu tenho me sentido tão desesperada por você, eu esperei por anos! Meu irmão não pode ser um empecilho agora que eu finalmente posso ser sua. - um momento de longo e pesado silêncio se estendeu entre os dois e suspirou.
- Sei.
- Sempre fui capaz de controlar meus pensamentos, sabe? Mas, ultimamente. - ela disse, balançando a cabeça. - Minha concentração está uma porcaria.
- Eu te entendo. Não sei… se já fiquei tão distraído assim por causa de uma mulher. Desde que fui para o exército você não sai da minha cabeça.
Eles estavam tão perto, perto o bastante para enxergar cada um dos cílios de debaixo da luz da lareira e sem pensar, ela se inclinou, raspando seus lábios nos dele.
Os olhos de se arregalaram, e ele ficou tenso, congelado por um instante antes de relaxar os ombros.
- Eu não deveria querer isso. – sussurrou. - Não tenho ideia do que estamos fazendo.
Eles não estavam se beijando, não de verdade, estavam apenas provocando e respirando o mesmo ar. podia sentir o cheiro de sabonete e o aroma da pasta de dente do homem. Podia ver seu próprio reflexo na pupila de . E então, ele intensificou as carícias e ela teve que agarrar sua camiseta para não perder o equilíbrio. inclinou a cabeça e fechou os olhos, aproximando-se o suficiente para beijar a garota de uma vez, com os lábios separados. - Diga para eu parar, . Isso é muito errado. - Em vez disso, a mais nova envolveu o pescoço dele com seus braços e o trouxe para mais perto.
abriu a boca, chupando o lábio inferior e a língua da garota fazendo um calor surgir na barriga da mais nova. Ela sentiu como se fosse dissolver, derreter, até não ser mais nada.
sentiu o formato da ereção de raspar contra sua cintura quando eles deitaram no chão e imaginou por quanto tempo ele estava assim, se estava pensando nisso tanto quanto ela. Ela queria tocá-lo e observá-lo gozar como na festa, como ele fazia em suas fantasias sempre que ela fechava os olhos.
Ela passou a mão debaixo da camiseta do mais velho, sentindo os músculos fortes de suas costas e de seus braços enquanto ele os virava e ficava por cima dela.
Ela chamou por , odiando a maneira como sua voz parecia fraca e diferente, mas havia algo diferente agora, algo selvagem e desesperado, e ela queria mais.
- Eu sempre ficava imaginando isto. – admitiu, sem saber de onde vinham as palavras. Ele deitou seu corpo sobre a garota, acomodando os quadris entre suas pernas abertas. - Quando você ficava conversando com meu irmão na sala de estar. Quando tirava a camiseta lá fora na piscina. - Ele gemeu, passando a mão nos cabelos da morena e usou o polegar para acariciar o rosto bonito da mulher.
- Não me fale essas coisas!
Mas era só isso que a garota conseguia pensar no momento: as lembranças que ela tinha dele naquela época, comparadas com a realidade dele agora.
- Eu costumava ficar observando você da janela do meu quarto. - ela disse, ofegando quando ele se ajeitou e sua ereção pressionou exatamente contra seu clitóris. - Deus, quando eu tinha dezessete anos, você era a estrela de todos os meus sonhos eróticos.
afastou apenas o suficiente para olhar nos olhos de , claramente surpreso e a garota engoliu em seco.
- Eu não deveria ter contado isso?
- Eu… - ele começou a falar e lambeu os lábios. - Não sei. - estava confuso, atordoado e não conseguia tirar os olhos de seus lábios. – Sei que não deveria achar isso sexy, mas, caramba, . Se eu gozar na minha calça você será a única culpada.
- Eu me tocava debaixo do cobertor. - admitiu num sussurro. - Às vezes eu podia ouvir você conversando… e então eu ficava fantasiando… e imaginando como seria se você estivesse comigo. Eu gozava e fingia que era você.
praguejou, abaixando-se novamente para beijar os lábios rosados da garota, mais forte e mais intenso, arrastando os dentes em seu lábio inferior.
