Capítulo Único
POV
Rainha. Eu nasci para ser a rainha de Clifford. Quer dizer, o que eu teria se não fosse? Foi isso que ele disse para o meu pai quando pediu minha mão em casamento e é isso que ele diz toda vez que me faz de saco de pancadas. No começo eu só chorava enquanto as criadas limpavam as manchas de sangue que escorriam pela minha pele. Mas com o tempo eu nem sentia mais dor. Na verdade, eu não sentia mais nada.
Até eu ver ele.
Adentro o salão e vou em direção ao meu marido, que conversava com um homem alto e extremamente bonito.
“Minha querida, este é o rei , do reino de Santa Fe.”
Não me chame de minha querida
“Prazer, rainha .” Me arrepio ao sentir seus lábios macios encostarem em minha mão. “Estava ansioso para te conhecer, o rei falou muito bem de você.”
“Falou?” Pergunto impulsivamente, o encarando de volta, e ele assente com a cabeça, parecendo um pouco surpreso.
“Amor, por que não nos deixa sozinhos?” O rei Clifford põe a mão em meu ombro com um sorriso em seu rosto. “Vá se preparar para o baile mais tarde, minha rainha tem que ser a mais bonita do reino.” Respondo com um sorriso forçado e me afasto o mais rápido dali sentindo meu peito queimar. Só não saberia dizer se era por conta do ódio que eu sentia por Clifford ou por causa de .
“Como estou?” Pergunto a enquanto me olhava no espelho. Por muito tempo eu não havia desejado estar bonita. Quem sabe Clifford perdesse o interesse por mim e me largasse? Mas não funciona assim.
“Linda como sempre, vossa majestade. O rei Clifford vai…”
“Não fale desse homem perto de mim.”
“Mas…”
“Você ainda é muito nova para entender isso, passarinho.” Falo pondo minha mão em seu queixo de leve, com um sorriso reconfortante. Não evito soltar uma lágrima perdida em toda a minha dor guardada, mas rapidamente a tira.
“Vai borrar a maquiagem. Está tudo bem, vossa majestade?” Ela pergunta preocupada, mas permaneço com o sorriso para tentar acalmá-la.
"Às vezes escapa.” Ela era só uma criança, não merecia que a dor que eu sentia respingasse sobre ela também.
Vou em direção ao salão de festas, já escutando o som alto da música ecoando pelos corredores. Assim que entro no local já busco por , que estava em um grupo mais à frente. Seu olhar se encontra com o meu e um sorriso surge em seu rosto, mas, antes que eu pudesse me aproximar, Clifford me aborda.
“Vamos dançar.” Ele segura em meu pulso e me puxa para a pista de dança, sendo seguido pelos outros.
Começamos a valsa e dei graças a Deus quando trocamos de parceiro. Não aguentava ficar um minuto a mais perto dele. Trocamos novamente e meu corpo esquentou ao ver vindo ao meu encontro.
“Você está linda, rainha .”
“Obrigada.” Tento me recompor com um sorriso. “Você também não está nada mal.” Ele ri de leve enquanto encosta a mão em meu braço nu para darmos um giro, fazendo todo o meu corpo arrepiar.
“Você está bem?” Congelo por alguns segundos ao escutar a pergunta, mas ele me guia para continuar dançando. “O que eu quero dizer é, o rei Clifford já fez alguma coisa que você não gostou?”
“Eu não….”
“Só responda sim ou não.” Seus olhos amarronzados me fitaram aguardando por alguma resposta que eu não sabia se conseguiria responder.
“Sim.” Respondo após um tempo em silêncio, tentando não manter o contato visual, mas ele puxa meu queixo para sua direção num movimento rápido.
“Eu sinto muito, você não merece passar por isso.” fala com um olhar melancólico.
“Não preciso da sua pena… desculpa, eu…”
“Não, você tem razão. Eu peço desculpas por isso, não devia ter entrado em assuntos pessoais.”
