Prólogo

“There's a fire starting in my heart
Reaching a fever pitch and it's bringing me out the dark”

— Você não pode se esconder de mim para sempre. — apurei a audição, conseguindo ouvir o coração acelerado do humano. — Vamos terminar nossa festa.
O som do meu salto contra o asfalto ecoava a cada passo que eu dava, fazendo-me sorrir feliz ao escutar os batimentos cardíacos ainda mais altos. Caçar a noite era sem dúvida alguma, um dos meus passatempos prediletos.
Cheguei ao final do beco, encontrando o homem encolhido na parede, enquanto mantinha seus olhos fechados. Seu coração batia em um ritmo tão frenético, que o som começava a tornar-se irritante.
— Desculpe-me por acabar com a festa tão rápido. — sorri irônica e agarrei o pescoço do homem, tirando seus pés do chão e fazendo o homem engasgar devido à falta de ar. — Temos um convidado.
— O que eu já te disse sobre caçar na minha área, ? — a voz grave soou no começo do beco, fazendo-me largar o corpo inconsciente e virar na direção do som.
— Não posso viver só das bolsas de sangue que você me arruma. — resmunguei enquanto andava calmamente na direção do homem.
— Eu sei que você só caça por diversão. — acariciou meu rosto assim que parei a sua frente, fazendo-me fechar os olhos.
— Me desculpe se eu gosto de diversão e saio em busca dela. — abri os olhos, afastando-me de .
— Pensei que eu te divertisse o bastante. — o tom malicioso do homem me fez respirar fundo enquanto eu o observava morder os lábios ao passar o polegar por minha boca.
O simples pensamento de estar na cama de , novamente, fazia com o que meu corpo entrasse em estado de alerta. Cada parte do meu corpo sentia falta das mãos ásperas e brutas de , enquanto ele me proporcionava a melhor transa da minha vida, humana ou não-humana. Mas a preocupação do meu corpo não era minha vida sexual, e sim minha vida no geral.
Não era recomendável que um vampiro dormisse com o caçador. Um deles podia acabar perdendo a cabeça, e não era no bom sentido.
— Que tal você o deixar ir embora e terminar de se divertir comigo? — o tom de voz baixo e sedutor de me fez desistir da minha ideia anterior. Maldito humano e seu sexo maravilhoso.
Dei as costas para ele e fui até o homem sentado no chão. O levantei pelo pescoço novamente, mas não impedi a passagem do ar.
— Não tenho a noite toda, querido, você poderia fazer a porra do favor de abrir os olhos. — bati o corpo do homem contra a parede, fazendo com o que ele gemesse e abrisse os olhos em minha direção. — Você não vai se lembrar de nada dessa noite, nós nunca nos encontramos e você não sabe como machucou o pescoço.
Larguei o homem, fazendo-o andar para frente com as pernas bambas. Ignorei o homem que até minutos atrás era minha presa e caminhei até , ignorando o sorriso do caçador. Desde quando eu trocava um sangue fresco por sexo? Aparentemente, desde que eu conheci .
— Saiba que você vai precisar me recompensar muito. — falei ao passar do seu lado, seguindo para seu carro e sendo acompanhada por ele.
— Você sabe que eu sempre te recompenso muito bem, se eu não recompensasse, você não gritaria meu nome toda noite sempre que eu estou no meio das suas pernas. — as imagens apareceram na minha mente fazendo-me respirar fundo ao lembrar perfeitamente da sensação de ter entrando e saindo de mim.
Minha espécie podia ser considerada como amaldiçoada, mas minha verdadeira maldição era o homem que estava bem ali.
— Continue me provocando e eu te agarro aqui mesmo. — falei entredentes, fazendo-o rir.
— Nada disso, , tenho uma surpresa para você lá no meu quarto. — arqueei a sobrancelha enquanto mil possibilidades circulavam por minha cabeça. Um ménage seria uma ótima surpresa, ri comigo mesma, devido ao pensamento.
O caminho até a casa de não foi longo, e durante todo o caminho, eu me questionava como ele tinha conseguido me achar. Não era como se minha presa tivesse gritado e deixado alguém em estado de alerta, principalmente quando eu jurava não ter ninguém próximo ao beco. Saí dos meus pensamentos ao ouvir a porta do carro sendo fechada, fazendo-me sair do carro e seguir para dentro de sua casa.