- O que eu dizia? - perguntou curioso e sorriu tímida.
- Como eu era gostosa e o quanto você me queria. – murmurou. - Eu não era muito criativa na época, e tenho quase certeza de que você tem uma boca bem mais suja do que aquilo.
- Então, vamos fingir que você tem dezessete anos. - ele disse, movendo a boca por cima da dela, com a voz saindo um pouco hesitante. - Mostre como seria.
Ela não sabia direito o que responder, pois queria tanto aquilo, tinha imaginado por tanto tempo como seria tê-lo nu em cima dela, dentro dela. passou a mão em seus cabelos e puxou-os com força, ouvindo a respiração ofegante de enquanto ele empurrava o quadril contra ela, cada vez mais rápido.
- Droga, - ele murmurou, puxando a camiseta acima do peito da garota e então ele agarrou um seio, apertou e tomou o mamilo em sua boca. O ar escapou dos pulmões de e seus quadris se arquearam, buscando, desejando mais contato. Ela arranhou sua pele, ouvindo-o praguejar contra seu seio a cada deslizar das suas unhas.
A boca de seguia suas mãos por toda parte e fechou os olhos, sentindo o calor de sua língua que se movia sobre ela. Ele beijou os lábios macios dela e o desejo entre as pernas da garota aumentou, ela podia sentir o quanto estava molhada, o quanto se sentia vazia, querendo muito mais de sua boca em seu corpo, seus dedos. Seu pau.
- Estou perto. – avisou, sentindo seu orgasmo crescer em seu interior.
- Está? - ele perguntou, mordendo o lóbulo da orelha da garota que confirmou, sentindo o resto do mundo desaparecer enquanto a sensação entre suas pernas crescia, tornando-se mais quente, mais urgente. Ela queria cravar suas unhas na pele do homem e implorar para ele tirar suas roupas, para lhe foder e então a fazer continuar implorando.
- Não acredito que estou fazendo isso com a irmãzinha do , mas inferno eu prefiro morrer a parar agora. - ele disse, mexendo os quadris contra ela, fazendo a perfeita combinação de pressão e calor exatamente onde ela mais precisava.
soltou um gemido e agarrou a camiseta de quando sentiu um orgasmo iminente que subia por suas costas até explodir em seu peito. Ela deu um grito, chamando pelo nome do homem e sentindo-o acelerar os movimentos. Seus dedos pressionavam com força a cintura da garota enquanto estocava uma, duas vezes, gemendo no pescoço dela até finalmente gozar também.
desabou ao lado da garota, soltando sua respiração quente no pescoço dela.
Ele se apoiou nos cotovelos e olhou para a garota, com o rosto sonolento e uma expressão doce e um pouco tímida.
- Oi. - ele disse, mostrando seu sorriso característico deixando seus olhos pequenos o que fez suspirar
- Oi.
- Eu… não quero apressar nada, mas, tipo… preciso ir me limpar. - falou e então riu, o absurdo de toda a situação surgiu do nada, e a garota começou a rir. – Ei. - ele mordeu seu ombro. - Não ria. Eu disse que a culpa seria toda sua.
- Então vai logo. - ela disse, dando um tapinha de leve nas costas do mais velho.
Ele a beijou suavemente, duas vezes nos lábios, antes de se levantar e ir até o banheiro.
A mais nova ficou no chão por um momento, sentindo o suor secar em sua pele e seu coração voltar a bater normalmente. Ela se sentia ao mesmo tempo bem e mal. voltou para a sala vestindo um pijama diferente, cheirando a sabonete e pasta de dente.
- Chamei um táxi. - ela disse, jogando um olhar do tipo não se preocupe.
- Bom. - ele murmurou, se sentindo um pouco usado e caminhou até ela, a entregando sua blusa. - Acho que agora vou conseguir dormir.
- Precisava apenas do orgasmo. - ela tentou melhorar o clima estranho que se instalou.
- Na verdade. - ele disse, com a voz grave. - Isso não estava funcionando até você chegar…
Ele a acompanhou até o saguão, beijou sua testa e ficou olhando enquanto ela saía na rua e entrava no táxi. O celular de acendeu com uma mensagem e ela sorriu.