“Bom, eu realmente estava precisando de alguém para me abrir.” Dou um riso melancólico, tentando voltar minha atenção para a dança e não levantar nenhuma suspeita de Clifford.
“Eu posso abdicar do meu cargo de rei por alguns minutos e me tornar seu conselheiro… ou o que você quiser que eu seja.” Nos encaramos por um breve momento antes de termos que dar outro giro para seguir a dança. De costas para , sinto sua respiração pesada em meu pescoço e quase perco todas as minhas forças ao sentir sua mão pousar em minha cintura.
“Eu adoraria isso.” Falo ao ficar de frente para ele novamente, me preparando para finalizar a dança.
“Gostou da festa? Eu fiz tudo para você.” Vejo Clifford se aproximando enquanto eu penteava meu cabelo na penteadeira. Afasto a cabeça ao sentir sua mão passar por meu queixo, mas ele segurou o local com força, impedindo de me mover. “Eu te fiz uma pergunta.”
“Claro.” Respondo com a voz trêmula e ele dá um sorriso convencido.
“Sabe, eu deveria ser recompensado por isso. Sempre te dei tudo e já está na hora de você me dar um herdeiro.” O rei passeia a mão pelo meu pescoço e tronco, e tento esconder todo o nojo e repulsa que estava sentindo naquele momento.
Ele avança em minha direção e eu reluto, o empurrando com toda a força que ainda restava no meu corpo, e dando um urro de dor ao sentir meu rosto latejar depois de um tapa repentino.
“Você me pertence, vagabunda!” Ele grita e me empurra, fazendo com que eu caia da cadeira em que estava sentada. Observo o homem se afastar e sair do quarto, me deixando sozinha, escutando apenas os meus soluços. Essa era a hora em que ele ia transar com a boba da corte enquanto eu chorava no canto. Eu descobri depois de uma das diversas vezes em que ele ficava zangado comigo, me batia e saia do quarto. O segui e encontrei ele e Lana, transando no corredor do castelo, os gemidos ecoando por todo o local. Nem se davam o trabalho de esconder.
Eu já sabia que não teria um final feliz no momento em que meu próprio pai me vendeu para o rei. No começo eu pensava que era por uma boa causa, afinal, eu ajudaria o meu reino. Depois eu percebi que meu pai preferiu me vender a um lunático a tentar usar todas as ideias que eu dava para o nosso reino prosperar. Talvez se minha mãe estivesse viva isso não teria acontecido. Agora, todas as cartas que ele já me mandou ou me manda, se ainda manda, estão na pilha de cinzas na minha lareira.
Talvez eu não precise ter um final feliz, contanto que isso que eu tenho que viver seja temporário. E eu quem vou ter que fazer com que isso seja temporário.
Eu já tive muitos sonhos onde conseguia matar Clifford, mas em nenhum momento me imaginei fazendo algum deles. Todos pareciam suspeitos demais, além de que eu precisava pegá-lo de surpresa.
Bato na porta e espero mais alguns segundos até a atender, me olhando preocupado ao perceber um corte no meu rosto.
“Fica aqui, eu vou buscar alguma coisa para limpar isso.” Ele gesticula para eu sentar na cama e vai em direção a cabeceira, pegando um paninho molhado e se aproximando de mim novamente, limpando o local melado de sangue. “O que aconteceu?”
“O Clifford aconteceu.” Bufo enquanto tentava tirar ao máximo tudo o que se passava pela minha cabeça.
“Sinto muito. Eu faria qualquer coisa para você não se sentir assim.” Sinto sua mão repousar em minha perna e, fitando seus olhos, consigo esquecer por um momento o motivo de estar naquele quarto.
“Me beija.”
“O que?” ameaça se afastar, mas seguro sua mão, o impedindo.
“Os únicos momentos em que eu senti algo bom desde que cheguei nesse castelo foram naqueles em que eu interagi com você. Por favor.” Me abaixo para ficar na mesma altura que ele e acaricio levemente a lateral de sua nuca.