— Vou pegar umas bebidas no bar, você já pode ir para o quarto. — concordei com a cabeça e saí da sala, subindo as escadas e entrando na primeira porta do corredor.
Passei os olhos pelo cômodo sentindo a frustação dominar-me quando percebi que não havia outra pessoa ali. Acho que não seria hoje que o sonho sobre o ménage ocorreria. Droga.
Tirei as botas, deixando-a no pé da cama e despi-me, vestindo apenas minhas roupas íntimas. Deitei na cama e observei a porta ser aberta lentamente, e abri o usual sorriso sujo ao ver encarando-me com os olhos transbordando desejo.
— Ficar me olhando desse jeito não vai fazer com o que minhas roupas sumam. — alisei meu corpo enquanto falava, vendo os olhos do homem presos aos meus movimentos. — Por que você não vem até aqui, e tira ela? — usei meu melhor tom inocente, fazendo voltar o olhar para meu rosto com um sorriso de lado.
O homem aproximou-se enquanto tirava os sapatos com o próprio pé. Quando se viu finalmente livre do calçado, deitou seu corpo sobre o meu, ficando no meio das minhas pernas, roçando levemente sua intimidade na minha.
— Você é muito apressada, , nem parece que tem toda uma eternidade pela frente. — falou entre os beijos e as mordiscadas que dava em meu pescoço. — Precisamos aproveitar como se fosse à última vez.
Ignorei a frase de e embrenhei a mão em seu cabelo, puxando seu rosto na direção do meu e beijando-o como queria desde que o vi no beco. Arranhei a nuca do homem e pousei minha mão sobre o membro do homem, ouvindo-o arfar.
— Acho que você precisa se animar um pouco mais. — passei a unha por toda extensão do membro de e sorri ao ouvi-lo soltar um palavrão. — Acho que você ainda tem muita roupa.
Usei minha força sobrenatural para inverter nossas posições e fiquei de joelhos na cama, abrindo a calça de e abaixando-a até os joelhos. Mordi os lábios ao ver a ereção de , contando os minutos para que ela estivesse completamente dentro de mim. Arranhei novamente seu membro e mordi os lábios ao ouvir xingar-me novamente. Abaixei sua cueca, sentei em sua coxa e envolvi seu membro com minha mão, indo da glande até a base, porém apenas uma vez. Aproximei minha boca de seu membro e lambi a cabeça, sentindo os dedos de se embrenhando em meu cabelo.
— Acho que você não merece que eu te ajude. — encarei , fazendo-o abrir os olhos e encarar-me.
— Eu odeio esses seus joguinhos. — resmungou invertendo as posições e ficando por cima novamente. — Não gosto do jeito como você brinca. — puxou minha calcinha para o lado, penetrando-me com dois dedos e fazendo com um gemido rouco saísse de minha garganta.
Tão rápido como me penetrou com o dedo, os tirou, fazendo-me soltar um muxoxo em reprovação e sorrindo ao ver minha expressão piedosa. Segurou em meus braços, levantando meu corpo e deixando-me deitada com a cabeça no travesseiro.
— Sabe, eu não pensei que duraríamos tantos. — deu de ombros e penetrou-me com os dedos novamente. — Acho que fomos longe demais.
— Podemos deixar o papo para depois do sexo. — resmunguei enquanto mexia meu quadril contra seus dedos.
— Acho que não teremos tempo para isso. — enfiou o terceiro dedo e eu não consegui segurar o gemido.
— Seus dedos fazem um ótimo trabalho, mas agora eu preciso ter você inteiramente dentro de mim. — falei entre suspiros, enquanto aumentava o ritmo dos movimentos.
— Ah, , pode ter certeza que você vai sentir tudo dentro de você. — o tom malicioso junto com a estocada máxima que seus dedos alcançavam me fez fechar os olhos.
Os dedos de deslizavam agilmente por minha intimidade molhada, meu corpo todo exalava o tesão que eu sentia e minha mente estava nublada, apenas aproveitando o prazer que o homem estava me proporcionando. Mesmo estando totalmente entregue, em todos os sentidos, eu ouvi quando o coração de acelerou e seu corpo flexionou para frente.