“Me avise quando você chegar em casa” mensagem recebida às 5:24.

20 de novembro de 2005
respirou fundo e encarou todos os convidados ali presentes, sua mãe sorria abertamente pra ele e ele não conseguiu evitar sorrir de volta para a mulher que tinha o posto no mundo. Ela parecia tão feliz e isso fazia com que o coração dele batesse muito mais rápido que o normal.
Seus olhos percorreram o salão à sua frente e ele encontrou caminhando em sua direção com uma expressão séria no rosto.
- O que houve? - sua voz saiu trêmula e ele puxou uma forte respiração para tentar controlar a si mesmo.
- me chamou, parece que elas vão se atrasar um pouco mais do que o previsto. - mexeu na gravata no pescoço do melhor amigo e tentou passar confiança para o mesmo. - deu algum problema com o vestido da .
se sentou na escadaria do altar no qual esperava a noiva e abaixou a cabeça, tentando não entrar em pânico. Ele sabia que deveria estar pirando naquele momento e no fundo se sentiu um pouco feliz de não estar no mesmo ambiente que a noiva.
Ele sentiu os olhares de todos na igreja sobre si quando anunciou que teriam um leve atraso na cerimônia, os cochichos começaram assim que o irmão da noiva declarou as palavras a todos e pela primeira vez ele sentiu vontade de correr dali.
não estava nervoso com o casamento, ele não estava confuso com seus sentimentos e ele sabia que aquele passo era simplesmente o mais importante de sua vida.
Casar com a mulher que ele amava.
Ela não era só o amor da sua vida, era tudo que ele tinha pedido a Deus. A garota era o centro do seu universo e ele não via a hora de tê-la em seus braços para sempre.
- Eu vou até lá. - anunciou e segurou os ombros dele.
- Ela esta surtando um pouco, é melhor deixar as madrinhas lidarem com isso. - avisou e continuou a andar.
- Ela é minha responsabilidade agora. - foi até a parte da capela onde tinha sido designado para se arrumar e bateu na porta, esperando por uma resposta.
- Quem é? - ele reconheceu a voz de e respondeu ouvindo os gritos das mulheres ali dentro.
- VOCÊ NÃO PODE ENTRAR AQUI! - elas gritaram e bufou.
- Qual o problema com a ?
- Ela está tendo um ataque de ansiedade. - abriu a porta e analisou o homem de cima a baixo. - Você ta gatão!
- Obrigado. - ele sorriu tímido. - Me deixe falar com ela agora.
mais uma vez impediu a passagem do homem que começou a se zangar com a madrinha.
- Você não pode ver a noiva antes do casamento. Da azar! - falou e ele bufou.
- Então tampa a porra dos meus olhos! - concordou e entrou na sala novamente, saindo de lá com um pedaço de pano preto. Ela cobriu os olhos do noivo e o guiou até onde estava sentada.
- Vou deixar vocês sozinhos. - ela falou e saiu da sala com todas as madrinhas.
- Amor? - ele chamou, tentando achar um lugar pra se apoiar.
- Oi… - a voz da garota estava fraca e ele sentiu seu coração apertar.
- O que aconteceu?
- Eu ‘to nervosa. - a voz da garota estava embargada e se aproximou, tentando não esbarrar em nada.
- Com o quê? Você não quer mais casar? - ele encontrou o rosto da mulher e se abaixou na frente dela, buscando suas mãos.
- Quero, é óbvio que eu quero me casar com você. - ela se agarrou ao corpo dele e respirou fundo.
- Então por que você está nervosa?
- Eu tenho medo. - sussurrou e ele acariciou seu pescoço em uma pequena massagem.
- Eu estou aqui com você. Se você quiser desistir a gente vai embora agora e continuamos do jeitinho que estamos. - ele beijou o pescoço dela e suspirou. - eu faço qualquer coisa pra te ver bem.
- Eu quero me casar com você. - ela murmurou. - Eu sempre sonhei em me casar com você!
- Então vamos nos casar! E depois nós vamos pra nossa casa e vamos construir nossa família juntos. - ele beijou os lábios dela e sorriu. - Do jeito que você sempre sonhou.
- Eu te amo tanto. - ela beijou os lábios finos do noivo e sorriu para ele. - Obrigada por me fazer tão feliz.
- Eu que te agradeço por não desistir de mim.