“Eu… por mais que eu queira…”
“Você quer?”
“Desde o momento em que eu te vi entrando por aquela porta. Mas é errado.”
“Errado é eu ser vendida pelo meu próprio pai e ter que me casar com alguém que eu abomino.”
“Alguém já disse o quão bonita você é?” Fecho os olhos ao sentir sua mão encostar em minha bochecha e faço um não com a cabeça. “Eu estou feliz em ser o primeiro.” Me aproximo involuntariamente ao sentir sua respiração ficar mais próxima e sinto seus lábios passearem pelo meu rosto até pararem nos meus.
A sensação de beijar alguém que não fosse meu marido, forçadamente, era maravilhosa. Principalmente alguém como . Ainda com nossos lábios selados, nos levantamos e ele me guia até sua cama.
“Eu não… não queria fazer isso agora. Queria que nos conhecêssemos primeiro. Eu sei, parece besteira…” O homem dá um sorriso tímido.
“Como, ? Não é como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Você sabe o que eu faria, independente de termos algo ou não.”
“Tem que haver outra forma.”
“Não tem. Eu preciso voltar, antes que meu passarinho perceba.”
“Você tem um pássaro?”
“Não exatamente um pássaro. O nome dela é .” Sorrio e me dirijo até a porta, sendo interrompida por ele antes de sair.
“E por quê a chama assim?”
“Quando eu cheguei no castelo, o rei exigiu uma criada para mim. Eu fui até o local em que elas ficavam e enquanto passava pelas instalações ouvi alguém cantar. Ela havia acabado de perder os pais. Clifford gostou dela e a queria como uma de suas criadas, mas eu a escolhi para que ele não a fizesse nenhum mal.”
“Foi um ato muito nobre seu.”
“Foi o que devia ser feito.”
“Eu ouvi falar que você ama plantas e tem um jardim de inverno…” começa e eu assinto com a cabeça.
“Peguei esse gosto da minha mãe.“
“Então deve conhecer os oleandros, são plantas muito bonitas.” Apesar do sorriso em seu rosto ele aparentava estar nervoso. “Talvez sirva para alguma coisa.”
“Oleandros?” Repito o nome e concorda, beijando o canto do meu rosto e se afastando para que eu fechasse a porta.
Saio correndo e adentro meu quarto, indo direto para a mesinha ao lado da cama. Sento, folheando todo o caderno com as anotações sobre plantas que minha mãe havia me ajudado a fazer, e busco pelo nome.
“Oleandros, plantas ornamentais…” Acho a página que falava sobre a planta e vou lendo todas as informações disponíveis. “Suas folhas podem ser brancas, rosas ou vermelhas…” Comecei a lembrar de quando eu ia com minha mãe para o jardim do nosso castelo e da variedade de planetas lá, me alertando sobre quais plantas eu devia ter cuidado. “São extremamente tóxicas…” E sim, essa com certeza havia sido uma das que ela me alertou sobre. “Podendo ocasionar a morte.” Paraliso ao ler a última frase, mas dou um grito ao ouvir a porta sendo escancarada por Clifford. Ele bebe a água que estava na cabeceira ao lado da cama e se deita sem proferir nenhuma palavra, suado e cansado após passar mais uma noite com a boba da corte. Guardo o caderninho, tentando não levantar nenhuma suspeita e me deito ao seu lado, mantendo os olhos fechados apesar de não conseguir dormir de jeito nenhum.
Já que eu preferia estar morta, por que não ir para o inferno de uma vez?
Passaram-se alguns dias, em que eu e nos encontrávamos às escondidas em meio aos bailes e encontros de negócios, e tentando ao máximo manter distância de Clifford, que havia enfiado na cabeça que precisava de um herdeiro. Estávamos deitados na cama de um quarto qualquer que ficava escondido no castelo.
“Já decidi, eu vou fazer.” Falei apoiada no ombro de , que levantou a cabeça confuso.