Agarrei a mão do homem no ar, no mesmo momento que sua mão que estava me satisfazendo abandonou minha intimidade. Abri os olhos, vendo encarando-me com os olhos arregalados enquanto eu deixava a marca da minha mão no pulso, fazendo com o que ele deixasse a estaca cair sobre mim.
— EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊ IA ME MATAR NA PORRA DAS PRELIMINARES. — gritei ao empurra-lo para longe. — VOCÊ PODIA PELO MENOS TENTAR FAZER ISSO DEPOIS DO SEXO.
— Você está reclamando porque eu tentei te matar antes de transarmos? — questionou incrédulo, enquanto eu vestia minha roupa, totalmente frustrada.
— Claro, porra!— exclamei já vestida, calçando minhas botas. — Quer tentar me matar e quebrar todo o clima? Legal, tente depois de me satisfazer, pelo menos.
— Você tem sérios problemas. — virei-me de frente para , segurando no ar a estaca que ele tentara me acertar pela segunda vez.
— Sim, um deles é meu super reflexo. — joguei a estaca em sua direção, fincando-a em seu braço. — O outro é ter um péssimo gosto sobre quem eu deixo me levar para cama.
— VOCÊ ESTÁ MALUCA? — gritou enquanto retirava a madeira de seu braço, tentando controlar o sangue que manchava sua roupa.
— Você pode tentar me matar, mas eu não posso fazer o mesmo com você? — passei a língua pelos lábios, umedecendo-os enquanto sentia o cheiro de tomar conta do ambiente. — O cheiro do seu sangue está implorando que eu acabe com a sua existência.
— Você é uma aberração. — apontou a arma que tirara de dentro criado mudo, em minha direção.
— Você não parecia ligar para o fato de eu ser uma aberração quando eu fazia você gozar. — estalei a língua, vendo a feição raivosa de . — Por favor, você sabe que essas balas não me param, caçador.
— Mas posso fazer você sentir muita dor. — abriu um sorriso sádico e atirou repetidas vezes, fazendo meu corpo ir para trás devido ao impacto das balas.
Meu abdômen queimava igual o inferno enquanto eu sentia os buracos começando a se regenerarem em volta das balas. Conti o gemido de dor que arranha minha garganta e aproximei-me de , sendo acertada por mais disparos. Dei uma cabeçada em , fazendo-o soltar a arma, e agarrei seu pescoço, impedindo a passagem de ar e vendo debater-se desesperado.
— Eu vou te matar. — a voz saiu fraca, mostrando como ele precisava de ar e eu ri.
— Não querido, eu vou continuar viva e vou fazer da sua vida um inferno. — mordi seu lábio inferior e acariciei seu rosto com a mão livre. — Vai ser um inferno tão grande, que quando eu te matar e você chegar ao inferno, vai perceber que ele não é nada comparado ao que eu fiz com a sua vida.
— Eu não tenho medo de você e muito menos das suas promessas. — cuspiu assim que recuperou o ar após eu ter afrouxado o aperto em seu pescoço. — Você é só um vadia mimada que drena o sangue das pessoas.
— Céus, como você é chato. — revirei os olhos e peguei a arma que usou para atirar em mim. — Era mais fácil te aturar quando você estava muito ocupado gemendo meu nome.
— Sua vadia. — rosnou e eu lhe dei uma coronhada, fazendo o sangue jorrar de seu supercílio.
— Sabe, eu só gosto quando você me chama assim na cama, fora dela eu acho ofensivo. — mirei a arma um pouco acima de sua cintura e atirei, jogando seu corpo sobre a cama. — Você não devia me subestimar, . — sorri ao vê-lo segurando o local atingido. — Eu sou uma vadia mimada que drena o sangue das pessoas. — me aproximei de seu corpo, passando o dedo por sua sobrancelha e levando o dedo até a boca, chupando o sangue que fez minha garganta arranhar. — Como eu odeio essa maldita verbena.
— Eu ainda vou te matar. — escutei a voz de assim que abri a porta e não evitei a gargalhada.
— A única coisa que você vai, é desejar não ter me conhecido. — bati a porta do quarto, dando um fim na conversa e na minha relação com .
Quer me transformar na vilã? Assim seja. Então eu sou a vilã.