- Estamos aqui reunidos para celebrar a união desse jovem casal em sagrado matrimônio…. - o padre começou a cerimônia e não conseguia desviar seus olhos da mulher ajoelhada ao seu lado.
Ela estava linda. O longo vestido branco modelava seu corpo de forma perfeita, ela tinha os cabelos presos por uma tiara brilhante e os lábios pintados em um rosa claro.
sorria para o padre de forma encantada e ouvia cada palavra que o religioso falava enquanto só conseguia pensar em como ele era o homem mais sortudo do mundo por ter aquela garota incrível ao seu lado.
- , você aceita como sua legítima esposa?
- Sim, eu aceito.
- , você aceita como seu legítimo esposo?
- Sim! - sorriu e ele abriu seu sorriso tímido na direção da mulher.
- Com os poderes dados à mim, eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva!
agarrou a nuca de e selou ali o compromisso de amá-la pelo resto de suas vidas. Eles se beijaram como se não houvesse mais ninguém ali presente. Só os dois e seu amor que transbordava por todos os lados cada vez que seus olhos se encontravam.

10 de maio de 2008
correu pelos corredores do hospital, sentindo seu corpo tremer a cada passo que ele dava. Seu ouvido zumbia e seu coração parecia que ia sair pela boca quando ele chegou a recepção do hospital.
- Minha mulher deu entrada aqui, ela veio de ambulância. - ele falou desesperado e a atendente verificou no computador os dados que passou para ela.
- A senhora está no centro cirúrgico, o senhor vai ter que aguardar naquela sala ali. Qualquer coisa nós informamos. - ela sorriu e foi até a sala indicada se sentando ao lado de outro homem que parecia tão nervoso como ele.
- Você precisa de alguma coisa? - o homem perguntou, vendo o estado de nervosismo que se encontrava.
- Eu só preciso de notícias! - ele passou as mãos bagunçando os cabelos e o homem riu.
- É seu primeiro? - assentiu e engoliu em seco.
- São gêmeos!
- Eita! Dois em uma tacada só, parabéns. - eles trocaram um leve aperto de mãos e bufou mais uma vez.
- Fique calmo, esse é o meu quinto. Eles são bons no que fazem, daqui à pouco sua mulher e suas crianças estarão ai. - o homem tentou passar calma para que concordou, tomando a quantidade de ar necessária em seus pulmões.

Duas horas depois estava ao seu lado tentando acalmar o melhor amigo e fazê-lo não gritar com nenhuma outra enfermeira, eles não tinham novidades sobre e muito menos sobre os gêmeos.
- Senhor ? - os dois se levantaram quando o médico chamou por e se aproximaram do homem. – Parabéns, o senhor é papai de dois meninos, eles estão saudáveis e já estão sendo levados para o quarto junto à mãe.
- Eu disse que eram meninos! - abraçou o cunhado e sorriu para o médico. - Já podemos vê-la?
- Já sim, mas lembre-se de que ela não pode falar muito. - ambos concordaram e foram até o quarto indicado pelo médico.
estava deitada na cama com os olhos fechados e berçário ao lado da cama. conseguiu ver as duas pequenas miniaturas balançando as perninhas. Ele se aproximou e foi amor a primeira vista. Os meninos tinham seus cabelos ralos e pretos e um deles tinha uma funda covinha em sua bochecha direita. passou as mãos nós bracinhos deles e cada menino agarrou um de seus dedos, o fazendo derramar algumas lágrimas
- Eles são as coisas mais perfeitas que eu ja vi nessa vida. - falou, se abaixando perto dos sobrinhos.
- Eles são lindos. - falou com os olhos fechados ainda e se aproximou da mulher, fazendo carinho nos cabelos dela.
- Você foi incrível. - ele depositou um beijo nos lábios dela. - Eu já quero um time de futebol igual a eles.
- Então você vai parir porque eu não quero isso nunca mais na minha vida. - sorriu e gargalhou.
- Tudo por você, querida.
- A lua está tão linda, né? - falou olhando pela janela do quarto e não desviou os olhos do sorriso cansado da esposa.
- É a lua está linda.


Fim?



Nota da autora: Eu sou completamente apaixonada nesse pp, sério ele supera os níveis de doçura do universo! Onde eu consigo um assim pra mim também? Moon U foi jogada no meu colo e eu só tenho agradecer aos envolvidos. Got7 é meu grupo utt e ter o prazer de escrever essa fanfic com o rei do meu universo, AKA Youngjae, é o maior privilegio. Te amo mozão e se você ler isso saiba que to te esperando aqui olhando pra lua. Senhor me perdoa por ser tão iludida.



Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


comments powered by Disqus