“Decidiu o que?”
“Vou matá-lo.”
“Shh, não fale em voz alta, alguém pode escutar.”
“Desculpa. Mas já está decidido.”
“As vezes eu me arrependo de ter te dado essa ideia. Não quero que você suje suas mãos.”
“Mas eu não vou.”
“Vai sim. Eu só fiz isso para você não ter que viver o que está vivendo.” O homem fica de frente para mim e puxa uma mecha do meu cabelo para trás.
“E eu vou ser eternamente grata por isso. Posso te mostrar uma coisa?” Ele assente com a cabeça e eu me sento na cama, afastando o tecido do vestido pesado das minhas costas e pondo à mostra uma queimadura. arregala os olhos e encosta de leve a mão no local, me fazendo arrepiar. “É por isso que eu quero fazer.”
“Ele fez isso?”
“Em um dos dias que ele estava irritado.” Sorrio melancolicamente, sentindo as lágrimas baterem na minha bochecha. “Parece uma flor, não é?” Ele assente com a cabeça e encosta os lábios no local, passando pelo meu ombro e subindo até minha boca, iniciando um beijo sedento. Viro todo meu corpo em sua direção e me aproximo dele, o guiando para cima de mim.
“Amanhã eu vou partir.” fala pausadamente, me encarando.
“Porque não me disse isso antes?”
“Eu ia adir a partida, para poder ficar com você, mas ocorreu um imprevisto. Venha comigo.” Ele se senta novamente e sinto a súplica em seus olhos.
“Eu não posso. Clifford não descansaria até nos matar. Eu vou matá-lo e depois podemos ficar juntos.”
“Se fizermos isso, vão desconfiar.”
“Então você vai ter que me esperar.”
“Eu espero o tempo que for necessário para te ter nos meus braços para sempre.” Ambos sorrimos e eu o abraço.
“Você não sabe o quanto está me fazendo feliz.”
“Eu posso dizer o mesmo. Você vai amar Santa Fe. Lá tem o festival dos sinos. Fecha os olhos.” Ele pede e eu o faço, me aconchegando em seus braços. “Agora imagina você passando pela rua e sendo recebida pelas pessoas alegres, e o barulho dos sinos ecoando por toda a cidade. Consegue imaginar?“ pergunta e eu assinto com um sorriso. “Vou fazer um assim que você for para lá.”
“Espero que não demore muito.”
Me dirijo ao jardim acompanhada de , que ficou me aguardando do lado de fora, e vou passando por todos os arbustos nomeados, até chegar no Oleandro. Faziam alguns dias desde que havia partido e eu não poderia estar mais apressada para matar Clifford.
“A senhora está pronta para ir?” aparece logo após eu pegar um maço da planta e esconder no meu vestido.
“Sim, já vou.”
Se eu não o fizesse naquela noite, não faria nunca.
“Precisa de mais alguma, vossa majestade?” pergunta enquanto eu encarava o reflexo do espelho e eu a olho.
“Não, pode descansar, passarinho.” Ela sorri com a folga e me deixa sozinha no quarto. Olho em direção a jarra de água e meu coração acelera à medida que eu me aproximava dela. Pego o copo com a flor que eu havia diluído com um pouco de água e aproximo lentamente da jarra, ainda me perguntando se devia fazer aquilo. Eu cometeria um assassinato. Seria uma assassina.
“Eu esqueci… majestade?” Me afasto ao ver entrar pela porta.
“Eu… pegar água. Ia pegar água.” Dou um riso sem graça e ela assente.
“Desculpa, eu tinha esquecido de avisar, o rei Clifford disse que vai demorar para se deitar hoje, ele está resolvendo algumas papeladas.”
“Já imaginava.”
“Então, boa noite, vossa majestade.”
“Boa noite.” Dou um sorriso, mas que logo se desaparece após a porta se fechar. “Resolvendo papeladas.” Falo sarcasticamente e me volto para o que estava fazendo, sentindo toda a raiva que eu sentia passar para a jarra junto com o líquido do Oleandro.