Capítulo Único

Um mês depois

Abri um sorriso satisfeito ao jogar o corpo feminino sem vida na pequena pilha de corpos que se encontravam na mesma situação. Aproximei-me da única pessoa naquela sala que ainda possuía um coração batendo e não contive o sorriso ao ver a mulher se encolher.
— Sabe, você faz o tipo dele. — alisei uma mecha de seu cabelo, ouvindo o coração da mulher bater de modo desesperado. — Não precisa ter medo, eu não vou te machucar. — acariciei sua bochecha, vendo-a tremer. — Eu preciso que você entregue um recado. — levantei a cabeça da mulher, fazendo-a olhar diretamente em meus olhos. — Você vai encontrar e falar que precisa dele, que você foi atacada. Quando ele demonstrar preocupação, você vai enfiar essa pequena estaca, o mais fundo que conseguir, no seu coração. — lhe dei o pedaço de madeira, vendo-a concordar com a cabeça e sair do armazém abandonado.
Olhei os cinco corpos sem vida e decidi que os deixaria ali. que seguisse meu rastro e apagasse o que eu fazia, pois eu não dava à mínima. Saí do armazém e senti a brisa fria envolver meu corpo. Maldita imortalidade que me proibia dos pequenos detalhes humanos.
Eu sentia-me satisfeita, os cinco corpos totalmente drenados saciaram minha fome, porém a fome de vingança ainda fervia em meu interior, pedindo para ser alimentada. Já tinha se passado um mês desde que tentara me matar. Naquele mesmo dia eu comecei a criar seu inferno particular. Segui o caminho da sua casa até o centro da cidade deixando um rastro de corpos, tentando extrair toda a frustação que eu sentia.
Por mais que eu tivesse sido estúpida ao ponto de me relacionar com um caçador, eu nunca deixei que ele soubesse onde eu morava, não fui estúpida até esse ponto, pelo menos. Passei pela praça próxima a minha casa e entrei no bar que sempre atrapalhava meu sono. Cruzei a porta e saí e entrei no estabelecimento, sorrindo ao ver um pouco mais de vinte pessoas. Forcei a tranca, quebrando-a e chamando a atenção das pessoas devido ao barulho.
— Desculpa, não queria atrair a atenção de vocês. — comecei a me aproximar, sorrindo e expondo os longos caninos.
Avancei nos dois homens que se aproximaram e arranquei seus corações, mordendo-os e sentindo o sangue escorrer pelo meu queixo e por minhas mãos. Joguei os órgãos sobre o corpo sem vida e comecei minha pequena festa particular. Rasguei o pescoço de uns, quebrei o pescoço de outros, arranquei mais alguns corações e parei a matança assim que sobrou um único homem. Aproximei-me dele, notando sua beleza e sua coragem, ao apontar o pé quebrado de uma cadeira em minha direção.
— Você vai se sujar com o sangue deles, e não vai lembrar que fui eu quem fez tudo isso. — parei na frente do homem e tirei a madeira de sua mão, enquanto passava minha mão suja de sangue por seu rosto e corpo. — Um grupo de maníacos entrou no bar e matou todo mundo, nós só estamos vivos porque conseguimos nos esconder.
— Meu Deus, você está bem? — o homem segurou forte em meus braços, enquanto seus olhos me observavam minuciosamente.
— Sim, só estou muito apavorada. — abracei meu próprio corpo, encenando ser a mulher fraca que eu nunca fui.
— Vamos sair daqui, uma dama não merece presenciar essa cena grotesca. — apoiou uma de suas mãos próxima ao meu ombro e tentou impedir-me de ver a chacina que eu tinha causado, enquanto caminhávamos em direção a saída.
O homem afastou seu corpo do meu, forçando-o contra a porta para que ela abrisse. Levou um tempo até que a porta cedesse e abrisse, coisa que eu conseguiria fazer em um minuto. Ao pisarmos na calçada, atraímos alguns olhares curiosos e assustados, mas não foi difícil lhes hipnotizar e dizer que nunca tinham nos visto ali, só precisei me afastar do homem bonito e falar com todos, um de cada vez.
— Acha que não deveríamos chamar a polícia? — o homem falou assim que eu voltei.
— Não, eles não vão acreditar em nossa história. — o vi balançar a cabeça, como se concordasse comigo. — Eu ainda não sei o seu nome.
— Ah, sim, desculpe-me, sou meio desligado às vezes. — sorriu e eu retribuí. — .
. — dei um sorriso fechado.
— O que fazemos agora, já que não vamos chamar a polícia? — perguntou enquanto olhava ao redor. — Essas pessoas não vão falar nada, não? — referiu-se a polícia e eu neguei com a cabeça. — Como?
— Se eu contar, terei que te matar. — sorri, adquirindo a expressão culpada logo em seguida. — Acho que não é uma boa hora para fazer essa piadinha.
— Concordo. — riu fraco e cruzou os braços, fazendo-me avalia—lo.
— Eu estou com medo de ficar sozinha, que tal você ficar um pouco lá comigo? — mordi o lábio inferior, falando com uma voz fraca. — Você aproveita e se livra desse sangue.
— Você acha que é uma boa ideia? — seu coração acelerou e eu segurei o sorriso, sabendo que ele aceitaria.
— Claro.
— Se para você não tem problemas, eu também não vejo nenhum. — sorriu e eu segurei seu pulso, começando a caminhar até minha casa.
Eu não deveria levar ninguém até minha casa, principalmente um homem desconhecido, muito charmoso, porém desconhecido. Eu não fazia a mínima ideia de quem era aquele homem, ele podia muito bem ser um caçador, ou pior ainda, um caçador que trabalhasse com e estivesse ali especialmente pelo fato de que contatou outros caçadores para botar-me na linha. Se bem que se eles quisessem me colocar na linha, dentro de um quarto, eu não veria nenhum problema.
— Você pode se limpar no final do corredor, se quiser tomar banho, têm toalhas limpas lá. — falei assim que subimos a escada. — Vou estar aqui no quarto, quando terminar o banho você pode vir aqui, vou te arrumar uma blusa limpa.
— Muito obrigada. — sorriu e afastou-se, indo para o banheiro.
Entrei no meu quarto e despi-me, sentindo a água relaxar todos os meus músculos. Livrei-me do sangue enquanto pensava no homem que estava alguns cômodos após o meu. Desde o dia que me traíra, eu não conseguia sentir atração por mais ninguém. Tentei transar com alguns humanos e até mesmo vampiros, frustrando-me completamente, pois nunca conseguia sentir-me interessada o suficiente. Saí do box, enrolando-me na toalha e saindo do banheiro, parando de frente para o espelho do quarto, escutando as batidas de aproximaram-se.
— Você procurou a blusa? — entrou no quarto com o tronco desnudo, enquanto encarava a blusa em suas mãos. Ao levantar o olhar e encarar-me, senti seu coração acelerar. — Desculpa, eu não sabia que você estava assim, eu pensei que pudesse entrar, pois a porta estava aberta.
— Tudo bem, foi um erro meu não ter fechado a porta. — agi como se tudo aquilo não fosse proposital.
— Vou sair então, para que você possa se vestir. — virou-se, pronto para sair do quarto.
— Não precisa, você já viu. — ri fraco. Eu estava gostando de encenar uma garota ingênua. — Vou procurar a blusa. — fui até o armário, fingindo procurar a blusa que nem existia. — Não achei. — suspirei após alguns minutos procurando. — Eu não me incomodo se você ficar sem blusa, você está me vendo só de toalha. — aproximei-me, parando a poucos centímetros de . — Você é muito legal. — selei nossos lábios rapidamente, ouvido seu coração acelerar e abrindo um sorriso, sabendo que tinha conseguido o que tanto queria.
Segurei a nuca de e colei nossos corpos, beijando de um modo que demonstrasse todo o tesão preso dentro de um corpo só. A mão de passeou por meu corpo, levando a tolha para o chão e deixando-me completamente nua. Aproveitando minha nudez, apalpou minha bunda, parando de beijar meus lábios e começando a beijar meu pescoço enquanto acariciava meu peito, apertando vez ou outra meu mamilo rijo.
— Você acha que isso é uma boa ideia? — afastou seu lábio de minha pele, sussurrando em meu ouvido.
— Acho que é uma ótima ideia. — apertei seu pau pelo pano da calça, fazendo-o devorar meus lábios novamente.