Após misturar tudo me deito na cama e fecho os olhos, apesar de não conseguir dormir por estar esperando Clifford voltar.
A porta bateu depois de algum tempo e continuo a fingir que estava dormindo, torcendo para que ele pegasse a água. Ouço o barulho de líquido sendo tomado e de alguém deitando na cama, permanecendo imóvel para que ele não desconfiasse que eu estava acordada. Foi questão de minutos até eu escutar barulhos inquietos do meu lado e, ao me virar lentamente, ver Clifford se debatendo contra os lençóis, os sintomas que minha mãe havia escrito no caderno se demonstrando no homem à minha frente. Me sento na cama, assustada com a inquietação dele, e o observo.
“…” Ele me olhava e ouço o que ainda restava de sua voz, seus olhos arregalados me encarando enquanto eu permanecia sentada, e suas mãos me buscando em meio a falta de ar.
“Não ouse falar meu nome.” Me afasto com o nojo expresso em meu rosto.
Pela primeira vez em muito tempo eu finalmente me sentia completamente segura, ao escutar o último suspiro do homem ao meu lado.
Me levantei e joguei toda a água que restava na jarra fora, deitando novamente e aguardando até uma das criadas entrar no quarto e ver o corpo do rei sem vida na cama. E foi exatamente isso que aconteceu. Acordei com um grito estridente no pé da cama e tentei parecer o mais surpresa e abalada possível, pulando da cama ao ver o rosto pálido de meu marido. Me levaram para outro cômodo e entregaram um copo com água para eu me acalmar.
“Obrigada.” Dou um sorriso melancólico e vejo me encarando do outro lado do quarto.
Querido , está feito…
O julgamento da morte de Clifford iria começar. Haviam achado indícios de envenenamento e já tinham algumas suspeitas de quem havia feito isso.
“Calados!” O juiz bateu com o martelo algumas vezes e o silêncio predominou na sala.
Não importa o preço que eu vou pagar, finalmente me sinto livre…
“Uma das criadas disse que viu a possível culpada.” O juiz fala e entra no cômodo, seus olhos marejados ao encontrarem com os meus.
Talvez eu não tenha um final feliz. Talvez eu não mereça um…
“Sinto muito.” Ouço sua voz falha e dou um sorriso reconfortante.
“Está tudo bem, passarinho.”
É por isso que eu mando esta carta. Não espere por mim…
“A punição para isso é enforcamento!” Ouço o bater do martelo à medida que os guardas vêm em minha direção.
“Não!” grita, sendo confortada por outras pessoas, enquanto eu sou guiada para fora do cômodo.
Não espere que fiquemos juntos novamente…
“Tudo isso é temporário.”
Fico de frente para o palanque, escutando a vaia das pessoas, apesar de alguns lamentos também.
Eu nunca pensei em morrer por amor, até te conhecer…
“Tudo isso é temporário.”
Sinto a corda passar pela minha cabeça e pousar no meu pescoço, fechando os olhos para tentar sentir menos dor.
Depois de um tempo você nem vai perceber que eu parti…
“Tudo isso é temporário.”
De repente tudo ficou um completo silêncio. Eu conseguia ouvir o tilintar dos sinos de Santa Fe ficando mais próximo.
Com todo o amor do mudo,
“Tudo isso é temporário.”
O ar começa a faltar nos meus pulmões, meu pescoço é enforcado pela corda grossa, e começo a me debater.
“Tudo isso é…”
Fim
Nota da autora: Como a própria Halsey disse “não é um final feliz” e eu não podia fazer diferente. Eu acho que esse foi o primeiro final triste que eu fiz e eu estou simplesmente acabada. Eu fui botando na minha cabeça que dava pra escrever um final feliz para essa história, mas acabei mudando de última hora e acho que esse final fez muito mais sentido do que se fosse um feliz. Enfim, espero que tenham gostado e comentem!!
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