Transar com humanos que desconheciam minha natureza requer muito cuidado. Devemos controlar a vontade de morder o humano quando ele goza, pois o êxtase em seu sangue o deixa ainda mais doce. Mas o meu problema em transar com eles, era todo o controle necessário para que eu não mostrasse minha força verdadeira.
Deixei que me guiasse até minha cama, deitando meu corpo ali e livrando-se da sua calça antes de subir no colchão e ficar sobre mim. Enlacei minhas pernas ao redor de sua cintura, causando uma fricção em nossos íntimos.
— Acho injusto eu estar completamente nua e você ainda estar de cuecas. — resmunguei roçando meus lábios ao de .
— Acho que devo te recompensar por isto. — alisou minha coxa, direcionando sua mão para o interior dela e apertando.
desceu a mão até minha intimidade, passando os dedos vagarosamente por minha entrada enquanto eu arqueava meu quadril, em um pedido mudo para que ele me penetrasse. abaixou meu quadril, deitando-me novamente e enfiou dois dedos de uma vez, fazendo-me fincar as unhas em seus bíceps.
— Você está tão molhada, porra. — começou a fazer os movimentos de vai e vem, fazendo-me suspirar.
— Nós podemos pular isso, não podemos? — supliquei, só querendo que ele me penetrasse logo e eu liberasse todo o tesão que estava guardado.
— Preliminares são tão boas. — retirou seus dedos, aproximando nossos corpos o suficiente para que nossas intimidades entrassem em contato.
— Bom vai ser você estocando rápido e forte em mim, o mais fundo que conseguir. — mordi meu lábio inferior descendo a mão até o pau de e masturbando-o por dentro da cueca. — Você não concorda comigo? — aumentei a velocidade, fazendo-o fechar os olhos. — Me fode, agora.
— Vou só pegar...
— Não precisa. — interrompi, já imaginando o que ele falaria. — Eu tomo remédio, não precisa se preocupar. — menti, porém já estava tão acostumada a falar aquilo, não é como se o vampirismo deixasse que eu engravidasse.
— Você tem certeza? — perguntou e eu apenas apertei levemente seu pau, vendo o morder os lábios.
tirou minha mão de dentro de sua cueca e logo se livrou da última peça que vestia, abrindo minhas pernas e penetrando-me de uma vez, fazendo-me gemer como eu queria. Enlacei as pernas em sua cintura, o deixando ir ainda mais fundo, fazendo com meus gemidos saírem ainda mais altos e frequentes. Embrenhei uma mão em seu cabelo e finquei as unhas da outra mão em seu braço, passando a língua por seu pescoço e sentindo o sangue quente pulsando, controlando-me para não morder.
— Que tal mudarmos de posição? — perguntou após longos minutos na mesma posição, e eu concordei com a cabeça, mas não consegui segurar o resmungo que escapou de meus lábios ao sentir seu membro sair de dentro de mim.
Empurrei o tronco de , fazendo-o cair na cama e passei minhas pernas por ele, deixando uma de cada lado enquanto segurava seu pau e sentava, sendo penetrada de uma só vez. Suspirei fundo ao sentir o membro de preenchendo-me novamente e comecei a cavalgar em seu pau, enquanto ele segurava minhas nádegas, ditando um ritmo ainda mais rápido.
— Caralho, garota, você não é humana. — falou ofegante, enquanto eu continuava sentando igual antes. Sorri ao ouvir aquilo e senti meus caninos arranharem a gengiva, implorando para sair e transformar aquilo em uma verdadeira festa. — Se você continuar assim, eu não vou aguentar por muito tempo. — diminuí o ritmo, subindo e descendo de forma vagarosa, fazendo-o fechar os olhos e segurar forte minha cintura, descendo-me de modo bruto e rápido em seu pau, mantendo o ritmo.
— Pensei que você queria aguentar um pouco mais. — sorri maliciosa e diminui novamente a velocidade, sentindo as mãos de agarrarem minha cintura e fazendo-me deslizar novamente por seu pau na velocidade que queria.
Cansada de provocar , e por tabela, me provocar, intensifiquei o ritmo novamente, fazendo o impacto que nossos corpos causavam ecoar pelo quarto, enquanto sentia minhas pernas começarem a fraquejar, sabendo que não estava muito longe do meu ápice, e ao ouvir o coração de , sabia que o dele também estava chegando. Mantive o ritmo por mais algum tempo, sentindo todo tesão reprimido escorrer misturado ao meu líquido. continuou por mais alguns minutos, até atingir o ápice e selar nossos lábios.
— Acho que o banho que tomamos foi inútil, que tal tomarmos outro agora? — perguntou alisando meu corpo. — De preferência, juntos.

...

Alisei o vestido longo e formal, ajeitando-o no meu corpo e gostando do resultado refletido no espelho. A noite anterior tinha terminado com mais algumas rodadas de sexo, sendo acompanhada por uma manhã repleta de sexo, e eu sentia que todo o tesão acumulado por um mês, tinha finalmente sido exterminado.
Verifiquei os dois pequenos frascos que estavam entre meus seios, presos no decote tomara que caia do vestido, decidida a dar um fim naquilo de uma vez por todas. E sem dúvida alguma, o melhor local era a festa beneficente onde todos os membros das famílias fundadoras estariam, principalmente .
Saí do grande hall de entrada e parei um garçom, o compelindo a misturar o líquido do meu frasco junto com uma bebida e dar diretamente para , além de informa-lo, como quem não quer nada, que vira a mulher em uma das salas.
Subi a escada e fui até a sala que tinha dito ao garçom que eu estaria. Esperei por longos minutos, até ver entrando na sala com um copo em mãos, sentindo o cheiro da bebida perfeitamente e sorrindo satisfeita ao ver que ele estava bebendo.
— Ficou com saudades e compeliu o garçom para que ele me trouxesse até aqui? — aproximou-se e bebericou sua bebida, passando a mão livre por minha coxa.
— Você me enoja. — afastei sua mão da minha coxa e levantei sofá, indo para a porta. — Depois minha espécie que é nojenta.
— Oh, querida, mas vocês são a escória desse planeta. — terminou de beber o líquido do copo, deixando-o na mesa de centro e aproximando-se, prendendo-me entre seus dois braços.
— Você sabe que eu posso muito bem quebra-los e sair daqui, né? — sorri sem mostrar os dentes.
— Senti sua falta. — aproximou os lábios dos meus, selando-os levemente. Seus batimentos elevaram e então abaixaram drasticamente, denunciando-o novamente.
— Você ainda acha que consegue me enganar, chega a ser engraçado. — ri, quebrando o pescoço de e vendo-o cair no chão, sem vida. Aproximei-me, derramando o conteúdo do segundo vidro em sua boca.
— O que você fez? — olhou ao redor, percebendo que estava no chão e levantando-se rapidamente.
— Eu te dei um soco muito forte, você caiu no chão e desmaiou. — menti, vendo-o me encarar desconfiado.
— E por que você não me matou? — questionou, prendendo com seus braços novamente.
— Eu não pratico judiaria.
— Bem, eu pratico. — bateu sua cabeça na minha, fazendo-me ficar tonta.
Os batimentos de aceleraram e eu recobrei a consciência, no exato momento que eu tórax e eu enfiei a mão em sua caixa torácica, sentindo seu coração pulsando desesperadamente.
— Pense em mim, nas profundezas do seu desespero. — comecei a puxar seu coração lentamente para fora do corpo. — Boa sorte com o Outro Lado. — sorri irônica, puxando o órgão de uma vez.
teve meu coração em sua mão, mas brincou com o que eu sentia. Nada mais justo que eu brincar com o dele também. Mordi seu coração, saboreando-me com o sabor doce do sangue e joguei-o sobre o corpo desfalecido do homem. Tirei a estaca que perfurava minha caixa torácica, e por pouco não alcançou meu coração, e também joguei sobre o seu corpo.
Nada como transformar um caçador em vampiro e mata-lo, para que fique preso no Outro Lado junto com tudo o que mais odeia.

You're gonna wish you never had met me.





Fim.



Nota da autora: Eu sei que essa música é muito sofrência, sobre o boy vacilão que magoou a mulher e ela se sente revoltada. Mas nada como uma pp louca e vampira se vingando, certo?
Espero que vocês tenham gostado, deixem suas opiniões aqui, muito obrigada por lerem.






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E alguns ficstapes espalhados pelo site, haha


Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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